"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 3 de outubro de 2015

HEDIONDA TRAIÇÃO AO BRASIL


O Brasil está sofrendo sucessivos golpes da Cleptocracia Comunista Corrupta sendo os mais recentes a colocação de um comunista chefiando as FFAA, o STF se declarando publicamente como interventor do processo de investigação da Lava Jato para desqualificar o Juiz Sérgio Moro, e oMARGINAL LULA dando o golpe do 3º. Mandato – com total cumplicidade de um Parlamento com suas casas chefiadas por denunciados por corrupção, definitivamente se apresentando como um balcão de negociações espúrias, corruptas e criminosas – colocando a “presidenta” de direito - pela via do estelionato eleitoral - em uma vergonhosa posição consolidada de fantoche do criminoso projeto de poder do PT-Foro de São Paulo.

Aos olhos do resto do mundo civilizado deve ser impossível uma compreensão racional do que está acontecendo com o nosso país diante de uma sociedade formada majoritariamente por ignorantes, analfabetos funcionais e milhares de canalhas esclarecidos das burguesias públicas e privadas cúmplices da destruição do nosso país, como se eles nunca irão ser atingidos pelas consequências de seus crimes de lesa pátria e pelo fundamentalismo da prática do ilícito como valor predominante nas relações sociais.

Tenho reiterado que a Constituição não tem uma Cláusula Pétrea que obrigue as FFAA a se subordinarem a qualquer preço a um Poder Público que é reconhecido no Brasil e no mundo como um COVIL DE BANDIDOS, agora sob o comando direto do presidente de fato do Brasil: o mais sórdido MARGINAL DA POLÍTICA que a história do nosso pais irá registrar.

Muito acima de uma hierarquia militar de subordinação ao Poder Executivo Cleptocrata que comanda o país, construída por uma classe política que pode, de forma inquestionável, ser considerada a ESCÓRIA da sociedade dos canalhas esclarecidos e seus cúmplices, está ocompromisso patriótico das FFAA de defender o Brasil e seu povo do golpe comunista que já se apresenta em sua fase final, no momento em que todas as iniciativas de agressão à moral, à ética, à justiça e à propriedade privada comandadas pelos terroristas do MST e de outros grupos paramilitares não são minimamente combatidas pelos instrumentos da lei para a preservação dos nossos sonhos de democracia.
Muito me chamou a atenção declarações de dois generais da ativa:

“Asociedade brasileira ainda está dividida entre o 'impeachment' e a 'intervenção', ainda tem dúvidas do que quer. Pois bem, nós só sairemos da caserna mediante o agravamento terrível do caos."
Ministro chefe do GSI pede demissão e avisa “se abrir o bico, não sobrará ninguém”.

Da primeira declaração entendo que o general que a fez está cometendo um gravíssimo crime de lesa pátria pois passa o entendimento que a situação que o Brasil vive hoje não representa um caos, mesmo tendo uma estatística de mais de 200000 mortes somente em 2014, sendo mais de 60000 assassinatos, empresas estatais à beira da falência devido aos bilionários roubos do dinheiro público,
uma máquina estatal gigantesca, mas ineficiente, incompetente, prevaricadora e corrupta, uma economia no desfiladeiro da recessão e do desemprego de milhões de pessoas, e um Poder Executivo comandado por uma Cleptocracia que, de forma correta, assim foi classificada por um Ministro do STF, uma exceção naquela ilha de togados traidores do país.

Acrescente-se a esse trágico cenário o fato da falência da família, do adestramento homossexual compulsório de milhares de alunos do Ensino Básico nas escolas públicas, e na formação de legiões de consumidores de maconha e cocaína no campus das universidades públicas que, com a propagação da cultura marxista liderada por reitores comunistas formam, não novas gerações de gente voltada para a pesquisa, inovação e o empreendedorismo técnico-científico-empresarial, mas sim,primordialmente, militantes do comunismo cleptocrata corrupto com a imagem do porco assassino Che Guevara nas suas mentes deturpadas e escravas do decálogo de Lênin.

Para este General a falência da educação, da saúde e da segurança pública, a destruição econômica do país por desgovernos rigorosamente corruptos e genocidas, e o apodrecimento moral do Poder Judiciário também não representam o caos, assim como a falência moral e ética de todas as instituições públicas e suas relações com a iniciativa privada, com todas as grandes empresas de construção civil - e muitas outras - aceitando pagar propinas para agentes criminosos do Estado, formando cartéis de corrupção, e a ocorrência da compra de medida provisória para favorecer montadoras com o produto do roubo do dinheiro público desviado para parentes de um MARGINAL da política que, de fato, nunca deixou de ser presidente do Brasil.

Quanto sangue ainda terá que ser derramado pelas consequências do bilionário roubo do dinheiro público para o General considerar que o país vive um caos?
Quantas mais propriedades privadas ainda terão ainda que ser invadidas e destruídas pelo grupo terrorista MST financiado pelo Estado Bandido, e quantas ameaças ainda terão que ser feitas pela canalha comunista até a eclosão de uma guerra civil sem retorno?

Como bem colocado por um Procurador “crimes de corrupção matam mais que homicídios”, uma verdade comprovada que o General também não qualifica como um caos no país.
Será que o General aposta em uma guerra civil que pode ser evitada como o sinal de que o caos chegou?

Ou será que estamos diante de um grande engodo militar de generaisque estão empurrando a sociedade com a barriga para os braços genocidas de um regime cleptocrata comunista já aceito por eles como fato consumado e sem retorno? – Um aceite por covardia, omissão ou cumplicidade.
Enfim, o fato da Fraude da Abertura Democrática ter criado a cultura da prática fundamentalista do ilícito nas relações públicas e privadas como um valor fundamental de sobrevivência ou enriquecimento, garantidos pela impunidade escandalosamente promovida por togados vestidos de bandidos e bandidos vestidos de togados, não representa um caos para o país, também segunda a visa do general.

