"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 26 de março de 2015

O SOFISMA DA "NOVA MORALIDADE"


"Quando se combate a corrupção com firmeza, um efeito imediato é tirar do desconhecimento atos de corrupção que até então eram praticados. A impressão que fica é a de que todas essas ações aumentaram a corrupção, quando na verdade são medidas e instrumentos adotados para combatê-la." Esse primor de sofisma é obra do titular da Secretaria Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, que foi o responsável pela montagem do balaio de propostas requentadas que compuseram o pacote de medidas de combate à corrupção anunciado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff com o objetivo de construir "uma nova moralidade pública".


É muito bom que a presidente da República se revele, finalmente, disposta a colocar a tranca depois de seu partido ter trabalhado com afinco por mais de uma década para arrombar a porta da moralidade pública. Mas seria melhor ainda se ela não instruísse seus porta-vozes a fazer pouco do discernimento dos brasileiros com a capciosa versão de que mais importante do que a corrupção, que nem seria tão grande assim, é a determinação do governo de combatê-la.

Ora, não se combate o que não existe. E o que existe é um escandaloso esquema de corrupção que, pelo menos ao longo de uma década, sangrou a maior estatal brasileira com o óbvio apoio dos governos petistas, já que se tratava de arrecadar recursos para o plano de se perpetuar no poder. E com a agravante de que esse foi o segundo grande assalto ao dinheiro do povo com o mesmo objetivo. O primeiro, o malfadado mensalão, botou na cadeia a quadrilha de dirigentes petistas levados a julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E isso sob protestos do PT, para quem seus líderes estavam apenas cumprindo uma missão patriótica.

Agora, Dilma pretende se vangloriar do fato de os governos petistas terem, como reafirmou Beto Vasconcelos, reconhecido a autonomia do Ministério Público Federal, fortalecido a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, além de terem apoiado a aprovação pelo Congresso Nacional da Lei da Ficha Limpa, o aperfeiçoamento das leis sobre lavagem de dinheiro e organizações criminosas, bem como a Lei Anticorrupção. É verdade. Todas essas medidas atenderam à exigência de cumprir a promessa de moralizar a vida pública que fora bandeira do PT nos mais de 20 anos em que fez oposição "a tudo o que está aí". Mas, ao mesmo tempo que publicamente adotava com alarde medidas moralizadoras, nas sombras, membros proeminentes dos governos petistas cometiam e reincidiam no assalto aos cofres públicos.

Para Dilma e seus companheiros esses fatos não têm grande importância, como tampouco importam as manifestações públicas contra a corrupção no governo e a favor do afastamento da presidente. Protestos de centenas de milhares de brasileiros nas ruas, como ocorreu em 15 de março - como explica Beto Vasconcelos -, são apenas o preço que a presidente paga pela coragem de permitir o combate rigoroso à corrupção. Ora, não figura entre os poderes da presidente da República permitir ou deixar de permitir que a Polícia Federal e o Ministério Público cumpram seus deveres.

Enquanto Dilma paga resignadamente seu tributo à moralidade pública, mais uma leva de dirigentes do partido enfrenta os tribunais, entre eles o tesoureiro nacional da legenda. A situação de Vaccari Neto é sintomática do impasse em que a Operação Lava Jato colocou o PT. O tesoureiro exerce uma função essencial para o funcionamento do partido, porque dele depende a arrecadação de recursos junto a doadores. Isso significa que passaram por ele todas as doações das empreiteiras envolvidas na Lava Jato. Apesar de declaradas legalmente à Justiça eleitoral ao entrar nos cofres do partido, essas doações têm origem ilegal, no esquema de propinas, de acordo com as investigações da força-tarefa e das delações premiadas de diretores e funcionários da Petrobrás.

Desde que o nome do tesoureiro apareceu nas investigações, a direção do PT tem repudiado as acusações e garantido que Vaccari só será afastado de suas funções e da legenda se for condenado pela Justiça. Embora muitas lideranças petistas considerem o afastamento preventivo do tesoureiro uma medida de cautela para preservar a imagem do PT, Vaccari se mantém irredutível, forçando o partido a apoiá-lo. Deve ter bons argumentos.


26 de março de 2015
O Estado de S.Paulo

BONDADE COM O DINHEIRO ALHEIO


Depois de furado o esquema gigantesco da Petrobrás, era apenas questão de tempo para começarem a estourar os tumores de outras estatais. Era cutucar e aparecer. O Estado chegou antes e temos aí os Correios, para confirmar a expectativa. Não foi o primeiro, certamente não será o último.
Fala sério: investir em títulos da Venezuela?! Isso não pode ser verdade. Mais do que uma aplicação de altíssimo risco, com o governo Nicolás Maduro desabando, é também uma operação suspeita e confirma o que todo brasileiro sabe, ou tinha obrigação de saber, a esta altura do campeonato: o modus operandi da era PT.

