"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

TOP-TOP NA BERLINDA



Brasil e África
Crédito: Cebráfrica, UFRGS

Os deputados Alexandre Baldy (GO) e Miguel Haddad (SP) entram na CPI do BNDES com requerimentos de convocação de Marco Aurélio Garcia, aspone para assuntos internacionais aleatórios de Lula e agora de Dilma.

O conhecido “Top-top” é suspeito de tráfico de influência na concessão de crédito do banco de fomento do governo federal para o financiamento de ditaduras africanas. A suspeita é de que o BNDES tenha financiado obras em ditaduras, durante os governos do PT, justamente porque nesses países não há órgãos de controle.

Países como Cuba e ditaduras africanas não têm Ministério Público, tampouco tribunais de contas nem auditores fiscalizando obras.

O dinheiro não era fiscalizado nas ditaduras financiadas nem no Brasil: o BNDES negava acesso aos contratos até mesmo ao Tribunal de Contas da União.


02 de novembro de 2015
Claudio Humberto
in brasil de longe

CONGRESSO VAI ASSUMIR A DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS



Os opositores eram minoria e abandonaram o plenário
















Uma comissão especial da Câmara aprovou na noite de terça-feira a proposta de emenda constitucional (PEC) que transfere do Executivo para o Congresso Nacional o poder de demarcar terras indígenas no país. A comissão, formada na sua maioria por parlamentares da bancada ruralista, aprovou o relatório de Osmar Serraglio (PMDB-PR) por 21 a 0. Os opositores do texto, em protesto, e cientes de que eram minoria, abandonaram o plenário da comissão momentos antes da votação. Esses parlamentares exibiram pequenos cartazes com as inscrições “PEC do conflito” e “PEC da morte”.
O relatório aprovado ainda será submetido ao plenário da Câmara e depois irá a votação no Senado. O governo trabalhou contra a aprovação da PEC o tempo inteiro de sua tramitação, que começou em 2014. Na manhã desta terça, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tentou convencer o relator a adiar a votação e a buscarem um entendimento, mas não foi bem sucedido.
Pelo projeto, o governo não dará mais a palavra final sobre a demarcação. Hoje, uma terra indígena é demarcada, após várias fases, como identificação e homologação, por um decreto do presidente da República. Pela mudança no texto, para demarcar uma terra o governo terá que enviar projeto de lei ao Congresso e uma comissão mista de deputados e senadores terá 90 dias para discutir e votar. Se aprovada, será enviada para sanção do presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A mudança será salutar. Jamais os parlamentares aceitarão demarcar áreas como a chamada nação Yanomami, mais extensa do que muitos países europeus, ou a reserva Raposa/Serra do Sol, onde os próprios índios eram contrários à demarcação, acredite se quiser. O resultado é que a nação Yanomami brasileira tende a se juntar com a nação Yanomami venezuelana, formando de fato um gigantesco país, com apoio da ONU e das grandes potências, se o Brasil bobear, e já está bobeando(C.N.)

02 de novembro de 2015
Deu em O Globo

O PMDB PRÓXIMO DA REVOGAÇÃO DA LEI ÁUREA


A semana que passou entrará na crônica política como aquela em que as máscaras caíram. No caso, do PMDB, ao apresentar um elenco de propostas ditas para tirar o país da crise, mas, na verdade, feitas para favorecer os já bem favorecidos, sem a menor intenção de debelar as agruras do trabalhador, a começar pelo desemprego em massa. Pelo contrário, a conta continuará indo para os assalariados, em especial os de baixa renda. Assim como para os sem-renda e sem-salário.

Significará o quê extinguir as indexações ao salário mínimo dos benefícios sociais, inclusive os previdenciários? Apenas, nivelar por baixo a maioria da população já exposta ao aumento de impostos, taxas e tarifas dos serviços públicos, sem falar no custo de vida.

Proibir as aposentadorias para mulheres com menos de 60 anos, e para os homens, abaixo dos 65, exprime a imposição do trabalho forçado à legião que no campo e nas cidades começou a ganhar a vida aos doze anos ou menos. Trata-se da revogação da Consolidação das Leis do Trabalho, último refúgio do operário e do camponês.

