"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

CELSO DE MELLO: A EXCRESCÊNCIA JURÍDICA DO PT FANTASIADO DE JUIZ


Celso de Mello opera para o PT sempre que o prêmio é milionário e a existência do partido está em jogo. Como sói acontecer na selva, esse adEvogado de porta de cadeia tem fama de grande jurista. 
Ninguém sabe explicar o porquê. No julgamento do mensalão ele pegou carona no esforço de Joaquim Barbosa e fez um discurso fingindo que era sério. 
Muitos o elogiaram. Mas logo depois do discurso ele foi o operador do PT que permitiu o novo julgamento de zédirceu e sua turma. 
A nova palhaçada concedeu liberdade para a canalha petista da papuda. 
Agora Celso de Mello volta a tona tentando destruir a Lava Jato para salvar seus associados do PT. 
É uma vergonha! Em qualquer país sério do universo esse elemento seria chutado da corte suprema, e investigado por sua defesa da organização criminosa, o PT: 
O ministro Celso de Mello autorizou a abertura de outros dois inquéritos, contra Aloizio Mercadante e Aloysio Nunes, consolidando a tese do desmembramento... Celso de Mello também autorizou o envio para a Justiça de São Paulo das investigações sobre José De Fillipi Jr, ex-tesoureiro das campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010), e sobre Valdemar da Costa Neto. Ele encaminhou ainda à Justiça de Minas Gerais a parte relativa ao ex-senador Hélio Costa. O STF acaba de decretar o início do fim da Lava Jato.

ESCÂNDALO DA POLUIÇÃO ENVOLVE 11 MILHÕES DE CARROS DA VOLKS

Adicionar legenda
Ao menos 11 milhões de carros fabricados pela Volkswagen estariam envolvidos no escândalo de violação de normas antipoluição, admitiram nesta terça-feira (22) representantes da companhia alemã.
A Volks tinha confessado no fim de semana ter usado intencionalmente em seus carros a diesel um sofisticado software criado para enganar os controles de emissões de poluentes nos Estados Unidos. O caso fez com que as ações da empresa despencassem nas Bolsas de Valores mundiais e provocassem reações em organismos de controles ambientais de vários países.
As ações da montadora caíram 18,6% no pregão de Frankfurt na segunda-feira (21), em seu pior resultado em sete anos. Na abertura dos mercados nesta terça-feira, os papéis da empresa registravam queda de 20% e eram negociados a 106,80 euros (R$ 476,33).
CORÉIA DO SUL
Além dos EUA, a Coreia do Sul pretende abrir uma investigação sobre os carros da montadora alemã para descobrir se as normas contra emissões de gases poluentes também foram violadas no país.
De acordo com o vice-diretor do Ministério do Meio Ambiente sul-coreano, Park Pan Kyu, entre quatro mil e cinco mil automóveis importados dos EUA desde 2014 serão inspecionados.
“Lamento profundamente ter quebrado a confiança dos clientes”, diz Winterkorn
O escândalo da Volkswagen também será discutido no Parlamento alemão, chamado de Bundestag, na quinta-feira (24). O caso está assustando a economia local, levantando especulações sobre as consequências para a indústria automobilística alemã.
NA EUROPA
“Pelo bem dos consumidores e do meio ambiente, precisamos ter certeza que a indústria respeite escrupulosamente os limites de emissões nos carros”, disse à ANSA a porta-voz europeia para o mercado interno e indústria, Lucia Caudet.
A empresa deverá destinar 6,5 bilhões de euros (R$ 29 bilhões) para cobrir prováveis custos com o escândalo, informaram representantes da montadora à agência Bloomberg. A Volks pode ser multada em quase US$ 20 bilhões (R$ 79,6 bilhões) e ser obrigada a retirar do mercado dos EUA cerca de 500 mil carros vendidos desde 2008.
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NOTA DA REDAÇÃO DO GLOBO – Este escândalo serve para justificar o Dia Internacional Sem Carro, que transcorre hoje. (C.N.)