Além da má administração, impera a confusão entre Estado e governo e entre governo e partido. Dá nessas coisas. A maior empresa do País foi fatiada e dilapidada em mais de R$ 1 bilhão, a querida e popular instituição dos Correios foi chamada a financiar ditaduras destrambelhadas, o programa Mais Médicos foi maquiado para disfarçar uma mãozinha milionária para os "cumpanheiro" cubanos.

A Operação Lava Jato expôs dirigentes partidários, parlamentares, ex-ministros, diretores, doleiros e executivos das grandes empreiteiras - com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no meio do furacão. E todos eles expuseram o Brasil à vergonha internacional e a processos judiciais preocupantes nos Estados Unidos. Sabe-se lá quanto tempo a Petrobrás levará para se recuperar financeiramente. Pior: quanto tempo levará para resgatar a credibilidade e a autoestima.

E os Correios gastaram a seu bel prazer, principalmente no ano eleitoral de 2014, e serão julgados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por ações irregulares pró-Dilma durante a campanha à reeleição. Agora, com um rombo de bilhões de reais, o que fazem seus chefões? Mandam a conta para os funcionários.

Conforme a reportagem do Estado, o Postalis, fundo de pensão dos Correios, espetou um extra de 26% sobre os ganhos de empregados, aposentados e pensionistas para cobrir um rombo que foi criado pela incompetência, pelo partidarismo e pela ideologia. Como Robin Hood ao contrário, os Correios tiram dos trabalhadores para dar aos patrões e candidatos.

E a história de Cuba? O Mais Médicos faz sentido, porque há municípios sem nenhum atendimento. E trazer generalistas cubanos também faz sentido, porque eles são especialistas em prevenção básica justamente em áreas carentes e não atendidas. Mas uma gravação obtida pela TV Bandeirantes mostra que o objetivo real não era nem uma coisa nem outra. Era despejar um bom dinheiro no regime dos irmãos Castro. Os médicos de outras nacionalidades só serviram para dourar a pílula.

Como resultado, temos que o Ministério da Saúde financia Cuba, os Correios dão uma forcinha ora para a Venezuela, ora para a campanha de reeleição da presidente, e a Petrobrás financia PT, PP e PMDB antes, durante e depois de eleições, para eternizar um projeto de poder.

Tem muita investigação, muito inquérito, muitos réus, muita gente presa, mas, no frigir dos ovos, adivinha quem paga essa conta? Você!

Juiz. A Polícia Federal não tem dúvida de que o juiz Flávio Roberto de Souza está armando tudo para se passar por maluco e sair dessa afastado das funções, mas com uma gorda aposentadoria vitalícia e com uma bolada extra no bolso (ou em paraísos fiscais).

Nada faz sentido: chegar no Porsche de Eike Batista em pleno fórum? Já com os fotógrafos a postos? Levar piano para a casa do vizinho? Depois de tudo isso falar em budismo, carma e "repousar a mente"? Isso não é coisa de louco, é coisa de gente muito viva.

