"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

DE MENTIRA EM MENTIRA, O PT DESCE A LADEIRA...

Mais uma mentira do PT derrubada: o salário mínimo cresceu mais com FHC do que com Dilma


O PT está desesperado e apelando para várias mentiras. Em uma delas, pegou uma declaração de Arminio Fraga sobre o salário mínimo e a tirou de contexto, para tentar colar em Aécio Neves a pecha de inimigo dos pobres.

Quem acompanha o blog há tempo saberá que não morro de amores pelo salário mínimo. Ele é fruto de uma boa intenção – aumentar o salário dos mais pobres – mas ignora a realidade econômica muitas vezes. Ninguém pode ficar feliz com o baixo salário do trabalhador brasileiro, mas é ingenuidade crer que para aumentá-lo basta decreto estatal

Ou seja, Dilma entregou o pior resultado dos três, de longe. A política de aumento do salário mínimo, que o PT defende com tanto alarde sem sequer levar em conta seus efeitos negativos nas contas públicas (aposentadorias indexadas) ou na informalidade, foi a pior possível durante o governo Dilma. Mesmo usando seus próprios critérios como parâmetro, Dilma sai derrotada para FHC, de goleada.

E vale lembrar que não é FHC quem está disputando o cargo com ela, e sim Aécio Neves, que tem focado no presente e, principalmente, no futuro. Dilma está presa no passado, mas vemos que o verdadeiro fantasma é seu presente mesmo, pois a presidente não tem nada de positivo para mostrar ao eleitor pobre. Em seu governo, a economia parou, a inflação disparou e o salário ficou estagnado.

22 de outubro de 2014
Rodrigo Constantino

POR QUE VOTO EM AÉCIO

Aécio sabe que políticas de inclusão são um imperativo, pois o país continua a ser uma Belíndia, e que é preciso retomar o crescimento

Meu voto em Aécio se justifica de duas maneiras. A primeira é que, se Dilma tiver mais quatro anos, acabará de quebrar o país e nos encaminhará para uma séria crise política e social. Não é difícil ver o porquê. Nos quatro anos de seu governo, o crescimento da economia foi o menor de todos os períodos presidenciais completos de nossa história republicana desde Floriano Peixoto.

A culpa desse desempenho medíocre não vem de fora, pois nossos vizinhos sul-americanos (exceto pela Argentina e Venezuela que seguem políticas parecidas com as de Dilma) vão muito bem, obrigado. Neste ano, o crescimento do PIB brasileiro deverá ser zero, algo inédito na história do país em períodos sem crise cambial.

A culpa também não é da equipe econômica, pois ela apenas executa com docilidade a política determinada em cada detalhe pela presidente. Foi Dilma quem retirou a autonomia do Banco Central; criou um orçamento paralelo de alquimias contábeis entre o Tesouro e os bancos públicos; destruiu a capacidade de investimento da Petrobras e da Eletrobras; aparelhou partidariamente as agências reguladoras; fez os leilões de concessão de infraestrutura se tornarem um fiasco quando não uma fonte adicional de corrupção.

O resultado disso é a queda do PIB, a alta da inflação, a derrubada do investimento, a desindustrialização, o deficit externo e o aumento da dívida pública.

Dilma promete um governo novo, com ideias novas. Mas como faria isso se está convencida de estar no caminho certo? Se fosse reeleita, continuaria colocando em prática suas arraigadas convicções equivocadas sobre economia e administração pública. O resultado seria manter o país ladeira abaixo, com frustração popular, recessão, desemprego e inflação.

Felizmente, isso não vai acontecer porque tem Aécio Neves no meio do caminho.

Após 12 anos de "nós contra eles", que lembram o "ame-o ou deixe-o" da ditadura, Aécio é a esperança de reconciliação nacional. Sua história política é similar à de seu avô, Tancredo Neves, que sempre buscou a união dos extremos, o apaziguamento das diferenças, o convencimento pelo argumento, e não pela força.

Todo o ódio que o marqueteiro de Dilma fez destilar nessa campanha eleitoral sórdida será apagado, e Aécio, como fez em Minas Gerais, governará com competência, sem rancores ou partidarismos.

Por sua experiência no governo de Minas, Aécio sabe que políticas de inclusão social são um imperativo. Apesar da propaganda do governo sobre "a nova classe média", o Brasil continua a ser uma Belíndia --uma mistura da pobreza da Índia com a riqueza da Bélgica. Dados do Banco Mundial mostram que o Brasil mantém uma das mais desiguais distribuições de renda no mundo.

As informações que a Receita Federal finalmente começa a liberar revelam que a concentração de renda no país é bem maior do que a indicada pelas pesquisas domiciliares (Pnad) e ela não está sendo reduzida, ao contrário do que dizem os arautos do governo Dilma.

Aécio sabe também que para superar a pobreza, ao lado de uma política de transferência de renda, é fundamental ter uma estratégia de crescimento --equitativa e sustentável-- que leve o país, ao longo de uma geração, ao nível de renda do mundo desenvolvido.

Para isso precisamos restabelecer a estabilidade econômica e o equilíbrio das contas públicas e externas. Precisamos atrair o setor privado para investimentos maciços em infraestrutura, dar a nossas indústrias condições de competir no mercado internacional e, principalmente, melhorar nossos sistemas de educação, segurança e saúde.

Em seu programa de governo, Aécio tem propostas exequíveis para enfrentar esses desafios. Contará com uma equipe de auxiliares à altura da nobre tarefa de refazer a união entre os brasileiros e recolocar o país na rota do desenvolvimento.
 
22 de outubro de 2014
Edmar Bacha, Folha de SP

NÃO HÁ MAL QUE SEMPRE DURE

 




A partir de 1930, superados os tempos em que as divergências políticas se resolviam com a mão no sabre ou o dedo no gatilho, a política rio-grandense foi crescendo em civilidade. Eram fortes os confrontos entre PSD e PTB, entre Arena e MDB, entre PDS e PMDB, mas a convivência se mantinha em limites razoáveis.

Graças a isso, minha geração nunca presenciou um antipetebismo, um antipedessismo, um antiarenismo ou um antipeemedebismo. Daí uma certa surpresa com o surgimento do antipetismo, força política com inusitada disposição para agir, tanto no campo da produção intelectual quanto na militância de rua.
Sobrepondo-se aos partidos, o antipetismo desempenhou papel decisivo na sucessão estadual gaúcha de 2002, definindo as surpreendentes oscilações que se observaram ao longo do processo eleitoral.

