"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

PARLEZ-VOUS PORTUGAIS?

Você sabia?

Carlos Ghosn, Renault
Carlos Ghosn, Renault
 
Em 1903, a indústria francesa respondeu pela metade da produção mundial de automóveis. Naquele mesmo ano, os EUA produziram 18% do total mundial. Os britânicos foram responsáveis por 15%, e os alemães, por 11%. A Itália e a Bélgica fechavam a fila. E era só. Ninguém mais construía automóvel naquele tempo.
 
Em 1914, havia 155 fabricantes de automóvel na França. O tempo se encarregou de eliminar excedentes, cortar sobras, limar beiradas. Atualmente ― exceptuado algum montador artesanal ― sobraram apenas dois grandes grupos: Peugeot e Renault.
 
Longe da antiga glória, a Peugeot ocupou um modesto 10° lugar na classificação global 2013 das montadoras, pelo critério de volume de vendas. A Renault, então, nem aparece na lista das dez mais. Assim mesmo, são dois grandes grupos industriais.
 
As duas empresas apresentam uma curiosa particularidade: têm ambas um presidente estrangeiro. Ambos se chamam Carlos e nasceram fora do território nacional.
Carlos Tavares, Peugeot
Carlos Tavares, Peugeot
O Grupo Renault é presidido por Carlos Ghosn. Neto de libaneses, nasceu em 1954 em Guajará-Mirim, no então Território do Guaporé ― hoje Rondônia. Quando o senhor Ghosn era ainda menino, sua família se transferiu a Beirute, onde ele foi escolarizado num liceu jesuíta. Ele detém três nacionalidades: a brasileira (pela lei do solo), a libanesa (pela lei do sangue) e a francesa (por naturalização).
 
O Grupo Peugeot tem como presidente o senhor Carlos Tavares, nascido em Lisboa em 1958. Seu pai trabalhava para uma firma francesa e sua mãe ensinava a língua de Molière. O menino cursou o Liceu Francês de Lisboa. Optou por não se naturalizar. Conserva sua nacionalidade portuguesa.
Em resumo, por um capricho do destino, cada um dos dois grupos automobilísticos franceses é comandado por um lusófono.
18 de abril de 2014
José Horta Manzano

OS MALFEITOS, DRAÇÕES, BARANGAS, MENTIRAS, DISCURSEIRA VAGABUNDA E A PTROUBRAS


 
 
E a presidANTA Dimarionett Ducheff foi lançar mais dois navios da Transpetro que foram "soldados" no Brasil.
O Henrique Dias que foi batizado e o Dragão do Mar que fez sua viajem inaugural.  Por favor não façam comparações maldosas entre o nome do navio e as PresidANTAS da PTroubras e da República. 
O navio não merece.

Como não poderia deixar de ser, Dilmarionett se enfiou num uniforme laranja da estatal, coisa que TODO populista adora fazer para parecer "mais igual" aos funcionários da empresa. 
Ou deve ser algum tipo de tara que esquerdiota tem em se fazer parecer com trabalhadores. Afinal, nós sabemos que esquerdiota não é chegado no trabalho, mas se der para fazer de conta.....Por que não....

Entre a baboseira oficial e a palhaçada constante Dilmarionett sacou o discurso, abriu a boca de vala e começou a vomitar insanidades, voltou com o discurso dos "mal feito" que foram uma espécie de "rótulo" para a gerentona incomPTente.

Disse que iria investigar a bandalheira e sacanagem que se instalou na estatal, entre outras acusou a oposição para ter desculpas e livrar o próprio rabo. Em outras palavras, disse que doa em quem doer, mas os "mal feito" serão punidos de forma exemplar.

Mas...cara pálida, como é que ela vai punir a si mesma? 
Ela era a presidente do conselho da estatal quando a sacanagem começou.  E não adianta tentar dizer que não sabia e foi enganadinha, ou que vai punir com rigor. Mas ela mesma não fazia parte da bandalheira?

Estaria ela interessada em uma auto punição? Ou se auto imolaria em praça pública ateando fogo ao corpanzil de formas tão sinuosas quanto uma geladeira duplex?

E se na verdade ela quisesse mesmo que os "mal feito" fossem investigados com rigor e punidos da mesma maneira ela não tentaria de todas as formas melar a CPI no congresso, usa de papo furado em acusar a oposição de querer usar a CPI de forma eleitoreira...Bem, ela nesse aspecto não está de toda errada, a oposição teve seis anos para investigar esse assunto e veio agora em ano eleitoral fazer essa presepada e dar munição para que o governo os acuse de oportunistas.

E de discurseira vagabunda em discurseira vagabunda lá vai a PTroubras descendo a ladeira e o governo de todas as formas querendo esconder a incomPTência que se instalou m todas as instâncias da máquina pública no Brasil.

Graça Foster, a véia que tem a boca que mais parece um cú, em seu discurso me fez lembrar o defenestrado ex presidente Fernando Eunãosoumaluco Collor de Melo quando dizia que precisava do povo ao seu lado. Só faltou o indefectível..."minha gente".

E a propaganda do PT para a campanha foi lançada, usarão as imagens das inaugurações para alavancar a imagem da gerentona que não tolera mal feitos, mesmo os que ela participa, em busca dos votos dos idiotas de sempre. 

E se nada der certo, a CPI vai dar em pizza e o EX presidente Nadasabendus entra na disputa aos 45 do segundo tempo para salvar a permanência no poder pela camarilha vermelha.
E a estatal continua fazendo água em direção ao brejo.
E viva o país do futebol!!
 
18 de abril de 2014
omascate

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

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18 de abril de 2014


 
 
 


DECÊNCIA E VIRTUDE CÍVICA. AS HISTÓRIAS QUE NÃO SE CONTAM...

O VENTO QUE VENTA AGORA, NÃO É O VENTO QUE VENTAVA ANTES…

 
Ernesto Geisel e Garrastazu Medici
Ernesto Geisel e Garrastazu Medici
 
Em uma ocasião, durante seu governo, foi construída uma estrada moderna unido as cidades de Bagé e Livramento. O Presidente Médici tinha uma fazendola (digo isto porque ela é realmente pequena), herança de seus avos. Acontece que esta fazendola, quando do projeto inicial, não estava no eixo desta estrada moderna.

 Médici foi consultado para saber se gostaria, se com um pequeno ajuste, a estrada viesse a passar na fazendola. A reação do Presidente foi imediata; proibiu que se fizesse alteração no projeto com este objetivo.

 Em outra ocasião, sabedor que haveria um aumento no preço da carne, por repasses de vantagens do Governo, mandou que seu filho Sérgio vendesse uma “ponta” de gado, que já estava pronta, ANTES do aumento, para que não viessem a dizer ele se beneficiou com o aumento.

 O Presidente Médici não morreu pobre, afinal veio da classe média e nela permaneceu. Morreu com o mesmíssimo patrimônio que tinha ao chegar à Presidência. Seus filhos, noras, netos e demais familiares jamais tiraram vantagens econômicas pelo cargo de seu parente ilustre. Este e outros exemplos nos enchem de orgulho, de ter o presidente Médici deixado este legado de honra, civismo e respeito ao Povo Brasileiro.

