"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

FELIZ NATAL, APESAR DE TUDO

Papai Noel ou o Japonês da Federal? Sapatos de cromo ou tornozeleira eletrônica? É um dilema para os estão no topo da política brasileira. 
Na planície, foi um ano terrível, aqui e lá fora. Milhares de refugiados de guerra, atentados, mar de lama, epidemias, corrupção. 
Ainda assim, há o que celebrar. A solidariedade, por exemplo. Esteve presente na onda de refugiados que invadiu a Europa. Nos distritos arrasados de Mariana, felizmente, também não faltou.

Há que celebrar a competência dos médicos e cientistas brasileiros que estabeleceram rápido a conexão entre o vírus zika e a microcefalia. 
E comunicaram ao mundo. As perspectivas são aterradoras, mas seriam mais ainda se não tivéssemos dados para, pelo menos, buscar uma vacina. 
Os cientistas americanos que passaram pelo Recife ficaram admirados como se fez tanto com equipamentos tão modestos.

Mesmo não sendo um defensor da pobreza dos meios, valorizo esta qualidade, a tentativa de superar criativamente a limitação dos instrumentos. Já é uma qualidade de muitos brasileiros. Com o dólar nas alturas, talvez seja, por um tempo, uma espécie de segunda natureza.

O imperador Adriano, da escritora Marguerite Yourcenar, disse algo interessante sobre pessoas, mas que bem poderia ser adaptado ao Brasil: “Ele havia chegado a um certo momento da vida, variável para cada homem, em que o ser humano se abandona ao seu demônio ou ao seu gênio e segue uma lei misteriosa que lhe ordena destruir-se a si mesmo ou a superar-se”.

Creio que vivemos sob essa lei misteriosa e, ao contrário de Adriano, não a vejo comandar apenas uma coisa ou outra: os dois movimentos, autodestruição e superação, se entrelaçam, como se a própria lei hesitasse. 
O processo político brasileiro é autodestrutivo. Se apenas implodisse mansamente... Mas é um espetáculo longo de sirenes, buscas, batidas policiais.

De 2013 para cá, surgiu um movimento de protesto, tentando despertar mudanças e reverter a decadência. O movimento ainda está vivo hoje, sabendo agora que não se trata apenas de cobrar os serviços, mas condenar a corrupção, pedir o impeachment.

Enquanto a solidariedade marcava o ano aqui embaixo, lá em cima o ano terminava com duas notícias assombrosas: corrupção na Hemobrás e nas obras de transposição do São Francisco. Roubam a água e o sangue de populações vulneráveis. 
Naturalmente numa escala muito menor que os assaltos à Petrobras. Não avalio os números nem artigos do Código Penal. Não é preciso trabalhar com palavras para saber que sangue, água e óleo são substâncias diferentes.

Por essas razões, o Natal no Brasil é uma festa no front. Um ano de governo e o único resultado político é o processo de impeachment. Ele nos espera no ano que vem. Assim como a crise econômica, pois recuamos quase 4% do PIB. 
O Brasil talvez esteja precisando de um presente. 
A disposição de cada um em seguir o próprio gênio e afastar o perigo da autodestruição. Seguir o gênio, no texto, significa apenas usar as próprias qualidades, superar-se como se superaram os médicos e cientistas nordestinos.

Vamos ouvir o som das sirenes como se fosse o trenó de Papai Noel. Vamos tirar mais algumas tornozeleiras do saco de brinquedos, e ao dobrar dos sinos das igrejas de Mariana, lembrar que acaba um ano difícil. 
Os mais velhos, como eu, sempre dão um balanço dos seus mortos. Senti a perda de Carlos Lemos e fiquei sabendo, através da família, que ele guardou um cheque que entreguei a ele no fim dos anos 1960. 
Está intacto. Independentemente da cifra, é o cheque mais valioso que assinei na vida. Querido Lelé.

