"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

CARLOS CHAGAS RECUSOU O CONVITE DE COSTA E SILVA, MAS NÓS O CONVENCEMOS A ACEITAR...

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Chagas, ao lançar  um de seus livros de política
O jornalista Carlos Chagas morreu aos 79 anos, nesta quarta-feira (26/4), em Brasília. Advogado e ex-professor da Universidade de Brasília, Chagas é o pai de Helena Chagas, ex-ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma Rousseff, e da promotora Cláudia Chagas, ex- chefe da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça. Helena avisou em sua página no Facebook sobre o falecimento. “Amigos, meu pai, jornalista Carlos Chagas, acaba de falecer. Era a melhor pessoa que conheci nesse mundo”, escreveu em um post.
Nascido em Três Pontas, Minas Gerais, e morador de Brasília, ele iria completar 80 anos no próximo dia 20 de maio. Era formado em Direito pela PUC-RJ e foi membro do Ministério Público do Rio de Janeiro. Depois, tornou-se um dos nomes mais expressivos do jornalismo brasileiro e foi professor de Ética da Faculdade de Jornalismo da UnB durante 25 anos. Ao longo de sua trajetória, ele passou pelo Globo, Estadão, Manchete, SBT, RedeTV!, CNT, Tribuna da Imprensa, entre outros veículos de comunicação.
CARREIRA BRILHANTE – Ainda muito jovem, Carlos Chagas se afastou do Ministério Público para dedicar-se exclusivamente ao jornalismo, assinando a mais importante coluna Política de O Globo. Depois, mudou-se para Brasília e foi dirigir a sucursal do Estado de S. Paulo. No período da ditadura militar, Carlos Chagas foi assessor de imprensa da Pre­si­dência da República no governo do general Costa e Silva, e dessa experiência nasceu a série de reportagens “113 Dias de Angústia – Impedimento e Morte de Costa e Silva”, que lhe garantiu o Prêmio Esso e se tornou seu livro de maior sucesso.
Escreveu muitas outras obras, como “A Ditadura Militar e os Golpes Dentro do Golpe: 1964-1969”, em que, baseado nas suas próprias memórias e nos relatos de outros jornalistas, Carlos Chagas conta os bastidores do golpe de 1964, que tirou o presidente João Gou­lart e pôs o general Castello Branco no poder.
“O Brasil sem Retoque: 1808-1964”, “Carlos Castelo Branco: o Jornalista do Brasil”, “Resistir é Preciso” e “A Ditadura Militar e a Longa Noite dos Generais” são outras obras de Chagas.
COSTA E SILVA CONVIDA – Agora, abro parênteses para relatar minha amizade pessoal com Carlos Chagas, a quem conheci em 1966, na Redação de O Globo. Quando o general Costa e Silva foi escolhido sucessor de Castelo Branco, fez uma excursão ao exterior (era praxe, na época, e Washington tornava-se escala obrigatória). O Globo escalou Chagas para acompanhar o general, junto com repórteres dos principais jornais.
Na viagem, Costa e Silva ficou impressionado com Chagas, que era muito culto, educado e de temperamento firme, tinha convicção em tudo o que dizia. De volta ao Brasil, convidou-o para assumir a Secretaria de Imprensa do Planalto. Chagas recusou, o general pediu-lhe que refletisse melhor. Encerrada a conversa, o jornalista então rumou para a Redação de O Globo, onde escrevia sua coluna diária, no espaço hoje ocupado por nosso amigo Merval Pereira.
INSISTIMOS MUITO – Na época, a Editoria de Política de O Globo tinha apenas quatro integrantes – o editor Antonio Vianna de Lima, um ícone do jornalismo; o subeditor Jair Rebelo Horta, que havia assessorado Juscelino Kubitschek durante o mandato dele; Chagas era o colunista e eu trabalhava como redator. Ao chegar à Redação, Chagas nos chamou e relatou o convite, dizendo que não aceitara.
Vianna então pediu ao subeditor Jair Rebelo Horta que fechasse as páginas de política e descemos para o bar da esquina, onde poderíamos conversar com mais liberdade.
CHAGAS NÃO ACEITAVA – Carlos Chagas sempre foi um intelectual progressista, era totalmente contrário ao regime militar, não queria aceitar, de jeito algum. Argumentava que os militares estavam se excedendo, todos conhecíamos os relatos de torturas etc. e tal.
A conversa foi rolando, já tínhamos tomado muitas caipirinhas e Vianna então disse a Chagas que era importante aceitar o convite, porque estaria próximo ao presidente e poderia influir para que houvesse uma distensão e as torturas cessassem. Aproveitei o embalo e contei o conselho que eu recebera de José Fernandes do Rego, jornalista da Ultima Hora, muito amigo de Sebastião e Ceci Nery, e que fora barbaramente torturado, perdera os dentes frontais. Eu estava insatisfeito com a linha política de O Globo e ia pedir demissão, mas José Rego me convenceu a ficar e aproveitar as brechas que aparecessem.
CHAGAS ENFIM ACEITA – Bem, Vianna e eu insistimos muito, até que convencemos Chagas a aceitar. Subimos para a Redação, tínhamos bebido para valer e contamos ao editor da Primeira Página, Armindo Blanco, que Chagas fora convidado e decidiu aceitar. Blanco não gostou, subiu o tom da conversa, Chagas se aborreceu e quase saíram na porrada ao lado da sala de Roberto Marinho, que felizmente já tinha ido para casa.
Por causa dessa nossa insistência, desde aquela época Chagas passou a receber críticas por ter aceitado trabalhar com Costa e Silva. Tantos anos depois, me arrependo de ter ajudado a convencê-lo. Chagas era um homem muito correto, jamais foi submisso aos militares e estava com a razão. Não deveria ter aceitado trabalhar com Costa e Silva, que assumira como presidente mas não mandava nada, tinha sido dominado pelo “Sistema”, que era com chamávamos o grupo de militares e civis que comandavam no país, entre os quais o próprio Roberto Marinho era um dos destaques e foi quem mais se beneficiou  no tempo da ditadura. Mas isso nós só íamos saber depois. E já era tarde demais.