Todos os analistas que se debruçaram sobre aquele pleito, dentro e fora do PT, foram unânimes em sublinhar esse fenômeno. Tarso Genro, então derrotado, também atribuiu ao antipetismo o resultado da eleição. O cientista político Giusti Tavares qualificou tal dito como tautológico, equivalendo a dizer que o PT perdeu porque seu adversário ganhou.

NOVA FORÇA POLÍTICA

Nestes dias, estamos assistindo o antipetismo surgir como força política dominante em diversas unidades da Federação. Foi ela que primeiro viu em Marina Silva uma possibilidade de interromper a hegemonia petista no pleito de outubro.
Foi ela que, tão logo o petismo fez os estragos de costume na imagem da acreana, mudou-se para o Aécio Neves, produzindo a reviravolta contada pelas urnas do dia 5 deste mês.

É ela que agora, no Rio Grande do Sul, se mobiliza para impedir a reeleição de Tarso Genro. É ela que, nacionalmente, motiva a ação da oposição mais visível ao governo Dilma exercida por intelectuais e jornalistas com acesso a alguns meios de comunicação. E é ela que proporciona uma intensa mobilização oposicionista de massa, cotidiana e diuturna nas redes sociais.
O antipetismo encontrou nessa nova mídia, tão caseira quanto universal, uma ferramenta de difusão de informações, de ditos e contraditos, assumindo à conta própria, aquilo que a oposição político-partidária não consegue fazer.

LEMBRANDO QUE…

O antipetismo, escrevi em artigo publicado no Correio do Povo em 27 de março de 2003, é a tempestade colhida pelos semeadores de ventos. Quem observou a conduta dos candidatos presidenciais nos debates da Bandeirantes e do SBT pode apreciar nas falas da presidente Dilma (e nas ensandecidas falas de Lula nos últimos dias) o modo de agir do petismo.
Porque deixa de lado a ética, a verdade e o interesse nacional, essa conduta, com o tempo, concede ainda maior vigor aos que a ela e a seu partido se opõem. No coração do petismo se vai produzindo a lesão que, com o tempo, debilitará o partido e o levará à derrota.

Quantas e quantas vezes, nos últimos 12 anos, em artigos, vídeos e palestras, chamei a atenção para a descontinuidade entre o furor acusatório do PT contra o governo FHC e seu total desinteresse, após assumir o poder, em investigar aqueles a quem acusara! Assim é o petismo, sempre transformando mentiras e versões em verdades e fatos.
Na oposição, bastam-lhe os danos causados pelas acusações que faz. No governo, bastam-lhe os dividendos do poder. Mas não há mal que sempre dure.

22 de outubro de 2014
Percival Puggina

TCU ADIA A DECISÃO SOBRE BENS DE GRAÇA FOSTER



 
O Tribunal de Contas da União (TCU) deixará para depois do 2.º turno das eleições o julgamento de processo que analisa o possível bloqueio de bens da presidente da Petrobrás, Graça Foster, por dano ao erário na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Segundo cálculo do TCU, o negócio de Pasadena causou prejuízo de US$ 792,3 milhões.
 
A avaliação sobre a indisponibilidade do patrimônio da principal executiva da petrolífera foi interrompida há sete semanas por um pedido de vista do ministro Aroldo Cedraz, que não pautará o caso na sessão da próxima quarta-feira, a última antes do desfecho das eleições, no domingo.
O governo vê com alívio a decisão, pois tenta administrar a agenda negativa do escândalo na estatal para evitar danos à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Já para a oposição, que exercia forte pressão nos bastidores, a notícia foi frustrante.

Reservadamente, ministros do TCU alegam que a discussão está contaminada pelo período eleitoral e dizem que o ideal seria deixá-la de molho. A escolha do futuro presidente da República poderá alterar os votos no plenário.
Segundo uma fonte, “a Casa costuma ser ‘planaltista’ e, se a presidente (Dilma) for reeleita, certamente o interesse dela se coloca mais forte; se não for, poderá até haver alteração nos votos”.

O julgamento foi suspenso em 27 de agosto, quando dois ministros haviam se posicionado a favor da indisponibilidade de bens e cinco ministros contra, formando maioria na ocasião.
O plenário, porém, foi favorável a incluir Graça Foster na lista de possíveis responsáveis pelo prejuízo.
Cedraz, que seria o último a votar, pediu vista justificando que analisaria melhor o processo. Ele disse que pretendia pautá-lo novamente em duas semanas, o que vem sendo adiado.

SÓ DEPOIS DA ELEIÇÃO
 
Ao Estadão, o ministro alegou que não poderá comparecer à sessão da semana que vem, pois estará em viagem, em uma missão oficial. Segundo ele, o mais provável é que o processo seja pautado na primeira quarta-feira após as eleições, mas isso depende ainda da área técnica do tribunal. Indagado sobre eventual motivação política nos sucessivos adiamentos do julgamento do caso, o ministro reagiu: “O perfil da Casa é não se deixar contaminar por essas questões”.
 
O TCU já condenou em julho 11 diretores da Petrobrás a devolver US$ 792 milhões por danos ao erário na compra de Pasadena. Eles tiveram os bens bloqueados por uma série de irregularidades, entre elas a decisão de postergar o cumprimento de sentença arbitral pelo pagamento, em 2009, dos 50% restantes da refinaria – a primeira metade havia sido comprada em 2006. Esse adiamento, segundo a corte, deu prejuízo de US$ 92 milhões à Petrobrás.

Na ocasião, Graça integrava a diretoria e participou da decisão. Mas seu nome não foi incluído no processo por um suposto equívoco do tribunal, daí o reexame do caso.
Entre os já punidos estão Ildo Sauer, antecessor de Graça na diretoria de Gás e Energia, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e os então diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Almir Barbassa, Guilherme Estrella e Renato Duque.

22 de outubro de 2014
FÁBIO FABRINI
O ESTADO DE S. PAULO

SERIA INACREDITÁVEL SE NÃO HABITÁSSEMOS O PLANETA PETRALHA CHAMADO BRASIL

Crime eleitoral: doleiro desmoraliza PT e Dilma Rousseff na acusação falsa a Sérgio Guerra

Flagrante delito: Dilma sabia do depoimento um dia antes de ser realizado

É inacreditável, inaceitável e inimaginável que um partido político e uma presidente da República tenham praticado um crime eleitoral de tamanha gravidade, envolvendo suborno a um criminoso notório para que concedesse um depoimento falso à Justiça e denegrisse a honra de um político já falecido, de forma a prejudicar a campanha de Aécio Neves.

