"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 3 de setembro de 2017

ESPECIALISTA EXPLICA POR QUE A INTERNET CONTINUA A SER TÃO COBERTA DE ÓDIO

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Whitney estuda o relacionamento na web
Especialista em cultura digital, a pesquisadora Whitney Phillips, da Mercer University, dos Estados Unidos, acredita que a disseminação da raiva, das provocações e dos ataques pessoais nas redes sociais não é um fenômeno da internet, mas um comportamento da vida real se manifestando em outra plataforma. Esse novo olhar sobre os “trolls” (como são chamadas as pessoas que entram em discussões on-line apenas para irritar e ofender) e os “haters” (que sistematicamente expõem ódio em posts e comentários) está presente em seus livros “This is Why We Can´t Have Nice Things” (“É Por Isso Que Não Podemos Ter Coisas Boas”, nome inspirado em um “meme”), de 2015, e “The Ambivalent Internet” (“A Internet Ambivalente”), lançado em junho.
Por que há tanta raiva na internet?Todos os aspectos do comportamento humano se manifestam on-line. Mas há algumas razões que explicam o porquê de o ato de ofender ser particularmente comum na internet. Uma delas é o risco social reduzido. Se você ofender alguém nas redes sociais, a pessoa não pode revidar com um soco. Então, você pode fazer coisas na internet que não poderia fora dela porque teria mais consequências negativas. Tem o lado bom e o ruim: você pode falar honestamente, explorar aspectos da sexualidade, conversar sobre assuntos que não tem coragem. Mas também pode ser mais ofensivo do que é na vida real. Precisamos olhar para as tecnologias e pensar como elas fabricam esses comportamentos, mas não se pode dizer que o ódio só existe virtualmente. Racismo, homofobia e machismo são temas off-line. São questões culturais, mas que, na internet, são mais perceptíveis.
Quais os assuntos que geram debates mais inflamados?Acho que são os que envolvem a noção de cada pessoa sobre justiça. Quem é tratado com justiça e quem não é? As pessoas estão sendo excluídas por causa da cor de sua pele? Por causa de sua identidade de gênero? Acho que agora há uma grande questão sobre justiça social. E acho que essa é a raiz de todas as outras questões controversas.
Há ideologias mais preponderantes que outras?Não necessariamente. Quando você vê os nacionalistas que apoiaram Donald Trump, há uma tentativa de antagonizar as pessoas que não precisa tomar nenhuma forma, significa só que você tem a intenção de deixar alguém bravo. Pessoas de diferentes posições no espectro político também podem ter uma mentalidade muito rígida, a cabeça fechada. E o pensamento extremista não resulta em conversas expressivas. Se alguém só quer tirar alguém do sério, eles vão para os pontos óbvios. Qualquer um pode ter um comportamento agressivo.
Você diz que o comportamento do chamado “troll”, a pessoa que provoca e que ofende deliberadamente os outros na internet, explica nossa cultura. Por quê?É muito fácil classificar essa situação com um pensamento do tipo “nós versus eles”. Dizer que as pessoas que fazem comentários ofensivos são maus, mas os outros são bons. Se fosse assim, nós só precisaríamos nos preocupar com os caras maus. Mas uma das coisas que falo no meu livro é que essa é uma suposição complicada porque mesmo os caras bons frequentemente fazem coisas parecidas ao que os “trolls” fazem. Então, o que é um bom comportamento? O que é um mau comportamento? Você começa a ver que a raiz dos “trolls” está em vários lugares da vida real: ao privilegiar a racionalidade sobre as emoções, ao atacar alguém que seja muito sensível ou ao acreditar que você pode fazer o que quiser e não precisa enfrentar as consequências.
Então somos ensinados a nos comportar assim?Sim. Aprendemos que quanto mais desagradáveis e chocantes formos, mais atenção teremos. Todas essas ideias sustentam a filosofia ocidental. Esse comportamento que é manifestado na internet, na verdade, como somos ensinados a argumentar. É assim que uma faculdade ensina um jovem a discutir. E achamos isso normal. Por exemplo, ideias machistas de papeis de gênero são reforçadas na imprensa, na publicidade, e entendemos que é normal. Mesmo que não aceitemos, estamos acostumados. O que os “trolls” fazem é um problema grave, mas quando acontece na vida real, no cotidiano, nós não ficamos chateados da mesma maneira como reagimos quando é pela internet.
Umberto Eco disse que as redes sociais deram o direito à palavra a uma legião de imbecis que, antes, só falavam no bar, sem causar danos à coletividade. Concorda?Concordo, mas adicionaria que a internet também permite que pessoas vulneráveis se expressem. Falo disso no meu segundo livro. Usamos o termo “ambivalente”, de raiz latina, que significa uma forte tensão entre opostos. Esse é o momento da internet atualmente. Envolve os piores elementos culturais que você pode imaginar, como racismo, misoginia, tudo que é violento. Ao mesmo tempo, dá espaço e plataformas a pessoas que se opõem a essas atitudes. As piores notícias são as que se espalham mais rapidamente. As pessoas clicam mais nos títulos negativos. O horror é visto com mais rapidez do que as coisas boas. Mas elementos positivos das relações têm espaço on-line e há maneiras de cultivá-los.
Mas por que temos a impressão de que o ódio predomina na internet?Quando você vai na parte dos comentários de uma notícia, há muito ataque. Somente 1% das pessoas que lêem um artigo, uma reportagem, se manifestam sobre ela. E a maioria é motivada por emoções negativas. Quem não vai atacar prefere não falar. Sou 100% a favor da liberdade de expressão, mas se só as pessoas com mais raiva falam, sem nenhuma moderação, podemos chamar de liberdade de expressão? Não. É o contrário, porque, como eu já disse, haverá menos pessoas contribuindo para a discussão. É preciso criar ambientes em que todos se sintam livres. Moderar os piores comentários. Se mais pessoas sentissem que têm poder e apoio para se expressarem positivamente, mais gente agiria assim, postando comentários educados.
Seria o caso de controlar a raiva?A raiva é importante, mas depende do objeto do sentimento. Há diferença entre alguém que tem raiva do racismo e um racista raivoso, que acredita que pessoas negras não deveriam existir. Um deles se baseia na ideia de que o mundo não deveria ser assim. O outro não gosta de quem não é como ele.
Como incentivar a gentileza na internet?É importante reconhecer que mesmo que você não queira atacar as pessoas conscientemente, pela internet é muito fácil ofender os outros sem saber. Há pessoas que fazem isso deliberadamente, mas meu argumento nos dois livros é que a distinção não é clara como gostaríamos. Todos nós temos o potencial de causar danos porque a internet nos prepara para repudiar os outros, não ver suas vidas. Nossa visão on-line é limitada, e o primeiro passo é perceber isso. O segundo é assumir responsabilidades. As pessoas deveriam parar alguns segundos antes de postar algo e se perguntar: “Como eu me sentiria se alguém fizesse ou falasse isso para mim?”. Pensar no impacto e lembrar que todos no ambiente on-line também são pessoas, têm sentimentos. Devemos encorajar as pessoas a se expressarem com empatia. A internet hoje é coberta de ódio e isso não contribui para um diálogo significativo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A entrevista explica muito coisa que acontece na Tribuna da Internet, que tenta ser um espaço aberto a todas as tendências, mas parece ser uma utopia, porque falta civilidade. (C.N.)   

