"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 13 de junho de 2015

#PRONTOFALEI OS ERROS DO CONGRESSO DO PT


ESQUERDA RAIVOSA: BRASIL AINDA NÃO É CUBA !! - @ RACHELSHERAZADE


FORA, LEVY!

A declaração oficial do Congresso do PT celebra Hugo Chávez. Mas lulopetismo não é chavismo. Bem antes de atingir a encruzilhada venezuelana, Lula e Dilma fizeram meia-volta, num recuo simbolizado pelo nome de Joaquim Levy. "Fora, Levy!", gritam em Salvador alguns petistas sinceramente "bolivarianos" e outros tantos apenas trapaceiros. Fora, Levy! –eu concordo com eles, por motivos diferentes. O ministro da Fazenda faz mal para o Brasil, tanto em política quanto em economia.

Levy é um subordinado de Dilma: a política econômica que conduz é a do governo. Contudo, sua presença no núcleo do governo propicia a difusão da narrativa pilantra segundo a qual o ministro é um "agente infiltrado das elites". A finalidade da lenda é proteger Dilma das consequências de suas próprias escolhas. Sem Dilma 1 (e Lula 2, por sinal!), não existiria Dilma 2. A contração fiscal de hoje é o complemento simétrico da farra fiscal de ontem. A política econômica "de direita" emana, em linha direta, da política econômica "de esquerda".

À Folha (10/6) Paul Singer disse que "não teria entregue o cargo mais importante" a Levy, pois "ele é de direita". Singer acha que a reviravolta podia ser feita "com gente do próprio PT". Nisso, tem razão: Nelson Barbosa, Guido Mantega ou até mesmo Aloizio Mercadante (ui!) servem para produzir um ajuste fiscal. Entretanto, "com gente do próprio PT", os petistas não teriam um cordeiro sacrificial para camuflar o fracasso da sua "Nova Matriz Econômica". Levy, o "Judas", embaça o vidro da janela, reduzindo a nitidez da paisagem política. Fora, Levy!, pois é hora de aprender as lições da crise.

Dilma não convocou Levy porque ele possui algum saber excepcional, mas porque ele tem um lastro de confiança que falta à "gente do próprio PT". O nome do "banqueiro" gera expectativas positivas entre investidores e agências de classificação de risco: acredita-se que ele oferecerá estabilidade e segurança. O lulopetismo usa essa crença como permissão para fazer o mínimo. Sem Levy, a guinada econômica teria que ser pra valer. Com ele, o governo ganha tempo, preparando um novo ciclo de populismo fiscal para as vésperas do ano da graça de 2018.

Segundo Singer, na mesma entrevista, "com gente do PT", o ajuste "poderia ser feito ao longo de anos", "de uma forma menos violenta". Nisso, ele não tem razão. Sem a confiança depositada em Levy, seria impossível fazer um ajuste de baixa qualidade, que não é acompanhado por reformas destinadas a aumentar a produtividade da economia. Face ao espectro do rebaixamento da nota do Brasil, a "gente do PT" seria compelida a praticar uma cirurgia profunda. Com o "banqueiro", porém, o governo pode apostar tudo num fiscalismo primitivo e esquecer as múltiplas ineficiências que bloqueiam o investimento privado. Sob o seu encanto provisório, o governo pode conservar os arcaísmos da administração pública, do sistema tributário, do mercado de trabalho e da política comercial. À sombra de Levy, a Petrobras continua a brincar de conteúdo nacional e de regime de partilha no pré-sal. Fora, Levy!, pois já passa da hora de encarar a realidade.

A operação Levy inscreve-se na tradição brasileira da ofuscação, que protege os interesses gerais da elite política às custas dos interesses do país. Com "gente do PT", o lulopetismo seria obrigado a conduzir, à luz do dia, a política econômica que condena nas resoluções farsescas de seus congressos. Com "gente do PT", o país poderia revisitar criticamente uma longa trajetória de ufanismo neonacionalista revestida com o papel de parede da redenção popular. Por outro lado, com o "Cristo" providencial, ficamos reféns de um governo que não governa e de um Congresso sujeito aos caprichos de figuras como Renan Calheiros e Eduardo Cunha.

De salvadores da pátria, basta Lula. Fora, Levy!


13 de junho de 2015
Demétrio Magnoli

ÉPOCA DENUNCIA OS SUPERSALÁRIOS DOS JUÍZES E PROMOTORES





















Quando o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anunciou a promoção do juiz Geraldo Prado a desembargador, em 2006, fez-se um silêncio embaraçoso no salão onde transcorria a sessão. Foi com desgosto que muitos receberam a notícia da promoção por antiguidade – ou “inevitabilidade”, como Prado define. Ele desagradava à maioria dos demais juízes da corte, em virtude de suas decisões “excessivamente liberais” nas Varas Criminais. No fim dos anos 1990, constrangera os colegas ao liderar, ao lado de poucos, um movimento pelo fim do nepotismo no Tribunal. O juiz Prado estava na vanguarda do que era inexorável: a lenta mas firme assepsia nos maus hábitos do Judiciário brasileiro. O nepotismo acabou banido, mas apenas em 2005, por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Ao tomar posse como desembargador, o juiz Prado aprontou outra. Recusou-se a rodar num carro oficial, símbolo de poder dos desembargadores. O presidente do Tribunal tentou demovê-lo. Argumentou que a atitude “diminuiria a força institucional da magistratura”. Não colou. Até se aposentar, em 2012, só ele e um colega, entre 120 desembargadores, abdicaram do conforto. Para o juiz Prado, “o carro oficial significa um status incompatível com a República”.
“Deve ser usado em prol do beneficiário do serviço e não do servidor. O magistrado da Infância e Juventude deve ter uma viatura à disposição para atender à demanda. Mas não tem sentido o conjunto da magistratura ter carro oficial”, diz o desembargador aposentado e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
32 ACRÉSCIMOS AOS SALÁRIOS
Nos últimos anos, atitudes como as do juiz Prado ajudaram na depuração dos vícios e privilégios que persistiam há décadas no Judiciário. Resultaram na criação dos Conselhos Nacionais da Justiça e do Ministério Público (MP). Juízes e seus primos, os procuradores e promotores dos Ministérios Públicos, tornaram-se mais transparentes e produtivos. Hoje, trabalham com metas e planos estratégicos para diminuir a proverbial lentidão dos nossos Tribunais. Ainda há, porém, um longo caminho a percorrer rumo ao Judiciário que o Brasil precisa. É preciso paciência. São muitos os obstáculos.
Um deles, talvez o mais urgente a ser enfrentado, envolve os altos salários dos juízes estaduais – e, também, dos promotores dos Ministérios Públicos dos Estados. Desde 2003, quando o Congresso estabeleceu o salário dos ministros do Supremo como teto constitucional para os funcionários públicos, os Tribunais e MPs estaduais passaram a criar toda sorte de expedientes para engordar o contracheque. Hoje, o teto é de R$ 33.763. Os penduricalhos são muitos – ao menos 32 tipos de auxílios, gratificações, indenizações, verbas, ajudas de custo… – mas o objetivo é apenas um: ganhar mais do que determina a Constituição. Nada disso é, por enquanto, ilegal. Mas não são poucos os juízes e promotores que se questionam: é correto?
QUASE R$ 60 MIL
Nos últimos oito meses, Época apurou, junto aos 27 Tribunais de Justiça e aos 27 MPs estaduais, os reais vencimentos – e todos os benefícios – de magistrados e promotores, incluindo salários, vantagens pessoais e auxílios (consulte os vencimentos pagos por Estado no gráfico abaixo). Confirmou-se o que todos no Judiciário suspeitavam: o contracheque de juízes e promotores ultrapassa, e muito, o teto constitucional de R$ 33 mil.
A média de rendimentos de juízes e desembargadores nos Estados é de R$ 41.802 mensais; a de promotores e procuradores de justiça, R$ 40.853. Os valores próximos mostram a equivalência quase perfeita das carreiras. Os presidentes dos Tribunais de Justiça apresentam média ainda maior: quase R$ 60 mil (R$ 59.992). Os procuradores-gerais de justiça, chefes dos MPs, recebem, também em média, R$ 53.971. Fura-se o teto em 50 dos 54 órgãos pesquisados. Eles abrigam os funcionários públicos mais bem pagos do país.
No Brasil, o inicial de magistrados e membros dos MPs, na maioria dos Estados, R$ 24.818, corresponde a 14 vezes a média de rendimento de trabalho do país – R$ 1.817, conforme a Pnad. Comparados os vencimentos totais dos magistrados levantados por Época, a proporção se elevaria para 23 vezes. Segundo o IBGE, em 2013, 99% dos brasileiros recebiam até R$ 10.500 mensais, e a média do 1% mais rico do país era R$ 18.899.

