PELA PRIMEIRA VEZ…
As concentrações populares históricas na Esplanada sempre tiveram bandeiras únicas. Foi assim no velório de Juscelino Kubitschek (1976), na campanha das Diretas-Já (1984), na morte de Tancredo Neves (1985), no movimento dos caras pintadas (1992), na marcha de partidos de esquerda contra o governo Fernando Henrique Cardoso (1999), na primeira posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2002), nos protestos de junho e julho de 2013 e nas mobilizações contra e a favor da presidente Dilma neste ano.
Para evitar conflitos, a polícia adotou a estratégia polêmica de instalar um muro metálico ao longo de todo o canteiro central da Esplanada, do gramado do Congresso à rodoviária. “Sei que essa ideia recebeu críticas, mas até agora ninguém apresentou ideia melhor”, declarou Rollemberg.
RODOVIÁRIA CHEIA
Uma das áreas mais críticas é a rodoviária, onde boa parte do público desembarcará. O local deve receber um contingente policial reforçado. Todo o efetivo de 14.300 homens da Polícia Militar e 4.500 da Civil estará à disposição do evento. Até o momento, não está definido se a Força Nacional irá atuar.
Entidades empresariais e de profissionais liberais que defendem o impeachment contrataram empresas de segurança privada para proteger seus representantes. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) espera contar com os sindicatos de vigilância para que seus membros atuem na proteção das pessoas que defendem a presidente. “Temos deixado claro nosso repúdio a qualquer agressão e esperamos que isso também ocorra do outro lado”, disse Paulo João Estausia, da Confederação dos Trabalhadores em Transporte.
No acampamento contra o impeachment, próximo ao Estádio Mané Garrincha, nesta quarta-feira já havia 2.500 pessoas. Já a área do grupo oposto contava com apenas 25 militantes.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Brasília está em transe. Nunca houve nada igual. O governador está correto ao mandar instalar as grades para dividir as facções, mas são frágeis, podem ser derrubadas com facilidade. O impeachment é inevitável e ninguém pode prever o que irá acontecer. Todo cuidado e pouco. (C.N.)
14 de abril de 2016
Adriano Ceolin e Leonencio Nossa
Estadão