Foi o que fizeram o PT e a candidata Dilma Rousseff, ao criarem um episódio inexistente de suborno do então presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, pelo hoje famoso doleiro Alberto Youssef, a pretexto de evitar a criação de uma CPI no Congresso.

No debate de domingo, pela TV Record, Dilma pegou Aécio de surpresa com essa acusação a Sérgio Guerra, e o candidato do PSDB apenas respondeu que, se tivesse havido corrupção no seu partido, também deveria ser punida.

A denúncia era claramente fantasiosa, porque não é preciso subornar nenhum políticos de oposição para evitar a formação de uma CPI, pois a própria base aliada se encarrega de fazê-lo. Mesmo assim, na reta final da campanha, uma acusação desse tipo sempre faz um estrago enorme e pode até decidir a eleição.

Além do mais, o deputado Sérgio Guerra está morto, não pode se defender. Se algum dia a verdade surgisse, a eleição já estaria ganha e ficaria tudo por isso mesmo. Uma trama realmente diabólica, como o clássico filme de Joseph L. Mankiewicz.

DOLEIRO DESMENTE TUDO

Ao criarem essa falsa denúncia, os “gênios” do comitê de campanha de Dilma Rousseff julgaram ter bolado o chamado crime perfeito. Mas logo foram desmascarados, porque não contavam com a firme oposição do doleiro Alberto Rousseff, que jamais citara o nome de guerra ou de qualquer outro político do PSDB em seus apimentados depoimentos e resolveu desmentir a armação.

A verdade veio à tona com a surpreendente entrevista do advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Youssef. Falando ao site G1 (da Organização Globo), o advogado desmentiu inteiramente a acusação feita por Leonardo Meirelles, que trabalhava com o doleiro e também é réu da Operação Lava Jato da Polícia Federal.

Disse que jamais houve suborno a Sérgio Guerra e foi além, anunciando ter apresentado à Justiça Federal, na tarde desta quarta-feira (22), um pedido de acareação entre o seu cliente e Meirelles, que era testa-de-ferro do doleiro no Laboratório Laborgen.

CRIME ELEITORAL

Diante desses fatos indesmentíveis, o crime eleitoral fica complemente configurado e transparente, sobretudo porque a presidente Dilma Rousseff teve a audácia e a insensatez de usar a informação no domingo, durante o debate na TV Record, para surpreender o candidato Aécio Neves.
Mas como é que Dilma poderia saber dessa declaração de Meirelles na noite de domingo, se ele só iria prestar depoimento na segunda-feira? É uma pergunta que jamais será respondida.

Agora, a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal têm obrigação de investigar o caso, para apurar os seguintes fatos:

1) Quem subornou Leonardo Meirelles para inventar a acusação a Guerra?

2) Quem passou essa informação à presidente Dilma Rousseff, para que ela pudesse ter conhecimento do assunto uma dia antes do depoimento ser prestado.

Sabendo quem passou a informação a Dilma, é só seguir o fio da meada até chegar a Meirelles. Simples assim. E só para reforçar a apuração, A Justiça pode e deve quebrar o sigilo telefônico e de internet dele, para saber com quem se comunicou nos últimos dias.

De tudo isso, emerge a certeza de que nunca se fez uma campanha tão suja como esta, confirmando o que há vários meses previu o ministro Gilberto Carvalho: “Este ano o bicho vai pegar!” O que não se sabia é que o governo e o PT iriam cair tão baixo, a ponto de cometerem um abjeto crime eleitoral como esse.

22 de outubro de 2014
Carlos Newton

A TENSÃO POR TRÁS DO DESTEMPERO DE LULA

 


 
Não é mais apenas pela presidente Dilma o empenho de seu padrinho, Lula, na campanha nessa reta final, em que o ex-presidente foi além de todos os limites em seu discurso em Minas, repetição daquele feito no Pará, em que classificou o adversário de “bêbado”.
 
Em Minas, Lula promoveu a leitura de uma carta de uma psicóloga que afirma ser Aécio Neves um candidato que maltrata as mulheres, uma manobra para reforçar uma versão corrente de que teria agredido sua atual esposa, Letícia.

Além disso, Lula estabeleceu um vínculo entre essa versão e o comportamento de Aécio no debate do SBT, em que enfrentou a rival com a ênfase que seus antecessores de candidatura evitaram com o próprio Lula. E perderam.

Lula tenta estabelecer um cenário em que Aécio deve manter-se moderado nas respostas às mais baixas provocações redigidas pelo marqueteiro João Santana, usando o temor de sensibilizar o eleitorado feminino como constrangimento ao candidato.

ESCÂNDALO DA PETROBRAS

Tenta manter o candidato do PSDB na cordas. Essa, a tática. A motivação é o cenário da Petrobrás, em caso de derrota do PT, cujo desdobramento atingirá principalmente os oito anos de seu mandato, sem os recursos de defesa propiciados a quem está no poder.

Muito embora o escândalo da Petrobrás tenha vida própria após a delação premiada, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal, Lula parece guiado pela convicção – ou esperança – de que estará mais protegido se o PT vencer a eleição presidencial.

O súbito transe protagonizado em Minas é um hiato nas relações estremecidas entre o criador e a criatura, uma pausa para a unidade estratégica ante o risco da derrota eleitoral. Lula preocupa-se com o conteúdo das investigações que atingem seu governo e tentará, em caso de vitória do PT, pôr rédeas no segundo mandato da sucessora, sem a tolerância que teve no primeiro.

Se Dilma perder a eleição, o ônus da derrota será inteiramente seu, mas se vencer, não terá a autonomia que idealiza em relação ao PT e ao seu padrinho político. Deverá, pela sua sobrevivência política, repetir com a Petrobrás o comportamento que teve durante o julgamento do mensalão, em que se manteve à distância.

MAIS GRAVE QUE O MENSALÃO

O cenário, porém, deverá ser bem mais grave do que o do mensalão. Há notícias de que a Receita Federal já trabalha em levantamentos de movimentação de recursos por parte dos envolvidos nos escândalos, operação que transcorre, como as demais da Justiça, fora do controle do governo.

