"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O QUE DIZER AGORA?

É possível que, no futuro próximo, o PT fique sem discurso. As palavras, até elas, talvez se desfiliem da legenda. Não haverá o que dizer, não haverá como dizer e, mais triste ainda, não haverá para quem dizer – os que esperaram tanto por ouvir já não estarão por perto. Só ficarão os funcionários, os burocratas, as bancadas, os parlamentares e seus assessores, plantados como postes anônimos, não eleitorais, numa cidade fantasma. A máquina partidária, suas sedes e suas mesas de fórmica, seus armários cheios de impressos e brochinhos “old fashion”, com os carros de som alugados estacionados na porta, comporão um cenário de edificações físicas sem alma, sem povo, sem urbe, sem polis, sem enunciados. Ocasionalmente, o vento de uma ideologia antiga passará por ali, movendo a poeira do assoalho, mas, quando os vigias de plantão moverem os olhos para identificá-lo – que golpe de ar foi esse? –, só divisarão o vazio, aquilo que foi deixado para trás e para trás ficou. Não dirão nada uns aos outros, pois nada haverá para ser dito. Eles sempre souberam de tudo e terminarão seus dias precisando fingir, calados, que não sabiam de nada.

No começo da queda, o silêncio tinha sido uma escolha. Silenciar sobre pequeninas erupções de vergonha parecia uma saída política, parecia um ato voluntário racional. Os desvios eram tão menores – tão “pontuais”, eles diziam intramuros – que não mereciam declarações públicas. O silêncio, naqueles tempos, deveria ser “ouvido” pela Nação como se fosse uma pausa em meio à grande sinfonia triunfal da luta gloriosa contra a exploração do homem pelo homem. Mais do que isso, melhor do que isso, o silêncio ainda funcionaria bem como um índice superior de reprovação: não se diria nada contra os pequenos delitos, mas também nada se diria a favor deles. Eram coisas mínimas, quase desprezíveis, e o silêncio dos companheiros bastaria para condená-las à insignificância em que deveriam perecer.

Coisas mínimas, irrelevantes. O que era um jipe, um reles jipe, se comparado ao projeto universal de emancipação dos oprimidos? Que importância histórica tinha aquele contratinho estranho com uma empresa de lixo numa prefeitura de interior quando comparado à causa maior de promover a igualdade e a solidariedade? Naquele quadro, portanto, o silêncio se impunha como a melhor escolha retórica, pela qual o militante magnânimo e seus aduladores emitiriam seu sinal de reprovação, olímpico e majestático. Ao mesmo tempo, silenciando, protegeriam a imagem do partido contra os inimigos moralistas. O silêncio blindava a estrela.

É bem verdade que a opção pelo mutismo cobrava um preço relativamente alto na arena da opinião pública, mas, sendo a arena da opinião pública uma instância de classe, manietada pelos comandos invisíveis do capital e do latifúndio, ela não tinha legitimidade nem força moral para exigir dos “guerreiros do povo brasileiro” o reconhecimento de sua responsabilidade. O silêncio também serviria como afirmação de independência: ao não dizer palavra, os militantes não se dobravam aos valores hipócritas do udenismo interesseiro. Por tudo isso, naquele começo de queda, o silêncio parecia uma escolha e essa escolha confortava o intelecto.

Pouco a pouco, no entanto, os pequenos delitos e os tais desvios menores foram ficando maiores, e depois maiores, e depois maiores ainda. Do jipinho cômico, passou-se a conviver com um caixa 2 do tamanho de um trem pagador. No lugar do contrato suspeito daquele tal município, vieram à tona desvios federais sistemáticos, profissionalizados, comandados por uma hierarquia de disciplina bolchevique e ambição capitalista. Ao se dar conta de que a queda era mais grave e mais trágica, a consciência crítica que ainda existia arregalou os olhos, um tanto estupefata. Chegou a tomar fôlego para pronunciar seu asco, mas, então, reconsiderou. Afinal, os partidos da classe dominante tinham praticado desmandos muito piores. Fora isso, proclamar uma condenação “contra os nossos” acarretaria uma crise que enfraqueceria todo o “nosso projeto” e abriria espaço para o que há de mais conservador na sociedade brasileira.

Pensando nessas coisas todas, a consciência crítica se viu impelida a aceitar o silêncio como atitude revolucionária. Mais uma vez.