13 de junho de 2015
Raphael Gomide e Lívia Cunto Salles

ITAMARATY VAI LIBERAR DOCUMENTOS SOBRE LULA E ODEBRECHT



Lula e Odebrecht: tudo a ver
O Ministério das Relações vai liberar os documentos que citam a empreiteira Odebrecht e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, requisitados pela revista “Época”, e que seriam reclassificados do caráter “reservado”, com sigilo de cinco anos, para “secreto”, com 15 anos. A informação oficial deve sair por meio de uma nota, a ser divulgada pelo ministério.
De acordo com informações do jornal “O Globo”, o diretor do Departamento de Comunicações e Documentação do Itamaraty, João Pedro Corrêa Costa, consultou a Subsecretaria-Geral de América do Sul, Central e Caribe e outros departamentos do Itamaraty sobre a necessidade de se reclassificar os documentos requeridos por um repórter da revista “Época”, já que o jornalista já havia feito reportagens sobre as viagens internacionais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua relação com a empreiteira.
MEMORANDO SECRETO
O Memorando, classificado como secreto, teria sido distribuído no dia nove de junho para que as áreas dessem resposta até o dia de hoje, quando vencia o prazo de 20 dias para apresentar resposta ao repórter. Classificados apenas como reservados, os documentos pedidos pelo jornalista já deveriam ser públicos, já que o prazo de sigilo é de apenas cinco anos. Se fossem reclassificados para secretos, o sigilo passaria a ser de 15 anos; ou seja, os mais antigos seriam abertos apenas em 2018.
De acordo com informações do Itamaraty, os documentos não chegaram a ser reclassificados – a possibilidade ainda estava sob análise da área – e serão imediatamente liberados para consulta pública. A consulta sobre a reclassificação seria praxe na época do vencimento dos prazos de sigilo e quando os documentos possam ter relação com a presidência da República. No entanto, o memorando citava especificamente o fato de repórter que pedira acesso já ter feito reportagens sobre a relação de Lula com a Odebrecht a o apoio internacional que o ex-presidente dá à empreiteira brasileira.

13 de junho de 2015
Deu em O Tempo

LULA COBRA EXPLICAÇÕES DA REPÚBLICA E EXIGE QUE O DEFENDAM

Algumas cabeças ilustres da República tiveram, ontem, que dar satisfações a Lula, o ex-presidente que não desencarna nunca do papel que hoje cabe a Dilma.

O motivo? A convocação de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula e uma espécie de contador da família Silva, pela CPI que finge investigar a roubalheira na Petrobras.

O governo tem folgada maioria na CPI desde que o PMDB se comporte ali como ele quer. Há dois dias, a turma do PT faltou a mais uma sessão da CPI. E o PMDB resolveu dar uma traidinha.

Foi o que bastou para que a oposição aprovasse a quebra do sigilo do ex-ministro José Dirceu e da empresa de consultoria dele. E chamasse Okamotto para depor.

Espera-se que Okamotto, que conhece Lula melhor do que a própria Dona Marisa, fale sobre as relações do Instituto Lula e do próprio Lula com empreiteiras que prestaram serviços à Petrobras.

Lula ficou furioso. E o primeiro a sentir o peso da sua fúria foi o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). Lula foi ríspido com ele. Temer também se disse surpreendido pela convocação de Okamotto.

“Você não sabe que há uma campanha de destruição de minha imagem?” – perguntou Lula a Temer. “Como o PMDB deixou que a CPI chamasse Okamotto?”.

Temer transferiu as perguntas para Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. Eduardo respondeu que não sabe o que houve. Irá se informar.

Em Salvador, onde participa do 5º Congresso do PT, Lula reuniu-se com Rui Falcão, presidente do partido, com o líder do governo na Câmara, José Guimarães, e com o relator da CPI.

Tomou satisfações. E exibiu que o partido não deixe que coisas assim voltem a acontecer. Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI, queixou-se da falta de articulação política do governo.

O articulador político do governo é Temer. Deixará de ser caso seja bem-sucedida a campanha movida contra ele pelo ministro Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil da presidência da República

Para Mercadante, o governo deveria nomear um ministro unicamente para cuidar da articulação política. Temer que continue cuidando da aprovação pelo Congresso do ajuste fiscal.

Dilma assegura que Temer continua prestigiado. Mas ninguém dentro do PMDB acredita que Mercadante seja capaz de dar um único passo sem o sinal verde de Dilma. Logo...



13 de junho de 2015
Ricardo Noblat

O BRASIL EM CHAMAS! QUEM PODE NOS SALVAR?

O Brasil, em particular, e toda a América Latina em geral, salvo raríssimas exceções, vivem e convivem com uma grande perplexidade:  economia, revestida de assimetrias, e alimentados pelo ódio com uma reservada luta entre classes.

Fazem a reforma política e mantêm o voto obrigatório... Necessitamos de uma contrareforma... Escandaliza-nos a corrupção desenfreada, e os moralistas de plantão se permitem dizer que tudo passará depois das reformas e ajustes fiscais. Inflação em alta, desemprego de mais de um milhão de pessoas no primeiro semestre, a economia esfrangalhada e sem a perspectiva de reviravolta.

Aos corruptos que lesaram a pátria e mancharam a reputação das estatais defendemos que além das sanções penais e administrativas, durante cinco anos seguidos e ininterruptos sejam taxados na pessoa física e nas jurídicas, apenas os sócios ostensivos ou laranjas, em dez por cento sobre o patrimônio declarado e multa de cem por cento, cuja receita metade
seria destinada para melhoria dos serviços públicos e a outra para as empresas vítimas de suas ações delituosas.

É supérfluo taxar o andar superior se o topo da pirâmide. Não nos mostra o bom exemplo e claudica em termos de governabilidade. Infelizmente estamos assistindo um momento delicado e assaz triste no qual legislativo e executivo se acusam, trocam farpas, mas não apresentam rumos de mudanças e alternativas para o País.

O segundo semestre será ainda mais problemático. As previsões já acenam... Não temos linhas de crédito e o pacote de infraestrutura de portos, aeroportos e ferrovias é muito incipiente para a grandeza do Brasil. O produto interno bruto será, e ninguém duvida, negativo, podendo chegar até 1,4% o que é catastrófico para um País das dimensões continentais e com uma população acima de 205 milhões de habitantes.

Partidos de oposição? Nenhum! Todos querendo seus privilégios permanência de cinco anos, e a obrigatoriedade do voto é um curral eleitoral sem igual. Continuamos sendo tutelados e curatelados pelo velho Estado das capitanias hereditárias, e do cartorialismo aonde a burocracia vende dificuldades em troca da compra de facilidades.

O modelo não se sustenta, e todos sabemos que as esperanças de jovens e de trabalhadores se definham. Mais de 300 mil brasileiros foram aos EUA somente no primeiro semestre do ano,de acordo com estatísticas de vistos, passeios e viagens, mas o que preocupa é que boa parte se vai com intenção de não mais voltar, a comprovar que o Brasil não tem mais jeito, está tomado e dominado numa fogueira que ameaça se propagar para os quatro cantos da vida nacional.

As empresas estão dispensando em massa, licenciando, e reduzindo os investimentos. Além disso o endividamento do cidadão, a falta de liquidez, ausência de crédito, degringolam as esperanças de mudanças nas conjunturas da crise pública que afeta a iniciativa privada. Enquanto isso os juros sobem estratosfericamente acalentando a rentabilidade e o lucro das instituições financeiras, circulo vicioso sem igual na nossa situação atual.