Outra conquista social vai por água abaixo: a obrigação constitucional de gastos mínimos com Educação e Saúde. Os governos aplicarão o que quiserem nesses dois setores até agora beneficiados com recursos públicos. Quem sabe dessa vez circulará o trem-bala?

Presidentes da Republica, governadores e prefeitos ficarão proibidos de custear suas administrações com recursos superiores ao crescimento do PIB, ou seja, revoga-se o instituto do crédito. Menos, é claro para o sistema financeiro.

Transferir para a iniciativa privada ativos e concessões nas áreas de infraestrutura e logística significa afastar o poder público de suas atribuições, ampliando-se ao infinito as privatizações do patrimônio nacional. Melhor dizendo, naquilo que restou da rapinagem promovida por Fernando Henrique, Lula e mesmo Dilma.

Até os entendimentos que garantem a soberania e a independência dos países da América Latina serão extintos, com a imposição de acordos regionais de comércio com as nações ricas do Hemisfério Norte. Volta-se aos tempos do colonialismo.

Pior ficará a vida do trabalhador com a prevalência das convenções coletivas sobre as leis trabalhistas. Não fica difícil prever o resultado dessas convenções onde o peso empresarial sempre será maior do que o operário. Afasta-se conquista que vem dos tempos de Getúlio Vargas, em favor do diálogo entre a guilhotina e o pescoço.

E vão por aí as sugestões do partido que um dia representou a modernidade democrática e social. Estivesse entre nós o Dr. Ulysses e certamente estariam expulsos os autores dessa carta de rendição ao que de mais sórdido apareceu nas relações entre o povo e o partido. Ninguém se espante se a próxima proposta do PMDB vier a ser a revogação da Lei Áurea...



02 de novembro de 2015
Carlos Chagas

O DESEMBARQUE DO PMDB





Em política raramente há coincidências, mas não deixa de ser estranho que na quinta-feira desta semana conturbada, PMDB e PT tenham divulgado pronunciamentos tão contraditórios e conflitantes. Senão o rompimento com o governo, foi quase isso que o partido de Michel Temer  deixou claro, com o vice-presidente assumindo propostas no mínimo iguais às sustentadas pela  oposição. No texto intitulado “Uma Ponte para o Futuro”, são negadas as principais diretrizes das políticas econômica e social da presidente Dilma. Na mesma hora, os companheiros divulgavam também por escrito opiniões opostas, entre candentes apelos retóricos do Lula.
Basta cotejar as duas peças. Para o PMDB, “o país encontra-se numa situação de grave risco e tudo parece se encaminhar para um longo período de estagnação”. É sugerida “ampla agenda de transição econômica, com reformas legislativas que precisam ser feitas rapidamente”. São propostas iniciativas capazes de gerar demorados aplausos nos setores neoliberais: o fim das indexações ao salário mínimo de todos os benefícios, inclusive os previdenciários; a proibição de aposentadorias antes dos 60 anos, para as mulheres, e 65 para os homens; a supressão das vinculações constitucionais de gastos mínimos com saúde e educação; a limitação das despesas de custeio inferiores ao crescimento do PIB; uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada por meio da transferência de ativos e de amplas concessões nas áreas de logística e de infraestrutura, além de parcerias com o capital privado nos serviços públicos; acordos regionais de comércio sem os impedimentos do Mercosul; orçamento impositivo; prevalência das convenções coletivas  sobre as leis trabalhistas; redução de impostos e restrições aos licenciamentos  ambientais.
PT QUER O PARAÍSO
Já o documento do PT prega a expansão do mercado interno, a ampliação dos investimentos estatais, a redução dos juros, a criação de impostos sobre a renda, a riqueza e a propriedade das camadas mais ricas, a recriação da CPMF, o aumento do crédito para incentivar o consumo, a defesa do emprego e a elevação da renda dos trabalhadores.
Não pode haver nada mais contraditório do que as propostas dos dois partidos que sustentam o governo. Ou sustentavam, porque o desembarque do PMDB é flagrante. O irônico na história está em que Joaquim Levy estaria aplaudindo o documento assinado pelo vice Michel Temer, se não estivesse em Marrakesh.
DEMISSÃO DOS MINISTROS
A partir de agora, tudo pode acontecer. O mínimo a esperar seria o pedido de demissão de todos os seis ministros do PMDB. E mais o reconhecimento de haver o partido deflagrado a campanha presidencial de 2018. Temer demonstrou-se candidatíssimo. Do outro lado, o Lula não esconde  mais a disposição de concorrer,  aproveitando para outra reprimenda em Dilma, ao afirmar que “ganhamos a eleição com um discurso e depois tivemos que mudá-lo e fazer aquilo que a gente dizia que não ia fazer”.
A confusão é geral, ignorando-se como Madame aceita a humilhação de estar no meio do tiroteio sem saber em quem deve atirar. Seu governo encontra-se em frangalhos enquanto ela assiste o presidente da Câmara destroçar sua base parlamentar. Recebeu o Lula para jantar, na noite dessa quinta-feira, pouco depois de terem chegado às suas mãos  as propostas do PMDB.