22 de setembro de 2015
Deu na ANSA

NOVO DELATOR DA LAVA JATO CONFIRMA AS PROPINAS PARA O PT


Na mais nova delação premiada da Operação Lava Jato, o lobista Fernando Moura admitiu ter mantido ligações com o PT (Partido dos Trabalhadores) e disse que o partido recebia propinas ligadas a contratos da Petrobras.
Na colaboração premiada autorizada pela Justiça Federal no Paraná na segunda-feira (21), Moura aponta a atuação decisiva do ex-secretário do PT Silvio Pereira na aprovação da indicação do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, acusado de intermediar o repasse de suborno para a legenda.
O mais novo delator da Lava Jato relatou que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP) recomendou a ele que deixasse o país após o surgimento do escândalo do mensalão, em, 2005, e então ele foi morar em Miami (EUA), onde continuou a receber propinas de fornecedoras da estatal de petróleo.

INDICAÇÃO DE DUQUE
Na delação homologada nesta segunda, Moura deu sua versão sobre a indicação de Duque para a diretoria de Serviços da Petrobras.
Segundo os relatos da delação, a partir da década de 1980 Moura passou a se aproximar de Dirceu ao colaborar nas campanhas do petista.
Moura contou que em 2002, quando o petista Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais, as indicações políticas para os cargos na administração federal deveriam ficar sob a responsabilidade do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do então secretário-geral da legenda, Silvio Pereira.
Porém, Delúbio não aceitou a tarefa, em represália por não ter sido atendido em um pedido feito a Lula para que ocupasse a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de acordo com o delator.
SILVIO PEREIRA
Moura disse que então aproveitou o espaço deixado por Delúbio e conseguiu se aproximar de Silvio Pereira para atuar na indicação de cargos.
O delator disse que a sugestão do nome de Duque partiu do presidente da empreiteira Etesco, Licínio de Oliveira Machado Filho. Mora disse que levou o nome de Duque para Silvio Pereira, que então fez uma entrevista com o indicado e aprovou a ida dele para o cargo na diretoria de Serviços da Petrobras.
De acordo com Moura, a partir da indicação de Duque, a Etesco passou a ter uma participação maior em contratos da Petrobras, e passou a pagar ao lobista um propina de US$ 30 mil por trimestre.
O delator também disse que no esquema de corrupção na Petrobras as fornecedoras da estatal pagavam uma propina de 3% sobre o valor dos contratos, e parte desse valor era repassado ao PT.
NA BOLSA SUECA
O lobista também relatou um caso que pode levar ao início de uma colaboração jurídica internacional da Lava Jato com autoridades da Noruega. Segundo Moura, o sistema financeiro do país europeu foi lesado em razão de uma informação privilegiada fornecida por funcionários da Petrobras a investidores.
De acordo com o delator, os operadores financeiros ficaram sabendo antecipadamente sobre a assinatura de contratos da empresa norueguesa Sevan Marine com a Petrobras, e compraram ações da companhia europeia.
Posteriormente, com a divulgação da assinatura dos contratos, as ações da Sevan Marine tiveram grande valorização e os operadores financeiros beneficiados com a informação privilegiada tiveram um ganho significativo com os papéis.

22 de setembro de 2015
Deu no iG

REPORTAGEM-BOMBA DE "VEJA" TRAZ REVELAÇÕES IMPRESSIONANTES


Como se pode notar, a edição da revista Veja que chega às bancas neste sábado e já está disponível para os assinantes da versão digital, vem quente. Mas a reportagem de capa que conta com 31 páginas devassando o predador gigantismo estatal seja excelente, a chamada acima "O Cerco se Fecha", pode ser tipificada como a reportagem-bomba. Sim, porque o conteúdo dessa matéria traz à luz informações relevantes que podem acelerar o processo de impeachment da Dilma. Esta reportagem especial contém detalhes explosivos das delações premiadas. Os delatores revelam como Lula e Dilma se beneficiaram do esquema de corrupção da Petrobras, fato que joga mais lenha na fogueira do impeachment.

A edição de Veja vem portanto recheada de ótimas informações e, por isso mesmo, vale a pena comprar a revista. Ao mesmo tempo em que revela as delações bombásticas mostra com os fatos que o déficit de capitalismo no Brasil no final das contas é que gera essa torrente de corrupção e escandalosa roubalheira. 