A cada dia um escândalo diferente, diversos envolvidos, desvios de dinheiro público e o descrédito nas instituições, ao passo que o financiamento privado das campanhas representa retrocesso. Não há almoço de graça e quando cobram querem até a melhor sobremesa no prato da impunidade.

Ninguém acredita em sã consciência que teremos fôlego e campo de manobra. A tentativa de abertura do Mercosul para Europa demorou mais de uma década, e os americanos não estão entusiasmados com a visita de Dilma. Apenas duas personalidades podem mudar completamente o rumo da história: o presidente Barack Obama que tem sua jornada em término de mandato e o Papa Francisco. Ambos devem olhar e conclamar reformas, melhorias e mudanças pragmáticas para a sofrida, cansada e espoliada América Latina, cujos governantes representam o fosso da imoralidade e indecência.

Sem o pulso forte e firme de um líder político e outro religioso a tenebrosa situação se espalha com incontáveis ares de afetação da tessitura social e rompimento do tecido em algum momento mais agudo da crise.
13 de junho de 2015
Carlos Henrique Abrão

A MÁGICA DA REPROVAÇÃO

SÃO PAULO - O pensamento mágico, definido como a atribuição de relações causais entre atos e eventos que não podem ser justificadas pela razão e pela observação, permeia nossa espécie. Por vezes, ele é só divertido, como ocorre quando o técnico de futebol faz questão de usar sua meia da sorte em todos os jogos da equipe. Sua hipótese é desmentida a cada derrota do time, mas isso não o faz abandonar o fetiche.

Em outras ocasiões o pensamento mágico se revela menos benigno. É o que ocorre com a ideia de que obrigar um aluno de baixo desempenho escolar a repetir de ano vai fazê-lo aprender. A tese, embora possa ter apelo intuitivo –desta vez, ele vai estudar!–, não é amparada pelas evidências empíricas. Ao contrário, metanálises como a de Holmes e Matthews (1984) e a de Jimerson (2001) compararam os resultados de dezenas de estudos e concluíram que, ao menos no ensino fundamental, a reprovação não só não é benéfica como pode piorar o desempenho do aluno.

Com efeito, se um estudante não consegue aprender, ou o problema está nele, ou na escola. No primeiro cenário, o remédio seria descobrir quais são suas deficiências e tentar repará-las. Mas, sem uma ação voltada especificamente para este aluno, não parece inteligente apenas obrigá-lo a repassar pela mesma experiência esperando resultados diferentes. Se a falha está no sistema, então o buraco é mais embaixo, e a reprovação como meio de corrigir o problema fica mais difícil de justificar.

Apesar disso tudo ser conhecido de educadores há tempos, o prefeito Fernando Haddad decidiu, dois anos atrás, aumentar o número de séries em que os alunos da rede paulistana podem ser reprovados. Os resultados apareceram agora: a repetência mais que dobrou, passando de 2,2% para 5,4%. Estamos pagando mais para que os alunos se saiam pior.

A grande tragédia do pensamento mágico é que, nas democracias, ele facilmente se converte em políticas.



13 de junho de 2015
Hélio Schwartsman

DRAMA, COMÉDIA OU FARSA?

Parece cômico, mas é dramático: “A CUT defende a imediata redução dos juros, para investir mais em políticas sociais, crescimento, geração de empregos, redução da desigualdade e da pobreza.” A pergunta é: quem não quer? Até bancos e especuladores malvados, inimigos do povo, que são os que mais ganham com os juros altos, que ganham sempre, querem ganhar mais com os juros baixos da CUT.

No início do primeiro mandato, Dilma se sentiu poderosa para baixar os juros no grito, na “vontade política”, ignorando as leis econômicas e suas consequências, tudo por amor ao povo, e deu no que deu: juros a 13,75% e inflação a 8,25%.

O mesmo com a energia elétrica. Baixou os preços na “vontade política”, rompendo contratos, desorganizando o mercado e dando no que deu: o seu querido povo — o beneficiário — hoje paga tarifas escorchantes, muito mais altas do que antes do “ajuste social” de Dilma.

Um dos grandes temas do congresso do PT vai ser a “taxação das grandes fortunas”, que pagaria a conta dos descalabros fiscais do governo no lugar dos pobres. Enquanto isso, as verdadeiras fortunas estão prontas para migrar seus investimentos, legalmente, num clique de mouse, para países onde serão menos taxados, justo na hora em que o país mais precisa de investimentos.

O PT comemorara o aumento do imposto sobre o lucro dos bancos, como ajuda para o ajuste fiscal, tomando mais de quem ganha mais. É justo e faz sentido. Faria, se os bancos não fossem aumentar as tarifas e serviços para compensar a perda com o aumento do imposto. Pagarão a conta todos os correntistas dos bancos, principalmente os pobres, e os bancos ficarão ainda mais ricos.

“Eu não vou tomar medidas impopulares porque sou sempre a favor do povo”, prometia Dilma nas eleições. Seria cômico, se não fosse trágico. Se tivesse tomado as medidas necessárias, mas impopulares, a tempo, talvez não ganhasse a eleição, ou até ganhasse mais fácil, com mais moral, mas certamente melhoraria muito a vida dos brasileiros e evitaria o atoleiro em que estamos hoje.

Parece que eles acreditam mais em Plano Cruzado do que em Plano Real.



13 de junho de 2015
Nelson Motta

A ONDA CONSERVADORA

O PT, na tentativa de explicar a rejeição geral de que padece, denuncia o advento de “uma onda conservadora” no país.
A direita, financiada sabe-se lá por quem, estaria por trás da insatisfação popular que penaliza o partido, confinando-o aos ambientes fechados, imunes a vaias e panelaços.

Tudo, no fim das contas, não passaria de um artifício perverso, vitimando gente boa e inocente.

Na realidade, porém, não há um elo ideológico entre os insatisfeitos, que, segundo as pesquisas, já passam de 90%. Entre os que pedem a saída do PT do poder, há de tudo: progressistas decepcionados, liberais ortodoxos, socialdemocratas, até os que pedem intervenção militar.

A maioria, porém – quer na classe média, quer entre os mais pobres, onde a rejeição aos petistas atingiu níveis inéditos -, não professa nenhuma ideologia. Quer apenas ser governada por gente decente e com alguma competência. E o que vê é o contrário: um governo ruim, cercado de escândalos por todos os lados.

Os ajustes na economia pressupõem a vigência de desajustes, construídos em doze anos de governo petista. Não é possível atribuí-los a antecessores, até porque os três últimos eram do próprio PT. Não bastasse, há os escândalos. Nada disso é conservador ou progressista: simplesmente é.

Se os 90% que rejeitam o governo do PT, segundo pesquisas encomendadas pelo próprio Planalto, compusessem uma “onda conservadora”, o Brasil estaria protagonizando um fenômeno mundial: um país conservador sem um único partido a vocalizá-lo. Todo o espectro partidário se diz de esquerda ou centro-esquerda. Até o DEM se diz um partido de centro. Ninguém é de direita.

O conservadorismo brasileiro é muito mais na esfera comportamental, relacionado a valores de índole religiosa, decorrentes de sua formação cristã, que de ordem político-doutrinária. O brasileiro médio continua a crer mais no Estado que na iniciativa privada - mas não, obviamente, num Estado criminoso.

O de que se trata, pois, é de simples rejeição ao crime e à incompetência. Nada mais. E o crime, como a incompetência, não é de direita, nem de esquerda, nem de centro – é simplesmente crime. O próprio PT, ao propor, neste 5º Congresso que realiza em Salvador, uma volta a seu projeto original, reconhece desvios e “malfeitos”. Ninguém volta ao lugar de onde não saiu. E o partido, que chegou ao poder como paladino da moral, não apenas profanou seu projeto de origem: tornou-se a síntese do que rejeitava.

Aliou-se aos que, no passado, chamava de facínoras, e superou-os na arte da rapina. Elevou-a à casa dos bilhões. Pedro Barusco, o gerente que servia a Renato Duque – o homem do PT na Petrobras – confessou ter recebido R$ 200 milhões em propinas. E, para não deixar dúvida, devolveu-os.