A realidade é diferente do que Dilma Rousseff sugere ao eleitor em seus discursos, nos quais a iniciativa das investigações são do Executivo, assim como , por consequência, o controle sobre elas também.

Chama a atenção o tom acima, mesmo em se tratando de Lula, empregado nos discursos recentes do ex-presidente. Só faltou desafiar o candidato do PSDB para um duelo. A rigor, o fez, ao afirmar que Aécio só disse o que disse a Dilma por se tratar de uma mulher e que gostaria de vê-lo dizer o mesmo a um homem.

Bravatas à parte, o episódio mostra que algo mudou no empenho do ex-presidente pela sucessora, que não mencionou seu nome, uma vez sequer, no debate do SBT, quando o estresse entre ambos ainda se mantinha acima da disputa eleitoral.

“FALSA E INGRATA”

O ruído entre Lula e Dilma pôde ser medido por interlocutores de ambos, através de testemunhos da reação da esposa do ex-presidente, Marisa Letícia, que afirmam a versão de contrariedade da ex-primeira dama em relação à presidente. “Falsa e ingrata” teriam sido os mais benevolentes adjetivos empregados por Marisa para classificar Dilma, segundo matéria da jornalista Daniela Pinheiro na revista Piaui, que não mereceu qualquer desmentido.

Pior que as investigações, é o cenário de seu curso com o PT fora do poder – parece ser o raciocínio do ex-presidente. O fato é que a Petrobrás é pauta que envolve muito mais seu mandato presidencial que o da afilhada, o que parece influir emocionalmente no comportamento de Lula, ao ponto de levá-lo a desconsiderar seus hábitos de boêmio, no exercício da Presidência, relatados até por jornais estrangeiros.

Não é demais lembrar que Lula tentou expulsar do país o correspondente do The New York Times, Larry Rohter, que chegou a ter seu visto de permanência suspenso, por ter escrito uma matéria para seu jornal, contando que o álcool fazia parte da rotina presidencial.

22 de outubro de 2014
João Bosco Rabello
Estadão

INTERNET INFLUENCIA O VOTO DE 39% DOS ELEITORES CONECTADOS

 


 
Do eleitorado brasileiro conectado à internet, quase a metade (47%) tem conta em alguma rede social. Facebook e Whatsapp despontam como as mídias sociais mais acessadas, mostrando inclusive que são ferramentas capazes de exercer um papel de convecimento político. Em pesquisa realizada pelo Datafolha, 39% dos entrevistados disseram ser influenciados de alguma forma por publicações nas redes sociais, sendo que 19% se considera muito influenciado e 20% um pouco.
A leitura e o compartilhamento de notícias também se mostrou bastante expressivo. 75% dos internautas inscritos em redes sociais costumam se informar por meio de suas contas – sendo o Facebook a rede mais popular, com 68% dos entrevistados – e 46% afirmam ainda compartilhar noticias sobre eleições em alguma rede social.
Os eleitores conectados também usaram as contas em mídias sociais para declarar os seus candidatos preferidos. 20% dos entrevistados afirmaram ter publicado os votos no primeiro turno, enquanto 22% contou já tê-lo feito nesta etapa final da disputa.
ACESSO À REDE
A pesquisa revela ainda que em cada 10 eleitores, 6 têm acesso à rede. Se apenas os mais jovens forem considerados (16 a 24 anos), esse número aumenta para 9 em cada 10 eleitores ou 8 em cada 10 quando a faixa etária é de 25 a 34 anos.
 
Dilma e Aécio também estão empatados no número de seguidores do Facebook, cada um com 9% dos entrevistados. A pesquisa do Datafolha ouviu 4.389 pessoas em 257 municípios nesta última segunda-feira. A margem de erro da pesquisa é 2 pontos para mais ou para menos.

22 de outubro de 2014
 Nathale Martins
Correio Braziliense

CONFIRMADO: ACUSAÇÃO A SÉRGIO GUERRA FOI UMA "ARMAÇÃO" DO PT E DILMA SABIA DE TUDO

 

Dilma “sabia de véspera” sobre falsa acusação a Sérgio Guerra

Mais um episódio da canalhice da indústria da difamação petista é desvendado, com a entrevista do advogado do doleiro Alberto Youssef afirmando que doleiro não negociou com PSDB.

O fato concreto nisso tudo é que o advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef, afirmou ao site G1(da Organização Globo) que apresentou à Justiça Federal, na tarde desta quarta-feira (22), um pedido de acareação entre o seu cliente e Leonardo Meirelles, outro réu da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).

O advogado nega que Youssef tenha negociado com Sérgio Guerra, ex-presidente nacional do PSDB, que morreu em março deste ano, ou outro político qualquer do partido, desmentindo depoimento prestado na segunda-feira (20) na Justiça Federal do Paraná, em Curitiba.

Como se sabe, Leonardo Meirelles é considerado o testa de ferro de Youssef, com o cargo de diretor-presidente do laboratório Labogen.

A Justiça Federal confirmou o pedido de acareação, mas o juiz Sergio Moro ainda não se pronunciou se aceita ou não a solicitação.

###

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGFica assim comprovada a armação feita pelo PT para beneficiar a candidatura de Dilma Rousseff, que usou este argumento para surpreender o candidato Aécio Neves no debate da Record, realizado no último domingo. A pergunta que não quer calar e jamais será respondida é a seguinte: Como é que Dilma sabia dessa declaração de Meirelles na noite de domingo, se ele só iria prestar depoimento na segunda-feira? E fica comprovado também o cumprimento daquela ameaça de Lula ao entrar na campanha: “Vocês não sabem do que nós somos capazes”. Sabemos, sim. São muito capazes… São capazes de tudo. (C.N.)

22 de outubro de 2014
Virgilio Tamberlini

BARRIL DE PÓLVORA

Lava-Jato: doleiro e empresário criticam “laranja” de laboratório que acusou tucanos

alberto_youssef_06A Operação Lava-Jato ganha a cada dia novos capítulos, em especial nesses dias que antecedem o segundo turno da corrida presidencial. Como afirmou o ucho.info em recente matéria, sem imputar culpa a esse ou aquele, configurou um duro golpe contra a campanha de Aécio Neves a acusação de que o então presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, teria recebido dinheiro do “Petrolão” para esvaziar a CPI da Petrobras, criada no Congresso Nacional em 2009.