O Presidente Geisel visitou a Alemanha. O prefeito Stobbe subiu a escada do avião e recebeu Geisel no alto da escada e desceu com ele. Eu estava em baixo e havia dias antes feito a visita habitual ao Prefeito. Quando cumprimentei Geisel, o Prefeito disse mais ou menos isso em alemão: “Presidente, o seu Cônsul deve ser muito importante, pois acabou de chegar e já trouxe o Presidente a Berlim”. Geisel sorriu. Uns meses depois a filha Lucy esteve em Berlim num programacultural. Acompanhei-a durante o dia. Perguntei a ela se o pai falava alemão.
Respondeu que não, talvez tivesse uma vaga noção. Explicou que sua mãe falava alemão, mas que o pai de Geisel era muito rigoroso e no tempo da guerra, como era proibido falar alemão, seu avô (o pai de Geisel) fazia questão que se falasse só português em casa e não ensinou alemão aos filhos.
ASSIM SÃO ESSES “ESTRANHOS” “MILICOS”!
Não sei se Amália Lucy Geisel ainda estará viva. Pouco mais velha do que eu, tinha alguns problemas de saúde.

 Pois bem: ela era Professora do Colégio Pedro II e, mesmo quando o pai era Presidente, ia de casa ao trabalho de ônibus. Cansei de encontrá-la neles, ela e eu a caminho do centro do Rio. Meu pai chamava isso de “os três dês do milico”: decência, decoro, discrição”. Primeiro, morreu o Cel. Mário Andreazza.
E falava-se horrores do Andreazza… Que estaria riquíssimo, que teria ganho de presente das empreiteiras, um edifício na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, que não tinha mais onde guardar dinheiro. Quando Ministro dos Transportes, foi responsável pela construção da ponte Rio-Niterói, obra que teve empréstimo inglês de 2 bilhões de dólares (Sim! Dois bilhões! De dólares!). Por ocasião de sua morte, seus 37 colegas de turma tiveram de fazer uma vaquinha para que o corpo pudesse ser ransladado para o Rio Grande do Sul.

 Portanto, depois de gerenciar tanta verba pública, bem administrada, diga-se de passagem, morreu pobre. Já em 2003, foi a vez de Dona Lucy Beckman Geisel. Seus últimos anos de vida, viveu de forma pobre e discreta. Morreu em acidente de carro na lagoa Rodrigo de Freitas. Ano passado, foi a vez de dona Dulce Figueiredo, que ficou viúva em 1999, do último Presidente militar. Em 2001, devido a problemas financeiros, teve que organizar um leilão para vender objetos pessoais do marido. Foi a forma que encontrou para sobreviver dignamente.

 Faça suas comparações com os políticos de hoje e compare o estilo de vida do último presidente brasileiro, de sua mulher, que freqüentam o mais caro cabeleireiro do Brasil, as mais caras butiques, os mais caros cirurgiões plásticos, gastou os mais altos valores do cartão de crédito (corporativo), que não precisava prestar contas.

 Nunca fez um trabalho social pelo Brasil. Só o que fez foi viajar com o marido por todos os lugares do mundo, às expensas do suor dos brasileiros trabalhadores (isto quando a amante Rosimeire não viajava com o presidente). Seus filhos enriqueceram da noite para o dia.
Isto é que são políticos “populares”.
Tirem suas conclusões.
 
18 de abril de 2014
Anhanguera
in blog do Giulio Sanmartini

RESPONDENDO AO COMENTÁRIO SOBRE A POSTAGEM "A MARCHA DA ESTUPIDEZ - I e II "

                                  CONFORMISMO
 
A propósito dos artigos intitulados “A Marcha da estupidez”, um comentarista anônimo insinuou que nada temos a fazer contra isto. Interpretei como: “temos de conformar-nos.” É similar ao conhecimento de que o prato de alimento diante de nós está envenenado e continuar dando garfadas, em vez de procurar outros alimentos, saudáveis, para o corpo, para a mente e essencialmente para o espírito.

A estupidez nega o processo de civilização. Afasta-nos do propósito de humanizar de fato o bicho homem. Esteriliza o trabalho de tantas pessoas, em gerações sucessivas para criar a beleza da música, das grandes obras pictóricas e literárias, pintura, da superação física n atletismo cogitado na origem para desenvolver  mentes sãs em corpos sadios. Impede de ver, sentir, cheirar, saborear a própria vida no contato com a natureza e com os outros seres vivos, humanos ou animais.

A estupidez se apresenta na forma de violência, grosseria, brutalidade exponencial, na medida em que o ser humano se distancia, ou desconhece a mecânica do espírito no controle das emoções e dos programas mentais implantados. Em outras palavras é proporcionalmente mais estúpido aquele que menos conhece sua capacidade espiritual e se deixa controlar pelas paixões, pelas emoções, valorizando menos a vida e mais o poder.
Nem é preciso ser douto ou letrado para ser estúpido em maior ou menor proporção.
A estupidez dos governantes, dos príncipes, dos controladores do mundo, aparece em proporção mais acentuada que  estupidez das pessoas iletradas. Pode-se dizer que isto é mais grave, vem dos que se dizem defensores de direitos humanos.  O comando está no descontrole emocional de que nega a razão, o equilíbrio, a lógica e a maturidade, ativando o ódio, ciúmes, inveja, perseguição, rancor.
 
São estúpidos os incapazes de lidar com a raiva, com as próprias ideias, imagens mentais e pensamentos, desconhecendo a beleza e fragilidade da variedade humana. Vale dizer que nas escolas, básicas ou superiores, inexiste uma cadeira, uma disciplina que ensine crianças e jovens a lidar com emoções, entendendo que a mente amadurece criativa e solidária, quando todos são envolvidos com os valores positivos da civilização.
 
O cérebro é muito mais complexo que o mais avançado dos computadores. Mas para sua utilização eficaz, para que seja alimentado, recuperar a informação e lidar com o ambiente social é essencial colocar alguém na direção. Isto é uma escolha, uma decisão pessoal que faz a diferença.
Muitos já estão na direção dos seus próprios pensamentos e emoções, palavras e ações. Conhecem como funciona a alma do próprio motor anímico, o que pressupõe a observação de Leis transcendentais. Os conformados ficam fascinados com os apelos externos e vão rolando pela vida que nem folhas ao vento. Pior, de modo irresponsável. Vivem sem propósito.
 
Esta atitude os torna medrosos e são facilmente colhidos pela propaganda que proporciona a desordem mental e ambiental, como catalisadores dos novos saltos na direção do controle total desejado pelos controladores. Foi neste ambiente de medo caótico que a América Latina e a África chegaram às crises do débito nos anos 80 e os países foram forçados a “privatizar ou sucumbir” nas palavras de um velho funcionário do FMI. Continuamos em estado caótico, pagando e privatizando.
 
É assim que muitos, olham e ouvem o sujeito que aparece na televisão dizendo que “não sabia” ou que o City Bank é uma instituição digna de credibilidade, ou que a guerra é feita para a “defesa da democracia” e concluem que é verdade “porque a televisão disse”... É a escola  da estupidez orientando os cada vez mais estúpidos.
 
O mesmo fazem no Oriente Médio, utilizando métodos “não democráticos” para forçar a democratização. E quem se mete a besta acaba passando pelos “interrogatórios coercitivos”, como a CIA denomina a tortura, para chocar e desorientar a mente, de modo a obter confissões de prisioneiros.
 
Em lugar de apenas ouvir falar, ler a notícia parcial e desconhecer a informação histórica, alguns, abraçados ao propósito contribuir para o desenvolvimento de ilhas, massas críticas de homens humanos e civilizados, preferem agir, vigiando os próprios pensamentos, palavras e ações. Sem conformismo. Sem censura. Fugindo ao império da paixão.
 