No início desta madrugada o site de Veja apresentou um aperitivo da reportagem-bomba. Coisa impressionante. Transcrevo na íntegra. Leiam:

PROPINA EM CARRO BLINDADO

No segundo semestre de 2010, a inflação estava controlada, o Brasil crescia em ritmo chinês e as taxas de desemprego eram consideradas desprezíveis. A sensação de bem-estar, a propaganda oficial maciça e a popularidade do então presidente Lula criavam as condições ideais para que Dilma Rousseff passasse de mera desconhecida a favorita para vencer as eleições. Paralelamente, um grupo pequeno de políticos e servidores corruptos da Petrobras acompanhava com compreensível interesse os desdobramentos do processo eleitoral. Foi nesse cenário que a campanha de Dilma e o maior esquema de corrupção da história do país selaram um acordo que, se confirmado, pode se transformar na primeira grande evidência de que o petrolão ajudou a financiar a campanha de Dilma Rousseff. Mais que isso. Se confirmado, estará provado que os coordenadores da campanha sabiam da existência do aparelho clandestino de desvio de dinheiro da Petrobras, se beneficiaram dele, conheciam seus protagonistas e, no poder, deixaram que tudo continuasse funcionando tranquilamente até o ano passado, quando a Polícia Federal e a Procuradoria da República no Paraná desencadearam a Operação Lava-Jato.
A lógica permite afirmar que seria impossível um esquema responsável por desviar quase 20 bilhões de reais, que envolve ministros de Estado, senadores, deputados aliados e a cúpula do PT, o partido que está no poder desde que tudo começou, existir sem o conhecimento do presidente da República. Os fatos, a cada novo depoimento, apontam na mesma direção. Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, negocia um acordo de delação premiada com a Justiça. Ele já prestou vários depoimentos. Num deles, contou ter participado pessoalmente da operação que levou 2 milhões de reais à campanha petista. No ano passado, o ex-diretor Paulo Roberto Costa disse que o ex-ministro Antonio Palocci, então coordenador da campanha de Dilma, lhe pedira 2 milhões de reais. O dinheiro, segundo ele, foi providenciado pelo doleiro Alberto Youssef. Ouvido, o doleiro afirmou que desconhecia a existência de qualquer repasse a Antonio Palocci. A CPI da Petrobras chegou a promover uma acareação entre os dois para tentar esclarecer a divergência. Sem sucesso. Baiano contou detalhes que não só confirmam as declarações de Paulo Roberto e de Alberto Youssef como ampliam o que parecia apenas mais uma fortuita doação ilegal de recursos. É muito mais grave.
O MISTERIOSO "DR. CHARLES"
O acordo para repassar o dinheiro foi fechado no comitê eleitoral em Brasília depois de uma reunião entre Fernando Baiano, Paulo Roberto Costa e o ex-ministro Antonio Palocci. De acordo com o relato de Baiano, Dilma caminhava para uma eleição certa e, até aquele momento, ainda não se sabia o que ela pensava a respeito do futuro comando da Petrobras. Coordenador-geral da campanha, Palocci forneceu algumas pistas e fez o pedido: precisava de 2 milhões de reais. Antes de a reunião terminar, recomendou que acertassem a logística do repasse do dinheiro com "o Dr. Charles", seu assessor no comitê. E assim foi feito. Combinou-se que, para a segurança de todos, era melhor que a propina fosse entregue num hotel de São Paulo. E assim foi feito. No dia indicado, um dos carros blindados do doleiro Youssef estacionou na garagem de um conhecido hotel de São Paulo, e uma mala cheia de reais foi desembarcada e entregue a um homem que já a aguardava.
A suposta contradição entre Youssef e Paulo Roberto sobre a entrega do dinheiro também foi esclarecida. Depois da versão apresentada por Baiano, o doleiro foi novamente ouvido. Ele não mentiu ao afirmar que nunca entregara dinheiro a Antonio Palocci. Por uma razão: ninguém lhe informou que aquela entrega atendia a uma solicitação do ex-ministro. Youssef, que era o distribuidor de propinas aos parlamentares do PP, contou que, no dia indicado, ele de fato encheu uma mala com maços de dinheiro, amarrou outros pacotes ao próprio corpo e dirigiu-se num carro blindado para o hotel Blue Tree, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. O que era uma acusação considerada mentirosa, descabida e sem provas pelo ex-ministro Palocci ganha evidências que precisam ser esclarecidas em profundidade. 