Nesta quarta-feira (22), o advogado de Alberto Youssef disse que apresentaria à Justiça Federal, em Curitiba, um pedido de impugnação do depoimento de Leonardo Meirelles, suposto testa de ferro do doleiro no Labogen, laboratório-lavanderia criado para fraudar o Ministério da Saúde. Em depoimento à Justiça, Meirelles incluiu o nome de Sérgio Guerra no rol de suspeitos de envolvimento na ciranda de corrupção que funcionava na Petrobras.

O criminalista Antônio Figueiredo Basto, responsável pela defesa do doleiro, disse que solicitará à Justiça uma acareação entre Youssef e Meirelles, réus em uma das ações da Lava-Jato que esmiúça superfaturamento nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. “Meu cliente afirma peremptoriamente que nunca falou com Sérgio Guerra, nunca teve negócios com ele e nunca trabalhou para o PSDB”, disse o advogado, rebatendo as declarações de Meirelles, que sugeriu uma ligação entre o doleiro e o ex-dirigente tucano, falecido em março passado. “Estamos pedindo uma impugnação do depoimento do Leonardo e uma acareação entre eles”, completou o defensor de Youssef.

Em outra ponta da Lava-Jato está o empresário Hermes Magnus, que com o apoio do jornalista Ucho Haddad, editor do ucho.info, formulou as denúncias que viabilizaram a operação da Polícia Federal que desmontou um bilionário esquema de corrupção. Em mensagem enviada na manhã desta quarta-feira ao site, Magnus também repudiou as declarações de Leonardo Meirelles, afirmando que o testa de ferro do Labogen pode ter sido influenciado pelo ainda deputado federal André Vargas (sem partido – PR), acusado de ser sócio de Youssef no laboratório farmacêutico.

“Acho que as relações do tal Meirelles com o André Vargas devem ser investigadas, talvez Vargas seja o mentor deste absurdo. Janene [José Janene] dizia que Vargas era sorrateiro e tinha que estar sempre ao alcance dos olhos e agradado. Estou à disposição, inclusive das autoridades, para eventuais esclarecimentos. Não poderia ficar calado diante de um absurdo destes”, destaca o empresário Hermes Magnus.

Reforçando o que temos afirmado ao longo dos últimos cinco anos, em especial nas recentes semanas, a Operação Lava-Jato começou a subir a rampa do Palácio do Planalto, tendo feito a sua primeira vítima palaciana: a presidente-candidata Dilma Rousseff, em cuja conta de campanha foi depositado dinheiro do Petrolão. Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa afirmou em recente depoimento que, a pedido de Antonio Palocci Filho, orientou o doleiro Youssef a depositar R$ 2 milhões na conta da campanha petista, em 2010.

Por questões óbvias, o PT precisava reagir a essa grave acusação e pode ter aproveitado o depoimento de Leonardo Meirelles para criar um factoide, como destacamos em matéria anterior sobre o tema. Se André Vargas teve algum tipo de influência sobre Meirelles o site não pode afirmar, mas é certo que o arcabouço de denúncias da Operação Lava-Jato deve fazer mais vítimas cinco estrelas, começando pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que nos últimos dias aumentou o número de incursões na campanha de Dilma para evitar o pior, a implosão do Partido dos Trabalhadores.

22 de outubro de 2014
in ucho.info

HORA DA VERDADE

CPMI da Petrobras: doleiro Alberto Youssef prestará depoimento na próxima quarta-feira

alberto_youssef_07Presidente da CPMI da Petrobras, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) informou no início da noite desta quarta-feira (22) que acertou com a Polícia Federal e a Justiça Federal as providências logísticas necessárias para que o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato, preste depoimento à comissão na próxima quarta-feira (29), às 14h30.

Apontado como um dos líderes do Petrolão, esquema de corrupção que sangrou os cofres da Petrobras, Youseff é acusado de desvio de dinheiro público, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, tendo movimentado bilhões de reais a partir de uma ciranda criminosa que funcionava na estatal, de acordo com investigações da Polícia Federal. Preso na Superintendência da PF em Curitiba, Alberto Youssef fez acordo de delação premiada em troca de benefícios judiciais, o que tem tirado o sono de muitos dos envolvidos no esquema.

A reunião da CPMI foi aberta com protestos de deputados federais da oposição, que suspeitaram do alegado problema de saúde do atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, que falaria à comissão nesta quarta-feira.
Para os parlamentares, a ausência de Cosenza, justificada por um atestado médico grosseiramente adulterado, foi mais uma manobra rasteira e oportunista do governo do PT para evitar que a comissão avançasse nas investigações faltando poucos dias para o segundo turno da eleição presidencial.

De acordo com o atestado, estranhamente enviado à CPMI pela Petrobras, José Carlos Cosenza teve uma crise de hipertensão, mas inicialmente o documento destaca que o diretor da empresa teve intercorrências, sendo necessário repouso por 48 horas. Na abertura da reunião da comissão, Vital do Rêgo confirmou a existência de dois requerimentos, um do Senado e outro da Câmara, para a prorrogação dos trabalhos da CPI.

Como vem afirmando o ucho.info desde a deflagração da Operação Lava-Jato, em março passado, o número e a extensão dos crimes cometidos pelos envolvidos no esquema exigirão muita paciência por parte dos parlamentares e também da população, pois não será à sombra da pressa que o Brasil se livrará desses bandoleiros que usaram a influência política e a proximidade com o poder para cometer desmandos e ilegalidades diversas.

A Operação Lava-Jato está em seus primeiros capítulos e muitos escândalos ainda hão de surgir com a confirmação das informações prestadas por Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que já encontra-se em prisão domiciliar por conta de acordo de delação premiada.

No momento em que peixes graúdos da política nacional forem chamados para depor perante a Justiça, por certo o País de dará conta que está diante do maior escândalo de corrupção da história nacional. Possivelmente o julgamento de todos os processos decorrentes da Operação Lava-Jato demandará pelo menos o dobro de tempo gasto pelo Supremo Tribunal Federal com a Ação Penal 470 (Mensalão do PT).

22 de outubro de 2014
ucho.info

VALE-TUDO, ATÉ CHUTE NO SACO

Dilma afirma que o PT valorizou o salário mínimo, mas Dieese mostra que a candidata petista mente

dinheiro_102Presidente da República e candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff não mais se incomoda em viver abraçada à mentira. Quando os críticos comparam o seu marqueteiro, João Santana, ao chefe da propaganda nazista, Joseph Gpebbels, apenas e tão somente por causa do apreço à mitomania, não é exagero.