26 de março de 2015
Eliane Cantanhede

O BRASIL ENFERMO, FRAGILIZADO E CORROÍDO



O Brasil está enfermo: fragilizado, corroído pela ganância, pela ignorância, pela corrupção que grassa em grande parte de seus entes públicos. Na semana passada, assistimos a mais um episódio dessa peça bufa, a “comédia da política brasileira”, protagonizada pelo então ministro da educação, ex-governador do Ceará e irmão de outro ex-governador e ex-ministro de Estado, e até candidato à Presidência da República, que chegou ao citado ministério por essas e outras qualificações.
Esses irmãos, caciques nas terras de Iracema, têm gênio difícil e “estopim curto”, tão curto que beira a ignorância. Em mais um de seus arroubos emocionais, e sem motivos aparentes, o então ministro disse publicamente que na Câmara Federal existem uns 300 ou 400 picaretas e corruptos, possivelmente imitando o demagogo ex-Luiz, que fez essa acusação e ficou impune, certamente por não ter sido levado a sério. A “marvada” que acusa é a mesma que perdoa…
E a Câmara Federal caiu na arapuca: tomada de brios, convocou o destemperado ministro, sumido no meio de outros tantos come-dormes da República, para se explicar de tamanha ofensa, mesmo não tendo sido ele o primeiro a cometê-la (o ex-Luiz, até agora, permanece intocável)… Foi assim que armaram o palanque para o show do mal-educado ministro ficar famoso como o novel Lampião. O “el cid” do Nordeste foi lá e, na “ensancha opurtunosa”, não só sustentou o que havia dito, como mandou que os outros vira-latas e infiéis largassem os ossos que lambiam…
Chamado às falas pelo presidente da Casa, que o advertiu sobre o decoro ferido e avisou que iria exigir do Executivo sua demissão, gritou alto: “Não carece de pedido, eu mesmo me demito”.
EL CID
O cara é mesmo como o Cid, herói de Burgos, na Espanha. Isso é a política do Brasil atual, que nos meus quase 30 anos de mandatos e vivência parlamentar não conheci. O cabra, de viva voz e corpo presente, aos gritos, “borra” no Congresso Nacional e fica tudo por isso mesmo, quer dizer… borrado. Ah… Brasil, meu Brasil brasileiro, mulato inzoneiro, quem te viu e quem te vê…
Pior é que não vislumbro saída para essa situação em que nos encontramos. E nessa situação sinto saudade de outros cearenses: José de Alencar, Rachel de Queiroz, Dr. Costa, meu querido pai, Marechal Castelo Branco, Patativa do Assaré, Chico Anísio e tantos outros.
MIXARIA DO MENSALÃO
O prejuízo da Petrobras é maior que o orçamento de Minas Gerais neste ano da graça de 2015: mais de R$ 80 bilhões. E nós, que nos assustamos com a “mixaria” do mensalão, cujos protagonistas estão livres e aposentados nas costas do povo. E ricos…
Precisamos nos preparar, pois depois do “petrolão”, que está apenas começando, virão as CPIs dos Fundos de pensão (Petros, Previ, etc.) e a que deve ser a pá de cal em nossos destinos: a CPI do BNDES, cujos atores serão quase os mesmos do “petrolão”, mais uns lobistas conhecidos. Conhecidos até demais, sabe?
Se o mundo não acabar, quem viver verá.

26 de março de 2015
Sylo Costa

ABUSADORES DAS MENTES JUVENIS



Que está em marcha uma estratégia para utilizar a rede de ensino com o objetivo de fazer a cabeça da juventude, ideológica e partidariamente, é fato evidente e sabido. Seria necessária muita alienação para ignorar o que se passa nas salas de aula do país e sobre o perfil dos profissionais que, há décadas, com Paulo Freire debaixo do braço, comandam a Educação dos desafortunados e abusados estudantes brasileiros.
Que a sociedade seja pluralista, é uma coisa. Outra, bem diferente é, em nome do pluralismo, chamarem libertadora uma educação que abusa da infância e da adolescência. E o faz para instilar, com mais afinco do que em relação a qualquer outra coisa, conceitos e valores não desejados famílias e contraditórios com sua orientação espiritual e filosófica.
Se você pensa que isso ocorre apenas na rede pública de ensino, está enganado. A utilização ideológica da sala de aula, as “explicações” marxistas para quaisquer fatos históricos, sociais, ou econômicos, vêm acontecendo com absurda tolerância também na rede particular de ensino. Os processos de infiltração seguem à risca os ensinamentos de Gramsci. E assim, em nome da liberdade de cátedra, inúmeros professores (quando não, estabelecimentos inteiros) dedicam-se a esse insidioso processo de doutrinação.
MANIPULAÇÃO
Quando você, pai, mãe, matricula seu filho d numa determinada escola particular, o faz tendo em conta a orientação filosófica ou religiosa que ela segue. Se você for católico, evangélico ou israelita, provavelmente optará por um estabelecimento de igual confissão religiosa. Sua criança, nessa idade, não tem, por exemplo, um miligrama de marxismo no cérebro. É bem provável que já ame o Brasil, creia em Deus, no valor da solidariedade, na dignidade da pessoa humana. Você o ensinou a respeitar a propriedade alheia. Você exerce o direito de ter seu filho educado em fidelidade à fé, princípios e valores que você adota e segue.
O ato de levar uma criança a um estabelecimento particular de ensino não implica uma irrestrita concessão. Tais colégios estão autorizados a educar seus filhos, mas não o estão para manipulá-los, influenciá-los politicamente, ou para lhes fazer a cabeça com idéias que você não quer ver lá dentro. E se eles aparecerem em casa com conceitos exóticos ou marxistas, as escolas podem e devem ser processadas com base no Código de Defesa do Consumidor.
EM ESCOLAS PÚBLICAS?
É preciso pôr um freio nesse tipo de estupro mental que só poderia acontecer com autorização expressa dos pais, e somente em escolas particulares que informassem seus objetivos com total clareza. Jamais em educandários públicos! Que os educandários privados formem para a revolução social os filhos dos pais que o desejarem. Tenham coragem! Deixem de lado a dissimulação. Anunciem o que disponibilizam. Mudem o nome de seus estabelecimentos. Passem a se chamar Colégio Che Guevara, Faculdade Karl Marx, Escolas Reunidas Mao-Tse-Tung, Curso Técnico Luiz Carlos Prestes. E deixem de usar, para fins impróprios, nomes de santos e de pontífices.