02 de novembro de 2015
Carlos Chagas

O HUMOR DO ALPINO...

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02 DE NOVEMBRO DE 2015

LULA, DILMA E O PT CONSEGUIRAM DESMORALIZAR AS ESQUERDAS



Não é novidade a informação de que o metalúrgico Luiz Inácio da Silva foi trabalhado pelo criativo líder militar Golbery do Coutto e Silva para dividir as esquerdas e impedir que Leonel Brizola chegasse a Presidência da República. As informações a este respeito foram se somando nos últimos anos e se fortaleceram com o livro do delegado federal Romeu Tuma Jr., no qual relata que o líder sindical costumava dormir no sofá da sala da casa de seu pai. Na época, o velho Tuma era superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Lula tinha o codinome “Barba” e era informante das autoridades da ditadura militar.
O serviço foi bem feito, Brizola jamais conseguiu chegar à Presidência, mas Lula e o PT foram se fortalecendo e enfim conseguiram chegar lá, em nome de uma falsa esquerda, que protege os interesses dos banqueiros e das multinacionais, enquanto tenta se justificar politicamente com o incremento do assistencialismo social, que funciona maravilhosamente em termos de imagem e ainda rende bons votos.
MAIS UM NOVO RICO
Mas a casa desabou, hoje já se sabe a verdade sobre o novo rico Lula e seus negócios milionários, fazendo lobbies nacionais e internacionais para empresários, com a família inteira prosperando a olhos vistos e aproveitando oportunidades de ouro, como a cobertura triplex à beira-mar comprada por d. Marisa Letícia por modestos R$ 47,5 mil e depois luxuosamente reformada pela empreiteira OAS, que até elevador privativo instalou, sem cobrar um centavo, vejam a que ponto chegam essas relações entre governantes espertos e empreendedores generosos.
DESMORALIZAÇÃO
Lula nunca foi de esquerda. Para ganhar força política e chegar ao poder, oportunisticamente ele se comportava como tal, criticava a todo momento os banqueiros e grandes empresários, vendia uma falsa imagem com objetivos político-eleitorais. Na verdade, sempre foi um líder sindical da inteira confiança das montadoras multinacionais, conforme o relato do empresário Mário Garnero, em seu livro autobiográfico “Jogo Duro”, que contém informações depreciativas que Lula jamais tentou desmentir.
O fato é que a incompetência e a corrupção que hoje caracterizam Lula, Dilma e o PT conseguiram desmoralizar as esquerdas no Brasil. Mas o que significa ser de esquerda, nos dias de hoje?
SER ESQUERDISTA
A meu ver, ser esquerdista é defender mudanças sociais, como a adoção de um regime educacional nos moldes de países desenvolvidos como a Finlândia, onde o filho do lixeiro estuda na mesma escola do filho do grande empresário, para terem oportunidades iguais.
Ser esquerdista é também lutar pela reforma do sistema financeiro, de modo a evitar a situação do Brasil, onde são praticados os mais escorchantes juros mundiais; é defender que o sistema de saúde seja igual para todos, como ocorre na Grã-Bretanha e no Uruguai, por exemplo; é pugnar pela moralização do serviço público, exigindo que sejam extintos os penduricalhos que elevam às alturas as remunerações das elites do funcionalismo; é sonhar que as autoridades sejam pessoas simples, sem mordomias nem privilégios, como já ocorre na Suécia e em outros países em estágio mais avançado de civilização.
Da mesma forma, ser esquerdista é lutar pela redução da abusiva disparidade entre os maiores salários e os menores, é defender a diminuição do número de cargos comissionados, é exigir a extinção do cartão corporativo e dos carros chapa-branca a serviço das autoridades, e por aí em diante.
Por fim, ser esquerdista é agir democraticamente, respeitar os direitos, os interesses e as opiniões de quem lhe seja adverso; é ser caridoso, compreensivo e humano.
SOMOS TODOS IGUAIS
Se você também pensa assim, mas não se julga esquerdista, não fique preocupado, porque as paralelas sempre hão de se encontrar, nem que seja no infinito da miséria humana, porque os rótulos políticos-ideológicos já de nada servem. Atualmente, a única função deles é separar pessoas que na verdade são iguais e têm os mesmos objetivos.
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PS – Escrevi este artigo, porque as supostas discussões ideológicas que ocorrem na Tribuna me intrigam e desagradam. Os debatedores parecem estar no início do século passado e usam argumentos daquela época, como se o mundo não tivesse mudado tanto neste decorrer. É lamentável que esta incompreensão continue e as pessoas insistam em se dividir entre esquerdistas e direitistas, quando a única divisão hoje possível é entre quem é do bem e quem é do mal. 