Havia ainda outro problema. Como tinham silenciado antes, os dirigentes, os líderes, seus muitos protegidos e seus ideólogos, remunerados ou não, teriam de se explicar sobre o mutismo anterior. Por que não tinham falado nada antes? Se a corrupção era uma questão de princípio, como sempre tinha dito que era, por que tinham fechado os olhos e a boca até ali? Ou, por outro lado, se a corrupção não era uma questão de princípio, mas de número, qual a cifra que separava o aceitável do inaceitável? O dilema não era corriqueiro. Não era simples. Era paralisante. Então, entre falar, e ter de prestar contas, e silenciar novamente, ficando no mesmo lugar, as vozes que teriam algo a dizer preferiram a segunda opção. Aumentaram a aposta e dobraram o cacife, como se a política fosse um cassino de ideias.

O negócio complicou. O silêncio que antes “soava” como presunção de superioridade passou a “soar” como arrogância vulgar – e também como confissão de culpa, ou de sentimento de culpa. O quadro era ruim, mas ainda existia a esperança, ainda que exígua, de que a virtude natural e inabalável das causas justas terminasse por triunfar, luminosa e limpa, como nos contos de fadas em que o bem sempre vence o mal. Sim, estava ali uma confissão de sentimento de culpa, é verdade, mas ali estava também uma esperança, que não era pequena.

E aí chegamos aonde estamos. Os escândalos de milhões explodiram em escândalos de bilhões e o silêncio que até então tinha sido uma (aparente) escolha virou condenação. Como nada foi dito antes, nada mais poderá ser dito agora. Nada ou quase nada além de um suspiro.



07 de agosto de 2015
Eugênio Bucci

É BOM SABER...



A INSUSTENTÁVEL MÁQUINA DO GOVERNO
Os 39 ministérios de Dilma custam mais de R$ 400 bilhões por ano e empregam 113 mil apadrinhados. Só os salários consomem R$ 214 bilhões! Quase quatro vezes o ajuste fiscal que a presidente quer fazer às custas da sociedade. Alega ainda a nossa desorientada presidente, cinicamente, ela e os seus fiéis seguidores, sem ficarem vermelhos de vergonha, que não podem estender a todos os aposentados o mesmo percentual de reajuste, porque custará aos cofres da nação mais 09 bilhões de reais quebrando o Brasil... (!?)

07 de agosto de 2015
in graça no país das maravilhas

EM PORTUGAL, O PRIMEIRO MINISTRO COMUNISTA SÓCRATES - AMICÍSSIMO DO LULA E DILMONA, ESTÁ PRESO...





Em Portugal, o primeiro ministro comunista Sócrates -amicíssimo do Lula e Dilmona -está preso desde o ano passado e com os bens bloqueados. Aceitou um "por fora" para comprar um submarino francês. O PS, partido socialista populista fez um estrago semelhante ao dos ptralhas daqui e perdeu as eleições. Um novo governo de centro-direita (coligação PSD-CDS) foi eleito. O sistema é parlamentarista e a coligação deve vencer as próximas eleições. Pedro Passos Coelho é o primeiro mi...nistro e está recuperando a credibilidade, a economia do país e os investimentos estão voltando. As cidades estão limpas e seguras.
E aqui? No dia 4/08 o jornal da GlobNews abordou a prisão do dirceu, com a excelente participação de Merval Pereira, Camarotti e Renata Lo Prete. Ficou claro que o petrolão surgiu desde a época do mensalão, talvez até antes, e continuou após o mensalão. A
 ministra das Minas e Energia, responsável pela Petrobras e que fazia parte do conselho de administração da estatal era...Dilma

07 de agosto de 2015
in graça no país das maravilhas

DOCUMENTOS REVELAM ELO DE CARTEL DA LAVA JATO COM DIRCEU E MULHER DE EX-MINISTRO DO PERU

EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU, EX-MINISTRO PERUANO RODOLFO BRAVO E ZAIDA SISSON. FOTOS: AE E EL COMERCIO


Os investigadores da Operação Lava Jato têm os contratos, notas e trocas de mensagens da Galvão Engenharia - empreiteira acusada de cartel e corrupção na Petrobras - e a SC Consultoria, empresa de Zaida Sisson de Castro, mulher do ex-ministro da Agricultura do Peru, Rodolfo Beltrán Bravo (governo Alan García). Zaida é suspeita de ser o elo do ex-ministro José Dirceu com o governo peruano.

A Polícia Federal afirma, em relatório da Operação Pixuleco - 17ª fase da Lava Jato, que levou Dirceu e outras sete pessoas à prisão e fez buscas em endereço de Zaida no Brasil, na segunda-feira, dia 3 -, que a mulher do ex-ministro do Peru foi destinatária de valores remetidos pela JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro usada para dar consultorias e palestras, após ele deixar o governo Luiz Inácio Lula da Silva em 2005.