Se a confissão é a rainha das provas, adquire ainda mais majestade quando acompanhada da devolução do roubo.

Todo o escândalo mundial da Fifa, até aqui, revelou o desvio de R$ 150 milhões. Ou seja, a ladroagem futebolística perde de goleada não para a do PT, mas apenas para de a de um de seus subalternos. Pelo montante em jogo e evidências de que o padrão criminoso se estendia a outras estatais, sabe-se que é impossível que tenha sido fruto, como declarou a presidente Dilma, apenas da ação de um “quarteto de delinquentes”.

As sucessivas investigações da Operação Lava-Jato mostram que figurões do partido – e do governo - estiveram à frente do maior assalto aos cofres públicos de que se tem notícia.

A própria Petrobras admite, em seu balanço recém-divulgado, o roubo de R$ 6 bilhões – que a ex-presidente, Graça Foster, havia dito que era de R$ 88,6 bilhões. Os números, por enquanto, dão mais credibilidade às contas de Graça Foster que às de seu sucessor na presidência da estatal, Aldemir Bendini.

O presidente do PT, Rui Falcão, diz que jamais nenhum governo investigou tanto a corrupção quanto os do PT. No entanto, o mesmo governo, que diz promover as investigações, se empenha no Congresso em barrar CPIs, como a do BNDES. E protesta contra o enquadramento de seus delinquentes na Justiça.

O que está claro é que o governo não investigou coisa alguma; apenas não conseguiu impedir que órgãos do Estado, como Polícia Federal e Ministério Público, o fizessem.

Se estivesse a seu alcance impedi-lo, não há dúvida de que o faria, como o faz no Congresso ao acionar sua maioria para impedir a instalação de CPIs ou sabotar as já instaladas.

Nada disso tem relação com “onda conservadora”. Se há sinais de que esse pensamento revive em alguns âmbitos (universidades, meios de comunicação) – e isso é saudável, pois o contraponto ideológico está na essência da democracia -, claro está também que nem de longe ameaça a hegemonia do pensamento esquerdista e não tem forças para levar milhões às ruas. As multidões não saíram em protesto por inspiração de Adam Smith, mas pelo conjunto da obra dos governos Lula e Dilma.

A onda de rejeição está mais relacionada à letra do Código Penal que à dos manuais de doutrina política. Se se quer conservar alguma coisa, é o que resta de decência e bom senso no país.


13 de junho de 2015
Ruy Fabiano

O "CALA BOCA JÁ MORREU"...

“Quem manda aqui sou eu.” A ministra-relatora Carmen Lúcia não precisou completar o velho refrão popular na histórica decisão da última quarta-feira que sepultou as mordaças e liberou a publicação de biografias não autorizadas.

A ministra dispensou o complemento porque a proclamação não é dela, é da suprema corte (a decisão foi unânime), inspirada na Constituição e nos princípios que regem o Estado Democrático de Direito.
Resposta solene, altiva, firme e endereçada aos acabrunhados pelos espetáculos oferecidos em outro canto da Praça dos Três Poderes em Brasília. 

Naquela mesma tarde, a bancada evangélica da Câmara dos Deputados com o discreto apoio católico interrompeu a carnavalesca discussão sobre a reforma política para celebrar um culto religioso em plenário diante do presidente da Casa, Eduardo Cunha, em protesto pelas profanações que teriam sido cometidas durante a Parada Gay no domingo anterior.

Cena inédita nos anais de uma república que se considera laica, só foi contestada pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP). No dia seguinte, o pastor-milionário Silas Malafaia saiu-se com o estapafúrdio raciocínio de que “o estado pode ser laico mas o povo não é laico”.

É possível que alguns magistrados que sepultaram a censura prévia no plenário do STF não endossem todas as premissas libertárias de seus colegas. Porém, ao perceber que votavam uma cláusula pétrea da Constituição, não havia como escapar de um voto cabal e severo. 
O caráter histórico da sessão do STF tem muito a ver com o teor da deliberação, mas também com o seu aspecto formal – manifestação categórica, inquestionável, inequívoca –assumida num momento em que as instituições parecem assentes em geleia e as lideranças políticas exibem-se exangues e desossadas.

A votação da reforma política engendrada e capitaneada pelo sumo-sacerdote Eduardo Cunha está produzindo um monstrengo desprovido de qualquer inteligência e lógica, incapaz de gerir um Estado moderno e servir a uma sociedade que já consegue enxergar suas mazelas, mas ainda incapaz delivrar-se delas.

A triunfante proclamação “o cala boca já morreu” proferida no plenário do STF foi gerada pela paranoia de um cantor-compositor, visivelmente defasado, instrumentado por uma agente e promotora de eventos que conseguiu arregimentar outras estrelas da música popular sob a pueril alegação de que os biógrafos querem apenas cevar-se na fama das celebridades e abiscoitar parte de suas fortunas.

A precariedade desta argumentação e a pobreza do elenco original conseguiram armar um dos mais acirrados debates sobre a liberdade de expressão dos últimos tempos. Este primarismo justifica o recurso retórico da ministra Carmen Lúcia ao utilizar um popularíssimo refrão – que em outras circunstâncias poderia parecer impróprio e demagógico – para encerrar a impertinente e infeliz pendência deflagrada pelo “rei” Roberto Carlos para satisfazer a sua onipotência. 
Assunto encerrado.

13 de junho de 2015
Alberto Dines

O PODER DO POVO

Quanto mais acompanho o cenário político atual, mais aumenta o meu ceticismo sobre a possibilidade de encontrar soluções para tantos problemas com as lideranças que conduzem os nossos destinos nos dias de hoje. 

O governo só tem olhos para o governo, assim como o Congresso e o Judiciário, e ninguém se preocupa com o Brasil. Se não, como explicar o ajuste fiscal – sem dúvida necessário para cobrir as “brincadeirinhas”, como diria o ministro Levy, do primeiro mandato da presidente Dilma –, que corta benefícios da sociedade, aumenta impostos e mantém o Estado do mesmo tamanho, com a mesma estrutura inchada e pesada? 

Em nenhum momento o governo fala em reduzir custos e tornar os serviços mais eficientes. E todos nós sabemos que uma coisa é cortar despesas e contingenciar recursos e outra, muito mais profunda e abrangente, é reduzir custos.


Na contramão do ajuste que penaliza a sociedade, o Judiciário quer aumentar sua fatia no bolo dos impostos e o Congresso, depois de mais benefícios pessoais e mais repasses aos partidos políticos, pretende, ainda, construir um novo anexo para, dizem, melhorar as condições de trabalho dos parlamentares. E no meio do caminho ainda há uma reforma política capenga e a Operação Lava Jato pairando ameaçadora sobre a cabeça de tantos políticos e autoridades.

Nem mesmo no governo federal e no PT há unanimidade em torno do ajuste fiscal e do corte de despesas. Talvez nem mesmo a presidente as defenda com a convicção necessária, ela que, na campanha eleitoral, tanto execrou as propostas neoliberais que agora pretende adotar. No Congresso, o quadro parece ainda pior. Está difícil até identificar quem é da situação ou da oposição. Uns aprovam agora o que desaprovavam ontem enquanto outros fazem exatamente o contrário, como no caso do fator previdenciário.

Ninguém pensa no Brasil. Ninguém apresenta propostas, não apenas para nos tirar do atoleiro atual, mas para restituir aos brasileiros a confiança no trabalho e na produção como meios de atingir a prosperidade e o bem-estar. Não podemos ficar indefinidamente à mercê dos humores de Brasília e das guerras travadas no Congresso nem sempre com propósitos claros.

O Brasil não precisa de muitas reformas. Aliás, precisa de uma só: de uma reforma que restabeleça os princípios de uma verdadeira república democrática antes que a democracia e a república percam sentido como forma de organização social e representação diante dos absurdos que se cometem em seus nomes.