Assim se formam as legiões de eleitores de cabresto, conformados diante da força bruta, incapazes de pensar lógica e matematicamente, analfabetos funcionais, orfanados do conhecimento do próprio espírito e suas relações com o Universo.
Assim se eterniza o controle dos mais estúpidos. Antes do voto nas próximas eleições, consultem “o portal criado para termos acesso a todos os dados dos parlamentares em exercício (inclusive passagens pela justiça).
Basta clicar na cidade ou estado e fazer a busca”. http://www.excelencias.org.br/
 
18 de abril de 2014
A.Montenegro

SÁBIO CONSELHO...

EXEMPLO A SER SEGUIDO ! O que ensina este sábio senhor, é comovente e um exemplo a ser seguido por todos…

1

- Muitos me perguntam: O que fazem as pessoas depois de aposentadas?
- “Bem, eu tenho a sorte de ser graduado em engenharia química, e uma das coisas que mais me agrada fazer, é transformar cervejas, vinhos e outras bebidas alcoólicas em urina”.
E estou indo muito bem!

18 de abril de 2014
in Giulio Sanmartini

https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3601724341121412923#editor/target=post;postID=1816864949324265053;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=0;src=link


 

O SAFADO DE GARANHUNS

lobo

Nunca é demais mostrar um pedaço da História recente. Principalmente quando o canalha é esperto e ainda está vivo e influente. No vídeo, filmado dentro de um avião, o Lula (durante o período de campanha) explica como se faz para usar a Igreja e chegar ao Poder.

E sem nenhum pejo, ele, o protótipo perfeito de pelego (*), nomeia Lech Walesa (polonês) de pelegão.


https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=efkaaNgNI_c

(*) Denominação dada a membros de sindicatos que agiam sob inspiração do Ministério do Trabalho ou de políticos ditos trabalhistas.

18 de abril de 2014
in Giulio Sanmartini

 

 

RETRATO 3x4 DO EX-PRESIDENTE JOÃO FIGUEIREDO


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 VELHA HISTÓRIA, NOVO TESTEMUNHO


Paulo Figueiredo, autor da carta abaixo da ilustração, é filho do ex-presidente João Figueiredo. Por dever de justiça, é de se ressaltar que o Presidente João Figueiredo morreu pobre. Anos após morreu sua esposa, D. Dulce nas mesmas condições. Seu filho Paulo, hoje trabalha como qualquer mortal e nunca se teve notícia de qualquer negócio fantástico envolvendo seu nome, nem tampouco, que enriqueceu no governo do pai.

Flávio. De repente, hoje eu comecei a receber uma enxurrada de mensagens mencionando esta história.
Sou, evidentemente, o cara mais suspeito para tecer considerações sobre qualquer matéria que faça juízo de valor a respeito de meu pai, especialmente em atos do seu governo.
Mas sobre este episódio, especificamente, não posso me furtar a lhe dizer, e com certeza absoluta, que o que está relatado é totalmente verdadeiro.

Até porque, veja você, calhou de eu estar presente no mencionado encontro. Tinha acabado de vir do Rio, e fui direto para a Granja do Torto ver os meus pais, como eu sempre fazia assim que chegava em Brasília. Soube que o “Velho” estava reunido com o Havelange, no gabinete da residência. Como sempre tivemos com ele uma relação muito cordial, me permiti entrar para cumprimentá-lo e dar-lhe um abraço.
“- João e João! Esta reunião eu tenho que respeitar!”, brinquei irreverente, dele recebendo um carinhoso beijo. (Havelange sempre teve o hábito de beijar os amigos). Ia, logicamente, me retirar, mas papai me deixou à vontade:
“- Senta aí, estamos falando de futebol, que é coisa que você adora”.
Fui logo sacaneando: “Vocês já descobriram um jeito de salvar o Fluminense?” (risos – os dois eram tricolores roxos).
“- Ainda não, mas vamos chegar lá. Estamos conversando sobre Copa do Mundo…”
Filho, neste momento, o Havelange está me sugerindo realizar a próxima Copa do Mundo no Brasil e eu vou dar uma resposta a ele com o seu testemunho: “Havelange, você conhece uma favela do Rio de Janeiro? Você conhece a seca do nordeste? Você conhece os números da pobreza no Brasil? Com essa realidade, você acha que eu vou gastar dinheiro com estádio de futebol? Não vou! E, enfie essa tal de Copa do Mundo no buraco que você quiser, que eu não vou fazer nenhuma coisa destas no Brasil!
O Velho não concordava que o país despendesse quase um bilhão de dólares (valor abissal para os números daquela época) para tentar satisfazer o caderno de encargos da FIFA, principalmente diante do quadro de enorme dificuldade financeira que o Brasil atravessava. Uma situação cambial dramática, resultante de um aperto histórico na liquidez internacional – taxa de juros internacionais de 22% a.a, barril de petróleo a 50 dólares no mercado spot – agravada pela necessidade de se dar continuidade a um importantíssimo conjunto de obras de infraestrutura. Muitas delas iniciadas, diga-se de passagem, em governos anteriores, mas que não poderiam ser paralisadas por serem realmente de vital importância para a continuidade do nosso desenvolvimento.
Realmente, era contrastante com o que se fez (ou melhor, o que NÃO se fez) nos governos seguintes: várias hidrelétricas, começando por Itaipu – até hoje é a segunda maior do mundo, além de Tucuruí, Balbina, Sobradinho, todas com as suas gigantescas linhas de transmissão; conclusão da expansão de todas as grandes siderúrgicas (CSN, Usiminas, Cosipa e outras – que fizeram o Brasil passar de crônico importador para exportador de aço; conclusão das usinas de Angra 1 e 2; um programa agrícola que permitiu que ainda hoje estejamos colhendo os frutos da disparada de produção de grãos – graças à Embrapa, ao programa dos cerrados e ao programa “Plante que o João garante”; um salto formidável nas telecomunicações, até então ridículas; multiplicação da malha rodoviária – a mesma, praticamente, na qual hoje ainda rodamos, só que agora sucateada e abandonada; inauguração de dois metrôs: Rio e São Paulo; instalação de vários açudes no sertão nordestino; a construção de 2.400.000 casas populares, mais do que toda a história do BNH até então, e muito mais.
Isto é apenas o que eu me lembro agora, ao aqui escrever rapidamente. Em resumo: naquela época, o dinheiro dos impostos dos brasileiros, simplesmente, destinava-se ao desenvolvimento do país.
Mas, para concluir, já falando do presente: o que se está fazendo com o povo brasileiro é simplesmente criminoso. Só que a roubalheira na construção dos estádios é apenas a ponta do iceberg. Só chamando um Aiatolá para dar jeito, mesmo.

Grande Abraço,
Paulo Figueiredo

18 de abril de 2014
postado por Anhanguera

PRIMEIRO JOGO DA COPA

                   

Manoel José


Você iria assistir ao primeiro jogo da Copa, em Curitiba: Irã X Nigéria?


https://www.youtube.com/watch?v=wE8GocFaQec&feature=player_embedded

18 de abril de 2014
 

VIVO HOJE COMO SE HOUVESSE AMANHÃ

 


Hoje estréia um novo colaborador, cearense de Fortaleza, 56 anos. Escritor (8 livros) e cronista.