26 de março de 2015
Percival Puggina

MEU NOME É TRAUMANN.. EU SOU UM ROBÔ... EU CAI!

Thomas Traumann em evento oficial do governo, no ano passado

(Estadão) A presidente Dilma Rousseff aceitou nesta quarta-feira, 25, o pedido de demissão do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, informou em nota a Presidência da República. Sua saída já era esperada e ocorre uma semana após o Estado revelar com exclusividade um documento interno do Planalto no qual critica várias posturas do governo federal na área da Comunicação, considerada "errática" no documento, e avalia que o governo vive um momento de  "caos político". Após o episódio, o ministro saiu de férias por seis dias e retornou ao trabalho nessa segunda-feira, 23.

De acordo com a nota, Dilma "agradeceu a competência, dedicação e lealdade de Traumann no período como ministro e porta-voz". A Presidência da República não informou o sucessor de Traumann na Secom - por enquanto, a pasta será comandada pelo secretário-executivo Roberto Messias. 

O documento revelado pelo Estado afirma que os apoiadores da presidente estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais e aponta como saída para reverter o quadro pós-manifestações de 15 de março o investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad, onde se concentra, atualmente, a maior rejeição ao PT. 

Nesta terça-feira, 24, integrantes da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado aprovaram requerimento convidando Traumann para prestar esclarecimentos sobre o documento elaborado pela pasta, que também fala em "caos político". O jornalista havia assumido o comando da Secom em 3 fevereiro de 2014, no lugar de Helena Chagas. 

Substituição. As primeiras informações eram de que Traumann iria para o cargo de gerente de comunicação institucional da Petrobras, no lugar do sindicalista Wilson Santarosa, demitido na semana passada. No entanto, o vazamento do documento da Secom irritou profundamente a presidente Dilma Rousseff. Segundo o Broadcast Político apurou, o ministro não deve mais ser designado para esse cargo.  

O governo segue buscando nomes para assumir a Secom.   Além do novo titular da Secom, Dilma deve definir o sucessor de Cid Gomes no Ministério da Educação (MEC), que vem sendo chefiado interinamente pelo ex-secretário-executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa.

26 de março de 2015
in coroneLeaks

NOVA CRISE

CUNHA ACUSA DILMA DE TENTAR ENFRAQUECER O PMDB


Os vetos da presidenta Dilma Rousseff aos parágrafos 4º e 5º do Projeto de Lei 23/2015, que trata da criação e fusão de partidos, foram criticados pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). De acordo com o deputado, os vetos determinam o fim da janela de 30 dias para mudança de partido sem punição de perda de mandato, como constava da proposta aprovada pelo Congresso. Segundo ele, também enfraquece a exigência de cinco anos de registro do partido para que ele possa se fundir com outro.
“Vamos trabalhar para derrubar os vetos. Isto mostra, mais uma vez, que o governo estava empenhado na criação do PL, partido registrado no Tribunal Superior Eleitoral na segunda-feira (23)”, disse Eduardo Cunha. O presidente da Câmara adiantou que o PMDB vai entrar na justiça e questionar. Para Cunha, entrar com pedido de registro na véspera da sanção da lei e demorar tanto para sancioná-la “é mais um indício que o governo estava trabalhando para criar o partido”.
MANANCIAL DE BRIGA
O presidente da Câmara informou que não iria usar a palavra “golpe, porque não se trata de golpe”. “Acho que o protocolo na véspera [da sanção da lei] certamente não incluiu as assinaturas necessárias. Ele [ministro Gilberto Kassab] encaminhou para cair em exigência e ganhar tempo para cumpri-la com a regra anterior. Vamos questionar ponto a ponto. Não podemos discutir uma reforma política com seriedade e deixar que partidos sejam criados desta maneira. É preciso que a gente ponha um fim a isto”, criticou Eduardo Cunha.
Eduardo Cunha acrescentou que dispõe de “um manancial de briga jurídica”. Ele duvida que algum parlamentar que pretenda disputar as eleições do ano que vem se filie à nova legenda enquanto não tiver uma definição.
Para o presidente da Câmara, o processo de enfraquecimento do PMDB já foi fartamente denunciado pelos peemedebistas. “Vamos combater esse processo de todas as formas. Na justiça, na política, derrubando veto. Enfim, de todas as maneiras”, concluiu.