E o ponto central da proposta deve ser retirar o excessivo poder dos políticos e governantes e devolvê-los ao Estado como instituição. Limitar as prerrogativas de criar estruturas e contratar funcionários, o que, com toda certeza, enfraquecerá o tal presidencialismo de coalizão, que nada mais é do que o “toma lá dá cá”, com troca de cargos em comissão e diretorias de estatais por apoio político e maioria nas casas legislativas.

Fundamentalmente, é preciso perguntar à sociedade qual o tamanho do Estado que ela está disposta a bancar com os seus impostos. E isso não me parece tarefa para políticos. Eles não vão cortar na própria carne. Meu sentimento é de que se a sociedade quiser mudanças efetivas terá que tomar o processo em suas mãos, se organizar para pressionar, se mobilizar colocando os interesses do país acima de interesses setoriais, fazer valer, de fato, o poder que sempre deve emanar do povo.

13 de3 junho de 2015
João Elisio Ferraz de Campos

OS NOVOS MALIGNOS

Existem pessoas que pensam vinte e quatro horas por dia em fazer o mal, como tirar dinheiro principalmente da classe média e dos menos favorecidos, tanto na esfera pública como na área privada. 
São os malignos, criaturas do mal. Nero, Calígula, Herodes. Foram sucedidos pelos novos malignos, mais sutis. No setor público, criam dificuldades para gerar facilidades. 
Há dezenas de impostos, taxas, contribuições tarifas e cobranças de toda ordem. Aumentam arbitrariamente as alíquotas.

Inventam justificativas pueris para extorquir o cidadão. Agora, a prefeitura do Rio de Janeiro, ao transferir da Santa Casa para a iniciativa privada a administração dos cemitérios, criou um verdadeiro IPTU dos mortos. Vai começar a ser cobrada dos proprietários dos jazigos uma taxa de até R$ 500,00 por ano a título de manutenção, para começar, sob pena de perda da propriedade em três anos. Isto é para começar. Depois, o céu é o limite.

Ao mesmo tempo, diminuíram a alíquota do IPTU de supermercados para quase a metade e beneficiam os segmentos financeiro e bancário, que, apesar de usufruírem o maior lucro da história, praticamente nada pagam de imposto de renda em comparação com o assalariado. É a tática “Hood Robin”: tirar dos pobres e remediados para dar aos ricos, ao contrário do lendário aventureiro Robin Hood. A indústria de multas prospera inclusive com a sociedade de empresas privadas.

A cada mudança na legislação ocorre mais um assalto ao contribuinte. Tanto na esfera federal, como na estadual e na municipal. Os governantes estão cada vez mais ricos. Vão ao Exterior como o cidadão comum vai à Niterói. 
Gastam fortunas em festas suntuosas e segurança para si e para seus parentes. Transmitem o mandato legislativo de pai para filho, de marido para mulher, de avô para neto, ancorados em uma sólida base assistencialista e clientelista, usando a corrupção. 
O empreguismo é desenfreado. E o pior. Pouco é dado em contrapartida. As estradas estão resumidas a uma sucessão de crateras (vide BR-101), a energia vai entrar em colapso em mais um ano caso o Brasil volte na crescer acima de 3 % ao ano. A corrupção campeia em todos os segmentos.

As comunicações foram entregues a corsários alienígenas. A saúde pública está abandonada. A educação pública, refém de cotas, forma analfabetos funcionais. A segurança pública desapareceu. 
A previdência pública está sendo deliberadamente quebrada, para propiciar o crescimento da previdência privada. Os fundos de pensão estão sendo saqueados. 
O país cresce como rabo de cavalo. Para baixo. Enquanto isto, países pertencentes aos BRICS, em especial China, e Índia crescem. São nações soberanas e em desenvolvimento. Mas lá os corruptos são exterminados com um tiro na nuca e a família ainda paga a bala.

Na esfera privada, progressivamente toda a atividade produtiva vai sendo comprada pelo segmento financeiro. De fato, o segmento especulativo no Brasil agora usa empresas comerciais e industriais para captar clientes cativos e lucrar, de fato, no giro do dinheiro. 
É por esta razão que, atualmente, é muito difícil comprar à vista em qualquer loja. O desconto oferecido não compensa, quando é comparado com a possibilidade de pagamento no cartão de crédito, em várias parcelas, “sem juros”. 
É óbvio que o valor dos juros já está embutido no preço estipulado da mercadoria oferecida. Vejam as ofertas das principais lojas de varejo no Brasil. Aceitam o pagamento em 12 vezes, com início até dois meses depois da compra, sempre anunciando, com raras exceções, que o valor é o mesmo tanto para o pagamento à vista como em “suaves” prestações. 
Evidentemente, não pode ser. Outro exemplo marcante é o empréstimo com consignação em folha para aposentados e pensionistas, com risco zero para os Bancos, que chegam a cobrar até 5% ao mês. É uma das maiores crueldades perpetradas contra os menos favorecidos, os quais estão se endividando brutalmente, estimulados por irresponsáveis meios de comunicação, sem o menor controle por parte das autoridades econômicas.

Mais um exemplo é a chamado Bolsa Família, que agrupou vários benefícios de caráter assistencialista, com finalidade nitidamente eleitoreira. É inclusive um obstáculo à mobilidade social, pois se o beneficiário conseguir algum rendimento adicional legal, perde a doação, abrindo caminho para uma grande quantidade de desvios e descaminhos, favorecendo a economia informal. 
É criada a cultura do “coitadinho”, onde não é necessário esforço para conseguir o sucesso. Não precisa estudar, nem trabalhar, pois o Grande Pai proverá tudo aquilo necessário. Surgem as quotas e bolsas. Se não possui casa própria é só invadir que lhe será dada.Só que a fonte fornecedora dos recursos está secando, pois cada vez mais existe menos renda na população pagadora de impostos e mais “benefícios” criados pelos malignos.

É difícil combater os malignos, pois seu poder é incomensurável. Controlam os meios de comunicação, elegem representantes no Poder Executivo e no Legislativo. Influenciam até o Judiciário, nomeando “adeptos”. 
O povo brasileiro merece respeito e dignidade. É chegada a hora de todas as pessoas de bem unirem-se para que, algum dia, nossa Pátria volte a ser o que já foi em tempos passados. Um Brasil soberano, em ritmo de desenvolvimento, funcionando quase a pleno emprego, com uma classe média pujante e com a contrapartida de serviços coletivos dignos.


13 de junho de 2015
Marcos Coimbra

O PAÍS DOS PALIATIVOS - "TAPE O SOL COM A PENEIRA"

Em um certo país, que talvez conheçamos bem, a regra parece ser “tape o sol com a peneira” e tome atitudes meramente paliativas. Lá, ou aqui para ser mais exato, as coisas funcionam mais ou menos assim: não consegue passar para faculdade? Ofertamo-lhe uma cota.

No entanto, o ideal é construir uma educação básica de qualidade como fazem os países desenvolvidos ou verdadeiramente em desenvolvimento, não é mesmo? Assim, todos teriam condições de serem aprovados para o curso superior ou ingressariam diretamente de acordo com o currículo escolar. Todavia, isso não facilitaria a carreira acadêmica dos filhos e netos dos “donos do poder” neste tal país. Esses (os filhos e netos dos donos do poder) estudam nos colégios e escolas mais caros e melhores preparados para aprová-los no tão concorrido ENEM.

Eles não precisam de cotas, são representantes da educação de qualidade e com toda certeza terão condições de concluírem seus cursos, diferentemente dos cotistas que por bulling, baixo conhecimento intelectual, dificuldades financeiras, necessidade de trabalhar, dentre outras questões acabam por abandonarem seus cursos.

A verdade é que este tal país mal administrado há séculos precisa de cursinhos, de escolas particulares, eles pagam impostos. Como impostos são o que mais importa por “laaqui”, neste tal país bem pertinho de você e de mim a educação pública básica e média de qualidade não existirá. A não ser que haja uma revolução social, que pessoas de bem passem a administra-lo. A educação, já vimos, vai mal! Como vai a segurança publica?