VIVO HOJE COMO SE HOUVESSE AMANHÃ, DEPOIS DE AMANHÃ, MÊS QUE VEM, ANO QUE VEM…

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Quando leio a célebre frase “Viva hoje como se não houvesse amanhã” fico apavorado, me dá vontade de tomar um Lexotan urgente. Fico pensando, se não houvesse amanhã eu teria que usar minhas últimas vinte e quatro horas para fazer tudo o que ainda não fiz. Realizar sonhos antigos, em versões recicladas, necessariamente, e outros sonhos que ainda nem terminei de sonhar direito. Imagina tentar resolver todas essas pendências num só dia. Que loucura! Teria que extrair cirurgicamente minhas mágoas com alto risco de não sobreviver e depois sacar alguns perdões imaturos para colocá-los no carbureto

Parir, prematuramente, alguns amores ainda sem identidade, precipitando-os à sorte das incubadoras de moscas, para gerar relacionamentos frágeis, condenados à morte em um dia. Desvencilhar-me de velhos hábitos, frutos das minhas neuroses, adquirir novos hábitos virtuosos que só ficaram na vontade. Posconceituar meus preconceitos, desprocrastinar o enfrentamento dos meus medos, retardar meus anseios frustrantes, dessonhar sonhos ruins, resolver meus conflitos, sair das minhas crises e completar meu eu inacabado. Teria que ler mais livros, escrever mais poesias, dar presentes, fazer as declarações de amor que não fiz ou que fiz insuficientemente. Tensionado da aurora ao arrebol, da graça da Lua ao seu último adeus, não descansaria um segundo. Que dia!

Além disso, quero aprender a falar inglês, francês, italiano, espanhol, libras, japonês e mandarim, conhecer meio mundo e construir uma creche e um asilo para idosos. Tudo hoje, caso não haja amanhã.

Não, não e não! Quero viver sempre na certeza que haverá amanhã, depois de amanhã, mês que vem, ano que vem, etc. Quero viver no ritmo da existência, bailar a melodia dos processos naturais da vida, contar uma história quente, acontecida na fornada deste mundo, e não virtualmente forjada no micro-ondas de uma sociedade fast-food maluca. Quero viver meus sonhos passo a passo, escrever a novela da minha vida capítulo por capítulo, poetar verso a verso, consistentemente, pacientemente, conscientemente.

E quando eu definitivamente adormecer, serei para sempre só… um sonho.


18 de abril de 2014
JANSEN VIANA
in blog do Giulio Sanmartini

 

UMA LUZ SE ACENDE NO HORIZONTE!


https://www.youtube.com/watch?v=8xyUQMNkEp8&feature=player_embedded

Este é o programa do PSDB que foi ao ar nesta quinta-feira à noite. Sem luta de classes, sem ufanismo barato, sem pretensão desmedida, sem arrogância, sem agressões e sem a demagogia mentirosa que há mais de uma década castiga e atrasa o Brasil.

Quem não viu pode ver agora. E os brasileiros não têm mais motivos para lamentar a falta de alternativa, a falta de liderança política com preparo intelectual e experiência no âmbito da administração pública.

Aécio Neves veio para exorcizar o fantasma do autoritarismo vermelho. Veio para somar em vez de dividir o povo brasileiro. Isso é muito bom.

Ninguém aguenta mais viver sob o açoite de um governo corrupto, produtor de crises e ameaças ao Estado de Direito democrático. Ninguém aguenta mais ver a incompetência total instalada no mais alto Poder da República, fato que sequestra o desenvolvimento do Brasil. Os brasileiros não merecem viver sob esse estado de anarquia e insegurança; sob a constante ameaça à democracia e à liberdade.

Finalmente resplandece uma luz no fim desse tenebroso e fantasmagórico túnel.

18 de abril de 2014
in aluizio amorim

O ESGOTAMENTO DO CICLO PETRALHA ESTÁ PRÓXIMO

CICLO PETISTA PERTO DO FIM. NEM "VOLTA, LULA", É GARANTIA DE VITÓRIA PARA O PT.

 
A popularidade de Dilma Rousseff despencando, o turbilhão de corrupção escorrendo de dentro da Petrobras, o homem-bomba do PT zanzando na Câmara dos Deputados pronto pra explodir, a inflação fazendo os salários encolherem e as perspectivas pífias de crescimento da economia brasileira são indicadores seguros de que o "ciclo do PT", está realmente chegando ao seu final, segundo profetizou há algum tempo o candidato oposicionista Aécio Neves.

A tábua de salvação do PT seria então o Lula? Ao que parece o volume de descontentamento do povo brasileiro em todos os patamares sociais não poupa Lula que, talvez, fosse o candidato mais vulnerável da situação. Afinal, o descalabro do Brasil em todos os aspectos começou com ele. Governou quando a economia mundial estava bombando e desperdiçou a maior oportunidade do Brasil para sair do atoleiro do atraso.

Ademais, cumpre notar que o nível de vulnerabilidade política que afeta Lula é comprovado por ele mesmo. Desde o ano passado, quando explodiu o escândalo Rose Noronha, sua amante, Lula continua fugindo da imprensa como o diabo foge da cruz. Sua aparição pública se faz por meio de ventríloquos. Seu último sinal de vida política resumiu-se a um encontro com os denominados "blogueiros progressistas", o jornalismo pena alugada financiado por estatais que atua na internet. Esse famigerado grupo também é conhecido pelas redes sociais como "blogs do esgoto" cibernético. 

Tais fatos, evidentemente, contribuem para uma estratégica inapetência lulística para enfrentar uma campanha eleitoral. Queimar o Lula é queimar o mito do PT. Acresce a tudo isso que Lula ainda se trata do câncer, o que é normal. Embora tenha se recuperado muito bem, sabe que que uma campanha presidencial nas atuais circunstâncias não se resume a uma entrevista com blogueiros à soldo. Será uma luta sem quartel. Do outro lado estão dois homens fortes ainda bafejados pela força da juventude e políticos experientes.

Concluindo esta rápida análise recolho do site do Estadão artigo do José Roberto de Toledo, analista político e, sobretudo, expert em pesquisas eleitorais. Nas atuais circunstâncias quando a campanha ainda não começou para valer, Toledo afirma que nem mesmo a volta de Lula é garantia para vitória do PT. Leiam:

O “volta, Lula” não seria o passeio imaginado pelos petistas que não querem ver Dilma Rousseff disputando a própria reeleição. O Ibope testou um cenário com Luiz Inácio Lula da Silva no lugar de Dilma, enfrentando só Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O ex-presidente ficou com 42%, apenas três pontos a mais do que Dilma.
 
Tampouco a vantagem de Lula sobre os rivais é muito maior: 19 pontos a mais do que a soma dos adversários, contra 15 pontos de diferença a favor da atual presidente. Esses números não são garantia de vitória em um cenário de desejo crescente de mudança por parte do eleitor.
 
Segundo o Ibope, a maioria de brasileiros que querem mudanças profundas no governo cresceu de 62% em novembro do ano passado, para 68% em abril deste ano.
 
O desejo de mudança ou de continuidade é o motor de qualquer eleição. Eleições mudancistas favorecem, em tese, a oposição. Por enquanto, porém, Aécio e Campos têm sido incapazes de capturar esses eleitores que querem mudar tudo ou quase tudo. Mas tampouco Lula vai muito bem entre eles.
Sem ninguém que lhes agrade, um terço dos mudancistas declara, hoje, que votaria em branco ou anularia seu voto. O histórico mostra ser improvável que todos eles confirmem o anti-voto na urna. Muitos acabam votando “útil”, para evitar a eleição de quem gostam menos ainda. Resta ver quem será visto em outubro como, se não o melhor, ao menos o mais “útil” dos presidenciáveis.
 