26 de março de 2015
Iolando Lourenço
Agência Brasil

A SOMBRA DA DESOBEDIÊNCIA CIVIL




Dilma não tolera Renan, e vice-versa
As sucessivas derrotas do governo nas iniciativas e votações na Câmara e no Senado traduzem-se no entrevero entre Eduardo Cunha e Renan Calheiros, de um lado, e Dilma Rousseff, de outro. Parece briga de dona Mariquinhas e do Maricota na disputa sobre qual das duas dispõe de goiabeiras mais carregadas em seus quintais. A saída, para o governo, seria esperar que o Supremo Tribunal Federal denunciasse os presidentes da Câmara e do Senado como envolvidos no escândalo da Petrobras, mas esse procedimento, se concretizado, levará meses. A pergunta que se faz é se a presidente Dilma aguentará tanto tempo. Não que possa prosperar a tese do impeachment, muito menos a esperança de que Madame poderá renunciar. As duas hipóteses não são consideradas.
Por isso o impasse só se resolverá por uma trégua. Mesmo que a presidente mande hastear uma bandeira branca no mastro do palácio do Planalto, os presidentes da Câmara e do Senado imporão condições para a paz, já que vem ganhando a guerra. A primeira seria maior e permanente participação do PMDB nas políticas públicas e nas decisões de governo. A outra, que alargassem seus espaços de poder na Esplanada dos Ministérios.
De início o Lula sustentou que a sucessora se aproximasse mais do PMDB e de seus caciques. Agora parece que mudou. Para ele, a presidente não perdeu a capacidade de ferir, mesmo ferida. Para celebrar um armistício, a parte mais fraca precisa demonstrar força. Sendo assim, caso aprovada a proposta de Renan, de limitação máxima de 20 ministérios, o PMDB deveria ser o mais prejudicado. Afinal, Dilma ainda detém a caneta e o Diário Oficial.
DESGASTE DUPLO
O que mais preocupa Executivo e Legislativo é o desgaste de ambos frente à opinião pública. Equivalem-se os índices de desaprovação desses dois poderes. Se Dilma é vaiada onde comparece, apesar da blindagem, deputados e senadores já não usam mais os broches de lapela, identificadores de suas condições. A sombra da desobediência civil ainda não cobre a Praça dos Três Poderes, mas quem perscrutar o horizonte sentirá seus sinais. O governo aumenta impostos, deixa os preços subirem e nada faz para conter o desemprego. O Congresso atenua e coíbe algumas maldades, mas nenhuma solução apresenta para corrigir os estragos. Por tudo isso, farão o quê, caso algum aventureiro propague a ideia de ninguém pagar Imposto de Renda?

26 de março de 2015
Carlos Chagas

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 25/03

26 de março de 2015

UM GRANDE PAÍS NÃO MERECE "UM GOVERNO DE MERDA"



A impressão que se tem, diante das estatísticas e das previsões, é de que o Brasil vai demorar a sair dessa situação a que foi conduzido pela irresponsabilidade dos governos da coudelaria Lula Rousseff. 

Esta semana, o próprio presidente do PT, Rui Falcão, em discurso perante cerca de 150 petistas, não teve dúvidas em afirmar que é “um governo de merda”, ratificando o que praticamente todos os brasileiros sentem.
Realmente, para conseguir desestabilizar um país com as condições do Brasil, é preciso ser um governo muito ordinário, no mau sentido. Quinto maior em território, sexto em população, sétimo em economia, possuindo riquíssimas reservas minerais, as mais extensas terras agricultáveis do planeta e condições ideais de luminosidade, a maior reserva de água potável, com amplas possibilidades de geração de energia limpa e irrigação, uma indústria muito diversificada e capaz de gerar tecnologia, realmente pode-se dizer que não há outra nação com o mesmo potencial.
O que faz a diferença, sem a menor dúvida, é que existem hoje muitos países com administrações bem mais eficientes, com governos interessados no bem comum, ou seja, o contrário do que ocorre no Brasil.
UM VELHO DITADO
No século passado, havia um velho ditado que ridicularizava a incompetência dos governantes brasileiros: “O Brasil cresce à noite, quando os políticos estão dormindo e não conseguem atrapalhar”. Este é o ponto. O potencial do país é tamanho que o governo nem precisa administrar direito, basta não criar obstáculos. Mas nem mesmo isso conseguimos.
Os artigos do geólogo Pedro Jacobi sobre a crise da mineração, publicados nos últimos dias aqui na Tribuna da Internet, mostram a que ponto chegamos. 
O então ministro Edison Lobão, ao gerir o estratégico setor, atrapalhou tanto a iniciativa privada que praticamente inviabilizou todos os segmentos (pesquisa, sondagem, laboratório e lavra), sem os quais a mineração não prospera.
Os sucessivos desgovernos conseguiram também atrapalhar a indústria, com uma política suicida de valorização artificial do real, acompanhada de uma exagerada abertura às importações, provocando o fechamento de fábricas e a redução de postos de trabalho da mão de obra especializada. Uma estratégia verdadeiramente suicida.
O PIOR É A CORRUPÇÃO
A corrupção na Petrobras, nas outras estatais, nos Fundos de Pensão, no BNDES, no chamado Sistema S e nos ministérios, compondo o sinistro esquema criado para perpetuar no poder a grife Lula Rousseff, é um filme de terror que mais parece um nunca-acabar e arrasa o prestígio do país no exterior.
Em meio a esse quadro de queda dos investimentos, o governo do PT se esmera num setor em que se mostrou imbatível – a maquiagem dos números da economia e as consequentes pedaladas de final de ano, postergando o pagamento de despesas correntes, iniciativa que desmoraliza inteiramente a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Do alto de sua arrogância e prepotência, a inexperiente e patética Sra. Dilma Vana Rousseff conseguiu o que na História do Brasil nenhum outro governante (ou governanta, no caso) jamais alcançou, nem mesmo nos tempos da macroinflação. Ela simplesmente nos atrapalhou tanto que parou o país e enfraqueceu o bem mais precioso de uma nação – a esperança.
Em meio ao caos administrativo, dona Dilma continua lá na Ilha da Fantasia, sentada à mesa presidencial e se comportando como se estivesse num salão de cabeleireiros. 
Finge que governa, enquanto nós fingimos que somos governados. Deveria mudar de ramo. Seria uma grande atriz para novelas da TV, teatro e cinema. Afinal, ninguém consegue fazer caras e bocas como ela. 
Com toda certeza, ganharia pelo menos o Oscar de coadjuvante.

