"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 7 de dezembro de 2013

A COCAÍNA E O ESTUPRO DE MENORES

Seguindo a lógica da militância governista e do DCE da Internet quanto a crimes praticados por “gente da base”, poderíamos culpar ou associar a presidente Dilma a casos de estupro de menores? Pois é...

gaievski dilma gleisi A cocaína e o estupro de menores
Dilma e Gleisi (ministra da Casa-Civil) abraçam o querido colega e subordinado (agora ex) Gaievski, preso sob a acusação de estuprar meninas menores de idade, entre elas algumas de 12 anos.
 
 
Há alguns dias, a Polícia Federal apreendeu quatrocentos e cinquenta quilos de cocaína num helicóptero do deputado Gustavo Perrella (SDD/MG). A mesma Polícia Federal que já AFASTOU qualquer envolvimento do deputado com o caso.
 
Mas não importa: instaurou-se na militância online, especialmente no glorioso DCE da Internet, a necessidade de vincular o deputado à oposição ao governo, como se o crime (que a própria PF confirma não ter envolvimento do parlamentar) fosse um delito DA OPOSIÇÃO INTEIRA, com direito a acusações diretas a nomes e líderes.
 
Jogo sujo, como sempre. Mas que traz uma lógica engraçada, que consiste basicamente num tiro de canhão no próprio pé da Dilma.
 
E vamos ao ponto central, mesmo diante da ampla e pra lá de variada “base governista”, que vai de Maluf a Sarney, passando por Igreja Universal e Jader Barbalho, com escalas em Kassab e Sérgio Cabral. Também não compensa continuar chutando gente já condenada (e nunca expulsa do partido), como Dirceu, Genoíno (que vai bem, obrigado) e que tais.
 
Vamos ao próprio governo. A quem está ou esteve lá dentro até dias atrás. Vamos a Eduardo Gaievski, até trasanteontem dono de um cargo de chefia na Casa Civil do Governo Dilma, parceiraço da ministra Gleisi Hoffmann, que pretende concorrer ao governo do Paraná.
 
Ele está preso por ESTUPRO DE MENORES, incluindo meninas de doze anos. Não são crimes que teriam sido cometidos por outrem em seu helicóptero ou carro, mas sim, segundo a acusação, pelo próprio ex-integrante do governo, quando era prefeito do interior do PR (sim, pelo PT, obviamente).
 
Para alegria das “feministas” do DCE internético (que nunca falaram nada disso, ao contrário dos chiliques de quando não gostam de piadas machistas), Gaievski se defendeu. A tese é um primor:
“(…) pretende argumentar, entre outros pontos, que as supostas vítimas, entre elas meninas de 12 anos, teriam maturidade precoce e estariam aptas a evitar qualquer constrangimento ilegal por parte do acusado, “inclusive porque lhe era perfeitamente possível resistir, sem mais, ao ato” (grifos nossos)
“Maturidade precoce”, é mole? Pois é. E, como se não bastasse tudo isso, filho e advogado do sujeito que estava até outro dia na sala ao lado de Dilma Rousseff também foram presos, acusados de coagir as testemunhas.
 
Ah, sim, claro: as feministas pró-governo nunca falaram nada. Para elas, é gravíssimo fazer piada sexista na TV, mas esse caso não merece qualquer menção, abaixo assinado, passeata ou que tais. Primeiro o partido, depois a causa.
 
E agora até mesmo essa turma usa a tática safada dos governistas, de tentar vincular o caso do helicóptero a adversários nacionais (mesmo com a inocência do parlamentar dono da aeronave).
 
A coisa chegou ao seguinte ponto:
 
entorpecentes2 A cocaína e o estupro de menores
 
O sujeito que atualiza o perfil bajulatório da presidente correu apagar, mas o tuíte ficou para a posteridade. Sim, é aquele mesmo que participou do lançamento oficial da conta de tuíter da Dilma, um perfil “satírico” (sátira a favor?) endossado pelo Palácio do Planalto.
 
É o velho e surrado jogo sujo dos governistas que malandramente acusam OS OUTROS de fazer isso. Não duvidem, já já estarão dando ataques de pelanca, fazendo-se de vítimas. Mas não são, a começar pelos que já cumprem pena na Papuda.
 
Temos então o seguinte: para o DCE da Internet, é natural e correto acusar adversário se alguém que já o apoiou teve veículo apreendido com drogas (mesmo com o parlamentar inocentado). É o jogo safado e desonesto que fazem. Pois que tenham coerência e, além e assumir a base que inclui aquele pessoal boa-praça já mencionado, tratem de aceitar o glorioso Gaievski, que foi até dias atrás um alto quadro do governo federal, na Casa Civil, ali do ladinho da sala da Dilma.
 
E que está preso por estupro de menores JUSTAMENTE em função do cargo que ocupava, pois segundo a acusação isso ocorria por força da autoridade de quando era prefeito (sim, de novo: pelo PT).
 
Se você não gosta do governo, e tem que aguentar a chatice e falta de caráter dessa turminha quando eles falam do tal helicóptero, mande este texto que logo mudarão de assunto.
Não é mesmo, DCE? Eita. Cadê vocês? Voltem!
 