26 de abril de 2017
postado por m.americo

JORNALISMO BRASILEIRO PERDE CARLOS CHAGAS, UM DE SEUS MAIORES DESTAQUES

Carlos Chagas ia completar 80 anos
Assisti à série de especiais que marcou a despedida da televisão do jornalista Carlos Chagas (1937-2017), exibida pela CNT na virada de 2016 para 2017, em comemoração aos 80 anos que o eloquente tribuno ficou a menos de um mês de completar. A voz cansada, acompanhada dos cabelos e bigodes já embranquecidos, revelavam um agudo decorrer de seus dias, onde o trato diário dos temas nacionais, aqui nas páginas da Tribuna da Internet e dos muitos jornais para onde sua coluna era distribuída, não escondia um certo saudosismo pelos tempos áureos do jornalismo brasileiro que viveu, e dos quais Chagas foi umas das últimas testemunhas oculares.
Conviva de presidentes, em especial da controversa figura do Marechal Costa e Silva, de quem foi jovem assessor de imprensa, Carlos Chagas embarcou na ironia fina de seu texto um saboroso élan de pitonisa, traço daqueles que antecipam o porvir sem deixar de rolar os dados. Em sua última colaboração para a Tribuna, Chagas cantou a pedra do provável refluxo dos ministros-deputados, ou deputados-ministros, dispensáveis ao governo Temer após o decreto de desmonte do Estado Social ocultado sob a pilha de relatórios, emendas e destaques das reformas trabalhista e previdenciária. Ao contrário de Temer e seus comparsas, a quem a História registrará notas de rodapé, o velho jornalista inspirou seguidores por sua visão de Brasil e pela correção com que conduziu, por toda a vida, o trato com a informação.
O QUE DE MELHOR HAVIA – Quem caminhou de braços dados a personalidades como o amigo Ronaldo Costa Couto, um dos últimos convidados de seu programa na CNT, Villas-Bôas Corrêa, Carlos Castello Branco e tantos companheiros de inesquecíveis coberturas como a campanha das Diretas Já, a Constituinte de 88 e as Eleições Presidenciais de 1989, certamente se filiava ao que de melhor havia no cenário intelectual brasileiro na defesa da nossa cultura e de nossas mais saudáveis tradições políticas.
Carlos Chagas foi também correligionário de Leonel Brizola nos tempos pioneiros de consolidação do PDT, casa dos que defendiam o pacto sustentável entre Capital e Trabalho e um projeto autóctone de desenvolvimento nacional, com a resolução dos problemas brasileiros por caminhos devidamente adequados à nossa realidade, descartando os essencialismos, hoje tão em voga, que pretendem implementar no Brasil, complexo como ele é, soluções estrangeiras e impopulares.
AMIGO DE BRIZOLA – Sua militância partidária, ainda que breve, iluminou jovens mentes contemporâneas que transmitem a necessidade de um novo pacto a partir de um projeto nacional para nosso país, sustentado na ética, no amor pelo Brasil e no compromisso com a verdade que sempre pautaram as múltiplas trajetórias do “renascentista” Chagas, acadêmico por 25 anos da Faculdade de Direito da UnB, articulista e militante, cuja obra como autor pode ser exemplificada no magnífico “Resistir é Preciso”, de 1975, um libelo em defesa da democracia.
À família do grande colega, na pessoa da filha Helena – ministra-chefe da Secom durante meus anos de Rádio MEC, exemplo de dignidade como foi o pai – meus mais sinceros sentimentos. Ao velho Chagas, a certeza de que seu legado será sempre passado adiante.