Foram identificadas pela Polícia Federal 20 transferências bancárias da JD para a empresa de Zaida, entre 16 de janeiro de 2009 e 16 de novembro de 2011, totalizando R$ 364.398,00. Nesse período, Dirceu foi contratado por duas empreiteiras do cartel que atuava na Petrobras, para supostamente prospectar negócios no Peru, entre elas a Galvão Engenharia e a Engevix.

Zaida anota que prestou efetivamente serviços de consultoria para a JD no Peru, mas que a SC Consultoria nunca recebeu valores da empresa de Dirceu. Diz que iniciou um trabalho conjunto em 2008, dado seu conhecimento com o mercado peruano. "Apresentei meus serviços para identificar possibilidades para empresas do Brasil no Peru, principalmente na área de infraestrutura." O vínculo com a empresa do ex-ministro preso terminou em setembro de 2011, destaca.

"A SC Consultoria nunca faturou para a JD", disse Zaida. "A Blitz de Brasil é que faturou a JD, porque tinha empresas que queriam pagar aqui (no Brasil)." A Blitz está registrada em nome da filha da investigada.

Triangulação

Para investigadores da Lava Jato, os contratos e notas que mostram o vínculo entre empreiteiras do cartel, a JD de Dirceu e a SC da mulher do ex-ministro peruano são indícios claros de uma triangulação entre o ex-ministro e Zaida em um esquema de propina oculto em forma de "consultorias".

"José Dirceu expandiu sua 'consultoria' para Zaida, que, segundo Milton Pascowitch, seria casada com um agente político do Peru, para atuação naquele país", registra o delegado Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, no pedido de prisão do ex-ministro.

Zaida Sisson, mulher de Rodolfo Beltrán Bravo, ex-ministro da Agricultura do Peru (governo Alan García), foi alvo da Operação Pixuleco, 17.º capítulo da Lava Jato. A Polícia Federal vasculhou um apartamento no Centro de São Paulo, endereço da investigada, segundo os investidores.

Brasileira, ela teria sido elo do ex-ministro-chefe da Casa Civil (Governo Lula) José Dirceu em negócios da empreiteira brasileira Engevix e Galvão Engenharia no Peru.

Zaida Sisson foi citada na delação premiada do lobista Milton Pascowitch, que denunciou propinas para o ex-ministro José Dirceu. "Zaida foi mencionada por Milton como esposa do Ministro da Agricultura do Peru e indicada por Dirceu a atuar na obtenção de contratos para a Engevix naquele país. Aliás, Zaida também foi citada em informações prestadas por outra empreiteira cartelizada, a Galvão Engenharia, como responsável pela SC Consultoria S.A.C., indicada por Dirceu para prestar assessoria à Galvão no Peru", aponta documento do Ministério Público Federal no pedido de prisão de Dirceu.

Documentos

Os contratos em poder da PF foram entregues pela própria Galvão Engenharia, a pedido do delegado Eduardo da Silva Mauat. Eles foram apresentados junto com os contratos e notas de pagamentos para a JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro. Para a empreiteira, os serviços são legais e foram executados.

Nos argumentos que apresentou à Polícia Federal, a Galvão explicou que contratou em 2009 a JD para buscar negócios na América Latina. O contrato foi mantido até 2011 prevendo pagamentos mensais de R$ 25 mil.

A Galvão informou que contratou a SC Consultoria por intermédio da JD. "Dentro do escopo contratado, a JD Assessoria e Consultoria Ltda, por meio de parceria internacional, disponibilizou os serviços da empresa SC Consultoria para proceder o apoio necessário à expansão do negócio da Galvão Engenharia S.A em solo peruano", informou a empreiteira à Lava Jato.

Em nota enviada ao jornal "O Estado de S. Paulo", a mulher do ex-ministro informou que "no caso da Construtora Galvão e Engevix não participou em nenhum projeto concluído ou em curso a estas empresas".

A PF tem um contrato com a SC de 15 de julho de 2010. Pela Galvão, quem assina é Marcos de Mora Wanderley. O contrato previa o pagamento mensal de US$ 5 mil. O contrato foi reincidido pela Galvão em 25 de junho de 2012 de forma amigável entre as partes.

O contrato da SC Consultoria com a Galvão teria servido para buscar negócios em dois projetos: Projeto Especial Binacional Puyango-Tumbes, para irrigação das áreas de cultivo no Peru e no Equador, e o Projeto Especial de Irrigação da Marge Direita do Rio Tubes.