26 de março de 2015
Carlos Newton

CADA VEZ MENOS BRASILEIROS CONFIAM NA DILMA

O ICC da FGV desaba pelo medo da inflação, da economia e do futuro.


(Valor) O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu em março pelo terceiro mês consecutivo, atingindo novo recorde negativo na série iniciada em setembro de 2005 e ficando também abaixo do nível registrado durante a crise financeira internacional de 2008-2009. O indicador recuou 2,9% ante fevereiro, de 85,4 para 82,9 pontos. Na comparação com março do ano passado, a queda foi de 22,7%. 
Os brasileiros estão preocupados tanto com a situação presente quanto com o futuro. “Aos fatores econômicos, como inflação e mercado de trabalho, soma-se a preocupação com a turbulência do ambiente político e com os riscos de abastecimento de água e energia”, afirmou, em nota, Aloisio Campelo, superintendente para ciclos econômicos da FGV/Ibre. 

A queda do ICC foi motivada principalmente pela piora das avaliações quanto ao presente. Entre fevereiro e março, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 5,6%, de 82,3 para 77,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,4%, ao passar de 87 para 85,8 pontos. Os dois índices estão nos níveis mínimos históricos. Considerando-se comparações com séries padronizadas, as expectativas estão em pior estado que as percepções sobre a situação atual: o IE está 3,4 desvios padrão abaixo da média histórica e o ISA, 2,9 desvios abaixo da média.

A maior pressão negativa para a queda do ISA veio do indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual, que também registra o menor patamar da série histórica pelo terceiro mês consecutivo. A proporção de consumidores afirmando que a situação da economia está boa caiu de 5,8%, em fevereiro, para 4,5% do total em março, enquanto a parcela dos que a consideram ruim aumentou de 71,6% para 77,6% no mesmo período.

Em relação ao futuro próximo, as expectativas também não são favoráveis. O indicador que mede o otimismo em relação à evolução da situação financeira da família nos seis meses seguintes apresentou recuo de 2,8%, para 114,1 pontos. A proporção de consumidores prevendo melhora da situação financeira caiu de 27,9% em fevereiro para 27% do total em março, enquanto o percentual dos que projetam piora aumentou de 10,5% para 12,9%. A edição de março da pesquisa coletou informações de 2.191 domicílios entre os dias 2 e 21 de março.

26 de março de 2015
in coroneLeaks

A CAMPANHA CRIMINOSA DE DILMA

VEJA AS DENÚNCIAS. DILMA ROUSSEFF É UMA PRESIDENTE ILEGÍTIMA, ELEITA DE MANEIRA CRIMINOSA, E TEM DE SER CASSADA. A JULGAR PELAS DENÚNCIAS SOBRE SUAS CAMPANHAS PRESIDENCIAIS, NÃO HÁ OUTRA CONCLUSÃO POSSÍVEL






1) Os Correios distribuíram ilegalmente 4,8 milhões de panfletos da campanha de 2014 de Dilma, em Minas Gerais e São Paulo. Os carteiros viraram cabos eleitorais do PT, como mostrei aqui na ocasião.


Agora, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira entrou com representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar o episódio: “É inadmissível que uma empresa pública abra exceções às suas normas em benefício de determinado candidato ou de determinada coligação política, em afronta aos princípios da isonomia, que deve reger as eleições, e ao da impessoalidade, que deve reger a administração pública”.