Do site da revista Veja

22 de setembro de 2015
in aluizio amorim

AÉCIO: ROUBARAM ATÉ A ALMA DOS BRASILEIROS



O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, afirmou, nesta segunda-feira (21/09), no Senado, que a primeira condenação pela Justiça Federal do Paraná do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, confirma que o partido institucionalizou a corrupção para se manter no poder. Vaccari foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão por ter intermediado o recebimento de R$ 4,3 milhões pagos ao PT em um dos contratos da Petrobras investigados na Operação Lava Jato.

“Com a condenação hoje do primeiro agente político de todo esse processo que estabeleceu-se chamar de Petrolão, assistimos à condenação de todo um esquema institucionalizado de corrupção que o PT estabeleceu no país para se manter no poder”, afirmou Aécio Neves, em entrevista no Senado.

O presidente do PSDB ressaltou que o ex-tesoureiro petista foi apenas um dos integrantes de uma organização criminosa e que a sentença do juiz Moro aponta a relação direta entre os desvios ocorridos em dezenas de contratos da Petrobras e o financiamento de recursos para o Partido dos Trabalhadores.

“Vejo no senhor João Vaccari apenas um elemento, uma peça de uma enorme engrenagem que se construiu e se institucionalizou no Brasil ao longo desses últimos anos”, disse Aécio. O senador acrescentou que mais grave que o dinheiro desviado da Petrobras foram os prejuízos causados pela corrupção no processo democrático, com a contaminação das eleições passadas disputadas por ele, pela presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra Marina Silva, o ex-governador Eduardo Campos e outros candidatos. 

“Acho extremamente relevante um trecho da sentença do juiz Sérgio Moro quando ele diz que mais do que o enriquecimento pessoal – já comprovado de inúmeros desses agentes que participaram desse processo – a gravidade é maior quando o dinheiro da propina interfere no processo político e no processo democrático, como atestam os fatos que levaram a essa condenação”, afirmou o senador.

Presidente Dilma e Vaccari

Na coletiva, Aécio Neves destacou que a lei vale para todos e lembrou as eleições, quando, em um debate, ele, como candidato do PSDB, perguntou à presidente Dilma, candidata do PT, se ela confiava em Vaccari, e Dilma não respondeu.

“Cabe agora à presidente da República dizer aos brasileiros se continua confiando no senhor João Vaccari Neto, responsável pela arrecadação de parte importante dos recursos que irrigaram a sua campanha, ou se o juiz Moro e a Justiça Federal cometeram com ele uma grande injustiça. Com a palavra a senhora presidente da República”, disse Aécio Neves.

TCU e TSE

Aécio Neves também chamou a atenção para as investigações em curso no Tribunal de Contas da União (TCU), no caso das pedaladas fiscais praticadas no governo Dilma, e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde foi aberto um processo investigatório por suspeita de uso de propina da Petrobras na campanha à reeleição da presidente.

“Felizmente, no Brasil hoje, temos instituições que funcionam apesar de tudo, e é hora de termos muita atenção para que o Tribunal de Contas cumpra com o seu dever e o TSE da mesma forma. No Brasil é muito importante, nesse momento em que esperamos virar uma página definitiva na nossa história, que os brasileiros, principalmente os mais jovens, saibam que a lei vale para todos. Desde o mais humilde cidadão, e no caso dos agentes públicos, desde o vereador da menor cidade do país até o presidente da República, todos eles têm que respeitar a legislação e não podem se eleger financiados por dinheiro da corrupção”, afirmou Aécio.

“Roubaram a alma dos brasileiros”

O senador destacou que, além de bilhões de reais desviados dos cofres da Petrobras, o esquema de corrupção liderado pelo PT retirou dos brasileiros a crença de que a política pode ser um instrumento de transformação, onde a honestidade seja uma regra, e não uma exceção.

“Se apoderaram do Estado nacional com um objetivo: se manter no poder. A utopia foi jogada fora. E o mais grave é que roubaram a alma dos brasileiros, a crença das novas gerações na atividade política. Não existe futuro para uma sociedade sem democracia, sem que os cidadãos façam suas opções com liberdade. No momento em que se apodera das empresas públicas para influenciar no processo eleitoral, tira-se dos brasileiros essa liberdade para escolher o seu próprio destino”, criticou Aécio Neves.

22 de setembro de 2015
in coroneLeaks

HUNGRIA DE NOVO?



