Lula presidindo a reunião do Foro de São Paulo na capital paulista recentemente |
Apesar da censura imposta pela ditadura de Nicolás Maduro, alguns jornais ainda sobrevivem. Rádios e televisões já estão nas mãos dos comunistas bolivarianos e até mesmo alguns sites noticiosos mais expressivo, como o conhecido Notícias24, também já foram adquiridos por boliburgueses, ou seja, os empresários que dão apoio aos comunistas dos século XXI.
Todavia, o que resta da mídia impressa na Venezuela é mil vezes melhor do que os jornalões brasileiros. Os tradicionais jornais venezuelanos e seus jornalista resistem bravamente ao deletério ataque à liberdade de imprensa.
Todavia, o que resta da mídia impressa na Venezuela é mil vezes melhor do que os jornalões brasileiros. Os tradicionais jornais venezuelanos e seus jornalista resistem bravamente ao deletério ataque à liberdade de imprensa.
É o caso do jornal El Nacional, tradicional veículo de imprensa venezuelano que neste domingo, por exemplo, publica um alentado artigo sobre o Foro de São Paulo, a organização comunista transnacional fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, na capital paulista.
Quem acompanha este blog sabe que tenho me reportado frequentemente a este assunto. E vejam a diferença entre o jornalismo venezuelano e o brasileiro. Os grandes veículos de mídia nacionais, como raríssimas exceções tocam no assunto. Na verdade transformaram o Foro de São Paulo em tabu. Da mesma forma a palavra “comunismo” também foi transformada num tabu.
Quem se limita a ler apenas os veículos da grande mídia brasileira e redes de televisão está se submetendo a uma permanente lavagem cerebral, já que passam a desconhecer completamente os principais assuntos políticos. O que aparece na grande mídia brasileira, na maioria esmagadora das vezes, são fatos secundários ou então edulcorados, desidratados e desligados do contexto político real. Portanto, decidi publicar na íntegra no original em espanhol este artigo de Antonio Sánchez García, do El Nacional, intitulado “O Foro de São Paulo, a esquerda real e a nova esquerda”.
Um dos parágrafos do artigo é eloquente, no que se refere a Lula, o chefão do Foro de São Paulo: “Descaradamente, Lula assinalou em algumas entrevistas que ainda sendo comunista,como seu irmão, tinha perfeitamente claro que como comunista seria imediatamente rechaçado pela sociedade brasileira: inventou então o Partido dos Trabalhadores. E se travestiu de democrata impoluto, independente e progressista. Distante do marxismo e herói da pobreza, de onde provinha. Ao mesmo tempo adotou um comportamento levando a crer que o PT em suas reivindicações populares não avançaria nem um centímetro mais além das coordenadas que ditavam as instituições fortemente assentadas após a queda da ditadura.”
O artigo também critica setores da oposição venezuelana. É aí que dá para entender porque Leopoldo López, está preso e Henrique Capriles está leve e solto, enquanto venezuelanos são assassinados friamente pela polícia e pelas milícias bolivarianas, bandos armados pelo governo chavista.
O articulista também alude ao fato de que setores oposicionistas já citaram Lula como exemplo a seguir. Henrique Capriles é um deles.
Quem acompanha este blog sabe que tenho me reportado frequentemente a este assunto. E vejam a diferença entre o jornalismo venezuelano e o brasileiro. Os grandes veículos de mídia nacionais, como raríssimas exceções tocam no assunto. Na verdade transformaram o Foro de São Paulo em tabu. Da mesma forma a palavra “comunismo” também foi transformada num tabu.
Quem se limita a ler apenas os veículos da grande mídia brasileira e redes de televisão está se submetendo a uma permanente lavagem cerebral, já que passam a desconhecer completamente os principais assuntos políticos. O que aparece na grande mídia brasileira, na maioria esmagadora das vezes, são fatos secundários ou então edulcorados, desidratados e desligados do contexto político real. Portanto, decidi publicar na íntegra no original em espanhol este artigo de Antonio Sánchez García, do El Nacional, intitulado “O Foro de São Paulo, a esquerda real e a nova esquerda”.