Na noite seguinte, fui ao aniversário de um amigo: 90 anos. Nadamos na mesma piscina. Estranhei sua ausência pela manhã. Ele disse: preciso me poupar para a festa. Ao vê-lo pulando de mesa em mesa, movendo os mesmos braços longos que desloca na água, pensei: quantas vezes falamos do Brasil, quantas vezes lamentamos o curso das coisas no país. Mas Armando Salgado, esse é seu nome, erguendo uma taça de vinho alegremente, despertou-me um sentimento essencial: sobrevivemos e é bom estar aqui.

Não creio que o Brasil se coloca um problema que não possa resolver. Há clamor nas ruas, mesmo sob o sol de dezembro, às vésperas do Natal. As forças autodestrutivas chegaram ao seu destino. Estão dentro de um amplo cerco policial contra a corrupção: o que deveria ser uma experiência histórica tornou-se um processo penal.

No ano que acaba, o difícil foi não ver a luz no fim do túnel. Se aparecer em 2016, será uma grande conquista. Esperar que as dificuldades desapareçam é ilusão. Uma luz, uma simples luz, atenua as asperezas do caminho. 

O planeta achou sua luz na conferência de Paris e decidiu conter o processo de autodestruição. Celebro pelas novas gerações, embora também aí a luz não não baste: o caminho é áspero. 
Mas se 189 países conseguem achar um horizonte comum na luta contra as mudanças climáticas, porque um só país não encontrará o seu na luta por melhores governantes?

21 de dezembro de 2015
Fernando Gabeira

AOS PERDEDORES AS BATATAS BOLORENTAS DA BOÇALIDADE BOLIVARIANA


Finalmente justiça está sendo feita. O filho dileto da suruba intelectual entre Ceiça Tavares, Beluzo, Serra, Bresser Pereira e Delfim Netto, o bonachão Nelson Barbosa, finalmente terá a oportunidade de ouro de terminar aquilo que começou, a destruição total e completa da economia brasileira. 
O coroamento de sua cretinice ocorre com sua nomeação para o ministério da fazenda
 o ápice merecido da sua mediocridade militante. Para o povo brasileiro vítima de sua burrice e ignorância restam as batatas bolorentas.

21 de dezembro de 2015
in selva b rasilis

SOBERBO TRIBUNAL FEDERAL

Se o ministro Edson Fachin se abstivesse de julgar a medida cautelar de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – 378, por conta da polêmica em torno da sua indicação para o STF, talvez a decisão do plenário se aproximasse do seu pensamento.

O seu extenso voto, basicamente de rejeição ao pleito do PC do B, contrário ao efetivado pela Câmara dos Deputados para a composição da comissão especial, a fim de apreciar o pedido de impeachment contra a "presidenta" Dilma Roussef, surpreendeu, exatamente pelo apoio que deu, até em palanque, à candidatura da presidente questionada no caso. A lembrar de que no passado os ministros Marco Aurélio de Mello e Francisco Rezek, ambos indicados por Collor, se abstiveram de julgá-lo.

Pontos significativos e outros nem tanto foram discutidos exaustivamente. Voto secreto ou aberto que tem sido usado conforme interesse de quem argumenta. Eleição (ato de eleger votando) que não é eleição, é "escolha", eleição que é indicação de líder, chapa única, reprovação da candidatura avulsa, que tem sido usada até para a composição da mesa. Quem manda mais, Câmara ou Senado no processo do impeachment.

Ora, o Senado está em alta (presidente Renan a favor da "presidenta") e a Câmara em baixa (presidente Cunha contra). Quem diria, o PT já cogitou a extinção do Senado: "A função revisora (do Senado) fere o princípio da soberania popular ao sobre-representar Estados com menor população e sub-representar Estados de maior densidade populacional". Alegam os defensores da proposição que o voto de 81 senadores vale tanto quanto o de 513 deputados, questionando o poder de decisão.

No entanto, no julgamento em pauta, o STF admitiu que ao Senado se faculta mandar arquivar o processo instaurado na Câmara por 2/3 dos seus membros. E mais, poder fazê-lo por maioria simples. Salta aos olhos tamanha disparidade e desequilíbrio.