Neste determinado momento, existem menores cometendo crimes país afora, roubos de bicicletas, macha criminal sobrevoando a zona sul, ataques à faca e crianças, jovens e adultos usando “drogas pobres” nos principais pontos da cidade. Os agentes políticos que adoram adotar soluções paliativas para temas polêmicos como modo de manterem suas cadeiras ditam: reduza-se então a maioridade penal, reforce-se o policiamento por algum tempo, criminalize-se o uso de arma branca, põe-se à cavalaria nas ruas.

Está resolvido. Será? As causas, quem investiga, quem combate? Perguntamo-nos. As respostas vêm e começam a demonstração da paliatividade de tais medidas. Os presídios, casas de recuperação e casas de albergados, neste tal tão conhecido país não são reeducadores, muito menos ressocializadores, são verdadeiras escolas do crime. 
É possível julgar o grau de civilização de uma sociedade visitando suas prisões – Dostoiésvki – Crimes e Castigos. Novamente, o ideal é, como em países desenvolvidos…, tirar a população da marginalização através de abertura de postos de trabalhos, de formação profissional de qualidade, do incentivo ao consumo controlado.

Quanto às penitenciárias, fazer delas centros de recuperação através de atividades profissionais, sócias e culturais, além é evidente do término da superlotação. Não para por aí! O transporte público deste tal país “paliativista” também é decadente.

Meus Deus, Mulheres são assediadas nos trens abarrotados de passageiros! Grita o resolvedor palitivista que quer votos por uma lei que mascarará o verdadeiro problema. Fácil, de agora em diante haverá vagões exclusivamente para as mulheres nos horários- de-pico. Pronto. Mais fácil do que se imaginávamos, não? Não mesmo. 
O transporte público deste tal país, B, continua uma humilhação diária para mulheres e homens que além de tudo agora aglomeram-se juntos aos do mesmo sexo. Talvez logo tenhamos de por vagões exclusivos para os homossexuais e tenhamos de criar também cadeiras rosas para as mulheres, ou as elas não são assedias nos ônibus? Algumas das declarações mais constantes dos passageiros é que se sentem em uma lata de sardinha, que ao entrarem não conseguem mais mexerem-se, que é um dia-a-dia difícil nos transportes públicos.

Será que algum dos dirigentes, os “donos do poder” no país Brasil utilizam-se de transportes públicos? Será que durante a criação da “lei do vagão-rosa” foi discutido que uma das causas deste assédio era a superlotação dos trens? Pensemos…não, não. Praticamente, todas as respostas sobre representantes deste país utilizarem serviços prestados ao povo serão negativas. 
Os semideuses do Bras…não podem nem querem sentir ou mais sentir o que se passa com sua gente.
Os problemas e suas soluções que não procuram o cerne da problemática continuam. São problemas na saúde, nas rodovias, nos portos, problema com reforma política, com agronegócio, com reforma agrária e todos os demais que pararmos para pensar.

O mais importante objetivo deste texto é que percebamos o quanto nossas “autoridades” não possuem interesse em resolver realmente aquilo que é realmente necessário. Não obstante, precisamos entender, eles não vivem esses problemas, nunca saberão como é ser criado sem educação de qualidade, assistir às pessoas morrem nas portas dos hospitais, ser humilhado sendo pisoteado nas saídas dos trens, ter seus poucos bens tirados, quando não sua vida, por marginais que se tornam mais especializados a cada internação e tantas questões vividas e vivenciadas por integrantes da classe média até a base da pirâmide social. Este é o Brasil, o país dos paliativos!

13 de junho de 2015
Alan Nytty Andrade

O MUNDO IRREAL DE DILMA

O mar da conjuntura econômica internacional “não serenou” e as condições climáticas não ajudaram, por isso agora será necessário ter a “coragem” de fazer alguns ajustes, coisa pouca, sem tocar um dedo nas conquistas dos trabalhadores, “para dar continuidade ao processo de desenvolvimento”. 
Esta é a síntese da fala de 50 minutos de Dilma Rousseff, uma exemplar peça de ficção em que pediu apoio de seu partido, na abertura do 5.º Congresso do PT, em Salvador. Antes, Lula havia lido um discurso repleto das habituais críticas à mídia. Depois de afirmar que os veículos de comunicação “há dez anos tentam matar o PT”, garantiu: “Estamos aqui para mostrar que o PT continua vivo e preparado para novos embates”.


Em resumo, para o ex e a atual presidente da República, os brasileiros não têm com o que se preocupar: o governo e seu partido estão aí, firmes, fortes e confiantes, prontos a eliminar qualquer ameaça ao destino glorioso reservado – por obra e graça de Lula e de seus bravos companheiros – a este país como nunca antes em sua história. Mas o clima da abertura do congresso petista não foi exatamente de euforia. 
Enquanto os mandachuvas acotovelavam-se por espaço no palco, no plenário um número de congressistas bem abaixo dos 800 credenciados preferia conversar em voz alta e posar para selfies. 
O barulho era tanto que quase ninguém ouviu o discurso do presidente Rui Falcão. Depois, a maioria procurou prestar atenção à fala de Lula. Mas iniciou a debandada já na metade do pronunciamento de Dilma, a última a falar. Em contraste com o otimismo afetado das palavras dos dirigentes, era melancólica a imagem de um partido que se esforça para recolher seus cacos.

A presença de Dilma na abertura do congresso dá a medida de quanto ela sabe que precisa de seu partido para enfrentar a tormenta que se abateu sobre o governo logo após a posse no segundo mandato. 
Esperada apenas para o encerramento da reunião, Dilma abreviou sua participação no encontro de cúpula entre dirigentes europeus e latino-americanos, em Bruxelas, para dirigir de viva voz um forte apelo à militância petista para a execução do ajuste fiscal indispensável para “dar continuidade ao processo de desenvolvimento”. 
E foi enfática: “Nós não mudamos de lado, não alteramos o compromisso que temos com o Brasil, que o PT defende desde que chegamos ao governo”. E mais: “Somos um governo que tem a coragem de realizar ajustes ao processo de desenvolvimento”.

Na vida real, no entanto, apesar do esforço de dirigentes como Lula e Rui Falcão – que, mesmo assim, não conseguem disfarçar a insatisfação com a chefe do governo –, a união do PT em torno da equipe econômica de Dilma parece missão impossível. 
Falcão integra a Novo Rumo, uma ala da corrente majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual Lula é a principal expressão, e embora tenha trabalhado para suavizar as críticas ao ajuste fiscal no documento oficial do congresso, ele próprio condenou fortemente os sacrifícios que Dilma estaria impondo aos mais pobres. “É inconcebível uma política econômica que seja firme com os fracos e frouxa com os fortes.”

É tão obviamente incômoda a posição das lideranças petistas, especialmente as que não participam do governo, diante da atual crise política e de gestão econômica, que em seu discurso lido “para não falar com o fígado” Lula recomendou o engajamento da militância na defesa pública da presidente da República, mas preferiu dar ênfase a um de seus assuntos favoritos – os ataques à imprensa. 
Houve época, quando ainda era presidente da República, em que Lula reconhecia que não teria chegado onde chegou sem a ampla cobertura que todos os veículos de comunicação davam a seus passos, projetando para todo o País a imagem de uma nova e promissora liderança de cujo charme fazia parte execrar a política e os políticos.

A imprensa, de fato, tratava Lula com indisfarçável simpatia. Mas, quando o ex-líder sindical passou a exibir os mesmos defeitos daqueles que sempre combatera, o tratamento a ele dado pelos veículos de comunicação tornou-se crítico. E Lula, habilmente, tratou de tirar proveito político disso, posando de vítima da “imprensa golpista”. Mas esse truque cola cada vez menos.

13 de junho de 2015
Estadão

PETISMO E ANTIPETISMO


Petismo e antipetismo alimentam a contraposição mais marcante na conjuntura atual, algo que vem maturando desde, pelo menos, a campanha para as eleições presidenciais de 2014. 

Ainda que seja uma contraposição facilmente observável, nem tudo o que impulsiona os movimentos da conjuntura política pode ser reduzido a ela e, obviamente, não é aceitável tomar como verdadeira nem a narrativa nela contida nem as implicações diretas que ela imagina promover. 