Um dos parágrafos do artigo é eloquente, no que se refere a Lula, o chefão do Foro de São Paulo: “Descaradamente, Lula assinalou em algumas entrevistas que ainda sendo comunista,como seu irmão, tinha perfeitamente claro que como comunista seria imediatamente rechaçado pela sociedade brasileira: inventou então o Partido dos Trabalhadores. E se travestiu de democrata impoluto, independente e progressista. Distante do marxismo e herói da pobreza, de onde provinha. Ao mesmo tempo adotou um comportamento levando a crer que o PT em suas reivindicações populares não avançaria nem um centímetro mais além das coordenadas que ditavam as instituições fortemente assentadas após a queda da ditadura.”
O artigo também critica setores da oposição venezuelana. É aí que dá para entender porque Leopoldo López, está preso e Henrique Capriles está leve e solto, enquanto venezuelanos são assassinados friamente pela polícia e pelas milícias bolivarianas, bandos armados pelo governo chavista.
O articulista também alude ao fato de que setores oposicionistas já citaram Lula como exemplo a seguir. Henrique Capriles é um deles.
Leiam que vale a pena:
El Foro de Sao Paulo, la izquierda real y la nueva izquierda
El Foro de Sao Paulo, la izquierda real y la nueva izquierda
1
Muy pocos analistas políticos advirtieron en su momento fundacional –corría el año de 1990– las verdaderas intenciones del sindicalista Lula da Silva, del Partido de los Trabajadores del Brasil, al organizar, conjuntamente con Fidel Castro y el Partido Comunista de Cuba, el llamado Foro de Sao Paulo.
El derrumbe de la Unión Soviética consumado tras la caída del Muro de Berlín había conducido a la precipitada e insólita presunción de que con la desaparición de la URSS y la hegemonía sin contrapesos de Estados Unidos como única gran potencia en el escenario mundial cesarían como por arte de magia los conflictos entre las naciones y, lo que rayaba en el absurdo, al desaparecer los conflictos desaparecía el motor de la historia. Lo que llevaría al analista Francis Fukuyama a declarar oficialmente el fin de la historia en un libro altamente polémico y best seller del mismo nombre.
¿Cuáles eran esos propósitos? Llenar el vacío dejado por la desaparición de la Unión Soviética como principal sostén material del comunismo mundial y del PCUS, su partido, como faro ideológico y político de los partidos afines en América Latina.
Una operación de alto calibre, orientada a responder a la confundida feligresía de la izquierda marxista hasta entonces controlada por el eje La Habana-Moscú y huérfanos de toda dirección estratégica. Agudizada dicha crisis por la derrota sufrida desde los años sesenta-setenta por la política expansionista del régimen cubano y su control de los factores más radicalizados de la izquierda socialista latinoamericana.
La importancia de Lula da Silva y su equipo de asesores provenientes del trotskismo, radicaba en la comprensión de un fenómeno crucial impuesto por la brutal derrota de la vía armada: la necesidad de imponer una línea pacífica, constitucional y electoralista, aparentemente anticomunista e inmanente al sistema, flexible y adecuada a las características específicas de cada nación, de modo de apoderarse de los respectivos Estados desde dentro de sus instituciones y actuar en función del campo de maniobra que dejaran las crisis de los respectivos sistemas de dominación que preveían o habían decidido precipitar.
Lula lo expresó sin ambages, al señalar en algunas entrevistas que aun siendo comunista, como su hermano, tenía perfectamente claro que como comunista sería inmediatamente rechazado por la sociedad brasileña: inventó al efecto el Partido de los Trabajadores. Y se travistió de demócrata impoluto, independiente y progresista. Distante del marxismo y héroe de la pobreza, de donde provenía. Adecuando todo su accionar interno a no ir en sus reivindicaciones populares ni un centímetro más allá de las coordenadas que le dictaban unas instituciones fuertemente asentadas tras la caída de la dictadura. Particularmente sus ejércitos y su potente empresariado.