A segunda declaração tão grave quanto a primeira demonstra que o outro general que a fez tem tido plena consciência do total apodrecimento dos Poderes da República no que de mais grave pode ocorrer em termos de deterioração moral e ética, somente resolve se pronunciar quando é demitido do seu cargo e perdendo suas mordomias.

O que exatamente significa “não sobrará ninguém”? – Com certeza diz respeito ao fato de que o Poder Público do nosso país não passa de um COVIL DE BANDIDOS chefiado de fato pelo MARGINAL LULA, representante no Brasil do Foro de São Paulo.

Somente um ignorante ou um analfabeto funcional, mantidas as circunstâncias de omissão, covardia ou cumplicidade das FFAA com o criminoso projeto de poder do PT, pode ainda pensar que as FFAA continuem sendo instituições respeitáveis.

Assim podemos concluir que o Fernandinho Beira Mar pode ser tão respeitável quanto...
Felizmente ainda temos muitos comandantes e milhares de soldados de diversas patentes que devem pensar diferente e que, a qualquer momento, podem decidir que defender o Brasil - QUE JÁ SE ENCONTRA EM UM ESTADO DE CAOS GENOCIDA - do comunismo é muito mais importante do que a prática do POLITICAMENTE CORRETO com um COVIL DE BANDIDOS chefiado pelo MARGINAL LULA.



03 de outubro de 2015
Geraldo Almendra

EX-MINISTRO PADILHA É ENXOTADO DE RESTAURANTE AOS GRITOS DE "LADRÃO!" LADRÃO!" É... O POVO CANSOU. O POVO ESTÁ INDIGNADO.

EX-MINISTRO PADILHA É ENXOTADO DE RESTAURANTE AOS GRITOS
EX-MINISTRO HOSTILIZADO AOS GRITOS DE 'LADRÃO' E 'VAGABUNDO'


PADILHA AINDA TENTOU ARGUMENTAR, MAS FOI PIOR: TEVE DE ABANDONAR O RESTAURANTE.


O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, atual secretário municipal em São Paulo, voltou a ser hostilizado por cidadãos indignados com o governo petista.

Ele foi reconhecido quando se encontrava no restaurante e churrascaria Aldeia, na Brigadeiro Luiz Antônio, do qual tratou de sair antes que a situação piorasse.

CLIQUE AQUI PARA VER O VÍDEO.

Além de muitos palavrões, ele ouviu expressões como "ladrão!" ou "vai pra Paris!" ou ainda "vai trabalhar, vagabundo!". Padilha apenas gritou, dedo em riste: "Vocês são mal agradecidos!".

O grupo gravava imagens de celular quando ele, incomodado, também sacou o próprio celular e o apontou para o grupo, como se o gravasse, e perguntou por que ele estava sendo  "filmado". 
O grupo ficou ainda mais revoltado com sua presença e passou a xingá-lo com veemência.


03 de outubro de 2015
diário do poder

LULA BOTA APARTAMENTO QUE GANHOU DA OAS À VENDA POR R$ 2,3 MILHÕES



(Veja) Bancar melhorias na Casa da Dinda, a residência de Fernando Collor, no Lago Norte, em Brasília, era uma das muitas maneiras de agradar ao então presidente, deposto do cargo por corrupção em 1992. A mesma tática foi e está sendo usada por empreiteiras para demonstrar afeição ao ex-presidente Lula. 

Em meados de 2014, depois de quase dez anos de espera, a ex-primeira-­dama Marisa Letícia viajou à Praia das Astúrias, no Guarujá, para buscar as chaves do apartamento dos sonhos da família. O refúgio dos Lula da Silva no litoral é um tríplex de 297 metros quadrados. São três quartos, suíte, cinco banheiros, dependência de empregada, sala de estar, sala de TV e área de festas com sauna e piscina na cobertura. 

Ah, sim, para um eventual panelaço das elites, o tríplex tem varanda gourmet no 1º andar. O plano de comemorar o réveillon no imóvel foi adiado pela decisão de fazer ali uma reforma. O porcelanato e os acabamentos de gesso foram refeitos, a planta interna foi modificada para abrigar um escritório e um elevador privativo, interligando os ambientes do 1º andar com a ala dos quartos, no 2º nível, e a área de festas, na cobertura. 

Acompanhada de perto por dona Marisa, a obra não custou um centavo à família do ex-presidente. Do primeiro parafuso ao último azulejo, tudo foi pago pela OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras.

VEJA teve acesso a documentos e a fotos (em veja.com) que detalham a reforma do tríplex presidencial e mostram que os serviços foram contratados pela empreiteira. O trabalho foi feito pela Tallento Inteligência em Engenharia, uma empresa conhecida no mercado por executar obras de alto padrão em prazos curtos - duas exigências dos contratantes, mas não as principais. A exigência maior era a discrição. As investigações da Lava-Jato revelariam meses depois as razões disso. Iniciada em 1º de julho de 2014, a reforma transcorreu sob medidas de segurança incomuns. A fechadura da porta de acesso era trocada toda semana. A reforma da cobertura tríplex chamou a atenção dos moradores do prédio.

"Nos dias em que eles marcavam para visitar a obra, a gente tinha de parar o trabalho e ir embora. Ninguém era autorizado a permanecer no apartamento. Só ficamos sabendo quem era o dono muito tempo depois, pelos vizinhos e funcionários do prédio, que reconheceram dona Marisa e o Lulinha (Fábio Luís Lula da Silva, o filho mais velho do ex-presidente)", disse a VEJA um dos profissionais que colaboraram na reforma. 