Como autodefesa, o petismo lança mão recorrentemente da sua vitimização e o antipetismo agride inflacionando seu discurso com um anticomunismo anacrônico, que destoa do seu alvo de combate: o PT nunca foi ou se propôs a implantar o comunismo e seus governos sempre mantiveram uma distância segura em relação a qualquer orientação que possa seriamente ser qualificada como comunista.


Por antipetismo não se entende aqui a existência legítima de ação política de oposição aos governos do PT e menos ainda uma ação concertada da grande mídia em relação ao partido de Lula, argumentos da narrativa petista. 
O antipetismo emergiu na sociedade civil, em grupos e movimentos não conectados entre si, que se adensaram nas redes sociais para depois ganharem as ruas na campanha eleitoral, bem como nas manifestações de protesto e nos panelaços, logo depois da posse do segundo governo de Dilma Rousseff. 
O antipetismo é um sentimento de rechaço integral ao PT a partir de um conjunto difuso de interpretações e representações que tais movimentos lhe atribuem.

O antipetismo conseguiu ser a linha de frente do movimento pelo impeachment da presidente da República. Aventurou-se nessa estratégia e conseguiu a façanha de carrear para suas ações personalidades e grupos políticos com maior presença e experiência na cena política brasileira. 

Foi brevemente hegemônico, poderíamos dizer. Conseguiu quebrar o monopólio que o PT detinha sobre as ruas, como também o monopólio da qualificação do mundo político, especialmente dos seus adversários. 
Acertou e errou, fez o bem e o mal. Hoje não consegue reorientar sua estratégia de ação e começa a ver erodir na opinião pública o relativo prestígio que havia alcançado, ainda que, enquanto sentimento, dá sinais claros de que permanece latente e pronto para ser novamente ativado.

Formado a partir da ideia do “rechaço a tudo que está aí”, o PT não apenas se especializou em desqualificar, como sempre precisou criar ou ressignificar um ator político para se afirmar em oposição a ele. 

Na conjuntura atual, em razão dos inúmeros problemas que enfrenta, o petismo encontra-se na defensiva, mas continua a reiterar e a radicalizar seu método de construção identitária, brandindo sempre que necessário o “nós x eles”. 
Numa situação como essa, acuado, o PT manifesta sintomas mórbidos quando, em sua autodefesa, tenta mobilizar anacronicamente a noção de fascismo diante das investidas do antipetismo ou, pateticamente, busca apresentar-se como legítimo defensor da “democracia” fundada na Carta de 1988, que publicamente se recusou a votar por sua aprovação.

A cultura política do petismo é ainda uma incógnita. E permanecerá assim se o foco de atenção para compreendê-la continuar voltado para o embate entre suas correntes internas e para as vicissitudes da política e da economia, stricto sensu, vivenciadas pelos governos do PT. 
Não há certamente uma muralha chinesa entre essas dimensões e o petismo, mas não há obrigatoriamente relação de causa e efeito entre elas. O PT nasce da modernização conservadora empreendida pela ditadura, que, na clássica leitura de Luiz Werneck Vianna, resultou na “liberação dos instintos egoísticos” da sociedade civil. 

Na luta contra a ditadura novos seres sociais transplantaram para a política, via sindicalismo de resultados, o mundo dos interesses dos “de baixo”, recolhendo elementos como “eu quero o meu” ou “12% ou a morte”, uma consigna da primeira grande greve do final dos anos 1970. O amálgama desses anseios com ideias difusas de rebeldia, de esquerda e de um anticapitalismo romântico resultará no petismo. 

O PT não nasceu do embate ideológico e se julgava uma novidade que desconhecia qualquer predeterminação. 
Essa postura o levou inexoravelmente a uma política de polo, anticoncertacionista, que acabou por fraturar a frente oposicionista contra a ditadura. 
Ao rechaço à ditadura e depois aos governos de transição se somaria uma lógica de custo/benefício que instaurou definitivamente o “cálculo econômico” como critério de pragmática do PT, cimentando suas “escolhas racionais” como expressão legítima dos interesses que dizia representar. Daí aos governos petistas não há mudança significativa. O petismo estabeleceu assim um modus operandi que passou a funcionar no automático.

O PT recusou-se assim a construir a hegemonia. Desprezou possíveis aliados do difuso progressismo democrático e reformista, preferindo instaurar seu predomínio. Hoje, ao fracassar o seu “distributivismo sem reformas”, como bem apontou Cesar Benjamin, o PT dá as condições, a partir das alianças que consumou pragmaticamente, para o conservadorismo retomar seu fôlego no momento do seu ocaso.

Petismo e antipetismo são dois constructos ideológicos opostos que se estruturam em torno de discursos de padrão agonístico cujo principal objetivo é a construção intencional do adversário político. 

O primeiro é um mosaico disforme, que só conhece a razão dos seus interesses, um ator mais afinado com a perspectiva de “projeto de poder” do que com a noção de hegemonia de matriz gramsciana; enquanto o segundo é pura reação, errática na maior parte das vezes, sem liderança legitimada, que flutua por diversos canais e dificilmente encontrará seu Leitmotiv para estruturar sua unidade e lhe garantir alguma estratégia para o futuro.

13 de junho de 2015
Alberto Aggio

EM CENA, OS TRAPALHÕES. COM DILMA NO PAPEL PRINCIPAL

Atende pelo nome de “CPMF – O Retorno” a comédia candidata ao título de “A mais desastrosa trapalhada” encenada até agora pelo segundo governo Dilma. Uma comédia simplesmente inacreditável e pouco engraçada.

Em Salvador, onde participa do 5º Congresso do PT, o ministro Arthur Chioro, da Saúde, revelou que negocia com governadores a criação de um novo imposto para aumentar os recursos do setor.

Seria uma versão da Contribuição sobre Movimentações Financeiras (CPMF), o chamado imposto do cheque, extinto em 2007. A CPMF arrecadava 40 bilhões de reais por ano.

— Não será uma CPMF como no passado. Será uma contribuição financeira com outras características — explicou Chioro.

Poucos horas depois, em São Paulo, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, desmentiu Chioro.

- Não cogito de criar uma nova CPMF – ditou Levy.

Na véspera, o Congresso do PT aprovara a “Carta de Salvador”, e dela constava uma defesa enfática do restabelecimento da CPMF. O que fazer?

Rui Falcão, presidente do PT, queria que a menção à CPMF ficasse na carta. Mas para não desautorizar Levy, Dilma cobrou que a menção desaparecesse. É o que deverá acontecer.

Antes do fim do dia, o Ministério de Saúde divulgou uma nota negando o que o ministro da Saúde havia dito de manhã.

Divertido, não?. Mas preocupante.

Tanto mais porque na quinta-feira, em entrevista coletiva, Dilma estimulou o brasileiro a consumir mais, quando o Banco Central aumenta os juros justamente para que ele consuma menos.



13 de junho de 2015
Ricardo Noblat

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...

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13 de junho de 2015

CONFUSÃO EM CPI TRAVA ACORDO ENTRE PT E PSDB


CONFUSÃO NA CPI DA PETROBRAS TRAVA ACORDO NA MAIORIDADE PENAL


O PRESIDENTE DA CÂMARA, EDUARDO CUNHA, GARANTIU 
QUE VOTARÁ O PROJETO. FOTO: LUIS MACEDO/CÂMARA


A negociação entre PT e PSDB para aprovar proposta alternativa à redução da maioridade penal foi interrompida. Os petistas estão enfurecidos com o tucano Antônio Imbassahy (BA), que concluiu a aprovação de 140 requerimentos na CPI da Petrobras, entre eles a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e a quebra do sigilo fiscal, telefônico e bancário do ex-ministro José Dirceu.

A pauta avançava. O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) até se reuniu nesta semana com os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra.

Os petistas desconfiam do PMDB. Acusam o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), de se aliar aos tucanos para desgastar o PT.

Motta deixou a CPI antes do fim da votação e Imbassahy tocou o barco. A comissão não votou nada contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Michel Temer, o bombeiro de Dilma, também se irritou. Se a picuinha PTxPSDBxPMDB for adiante, a confusão pode travar sua articulação.