Hungria quer botar na cadeia os refugiados
PARIS – O brutal massacre de Budapeste pelos russos em 1956 traumatizou a Europa e ensanguentou o Leste Europeu, que nunca mais foi o mesmo. Cheguei lá logo depois, indo de Moscou, Varsóvia e Praga. Foi uma historia de horror, pior do que os poloneses e tchecos contaram.
Os húngaros traziam atravessado na garganta o fuzilamento de Lazlo Rajk, seu ministro do Interior, acusado por Stalin de colaborar com Tito, condenado e executado. Janos Kadar, amigo de Rajk, não foi fuzilado, mas foi para a cadeia. Rakosi, o líder do partido que assumira o governo em 1952 apoiado pelas tropas russas, era um stalinzinho sanguinário.
CZEPEL
Em março de 56, com o Relatório de Khrushev, Rajk foi reabilitado, a Hungria se levantou exigindo a saída de Rakosi, que passou o governo para Imre Nagy. Mas era tarde.
A fábrica “Czepel”, que fazia as famosas motos “Czepel” (meu irmão tinha uma linda e poderosa lá no interior da Bahia), chamada de “Ilha Vermelha” porque ficava em uma pequena ilha do Danúbio, à beira de Budapeste, com 10 mil operários, rebelou-se.
A fábrica criou uma comissão operaria e o processo disparou. Em 24 horas já haviam sido criadas milhares de “comissões operarias” A universidade foi para as ruas, os intelectuais para as rádios e jornais. Imry Nagi convocou os antigos socialistas e os sociais democratas, para um governo de unidade nacional. A estatua de Stalin, imensa, foi derrubada.
RUSSOS
De madrugada, os russos, chamados pelo traidor, atravessaram a fronteira e literalmente fuzilaram as esperanças e a alegria do povo que, aos milhões, comemorava a liberdade nas ruas. Foi um massacre. Milhares de mortos e presos. A abertura de Khrushev era só para os russos. Para as colônias, bala. Nagy cometeu a ingenuidade de ir ao comando militar soviético para negociar. Foi levado para Moscou e fuzilado.
Foi com emoção e comoção que vi, na “Ilha Vermelha” do Danúbio, os rombos enormes dos canhões soviéticos nas paredes da “Czepel”.
‘SPACIBA”
Quando disse, em russo, “spaciba” (“obrigado”), ao motorista de taxi que me levou para ver o que restou da “Ilha Vermelha”, ele fechou a cara irado, na porta do hotel em Budapeste:
– “Spaciba no! Spaciba ruski”!(Spaciba não! Spaciba é russo!”)
Não era um protesto. Era um ponto final dele. E meu. Os escassos dólares que me restavam eram para Paris e Roma, até o navio em Genova, já de passagem comprada e volta marcada para o Brasil.
Vendi três “Laikas” em uma loja de materiais fotográficos e fui para a Yugoslávia, para Belgrado. Não eram só os partidos comunistas que crepitavam. Minha cabeça também tinha sido incendiada.
EUROPA
Quase 58 anos depois, aqui estou, nesta mesma Europa, perplexo com a brutalidade do conflito entre levas de populações inteiras de refugiados arrastando famílias e tentando fugir de suas dores e guerras, através de mares que levam a naufrágios, ou fronteiras cada dia mais fechadas de povos que séculos atrás sofreram os mesmos tormentos. Jornais, revistas e televisões repetem uma dolorosa tragédia diária.
  1. – Os 28 ministros do Interior da União Europeia deixaram Bruxelas sem decisão sobre o plano que prevê distribuir em cotas, por países do bloco, 120 mil refugiados. A proposta soma-se ao anúncio anterior de que a União Europeia distribuiria 40 mil asilos. Mesmo se executada, a ideia deixa no limbo 58% dos 380 mil refugiados que a ONU estima terem chegado neste ano à Europa pelo Mediterrâneo, a maioria vinda da Síria, país em guerra civil desde 2011.