Segundo a Galvão, a "SC Consultoria ainda auxiliou a Galvão em projeto de saneamento contratado junto à estatal peruana Sedapal (Empresa de Servicios de Agua Potable Y Alcantarillado de Lima), intermediando as demandas da empresa junto ao cliente", em 2010.

Zaida informou na quarta-feira, 5, que jamais recebeu pagamentos ilícitos da JD, empresa do ex-ministro José Dirceu. Zaida é taxativa. "Não é certo como mencionam alguns meios que fui o braço direito ou operadora do sr. Dirceu em Peru. Meu rol foi sempre laboral e de orientação com o devido cumprimento e ética."

"Rechaço categoricamente haver recebido pelas consultorias neste período comissão ou pagamento com algum propósito ilícito", ela afirma. "Meus honorários foram em torno de R$ 15 mil durante 35 meses devidamente justificados e declarados ante as autoridades tributárias de ambos países."

"Por quase três anos, a SC Consultoria deu suporte a alguns projetos da Galvão Engenharia, realizou reuniões periódicas com representantes da peticionária com ministros da Agricultura, com o presidente regional de Tumbes no Peru, prospectou possíveis projetos de interesses nas áreas de infraestrutura, saneamento, rodovias, etc., sendo que em ao menos uma dessas reuniões José Dirceu esteve presente", declarou a Galvão, em documento entregue à PF, datado de 16 de abril.

Defesa de Zaida

Zaida informou nesta quinta-feira, 6, que seus serviços para a Galvão Engenharia não foram feitos via JD. "A consultoria que dei à Galvão Engenharia no Peru não foi pela JD, porque o diretor local tinha total autonomia e nunca chegou a conhecer o JD."

"Tenho todas as notas fiscais e impostos pagos e eu fazia informes do meu trabalho de 3 em 3 meses. A empresa tem todos os documentos."

Segundo Zaida, "a SC Consultoria nunca faturou para a JD". "A SC é minha empresa peruana. A Blitz de Brasil é que faturou a JD, porque tinha empresas que queriam pagar aqui." (AE)



07 de agosto de 2015
diário do poder

NOVA DELAÇÃO TRARÁ US$ 54 MILHÕES DEPOSITADOS NA SUIÇA


A Procuradoria da República no Rio de Janeiro confirmou a homologação, na Justiça Federal, do acordo de delação premiada de Julio Faerman, empresário que representava os interesses da SBM Offshore no país. Ele é acusado de participar de esquema de propina a funcionários da Petrobras.
A SBM teria pago comissões para obter contratos com a Petrobras, entre 2006 e 2011. O acordo firmado com a procuradoria e com a Justiça Federal envolve a repatriação de US$ 54 milhões (cerca de R$ 187 milhões) que estariam em bancos da Suíça.
A empresa holandesa constrói e opera plataformas de produção de petróleo ao redor do mundo. No Brasil há seis FPSOs, que são navios plataforma com condição de produzir e armazenar óleo. Cinco são contratados pela Petrobras e um pela Shell.
A Petrobras estima que os contratos que fechou com a empresa somam US$ 27 bilhões. A SBM ainda negocia seu acordo de leniência com a CGU (Controladoria Geral da União), aberto em novembro passado.
ACORDO COM A HOLANDA
Em 12 de novembro, a SBM fechou acordo com as autoridades holandesas e aceitou pagar US$ 240 milhões para se livrar de punições na Holanda, em processo em que é acusada de pagar propina em contratos no Brasil e também em Angola e Guiné Equatorial.
Em um comunicado de abril, a SBM havia informado oficialmente que pagou US$ 139,1 milhões a um representante no Brasil, mas que não encontrou provas que funcionários públicos receberam dinheiro.
Em fevereiro, após o caso ser noticiado, a Petrobras deu início a uma apuração interna para checar as denúncias, mas no final de de março anunciou que não encontrou evidências de pagamento de propina.
VIAGEM DE NEGÓCIOS
Em início de julho deste ano, durante depoimento à CPI da Petrobras, o ex-ministro da Jorge Hage afirmou que Jorge Zelada e Renato Duque, ex-diretores da Petrobras que estão presos pela Operação Lava Jato, fizeram uma viagem não-oficial a vinhedos na Argentina em companhia de Julio Faerman.
Hage foi convocado à CPI para rebater denúncia de um ex-funcionário da SBM, Jonathan Taylor, que em entrevista à Folha acusou a CGU de ter atrasado as investigações sobre o caso da SBM para não prejudicar a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