O ex-presidente Lula esteve no tríplex algumas vezes. O segredo durou até dezembro do ano passado, quando o jornal O Globo publicou detalhes de uma investigação sobre a Coo­pe­rativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Controlada pelo PT, a entidade faliu e deixou 3 000 famílias sem receber seus imóveis. O tríplex destinado a Lula, com uma das melhores vistas do Guarujá, avaliado em 2,5 milhões de reais, foi um dos poucos a ser entregues. VEJA revelou em abril passado que, depois de um pedido feito pelo próprio ex-presidente a Léo Pinheiro, executivo da OAS, seu amigo, preso na Operação Lava-­Jato, a OAS assumiu a construção do prédio, que estava parada. 

Além de Lula, parentes do tesoureiro petista João Vaccari Neto, também preso, sindicalistas e familiares de Rosemary Noronha, a amiga íntima de Lula, foram contemplados com apartamentos em outros prédios da Bancoop assumidos pela OAS. Revelado o privilégio, e diante da repercussão negativa, desapareceu o entusiasmo da família Lula pelo imóvel.

O ex-presidente passou a negar ser o proprietário do tríplex, embora admita que sua esposa seja dona das cotas de um apartamento no mesmo edifício, o Solaris. Não é mentira. É apenas uma meia verdade. No papel, o tríplex ainda está em nome da OAS. Funcionários da empreiteira procurados por VEJA confirmaram que o apartamento pertence aos Lula da Silva, está parcialmente mobiliado, permanece fechado e está à venda por 2,3 milhões de reais. "Para entrar aí, só com autorização da cúpula da construtora. Só eles e o Lula têm a chave", disse a VEJA, na semana passada, um funcionário da própria OAS.

03 de outubro de 2015
in coroneLeaks

AMONTOAM-SE PROVAS SOBRE CRIMES DE TRÁFICO INTERNACIONAL DE INFLUÊNCIA COMETIDOS EM TORNO DE LULA



(Exclusivo Revista Época) Na manhã de 13 de março de 2013, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou em São Paulo num jato Falcon 7x, fretado pela construtora Odebrecht, rumo a Malabo, capital da Guiné Equatorial. O país é governado há 36 anos pelo ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, com quem Lula mantém excelentes relações.  

Lula se encontrou com empreiteiros brasileiros, que reclamavam da demora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, e do Banco do Brasil para a liberação de financiamentos de obras na África. Em seguida, esteve com o vice-presidente da GuinéIgnacio Milán Tang. Falou como homem de negócios. Disse que estava ali para conseguir contratos para a Odebrecht. Usou sua influência sem meias palavras. O mais poderoso lobista da Odebrecht entrava em ação.

A embaixadora do Brasil em Malabo, Eliana da Costa e Silva Puglia, testemunhou a conversa. “Lula citou, então, telefonema que dera ano passado ao Presidente Obiang sobre a importância de se adjudicar obra de construção do aeroporto de Mongomeyen à empresa Odebrecht (este aeroporto servirá às cidades de Mongomo, terra de Obiang, e à nova cidade administrativa de Oyala)”, escreveu a diplomata, em telegrama reservado enviado, logo depois do encontro, ao Itamaraty. “Adjudicar” é um termo jurídico comum em contratações de órgãos públicos. Costuma designar o vencedor de uma licitação. Em português claro, portanto, Lula havia pedido ao presidente da Guiné que desse a obra do aeroporto à Odebrecht. E, como bom homem de negócios, fazia, naquele momento, questão de reforçar o pedido ao vice-presidente.

O relato sigiloso da embaixadora em Malabo, revelado agora por ÉPOCA, é a evidência mais forte de que Lula, após deixar o Planalto, passou a atuar como lobista da Odebrecht, ao contrário do que ele e a empreiteira mantêm até hoje. ÉPOCA já havia mostrado, também por meio de telegramas do Itamaraty, que Lula fizera lobby para a Odebrecht em Cuba, junto aos irmãos Castro – chegara a usar o nome da presidente Dilma Rousseff para assegurar que o BNDES, continuaria financiando obras no país, como de fato continuou.

O caso da Guiné, no entanto, é ainda mais contundente. A diplomata brasileira flagrou Lula numa admissão verbal e explícita de que ele agia, sim, em favor da Odebrecht. Naquele momento, o governo da Guiné tocava uma licitação para as obras de ampliação do aeroporto. A Andrade Gutierrez, outra empreiteira brasileira, também participava da concorrência, mas não contou com a ajuda do ex-presidente. Lula, ao menos nesse contrato, tinha um único cliente. Um cliente VIP, de quem o petista recebia milhões de reais – apenas por palestras, garantem ele e a Odebrecht.

O telegrama da Guiné compõe um conjunto de documentos confidenciais, obtidos por ÉPOCA, sobre as atividades de Lula e da Odebrecht em países que receberam financiamento do BNDES. Esses papéis estão sendo analisados pelo Ministério Público Federal em Brasília. Como revelou ÉPOCA em abril, os procuradores investigam Lula oficialmente. Ele é suspeito detráfico de influência internacional, um crime previsto no Código Penal, por atuar em benefício da maior construtora brasileira, envolvida no petrolão. 

Os documentos obtidos por ÉPOCA demonstram que Lula percorreu a África atrás de bons negócios para a Odebrecht e outras empreiteiras, das quais também recebia por “palestras”. Como no caso de Cuba, usou o nome de Dilma. Os papéis mostram, também, que Lula, ainda na Presidência, marcou reuniões de empresários africanos com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o que contradiz a versão do executivo sobre as relações do petista com ele e o banco.