O caminho normal é a dupla instância na apreciação das atividades atinentes ao legislativo, determinado pelo sistema bicameral. A recordar que o STF no julgamento dos embargos infringentes anulou o crime de formação de quadrilha imposto aos condenados na "primeira" instância, precipuamente em observância ao duplo grau de jurisdição, fundamento dos votos favoráveis à tese, e previsto no Pacto de San José da Costa Rica.

Inconcebível admitir. A casa que representa o povo — a Câmara dos Deputados — após análise do pedido de impeachment por parte da Comissão Especial, ouvida a defesa da presidente acusada; aceita a acusação ou não pela comissão; matéria em votação no plenário, se aceito por 2/3 dos deputados, é encaminhado ao Senado. E este, por maioria simples, detona o processo instaurado como preceitua a Constituição ao invés de apreciá-lo, considerar a presidente culpada ou não das acusações.

Considerar, como alegado, o afastamento da presidente como agravamento da crise, é muito pouco diante do nível do desgoverno reinante e repulsa da sociedade, beirando noventa por cento.

O ministro Gilmar Mendes foi bem claro no seu inflamado voto, "ninguém vai cessar o impeachment por meio de interferências no Judiciário". Ao interferir no processo legislativo, "Vamos dar a cara à tapa. Estamos tomando uma decisão casuística. Assumamos então que estamos manipulando o processo".

Outras expressões do ministro que preocupam a todos: mar de estranhezas; cooptação do STF; processo de bolivarização da corte e outros ramos do Estado; não se salva quem precisa de base política com esse balão de ar artificial.

Persistir na crise é continuar com o governo atual. Completa o ministro: "Os 171 votos necessários para permitir que se escape de impeachment não são suficientes para governar. Estamos ladeira abaixo, ontem fomos desclassificados mais uma vez, estamos sem governo, sem condições de governar, com um modelo de fisiologismo que nos enche de vergonha.".

Confirma-se o alerta do então presidente da Corte, Joaquim Barbosa: "É uma maioria de circunstância que tem todo o tempo a seu favor para continuar sua sanha reformadora.".

A lamentar de tabela o tratamento ríspido do presidente da Corte dado a um advogado ao apresentar uma contribuição ao debate.



21 de dezembro de 2015
Ernesto Caruso

A BRASÍLIA DE CLARICE

O dramaturgo americano Arthur Miller, autor, entre outros, de “A morte de um caixeiro-viajante” e fino observador das vicissitudes humanas, sempre acompanhou à distância o exercício da política e as demandas do poder. “Quer seja para o bem ou para o mal, é inevitável que líderes políticos recorram a artifícios e exerçam ilusionismo teatral. Em política a distância mais curta entre dois pontos costuma ser uma linha torta”, concluiu em 2001, quatro anos antes de morrer.

Um exemplo clássico desse virtuosismo teatral na arena política americana ocorreu nas 72 horas que se seguiram ao assassinato do presidente John Kennedy em Dallas, Texas, em novembro de 1963.
A partir do instante em que o vice Lyndon Johnson fora empossado às pressas no avião que retornava a Washington com o caixão do morto na cabine presidencial, o seu relógio político começara a ticar.

Execrado pelos que idolatravam Kennedy e de aceitação difícil por um país ainda tragicamente enviuvado e em choque, Johnson tinha tudo para demorar em ser visto como chefe da nação. Além do pecado original de ser texano, portanto originário do estado onde ocorrera a tragédia, Johnson era visto como conservador, grosseiro, arqui-inimigo dos sindicatos e avesso aos direitos civis em ascensão.

Assumiria portanto uma Casa Branca esvaziada das cabeças estelares da intelectualidade e da academia que serviram a JFK. E tampouco haveria de contar com quem comandava massas. Chefiaria um reles governo-tampão até eleições gerais um ano depois, que seriam disputadas e provavelmente vencidas por outro Kennedy.

