Esse caso, um tanto quanto doentio, parece que já se esgotou, sob todos os ângulos razoáveis! A figura é cômica, senão esdruxula, tamanho é o estranhamento social que provoca no "senso comum".
Um sujeito que apresenta todo um comportamento divergente, e traveste essa postura com uma cara bastante fora das fisionomias humanas, que poderia dizer-se, sem intenção de ofensa, ou qualquer preconceito, minimamente bizarra, incomum, estravagante...
Penso tratar-se de uma construção elaborada, para agir na fronteira do "épater la bourgeoisie" (assustar a burguesia), causando de imediato um "dano" ao padrão bem comportado.
Bem como o seu comportamento excêntrico, destoante da normalidade, alguém com um estilo de vida, gostos ou modos de agir e julgar a realidade, muito diferentes do comum.
Sim, sei que pessoas consideradas gênios, com inteligências acima do padrão natural, quase sempre apresentam comportamentos discordantes das idéias e "opiniões" vigentes numa determinada época.
Uma possível definição de "gênio", geralmente são pessoas que não se enquadram nos modelos socialmente aceitáveis, com valores especificos, sempre dissonantes.
Eticamente, poderíamos classificar, simplistamente, essa "genialidade" em 'positiva', ou 'negativa'.
Sem alongar-me muito, "inteligências positivas", marcaram com suas genialidades as grandes mudanças que empurraram a civilização para novos ciclos dos conhecimentos e de transformações, causadores de rupturas, que gestaram novas histórias da humanidade, não obstante seu estranho distanciamento das regras gerais.
Não preciso definir o que penso de "inteligências negativas", por óbvio, que ficam próximas do mal, ou da 'medianidade', no sentido de centro, que oscila entre polos opostos.
Nem sempre a inteligência será benigna. Também encontramos inteligências malignas.
Ao Eduardo Bueno, historiador, não se lhe pode negar virtudes intelectuais. Dentre elas, o tratamento muitas vezes cômico, que emprestou aos diversos cenários históricos, quando não merecidamente irônicos. E o intervalo entre "razão" e "emoção" é um abismo!
Creio que não erraria, em apontar que, de alguma forma, ele inova ao olhar o percurso histórico, e narra-lo com leveza e comicidade, dando a História uma fisionomia colorida e alegre, menos "oficialesca".
E afirmar, e concordar com o conceito da psicologia, que o "Humor" revela inteligência, ao observar o lado oculto da realidade dos fatos e acontecimentos. Digamos, o lado burlesco!
À parte às severas críticas sobre seus pronuciamentos, a respeito do assassinato de Charlie Kirk, com as quais concordo, e considero virulentas e violentas, revelando uma personalidade antissocial, transgressora das normas da vida em sociedade, que colide com o sentimento de respeito ao semelhante, de compaixão pelo sofrimento do outro, além de uma forte alienação aos princípios fundamentais do humanismo, do direito à vida; à parte a indignação com os pronunciamentos de Peninha, pergunto-me, como ele ocupou um espaço tão expressivo socialmente, com seus discursos? Por que ele passou despercebido, ganhando prestígio e bonanças? Sim, pois foi o caso Charlie Kirk que deu essa visibilidade midiática às perversas declarações de Peninha. E os casos anteriores de seus pronunciamentos? Ninguém se deu conta do perigo que tal militante de esquerda representava, ao afrontar princípios básicos de uma sociedade, contaminando os acidentes do caminho, com um olhar de desperezo pelo próximo? O manifesto de ódio, de sentimento irascível ao pensamento conservador, indica a insensatez do radicalismo subjetivo e autoritário.
Perguntas incômodas, mas pertinentes, quando notamos que a mídia controi seus "elefantes brancos", prestigiando muitas vezes, o lado perverso da natureza humana. Exemplos abundam, tanto na política quanto no cotidiano.
As notícias estão saturadas de "Peninha".
Pretendi refletir sobre esse crime, sobre a indignação provocada, sobre o espaço que ocupou, e ainda ocupa, levantando interrogações, para que outros possam contribuir com suas reflexões e amadurecer um juízo crítico, sobre o momento político em que estamos mergulhados. Sem ódio, sem raivas, pois o mundo já está saturado desses sentimentos.
22 de setembro de 2025
prof. mario moura