07 de dezembro de 2013
Gravatai Merengue

4 Comentários

  1. Gravz, o melhor é aquele lance de “a grande imprensa não divulga nada sobre o assunto! Que silêncio é esse?”
    Ops, peraí:
  2. A desonestidade da patrulha virtual pró-governo é desanimadora.
  3. Bom, neste aspecto é evidente o por que de tanto esta gente querer o “controle social da mídia”. Acobertar os amigos e difamar os opositores. Simples assim

UM TERÇO NA BAHIA DEPENDE DO BOLSA FAMÍLIA

Estado é o maior "cliente" do programa federal de assistencialismo, com 1,8 milhão de pessoas recebendo o benefício; a cada ano, número de pessoas cadastradas aumenta mais um pouco

 
dilma bolsa 800x416 600x312 Um terço na Bahia depende do Bolsa Família
 
Matéria do jornal A Tarde:
A Bahia fecha 2012 como o primeiro Estado do País, proporcionalmente à população, em número de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família, programa do governo federal de combate à pobreza. Ao todo, 1,8 milhão de famílias  receberam o benefício. Atrás da Bahia estão São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 
Elas foram incluídas no programa, entre os 2,8 milhões inscritos, por terem renda mensal de até R$ 70, isto é, estão na faixa de extrema pobreza, de acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social Combate à Fome (MDS). 
A média de integrantes por família, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Sedes), é de três pessoas. Isso significa que pouco mais de um terço da população do Estado (cerca de 5 milhões) é diretamente beneficiada pelo programa. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia conta com 14 milhões de habitantes. 
O aumento médio de inscrições é de 100 mil famílias por ano. Neste ano, até novembro, foi registrado um crescimento de 300 mil. “O maior acesso a informação sobre o programa facilitou o cadastro, contribuindo para o aumento. Outro fator é o enquadramento de mais pessoas às exigências do MDS”, explica a coordenadora regional do Bolsa Família, Luciana Santos. 
Oito milhões de pessoas estão inscritas no cadastro único do governo federal, o que equivale a 58% da população do Estado, segundo a coordenadora que também informa que a inscrição não assegura o recebimento do benefício. Dados do MDS atestam que, em novembro deste ano, o valor total transferido às famílias atendidas alcançou R$ 244 milhões. 
A quantia, de acordo com a Sedes, responde por 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia. “Cerca de 122 municípios do Estado são dependentes do programa. Com o benefício, que varia de R$ 32 a R$ 306, os inscritos podem ter acesso a bens que anteriormente não eram possíveis”, afirmou Luciana Santos. 
Comércio - De acordo com o economista Armando Avena, o Bolsa Família ajuda a injetar anualmente cerca de 30 bilhões de reais anuais na economia o que mobiliza diversos setores econômicos. “As estatísticas apontam que, nos últimos  três anos, o comércio vem crescendo 10% ao mês. O Bolsa Família é um grande estímulo para isso”, disse. 
Avena lembra que esse crescimento mostra, por outro lado, uma faceta negativa: o seu caráter assistencialista e sem políticas que contribuam para os participantes se tornarem  autossuficientes.
Para o economista, o governo federal ainda não conseguiu dimensioná-lo como um plano de caráter emergencial e temporário, conforme a proposta inicial. 
“O aumento do número de pessoas cadastradas é a prova de que o programa não está funcionando. Se é emergencial, deveria exibir, gradualmente, uma redução do número de famílias inscritas”.
(grifos nossos)

07 de dezembro de 2013
implicante 

TRAGÉDIA SEM MÁRTIRES

Não há mártires no Mensalão. Cada um dos sentenciados cometeu um ou mais crimes contra o Estado – isto é, a coletividade dos que o sustentam com seus impostos (que não são poucos).

Não cometeram crimes de natureza política, ainda que a esse pretexto. Os crimes foram de desvio de dinheiro. O assaltante comum diz “mãos ao alto” a um indivíduo ou a um pequeno punhado deles. O assaltante coletivo diz o mesmo a uma incontável multidão de milhões, o que agrava o estado de quem já tem pouco.

É, pois, crime sobretudo contra os pobres e desvalidos, que dependem do Estado. Esses os fatos, a partir dos quais – e somente a partir deles – pode-se avaliar a conduta de cada qual.

Feito o preâmbulo, falemos do pivô do processo, o ex-deputado Roberto Jefferson, chamado injustamente de “delator” do Mensalão. O termo não cabe. Delator foi Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou a Inconfidência Mineira não por divergir de seus termos, mas por descrer de seu sucesso e na ânsia de obter vantagens pessoais antecipadas com a delação.

Jefferson foi motivado pelo sentimento de que estava sendo rifado pelos comparsas. Vingança, sim; negociata, não.

Quando deu os primeiros sinais de que poria a boca no trombone, foi procurado por eles, em busca de acordo. Poderia tê-lo feito, mas optou pela ruptura, ciente de que a conta não lhe seria amena. Ninguém delata sabendo que piorará sua situação.

Jefferson chegou a declarar, quando decidiu romper, que havia “sublimado o mandato” – isto é, desistira dele e de tudo. Era um caminho sem volta e ele não o ignorava.

A partir daí, tornou-se peça essencial para a produção de justiça, inclusive contra si próprio. Nenhuma das informações que deu era falsa. Todas se confirmaram. Não apelou para o instituto da delação premiada, que poderia beneficiá-lo. Prestou um grande serviço público, ainda que movido por maus sentimentos.

Falhou apenas quando insistiu em proclamar a inocência de Lula, arrependendo-se disso já no discurso que precedeu a votação de sua cassação. Já era tarde. As CPIs e o então procurador-geral da República, Antônio Fernandez de Sousa, já haviam excluído Lula de seus relatórios. Tudo tem seu timing – e Jefferson perdera o seu quanto à inclusão de Lula nos crimes.

A acusação tardia soou como retaliação, tal como a que Marcos Valério, já sentenciado, ameaçou fazer contra o ex-presidente. Mesmo assim, o que ambos disseram não foi em vão.

Confirmou o senso comum de que Lula não poderia estar ausente de uma escaramuça que tinha como eixo a Casa Civil da Presidência da República. Centralista como é, ninguém acredita que Lula não soubesse de nada. Há declarações de José Dirceu, ao tempo em que os fatos estavam sendo apurados, de que “tudo o que fiz foi com o consentimento do presidente da República”.

Ninguém duvida. Não foi por mero sentimento de solidariedade grupal que Lula procurou ministros do Supremo Tribunal Federal para pleitear o adiamento do julgamento – e esbarrou na intransigência do ministro Gilmar Mendes, a quem ameaçou de expor irregularidades que não se confirmaram.