Surgem cada vez mais fatos que contradizem  Lula e sua versão de que nunca fez lobby para a Odebrecht e outras empreiteiras. Na última semana, o ex-­presidente foi citado num relatório da Polícia Federal na Operação Lava Jato que mostra uma série de trocas de e-mails de executivos da Odebrecht. Numa dessas mensagens, enviada em fevereiro de 2009, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, diz a um assessor especial de Marcelo Odebrecht, presidente do grupo, que o “PR fez o lobby” para a construtora numa obra na Namíbia, na África. “PR”, segundo os investigadores, significa Presidente da República, cargo ocupado por Lula na época dos fatos.

As reuniões de Lula na Guiné deram início a um tour de negócios pela África. Ele passaria em outros três países. Dois dias depois do encontro com o vice-presidente da Guiné, Lula chegou a Acra, capital de Gana. Foi recebido com pompa pelo chefe de Estado do país, John Dramani Mahama. Sem muitos rodeios, numa conversa privada, Mahama pediu o apoio de Lula para conseguir junto às autoridades brasileiras a liberação de uma linha de crédito no valor de US$ 1 bilhãodestinada ao financiamento de projetos de infraestrutura. Segundo registro feito num telegrama reservado do Itamaraty, o presidente ganês “frisou que o  apoio do ex-presidente Lula a essa sua demanda serviria para facilitar e acelerar as necessárias negociações relativas à aprovação do crédito”.

Após ouvir atento o pleito de seu colega, o líder petista encontrou uma solução. Destaca a mensagem diplomática: “O ex-presidente Lula disse acreditar que o BNDES teria condições de acolher a solicitação da parte ganense e, nesse sentido, intercederia junto à presidenta Dilma Rousseff”. A pedido de Lula, o presidente de Gana entregou uma nota formalizando a solicitação de crédito. 

Quatro meses depois, no dia 19 de julho de 2013, o BNDESabriu seus cofres e liberou para um consórcio formado, sim, pela Odebrecht e pela Andrade Gutierrez a contratação deUS$ 202,1 milhões (R$ 452,7 milhões, em valores da época) para a construção de uma rodovia em Gana. A taxa de juros do empréstimo é a segunda menor concedida pelo BNDES de um total de 532 operações voltadas para a exportação. O prazo para o pagamento da dívida também é camarada: 234 meses, ou seja, 19,5 anos, bem acima da média de 12 anos praticada pelo banco.

De Gana, Lula seguiu para Benin, acompanhado de empreiteiros presos na Lava Jato, como Léo Pinheiro, da OAS, e Alexandrino Alencar, da Odebrecht. Num encontro reservado com o presidente de Benin, Boni Yayi, Lula expôs as dificuldades para a liberação do empréstimo pelo BNDES para o país. “(Yayi) solicitou apoio do ex-PR Lula para a flexibilização das exigências do COFIG/BNDES”, diz um telegrama. 

O Comitê de Financiamentos e Garantias (Cofig) é o órgão que auxilia na análise de diversas demandas de operações de crédito para a exportação feitas no BNDES. Os empresários brasileiros tiveram a oportunidade de prospectar projetos de infraestrutura. “Embora o tom da visita, por parte do Instituto Lula, tenha sido mais de cortesia e amizade, o evento ajudou a dinamizar as discussões em torno da relação entre atores privados dos dois países e, principalmente, atraiu a atenção de empresários brasileiros para o potencial de investimentos no Benin”, diz o telegrama. A aventura de Lula na África era um sucesso.

O OUTRO LADO

Procurado por ÉPOCA para esclarecer os e-mails apreendidos pela PF, o ex-ministro Miguel Jorge disse que Lula agiu deforma apropriada. “Se o lobby é feito sem nenhum interesse de lucro pessoal, todo ex-presidente e ex-ministros deveriam usar sua influência em favor das empresas de seu país. Lula, por exemplo, cobra cerca de US$ 200.000 para dar uma palestra para cerca de 300 pessoas, sem promover um produto específico, enquanto o ex-presidente americano Bill Clinton cobra cerca de US$ 300.000”, disse. Questionado sobre o fato de Lula receber dinheiro da Odebrecht, sua maior cliente, para dar palestras em países onde a construtora possui obras financiadas pelo BNDES, Miguel Jorge respondeu: “Aí, é uma avaliação que não é tão fácil de fazer”.

Instituto Lula, por sua vez, disse que processará jornalistas de ÉPOCA. “A diplomacia presidencial contribuiu para aumentar as exportações brasileiras de produtos e serviços, que passaram de US$ 50 bilhões para quase US$ 200 bilhões”, disse o Instituto. “Temos a absoluta certeza da legalidade e lisura da conduta do ex-presidente Lula, antes, durante e depois do exercício da Presidência do país, e da sua atuação pautada pelo interesse nacional”, disse o Instituto, em nota.

Quanto à investigação do Ministério Público sobre Lula, o Instituto Lula afirmou que “há a afirmação textual do procurador de que não há elementos que comprovem nenhum ilícito e que a abertura do inquérito deu-se para estender o prazo”. Por fim, o Instituto disse que “não há o que comentar sobre supostos documentos mencionados pela revista sem ter conhecimento da íntegra desses documentos sem manipulações, para oferecer a resposta apropriada, se for o caso”.

BNDES disse que “todos os contatos entre o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o então presidente Lula ocorreram dentro do papel institucional de cada um e da mais absoluta lisura”. Afirmou o banco: “Faz parte da rotina do presidente do BNDES receber empresários e representantes de países estrangeiros. A tramitação das operações de financiamento do BNDES obedece a um processo de análise rigoroso e impessoal, envolvendo mais de 50 pessoas, entre equipes técnicas e órgãos colegiados”.