Em um dos seus programas eleitorais, Dilma pede voto aos eleitores alegando que o Brasil não pode retroceder, como se o País estivesse vivendo uma fase de enorme tranquilidade econômica.

Na tentativa de convencer os eleitores, a presidente-candidata destaca a valorização do salário mínimo, assunto que já mereceu inúmeras matérias a respeito. Dilma tem o direito de dizer o que bem quiser, inclusive o de mentir, até porque o Brasil ainda é uma democracia que contempla a livre manifestação do pensamento, mas não se pode querer que todos acreditem nas balelas palacianas.

Em relação ao salário mínimo, o PT mudou o discurso a partir do momento em que colocou o pé no Palácio do Planalto. Isso significa que a pedra transformou-se em vidraça. Experiência interessante e necessária para quem sempre fez críticas infundadas e radicais. A única questão é que os petistas não têm a capacidade necessária para aprender e mudar, até porque a soberba mesclada à corrupção impede qualquer alteração no cenário bandoleiro.

Durante anos em que puxou a fila da ruidosa oposição, o PT sempre usou os números do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para reforçar a sua gritaria contra os governantes de então.
De acordo com o Dieese, que no passado sempre foi incensado pelos “companheiros”, o salário mínimo ideal em setembro deveria ser de R$ 2.862,73.
Em contrapartida, o salário mínimo vigente, alvo da valorização anunciada por Dilma, é de R$ 724.

Isso significa que o salário mínimo é um quarto do que sugere o Dieese, que calcula o valor adequado para que o trabalhador consiga suprir suas necessidades básicas e de sua família.

A questão do salário mínimo é tão grave quanto a mitomania de que sofre Dilma Vana Rousseff, a companheira de armas Vanda ou Estela. Quando a presidente decidiu que o salário mínimo seria reajustado por meio de decreto, o ucho.info não demorou a afirmar que a medida era um tiro no pé, dependendo da situação um tiro pela culatra.

Na ocasião do anúncio dessa irresponsabilidade oficial, este site foi muito claro e incisivo ao destacar duas situações de perigo. A primeira delas alertava para o fato de uma eventual disparada positiva da economia brasileira, o que faria com que o salário mínimo tivesse reajuste elevado.
Isso porque a fórmula criada por Dilma prevê o reajuste do salário com base no índice da inflação medida pelo IPCA e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior ao do cálculo.
Nesse ponto há duas zonas de perigo: A) salário maior estimula o consumo e impulsiona a inflação em um país que não tem como corresponder à demanda. B) salário mínimo maior significa aumentar ainda mais o déficit da Previdência Social, uma vez que o reajuste dos benefícios pagos à maioria dos aposentados e pensionistas segue o mesmo cálculo.

A segunda situação de perigo está no vértice oposto. No caso de a economia crescer muito aquém da expectativa, em algum momento o salário mínimo terá reajuste real pequeno ou próximo de zero. É o que acontecerá com o salário mínimo de 2016, uma vez que a previsão de crescimento do PIB é de 0,2%. Ou seja, a partir de janeiro de 2016 o trabalhador receberá efetivamente muito menos do que recebe hoje. Sempre lembrando que os salários atuais estão defasados por um conjunto de motivos.

Quando um governo incompetente e paralisado, como o de Dilma Rousseff, aposta no consumo interno para reverter a crise interna, não há como esperar dias melhores se dentro de alguns meses não haverá no mercado dinheiro suficiente para movimentar a economia. Vale destacar que a inflação real, muito maior do que a real, derrete os ganhos do trabalhador, que voltou a conviver com um dos mais temidos fantasmas de uma economia descontrolada: o salário acaba e o mês continua.

O PT tenta salvar não apenas um totalitarista projeto de poder, mas também e principalmente o próprio partido, que no rastro dos desmandos e dos escândalos de corrupção começa a correr de um eventual ataque de nanismo. Essa incursão desesperada dos “companheiros”, cada vez mais evidente nos bastidores do poder e na rede mundial de computadores, se dá à sombra da mentira e da infâmia. Enfim, como disse certa vez um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