Lula sabia – e sabe – que a história não terminou e que, mais dia menos dia, trará novas revelações que o deixarão mal na fita. O ex-presidente, que chegou a pedir desculpas públicas pelo Mensalão – e que prometeu, quando deixasse o cargo, investigar o que se passou -, derivou, em seguida, para o lado oposto.

Disse que o Mensalão jamais existiu e que não passava de uma tentativa de golpe de Estado contra ele e seu governo, por parte “das elites”, que, segundo ele, não se conformavam em ver um ex-metalúrgico na Presidência da República.

A enfermidade de Jefferson, bem mais grave que a de Genoíno – um câncer no pâncreas, irreversível -, não mereceu qualquer piedade pública. Ele não tem a inserção social e midiática de seus ex-colegas de Parlamento. Mas com certeza a história o tratará melhor que aos demais companheiros de desventura.

Afinal, coube-lhe tornar imperfeito um crime que parecia perfeito – e a confirmar, ainda que movido por sentimentos não virtuosos, que, afinal de contas, o crime não compensa.

07 de dezembro de 2013
Ruy Fabiano é jornalista.

SOBRE O LIVRO-BOMBA DE TUMA JR: O DELEGADO CONTA O QUE VIU NO GOVERNO LULA

REPORTAGEM-BOMBA DA REVISTA 'VEJA' É SOBRE O 'LIVRO-BOMBA' DE TUMA JR. O DELEGADO CONTA O QUE VIU NO GOVERNO LULA: ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES: UM CRIME DE ESTADO.
 
 
 
Embora a matéria de capa seja a morte de Mandela, a reportagem-bomba de Veja desta semana que chega às bancas neste sábado, trata das revelações bombásticas do livro do delegado Romeu Tuma Jr, sobre o que viu durante o governo Lula. A chamada está discretamente no canto esquerdo da capa de da revista, onde também se pode ler: “é de estarrecer”.
 
De fato o conteúdo do livro de Tuma Jr., traz revelações de coisas que “nunca antes ocorreram neste país”. Eis aí, portanto, o fio de uma meada que pode ser puxado para que a Nação conheça aquilo que se encontra no âmago do novelo.
 
Causa espécie o fato de que a grande mídia, sobretudo os jornalões diários e as redes de televisão não tenham se interessado, ao que parece, pelo livro-bomba. Tanto é que o que foi veiculado pela obra se resume a alguns sites noticiosos.
 
Em contrapartida, os jornalões diariamente dão enorme destaque sobre o tal “cartel dos trens” que procura pura e simplesmente enlamear o governo do Estado de São Paulo. Só e apenas isto. A coisa faz parte do esquema eleitoral do PT, que quer por quer governar São Paulo. Se o aperitivo Haddad na Prefeitura já foi indigesto, imaginem o PT tomando contra do erário paulista? 
Como se vê, os jornalistas, em sua maioria cumprindo “missão” do partido - leia-se PT e Foro de São Paulo -, escamoteiam com extremo zelo as informações que, por alguma razão, possam turvar o horizonte eleitoral petista. O troço é milimetricamente calculado.
 
Assim, a revista Veja passa a ser o único e solitário veículo de comunicação brasileiro que não se verga e nem serve de instrumento ideológico para o movimento comunista internacional. 
 
Como acompanho diariamente o noticiário nacional e internacional estranhei a chamada de capa de Veja para o livro de Tuma Jr. Será que passei batido? me perguntei. Pode ser.
 
Entretanto, recorri ao Google e descobri que o site Consultor Jurídico publicou uma matéria a respeito. Ainda que não vá a fundo, revela que os fatos narrados por Tuma Jr., são mesmo de arrepiar e confirmam que, sob o governo do PT, a Nação já vive sob o tacão de um Estado Policial. Desta forma, a reportagem de Veja vem tinindo!
Transcrevo parte da matéria do site Consultor Jurídico, que já pode dar uma idéia da reportagem-bomba de Veja desta semana.
Leiam:
 
Gilmar Mendes não foi o único ministro do Supremo Tribunal Federal que teve escutas instaladas em seus telefones e no seu computador. Quando o episódio veio a público, em 2007, as apurações da Polícia Federal não conseguiram constatar que todos os ministros do STF estavam com seus telefones grampeados ou com escutas ambientais instaladas em seus computadores. E isso tudo feito por delegados da Polícia Federal.
 
As informações estão no livro Assassinato de reputações: um crime de Estado, um depoimento do ex-delegado de classe especial da Polícia Civil de São Paulo Romeu Tuma Jr. ao jornalista Claudio Júlio Tognolli. O livro é uma coleção de memórias de Tuma Jr., ex-secretário de Segurança Nacional do Ministério da Justiça, a respeito de relações suas e de seu pai, o senador Romeu Tuma, morto em 2010, com o governo petista. O lançamento do livro é previsto para as próximas semanas.
 
O grampo ao ministro Gilmar Mendes foi o único que de fato chegou a vazar e ficar comprovado. Mas, já em 2008, informações a respeito de escutas feitas aos outros juízes do Supremo rondavam as apurações e chegaram à imprensa.
 
Em setembro daquele ano, uma comitiva de ministros do Supremo foi até ao gabinete do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamar do uso indiscriminado das escutas ilegais, cobrando que a Presidência da República desse uma resposta enérgica ao que estava se tornando costume.
 
A primeira informação de grampo ao ministro Gilmar Mendes foi vazada em agosto de 2007. Policiais federais disseram que haviam interceptado uma ligação que comprovava que o então presidente do STF havia recebido “mimos” da construtora Gautama, investigada pela operação navalha, da PF.
As informações, à época, eram que a Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, era quem estava comandando as escutas e as operações de grampo. O episódio custou o cargo do então diretor da Abin, Paulo Lacerda.
 
Mas o que Tuma Jr. contou a Tognolli é que eram delegados e agentes da Polícia Federal que estavam no comando das operações. Ele cita, por exemplo, Protógenes Queiroz, então delegado e responsável por grandes operações, e o agente Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. “Protógenes, Dadá e seus gansos e agentes fizeram uso dessa maleta para grampear todos os ministros do STF e o Lacerda pagou o pato”, resume o livro.
 