26 de abril de 2017
Lucas Alvares

TEMER LAMENTA A MORTE DE CHAGAS: "PAÍS PERDE UMA DAS MAIORES REFERÊNCIAS DO JORNALISMO"!

DEFENSOR DA ÉTICA
NA NOTA,TEMER DESTACA QUE O JORNALISTA FOI UM DEFENSOR DA ÉTICA

CHAGAS TINHA 79 ANOS E FALECEU NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA (26) EM CONSEQUÊNCIA DE UM ANEURISMA FOTO: GUSTAVO HENRIQUE LIMA


O presidente Michel Temer divulgou nota de pesar sobre a morte do jornalista e advogado Carlos Chagas. "O Brasil perde Carlos Chagas, uma das maiores referências de seu jornalismo. Boa parte de nossa história contemporânea está registrada no seu trabalho".

Chagas tinha 79 anos e faleceu na manhã desta quarta-feira (26) em consequência de um aneurisma.

Na nota,Temer destaca que o jornalista foi um defensor da ética, "em sua mais profunda definição". E destaca que Chagas deixa como principal legado o compromisso com a verdade e a resposabilidade no trato da notícia.

Leia a nota na integra:

Nota oficial

O Brasil perde Carlos Chagas, uma das maiores referências de seu jornalismo. Boa parte de nossa história contemporânea está registrada no seu trabalho.
Carlos Chagas é responsável pela formação de mais de uma geração de profissionais de Imprensa, entre os quais sua filha, Helena Chagas, ex-ministra de Comunicação Social da Presidência da República.
Foi intransigente defensor da ética, em sua mais profunda definição, e como titular da matéria na Universidade de Brasília, onde serviu durante 25 anos.
Deixa como principal legado o compromisso com a verdade e a sua responsabilidade no trato da notícia. E sai de cena em um momento em que essas suas características, como homem e como profissional, são cada vez mais necessárias ao país e ao mundo.
Que a sua nobre lembrança conforte seus familiares e nos inspire na reconstrução de um Brasil grande e justo, como o idealizado e defendido por Carlos Chagas.


Michel Temer
Presidente da República

27 de abril de 2017
diário do poder

ALEXANDRE GARCIA FAZ DURA CRÍTICA CONTRA A DECISÃO DO STF DE SOLTAR PRESOS DA LAVA JATO

O BRASIL QUE A TV NÃO MOSTRA

O AVANÇO DA LAVA JATO PREJUDICA A REFORMA NA ECONOMIA?

PARA ONDE VÃO OS RECURSOS DA PRIVATIZAÇÃO?

A RESISTÊNCIA DOS BRASILEIROS À REFORMA TRABALHISTA

A resistência dos brasileiros à reforma trabalhista - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=FhkbZRkSpWw
1 hora atrás - Vídeo enviado por Roda Viva
O economista e escritor Eduardo Giannetti da Fonseca em uma discussão sobre a situação econômica e ...