Procurada, a Odebrecht Infraestrutura diz que mantém umarelação institucional com o ex-presidente Lula e que ele foi convidado para fazer palestras em eventos voltados a defender “as potencialidades do Brasil e de suas empresas”. A empresa diz que apresentou proposta para o projeto do Terminal do Aeroporto de Mongomoyen, na Guiné Equatorial, mas não foi vencedora na licitação. A construtora também disse que os trechos de mensagens eletrônicas apontadas em relatório da Polícia Federal apenas registram uma atuação institucional legítima e natural nos debates de projetos estratégicos para o país. A companhia lamentou a divulgação e “interpretações equivocadas dos e-mails”.

As investigações do Ministério Público Federal no Distrito Federal sobre a suspeita de tráfico de influência internacionalpraticado pelo ex-presidente e a Operação Lava Jato poderão confluir em algum momento. Os investigadores de Brasília já pediram à força-tarefa de Curitiba o compartilhamento de provas. Procuradores da capital federal apuram se os cerca de R$ 10 milhões pagos pelas empreiteiras envolvidas no Petrolão para a LILS, empresa de palestras de Lula, tiveram origem lícita e uma contraprestação de serviços. Caberá, portanto, ao Ministério Público indicar se há elementos que justifiquem a denúncia do ex-presidente.


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03 de outubro de 2015
in coroneLeaks

PT ESTÁ CAUSANDO AO PAÍS UM GRAVE RETROCESSO POLÍTICO




Remeto as origens do PT a um partido de intelectuais, de professores, da classe média, de trabalhadores, compromissado com a ética na política e com os excluídos da sociedade.
Porém, num ponto da curva, o PT da esquerda light, aquela que a direita gosta, tergiversou para as mesmas práticas de seus antecessores, o toma lá da cá, as alianças no Congresso, as indicações mais políticas do que técnicas e, principalmente, o foco na aliança com as maiores empreiteiras do país.
Não podia dar certo. Impensável crer que um dia os fatos não seriam desvendados e esmiuçados à exaustão, como na Lava Jato.
IGUAL AO PSDB
O PT ficou muito parecido com o PSDB. No entanto, o mais paradoxal foi que o PT em momento algum mostrou para o povo as mazelas governamentais dos tucanos. Calou-se inerte, até o início do mensalão. Perdeu o timing, perdeu a hora de fazê-lo e, em pleno início de seu décimo terceiro ano de governo, sangra pelas estocadas de seu arquirrival, que dita o ritmo da desconstrução da legenda petista, mirando a retomada do poder em 2018.
Num eventual governo tucano, o ajuste fiscal será ainda pior do que o implantado por Joaquim Chicago Fraga Levy.
Quanto às ataques implacáveis somente ao PT, penso que se trata de psicologia viral contra quem está no governo, sempre odiado pelos governados, apesar de outros partidos estarem envolvidos em práticas não republicanas.
SANGRAR TODOS
A espada da lei deve sempre sangrar todos, sejam os transgressores reis ou plebeus. É o princípio basilar da isonomia.
Quanto mais grave for à crise moral e econômica, mais deveremos sonhar com dias melhores, principalmente para os cidadãos desprovidos das riquezas do país, na mão de poucos elitizados e corruptos em alto grau de periculosidade.
Os governos do PT tiveram um efeito tão devastador nas consciências, que um futuro governo com as mesmas características iniciais não virá tão cedo. Quem sabe, daqui a 100 anos? Com certeza, não estaremos aqui para constatar a previsão. Na vida tudo pode acontecer, até mesmo não acontecer nada.