 
18 de abril de 2014
in aluizio amorim

ROLANDO LADEIRA ABAIXO

IBOPE MOSTRA QUE DILMA CONTINUA DESPENCANDO E AÉCIO NEVES JÁ COMEÇA A MOSTRAR TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO NA PREFERÊNCIA DOS ELEITORES

Aécio Neves em recente palestra que proferiu no Rio de Janeiro
Apesar de faltar ainda um bom tempo para a eleição presidencial, todas as pesquisas feitas até agora coincidem num ponto: a popularidade da Dilma está sendo corroída. Nesta última pesquisa do Ibope divulgada nesta quinta-feira há um dado novo nada desprezível: a queda de popularidade da “presidenta” está se transformando em rejeição completa de uma fatia do eleitorado que não declara mais o voto em favor da petista.
 
Outro dado que tem de ser levado em consideração diz respeito ao fato que a própria Dilma começou patinando, quando José Serra, então candidato oposicionista, exibia algo em torno de mais de 30%. 
 
No decorrer da campanha esses números se inverteram. Mas mesmo assim no segundo turno José Serra mostrou um cacife de mais de 40 milhões de votos, total que é maior do que o capital votante do PSDB, pois inclui o voto anti-petista que parece ter crescido de forma exponencial para este pleito de 2014.
 
Neste momento olhando-se para o gráfico das pesquisas vê-se que Aécio Neves demonstra um ritmo de crescimento ainda tênue. Todavia isso se deve ao fato de que a exposição de Aécio ainda é tímida. Na medida que o Tucano, vai aparecendo mais a tendência é obviamente de um crescimento mais forte. O importante é que o gráfico aponta Aécio subindo e a Dilma descendo.
 
Note-se que na campanha passada José Serra não foi bem nem no Rio de Janeiro e muito menos em Minas Gerais. Desta feita o voto dos mineiros será majoritariamente de Aécio, enquanto no Rio de Janeiro há movimentações dentro do PMDB carioca indicando uma aproximação com a candidatura tucana.
 
No que respeita ao Nordeste, terreiro tradicionalmente do PT, a candidatura de Eduardo Campos terá peso expressivo, subtraindo milhares de votos antes concedidos ao PT, fato que mostrará um panorama eleitoral muito diferente do último pleito presidencial.
 
Face a esses números do Ibope que confirmam a queda evidente de Dilma Rousseff, constata-se que o jogo está para ser jogado e as chances de Aécio Neves são evidentes. 
 
VEJAM O GRÁFICO:
 
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18 de abril de 2014
in aluizio amorim

REPORTAGEM DE "THE ECONOMIST" CONSTATA O INCONTESTÁVEL: MAIORIA DOS BRASILEIROS NÃO PASSA DE UM BANDO DE VADIOS


Facsímle da abertura da reportagem no site de The Economist 
Os brasileiros que possuem alguns neurônios além da média que não deve passar de dois, não se surpreendem com esta reportagem da revista britânica The Economist. O título da reportagem, em tradução livre do inglês é "A soneca de 50 anos" e a ilustração  não poderia ser mais adequada. A matéria evoca a trágica realidade: os brasileiros são pouco produtivos. 

Criei uma frase há muito tempo que uso de forma recorrente: "A humanidade é pródiga na produção da estupidez e extremamente parcimoniosa na geração da genialidade". Trata-seno meu modesto modo de entender, de uma regra geral de alcance global. Todavia há regiões do planeta em que a genialidade, a inventividade, o gosto pela ciência e a pesquisa, a curiosidade que abre a porta para filosofia e, por fim, a dedicação incessante ao trabalho, surgiram de forma mais evidente.

Suponho que a ciência um pouco mais adiante encontrará todas as explicações para esse fenômeno, ou seja, a desigualdade brutal entre povos no que respeita àquilo que manuais de administração qualificam como "pró-atividade". E, a seguir, poderá encontrar o antídoto contra a preguiça e a burrice!

É importante acrescentar que a teoria comunista formulada por Karl Marx e seus epígonos encontrou tantos adeptos no mundo por uma só razão: justificou a vagabundagem e a preguiça e ainda transformou os vagabundos em vítimas de uma suposta "injustiça social".
Aliás, o próprio Marx era um diletante que viveu às expensas de Friedrich Engels, filho de um rico industrial. Engels teria sido um dos primeiros expoentes da "esquerda caviar" termo cunhado pelo economista Rodrigo Constantino e que é título de seu mais recente livro.

A reportagem de The Economist pode ser lida na íntegra aqui. Transcrevo um resumo em português postado no site da revista Veja.
Leiam:

A última edição da revista The Economist traz uma reportagem bastante crítica ao mercado de trabalho no Brasil e em especial à produtividade dos trabalhadores. Com o título "Soneca de 50 anos", a reportagem diz que os brasileiros "são gloriosamente improdutivos" e que "eles devem sair de seu estado de estupor" para ajudar a acelerar a economia.
 
A reportagem mostra que após um breve período de aumento, entre 1960 e 1970, a produtividade por trabalhador estacionou ou até mesmo caiu ao longo dos últimos 50 anos. A paralisia no período acontece em contraste com o cenário internacional, onde outros emergentes, como Coreia do Sul, Chile e China, apresentam firme tendência de melhora do indicador.
 
"A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB do Brasil entre 1990 e 2012, em comparação com 91% na China e 67% na Índia, de acordo com pesquisa da consultoria McKinsey. O restante veio da expansão da força de trabalho, como resultado da demografia favorável, formalização e baixo desemprego", diz a revista.   
 
A reportagem aponta uma série de fatores que explicam a fraca produtividade brasileira. O baixo investimento em infraestrutura é uma das primeiras razões citadas por economistas. Além disso, apesar do aumento do gasto público com educação, os indicadores de qualidade dos alunos brasileiros não melhoraram. Um terceiro fator menos óbvio é a má gestão de parte das empresas brasileiras.
 
A revista mostra informa muitas empresas preferem contratar amigos ou familiares menos qualificados para determinadas vagas, para limitar o risco de roubos na empresa ou de serem processados na Justiça trabalhista. A revista também cita que a proteção do governo aos setores pouco produtivos ajuda na sobrevivência das empresas menos  eficientes.
 
A reportagem ouviu um empresário norte-americano que é dono do restaurante BOS BBQ no Itaim Bibi, em São Paulo. Blake Watkins diz que um trabalhador brasileiro de 18 anos tem habilidades de um norte-americano de 14 anos. "No momento em que você aterrissa no Brasil você começar a perder tempo", disse o dono do restaurante BOS BBQ, que se mudou há três anos para o país.
 
 
18 de abril de 2014
in aluizio amorim

VOCÊ CONHECE MESMO O PT?





O Foro de São Paulo tem avançado em praticamente todos os campos em que se dispôs a atuar e, com exceção de algumas incansáveis iniciativas ainda isoladas (e constantemente ignoradas pelos veículos de informação e o público geral), sua própria existência tem passado despercebida



Por Felipe Melo 
Notícias Faltantes
Foro de São Paulo

O Partido dos Trabalhadores governa oficialmente o Brasil desde 2003, quando Lula foi eleito presidente.