22 de outubro de 2014
ucho.info

O "BOLIVARIANISMO" DEIXA CLARO: O PT ATACA A SOBERANIA NACIONAL E TRAI A PÁTRIA

Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
A nova “campanha do medo” bolivariana se baseia em dizer que “se Dilma não ganhar, a coisa vai ferrar… para Uruguai, Bolívia, Venezuela, Argentina e Cuba”. Pelo menos essa é a impressão que os discursos de militantes e tiranos bolivarianos nos passam.
O que significa trair a pátria? E mesmo violar a soberania nacional? E por que isso é tão grave para o povo que vive em seu país. Simplesmente espera-se que o governo de um país atue em prol de seu povo, e não para beneficiar outras nações em detrimento de seu povo. A lógica para isso é óbvia demais: quem paga impostos aqui no Brasil são os brasileiros (e os estrangeiros que se mudaram para cá), não os outros países.
É por isso que quando o governo do PT envia dinheiro para Cuba, está violando a soberania nacional e colocando os interesses de uma ditadura sanguinária acima dos interesses de nosso povo. O pior de tudo é que essa violação de soberania, cuspindo no interesse do povo brasileiro, é feita em aliança com a escória da América Latina.
Olhem o nível: Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador, China, Rússia, Cuba, Coréia do Norte. Onde estão as boas relações prioritárias com Nova Zelândia, México, Estados Unidos, Europa? Simplesmente na lata do lixo. Depois muitos não sabem por que o Brasil hoje está atrasado tanto em termos de política externa como em termos econômica.
Vamos a alguns exemplos. (E eu já havia trazido outro exemplo anteriormente aqui)
Observemos a notícia “Brigadas pró-Dilma se mobilizam na Argentina”, vista no Blog da Dilma (então eles não podem reclamar da fonte).
Lá é dito que os coletivos não-eleitos de Cristina Kirchner estão se mobilizando de forma desesperada para ajudar Dilma a se manter no poder.
Veja o que diz o militante kirchnerista Roberto Jacoby:
Acredito que seja importantíssimo que Dilma ganhe. Faz tempo que estamos realizando atividades para isto com nossa brigada de apoio, imprimimos cartazes, nos reunimos na esquina de San Telmo (que seria como uma Vila Madalena portenha) para falar com as pessoas, para que se conscientizem sobre como o êxito do PT vai repercutir nas eleições argentinas do ano que vem e da gravidade incalculável que uma derrota da Dilma teria.
Observe o termo “gravidade incalculável” que a derrota de Dilma teria para o governo de Cristina Kirchner. É essa mesma Kirchner na qual você pensou! Aquela cujo patrimônio cresceu 687% desde que chegou ao poder.
Jacoby usa de otimismo:
Sou otimista, acredito que, ao final, Dilma vai ganhar, se ela ganhar em 26 de outubro, dormirei muito contente… porque tenho consciência do que significa a vitória do PT para todos os nossos países… mas, lamentavelmente, aqui na Argentina, muita gente não olha para além de seus narizes, há uma visão de curto prazo, desinteressada pelo que acontece no Brasil.
Prestou atenção na expressão “o que significa para… nossos países”?
É claro que falamos de gente socialista que já vampirizou tanto a Argentina que o corpo está exangue. Os vampiros bolivarianos agora estão atrás do sangue brasileiro.
Para Jacoby, Bolívia ou Equador são bons na aliança, mas as maiores tetas estão no Brasil. Leia:
Mas, de toda forma, precisamos reconhecer que as vitórias na Bolívia ou no Equador, com o presidente Rafael Correa, são importantes, mas são países com muito menos peso do que o Brasil. O que vai acontecer em 26 de outubro é fundamental.
O militante Salas Oronô, diz:
Uma eventual derrota de Dilma Rousseff certamente deixaria sem continuidade a predisposição política manifesta que o Brasil teve nos últimos anos para estreitar seus vínculos com países vizinhos da região, incluindo a Argentina.
Que beleza, não? Enquanto nós deveríamos nos aliar com países mais civilizados (que crescem muito mais), os países mais atrasados e opressores de seu próprio povo acham que devem ser priorizados.
Os compreensíveis problemas e atritos – comerciais e de interesses – que podem surgir entre distintos países foram metabilizados, eu diria politicamente, de forma tal que as relação puderam ser construídas e instituições regionais comuns foram consolidadas, algo inédito na história latino-americana.
Melhor citar um exemplo de como funciona isso. O tirano Evo Morales manda roubar duas refinarias de petróleo da Petrobrás, localizadas na Bolívia. Em nome do interesse da Bolívia, não do Brasil, o governo petista deixa tudo por isso mesmo.
Realmente, é uma cara de pau inédita.
Mas veja o que poderia funcionar como o melhor marketing possível para Aécio Neves:
Uma vitória de Aécio Neves, tal como o próprio candidato explicitou, deixaria de lado esta orientação para se aproximar dos vínculos diplomáticos com os EUA ou com a União Europeia, cujos centros de poder têm sido mais o problema do que a solução para os países de nosso continente.
O que ele está nos dizendo? Que a vitória de Aécio Neves significa a derrota dos interesses de tiranos cujo projeto de poder é um só: saquear seus países, causando miséria ao seu povo, chegando até a racionar alimentos (voltando ao tempo do Plano Cruzado no Brasil, de 1986, o que o PT apoiou – por que não devemos ficar surpresos?), a partir de totalitarismos usando coletivos não-eleitos e projetos para censurar a mídia.
Mas mesmo com tudo isso, o saqueamento estatal tem limites. As vítimas dos vampiros bolivarianos (ou seja, países como Venezuela e Argentina) estão morrendo. Eles precisam de sangue.
Também é bom rever outra notícia mostrando como eles afrontam a soberania do Brasil ao falar de seus interesses. Leia este trecho da matéria do Brasil247, intitulada “Mujica: Porto de Águas Profundas depende da reeleição de Dilma”:
O porto de águas profundas, uma das maiores obras de infraestrutura que o governo do Uruguai planeja, depende das próximas eleições do Brasil, afirmou hoje (17) o presidente do Uruguai, José Mujica. “Tenho a palavra da presidente do Brasil de apoiá-lo, se não eu não teria entrado nessa dança”, afirmou Mujica, em entrevista exclusiva com a emissora Radio El Espectador.
Isso aqui já é traição a pátria. Eles falam em barganha, em usar o dinheiro nosso para obter benefício.
Depois de tirar o PT do poder, temos que fazê-los devolver cada centavo que tiraram do povo, para direcionar à esses tiranetes que fazem parte da escória global.
O povo desses países bolivarianos não tem culpa. Eles são pessoas como nós, que merecem ser respeitadas.
Já tiranetes como Mujica, que tem a cara de pau de falar que “se Dilma não for eleita, não vem a graninha da obra” não podem ser respeitados pois dão um tapa na cara de nossa população. É uma provocação sem limites!
Se Mujica tivesse o mínimo de orgulho, saberia o quanto é ridículo vir querer dinheiro dos outros para financiar suas mamatas. Por que não fazer a obra com recursos do Uruguai?
É aí que o Brasil se torna “estratégico para eles”. O Brasil virou uma verdadeira galinha dos ovos de ouro para os líderes mais pérfidos deste continente. E do mundo.
Quem se mistura com porcos, farelo come. A quantidade de motivos para tirar o PT do governo é infinita. Mas traição à pátria, com violação da soberania nacional, é um dos mais graves destes motivos.
Em uma declaração recente, Aécio Neves chegou bem perto desse tom, ao dizer que tirar o PT do poder é similar ao fim da ditadura militar.
Muito bom. Está quase lá. Eu já diria o seguinte: “Tirar o PT do poder é dar fim a um projeto de totalitarismo bolivariano, que em países como Venezuela e Argentina culminaram em destruição da economia, geração de desemprego e fuga do investimento. Quando o investimento some os empregos também. Tancredo ajudou a liderar o estabelecimento de uma democracia no Brasil. Aécio fará isso de novo, vencendo a ditadura petista e irritando muito países já ditatoriais como Venezuela e Argentina”.
22 de outubro de 2014
Luciano Ayan
 

OS 10 PECADOS CAPITAIS DA POLÍTICA ECONÔMICA DO GOVERNO DILMA

Artigos - Governo do PT 
O brilhante economista Thomas Sowell certa vez disse que:

A primeira lição da economia é a da escassez: nunca há uma quantidade suficiente de alguma coisa de modo a satisfazer todos que a desejam. 
Já a primeira lei da política é ignorar a primeira lição da economia.