07 de agosto de 2015
Deu na Folha

ROMÁRIO DELIRA E QUER R$ 75 MILHÕES DE INDENIZAÇÃO DA VEJA



Romário pensa que pode fixar o valor da indenização

















Após ser acusado pela revista “Veja” de ter uma conta num valor de R$7,5 milhões na Suíça, o senador Romário (PMDB-RJ) vai processar a publicação. Pelas redes sociais, o ex-jogador afirmou que irá pedir R$75 milhões de indenização por danos morais e direito de resposta.  “O processo continua! Estou pedindo na justiça R$ 75 milhões por danos morais e direito de resposta na edição impressa da revista”, publicou Romário no Twitter.
Nos últimos dias, o senador se defendeu das acusações feitas pela revista, em que aparentemente mantinha uma conta no banco BSI, na Suíça, no valor de 2,1 milhões de francos suíços (R$7,5 milhões).
Em sua defesa, Romário viajou até Genebra, na Suíça, foi à sede do banco e solicitou um documento que comprovasse a inexistência da conta. Em resposta, o BSI divulgou que o extrato da suposta conta bancária do ex-atleta era falso.
Após o episódio, a revista “Veja” pediu desculpas ao senador.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Romário chutou esta para fora. É ignorante em assuntos legais, nunca foi muito bom em respeitar a lei. Como dizia o título do filme, seu passado o condena. O jurista Jorge Béja já explicou aqui que ninguém pede valor em indenização. No máximo sugere. Quem fixa o valor é o juiz, se der ganho de causa. (C.N.)

07 de agosto de 2015
Deu em O Tempo

NO CONGRESSO, EMENDAS TENTAM REDUZIR NÚMERO DE PARLAMENTARES


Quando voltarem do recesso parlamentar, deputados e senadores irão se deparar, mais uma vez, com diversas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tratam da redução do
número de parlamentares no Congresso. São sete na Câmara e duas no Senado que pretendem modificar os artigos 45 e 46 da Constituição. Na Câmara, por exemplo, há duas propostas sobre o tema que estão paradas há mais de duas décadas na Casa, datadas de 1991.
No Senado, a proposta mais recente a respeito do assunto foi apresentada em 15 de julho pelo senador Jorge Viana (PT-AC). A PEC dá nova redação aos artigos 45 e 46 para reduzir em um terço o número de senadores e em 25% a quantidade de deputados. Pela proposta, os mandatos dos atuais parlamentares estão assegurados.
ECONOMIA E EQUILÍBRIO
O senador defende a proposta com os argumentos de que a medida trará economia para os cofres públicos e que o projeto mantém o equilíbrio existente no Congresso. “No Senado, haverá a paridade entre os estados e o Distrito Federal. Na Câmara, fica mantido o critério de representação proporcional à população de cada unidade da federação. Por isso, sem prejuízo do caráter representativo do Congresso, a proposta aumenta a eficiência do uso dos recursos públicos”, destacou.
A PEC será analisada agora pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Caso seja aprovada, o número de deputados será reduzido dos atuais 513 para 385. A medida também trará impactos para o Senado, com a diminuição de 81 para 54 parlamentares. Pelo texto, nenhuma unidade da federação terá menos de seis ou mais de 54 deputados. “Creio que seja possível exercer as funções do Poder Legislativo com uma estrutura mais enxuta nas duas Casas. Isso não trará nenhum prejuízo para a representatividade popular”, frisou.

07 de agosto de 2015
Jorge Macedo
Correio Braziliense

DILMA PENSA EM RENUNCIAR?