Só que Lyndon Johnson era um exímio leitor de vaidades humanas. Virou o jogo em 72 extraordinárias horas, como conta Robert Caro no quarto volume da biografia a ele dedicada.
O primeiro telefonema foi para o inimigo número 1: o poderosíssimo líder sindical George Meany. Durante os três anos anteriores, os dois haviam trocado xingamentos públicos e de baixo calão. “George”, começou Johnson, “...preciso de você mais do que o país jamais precisou...”. Entenderam-se.
Telefonemas quase idênticos, mas com fisgada específica visando à arrogância intelectual de um James Schlesinger, ao idealismo de um Kenneth Galbraith, ao apego ao cargo de um Pierre Salinger e tantos outros também funcionaram. Ao final do terceiro dia, o resultado que nenhum analista político podia imaginar: o Ministério do presidente Kennedy permaneceu virtualmente intacto sob a chefia de Lyndon Johnson até após a eleição de 1964. Eleição essa que Johnson ainda por cima venceu.

Neste caso, o ilusionismo teatral deu certo porque estava assentado em intenções e promessas políticas que foram cumpridas no essencial. Até mesmo com Martin Luther King o presidente eleito se entendeu.

Para quem está enojado pelo noticiário político nacional, mas quer degustar o complexo ofício de fazer política por linhas tortas, este estupendo tijolaço de 600 páginas publicado quatro anos atrás em inglês (“The Passage of Power”) está disponível na rede. Sai mais barato do que uma dúzia de bolas de Natal.

Já para quem quer se dar um presente da terra ou regalar alguém querido com um recuo da obscenidade política nacional, recomenda-se a inigualável e cristalina Clarice Lispector. Vale ler, reler, devorar, anotar, degustar as duas crônicas da escritora sobre a capital —“Brasília” e “Brasília: esplendor”, reunidas em “Para não esquecer” (1999). Nelas, Clarice jorra suas impressões e sentença sobre a cidade que visitou em 1962 e 1974, e que a deixou perplexa. “A alma, aqui, não faz sombra no chão”, observou.

É quase pecaminoso extrair apenas frases ou trechos de uma narrativa tão rica, densa e bela. Contudo, após termos sido submetidos a um ano inteiro de noticiário brasiliense acachapante, a própria Clarice talvez nos desse a licença de citá-la em pedaços e outro contexto.

“Aqui o ser orgânico não se deteriora. Petrifica-se... Se há algum crime que a humanidade ainda não cometeu, esse crime novo será aqui inaugurado... Aqui é o lugar onde o espaço mais se parece com o tempo... Brasília é um futuro que aconteceu no passado... Brasília diz que quer mas não quer; negaceia. Brasília é um dente quebrado bem na frente. E é cúpula também. Tem um motivo principal. Qual é? Segredo, muito segredo, sussurros, cochichos e chichos. Diz-se-que-diz que não acaba mais...”

“Foi construída sem lugar para ratos. Toda uma parte nossa, pior, exatamente a que tem horror de ratos, essa parte não tem lugar em Brasília. Eles quiseram negar que a gente não presta. Construção com espaço calculado para as nuvens. O inferno me entende melhor. Mas os ratos, todos muito grandes, estão invadindo. Essa é a manchete invisível nos jornais. Aqui eu tenho medo. A construção de Brasília: a de um Estado totalitário....”.

21 de dezembro de 2015
Dorrit Harazim

PALAVRAS QUE VOAM

No desespero de quem já não tem o que dizer, Dilma Rousseff anda abusando do recurso de se passar por vítima da malvadeza dos inimigos do povo e de se defender de acusações que não lhe são feitas. Na quarta-feira passada, em verdadeiro comício em que se transformou a 3.ª Conferência Nacional da Juventude, em Brasília, Dilma atacou “aqueles que tentam interromper um mandato popular conquistado legitimamente nas urnas”: “(Eles) sabem que têm de usar de artifícios, porque não conseguirão nada atacando minha biografia, que é conhecida. Sou uma mulher que lutou, amo o meu país. E eu sou honesta”.