03 de setembro de 2017
Camila Brandalise
IstoÉ

GOVERNO VAI TROCAR O DIRETOR DA PF, MAS NÃO CONSEGUIRÁ ABAFAR A LAVA JATO

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Jardim mudou o visual, mas continua o mesmol
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, planeja trocar o comando da Polícia Federal em breve, segundo apurou a Folha. Diretor-geral do órgão desde janeiro de 2011, Leandro Daiello já avisou o governo que quer sair e participa das conversas para encontrar um substituto. O nome que aparece mais forte no momento é o de Rogério Galloro. Número dois da PF, ele ocupa o cargo de diretor-executivo desde junho de 2013 e tem currículo mais ligado às questões administrativas.
A expectativa é que a troca ocorra até o mês de outubro. A decisão, no entanto, ainda passará pelo presidente Michel Temer.
SEM ABAFAR... – Dos dois lados, ministério e PF, a preocupação é de tentar não passar a imagem de que uma troca no comando da polícia vai ocorrer para abafar grandes operações, em especial a Lava Jato.
Outra estratégia é esperar a saída do procurador-geral, Rodrigo Janot, do cargo, em 17 de setembro. O Planalto não quer tirar Daiello ao mesmo tempo para desvincular as duas mudanças e não expor o atual diretor-geral.
Nas últimas semanas, houve esforço de Jardim e Daiello nesse sentido: estreitar as relações entre ministério e PF, falar de projetos e, ao mesmo tempo, construir uma espécie de transição.
NOMES DELICADOS – Daiello tem dito nos bastidores que avalia ter obtido uma vitória importante ao não deixar que nomes considerados delicados dentro da polícia sejam cotados para sucedê-lo.
Galloro foi superintendente em Goiás e diretor de Administração e Logística Policial (Delog), em Brasília. Desde que Jardim tomou posse, no final de maio, Galorro e Daiello já fizeram uma série de viagens com o ministro, mais frequentemente no mês de agosto, dentro e fora do país.
Na última quinta (31), o ministro convidou Daiello e Galloro para um almoço. O encontro, revelado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, tinha o objetivo de dar publicidade para a boa relação e afastar outros nomes que vinham sendo especulados como preferidos de Jardim, como o do delegado Fernando Segóvia, que já foi superintendente do Maranhão.
HABILIDADE -Subordinado a cinco ministros ao longo desses quase sete anos, Daiello tem como marca de sua gestão a habilidade na cadeira, tratando com governo e políticos, em meio às grandes operações. Ele é o segundo chefe da polícia mais longevo desde a redemocratização do Brasil.
Desde que entrou, Jardim deu entrevistas a respeito, mas nunca cravou a permanência de Daiello. Em um dos episódios, chegou a convocar a imprensa para uma entrevista, na tentativa de negar notícias sobre uma possível troca.
A Folha publicou naquele dia reportagem sobre uma reunião de Jardim com sindicalistas, em que ele disse que pretendia fazer mudanças no comando da polícia.
FALA RÁPIDA -Ao lado do chefe da PF, na entrevista, o ministro falou por cerca de dois minutos, se levantou e foi embora, deixando Daiello na mesa para ser interrogado por jornalistas.
A mensagem, porém, mais uma vez não ficou clara. Depois, a assessoria do ministério teve de entrar em contato com veículos de comunicação para dizer que Daiello estava garantido no cargo. Jardim tem repetido em dizer que o nome não é o mais importante para as instituições, mas sim os projetos que elas têm e podem fazer, e que a transição é natural.
Procurados, ministério e PF não comentaram o assunto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É claro que a troca da direção da PF é mais um capítulo da “Operação Abafa”. Mas não vai dar certo. Se o novo diretor tentar boicotar a Lava Jato, será rapidamente submetido à execração pública. Torquato Jardim entrou no Ministério como um furacão, mas logo teve de cair na real e até hoje continua tateando uma brecha para esvaziar a Lava Jato e não encontra.(C.N.)