Pela crendice popular, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Não é verdade. Agora, seria bom constatar, senão o fim do mundo, ao menos a iminência do fim do governo, quando quatro raios caíram  no palácio do Planalto, todos pela chaminé. Foi o que aconteceu quarta-feira. Há quem diga que, de acordo com as leis da Física, os raios não vem do céu para a terra, mas, pelo contrário, são elaborados de baixo para cima, antes de despencarem das nuvens.
De repente, Aloísio Mercadante, chefe da Casa Civil, Michel Temer, vice-presidente da República, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, e Renan Calheiros, presidente do Senado, falaram a mesma linguagem, anunciando a tempestade. 
O primeiro, numa entrevista improvisada nos corredores do Congresso, anunciou a iminência do caos, reconhecendo os múltiplos erros do governo e apelando para um acordo suprapartidário. 
O outro, reunindo os líderes dos  partidos, falou da gravidade da situação e sugeriu que alguém tenha a capacidade de reunificar a todos antes de uma grave crise. 
O  comandante da política econômica prenunciou “uma situação  desagradável” por conta da alta dos juros e da cotação do dólar, apelando outra vez para a votação do ajuste fiscal. 
E o senador admitiu o impeachment de  Dilma, que ele  poderia dar andamento caso viesse da Câmara a abertura do respectivo  processo. Foi a quarta-feira sangrenta.
ENTREGAR OS PONTOS?
Alguma  coisa de muito grave aconteceu  para tanta movimentação, cujo epicentro está na presidente da República. Chegou-se até à suposição de que Madame decidira entregar os pontos, ou seja, renunciar ao mandato. A possibilidade de não poder mais governar, a desagregação e a rebelião dos partidos da base, as sucessivas denÚncias e condenações promovidas pela Operação Lava Jato, a exigência de ampla reforma do ministério e a proximidade de monumental manifestação da sociedade, armada de panelas, no próximo dia 16, teriam levado a presidente à ameaça de saltar de banda.
Claro que diante da sombra de ações cirúrgicas do Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral, ambas capazes de mobilizar o Congresso para dar início à degola, com a óbvia participação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, transformado em inimigo número um do governo.
Daí terem os quatro cavaleiros do Apocalipse vindo a público na tentativa de evitar, mas,  ao mesmo tempo, de  prever a catástrofe. Só a hipótese da renúncia de Dilma poderia mobilizar tamanho potencial de crise. Teria ela dado algum sinal?  A hipótese  fica em aberto, por mais que se conheça sua personalidade arrogante e inflexível. Algo de explosivo ronda os gabinetes do palácio do Planalto.
Atente-se para a mensagem de Michel Temer, que nas entrelinhas e nas linhas coloca-se como alternativa para o pior. Vem coisa por aí.

07 de agosto de 2015
Carlos Chagas

AS PROBABILIDADES DE DIRCEU, PALOCCI E DELÚBIO



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José Dirceu, Antonio Palocci e o cargo de tesoureiro do PT desafiam os princípios da probabilidade. Diz o senso comum que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Bem, no caso deles, caiu.
Vou começar pelo último dos três. Delúbio Soares, senhor absoluto das finanças do PT, envolveu-se no mensalão. Foi julgado, condenado e preso. Anos depois, apesar da lição da história, vem João Vaccari Neto e resolve brincar à beira do abismo. Teve o destino do antecessor: a detenção.
Antonio Palocci era o homem forte da economia, cotado por Lula para sucedê-lo. Até um caso obscuro de violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo arrancá-lo do Ministério da Fazenda e da lista de presidenciáveis.
Palocci, entretanto, voltou poderoso para o governo federal pelas mãos de Dilma Rousseff. Durou pouquíssimo na Casa Civil. O ministro faturou R$ 20 milhões no ano da eleição, em 2010. Ele se recusou, contudo, a revelar sua carteira de clientes. Acabou abrindo mão do cargo, do status e da carreira política.
DIRCEU NA PRISÃO
Esta semana, o juiz Sérgio Moro lançou José Dirceu para o centro do esquema de corrupção na Petrobras. Preso na ditadura militar e preso no mensalão, o militante mais notório do PT depois de Lula voltou para a reclusão menos de nove meses depois de ter saído do cárcere.
Se as delações premiadas que embasaram sua prisão forem comprovadas, Dirceu perderá muito mais do que perdeu com o mensalão. No caso atual, ficará sem o apoio de boa parte da militância que, até agora, o reverenciou sob gritos de “Dirceu guerreiro do povo brasileiro”.
Mais do que as regras da estatística, os três casos mostram que o calvário vivido pela legenda não é obra do acaso, nem pode ser explicado somente pela tese da perseguição política ao partido.
Afinal, embora não seja impossível, é muito difícil um raio atingir o mesmo lugar mais de uma vez. Isso só ocorre quando as condições atmosféricas são idênticas ou muito parecidas

07 de agosto de 2015
Natuza Nery
Folha

QUEM SÃO OS CORRUPTOS? QUEM SÃO OS CORRUPTORES?