A carta

 Tuma Jr. contou a Tognolli em seu livro que soube do grampo indiscriminado a ministros do Supremo por meio de uma carta enviada a ele pelo amigo Edson Oliveira, ex-diretor da Interpol no Brasil, no dia 2 de maio de 2011. Na carta, Oliveira diz que ficou sabendo do caso sem querer, numa conversa informal com o então presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro, Telmo Correia, no fim de 2008. Eles trabalhavam juntos no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
 
O ex-presidente do Sindicato da PF no Rio contou que um amigo delegado da PF o procurou logo depois de a imprensa divulgar a descoberta de escutas telefônicas no STF, que tinham como alvo principal o ministro Gilmar Mendes. Seu amigo estava desesperado, pois tinha a certeza de que a história chegaria a ele a qualquer momento — e quando chegasse, não saberia o que fazer.
 
Edson Oliveira, então, passa a narrar que, preocupado com o teor da revelação, foi apurar o ocorrido. A partir de um cruzamento de dados, feito por ele e pelo agente da PF Alexandre Fraga, segundo a carta, chegou-se a um agente Távora, reputado como autor dos grampos aos ministros do STF. Na época, ele trabalhava na Delegacia Fazendária da PF no Rio. Era um policial com pouco tempo de casa, segundo Oliveira, “mas muito experiente em análise financeira e documental”.
 
“Távora participou de operações em Brasília, recebendo diárias, tendo passado vários meses naquela cidade, convocado para participar da equipe do delegado Protógenes [Queiroz, hoje deputado federal pelo PC do B]”, diz a carta. “Durante o levantamento feito, ficou evidente que a escuta realizada no STF foi feita com a utilização de equipamentos de gravação digital sem fio, de origem francesa, produto de um acordo feito entre o governo da França e o do Brasil.”
 
Aqui cabe uma explicação, contida no livro. Esse equipamento de grampo funciona dentro de uma maleta com se fosse uma estação de recepção e emissão de sinal de telefonia. Ela fica apontada à direção de onde está o telefone que será grampeado e a tela do equipamento mostra todos os números naquele raio de distância.
 
De acordo com Tognolli e Tuma Jr. no livro, essa “mala francesa”, como é chamada, entra no lugar da operadora de telefonia, funcionando como uma substituta. Dessa forma, o operador do grampo tem acesso a todas as operações feitas com o telefone e pode controlá-las. Ele pode, por exemplo, apagar o registro de uma ligação, ou fazer uma ligação a partir da máquina.
 
Segundo o depoimento de Tuma Jr., esse equipamento foi usado pelos arapongas da Polícia Federal no caso das escutas no Supremo. “Não só Gilmar Mendes foi grampeado como também todos os outros ministros do STF”, diz o livro. O ex-delegado relata ainda que, após fazer essa denúncia, Edson Oliveira foi alvo de perseguições na Polícia Federal.
 
 
07 de dezembro de 2013
in aluizio amorim

FINAL DE FESTA


JUSTIÇA PÕE FIM AO 'SHADOW CABINET' DE JOSÉ DIRCEU NA PAPUDA E À ROMARIA DAS CARPIDEIRAS DO PT.

Carpideiras e carpideiros do PT numa espécie de "velório dos vivos" no shadow-cabinet chefiado por José Dirceu na Papuda, decorado com as bandeiras do PT e agora demolido pela Justiça.
Depois que os mensaleiros petistas começarama a cumprir suas penas na Papuda, o local virou uma zorra total, com clima de velório, embora nenhum dos petralhas presos tenha morrido. Havia uma movimentação de ônibus e vans especiais de turismo que desovavam na Papuda centenas de visitantes aos presidiários “importantes”. E, segundo consta, as visitas se davam em qualquer hora do dia e da noite.
 
E o volume de visitantes era tão grande que o PT chegou a montar uma barraca de luxo decorada com as bandeiras do partido, onde as carpideiras comunistas rendiam homenagens e ensopavam lenços em choros comovidos quando olhavam o Zé Dirceu e demais “companheiros” com aquele uniforme de presidiário já manifestando abatimento.
 
Dirceu que aparecera arrogante quando encaminhado para a Papuda, surpreendeu os petistas que lhe foram render apoio e homenagem. Lá estava um homem idoso, cabelos brancos em desalinho e acabrunhado, ao lado de Delúbio Soares, que também perdera aquela empáfia que lhe era comum quando afirmou que o mensalão no futuro seria apenas “piada de salão”.
A notícia sobre estado emocional dos prisioneiros, segundo fonte que lá esteve, logo se espalhou açulando o mórbido desejo dos petistas de curtir aquele “velório dos vivos” na Papuda. 
 
Resultado: começou um entra e sai sem parar naquela penitenciária, que na novilíngua politicamente correta é designada como “sistema prisional”. A situação tomou proporções alarmantes depois que os carcereiros, agora denominados pelo asséptico qualificativo de “agentes prisionais” constataram que os presos, digamos assim, menos graduados, começaram a ficar inquietos. Ato contínuo (êpa!) a Justiça decidiu por fim ao shadow cabinet, chefiado por José Dirceu. A competente jornalista Laryssa Borges, do site da revista Veja, reportou o fato.
Leiam:
 
Cumprindo determinação judicial, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) do Distrito Federal suspendeu as visitas às sextas-feiras aos condenados no julgamento do mensalão que cumprem pena no Complexo Penitenciário da Papuda. De acordo com SSP, as visitas estão suspensas  “até que sejam traçados parâmetros e critérios para um terceiro dia de visitas no Sistema Penitenciário do DF”.
 
Atualmente, com a chegada dos ex-deputados Valdemar Costa Neto, Pedro Corrêa e Bispo Rodrigues e do ex-dirigente do Banco Rural Vinícius Samarane, na noite desta quinta, doze mensaleiros estão cumprindo pena no local.
 