03 de outubro de 2015
Roberto Nascimento

EMPREITEIRA DA LAVA JATO PAGOU REFORMA DO TRIPLEX DE LULA



A Dinda do Guarujá
Bancar melhorias na Casa da Dinda, a casa de Fernando Collor, no Lago Sul, em Brasília, era uma das muitas maneiras de agradar o então presidente deposto do cargo por corrupção em 1992. A mesma tática foi e está sendo usada por empreiteiras para demonstrar afeição ao ex-presidente Lula.
Em meados de 2014, depois de quase dez anos de espera, a ex-primeira-dama Marisa Letícia viajou à Praia de Astúrias, no Guarujá, para buscar as chaves do apartamento adquirido pela família. O refúgio dos Lula da Silva no litoral é um triplex de 297 metros quadrados. São três quartos, suíte, cinco banheiros, dependência de empregada, sala de estar, sala de TV e área de festas com sauna e piscina na cobertura. Ah, sim, para um eventual panelaço das elites, o triplex de Lula tem varanda gourmet no primeiro andar.
ADIAMENTO
O plano de comemorar o réveillon no triplex foi adiado pela decisão de fazer uma reforma no imóvel. O porcelanato e os acabamentos de gesso foram refeitos, a planta interna foi modificada para abrigar um escritório e um elevador privativo, interligando os ambientes do primeiro andar com a ala dos quartos no segundo nível e a área de festas na cobertura.
Acompanhada de perto por Dona Marisa, a obra não custou um centavo para a família do ex-presidente. Do primeiro parafuso ao último azulejo, tudo foi pago pela OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras.
Veja teve acesso a documentos que detalham a reforma do triplex presidencial e mostram que os serviços foram contratados pela empreiteira. A obra foi executada pela Tallento Inteligência em Engenharia, uma empresa conhecida no mercado por executar obras de alto padrão e em prazos curtos – duas exigências dos contratantes – mas não a principal. A exigência maior era a discrição.
LAVA JATO
As investigações da Lava-Jato mostrariam meses depois as razões disso. Iniciada no dia 1º de julho de 2014, a reforma transcorreu sob medidas de segurança incomuns. As fechaduras da porta de acesso eram trocadas todas as semanas. A reforma da cobertura triplex chamou a atenção dos moradores do prédio.
“Nos dias em que eles marcavam para visitar a obra, a gente tinha que parar o trabalho e ir embora. Ninguém era autorizado a ficar no apartamento. Só ficamos sabendo quem era o dono muito tempo depois, pelos vizinhos e funcionários do prédio, que reconheceram dona Marisa e o Lulinha (Fábio Luiz Lula da Silva, o filho mais velho do ex-presidente)”, disse a VEJA um dos profissionais que colaboraram na reforma.
O ex-presidente Lula esteve no triplex algumas vezes. O segredo durou até dezembro do ano passado, quando o jornal “O Globo” publicou detalhes de uma investigação sobre a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).
FALÊNCIA
Controlada pelo PT, a entidade faliu e deixou 3 mil famílias sem receberem seus imóveis. O triplex de Lula, com uma das melhores vistas do Guarujá, avaliado em 1,5 milhão de reais, foi um dos poucos a serem entregues. VEJA revelou que, em maio passado – depois de um pedido feito pelo próprio presidente a Léo Pinheiro, executivo da OAS, seu amigo, preso na operação Lava-Jato – a OAS assumiu a construção do prédio, que estava parada.
Além de Lula, parentes do tesoureiro petista João Vaccari, também preso, sindicalistas e familiares de Rosemary Noronha, a amiga íntima de Lula, foram contemplados com apartamentos em outros prédios assumidos pela OAS. Revelado o privilégio, e diante da repercussão negativa, desapareceu o entusiasmo da família Lula pelo imóvel.
MEIA VERDADE
O ex-presidente passou a negar ser o proprietário do triplex, embora admita que sua esposa seja dona das cotas de um apartamento no mesmo edifício, o Solaris. Não é mentira. É apenas uma meia verdade. No papel, o triplex ainda está em nome da OAS.
Funcionários da empreiteira procurados por Veja confirmaram que o apartamento pertence aos Lula da Silva, está completamente decorado, e permanece fechado desde que o caso foi tornado público. “Para entrar aí, só com autorização da cúpula da construtora. Só eles e o Lula têm a chave”, disse à Veja na semana passada um funcionário da própria OAS.

03 de outubro de 2015
Robson Bonin e Kalleo CouraVeja

PEDALADAS FISCAIS: O DECRETO PRESIDENCIAL 8535/2015 É TÃO EXECRÁVEL QUANTO RIDÍCULO





Só gente insana, mentirosa, trapaceira, sorrateira, despudorada e imbecil – como é essa gente que a cada dia mais afunda o Brasil na lama da corrupção e o expõe ao ridículo internacional – é que baixa um decreto como o que foi publicado ontem e que falseia para “impor limites às chamadas pedaladas fiscais”. É o Decreto Federal nº 8535, de 2 de Outubro de 2015, e que já se encontra em vigor.
Limita o que não pode ser limitado. Altera o que não pode ser alterado. Mexe, modifica e cria, por decreto, o que somente poderia ser mexido, modificado e criado por meio de outra lei complementar. Quanta cafajestada! Quanta estultice! Para o bem do Brasil e para a felicidade da Nação, vão embora! E para bem longe. E não voltem nunca mais.
A ESSÊNCIA DO DECRETO  
Esse tal decreto, que essa gente cretinamente chama de “avançado” e “moralizador” dispõe ser vedado aos órgãos públicos do Poder Executivo federal firmar contrato de prestação de serviços com instituições financeiras, no interesse da execução de políticas públicas, que contenha cláusula que permita a insuficiência de recursos por período superior a cinco dias úteis. E, se findo esse período, a insuficiência persistir, o governo federal se obriga a cobrir a dívida em 48 horas.
Acresce, ainda, ser vedada a existência de saldos negativos ao final de cada exercício financeiro!. Nada mais ridículo e vexatório. Com esse execrável decreto, essa gente pretendeu emprestar “normalidade” às “pedaladas fiscais” e garantir que, desde ontem, elas podem continuar sendo praticadas, mas por curto período temporal!
LEI DURA E INFLEXÍVEL
Não. Não podiam antes. Nem poderão no futuro. A Lei de Responsabilidade Fiscal, LRF (nº 101, de 4.5.2000) é taxativa e cogente. Não pode ser driblada nem contornada. O artigo 36 dispõe que é proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Ou seja, o governo federal não podia e nem pode, sob pretexto algum, deixar de suprir a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BNDES com recursos próprios para cobrir os gastos com a execução de suas políticas públicas governamentais. Nem a LRF prevê a adoção de contrato com “cláusula” de permissão em sentido inverso, isto é “cláusula de tolerância”.
E o que se viu e persiste é exatamente o contrário. Os bancos bancaram com recursos próprios os encargos do governo. E sem cumprir com sua obrigação, que era transferir dinheiro do Tesouro Nacional para os bancos, o governo teve aumentado o seu superávit primário, artificiosa e criminosamente. E pelo artifício e pelo crime responde o presidente da República. E a pena é o seu impedimento.
Por essa e outras “manobras” mais, num total de 12, o ministro Augusto Nardes do Tribunal de Contas da União, já votou pela rejeição das contas de Dilma Rousseff: “As contas não estão em condições de serem aprovadas, recomendando-se a sua rejeição pelo Congresso”, escreveu Nardes.
DECRETO PÍFIO E EXECRÁVEL
A lei de responsabilidade fiscal é lei complementar. E lei complementar é aquela que explica e adiciona algo à Constituição Federal. É de tal importância que, para sua aprovação, exige maioria absoluta do Congresso. E não será um decreto que vai modificar, nem desdizer o que diz uma lei complementar, nem lei alguma. Decreto não se presta para isso.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, LRF (Lei Complementar nº 101/2000 ) diz textualmente que que essas chamadas “pedaladas fiscais” são ‘PROIBIDAS”. E o que é proibido não é permitido, não é tolerável, nem em longo nem em curto espaço de tempo.
Portanto, esse tal decreto que Dilma Rousseff publicou ontem – decreto que até fala em “cláusula que permite a insuficiência de recursos” –, tal decreto não tem o menor valor legal. É completamente injurídico e afrontoso à inteligência mediana. Nem deixa menos pior a situação da presidente. Pelo contrário, piora cem por cento mais e mostra toda a incompetência e teratologia, dela e de todo o seu staff governamental. Nada mais leviano. É certo que o próprio ministro Levy sabe disso, não concorda com isso, e por isso deixará o governo em breve.
IMPEACHMENT INEVITÁVEL
E saiba essa gente que o artigo 73 da Lei de Responsabilidade Fiscal diz que toda e qualquer infração a seus dispositivos será punida na forma do Código Penal, da Lei do Impeachment (nº 1079/50), e da lei que cuida da Improbidade Administrativa ( nº 8429/92).
A presidente Dilma está em situação indefensável. Se renunciar, livra-se do impedimento. Mas não se livra das penas impostas ao improbo administrador nem das penas do Código Penal. Os crimes e as infrações não desaparecem. E por todas haverá de sentar-se no banco dos réus.