02 de novembro de 2015
Carlos Newton

DO PSB DE ARRAES AO PSB DE ROLLEMBERG, UMA LOOONGA DISTÂNCIA



Miguel Arraes deve estar se revirando no túmulo com os rumos do PSB aqui no DF, sob o “comando” de Rollemberg. Arraes foi bastião da resistência à Ditadura. Homem de postura e sensibilidade social. Rollemberg, como o tucano Beto Richa no Paraná, mandou a polícia bater e humilhar professores em manifestação legítima e constitucional. Covarde despreparado que se esconde atrás de discurso contábil-tecnocrático fácil e insustentável. Brasília é o único ente federativo que tem fundo constitucional para segurança, saúde e educação. Mas, com Rollemberg, sempre mal assessorado, arrogante e perdido, o Estado nunca está presente quando a população precisa de auxílio. E o servidor, de condições de trabalho.
Onde você estava, governador, quando o profissional de saúde, todo dia, lá na ponta, tinha que sentir a ira legítima da população pela falta de condições de trabalho, insumos e estrutura mínima? Onde você estava, governador, quando professores e assistentes sociais trabalhavam com dedicação e coragem, noite e dia, sem qualquer segurança ou apoio, para educar e assistir crianças e adolescentes já tragados pela droga e pela marginalidade? Sim! Aqueles mesmos profissionais da saúde e da educação que apanharam sob as suas ordens, governador!
Onde você estava, governador, quando os próprios policiais, antes de serem obrigados a cumprir suas ordens covardes e insanas de repressão, morriam enfrentando uma guerra insana, sem condições ideais, contra bandidos cada vez mais organizados e armados? É este o seu socialismo? É esta a sua contribuição para com Brasília?
Desça do pedestal! Mire-se no exemplo de Miguel Arraes. Acorde! Tenha coragem para governar. Ou assuma suas responsabilidades ou abandone o cargo e volte para as trivialidades das festanças hedonistas do Parkway. Faria menos mal, menos estragos para Brasília…

02 de novembro de 2015
Said Barbosa Dib é analista político, historiador e professor em Brasília

CÂMARA MANTÉM MUITAS BOQUINHAS PARA APANIGUADOS

NEM SEQUER HÁ ESPAÇO PARA SEUS 10.347 SECRETÁRIOS PARLAMENARES

SÃO APENAS 3.342 CONCURSADOS NA CÂMARA, QUASE O MESMO NÚMERO DE TERCEIRIZADOS E TRÊS VEZES MENOS QUE OS COMISSIONADOS.


A crise financeira não afetou os apadrinhados de deputados federais. Em ano de arrocho fiscal, a Câmara não abre mão de um batalhão de funcionários comissionados, nomeados sem concurso. 

No total, são 1.636 “cargos de natureza especial” (CNE), com salários que chegam a R$ 17 mil, distribuídos entre as lideranças, secretarias e a presidência da casa. 
Cada deputado tem direito a 25 secretários parlamentares.