A política econômica do governo tem insistido em ignorar as leis econômicas. Mas as leis econômicas não têm ideologia. E, assim como a lei da gravidade, as leis econômicas agem inexoravelmente sobre todas as pessoas (e governos também!).
Vejamos os dez pecados capitais da política econômica do governo Dilma.

1. Inflação
A definição clássica de inflação é 'aumento na quantidade de dinheiro na economia'.  O que causa esse aumento da quantidade de dinheiro na economia é a expansão do crédito feita pelo sistema bancário, que pratica reservas fracionárias, e pelo Banco Central, que protege e dá sustentação a este sistema. (Mais detalhes aqui). 
Aumento de preços, portanto, é uma mera consequência da inflação.  A desvalorização da moeda é a consequência dessa política de inflação.
Os pobres são sempre os mais prejudicados.
Não é culpa da China nem da falta (ou excesso) de chuvas. Tampouco são o tomate ou o chuchu os grandes vilões da inflação. Por meio do Banco Central, somente o governo pode imprimir moeda. A leniência com a perda de poder de compra do real está cada vez pior. O centro da meta da inflação já não é perseguido há alguns anos, e não há perspectiva de atingi-lo rapidamente. O IPCA dos últimos 12 meses está em 6,75%.

2. Bancos Públicos
Fazendo ressurgir os velhos problemas das décadas perdidas, hoje os bancos públicos são responsáveis por mais da metade de todo o estoque de crédito no país. E como a expansão creditícia é essencialmente uma forma de criar moeda, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES são hoje grandes motores da inflação brasileira.
Veja todos os detalhes aqui.

3. Controle de preços
Se controlar os preços funcionasse, o Plano Cruzado teria sido um sucesso.
O preço da energia elétrica é controlado, o preço do petróleo está artificialmente represado, as tarifas de transporte público são determinadas por vontade política, o preço do crédito (taxa de juros) é manipulado etc.
E apesar disso tudo, o IPCA está acima do teto. Alguém acredita que esse índice realmente reflete o aumento do custo de vida da classe trabalhadora?
Controlar preços é receita para o desastre.

4. Maquiagem das contas públicas
Qual o déficit orçamentário do governo? Com ou sem os dividendos do BNDES? Com ou sem os restos a pagar? A dívida líquida desce, mas a dívida bruta só sobe? Qual importa?
Transparência não é o forte deste governo. E as contas públicas estão cada vez menos inteligíveis. Querem esconder os sintomas, mas a doença permanece intocada. O quadro fiscal está cada vez mais preocupante, e maquiar o problema só piora a situação.

5. Estatais
Esse item mereceria uma lista própria, pois a quantidade de estatais sendo usadas para condução da política do governo é infindável.
Seja a Petrobras tabelando preços do petróleo em território nacional, seja a Eletrobras destruindo seu próprio caixa ao reduzir as tarifas de maneira populista, seja o BNDES direcionando crédito subsidiado aos campeões nacionais eleitos pelo governo, o uso político de empresas importantes à economia nacional é temerário.
Já vimos esse filme antes. E nos custou muito caro. Os prejuízos começam a avolumar-se. Em algum momento a conta irá chegar e, como sempre, quem paga são os mais pobres, com juros e correção monetária.

6. Falta de Investimentos
Uma economia só cresce de forma sustentável com aumento de produtividade. E para isso é preciso poupança e investimentos, duas varáveis que despencaram no governo Dilma.
Especialmente no setor privado, falta confiança e regras claras para poder investir. O enorme programa de concessões está sendo um fracasso. As excelentes oportunidades na área de infraestrutura permanecem sem serem aproveitadas. E não é por falta de apetite dos investidores (domésticos e internacionais).
Com infraestrutura precária, o custo Brasil inviabiliza diversos investimentos.

7. Hiperatividade e microgerenciamento da economia
Alguém se lembra quantos pacotes de estímulos foram lançados pelo Ministro Mantega nos últimos anos?  Nada menos do que trinta!
Reduz imposto daqui, sobe acolá, concede subsídios ao setor agrícola, remove isenções do setor XPTO, altera alíquota do IPI temporariamente de forma permanente, estimula a linha branca, desestimula a linha preta, determina a taxa de retorno dos investidores das concessões de infraestrutura, aumenta as tarifas de importação para "estimular" a indústria nacional etc.
É pacote demais e arbitrariedade demais. Como diz o velho ditado: muito ajuda quem não atrapalha. Neste ponto, menos é mais.

8. Crescimento econômico, incerteza e desconfiança
Todos esses pontos geram o pior sentimento possível na economia: a insegurança.
A incerteza sobre o que o governo fará amanhã paralisa os empresários. A incerteza sobre novas políticas gera desconfiança nos investidores internacionais.
A economia patina e os trabalhadores começam a sentir insegurança com relação a sua própria estabilidade de emprego e, consequentemente, adiam compras mais relevantes.
Nesse cenário, crescimento econômico é milagre.

9. Errar é humano, botar a culpa nos outros mais ainda
Aos olhos da equipe econômica, se há alguma patologia na economia brasileira, a culpa é externa.
Ora é a crise financeira, ora é o desaquecimento chinês, ora é a safra agrícola mundial, ora é a política do Federal Reserve, ora são os preços das commodities etc.
Já é passada a hora de olhar para o próprio umbigo.

10. Equipe econômica
Dilma acha que entende de economia, Alexandre Tombini obedece, Guido Mantega é keynesiano e Arno Augustin é marxista.  Deste pecado, decorrem todos os outros.
Adicione uma boa dose de corrupção e uma grande pitada de burocracia e os males da política econômica do governo se tornam ainda piores.
É preciso mudar.  Mudar já.  Mas quem está no comando não concorda com esse diagnóstico.  Desconhecem ou ignoram a doença.  Quem está no comando não quer mudar a fórmula, apenas alterar a dose.  Remédio errado e na dose errada.
No curto prazo, para tentar curar o paciente, só nos resta tentar mudar quem está no comando.

22 de outubro de 2014
Fernando Ulrich é mestre em Economia da Escola Austríaca, com experiência mundial na indústria de elevadores e nos mercados financeiro e imobiliário brasileiros. É conselheiro do Instituto Mises Brasil, estudioso de teoria monetária, entusiasta de moedas digitais, e mantém um blog no portal InfoMoney chamado "Moeda na era digital". Também é autor do livro "Bitcoin - a moeda na era digital".
Publicado no site do Instituto Ludwig von Mises Brasil - http://mises.org.br