03 de outubro de 2015
Jorge Béja

O FIM DO MUNDO... AQUI MESMO NO BRASIL





Já tive oportunidade de dizer aqui que “tenho a fé fraca da conveniência”. E que não sei se creio em Deus por amor ou medo. Quem sabe os dois juntos? Sou cartesiano, daí a dúvida: acredito, duvidando… Não sei por que sou assim, já que nasci em lar católico, até demais. Mamãe não fez outra coisa na vida a não ser rezar e cuidar da família, os quatro filhos e o marido, meu pai, também chamado, lá em Salinas, de “pai dos pobres”. Fui aluno interno, a partir dos 9 anos, no Instituto Padre Machado, colégio do maior educador católico do Brasil, o professor Antônio de Lara Resende (pai, entre outros, do falecido Otto e do Acílio, também colunista de O Tempo). Quando criança, falava em ser papa, só para poder mandar nos padres e nas freiras, o que eu pensava ser bom.
Todavia, quis o destino que eu, depois de formado em direito, enveredasse pela política, e foi aí que vi o que é bom pra tosse… Aos 50 anos, resolvi viver outra vida e fui cuidar da fazenda que eu havia adquirido com financiamento da Sudene, nas barrancas do Velho Chico, até que, oito anos depois, fui conduzido ao Tribunal de Contas do nosso Estado, por convite do governador e amigo Hélio Garcia.
Titulei esta matéria “o fim do mundo” e creio não estar exagerando, tamanha a ladroagem que anda acontecendo em nosso país. Depois do PT, roubaram e carregaram nossa brasilidade. Os jornais dizem que o governador Aécio Neves usou o avião do governo 124 vezes para passar fins de semana no Rio de Janeiro. É muito? Eu acho. E o que dizer do ex-Luiz, que comprou um avião por milhões de dólares e saiu pelo mundo em busca do Nobel da Paz, num caipirismo esperto, tal qual um bobo da corte? Sim, uma desgraça não justifica a outra, é verdade. Mas não é ilegal, nem para um, nem para o outro. É imoral para os dois, já que nem tudo que é legal é moral, e vice-versa.
UMA ÚNICA VEZ
Esses procedimentos deveriam servir para nortear nossos votos em eleições futuras. Em 20 anos como deputado, viajei por conta da Assembleia uma única vez, em companhia de Jorge Vargas, Jorge Ferraz, Cícero Dumond e Bonifácio Andrada, compondo comissão que foi ao Ministério do Interior, ainda no Rio, para cuidar de questão de grande relevância para nosso Estado.
A maioria dos homens públicos do Brasil tem mania de viajar por conta do povo. Agora mesmo, o presidente do TCE-MG, conselheiro Sebastião Helvécio, está em Boston, em “vilegiatura”. Aliás, esse conselheiro, que, em tempos bicudos como os que vivemos, vai construir mais um prédio no TCE (para ser sede de congressos internacionais), já deve ter viajado pelos quatro cantos do mundo, sempre de primeira classe e com diárias nunca inferiores a US$ 500…
Pois é, dinheiro para o aumento dos servidores em suas datas-base ou para a correção das URVs vencidas há mais de dez anos, nem pensar, mas andar pelo mundo à custa do Estado… O cara, além de folgado, se acha… Isso é ou não é o fim do mundo?
É preciso ter paciência de Jó e saco de Papai Noel…