13 de junho de 2015
diário do poder

MARGARET THATCHER: SOCIALISTAS PREFEREM OS POBRES MAIS POBRES



13 de junho de 2015
in libertatum

LÍDER DO GRUPO REVOLTADOS ONLINE QUE FAZ OPOSIÇÃO AO PT FOI VIOLENTAMENTE ESPANCADO POR PETISTAS SOFRENDO FRATURAS DE COSTELAS, CLAVÍCULA, TORNOZELO E COTOVELO.


Marcelo Reis, líder do movimeno Revoltados Online que faz oposição ao PT, foi violentamente espancado uma horda de petistas no Hotel Pestana, em Salvador. 
Violentamente espancado por dezenas de petistas que quase o lincharam no hotel Pestana, em Salvador, conforme noticiei aqui no blog, o líder do movimento Revoltados Online de oposição ao PT, Marcelo Reis, sofreu lesões de natureza grave em diversas partes de seu corpo. Está com o braço esquerdo e a perna direita engessados, além de escoriações variadas por todo o seu corpo.
Segundo o laudo médico, Marcelo Reis teve duas costelas fraturadas, fratura no tornozelo direito, fratura no cotovelo esquerdo, trinca na clavícula e joelho seriamente avariado.
A gravidade dos ferimentos sofridos por Marcelo é destacado no laudo médico cujo facsímile está reproduzido abaixo, ressaltando:
“CONDUTA: Paciente submetido a imobilização gessada axilopalmar à esquerda e imobilização em tala gessada do tornozelo direito. Realizados curativos em escoriações. Devidamente orientado a possíveis lesões ligamentares em tornozelo direito e retirado carga do membro inferior direito, com auxílio de bengalas. Solicito estudo complementar com ressonância nuclear magnética de possíveis lesões ligamentares do tornozelo direito e lesões associadas ao joelho direito. Deverá manter acompanhamento em cidade de origem. Oriento quanto ao risco de trombose venosa profunda e prescrevo anticoagulante profilático, uma vez que o paciente retornará para a cidade de origem por meio de transporte aéreo”. 


FACSÍMILE DO LAUDO MÉDICO:
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
13 de junho de 2015
in aluizio amorim

O PT GOSTA MESMO É DE DINHEIRO. PÚBLICO E PRIVADO.


O Congresso do PT encerrou com protestos dos militontosinocentes e com a vitória da alta cúpula. A militontice queria recusar as doações privadas para campanhas e estava em maioria. A "diretoria", em minoria, ignorando os crachás levantados no ar deu a votação por encerrada, empurrando a decisão que já havia sido tomada em abril passado para um futuro distante. Ficou provado, desta forma, que o PT gosta mesmo é de dinheiro. Dinheiro de empresas públicas como os milhões desviados da Petrobras no escândalo do Petrolão, que botou  o seu tesoureiro na penitenciária. Dinheiro privado que eles recebem de empresas beneficiadas por empréstimos subsidiados pelo BNDES, tanto no Brasil quanto no exterior, cujo maior personagem é o dono do partido: Luiz Inácio Lula da Silva.

13 de junho de 2015
in coroneLeaks

CPI CONVOCA PRESIDENTE DO INSTITUTO LULA, QUEBRA SIGILO DE DIRCEU E APROVA ACAREAÇÕES DE VACCARI





Petistas protestaram contra condução da comissão que investiga a Petrobras e acusaram tentativa de constranger PT
Foram aprovadas ainda quebras de sigilo fiscal, telefônico e bancário, entre elas do ex-ministro José Dirceu, de janeiro de 2005 a janeiro de 2015.

Entre as quebras de sigilo aprovadas, estão também do lobista da SBM Offshore Júlio Faerman, de seus sócios e de familiares. Faerman fez acordo de delação premiada com o Ministério Público do Rio de Janeiro e não respondeu perguntas em depoimento prestado na comissão nesta semana.




13 de junho de 2015
GRAÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS

FERNANDO PIMENTEL (DE NOVO) SOB AMEAÇA DE CASSAÇÃO


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Após ser acusado, ao lado da mulher Carolina de Oliveira, de ser favorecido por um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro destinado a alimentar o caixa 2 de sua campanha, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, volta às cordas com novas suspeitas que podem custar sua eleição. Na terça-feira 10, o ministro Gilmar Mendes, presidente em exercício do TSE, determinou que o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais reabrisse uma investigação que apura se Pimentel e seu vice, Antonio Andrade (PMDB), cometeram abuso de autoridade e de poder econômico ao participar de eventos do governo federal em plena campanha.
O caso já havia sido arquivado pelo TRE, mas Mendes considerou precipitada a decisão do colegiado. Para o ministro, em virtude da “natureza grave dos fatos” apurados ,“existem elementos suficientes” para exigir a reabertura do caso. Não bastasse a nova frente de investigação, o governador também é alvo de outras duas ações movidas pelo Ministério Público sobre abuso e captação ilícita de recursos. Soma-se a essas tantas apurações uma nova denúncia: Pimentel teria usado o cadastro único de beneficiários dos programas sociais do governo federal para recrutar cabos eleitorais.
O EXÉRCITO DE PIMENTEL
Levantamento de IstoÉ, feito por amostragem na prestação de contas entregue pela campanha petista à Justiça Eleitoral, indica que um terço dos mais de 7 mil cabos eleitorais usados por Pimentel integrariam a lista de beneficiários do Bolsa Família. É o caso, por exemplo, de Alcirene Olidia Ferreira, moradora de Contagem. Contratada na reta final da campanha, ela teria recebido R$ 1.200 de auxílio financeiro. O valor é similar ao total de R$ 1.232 que Olidia recebeu do Bolsa Família de junho de 2014 a abril deste ano. Ela ganha R$ 112 por mês do benefício federal. Já Alcileia Neves de Paiva, de Carandaí, teria embolsado da campanha petista R$ 800, segundo a prestação de contas. Em 11 meses, ela ganhou R$ 1.617 em ajuda federal.
No exército de cabos eleitorais de Pimentel há também beneficiários de outros programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida. Entre eles, Adreciane Rodrigues Antonio, que vive em Belo Horizonte. Seu nome figura numa lista de sorteados da Prefeitura divulgada em janeiro de 2014. Adreciane teria ganho R$ 1.200 fazendo campanha para o atual governador.
CADASTRO ÚNICO
As informações do cadastro único são reguladas por decreto e só podem ser utilizadas para a seleção de beneficiários e integração de programas sociais, além de diagnósticos socioeconômicos para o desenvolvimento de políticas públicas. Nunca para fins eleitorais. Além de configurar uso da máquina pública, a oferta de dinheiro a pessoas em flagrante situação de vulnerabilidade social pode ser enquadrada como crime de abuso de poder econômico. Agora, as investigações vão mostrar se houve realmente trabalho dos beneficiários de programas sociais, ou se o cadastro foi utilizado para criar fantasmas e justificar gastos de campanha.
CASSAÇÃO
O procurador eleitoral Patrick Salgado alerta que até hoje as contas da campanha de Pimentel não foram aprovadas. Ele mesmo propôs duas ações contra o petista por abuso e captação ilícita de recursos. “Atuei para que as contas fossem rejeitadas. Tomei todas as providências, mas o TRE não julgou ainda”, diz. Salgado pediu a cassação do mandato de Pimentel, alegando que a movimentação financeira da campanha ultrapassou em R$ 10 milhões o limite previamente definido. Com a deflagração da Operação Acrônimo, e o possível envolvimento do dono da Gráfica Brasil, Benedito de Oliveira Neto, o Bené, no financiamento do caixa 2 de Pimentel, o procurador diz que pretende “aprofundar a investigação”.
“Já solicitei às fontes próprias que me forneçam os dados oficiais”, disse à IstoÉ. Entre o material apreendido com Bené em outubro estavam duas folhas com tabelas de pagamentos e prazos sob o título “Campanha Pimentel”. Também foi encontrada uma pasta da Vox Brasil contendo documentos referentes a pesquisas de opinião nas eleições e o nome Helvécio Miranda, atual secretário de Planejamento.

13 de junho de 2015
Claudio Dantas Sequeira
IstoÉ