26 de abril de 2017
postado por m.americo

O DIA EM QUE DESAFIAMOS O PODEROSO IMPÉRIO BRITÂNICO

OS MITOS DA GUERRA DO PARAGUAI



  • Os mitos da Guerra do Paraguai (Felipe Dideus)

    • 48.361 visualizações
    • 1 ano atrás
    • 26 de abril de 2016
    • postado por m.americo
  • 6 CURIOSIDADES SOBRE DOM PEDO II

    PALOCCI CONTRATA ADVOGADO PARA DELAÇÃO

    Ex-ministro dos Governos Lula e Dilma, preso desde setembro na Operação Omertà, fecha acordo com Adriano Bretas, de Curitiba, que já atuou na defesa de outros alvos da Lava Jato que decidiram romper o silêncio para escapar da prisão; a informação foi revelada pelo site O Antagonista
    Antonio Palocci. Foto: Reprodução 

    O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil-Governos Lula e Dilma) decidiu contratar o escritório de advocacia Adriano Bretas, de Curitiba, para negociar delação premiada com o Ministério Público Federal. A informação foi revelada nesta quarta-feira, 26, pelo site O Antagonista.

    Preso desde setembro de 2016 na Operação Omertà – desdobramento da Lava Jato -, Palocci vinha sendo defendido pelo criminalista José Roberto Batochio.

    Veterano da advocacia, Batochio é conhecido por sua rígida posição contrária à delação premiada. Não há delatores entre seus clientes.

    Acuado, na iminência de ser condenado pelo juiz federal Sérgio Moro em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-ministro parece mesmo disposto a fazer delação.

    Na semana passada, interrogado pelo juiz da Lava Jato, Palocci já acenou para essa possibilidade – ele disse que tem revelações a fazer, inclusive nomes, que podem levar a Lava Jato a trabalhar por ao menos mais um ano.

    No processo em que é réu, Palocci é apontado como o personagem ‘Italiano’, que consta da planilha de propinas da empreiteira Odebrecht. Os investigadores suspeitam que ele recebeu R$ 128 milhões da construtora e repassou parte da fortuna ao PT.



    26 de abril de 2016
    Estadão

    SABOTAGEM NA PGR: NO BREU DAS TOCAS UM MONSTRENGO SE AGITA PARA DESMANTELAR E LIQUIDAR A OPERAÇÃO LAVA JATO




    Há momentos em que os cidadãos e cidadãs de bem desse imenso e mambembe Brasil tem carradas de razões para jogar a toalha.

    Mais uma vez, no breu das tocas do establishment, surge mais um monstrengo destinado a fazer tábula rasa da Operação Lava Jato. 
    E o monstro mora ao lado da força-tarefa da Procuradoria Geral da República (PGR). Já foi identificado, segundo editorial do jornal O Estado de S. Paulo e está pronto para dar o bote mortal de forma a livrar das malhas da Lei a canalhada ladravaz que saqueou os cofres da Nação. O título original do editorial é "Sabotagem contra a Lava Jato". 
    Transcrevo na íntegra:

    Quem quiser identificar um foco de sabotagem contra a continuidade das investigações da Operação Lava Jato, que estão sendo conduzidas pela força-tarefa da Procuradoria-Geral da República (PGR), não precisa ir muito longe. 
    Basta olhar para o próprio Ministério Público Federal (MPF).
    Numa proposta que não deixa margem a dúvidas quanto às verdadeiras intenções de sua autora, a subprocuradora-geral da República Raquel Elias Dodge apresentou ao Conselho Superior da instituição um projeto de resolução que obriga o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ter de mudar a equipe que o assessora no momento em que a Lava Jato se encontra numa de suas fases mais importantes.
    A votação da proposta só não foi concluída na sessão de ontem porque Rodrigo Janot pediu vista, quando 7 dos 10 conselheiros já haviam se manifestado a favor da resolução e 1 contra. 
    O procurador-geral alegou que em momento algum foi consultado sobre a resolução e afirmou que, por causa das especificidades técnicas das investigações, não tem como mudar sua equipe. Como só faltam votar dois conselheiros, a aprovação da resolução é uma questão de tempo.
    Entre outras inovações, o projeto de resolução limita em 10% o número de procuradores que uma unidade do Ministério Público Federal pode ceder para participar de investigações em outra unidade. 
    Isso atinge o coração da Operação Lava Jato, pois desde sua instalação ela sempre contou com especialistas do MPF vindos de todo o País. Só no caso da Procuradoria Regional do Distrito Federal, por exemplo, 8 dos 29 procuradores federais – cerca de quase 30% – estão atuando nos tribunais superiores em nome da PGR. 
    O órgão é responsável não apenas pelas investigações de quem tem foro privilegiado, como, igualmente, pela formalização dos grandes acordos de delação premiada que envolvem parlamentares e empreiteiras do porte da Odebrecht e da OAS.
    No total, há atualmente 41 procuradores federais cedidos à Procuradoria-Geral, dos quais 10 estão trabalhando na Operação Lava Jato. Sua substituição, por causa da resolução que está sendo votada pelo Conselho Superior do MPF, poderá retardar as investigações, pois os novos procuradores que Rodrigo Janot terá de nomear precisarão de tempo para conhecer os processos. E, como o próprio Janot alegou, a PGR não dispõe de especialistas em número suficiente para conduzir as investigações mais complexas. Essa morosidade era tudo o que os advogados dos réus queriam, para tentar fazer com que as ações penais de seus clientes prescrevam.
    O projeto de resolução estabelece ainda um prazo máximo de quatro anos para que um procurador federal possa atuar fora de sua unidade de origem. 
    Como a força-tarefa da PGR em Curitiba começou a trabalhar há mais de três anos, isso significa que os membros do MPF a ela cedidos também terão de ser substituídos até o final do ano. 
    Essa é mais uma inovação intempestiva que pode gerar problemas de descontinuidade nas investigações e comprometer a coleta das provas necessárias para fundamentar a proposição de ações penais contra políticos e empreiteiros.
    O mais grave é que nem mesmo as entidades de procuradores da República – cujos dirigentes são candidatos ao cargo de Janot, que será substituído em setembro – se opuseram à resolução. “Não há ninguém insubstituível. 
    A Operação Lava Jato é um trabalho de instituição, não um trabalho de apenas alguns colegas, por mais brilhantes que sejam”, disse ao jornal O Globo o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti.

    Fica evidente que, por trás do projeto de resolução apresentado ao Conselho Superior do Ministério Público Federal, há irresistíveis pressões corporativas, pois notáveis personagens desse edificante episódio almejam suceder a Rodrigo Janot, preocupando-se mais com suas aspirações do que com a mais importante investigação que a instituição do Ministério Público já conduziu na história do País. (Estadão)


    26 de abril de 2017
    in aluizio amorim

    DO LEBLON PRO XILINDRÓ

    JUSTIÇA ATENDE PEDIDO DO MPF E MANDA ADRIANA ANCELMO DE VOLTA PARA PRISÃO
    A PROCURADORA SILVANA BATINI RESSALTOU O RISCO DE ADRIANA DESTRUIR PROVAS E OCULTAR PATRIMÔNIO

    ADRIANA ANCELMO TERÁ QUE DEIXAR O APARTAMENTO NO LEBLON E VOLTAR PARA O COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE GERINICÓ FOTO: FÁBIO MOTTA/ ESTADÃO


    Na tarde desta quarta-feira (26) a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF) revogou a prisão domiciliar de Adriana Ancelmo, aceitando o pedido do Ministério Público Federal (MPF). Agora a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro terá que deixar o apartamento no Leblon e voltar para o complexo penitenciário de Gerinicó.

    O pedido de revogação foi da procuradora Silvana Batini alegando o risco de Adriana destruir provas e ocultar patrimônio obtido ilicitamente, por meio de esquemas de corrupção coordenados por seu marido, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. "A liberdade dela (Adriana) põe em risco o esforço de recuperação dos recursos que foram desviados dos cofres públicos. Dinheiro que hoje faz falta aos servidores, aos aposentados, à saúde pública, à segurança, à Uerj".

    Além de ressaltar que as medidas preventivas do juiz Marcelo Bretas, como a proibição de acesso a internet e do uso de telefones, são inócuas e ingênuas.

    A procuradora reconheceu que Adriana tem filhos menores, e que estão abalados, porém, “A vida dessas crianças tem, sim, um vazio, mas esse vazio não pode ser preenchido pela lei. Elas têm família, que esteve unida para proteger o patrimônio e certamente estará unida para proteger as crianças".



    26 de abril de 2017
    diário do poder

    RASGANDO O VÉU (HÉLIO COUTO E MABEL CRISTINA DIAS)