A corrupção no Brasil, por Bob Fernandes - YouTube

www.youtube.com/watch?v=xfD8CuijQSo

07 de agosto de 2015


DILMA TRANSFORMOU O BRASIL NUM PAÍS DE ABERRAÇÕES


O Brasil se tornou o país das aberrações. A começar pelos juros. Não bastasse o Banco Central ter elevado a taxa básica da economia (Selic) para 14,25% ao ano, o nível mais alto desde 2006, parte do mercado financeiro voltou a cogitar a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) promover novo aumento em setembro próximo. Motivo: enfrentar a pressão da inflação provocada pela disparada do dólar. O aumento da Selic, destacam os analistas, deve ser de pelo menos 0,25 ponto percentual, independentemente de o Produto Interno Bruto (PIB) estar se decompondo, podendo fechar 2015 com queda de 3%, algo sem precedente em um quarto de século.
Levantamento realizado pelo Itaú Unibanco mostra o quanto o Brasil está distante da realidade mundial quando o assunto são os juros. Em julho, de 31 nações analisadas pela instituição, somente o país e a África do Sul elevaram as taxas que servem de parâmetro para a formação do custo do dinheiro. Cinco promoveram cortes nos juros — Suécia, Canadá, Hungria, Nova Zelândia e Rússia — e o restante manteve a política monetária inalterada.
BANCO CENTRAL AFROUXOU
Segundo os economistas do Itaú, desde o fim do ano passado, nenhum país manteve uma postura tão contracionista quanto o Brasil. Todo esse arrocho tem explicação. Durante os primeiros quatro anos do governo Dilma Rousseff, o BC de Alexandre Tombini menosprezou a força da inflação. Mesmo com os reajustes se disseminando, a opção foi por uma postura mais amena na condução da Selic. A autoridade monetária chegou ao ponto de levar a taxa básica para 7,25% ao ano, mesmo com o custo de vida se mantendo muito distante do centro da meta inflacionária, de 4,5%, que deveria perseguir.
O BC só começou a falar grosso em outubro do ano passado, depois que as urnas confirmaram o segundo mandato de Dilma. Mas já era tarde. Tanto que a instituição teve que adicionar à Selic a necessidade de recompor sua credibilidade. Se o BC não tivesse cedido às pressões políticas e agido quando era necessário, certamente os juros estariam em níveis bem menores hoje, talvez até caindo, para animar a atividade.
OUTRAS DISTORÇÕES
A aberração da Selic provoca outras distorções, como os juros cobrados dos consumidores. Não há, pelo menos em economias civilizadas, notícias sobre taxas de 372% ao ano no cartão de crédito nem de 241% no cheque especial. Com encargos nesses patamares, é impossível se falar em recuperação do consumo das famílias. O natural é esperar uma explosão da inadimplência, uma vez que a inflação persistentemente alta corroeu o poder de compra e o desemprego voltou com tudo.
Mas não é só. Enquanto o mundo dá claros sinais de recuperação — a perspectiva é de avanço médio de 3,3% neste ano —, a atividade no país derrete. Das maiores economias do planeta, somente o Brasil e a Rússia, que sofre por causa de um forte embargo imposto pelos Estados Unidos e a Europa, terão retração em 2015. Quando o quadro se restringe à América Latina, apenas duas economias contabilizarão queda: a brasileira e a venezuelana.
MALUQUICES DE DILMA
Esse é o retrato das maluquices que Dilma cometeu no primeiro mandato. Achando que poderia reinventar a roda, a petista recorreu à tal nova matriz econômica, que se mostrou um verdadeiro desastre com suas pedaladas e manobras fiscais. O estrago foi tão grande que, mesmo a presidente dizendo que mudou, que agora defende ajuste fiscal e combate à inflação, ninguém acredita nela. Tornou-se sinônimo de descrédito, o que só agrava o quadro atual.
A constatação mais dramática de tudo isso é que a não há reversão à vista. E a situação ainda pode piorar, com Dilma correndo o risco de perder o mandato. O Tribunal de Contas da União (TCU) está próximo de dar um parecer negativo às contas da presidente de 2014. Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará se as campanhas da presidente foram financiadas com dinheiro oriundo da roubalheira na Petrobras.
Definitivamente, esse Brasil nada tem a ver com o país que sonhamos para nossos filhos.

07 de agosto de 2015
Vicente Nunes
Correio Braziliense

PT ESTUDA JEITINHO PARA BLINDAR LULA NA LAVA JATO.

Pode virar ministro das Relações Exteriores para ter foro privilegiado.


(Do Blog do Camarotti) Com o agravamento da crise política, passou a ser avaliada no Palácio do Planalto a possibilidade de nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um cargo de ministro do governo Dilma Rousseff. 
Essa tese já é defendida por alguns interlocutores de Dilma e do próprio Lula. O temor é que isso teria um efeito colateral: Dilma teria o seu poder presidencial completamente esvaziado.