A Câmara paga a 10.347 secretários parlamentares, não concursados. Todos são indicados e muitos nem aparecem para trabalhar.

Os partidos com maiores números de comissionados são: PT, PMDB e PSDB. Juntos, as três lideranças têm mais de duzentos.

São 3.342 concursados na Câmara, além de 3.096 terceirizados. Estima-se que um terço desse contingente se aposentará até 2.020.



02 de novembro de 2015
diário do poder

GEDDEL ACUSA MINISTRO DE FAZER DO PMDB UM VIABILIZADOR DE CARGOS

EX-MINISTRO ATACA POLÍTICOS FISIOLÓGICOS AGARRADOS A BOQUINHAS

GEDDEL SOBRE ALVES: ELE DEFENDE QUE O PARTIDO SEJA UM SINDICATO VIABILIZADOR DE EMPREGOS.

O ex-ministro, ex-deputado e ex-vice-presidente da Caixa Geddel Vieira Lila está entre os dirigentes do PMDB que defendem o rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff e o PT. Mas reconhece que há correligionários que adoram cargo público e querem que tudo continue como está, sem rompimento e sem impeachment.

É o caso do ministro Henrique Alves (Turismo), que não queria a realização do congresso do PMDB, porque os militantes devem ser chamados a deliberar sobre candidatura própria a presidente em 2018. “Ele defende que o partido seja um sindicato viabilizador de empregos”, diz, referindo-se ao ministro.

O político baiano não tem dúvidas: “Quem não quer que o partido se reúna é quem está empregado no governo. Não querem desagradar o empregador", afirma Geddel. O irmão dele, deputado Lúcio Vieira Lima, concorda: "Os caras são empregados da Dilma. Não agem como ministros do Brasil, mas como ministros dela e do PT que são capazes de fazer qualquer tipo de serviço para evitar o impeachment".

Presidente do PMDB da Bahia, Geddel apóia a realização do congresso do partido, convocado para o próximo dia 17. Além de candidatura própria a presidente, o partido poderá discutir o rompimento da aliança com o PT e com o governo, como também propõe o grupo liderado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

A Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB, divulgou documento com críticas à política econômica - como a de que houve excessos por parte do governo em questões relacionadas ao equilíbrio das contas públicas.

Quanto ao impeachment, ao menos 25 dos 66 deputados federais do PMDB apóiam explicitamente a proposta, segundo estima o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). Já o líder do partido na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), que passou a apoiar o governo desde que Dilma lhe pediu para indicar dois ministros, acha que a agenda do impeachment perdeu força e que a maioria governista está sendo construída. “O governo não perde mais votação de maioria simples. Está muito difícil para a oposição."



02 de novembro de 2015
diário do poder

ERNESTO CORTAZAR

Ernesto Cortazar - The best selection - YouTube

www.youtube.com/watch?v=CQirDB7xpRg

18 de jul de 2014 - Vídeo enviado por Shanti Catalin
Ernesto Cortazar - The best selection. Shanti Catalin .... Pois é,Cortazar se foi, mas é imortal com o ...

02 de novembro de 2015
m.americo

FALTA APURAR PAPEL DO CITIBANK NA COMPRA DE PASADENA

PAGAMOS US$1,3 BILHÃO PELA REFINARIA AVALIADA EM US$ 42,5 MILHÕES


A COMPRA DA REFINARIA REPRESENTA UM DOS NEGÓCIOS MAIS LESIVOS À PETROBRAS.


As investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato e da CPI da Petrobras não se debruçaram sobre um personagem importante na compra superfaturada, pelo Brasil, da refinaria de Pasadena, localizada no Texas, nos Estados Unidos. Trata-se do Citibank, banco dos EUA que recomendou o negócio. Avaliada por US$ 42,5 milhões, a refinaria escandalosamente superfaturada custou US$ 1,33 bilhão ao Brasil.

A negociata de Pasadena foi na época em que o Citi e Daniel Dantas, o banqueiro, uniram-se para tentar controlar uma empresa de telefonia.

O banqueiro Daniel Dantas era parceiro do banco americano Citibank e dos fundos de pensão de estatais para comprar a TeleNorte Leste.

O Citigroup, controlador do Citibank, foi contratado pela Petrobras para vender a refinaria de Pasadena em 2013.