  2. – A proposta de cotas, apoiada por Alemanha e França, havia sido anunciada pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Clauder Juncker. Apesar do discurso do ministro alemão Thomaz de Maiziere de que todos “concordam” com o princípio de abrigá-los, nada foi selado. A próxima reunião está marcada apenas para 8 de outubro. Pode ser tarde.
HUNGRIA
As medidas mais extremas são as da Hungria, onde entrou em vigor nessa terça (15) uma lei que prevê a prisão e a deportação de imigrantes sem visto, que passam a ser considerados criminosos(e não contraventores). 
O primeiro-ministro conservador Viktor Orban é um dos opositores mais radicais da acolhida aos refugiados. Seu país abriga 50 mil pessoas que ali ficaram ao tentar fazer a rota entre a Grécia e a rica Alemanha.
Orban mandou erguer uma cerca na fronteira da Servia, que não é da União Europeia. A historia é assim. Os Stalin e Hitler sempre voltam.

22 de setembro de 2015
Sebastião Nery

PIADA DO ANO

A PRÓPRIA DILMA VAI FAZER ARTICULAÇÃO POLÍTICA



O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que a presidente Dilma Rousseff está empenhada na busca de solução para cobrir o déficit fiscal de R$ 30,5 bilhões e assegurar a meta de superávit primário para 2016 de 0,7% % do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo Delcídio, Dilma está disposta a encarar a articulação política e conversar “diretamente” com parlamentares da base aliada sobre as medidas anunciadas na última segunda-feira. “A presidente está muito empenhada. Ela vai conversar com alguns parlamentares, sim. Mas evidentemente dentro de critérios e auxiliada por seus ministros”, disse.
CONVERSAS
O senador informou que essas conversas serão acompanhadas por ministros mais próximos de Dilma que ajudarão no trabalho de articulação política com o Congresso, entre eles, Delcídio citou os ministros da Defesa, Jaques Wagner; das Comunicações, Ricardo Berzoini; da Casa Civil, Aloizio Mercadante e da Agricultura, Katia Abreu.
“Isso é importante, é fazer política. Tem que conversar, olhar olho no olho. Ouvir as opiniões [dos parlamentares], avaliar qual a expectativa deles com relação ao governo, verificar se os compromissos assumidos com os parlamentares foram cumpridos”, afirmou o líder.
INVENTAR A RODA
Para Delcídio, o gesto “não significa inventar a roda” e “tudo quanto é governo trabalha dessa forma”. Segundo ele, a intenção é afinar a base e mantê-la “firme e confiável” nas votações no Congresso Nacional.
Ele citou, como primeiro desafio, a sessão do Congresso Nacional, marcada para a próxima semana, e destinada a analisar vetos presidenciais, entre eles o que reajuste dos salários dos servidores do Judiciário de maneira escalonada, de 53% a 78,56%. Segundo o Ministério do Planejamento, o aumento custaria R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos.
BASE FIDELIZADA
Para o líder, uma derrubada de veto seria muito ruim, demonstraria uma “instabilidade política forte”. “Temos que ter uma base fidelizada, não dá para arriscar”, afirmou. Ele acrescentou que, mantido o veto, o desafio do governo é manter a unidade da base aliada na votação das medidas de ajuste anunciadas, entre elas a recriação da CPMF, que desde o anúncio têm gerado críticas em relação a criação de novos tributos. “O que a gente não pode é encarar votações em que alguns parlamentares votam de um jeito, outros votam de outro”, disse.
“O governo tem o desafio grande de aprovar esses projetos para que a gente ajuste o Orçamento e volte a respirar” disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se a própria Dilma vai desempenhar a função, por que anunciou que iria nomear o assessor Giles Azevedo para ministro da Articulação Política. Como diz o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), “o governo é esquizofrênico”(C.N.) 

22 de setembro de 2015
Deu na Agência Brasil

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 20/09
22 de setembro de 2015