A mudança ocorreu após a Vara de Execuções Penais do DF ter constatado "clima de instabilidade” na instituição prisional causado pelos privilégios concedidos aos mensaleiros. Na decisão, o juiz da Vara de Execuções Penais do DF, Bruno Ribeiro, determina o fim da visitação em dias excepcionais e afirma que o tratamento diferenciado aos mensaleiros “fere o tratamento isonômico que deve ser conferido aos sentenciados”.

Assim como os demais visitantes, familiares e amigos dos condenados no mensalão, quando autorizados, deverão se cadastrar previamente para entrar na Papuda. Pelas regras do complexo prisional, nos dias de visitação, é autorizada a visita de quatro pessoas por detento.
As visitas para os demais detentos na Papuda são realizadas às quartas e quintas-feiras, mas, no início das prisões dos mensaleiros, houve romaria de parlamentares e familiares para conversar com os condenados pelo escândalo político. Com isso, o juiz da Vara havia estipulado que as visitas ao grupo seriam realizadas exclusivamente às sextas.

A mudança, entretanto, alterou a rotina na Papuda e provocou protesto do Ministério Público do DF e da Defensoria Pública, que cobraram isonomia no tratamento com os demais internos. Na tarde de ontem, após uma reunião entre juízes da Vara de Execuções Penais, o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, e o coordenador da Papuda, João Feitosa, foram suspensas as visitas às sextas-feiras.
 
 
07 de dezembro de 2013
in aluizio amorim

ALAGOAS - O QUINTO MUNDO DO CLÃ CALHEIROS


O último Pisa, exame promovido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), indicou que o estado dominado pelo clã do presidente do Senado, Renan Calheiros, berço também do inesquecível Fernando Collor, tem o pior ensino do mundo em Matemática, Ciência e Literatura.
O pior do mundo.
Faltam professores. Os professores que aparecem não têm capacitação. A infraestrutura das escolas é precária. Faltam condições de funcionamento nas escolas. Falta piso na sala de aula. Falta limpeza dos banheiros. Falta material. Não há interesse nem de quem ensina nem de quem aprende. Uma estudante de 14 anos, Vanessa Oliveira, disse o seguinte: “A gente não tem professor de Português e Ciências”.
É um feito impressionante, conseguir ser pior que o Maranhão do clã Sarney, que vem logo depois de Alagoas na nota mundial mais baixa em Matemática.
Que disputa inglória entre esses dois Estados, que produziram políticos ilustres e atuantes! Muito atuantes. Em Educação e em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Alagoas passou o Maranhão (para baixo), mas, quem sabe, o estado de Roseana e de seu pai, no próximo Pisa, consiga novamente ser pior que Alagoas.
Está aí um título mundial que ninguém tira do Nordeste brasileiro. Entra ano, sai ano, essa taça da precariedade da Educação é nossa, comparando com países muito mais pobres do que essa potência que é o Brasil.
Em Alagoas, metade dos alunos está com atraso de pelo menos dois anos letivos. O Estado decretou emergência na Educação.
Como devem dormir os donos de nossas capitanias hereditárias? Certamente muito bem. Comem e domem como reis, locomovem-se em jatinhos, tratam-se em São Paulo, não são pessoas comuns.
Não teria nada contra alguns privilégios do Poder se essas pessoas olhassem pelo Brasil profundo - e tivessem vergonha de suas administrações em seus estados natais, onde criaram seus currais eleitorais e onde se refestelam em férias familiares.

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
07 de dezembro de 2013


PAISAGEM ÀS AVESSAS...

Traveco pode mostrar os peitos, mulher não. A falta de bom senso é a marca registrada do Brasil do PT.
Isso pode.
Isso não pode
Uma moça que foi fazer umas fotos de topless - nada eróticas, diga-se de passagem - no Arpoador, em um fim de tarde, para promover um trabalho, foi abordada por policiais e obrigada a vestir-se, sob pena de ser enquadrada na lei de atentado ao pudor. No entanto, nessas malditas paradas gays há milhares de travecos de peito de fora, não na praia, mas nas ruas, que são protegidos por essa mesma polícia. E eu nem vou falar sobre tudo mais que ocorre nesses eventos.

Taquiupariu!, será que isso faz sentido para alguém? Proteger aberrações como os travestis - ou alguém vai dizer que um sujeito que faz esses tipos de intervenções no seu corpo é normal? -, cujos propósitos com esse tipo de exibição são os mais escabrosos, e cercear o direito de uma mulher que resolve expor seus seios - reais, mesmo que siliconados - em um lugar onde a pouca roupa é a regra, é coisa de imbecil.

Como eu disse em um outro post, de aberração em aberração, o PT continua ganhando a eleição.
 
07 de dezembro de 2013

ATÉ QUANDO VEREMOS CENAS COMO ESTA?



 
Tem de tudo no Brasil do PT, menos moral, respeito e civilidade. Aonde já se viu um bando de índios - de mochila, tênis, relógio, camiseta e jeans, tudo de grife - ousar invadir o palácio do chefe de uma nação? E por quê?
Porque eles ainda não estão satisfeitos em serem donos de “apenas” 12,5% do território nacional, ou sejam, 106.739.926 hectares (1,067 milhão de km2) para distribuir apenas 867 mil pessoas.
 
Aonde já se viu um país sério dar privilégios a uma raça, facultando-lhe o voto e isentando-os de multa pelo atraso no alistamento eleitoral enquanto todos os outros brasileiros são obrigados a votar e pagar multa(em decisão de dezembro de 2011, o Plenário do TSE assegurou o alistamento eleitoral em caráter facultativo aos índios considerados pelo Estatuto do Índio como isolados e em vias de integração.
 
Pela decisão, os índios alfabetizados devem se inscrever como eleitores, mas não estão sujeitos ao pagamento de multa pelo atraso no alistamento eleitoral. Essa orientação está prevista no artigo 16 da Resolução nº 21.538/2003 do TSE)?
 
De aberração em aberração o PT continua ganhando eleição...
 