03 de outubro de 2015
Sylo CostaO Tempo

PRESIDENTE DILMA SE ENROLA NAS PRÓPRIAS PERNAS




A fábula “O Cachorro e Sua Sombra”, de Esopo, é sucesso de público e crítica entre os amigos próximos da presidente Dilma Rousseff. Diz que um cachorro, ao cruzar a ponte, viu a própria imagem refletida nas águas do riacho, mas pensou que se tratava de um outro cachorro com um pedaço de carne maior que o seu e não teve dúvidas: largou o pedaço que levava preso nos dentes e se atirou sobre a imagem refletida. A moral da história é óbvia: quem desiste do certo em troca do duvidoso é um tolo e duas vezes imprudente.
Esse é o clima palaciano às vésperas de uma reforma ministerial difícil de compor e do anúncio das regras do jogo do impeachment, o que deve ser feito até quinta-feira pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Explica porque a presidente enviou a ministra Kátia Abreu (Agricultura) para dizer aos dirigentes do PMDB os termos com que pretende contemplar o partido na reforma. Erro crasso. Dilma pode até sentir alguma satisfação em espezinhar o vice Michel Temer, o “imprudente” da fábula, mas perde de vista o principal: os votos do PMDB. Temer já avisou que não vai indicar ministros. Os riscos de a reforma não dar certo são consideráveis.
O PMDB tem seus rituais. Um deles é a precedência. A ministra Kátia Abreu é estimada por seus colegas de Senado, mas é cristã nova na sigla. Sua designação afasta mais que aproxima da presidente um partido cujos votos serão decisivos na votação do pedido de autorização para a abertura do processo de impeachment da presidente no Senado. Há cálculos segundo os quais o impedimento só passa se houver um índice de “traição” de quase 100% do PMDB. Faz sentido, mas impeachment não é uma questão só de aritmética, é sobretudo política.
TRAPALHONA
A profundidade da crise requer muito mais que a “gerentona”, imagem fabricada pela publicidade oficial substituída pelo “trapalhona” como adjetivou o ex-ministro Delfim Netto em entrevista a “O Estado de S. Paulo”. Ilustrativo é o caso do ministro da Comunicação de governo, Edinho Silva, tesoureiro da campanha da presidente em 2014. Nele se cruzam a Operação Lava-Jato e as dificuldades de Dilma para montar um ministério anti-impeachment. Com dois ex-tesoureiros do PT presos e condenados, a prudência recomendava não levar o tesoureiro da campanha para o Palácio do Planalto. Alertada, Dilma não deu ouvidos a quem pensava diferentemente.
O depoimento de Ricardo Pessoa, dono da UTC, apontado como o chefe do “Clube das Empreiteiras”, cita o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, como beneficiário de suas doações, mas nada tão forte como a acusação de que Edinho, como tesoureiro, esteve pelo menos três vezes com o empreiteiro, pediu dinheiro para a campanha e relacionou a doação a interesses do empresário na Petrobras. A Justiça decidirá se os termos da delação premiada de Pessoa são verdadeiros. Politicamente, a manutenção de Edinho significa levar a Lava-Jato de vez para dentro do Palácio. Tirá-lo, por outro lado, é deixá-lo sob a jurisdição da primeira instância e do juiz Sergio Moro.
A transferência de Edinho para a Secretaria-Geral, por seu turno, significa tirar o ministro Miguel Rossetto e criar um problema com os movimentos sociais ligados ao governo, indispensáveis a Dilma para combater o impeachment. Deve-se ter uma ideia do humor dos movimentos no próximo sábado, quando o PT planeja reunir uma grande multidão na Praça da Sé, em São Paulo, em defesa do mandato de Dilma. Rossetto representa a esquerda do PT no Palácio do Planalto, ficou mal na fita após as manifestações de 8 de março, multidão que atribuiu aos derrotados nas eleições de 2014, mas foi o primeiro petista a costurar um discurso em defesa das medidas de ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy (Fazenda): “O ajuste não é um fim em si mesmo”.
NO MEIO DA CRISE
“Nós estamos no meio da crise, nem atingimos ainda o pico”, diz o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), autor do requerimento à presidência da Câmara sobre as regras do impeachment. “Mendoncinha”, como é conhecido o ex-governador de Pernambuco, coordena operacionalmente o impeachment junto com outros oposicionistas como Rubens Bueno (PPS-PR), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Bruno Araújo (PSDB-PE). Nas reuniões realizadas nos apartamentos funcionais ou casas dos parlamentares aparece também o PMDB: o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA) e os deputados Osmar Terra e Darcísio Perondi, ambos do Rio Grande do Sul, são presenças assíduas.
O que o grupo procura, no momento, é segurança jurídica, para que o pedido não possa ser eventualmente questionado com êxito na Justiça. E produzir fatos políticos, como foi a apresentação da questão de ordem. A acusação de golpismo feita pela presidente e pelo PT não comove Mendoncinha. “O PT abusou de utilizar”, diz. Pediu o impedimento de Fernando Henrique Cardoso, arquivado pelo atual vice Michel Temer, e o hoje ministro Jaques Wagner (Defesa) quis enquadrar o ex-presidente Itamar Franco no crime de responsabilidade, o que ao fim poderia levar ao impeachment da presidente. O pedido contra Fernando Collor de Mello teve a assinatura do PT “e de todo o Brasil”, diz.
IMPEACHMENT
Fato para justificar o impeachment da presidente é o que não falta, segundo Mendoncinha. O deputado cita as pedaladas. “Foram R$ 40 bilhões. Não foi o governo fazendo uma pequena aceleração no período eleitoral”. Há os decretos feitos à revelia do Congresso, o que é inconstitucional. Ao contrário do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Mendoncinha acha que fatos de mandatos passados servem de justificativa, pois contaminaram a reeleição de Dilma.
“Ela cometeu essas práticas para permanecer no poder”. Sem falar que delatores como Pessoa já se referem a doações para a eleição de 2014. Acima de tudo, Mendoncinha parece apostar na incapacidade de Dilma para gerenciar a crise, que se agrava a cada intervenção da presidente. “Isso vai esgarçando o resto de governabilidade que ela tem”. Nesse ritmo, logo se chegará a um quadro de “ingovernabilidade crônica”, o que também seria motivo para impeachment, se a presidente não renunciar antes, lógico. “O impeachment é um julgamento político”, diz. “Político-jurídico”.
(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis)

03 de setembro de 2015
Raymundo CostaValor Econômico