03 de setembro de 2017
Camila Mattoso
Folha

LULA DÁ UMA DE ECONOMISTA E É MASSACRADO POR JORNALISTA: "É UM BÊBADO IDIOTA"


10:10

LULA dá uma de economista e é MASSACRADO por jornalista: "É UM BÊBADO IDIOTA"



Seu Tube
03 de setembro de 2017

GLEISI SURTA, XINGA GERAL, É VAIADA NO CONGRESSO, HUMILHADA POR JORNALISTA E ESCRACHADA EM ATO

FALSOS HERÓIS! JOAQUIM BARBOSA É A NOVA APOSTA DA ESQUERDA

MULHERES ENCARCERADAS SÃO INVISÍVEIS NO BRASIL

ELAS CUMPREM PENA EM PRESÍDIOS SEMPRE DISTANTES DAS FAMÍLIAS
NO BRASIL SÓ HÁ SETE PRESÍDIOS REGIONAIS FEMININOS, POR ISSO A MAIORIA CUMPRE PENA LONGE DAS FAMÍLIAS.


É gritante a invisibilidade da mulher presa, no País: de todas as 1.420 unidades prisionais brasileiras, apenas sete são exclusivamente femininas, e pior: todas regionais. Para a maioria das detentas, presídios regionais significam distância da família, falta de apoio material e afetivo dos parentes. Em dois anos, o número de mulheres presas passou de 44.721, o que representa 19,6% de crescimento. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O Brasil tem o maior número de mulheres presas. “É assustador”, diz a Irmã Petra Pfaller coordenadora nacional para a questão das presas.

A distância dos familiares torna o cumprimento da pena ainda mais duro, diz a Irmã Petra: “É a família que sustenta o preso”.

Tem méritos a denúncia de ativistas como Irmã Petra, mas é preciso não perder de vista que homens e mulheres presos cometeram crimes.


03 de setembro de 2017
diário do poder

ABRIR SINDICATOS VIROU NEGÓCIO MAIS RENTÁVEL QUE ABRIR EMPRESAS

SINDICATOS CRIADOS SÓ EM 2017 SUPERAM A SOMA DOS JÁ EXISTENTES MUNDO AFORA
BRASIL CRIOU MAIS SINDICATOS ESTE ANO QUE PAÍSES INTEIROS POSSUEM

Vários países de tradição na área não conseguem superar o Brasil em número de sindicatos. Só nos primeiros oito meses de 2017 foram criados 215 no Brasil, segundo o Ministério do Trabalho, que autoriza a farra. 
O País soma hoje 17.288 sindicatos, correspondentes a mais de 90% de todos os sindicatos no mundo. 
Nos Estados Unidos, são 191 e no Reino Unido, berço das lutas trabalhistas, 152. Na Dinamarca, 18.

Virou negócio rentável: os 17 mil sindicatos brasileiros rateiam R$3 bilhões do “imposto sindical” extraído do salário dos trabalhadores.

O faturamento milionário explica a criação de tantos sindicatos. E Lula vetou a última tentativa do Congresso de obrigá-los a prestar contas.


A maioria dos sindicatos é controlada pela CUT, do PT, que só de imposto sindical fatura R$ 60 milhões por ano. Sem dar satisfações.

Trabalhadores rurais contribuíram com R$12 milhões para sindicatos, em 2016. Trabalhadores urbanos contribuíram cem vezes mais.

03 de setembro de 2017
diário do poder