07 de dezembro de 2013

O CÃO NEGRO PERSEGUE E ASSOMBRA O BRASIL

 

Por volta de 1997, o diretor e ator Roberto Benigni lançou um belo filme, drama e comédia, cujo roteiro contava infeliz história ocorrida, pelos anos de 1940, em campo de concentração nazista na Itália.
A narrativa girava em torno do esforço sobre-humano de um sofrido pai (o próprio Benigni) em fazer o pequeno filho acreditar que ambos participavam de uma brincadeira como dois prisioneiros de guerra, jamais como presos dos alemães, na tentativa desesperada de protegê-lo do terror e da violência com que os monstros tedescos maltratavam suas vítimas indefesas.
O esforço empregado era imenso e nem sempre disfarçavam o indisfarçável. O tempo vai passando até que um final muito triste põe fim naquela barbárie.

Anos depois, no Brasil, conhecido jornalista, corajoso e atrevido, juntando peças da inteligência com as forças da coragem, publicava uma crônica excepcional a que denominou “A aparição do cão negro”. Para muitos, tratava-se de apurada parábola da descrição da alma humana acometida de depressão.

Político polêmico, superior no debate e na argumentação, o distúrbio psíquico costumava atacá-lo sem piedade, e o notável tribuno, tal qual Churchill, dele era vítima. Em troca, porém, quando assumia a tribuna parlamentar, proferia discursos arrasadores, primorosos, assim como, numa simples ou improvisada aglomeração popular, excedia a si mesmo com sua capacidade de convencer, emocionar e persuadir o ouvinte geralmente embasbacado.

DOTES FAMOSOS

Esses dotes ficaram famosos quando elegeu o grande Afonso Arinos senador pela Guanabara. O então governador intimidava adversários pela oratória perfeita e a extraordinária vocação de homem público; à moda do premiê britânico, tinha o dom de transformar crises de depressão em centelhas de dedicação, fogueiras de ânimo para o sacrifício, bravura para enfrentar as mais duras batalhas, energia para não temer os desafios mais ousados.

“A aparição do cão negro” pode bem ser um poema e um testemunho da sua tenacidade. Ele mesmo, a serviço do povo, poderia estar inspirado pelo próprio cão negro, caçador e guardião, como nas lendas britânicas, nas quais os demônios não seriam seres do mal, nem guardadores dos portões do inferno, porém condutores de homens perdidos nas encruzilhadas escondidas pelos densos nevoeiros da política nojenta.

O cão negro lhe seria a própria banalização do bem, diante da advertência do gigante ex-presidente FHC: “A hegemonia de um partido que não consegue se deslindar de crenças salvacionistas e autoritárias, o acovardamento de outros e a impotência das oposições permitem a montagem de um sistema de poder que acarretará riscos de regressão irreversível”.

O Brasil pode apreciar o filme do diretor italiano: é possível transformar a vida em obra de beleza. Mas não é possível fazer da responsabilidade de governar um roteiro ética e funcionalmente desprovido de compromissos; da corrupção, uma empreitada de cada dia; e da governança eficaz, apenas um vago calhamaço de intenções.

(transcrito de O Tempo)
07 de dezembro de 2013
Márcio Garcia Vilela

UMA JUSTIÇA SEM VENDA, SEM BALANÇA E SÓ COM A ESPADA?


01
Tradicionalmente, a justiça é representada por uma estátua que tem os olhos vendados para simbolizar a imparcialidade e a objetividade; a balança, a ponderação e a equidade; e a espada, a força e a coerção para impor o veredito.
 
Ao analisarmos o longo processo da Ação Penal 470, que julgou os envolvidos na dita compra de votos para os projetos do governo do PT, dentro de uma montada espetacularização midiática, notáveis juristas, de várias tendências, criticaram a falta de isenção e o caráter político do julgamento.

Não vamos entrar no mérito da Ação Penal 470, que acusou 40 pessoas. Admitamos que houve crimes, sujeitos às penas da lei. Mas todo processo judicial deve respeitar duas regras básicas do direito: a presunção da inocência e, em caso de dúvida, esta deve favorecer o réu.

DOIS EXEMPLOS

Parece não ter prevalecido, em alguns ministros de nossa Corte Suprema, essa norma básica do direito universal. Não sou eu quem o diz, mas notáveis juristas de várias procedências. Valho-me de dois de notório saber e pela alta respeitabilidade que granjearam entre seus pares.

O primeiro é Ives Gandra Martins, 88 anos, jurista, professor da Mackenzie, do Estado Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra. Politicamente, se situa no polo oposto ao PT. No dia 22 de setembro de 2012, na “Folha de S.Paulo”, numa entrevista a Mônica Bérgamo, disse claramente, com referência à condenação de José Dirceu por formação de quadrilha: todo o processo lido por mim não contém nenhuma prova.
A condenação se fez por indícios e deduções com a utilização de uma categoria jurídica questionável, utilizada no tempo do nazismo, a “teoria do domínio do fato”.

José Dirceu, pela função que exercia, “deveria saber”. Dispensando as provas materiais e negando o princípio da presunção de inocência e do “in dubio pro reo”, foi enquadrado na tal teoria.
Outro notável é o jurista Antônio Bandeira de Mello, 77, professor da PUC-SP.
Na mesma “Folha de S.Paulo” do dia 22.11.2013, ele assevera: “Esse julgamento foi viciado do começo ao fim. As condenações foram políticas. Foram feitas porque a mídia determinou. Na verdade, o Supremo funcionou como a longa manus da mídia. Foi um ponto fora da curva”.

Escandalosa e autocrática, sem consultar seus pares, foi a determinação do ministro Joaquim Barbosa. Em princípio, os condenados deveriam cumprir a pena o mais próximo possível de suas residências. “Se eu fosse do PT” – diz Bandeira de Mello – “ou da família, pediria que o presidente do Supremo fosse processado. Ele parece mais partidário do que um homem isento”.