Em dez anos, nunca antes da história deste país viu-se tanto desmando, tanto desbunde, tanto desbrio, tanto descalabro, tantos desvios de verbas e de caráter.

O PT teve a proeza de destronar da vida pública de modo praticamente definitivo todas aquelas características que eram vistas, desde os idos da Grécia clássica, como essenciais para o exercício da política: verdade, hombridade, maturidade, honra e honestidade.

Se antes aqueles que se desviavam dessa linha-mestra eram vistos como incidências abjetas na vida política brasileira, hoje o próprio desvio é que se transformou em linha-mestra.

Por mais que se repise essa constatação, há grande resistência por parte de uma multidão (para não dizer manada) de gente bem-intencionada, excessivamente ingênua e facilmente enganável, em admitir que, na última década, o nosso país piorou sob todos os aspectos – político, econômico, social, jurídico e cultural.

O PT ainda é diuturnamente tratado como a grande vítima das próprias impropriedades que cometeu, como se os planos meticulosamente traçados para se obter e manter o poder no Brasil fossem ora apenas deslizes cometidos por uma minoria aloprada, ora métodos tortos cujo objetivo era apenas garantir o bem do povo ao se buscar a perpetuação do partido no governo.

Há um sem-número de documentos emitidos pelo próprio PT que indica de maneira incontestável o projeto de poder do partido.

O radicalismo socialista troglodítico foi substituído por um radicalismo socialista sofisticado, cheio de finesse e com ares de alta intelectualidade, mas o objetivo continua sendo um e o mesmo: enredar a nação em seus tentáculos pegajosos indefinidamente.

Esse afã pelo poder não é um “privilégio” apenas do Partido dos Trabalhadores aqui no Brasil: diversos outros partidos, organizações, institutos e que tais, aqui e lá fora, possuem o mesmo objetivo, e, ao contrário do que a insistência extraordinariamente estúpida de um exército de analistas e experts garante, esse objetivo é perseguido de modo muito bem articulado a nível internacional.

A própria existência de uma organização como o Foro de São Paulo é, de per si, prova cabal desse fato.
 

Aliás, o próprio documento preparado pelo PT para o XVIII Encontro do Foro de São Paulo, que ocorre em Caracas ao longo dessa semana, é mais uma peça que explicita, naquela típica linguagem melifluamente “progressista e de esquerda”, os objetivos do PT.
Todas as citações que aqui farei são traduções livres de trechos do documento do partido, que foi divulgado em língua hispânica.

O primeiro grande destaque do documento é a defesa da necessidade de se instrumentalizar organizações variadas da sociedade civil para que o PT continue no comando da nação.

Nesse sentido, o documento afirma que “o PT terá de dedicar-se com mais empenho a organizar as camadas populares, em particular os trabalhadores assalariados, em sindicatos, movimentos populares urbanos e rurais, associações femininas, movimentos de juventude, instituições desportivas e culturais, e em um sem-número de formas criadas por iniciativa das classes e camadas populares.”

Quem aponta isso é o próprio presidente nacional do partido, Rui Falcão, que complementa:

Somente com a participação ativa dessas camadas populares, o PT e o governo poderão vencer as resistências que os setores conservadores, na sociedade, no Congresso e inclusive em setores do aparato do Estado, interpõem às reformas indispensáveis ao plano de desenvolvimento econômico e social que façam do Brasil um país verdadeiramente soberano, independente, e com um povo material e culturalmente avançado.

Notem que “PT” e “governo” são utilizados como se fossem a mesma coisa, partes indissociáveis do mesmo organismo.

Esse tom é mantido ao longo de todo o documento: o Partido dos Trabalhadores é visto indisfarçavelmente como o único membro legítimo do governo – ou seja, o PT é o governo.

Essa visão é acompanhada sempre e em toda parte pela defesa da superioriedade moral do partido, uma vez que ele é o único que pode tornar o Brasil “culturalmente avançado”.
O PT – que, à guisa de personagem orwelliana, será doravante denominado apenas por Partido, com maiúscula – não objetiva, entretanto, o governo, e quem lembra isso muito bem é Iole Ilíada, secretária de relações internacionais do Partido.

A conquista do governo não garante a conquista do poder – algo que, segundo Gramsci, dependia da correlação de forças (rapporti di forze) entre burguesia e proletariado.

O objetivo do Partido no governo seria, portanto, atuar na alteração da correlação de forças, ou seja, “deslocar a burguesia como classe hegemônica e dominante” e “transferir poder (em suas várias formas: político, econômico, cultural etc.) às classes trabalhadoras”.


O Partido, como já se desconfiava, não está no governo para melhorar a vida da população e trabalhar efetivamente para o desenvolvimento nacional: “vale a pena ser governo quando a esquerda é capaz de usar sua presença como um fator de deslocamento da correlação de forças a favor dos trabalhadores”.

E Iole é enfática: “Não se trata aqui de pensar em uma alteração da correlação de forças que gradualmente nos conduza do capitalismo ao socialismo, mas em um processo de acumulação de forças que, em algum momento, pode tornar possível a ruptura desejada.”
Há um nome que define muito bem a “ruptura desejada” que o Partido tanto almeja: revolução.

Não falamos aqui daquela revolução tradicional, com sublevação armada e derramamento de sangue, ao modo das revoluções francesa e russa, mas de revolução cultural, estrutural, gramsciana.

Continua Iole:

O reconhecimento dessa falta de transferência efetiva de poder aos trabalhadores é importante porque a presença da esquerda no governo pela via eleitoral, por mais que a queiramos duradoura, pode ser transitória.

Isso faz com que seja necessário que as mudanças se convertam em transformações estruturais, de difícil reversão por parte de governos de direita que nos possam suceder.

Mais ainda, tal reconhecimento é importante para ampliar a consciência e a capacidade de organização, intervenção social e luta dos trabalhadores, de modo que a acumulação de forças possa apontar para a necessidade de conquistar não apenas o governo, mas também o poder.


Extrapolando o contexto nacional, o partido reafirma em quase todos os parágrafos do documento ao XVIII Encontro do Foro de São Paulo seu compromisso com a integração regional – não de países, não de nações, mas de organizações “progressistas e de esquerda”, de modo a formarem uma plataforma comum com engrenagens bem azeitadas que girem na sincronia necessária para tingir de rubro todo o subcontinente.
Renato Simões, secretário de movimentos sociais do Partido, explica como isso é visto (e quisto) pelo Partido:

Em sua grande maioria, os partidos progressistas e de esquerda da América Latina se organizam no Foro de São Paulo, cuja influência política vem crescendo, ano após ano, para suas responsabilidades partidárias, seja como membros de governos eleitos, seja como as principais forças de oposição a governos neoliberais. [...]

Em vários países, os movimentos sociais buscam avançar em sua organização, superando fragmentações e pulverizações marcadamente impostas pela hegemonia neoliberal.

Eles buscam eixos políticos mais nítidos e unificados para incidir na correlação de forças na sociedade e frente aos governos nacionais.

No Brasil, há um importante esforço no sentido de consolidar a CMS – Coordenação dos Movimentos Sociais, que hoje integra os movimentos sociais mais representativos do país. [...]

A recente instalação de uma Comissão de Movimentos Sociais junto ao Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo mostra que estamos atentos aos desafios de consolidar estruturas próprias para o diálogo partidário com os governos e movimentos sociais.