Por lo menos en Brasil, pivote del Foro y desde antaño centro de ambiciones subimperiales de su élite dominante, el PT no osaría reclamar en lo inmediato el control absoluto, unidimensional y tendencialmente totalitario del aparato de Estado. Otro sería el cantar para aquellas naciones del subcontinente en las cuales el esfuerzo forista se encaminaría a subvertir las estructuras y avanzar hacia un socialismo de nuevo cuño: la revolución bolivariana.
2
La primera pieza del ajedrez regional a conquistar por el Foro de Sao Paulo sería Venezuela. Joya de la corona de las ambiciones de Fidel Castro debido a su posición geoestratégica privilegiada hacia el Caribe y Estados Unidos, al mismo tiempo que corredor natural hacia la región andina y amazónica; dueña de recursos petroleros como para financiar la gran operación de reconquista que planeara desde mucho antes del asalto al poder en 1959 y en situación suficientemente crítica como para asestarle un golpe mortal a su sistema político y apoderársela en un audaz golpe de mano, como los que pusiera en práctica para apoderarse de Cuba con una docena de aventureros.
El golpe de Estado del 4 de febrero de 1992 vino a colmar sus pantagruélicas apetencias de poder imperial con los clásicos golpes de suerte que acompañan a los tiranos. Inconsciente del trasfondo filocastrista de su principal protagonista, comenzó por desautorizar el golpe considerándolo una boutade de los carapintadas, respaldando al socialdemócrata Carlos Andrés Pérez, con el que fraguara cierta discreta relación tras décadas de antagonismos. Pero muy pronto se le revelarían las gigantescas perspectivas que se le abrían a él y al Foro si cooptaba al teniente coronel para su causa. Bastó un encuentro en La Habana, rápidamente concertado tras la puesta en libertad del golpista venezolano, para que no solo lo cooptara, sino lo convirtiera en un hijo putativo, debido a sus megalómanos trastornos psicopáticos manipulable hasta el delirio, irresponsable e irreflexivo y dispuesto a entregarle no solo el petróleo venezolano, sino Venezuela entera. Con soberanía y todo. Incluso su vida, como en efecto. Nació el proyecto estratégico de lo que algunos analistas han dado en llamar Cubazuela. O Venecuba.
Poco importa que al llegar la hora de la fragua, incluso constitucional, ese rocambolesco engendro fracasara sin remedio. La oposición venezolana a tan delirante proyecto de refundación nacional obligó a seguir transitando los caminos verdes del neofascismo forista. Utilizando a las decadentes élites políticas, artísticas e intelectuales del castrismo congénito al establecimiento venezolano habrá favorecido la defenestración de Carlos Andrés Pérez y, promoviendo el sistemático hundimiento del sistema político puntofijista, el fulgurante asalto al poder de la cría más promisoria de su criadero.
No desperdiciaron un segundo los Castro y los líderes del Foro, Lula, jefe de la supuesta “nueva izquierda”, a la cabeza de una izquierda real comprometida con la estrategia castrocomunista, en apoderarse del petróleo venezolano, en primer lugar, de las instituciones jurídico-políticas, en segundo lugar, y de las fuerzas armadas venezolanas, en tercer lugar. Para montar una dictadura de nuevo cuño, travestida de democracia de nueva izquierda, para dar los zarpazos consiguientes, siguiendo el mismo esquema, convertido en estrategia de asalto al poder continental: generar graves crisis de gobernabilidad, quebrar la estabilidad institucional, apoderarse de las palancas del poder mediante elecciones plebiscitarias, montar asambleas constituyentes y terminar por construir un sistema de poder continental que partiendo de la conquista del poder en Venezuela se expandió gracias al uso de sus gigantescos recursos petroleros a Bolivia, Nicaragua, Ecuador, Brasil, Argentina y Uruguay. Estando a un tris de conquistar México, Perú y Colombia. Llegando a controlar y desplazar a la OEA, en manos del socialista chileno José Miguel Insulza, principal organismo multinacional de la región desde 1947, para montar su propio parapeto de poder regional: la Unasur, el ALBA y la Celac.