A Petrobras confirmou ofertas, através do Citibank em 2013, entre US$ 200 e US$ 250 milhões pela refinaria. Mas “não aceitou o prejuízo”.



02 de novembro de 2015
diário do poder

LOBISTA DO PMDB DIZ TER MANDADO US$ 1 MILHÃO PARA CUNHA




O empresário João Augusto Rezende Henriques, apontado como lobista do PMDB na área Internacional da Petrobrás, declarou ao juiz federal Sérgio Moro nesta sexta-feira, 30, que transferiu ‘um milhão e pouco de dólares’ para uma conta no exterior do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), presidente da Câmara.
Henriques foi interrogado como réu na ação penal em que também é acusado o ex-diretor de área Internacional da Petrobrás Jorge Zelada. Ao todo, o PMDB teria recebido, segundo a denúncia US$ 10 milhões em propinas, referente ao contrato de construção do navio-sonda Titanium Explores da Petrobrás com a empresa americana Vantage Drilling, em 2009.
O lobista afirmou que fez a remessa do valor para uma conta que pensava pertencer a um filho do ex-deputado Fernando Diniz (PMDB/MG) – o parlamentar, que já morreu, era amigo de Henriques e o ajudou em um grande negócio de interesse da Petrobrás em Benin, na África.
DIÁLOGO COM O JUIZ
“O que é essa história dessa transferência para o sr. Eduardo Cunha?”, perguntou o juiz Moro.
“Foi o que eu falei, eu queria pagar o filho do Fernando Diniz, que já tinha morrido, e a conta que ele tinha me dado eu soube depois que era do Eduardo Cunha”, respondeu João Henriques.
“E quanto que foi essa transferência?”, continuou o juiz da Lava Jato.
“Foi um milhão e pouco.”
“De dólares?”
“É”
“Quando foi, aproximadamente?”
“Em 2012, 2013, por aí. Não tenho mais ou menos a data.”
O juiz Moro quis saber do lobista do PMDB se ele fez transferências de dinheiro para outros agentes políticos. “Não, fiz para pessoas que trabalharam comigo.”
“Algum empregado da Petrobrás?”, perguntou Sérgio Moro.
“Não, nenhum empregado da Petrobrás.”
PROPINA DO PMDB
A Procuradoria da República afirma na denúncia contra Zelada e Henriques que o lobista repassou para o PMDB parte da propina relativa à contratação do navio sonda Titanium Explorer.
“Nunca fiz para o partido, não tinha razão de fazer pro partido”, disse ele, que também afirmou que não repassou valores para Zelada e nem para Eduardo Musa, ex-gerente da estatal petrolífera.
O deputado Eduardo Cunha negou recebimento de propinas no esquema Petrobrás. O PMDB reafirma que nunca autorizou ninguém a arrecadar recursos ilícitos para a legenda.
Nesta denúncia, a força-tarefa apurou que Hsin Chi Su, executivo da empresa chinesa TMT, e Hamylton Padilha, lobista que atuava na Petrobrás, repassaram aproximadamente US$ 31 milhões a título de propina para Zelada (diretor Internacional da Petrobrás entre 2008 e 2012), para Eduardo Musa e para o PMDB, responsável pela indicação e manutenção destes em seus respectivos cargos.

02 de novembro de 2015
Ricardo Brandt, Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Estadão