Ora, ninguém acusou a presidente da República de não ser honesta, no sentido de meter a mão no dinheiro público, esporte predileto de muitos figurões da República, grande parte deles bem próxima dela, conforme revela fartamente a cobertura diária das ações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). Cabe observar, de qualquer maneira, que honestidade, de modo muito especial na vida pública, não é mérito. É obrigação. Não cabe, portanto, a chefe do governo gabar-se de estar cumprindo, pelo menos, essa obrigação.

Além disso, honestidade na vida pública não significa apenas respeitar os códigos morais e penais abstendo-se de colocar o poder a serviço da própria conta bancária. Registre-se, portanto, que não existe nenhuma evidência clara de que Dilma Rousseff se tenha beneficiado materialmente da corrupção generalizada que tomou conta de seu governo, conforme comprovam, mais uma vez, a PF, o MPF e os magistrados que não se cansam de colocar atrás das grades presidentes e tesoureiros do PT, diretores de estatais, empresários amigos dos poderosos e até mesmo um líder do Planalto no Senado Federal. A única dúvida que fica é sobre como é possível que tanta corrupção no governo tenha escapado ao conhecimento de uma mandatária tida como severa e centralizadora.

Honestidade é, portanto, não roubar (ou deixar roubar). Mas é também, para agentes públicos, cumprir o prometido e não prometer o que não pode ou não se dispõe a fazer. Consideradas as coisas dessa maneira, Dilma Rousseff precisa fazer, com urgência, um exame de consciência.

Vejamos, por exemplo, a questão da corrupção no governo, da qual Dilma se exime com o argumento de que jamais colocou no bolso um tostão do erário. Em seu discurso de posse do segundo mandato, há menos de um ano, Dilma foi categórica: “Democratizar o poder significa combater energicamente a corrupção. A corrupção rouba o poder legítimo do povo. A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada”. 

Essa fala é de janeiro de 2015, mas é de supor que a convicção de que “a corrupção deve ser extirpada” Dilma já a tinha quatro anos antes, quando assumiu a Presidência pela primeira vez, e até mesmo quando fez parte do primeiro escalão do governo Lula como ministra de Energia, chefe da Casa Civil e “mãe do PAC”, e até como presidente, por muito tempo, do Conselho de Administração da Petrobrás. 
A conclusão mais condescendente a que se pode chegar é a de que Dilma fracassou totalmente no propósito de “combater energicamente” a corrupção. Não conseguiu, ou não quis, cumprir o que prometeu.

Pior do que isso: Dilma promete o que não tem a intenção de cumprir. Em outras palavras, mente - o que não é nada honesto. Foi o que fez durante a última campanha eleitoral, quando acusou seus opositores, Marina Silva e Aécio Neves, de conspirarem contra as conquistas trabalhistas, para propor depois exatamente restrições a essas conquistas nas medidas necessárias ao ajuste fiscal que apresentou ao Congresso.

Não se pode levar a sério, enfim, quem afirmou no já mencionado discurso de posse, em janeiro: “Dedicarei obstinadamente todos os meus esforços para levar o Brasil a iniciar um novo ciclo histórico de mudanças, de oportunidades e de prosperidade, alicerçado no fortalecimento de uma política econômica estável, sólida, intolerante com a inflação, e que nos leve a retomar uma fase de crescimento robusto e sustentável, com mais qualidade nos serviços públicos. 
Assumo aqui um compromisso com o Brasil que produz e com o Brasil que trabalha”. Verba volant, como alguém escreveu recentemente.


21 de dezembro de 2015
Estadão

CORRUPÇÃO GENERALIZADA

Não há nenhuma obra de vulto executada pelos governos petistas, desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, que não tenha sido contaminada pelo vírus da corrupção. A recente revelação de que a transposição do Rio São Francisco passou a integrar esse vergonhoso rol apenas confirma o que o senso comum já indicava: os grandiosos projetos anunciados por Lula e Dilma Rousseff ao longo desses anos todos podem até nem sair do papel, e muitos deles não sairão mesmo, mas sua principal utilidade - servir como oportunidade para que partidos, políticos e empresários amigos do governo se fartem de dinheiro público desviado - já está comprovada.

