"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de julho de 2014

POR QUE A INFLAÇÃO SONHA COM A REELEIÇÃO DE DILMA: O DRAÇÃO FOI APOIADO POR LULA NA GUERRA CONTRA O PLANO REAL

 https://www.youtube.com/watch?v=S0E_00vs9TA&feature=player_embedded

Concebido por uma equipe de economistas reunida e liderada por Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, o Plano Real nasceu em 1° de julho de 1994, durante o governo do presidente Itamar Franco. Frustradas as recorrentes tentativas de abortá-lo, o PT oposicionista fez o que pôde para matar ainda no berço a mais eficaz mudança de rumos da histórica da economia brasileira. A seita que sempre teve Lula como único deus só capitulou quando até os bebês de colo entendiam que um brilhante conjunto de medidas havia encerrado a era da inflação selvagem. Esses são os fatos. Ponto.

Ponto e vírgula, teimam há mais de dez anos os ladrões de proezas alheias. No enredo da ópera dos tratantes, o dragão inflacionário foi derrotado por Lula, que corrigiu com mãos de estadista os equívocos da política econômica que herdou de FHC.
Pendurados nesse embuste, o chefe supremo e seus altos oficiais continuam a condecorar-se por atos de bravura que nunca existiram. O vídeo divulgado há quase quatro anos prova que, na guerra travada em 1994, todos se aliaram à hiperinflação para destroçar o plano que salvou o Brasil da falência.

No 20° aniversário do plano vitorioso ─ tema da indispensável reportagem de capa de VEJA ─, vale a pena resgatar o documento histórico que de vez em quando some da internet, sequestrado por milicianos de olhos rútilos e lábios trêmulos com 64 segundos desmoralizantes.
Esse curto espaço de tempo é suficiente para pulverizar a soma das vigarices fabricadas por 100 entrevistas de Lula, 200 falatórios de Dilma Rousseff, 300 estupros de sigilo promovidos pelo PT, 500 dossiês forjados fabricados pela Casa Civil e 500 notas oficiais da direção do partido.

O vídeo prova que o padrinho e a afilhada mentem compulsivamente, confirma que a seita sempre apostou no quanto pior, melhor e escancara a superioridade intelectual e moral de Fernando Henrique Cardoso sobre a dupla de sucessores.
”O PT tem uma avaliação de que esse plano econômico é um estelionato eleitoral”, diz Lula à plateia domesticada e repete numa entrevista em meados de 1994. Segundos depois, ele retoma o palavrório ao lado de FHC, minutos antes do começo do debate com o candidato do PSDB em ascensão nas pesquisas por ter domado a hiperinflação.



“Quando o Collor fez o programa dele, imediatamente o povo dava 90% de aceitação do Collor”, inventa, sem conseguir disfarçar o ressentimento, o agressor da gramática e da verdade. “É preciso ver no longo prazo se a economia brasileira resiste”, torce Lula para dar tudo errado na continuação da lengalenga.
”Estou convencido de que a economia resiste, porque esse plano foi feito com cuidado”, replica FHC. “Com muita objeção do PT e do PDT, mas vamos fazer”.

Estava coberto de razão, reconhece Dilma Rousseff no fecho perfeito do vídeo: “Acho que, sem sombra de dúvida, a estabilidade do Real foi uma conquista do governo Fernando Henrique Cardoso”, admite numa sabatina na Folha a candidata que agora jura que teve de ajudar o chefe na reconstrução do país que herdaram “em petição de miséria”.
A curta aparição conjunta dos presidentes ajuda a entender por que o SuperLula sai em desabalada carreira quando alguém sugere um debate com sua kriptonita verde. Ele extermina plurais e tropeça em sílabas no esforço para gaguejar frases insensatas. Fernando Henrique desmonta o falatório com poucas palavras e muita segurança.

O vídeo desenha mais um dos muitos caminhos que podem levar a oposição à vitória na eleição presidencial deste ano. Basta que o senador Aécio Neves peça a Dilma que analise a guinada na economia ocorrida em 1994.
Na tréplica, o candidato do PSDB deve recordar o que a criatura e o criador disseram, tramaram e fizeram quando ainda podiam sonhar com o assassinato do Plano Real. E liquide o assunto com a constatação de que, passados 20 anos, é a inflação ressuscitada pelo governo que sonha com a vitória eleitoral dos velhos aliados.

06 de julho de 2014
Augusto Nunes, Veja
 

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