3
Esta vasta operación de alta política geoestratégica desmiente en la forma más categórica la supuesta existencia en nuestra región de las dos izquierdas y las diferencias de fondo que se les pretende endosar: una democrática, lulista, progresista y democrática, y otra dictatorial, represiva, conservadora, real y castrochavista. Es más, y ello reviste una gravedad absolutamente ignorada o menospreciada por los grandes poderes hemisféricos: esa realidad bifronte que es la izquierda latinoamericana en cualquiera de sus dos caras, hoy absolutamente dominante en la región, ha logrado limar las asperezas, temores e inhibiciones de los partidos auténticamente democráticos –de centro o de derecha– que han permitido ser ideológicamente manipulados y desplazados del control del contexto regional y han aceptado de buen grado su convivencia sin hiatos ni contradicciones con regímenes tan abiertamente dictatoriales y antidemocráticos como los de Cuba, Nicaragua y Venezuela. Frente a los cuales cualquier invocación a la Carta Democrática de la OEA, de Unasur o de la Celac es risible letra muerta.
Esta vasta operación de control geoestratégico condujo a una de las situaciones más rocambolescas y bochornosas de la historia reciente de América Latina:
mientras Cuba y Venezuela, convertida en una colonia de los Castro, se preparaban para enfrentar los gravísimos sucesos que hoy sacuden a Venezuela entera y bien podrían llevar a una escalada sin precedente de las tensiones prebélicas en un país latinoamericano, haciendo más brutal y más implacable la subordinación dictatorial del país petrolero por las fuerzas represivas cubanas que intervienen abiertamente en nuestro país, 32 presidentes latinoamericanos elegidos democráticamente en procesos comiciales justos, equitativos y transparentes, se abrazaban en La Habana con Raúl Castro y el hombre del gobierno cubano en Caracas, según titular a todo lo ancho de Fidel Castro, quien señalaba en el Granma sin el menor tapujo: “Sin el petróleo venezolano la revolución fracasará. Maduro es nuestro hombre en Caracas…”.
El abrazo de Sebastián Piñera con Raúl Castro en ocasión de la cumbre de presidentes de España, América Latina y el Caribe celebrado en Santiago de Chile, tras 40 años del letal antagonismo que condujera a la peor tragedia vivida por el país austral en su historia, pareció borrar ese sórdido y paradigmático capítulo de enfrentamientos entre la tiranía cubana y la democracia chilena. Selló un acuerdo de inmensas implicaciones:
Cuba parecía encaminada a reconciliarse con las democracias latinoamericanas. Sin embargo, bastó un remezón de la oposición venezolana para que volviera a despertar el tiránico monstruo caribeño, más totalitario, más represivo y más brutal que nunca antes. Pero lo hace ante un continente controlado por la tiranía, obsecuente con todos los abusos totalitarios del régimen castrista, ciego, sordo y mudo ante los trágicos sucesos de Caracas. Salvo los ex presidentes Uribe, Arias y Toledo, el resto parece ignorar la dimensión de lo que está en juego. La apatía regional es tan desconcertante como lo fuera la europea ante el asalto de Hitler al poder de Alemania.
No solo no ha habido diferencia alguna en las reacciones de gobiernos abiertamente autocráticos, representante de la izquierda real, y los supuestamente democráticos de la nueva izquierda, desarmando las supuestas diferencias de fondo entre ambas caras de la misma moneda. Lo trágico es el silencio de aquellos en los que un sensato observador de nuestras penurias podría encontrar ideas de centro, de centroderecha o directamente de derecha.
Esta práctica catalepsia ideológica y política inducida desde el Foro de Sao Paulo encuentra trágicos ecos en una dirigencia inexperta, ignorante y fácil presa de patrañas y embaucamientos como la nuestra: los más importantes líderes de la oposición venezolana han escogido al trotskista Lula da Silva como ejemplo a seguir. Aún no se enteran de que es el verdugo que los lleva al cadalso.
09 de março de 2014
in aluizio amorim