NO CREO EM BRUJAS, PERO QUE LAS HAY, LAS HAY



02 de novembro de 2015


LULA ROUBOU DO POVO A CRENÇA NOS HOMENS PÚBLICOS



Não é minha intenção lavar sujeira de ninguém. Acho que Lula tem se mostrado um pilantrão. E é essa ideia nova a seu respeito o motivo maior do que se tem falado, mais importante do que o fato de seus filhos envolvidos estarem envolvidos na corrupção. 
O povo tinha em Lula uma esperança. Essa esperança está se diluindo a cada dia. Lula era visto como o pobre que chegou à Presidência. Lula era visto como o estereótipo da superação na vida. Tanto que os escândalos não o abalavam em nada. Mas com essas provas do envolvimento dos filhos a coisa muda. Passa-se a por uma dúvida onde antes era certeza. Todas as acusações contra ele anteriormente refutadas passam a fazer sentido no imaginário popular. E isto pode ser a desgraça do nome do Lula.
O povo está aturdido, porque assim se perde uma referência importantíssima. Está se revelando um Lula que não é o Lula do povão. Está se revelando pro povão um Lula bandido, peralta, calculista. 
Isso choca a opinião das pessoas, que estão sendo obrigadas a reformularem seus conceitos. 
Exatamente por isso, têm a maior relevância esses fatos envolvendo os filhos do ex-presidente. Mais do que uma quantia em dinheiro, foi roubada do povo a crença nos homens públicos.
IMAGEM DE UM SANTO
Bem, o problema todo é que o Lula vendeu a imagem de um santo e tem entregado ao povo a realidade de ser apenas mais um corrupto. As pessoas não perdoam os “deuses” que falham. O que os filhos do Lula fazem de errado não é exagero nenhum comparado aos filhos dos outros políticos poderosos e influentes. O problema do Lula é exatamente o fato de querer ser o santo imaculado. Isso irrita mais do o próprio fato de roubar. Eu acredito que todo mundo tira uma casquinha de um pai presidente. 
Ora, se você tem um primo de segundo grau delegado você se acha muitas vezes o rei da cidade, quanto mais se você for filho do presidente…
Não sejamos levianos. O que os filhos do Lula fazem é mais normal que o que a gente imagina. Não tenho nada contra eles; o problema mesmo é o pai deles continuar bancando o honesto, o pai dos pobres, o incomum, o deus da política. Isso é imperdoável.

02 de novembro de 2015
Francisco Menezes

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Pau que dá em Chico, dá em Francisco... Tudo bem, mas desde quando confiamos em políticos? 
Ou por outra, desde quando temos homens públicos confiáveis, com as raríssimas exceções, cujas vozes sempre foram abafadas pela grande maioria de mamadores nas tetas da mãe-pátria?
O Brasil não chegou ao ponto em que está, apenas pelas mãos de Lula. Ele agravou e desmereceu a dignidade política no país, mas foi apenas a ponta de um imenso cordão de imprestáveis, de inúteis e de salafrários, que sempre fizeram da 'res pública' coisa privada para si e seus apaniguados.
Política no Brasil, sempre foi uma grande sinecura, que serviu a todos os propósitos, menos a nação.
Se chegamos onde estamos, não se deve apenas ao lulopetismo, que apenas aprofundou a tradicional regra de aproveitar-se do Estado, com nepotismo, incompetência, corrupção.
Claro, em tempo algum assistimos o que a operação Lava Jato vem exibindo. Em tempo algum, tivemos uma verdadeira organização criminosa entocada em todas as esferas do poder público. Em tempo algum se roubou tanto e de forma tão articulada, entre agentes públicos e empresários de alto coturno, a chamada "elite" brasileira, que a cada delação premiada que vaza para a mídia, nos surpreende com as mais inusitadas celebridades. 
Locupletaram-se todos. E estamos nós a beira da bancarrota. Crise moral, social, econômica. O Brasil esfrangalhado, e já se tornou cansativo, pela banalização das denúncias, falar de saúde, de segurança pública, saneamento, educação...
A cada dia, a ciranda das delações nos apresenta um figurão com a cara muito séria, embalsamada de falsa moralidade, desenhando  na carantonha a interrogação: "EU???".
Milhões pra cá, bilhões pra lá... Só ouvimos falar em contas de safardanas nos paraísos fiscais.
As cifras já não nos espantam mais. Ficamos acostumados com os despautérios, que hoje alimentam conversas de bar.
Falar que Lula roubou a confiança do povo nos políticos tem lá um grão de sandice. A confiança já foi roubada faz é tempo. 
Única coisa que podemos realmente louvar em toda essa patuscada que o PT plantou, quando a terra já estava começando a ficar arável, foi o teste de paciência do povo brasileiro. 
Realmente devemos reconhecer que esse bando de macunaímas leva o mérito de continuar enganando, lesando e mentindo para um povo aturdido, afogado nas dificuldades do dia-a-dia, sem tempo para enxergar o abismo para o qual estamos sendo tocados.
Não há dúvida de que em determinado momento da nossa história, Lula representou uma esperança de dias melhores. Mas o despreparo para lidar com o poder, a cobiça, a vaidade, a incompetência, acabou por transformá-lo no pior exemplo de homem público.
Infelizmente, o grande perigo que representa dar-se aos medíocres e idiotas, um poder quase absoluto, sempre redunda em grandes desastres. 
Mais uma grande lição, que não apaga a pergunta fundamental que sempre me faço, quando olho o panorama do que acontece hoje, nos poderes: quem estaria isento, para assumir o descalabro? Em quem confiar? Que nome se nos apresenta, com a competência de um estadista? Aí está o Congresso, com suas patranhas, seus acordos velados, suas comissões fajutas, seus sigilos, seus presidentes denunciados... E o que pensar do maior partido da base do governo?? O que é o grande monstrengo chamado PMDB?? O que pode um país fazer para lidar com esse monstro devorador do Estado??? Como pode um país ser governado através de barganhas com esfomeados, que por mais que se locupletem, a fome é insaciável???
Esperança em políticos? Em Partidos? Vade retro satanás...
E la nave va...
m.americo