GOVERNO COLOCA O PAÍS CADA VEZ MAIS NA BEIRA DO ABISMO

SALTA!  SALTA!  SALTA!
O pacote do ajuste fiscal é tão primário que a maior parte das medidas depende de aprovação do Congresso. É difícil acreditar que uma presidente tão impopular, que não dá a mínima para o Legislativo, vá conseguir aprovar um arrocho tão forte à população. Muitos parlamentares com os quais o governo conta para o sucesso da empreitada acreditam que a presidente já está com um pé fora do Planalto. Portanto, não vão lhe estender a sobrevida tendo que assumir o ônus de forçarem os trabalhadores a arcarem com uma contribuição que não querem.
Dilma lança a última cartada para reequilibrar as contas públicas num momento de forte ameaça de perda de mandato. Pelas contas da Eurasia Group, já são de 40% as chances de a petista não terminar o governo.
DIFICULDADES POLÍTICAS
A consultoria ressalta que, mesmo que a petista chegue ao fim de 2018 no Planalto, as dificuldades políticas que ela enfrenta vão impedir um ajuste fiscal mais robusto. Essa também é a sensação de parte do governo, que se ressente de um líder capaz de aglutinar forças e convencer a todos que o esforço que será feito nos próximos dois ou três anos trará de volta o crescimento e os empregos.
Não se pode esquecer que o tempo para o governo aprovar o pacote de R$ 65 bilhões é curto demais: três meses. Se pouco ou nada sair do Congresso, 2016 poderá ser ainda pior do que está sendo este ano, pois ficará explícito para os investidores que Dilma esgotou a capacidade de gerir o país.
Nesse contexto, o rombo estimado de R$ 30,5 bilhões que, agora, o governo quer cobrir, será muito maior. A recessão tenderá a ser tão profunda, que 2017 também será dado como perdido.
ARROGÂNCIA
É inaceitável que Dilma não tenha pensado em todas essas consequências quando optou pelo caminho da destruição da economia. Por arrogância, ela não ouviu os alertas. Preferiu desqualificar os críticos. Dona da verdade, insistiu nos erros e abusou das mentiras na campanha eleitoral para se reeleger. Deu no que deu. O problema é que quem pagará a conta é o país, que já é apontado como um doente terminal.
Tomara que ainda seja possível reverter o pior. Dizem que Deus é brasileiro. Mas, com Dilma no comando do país, talvez nem a força divina seja capaz de impedir que pulemos para o abismo.

22 de setembro de 2015
Vicente Nunes
Correio Braziliense

PEDALADAS TORNAM INEVITÁVEL A DERROTA DO GOVERNO NO TCU


A situação da presidente Dilma Rousseff no TCU (Tribunal de Contas da União) é considerada internamente como irreversível em relação à análise das contas de 2014. Não há qualquer clima para aprová-las e o mais provável é uma derrota unânime, com voto contrário dos nove ministros do tribunal. Mas o governo ainda tem mais três semanas para tentar reverter o quadro. A votação deve ocorrer na primeira semana de outubro.
Em junho, o relator do processo, ministro Augusto Nardes, não aprovou as contas de gestão da presidente, algo que não ocorria desde 1937.
Ele pediu explicações adicionais sobre 13 possíveis irregularidades descobertas (depois foram apontadas mais duas). O governo apresentou sua defesa definitiva na semana passada.
MUITAS IRREGULARIDADES
Entre as irregularidades apontadas, o pagamento de despesas do governo por bancos públicos, os gastos sem autorização do Congresso, o aumento de despesas que podiam ser cortadas quando era necessário reduzi-las para cobrir aumento de gastos obrigatórios estão entre as mais graves.
A defesa do governo oscila entre dizer que os atos não são ilegais e que, se forem, já vinham sendo praticados e permitidos pelo próprio TCU. O parecer do tribunal é levado ao Congresso que pode referendá-lo ou modificá-lo. Caso a rejeição ocorra e o Congresso confirme-a, se fortalece o argumento para suspender o mandato da presidente.
GOVERNO FRACO
O desrespeito aos princípios mais elementares do orçamento público, segundo os técnicos, já colocariam o governo em situação bastante complicada para aprovar as contas. Mas o enfraquecimento da presidente e estratégia de defesa utilizada até agora ajudaram a piorar ainda mais o ambiente.
O clima criado pelo governo de que a análise estava sendo política irritou ministros e técnicos. Isso porque, até agora, é a área técnica do TCU, formada por funcionários concursados, quem está apontando as irregularidades. Os ministros, parte deles ex-políticos, parte deles técnicos, ainda não se pronunciaram oficialmente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 A derrota do governo é inevitável. E o pior é que a nova equipe econômica não parou de dar pedaladas e continuou com a prática ilegal em 2015. Ao mesmo tempo, age nos bastidores, para desestabilizar o relator Augusto Nardes, dizendo que ele é citado numa investigação da Polícia Federal sobre compra de sentenças do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). O ministro também tem sido ameaçado e agora anda com seguranças. (C.N.)

22 de setembro de 2015
Dimmi Amora
Folha