Como disse a companheira Dilma Rousseff em seu discurso ao Diretório Nacional do PT, antes de assumir a presidência da República, em um terceiro período de governo é essencial aceitar as relações entre o Partido, o Governo e os Movimentos Sociais, trincheiras de uma mesma luta, espaços estratégicos para um mesmo projeto, essencial para a transformação de nossa sociedade.

Uma vez mais, tocamos aqui na simbiose orgânica necessária para a conquista do poder no Partido e sua manutenção: comandar o governo e cooptar os movimentos sociais.


O que se busca é a pura instrumentalização ideológica de todos os meios disponíveis para que o Partido tenha controle total e irrestrito sobre a nação.

Essa conclusão não é fruto de um delírio que brota de uma mente conservadora (e, portanto, patologicamente perturbada), mas apenas de simples interpretação de texto: é isso o que está escrito, e de modo claro e cristalino.

No entanto, a conquista da hegemonia, dentro da visão gramsciana que permeia o Partido integralmente, só se pode dar de modo seguro e duradouro através da atuação de intelectuais orgânicos – “intelectuais que, além de especialistas na sua profissão, que os vincula profundamente ao modo de produção do seu tempo, elaboram uma concepção ético-política que os habilita a exercer funções culturais, educativas e organizativas para assegurar a hegemonia social e o domínio estatal da classe que representam (Gramsci, 1975, p. 1.518).

Conscientes de seus vínculos de classe, manifestam sua atividade intelectual de diversas formas: no trabalho, como técnicos e especialistas dos conhecimentos mais avançados; no interior da sociedade civil, para construir o consenso em torno do projeto da classe que defendem; na sociedade política, para garantir as funções jurídico-administrativas e a manutenção do poder do seu grupo social” (SEMERARO, 2006).

Como garantir, então, que haja tais intelectuais orgânicos que, ao longo das décadas, atuem para a conquista e a manutenção do poder por parte do Foro de São Paulo?

Carlos Henrique Árabe, secretário de formação do Partido, relembra que, durante o XV Encontro do Foro de São Paulo, no México, ocorreu a primeira reunião de escolas e fundações do FSP, que apontou para a necessidade de “abordagem, vinculação, intercâmbio e cooperação entre as fundações, universidades, escolas de formação e outras entidades educacionais e de treinamento dos partidos integrantes do Foro de São Paulo, nas áreas de investigação, formação e divulgação.”

O objetivo central eleito pelas organizações que participaram dessa reunião foi a criação da Escola Latinoamericana de Formação Política, uma universidade internacional do Foro de São Paulo para a formação de quadros partidários, lideranças de ONGS e movimentos sociais e, de modo particularmente especial, intelectuais orgânicos.

O Foro de São Paulo tem avançado em praticamente todos os campos em que se dispôs a atuar e, com exceção de algumas incansáveis iniciativas ainda isoladas (e constantemente ignoradas pelos veículos de informação e o público geral), sua própria existência tem passado despercebida.


O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, um dos artífices do documento do Partido para o encontro do FSP, faz questão de lembrar:

“As mudanças profundas que vêm experimentando nossos países há anos, sobretudo onde as esquerdas estão no governo, são resultado de dinâmicas internas, evidentemente. No entanto, elas também são consequências de um processo político coletivo que teve no Foro um lugar privilegiado.”

A UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), a Telesur, a ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), todas essas iniciativas foram gestadas no ventre do Foro de São Paulo.

Todas as ações desses grupos são unívocas e convergem para o mesmo objetivo: o controle total do subcontinente americano por uma verdadeira camarilha de genocidas em potencial.

Quando se atam os elos soltos, que aparentemente nada tem a ver uns com os outros, vê-se com clareza quão bem se encaixam e como a corrente que formam é coesa e aprumada.

E é justamente a ausência de qualquer esforço em larga escala para divulgar os planos do Foro de São Paulo que faz do (ingrato) trabalho daqueles que se propõem a monitorar os passos desse grupo algo tão precioso e necessário.

E é um trabalho que precisa melhorar: devemos aumentar a capilaridade do fluxo de informações sobre o Foro de São Paulo e estimular outras iniciativas (dentro e fora do Brasil) que objetivem ao desmascaramento do grupo.

Já escrevi em outros textos e volto a afirmar: estamos em guerra. Cedo ou tarde, ela baterá com força à nossa porta, e, aí, já não poderemos fazer mais nada.

18 de abril de 2014
Felipe Melo

GARCIA MARQUEZ: OUTRO HOMEM DE GÊNIO QUE ERA UM IDIOTA



Por Reinaldo Azevedo

Lá vou eu procurar sarna para me coçar, não é?, mas por que não? Morreu Gabriel García Márquez, ao 86 anos. Foi um escritor de extraordinário e genuíno talento.

O justamente celebrado “Cem Anos de Solidão” será sempre um grande romance, sem chance, acho para revisões. Era também um contista formidável. Os textos reunidos em “A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada” o colocam entre os mestres do gênero.

García Márquez conseguiu, como ninguém, traduzir em palavras a cor local da América espanhola — que não é a nossa, leitor amigo, porque gongórica, mística, assaltada por fantasmas de culturas remanescentes esmagadas pela colonização, mas muito presentes no imaginário cotidiano.

Tinha uma outra qualidade sem a qual este conservador que escreve não vê a possibilidade de um romance ou de um conto vir à luz: sabia contar uma história que sempre se projetava além das irresoluções e chiliques do eu-narrador, como virou moda hoje em dia.

Gabriel García Márquez dominava plenamente seu ofício e brincava com as palavras. Sua literatura tinha cor, tinha cheiro, tinha gosto. Reinventou o realismo mágico e criou um estilo. É muito mais do que pode ambicionar um grande escritor.

Tinha uma outra virtude: não era, e sabia que não era, um pensador. Sua literatura nunca é sentenciosa ou programática.

E, por isso, eu o aplaudo.

Mas vaio também.
O escritor genial era um idiota político, e não é possível negligenciar esse aspecto de sua persona pública. Amigo pessoal de Fidel Castro, cujos crimes defendeu de modo incondicional, García Márquez flertou com a teses mais estúpidas sobre a América Latina, quando não as endossou.

Estou entre os que advogam a independência do território da arte. O gigantesco poeta americano Ezra Pound não deve ser lido — já escrevi isto algumas vezes — em razão de sua simpatia pelo fascismo, o que lhe rendeu a prisão numa espécie de manicômio.

Céline era um grande escritor e um antissemita asqueroso. O russo Máximo Gorki, talentosíssimo, visitava, acreditem, em companhia do tirano Stálin, campos de trabalhos forçados — que é o nome que os campos de concentração receberam na União Soviética.

Pior do que isso: beneficiava-se da intimidade com o poder. Tinha à sua disposição uma fabulosa “datcha” — a casa de campo para passar o Verão e a Primavera — que lhe proporcionava o regime. Era tal a sua intimidade com o poder que ele próprio virou nome de uma “Datcha”, que servia aos regalos da burocracia soviética.

Como Gorki pôde ser tão estúpido?

Como é que Pound não percebeu a natureza do fascismo?

Por que Céline não se dava conta da indignidade essencial do antissemitismo?


Vamos morrer sem ter essas respostas.

No fim das contas, não aceitamos a ideia de que uma pessoa de gênio na sua arte, seja ela qual for, possa estar estupidamente errada sobre um porção de coisas.

O gênio artístico não obriga ninguém a fazer as escolhas morais razoáveis. Boas pessoas podem ser terrivelmente estúpidas. E canalhas podem ser gênios insuperáveis.