É inadmissível, também, que Dilma não seja cassada por isso.

2) A UTC pagou 30 milhões de reais desviados da Petrobras para a campanha de Dilma e o PT em 2014, segundo Ricardo Pessoa (em recado pela VEJA). O presidente do BNDES (mantido no cargo), Luciano Coutinho, avisou Pessoa que o tesoureiro de Dilma, Edinho Silva, o procuraria para pedir dinheiro e Pessoa confirma que deu mais 3,5 milhões de reais à campanha presidencial petista após ser procurado por Edinho.

Nos últimos dias, segundo a coluna Radar, a negociação de um acordo de delação premiada de Ricardo Pessoa avançou muito, para o bem do Brasil.

3) Dilma foi eleita em 2010 com o dinheiro da propina vinda do PT, a partir do esquema de corrupção na Petrobras.

a) Na véspera da eleição, o operador de propinas da SBM, Júlio Faerman, deu 300 mil dólares à campanha de Dilma, segundo o ex-gerente Pedro Barusco. Um documento divulgado pela Folha confirma a autorização da SBM para um repasse de 311,5 mil dólares de uma subsidiária da empresa nas Ilhas Virgens para uma empresa de fachada de Faerman, justamente na véspera da eleição de 2010.

b) O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, admitiu o pagamento de uma propina de 10 milhões de reais para as campanhas do PT, inclusive a de Dilma, a pedido do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. (ver item 1: aqui).

c) O ex-diretor Paulo Roberto Costa contou que foi procurado pelo doleiro Alberto Youssef em 2010 e que Youssef disse ter recebido do ex-ministro Antonio Palocci (PT) o pedido de 2 milhões de reais provenientes do esquema do petrolão para a campanha de Dilma.

O POVO SABE:

De acordo com a pesquisa CNT/MDA divulgada na segunda-feira (23), 68,9% dos entrevistados consideram que Dilma é culpada pelo esquema de desvio de recursos na Petrobras e 60% querem o seu impeachment.

O PSDB, no momento, está contra 60% do povo brasileiro.


http://veja.abril.com.br/…/a-campanha-criminosa-de-dilma-v…/



27 de julho de 2015
in GRAÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS

POBRE PT! TODO MUNDO O PERSEGUE



O PT é mesmo um pobre partido, só que não. Seus operadores roubaram centenas de milhões da Petrobras. No entanto, seu presidente, Rui Falcão, está acusando a Justiça (TSE) por ter cassado o mandato de um petista criminoso, em Santa Catarina, que violou claramente a legislação eleitoral. Antes já culpou o STF no Mensalão e a Procuradoria Geral da República quando esta denunciou João Vaccari Neto, aquele tesoureiro que transformava propina em doação oficial. Isso, claro, sem falar nas constantes acusações contra a "mídia hegemônica", " mídia golpista", "monopólio da mídia" e blá blá bla. Nem mais os militontos do PT aceitam este vitimismo. Até porque as vítimas do PT somos nós, os brasileiros que pagam impostos e estão sendo roubados escancaradamente em nome de um projeto de poder.