Escolheu o dia 15 de novembro, feriado nacional, para transportar para Brasília, de forma aparatosa, em um avião militar, os presos, acorrentados e proibidos de se comunicar. José Genoino, doente e desaconselhado de voar, podia correr risco de morte. Colocou todos em prisão fechada, mesmo aqueles que estariam em prisão semiaberta. Ilegalmente, prendeu-os antes de concluir o processo com a análise dos “embargos infringentes”.

O animus condemnandi (a vontade de condenar) e de atingir letalmente o PT é inegável nas atitudes açodadas e irritadiças do ministro Barbosa. E nós tivemos ainda que defendê-lo contra tantos preconceitos que de muitas partes ouvimos pelo fato de ter ascendência afro-brasileira.
Com o ministro Barbosa, a justiça ficou sem as vendas porque não foi imparcial, aboliu a balança porque ele não foi equilibrado. Só usou a espada para punir, mesmo contra os princípios do direito. Não honra seu cargo e apequena a mais alta instância jurídica da nação.

Ele, como disse são Paulo aos romanos, “aprisionou a verdade na injustiça” (1,18). A frase completa do apóstolo, considero-a dura demais para ser aplicada ao ministro.

07 de dezembro de 2013
Leonardo Boff

O HUMOR DO ALPINO

 
 
07 de dezembro de 2013


CONTAGEM REGRESSIVA

Inflação sobe em novembro e situação do País se agrava na sombra de economia preguiçosa

inflacao_24O mais temido fantasma da economia, a inflação, voltou a subir, contrariando as falsas profecias disparadas a partir do Palácio do Planalto.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial do País medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,54% em novembro, apenas 0,03 ponto percentual menor do que a taxa registrada em outubro.

No acumulado do ano, a alta do IPCA é de 4,95%, ao passo que em doze meses a inflação é de 5,77%, acima do centro da meta estipulada pelo governo, de 4,5%.
O índice em doze meses é o menor registrado desde novembro de 2012, quando o IPCA acumulado ficou em 5,53%. Também é a primeira no ano vez que a inflação fica abaixo do registrado no fim de 2012 (5,84%), objetivo que o Banco Central prometeu alcançar.

A grande questão não está na inflação oficial, medida por índices que se escoram em metodologias que não deixam o governo com a cabeça na guilhotina, mas, sim, a inflação real, aquela que os brasileiros enfrentam no cotidiano.
Nesse caso, a inflação flana no patamar de 20% ao ano, o que é um absurdo em um país onde os pobres são os mais penalizados e têm de enfrentar o malabarismo da vida com um salário mínimo que vale a fortuna (sic) de R$ 678, valor que o PT acredita ser uma enorme conquista.
Quando um salário mínimo é pouco para quem recebe e muito para quem paga, algo de errado e muito grave há na economia.

Outro problema que deve ser considerado em relação ao tema é que o governo insiste em comemorar o fato de a inflação oficial ficar abaixo do centro da meta, o que não passa de mais um embuste para ludibriar a parcela incauta da população.
Os palacianos sabem da gravidade da situação, que se agiganta no rastro do fraco desempenho da economia. E qualquer economista, do estreante ao mais experimentado, sabe que inflação alta e economia desaquecida é uma bomba-relógio.

Dilma Rousseff, a presidente que dá a última palavra em termos de economia, está preocupada com o seu projeto de reeleição e por isso não se incomoda em despejar um amontoado de mentiras sobre a população. O governo é incompetente e sofre de preocupante paralisia, mas as campanhas publicitárias oficiais, repletas de efeitos especiais, enchem os olhos dos desavisados e faz com que a inflação seja apenas um detalhe. Enfim…

07 de dezembro de 2013
ucho.info

TEMPO PARA PENSAR

STF manda prender os mensaleiros Costa Neto, Pedro Corrêa, Bispo Rodrigues e Samarane

mensalao_11O Supremo Tribunal Federal enviou à Polícia Federal, nesta quinta-feira (5), os mandados de prisão de quatro condenados na Ação Penal 470 (Mensalão do PT).

No rol dos que começam a cumprir suas respectivas penas nas próximas horas estão o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), os ex-deputados Pedro Corrêa e Bispo Rodrigues, além do ex-vice-presidente do Banco Rural, Vinícius Samarane.

O STF também autorizou a transferência de Kátia Rabello e Simone Vasconcelos, condenadas na mesma ação, para Belo Horizonte.

A PF já está de posse dos mandados e deve realizar as prisões ainda nesta quinta-feira, uma vez que os condenados já manifestaram o desejo de se apresentarem de forma espontânea. Costa Neto, Pedro Corrêa e Rodrigues estão em Brasília. Vinícius Samarane mora em Belo Horizonte e deve se entregar na Superintendência da PF na capital mineira.

Com os mandados expedidos pelo STF, 16 dos 25 condenados no Mensalão do PT estarão presos e cumprindo pena. Henrique Pizzolato, que deveria ter sido preso na primeira leva, em 15 de novembro passado, fugiu semanas antes para a Europa.
Detentor de dupla cidadania, Pizzolato deve estar na Itália, país que não extradita seus cidadãos. Já o mensaleiro petista José Genoino cumpre pena domiciliar provisória, em Brasília, até que o Supremo decida o seu futuro. Genoino alegou cardiopatia grave no pedido de prisão domiciliar, mas exames médicos descartaram a necessidade desse privilégio.

Valdemar Costa Neto foi condenado a 7 anos e 10 meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O STF rejeitou os embargos infringentes apresentados pela defesa de Costa Neto e decretou o trânsito em julgado da sentença condenatória.
O manda-chuva do Partido da República não conseguiu, durante o julgamento da Ação Penal 470, o mínimo de quatro votos favoráveis para ter direito aos embargos infringentes.

O Supremo também rejeitou recurso apresentado pela defesa de Pedro Corrêa, que pleiteava novo julgamento pelo crime de lavagem de dinheiro. Condenado no processo do Mensalão do PT a 7 anos e 2 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Corrêa também se valeu dos embargos infringentes para tentar nova análise da condenação por lavagem, pena que teve 8 votos a 2.