BNDES DEU EMPRÉSTIMO A AMIGO DE LULA QUE ESTAVA FALINDO



Pré-falido, Bumlai pegou 101,5 milhões
O BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se tornou um dos alvos da Operação Lava Jato.
O empresário conseguiu o apoio do BNDES em julho de 2012, num momento em que seus negócios enfrentavam sérias dificuldades financeiras. Nove meses depois da operação, a empresa de Bumlai entrou na Justiça com pedido de recuperação judicial por não conseguir pagar as dívidas que tinha no mercado.
Na época em que conseguiu o crédito do BNDES, o empresário já tinha sido alvo de um pedido de falência, apresentado à Justiça em novembro de 2011 por um fornecedor que levara calote numa dívida de R$ 523,2 mil.
As normas do BNDES proíbem empréstimos a empresas nessas condições, para evitar que o banco dê crédito a quem não tem capacidade de pagar.
A empresa de Bumlai que recebeu os R$ 101,5 milhões é a São Fernando Energia 1, criada para produzir eletricidade a partir de bagaço de cana. Ela integra um grupo de cinco empresas de Bumlai que vive situação pré-falimentar.
FALÊNCIA REQUERIDA
Com dívidas de R$ 1,2 bilhão, o grupo São Fernando, cujo principal negócio é uma usina de etanol em Mato Grosso do Sul, teve a falência requerida na Justiça pelo próprio BNDES e pelo Banco do Brasil mais tarde, porque não tem conseguido honrar os pagamentos que se comprometeu a fazer no processo de recuperação judicial.
O grupo deve R$ 330 milhões ao BNDES, incluindo empréstimos recebidos antes da operação feita em 2012. Parcelas da dívida de Bumlai com o banco estão atrasadas desde o fim do ano passado. Os pedidos de falência feitos pelo BB e pelo BNDES foram apresentados à Justiça em julho e agosto deste ano.
Bumlai, que já foi um dos maiores criadores de gado do país, tornou-se alvo das investigações da Lava Jato depois que dois delatores relataram que ele teria repassado recursos para uma nora de Lula e ajudado a quitar dívidas do PT, o que ele nega ter feito.
SITUAÇÃO DRAMÁTICA
O balanço da São Fernando Energia em 2011 mostra a empresa em situação dramática. As dívidas da companhia eram 9,5 vezes maiores do que o patrimônio líquido. Seria como um cidadão ter R$ 100 mil em sua conta e, ao mesmo tempo, uma dívida R$ 950 mil.
Após a autorização do BNDES, os R$ 101,5 milhões foram repassados à empresa de Bumlai pelo Banco do Brasil e pelo BTG, que atuaram na operação como agentes intermediários do banco público e assumiram parte dos riscos.
Uma auditoria independente feita no balanço de 2011 da São Fernando Açúcar e Álcool afirmou que o “alto grau de endividamento” da companhia levantava dúvidas sobre a “capacidade de continuidade” da empresa.
A São Fernando Energia está em nome de filhos de Bumlai. A família hoje vê o grupo São Fernando imerso em um patrimônio negativo bilionário e às voltas com cobranças de centenas de credores.

02 de novembro de 2015
Mario Cesar Carvalho e Felipe Bächtold
Folha