26 de março de 2015
in coroneLeaks

AO PEDIR AÇÃO DE MINISTROS, DILMA MOSTRA DIFICULDADE DO AJUSTE



É exatamente isso: ao pedir o engajamento de ministros numa mobilização junto ao Congresso Nacional para aprovar os projetos de ajuste fiscal elaborados pelo ministro Joaquim Levy, a presidente Dilma Rousseff reconheceu tacitamente a dificuldade de sua aprovação pelos deputados e senadores. Não pode haver outra interpretação para o que revelou reportagem de Natuza Nery, Valdo Cruz, Mariana Haubert e João Magalhães, publicada na edição de terça-feira da Folha de São Paulo. Claro.
Além disso, o que, no caso, significa a palavra engajamento? Representa, na verdade, um instrumento de pressão e persuasão. Jogo de influências. Logo, a presidente da República revela publicamente que a questão é difícil. Que há sérios obstáculos e que, para transpô-los necessita de uma ajuda em bloco fora dos eixos da consciência, deslocando o dilema para o terreno sinuoso das influências, através da máquina do poder. Ocorre que, não só as engrenagens estão enguiçadas, como igualmente enguiçadas estão as razões embutidas no ajuste das contas governamentais. O projeto Joaquim Levy está fracassando visivelmente.
Assim não fosse, os índices de popularidade do governo e da presidente não seriam tão baixos como estão. Além do revelado pela pesquisa do Datafolha, agora surge levantamento da MDA, encomendado pela Confederação Nacional dos Transportes, presidida pelo ex-senador Clésio Andrade, confirmando a direção dos ventos soprados pela opinião pública.
NELSON BARBOSA ESCALADO
Enquanto isso, o ministro Nelson Barbosa foi escalado pelo Planalto para, no lugar de Joaquim Levy, articular-se com as lideranças parlamentares. Pois é possível que Dilma Rousseff o considere politicamente mais capaz do que o ministro da Fazenda. O que não é difícil reconhecer, dada a inabilidade/incapacidade de Joaquim Levy, comprovada em episódios anteriores, como, por exemplo, quando admitiu uma recessão para os primeiros meses deste ano. Depois veio o caso das críticas feitas a medidas tomadas pela presidente Dilma ao longo do primeiro ciclo de seu governo, entre elas as desonerações. Guido Mantega ainda estava à frente da Fazenda no período em foco. Foi o tom coloquial o culpado.
Mas Nelson Barbosa também protagonizou as cenas principais da série sobre o novo salário mínimo, cujas regras não foram inicialmente estabelecidas até agora, embora esteja em vigor a lei sobre a matéria. Este ponto, inclusive, pretendo focalizar num próximo artigo.
AJUSTE FISCAL
Mas retornando ao ajuste fiscal, a dificuldade da aprovação encontra-se no próprio conteúdo social das propostas. Pois, vale frisar, se assim não fosse, não haveria razão para Dilma recorrer a uma equipe ministerial para representá-la nas conversações. Ela mesma teria assumido a tarefa, a qual, aliás, politicamente lhe compete, não a um grupo selecionado de ministros. No qual, aliás, não se encontra mais Aloizio Mercadante, comprovando-se assim seu enfraquecimento no primeiro escalão do Poder Executivo. Mas esta é outra questão.
O tema principal, no momento, desdobra-se entre a impopularidade da presidente, de um lado, e a dificuldade dos projetos econômicos, de outro. Uma dualidade convergente, sem dúvida. Mas existe outra, esta uma divergência que coloca a posição do próprio PT, num campo de visão, e a visão da equipe econômica no lado oposto.
Essas contradições são obstáculos difíceis de conciliar e superar.

26 de março de 2015
Pedro do Coutto

CPI DO HSBC COMEÇA HOJE A CONVOCAR OS ENVOLVIDOS



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC no Senado reúne-se esta quinta-feira para discutir seu plano de trabalho e aprovar a pauta dos primeiros depoentes. Os senadores Paulo Rocha (PT-PA) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foram eleitos, respectivamente, presidente e vice-presidente da CPI, na primeira reunião, terça-feira. O relator da comissão é o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Com 11 membros e prazo de 180 dias para concluir os trabalhos, a comissão tem o objetivo de investigar quantos correntistas brasileiros do banco, entre os mais de 8 mil, cometeram crime de evasão fiscal.
“Mais do que ser uma caça às bruxas, ela [a CPI] deve, primeiramente, identificar qual são as falhas do sistema tributário brasileiro, que possibilita uma provável evasão fiscal desse tamanho”, disse Randolfe.
O senador, que também é autor do pedido de criação da CPI, adiantou que vai protocolar vários requerimentos para ouvir autoridades da Receita Federal e do Ministério Público, além de jornalistas.
SONEGAÇÃO E CRIMES
Para o relator, Ricardo Ferraço, além da sonegação de impostos, são várias as possibilidades de crimes associados aos depósitos milionários de brasileiros em contas numeradas na Suíça, que somam aproximadamente US$ 7 bilhões, segundo as primeiras estimativas do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.
“A lavagem de dinheiro pode estar ligada a episódios de corrupção, como os apurados na Operação Lavo Jato, da Polícia Federal, envolvendo contratos com a Petrobras. Essa é uma das hipóteses. Isso já mostra a importância do trabalho desta comissão parlamentar de inquérito, em parceria necessária, evidentemente, com a Receita Federal, o Ministério da Fazenda, oMinistério Público Federal, a Polícia Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras e, eventualmente, até com alguns organismos internacionais, que poderão nos ajudar na elucidação desses fatos”, destacou Ferraço.
EQUILÍBRIO
O presidente da CPI, Paulo Rocha, disse que vai presidir a comissão com equilíbrio e responsabilidade. O senador foi um dos investigados pela Ação Penal 470, o processo do mensalão, quando era deputado federal. Acusado de lavagem de dinheiro, ele foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Por isso, Rocha disse que terá muito cuidado na condução dos trabalhos.
“É um processo para a classe política muito tentador, mas tem consequências graves para as pessoas envolvidas. Digo isso porque, desde 2005, vivi e senti isso na pele. Passei por um processo de investigação e de julgamento muito forte, que teve consequência na minha carreira política e na minha vida pessoal, dada essa coisa do julgamento espetacular, sem direito de ampla defesa de cada um”, disse o presidente da CPI.

26 de março de 2015
Karine Melo
Agência Brasil