07 de dezembro de 2013
ucho.info

CAINDO NA REAL...

Dirceu desiste de trabalhar em hotel e Genoino recebe oferta de emprego para costurar bolas

mensalao_12Durou pouco a ópera bufa em que se transformou o suposto novo emprego do mensaleiro José Dirceu, preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena decorrente da Ação Penal 470. Dirceu desistiu de trabalhar no hotel Saint Peter, cujo controle está em nome de uma offshore, que até a última segunda-feira (2) tinha como presidente um panamenho de poucas posses.
 
Na prática o Saint Peter é de propriedade do empresário Paulo de Abreu, que há muito atua nos bastidores da capital federal para tentar ressuscitar a extinta TV Excelsior.
 
O emprego oferecido a José Dirceu, com salário mensal de R$ 20 mil, tinha como objetivo acelerar o processo. Em documento enviado à Justiça, o criminalista José Luís de Oliveira Lima informa que seu cliente desistiu do emprego, que na cúpula petista foi considerado como um tiro no pé.
 
Enquanto o advogado do mensaleiro cuidava dos detalhes junto à Justiça, a Confederação do Elo Social Brasil, formada por presidiários, protocolou no Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira (5), oferta de emprego para José Dirceu, com remuneração correspondente a 75% do salario mínimo, ou seja, R$ 508,50. No mesmo documento foi oferecido emprego para José Genoino e Delúbio Soares.
 
De acordo com a proposta, que é passível de recusa, o trio do Mensalão do PT trabalhar na Cooperativa Sonho de Liberdade, localizada na Cidade estrutural, no Distrito Federal. Caso aceite a oferta de emprego, Dirceu trabalhará como administrador do setor de produção.
José Genoíno vai costurar  bolas e receberá R$ 5 por unidade. Já Delúbio Soares, que certa vez afirmou que o Mensalão algum seria uma enorme piada, recebeu oferta para trabalhar como assistente de marcenaria. Cargo adequado para alguém que ostenta face lenhosa.
 
Se recusarem a proposta da Cooperativa Sonho de Liberdade, os três poderão ter problemas de convivência no cárcere. Serão considerados pelos outros detentos como elitistas, podendo sofrer represálias. Como se sabe, na cadeia o jogo é diferente e pouco diplomático.

07 de dezembro de 2013
ucho.info

MORRE NELSON MANDELA, "UM DOS MAIORES LÍDERES MORAIS E POLÍTICOS DE NOSSO TEMPO"

Morre Nelson Mandela, “um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo”

nelson_mandela_06Minuto de silêncio – Ex-presidente da África do Sul e líder do movimento contra o Apartheid, Nelson Rolihlahla Mandela morreu nesta quinta-feira (5), em Pretória, aos 95 anos. A notícia foi anunciada pelo atual presidente sul-africano Jacob Zuma.

Mandela esteve internado entre junho a setembro por conta de infecção pulmonar, mas retornou para casa após alta médica. “Ele partiu, ele se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o presidente. “Ele agora descansou, ele agora está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai”, disse Zuma.

Durante as quatro complexas e difíceis internações, a fragilidade da saúde de Mandela ficou evidente nas últimas imagens divulgadas.

Chamado carinhosamente de Madiba pelos sul-africanos, Nelson Mandela foi preso por liderar a luta pelo fim do Apartheid, que durou entre 1948 e 1993. Durante período em que esteve preso, na ilha de Robben, na costa da Cidade do Cabo, Mandela trabalhou quebrando pedras em área anexa à prisão.
Mandela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993 e foi eleito, um ano depois, presidente da África do Sul, o primeiro negro a conquistar o mais alto posto do país africano.
Adorado por todos os conterrâneos, Nelson Mandela tem o seu nome em vários locais públicos. Quem conhece a África do Sul sabe o sofrimento que a ausência de Mandela provocará no povo de um país que é a locomotiva do continente africano.

Considerado o mais importante líder da África Negra, Nelson Mandela dedicou 67 anos da sua vida a serviço da humanidade. Ele trabalhou como advogado dos direitos humanos e foi prisioneiro de consciência, até se tornar presidente da África do Sul. Devolver ao país a o direito à igualdade sempre foi a sua missão, razão pela qual a Organização das Nações Unidas homenageou-o instituindo o Dia Internacional de Nelson Mandela, 18 de julho, dia do seu nascimento. A homenagem serviu também para valorizar em todo o planeta a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.

Nascido em família de nobreza tribal, numa pequena aldeia que possivelmente viria a chefiar, Mandela desistiu de tudo e aos 23 anos decidiu seguir para Johanesburgo e atuar na política. Foi no vácuo dessa decisão que Madiba trocou uma vida de jovem do interior por outra de um rebelde universitário.

Já formado em Direito e morando na capital sul-africana, Mandela logo assumiu a liderança da resistência não-violenta da juventude em luta, acabando como réu em infame julgamento por traição. Foragido da polícia, o líder da África do Sul tornou-se o prisioneiro mais famoso do mundo. Ao reconquistar a liberdade, Mandela foi responsável pela refundação da África do Sul, que nos desde então nunca mais exibiu a criminosa discriminação racial que prevaleceu durante o regime do Apartheid.

Considerado por alguns como egocêntrico e criticado pelo fato de seu governo ter se aproximado de ditadores simpáticos ao Congresso Nacional Africano, a figura de Mandela, o ser humano que enfrentou dramas pessoais e permaneceu fiel ao dever de conduzir o país e seu povo à liberdade e à igualdade, suplantou qualquer eventual aspecto negativo.

Para o diplomata líbio Ali Abdessalam Treki, presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas de 2009 a 2011, Mandela foi e sempre será “um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo”.
A morte de Nelson Mandela deixa a humanidade órfã de um dos seus mais brilhantes representantes. A sua ausência deixa um vácuo enorme no campo das relações humanas e da defesa do direito à liberdade e à igualdade. O mundo está de luto e chora.

07 de dezembro de 2013
ucho.info