Mas, para petistas, isso poderia garantir a governabilidade mínima para os próximos anos, por causa da capacidade de articulação política do ex-presidente. Ele tem mais trânsito com o Congresso e poderia fazer uma blindagem do governo.

Nesse cenário, os dois cargos considerados mais apropriados para Lula, avaliam petistas, são os ministérios das Relações Exteriores e o da Defesa. 
Isso porque comandam carreiras de Estado que seriam mais apropriadas para um ex-presidente. 
Caso passe a integrar o primeiro escalão, Lula também ganhará foro privilegiado – alguns petistas temem que o ex-presidente vire alvo da investigação da Operação Lava Jato.

07 de agosto de 2015
in coroneLeaks

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Um apedeuta no Ministério das Relações Exteriores... Além da impropriedade - para não dizer da esculhambação - as razões que levam a pensar a estupidez da estratégia, voltada apenas para dar fuga ao grande articulador de toda a esbórnia e corrupção que se plantou nesse país - seria de uma 'injustiça' inominável com os demais "cumpanheros" já enjaulados e outros na porta do presídio, só esperando um empurrãozinho.
Se já é incompreensível ao senso comum, que até o momento o ex-presidente continue numa redoma inexpugnável, fica mais difícil ainda que se pretenda blindá-lo com joguinhos políticos que desfiguram o incipiente esforço de uma verdadeira faxina.
m.americo

BRASIL DAS MENTIRAS DA DILMA: O QUE NÃO TEM GOVERNO NEM NUNCA TERÁ.

PT não perde a arrogância e destrói qualquer chance de acordo com a Oposição.

O programa do PT foi uma réplica do nós contra eles, das vitrinas fakes que afundaram o Brasil nas pedaladas fiscais, além  de ataques diretos aos maiores nomes da Oposição. Para completar, zombaram do panelaço que ocorreu em todo o país, que tiveram seu ápice nas falas de Dilma Lula. 

(Folha) Instados pela presidente Dilma Rousseff a encontrar alternativas para conter a crise política até o dia 16, quando protestos contra o governo estão convocados em todo o país, três ministros ouvidos pela Folha defenderam que a petista faça uma declaração pública reconhecendo erros cometidos durante sua gestão. 

O pedido da presidente foi feito durante reunião de emergência convocada por ela com ministros do PT. O diagnóstico é que, se nada for feito antes dos protestos, há risco de a situação tornar-se irreversível. Não há, no entanto, consenso sobre o que fazer. As soluções debatidas no governo implicam custos. Uma das alternativas citadas foi a de diminuir o tamanho da Esplanada. Mas reduzir cargos também significa diminuir o poder de barganha que o governo tem para negociar com os partidos políticos apoio no Congresso. 

Segundo relatos de quem participou do encontro, ministros não falaram abertamente sobre o risco de um pedido de impeachment, mas, nos bastidores, nenhum deles descarta o cenário.Nesta quinta, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), limpou a área regimentalmente para a apreciação das contas de 2014 de Dilma, que deverão ser rejeitadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Diante desse cenário, considerado "sombrio" por vários integrantes do governo, Dilma convocou uma nova reunião, provavelmente no domingo (9). 

A reunião de Dilma com os ministros ocorreu um dia depois de o vice-presidente Michel Temer (PMDB) admitir a gravidade da crise publicamente e dizer que poderia "reunificar o país". Além disso, pesquisa Datafolha publicada nesta quinta (6) mostra que Dilma é a presidente mais impopular desde o início da avaliação, em 1990: apenas 8% dos ouvidos aprovam o seu governo. 

Na madrugada desta quinta (6), para completar, o governo sofreu derrota acachapante na Câmara. Até o PT votou em favor de uma "pauta bomba" que prevê aumento de gastos com servidores. Antes do encontro com os ministros, a presidente recebeu Temer, que na quarta (5) telefonara a ela antes de dar a declaração pública dizendo que poderia reunificar o país. No telefonema, ele disse que iria pedir "união de todos". Dilma assentiu. Para ministros, a fala acabou "passando do ponto". 

Na reunião desta quinta, Temer reiterou a Dilma que seu objetivo era o de transferir responsabilidade da crise para o Congresso. O comando do PMDB e os demais líderes aliados já avisaram o governo que as bancadas estão incontroláveis na Câmara. 

A aposta, por isso, deverá se concentrar na tentativa de aproximação com o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), que se encontrou com Dilma nesta quinta. Ele e Cunha culpam o governo pelo que chamam de influência sobre o Ministério Público, que os investiga na Lava Jato.

07 de agosto de 2015
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