É difícil conviver com isso. Ofende o nosso senso de decoro.

17/04/2014

IBOPE: MAIS GENTE REPROVA DO QUE APROVA O GOVERNO DILMA

Ibope: mais gente REPROVA (48%) do que APROVA (47%) o modo como Dilma governa o país; boato de queda significativa de petista anima de novo os mercados


O Ibope divulgou nesta quinta uma pesquisa de intenção de voto par a Presidência da República. Os números são compatíveis com o levantamento mais recente do Datafolha.
Quando Dilma é confrontada apenas com os principais oponentes, ela cai dos 43% que tinha em março para 39%; o tucano Aécio Neves oscilou de 15% para 16%, e Eduardo Campos, do PSD, passa de 7% para 8%. Quando entram os candidatos de pequenas legendas, Dilma marca 37%; Aécio, 14%, e Campos 6%.
 
Nesse caso, as candidaturas nanicas, somadas, passaram de 1% para 3%. Num eventual segundo turno contra o tucano, a petista caiu de 47% em março para 43% agora, e ele passou de 20% para 22%; contra o peessebista, ela vai de 47% para 44%, e ele, de 16% para 17%.
A esta altura, no entanto, esses são os números e os fatos menos importantes.
 
Pesquisa Ibope Abril
 
Importante mesmo é outro dado: segundo o Ibope, mais gente desaprova o jeito de Dilma governar (passaram de 43% em março para 48% agora) do que aprovam (de 51% para 47%). Observem: em um mês, há aí uma movimentação de 9 pontos contra a petista: ela tinha um saldo positivo de 8 e, agora, tem um saldo negativo de 1.
 
Pode-se dizer, é verdade, que o eleitorado ainda descobre muito timidamente os candidatos de oposição, mas a queda de prestígio de Dilma é evidente. E não é menos verdade que essa desaprovação está começando a corroer os seus votos.
 
De novo, euforia

Ontem, circulou forte o boato de que uma pesquisa do Ibope indicaria uma queda significativa de Dilma. Mais uma vez, a reação foi de euforia. O Ibovespa reagiu. Na máxima, o índice chegou a subir 2,22%. No fechamento, a alta foi de 1,78%, aos 52.111 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,8 bilhões.
 
Agora é assim: mesmo quando Dilma cai muito no boato, o mercado sobe de fato. É curiosa a reação. A sensação evidente é mesmo a de que o governo, este governo, atrapalha o país. Que coisa, né? A simples perspectiva de que Dilma não se reeleja enche o Brasil de um ânimo novo. Por que será?
 
18 de abril de 2014
Reinaldo Azevedo

A ECONOMIA E O PARTIDO DA MENTIRA. CABE A NÓS TIRÁ-LO DO PODER.



Via Claudio Shikida, do Ibmec-Minas, um texto de Thomaz Amorim que não poupa críticas ao Partido Totalitário, cuja política é calcada na mentira:

Como deixa claro o dito popular, “errar é humano, permanecer no erro é ignorância”. Há mais de uma década no poder o PT está mal, e pior, está mal e recusa-se a assumir seus erros. As medidas econômicas de crescimento a curto prazo já não funcionam mais, a conta bate à porta e o investimento, que nunca foi de dar muito as caras, permanece quieto, calado e mudo. Problemas hoje, problemas para o amanhã.
Em um ambiente macroeconômico as expectativas dos agentes têm vital importância. Têm o poder de trazer o longo prazo para o presente e, dependendo da situação, adiantando problemas. Como é o caso da inflação. Expectativa de inflação para o futuro aumenta a demanda por moeda hoje. Logo, inflação hoje. Dado que uma das funções da moeda é ser reserva de valor, se creio que no futuro parte do seu valor será corroído, transaciono hoje, demando moeda hoje. Sendo assim, conter as expectativas é de suma importância para manter estabilidade na economia.
Uma alternativa de manter as expectativas sob controle é contando algumas mentiras. Você pode dizer que está tudo bem enquanto está tudo mal. Se você tiver um background interessante, como Dilma tem o de Lula, afinal, agora as pessoas podem ter geladeira e televisão de plasma, a mentira pode até funcionar. O problema é que a natureza econômica não acredita em mentiras, ela respeita as premissas básicas da economia de que não há almoço grátis, de que é necessário haver poupança para que ocorra investimento e que um Banco Central com credibilidade é o mínimo para se pensar em estabilidade da moeda, entre outros.
Hoje a verdade bate à porta e as mentiras, assim como as burras políticas econômicas, não estão funcionando mais. IPCA de 0.92 no mês, escândalos da Petrobras e aumento dos impostos para financiar dívida de um governo que não reconhece que errou e teima em continuar errando. Não reconhece porque tem medo. Tem medo de o teatro acabar, medo das pessoas descobrirem que existe algo de errado nesse discurso demagógico de “povo” e de “estado”.
O que se observa entre os governos de esquerda ao redor do mundo é a insistência em querer vender “O Estado”, uma máquina de benevolência, pronta para gastar e alimentar os famintos. Mentira, balela. E pior, além de vender a idéia errada de um suposto “Estado Ideal”, ataca o privado através de um discurso fundamentado no materialismo histórico de Marx, onde os meios de produção definem as classes em um sistema econômico injusto e desigual.
Hoje, no Brasil, um empresário ao contratar o trabalhador mediano brasileiro, sem instrução alguma para atender as demandas básicas que sua função exige, pratica caridade e não injustiça. Ao vender a Idéia de um estado bonzinho e de um privado malvado, cria-se por meio de um governo autoritário uma classe muito mais opressora e ineficiente, O Governo. A incoerência reina, mas detendo eles o monopólio das virtudes, uma argumentação inteligente e fundamentada em teoria política e econômica vira agressão, ataque.
 
“Ataque político” é como Dilma descreve as criticas à gestão da Petrobras. Mesmo tendo perdido mais da metade de seu valor de mercado nos últimos dois anos, mesmo com as polêmicas em volta da compra da refinaria em Pasadena, mesmo sendo uma das empresas mais endividadas do mundo, a presidente do país tem a coragem de ir a público e dizer que estão tentando acabar com a imagem de uma empresa que “o povo tanto lutou para construir”. Mais uma vez, valendo-se do “povo” para justificar os seus erros de seu governo.
Bem sabe ela que a Petrobras foi fundada por um ditador, fascista, que deu um monte de pão e circo para o povo acreditar nas suas boas intenções. Algo bem parecido com o que ela faz hoje. Petrobras não tem nada de “povo”.
 
Confesso que tenho medo de onde isso pode parar, caso as eleições de outubro coroem a incompetência desse partido populista mentiroso. Um partido com líderes que não reconhecem os seus erros, um partido que tem mobilizado a máquina pública em favor de seus interesses, que tem colocado em risco a saúde financeira do Brasil.
Um dos cases de corrupção com a maior condescendência pública da história, dando sequência ao estereótipo criado por José Murilo de Carvalho em “Os Bestializados”. Bestializado, o “povo” assiste de camarote os absurdos de Dilma e sua trupe em nome de suas ideologias ultrapassadas e mentirosas.
 
Conter expectativas com mentiras tem sido o carro chefe do PT nos últimos doze anos de seu governo e como favas contadas, o discurso seguirá adiante. E assim o será porque é desta forma que eles sabem fazer política. 
 
Cabe a nós tirá-los de lá.
 
18 de abril de 2014
in orlando tambosi