O caso da transposição é particularmente infame. Prometido por Lula como algo “que nem d. Pedro II conseguiu realizar”, o projeto foi anunciado com pompa no distante ano de 2004, quando o chefão petista completava um ano na Presidência e já dava o tom megalomaníaco que nortearia seu mandato. Lula afirmou que, “se Deus quiser”, a primeira etapa da obra estaria pronta em 2006.
Na ocasião, Lula sentiu-se à vontade para espezinhar seus antecessores, ao dizer que “muitas vezes a coisa pública foi tratada no Brasil como se fosse uma coisa de amigos, um clube de amigos, e não uma coisa pública de verdade”. E ele acrescentou que, até o advento da aurora petista, os governos eram irresponsáveis, pois não terminavam as obras prometidas nas eleições: “Alguém pensou que era possível chegar numa tribuna, fazer um discurso para poder ganhar uma eleição e depois não concluir as obras”.

Invocar Deus não foi suficiente para que a profecia de Lula se confirmasse - em 2006, no final do prazo dado pelo presidente, as águas do Velho Chico permaneciam placidamente em seu leito. Reeleito, Lula lembrou-se de sua promessa e disse, com a caradura que lhe é peculiar, que tudo ficaria pronto em 2010 - quando então um “nordestino pobre”, isto é, ele mesmo, faria “o que nem o imperador conseguiu”.

O ano de 2010 chegou, e então Lula, sem conseguir entregar o que vendeu, garantiu que sua sucessora, Dilma, teria o privilégio de cortar a fita da transposição dali a dois anos. Pois 2012 veio e Dilma teve de admitir que o prazo anunciado por seu padrinho subestimara a complexidade da obra. Em compensação, como agora se sabe, o “clube de amigos” ao qual o então presidente se referiu nos idos de 2004 já estava se servindo do abundante dinheiro público colocado à disposição pelo governo petista.

O orçamento da transposição saltou de R$ 4,5 bilhões para R$ 8,2 bilhões, com evidentes sinais de superfaturamento, conforme apontou o Tribunal de Contas da União. No dia 11 passado, a Polícia Federal prendeu vários suspeitos de participação em um esquema para desviar ao menos R$ 200 milhões da obra. Entre os detidos estão executivos das empreiteiras OAS e Galvão Engenharia, integrantes do consórcio responsável por dois lotes da transposição.

Eis aí o padrão petista, que instituiu a rapinagem em todos os bilionários projetos de Lula e Dilma em troca de pedágio para o partido e suas campanhas eleitorais. As investigações em diversas frentes mostram que houve pagamento de propinas em obras da Petrobrás, na Usina Nuclear de Angra 3, na Ferrovia Norte-Sul, na Usina Hidrelétrica de Belo Monte e nos estádios erguidos para a Copa do Mundo. E é improvável que a lista se limite a esses empreendimentos.

Em todos os casos, o tal “clube de amigos” nem sequer se empenhou em entregar o que foi contratado no prazo acertado. Ao contrário: o atraso parece fazer parte do jogo, pois permite aditar os contratos, inventando novos e vultosos custos. A obra em si é o que menos importa.

Assim, já não é mais possível falar apenas de quadrilha, pois essa imagem sugere algo restrito a um punhado de pessoas interessadas em roubar dinheiro público. O que o País constata cada vez mais é que, desde que o PT se instalou no Planalto, a corrupção deixou de ser ocasional para se consolidar como um método de governo.

21 de dezembro de 2015
O Estado de São Paulo

VIDAS SECAS

JUSTIÇA MANDA SOLTAR PRESIDENTE DA OAS TRÊS DIAS APÓS PRISÃO
ALÉM DE VARJÃO, TAMBÉM FOI SOLTO CONSELHEIRO DA QUEIROZ GALVÃO

TAMBÉM FORAM DETIDOS O EXECUTIVO DA GALVÃO ENGENHARIA RAIMUNDO MAURÍLIO DE FREITAS - FOTO: DIVULGAÇÃO

A Justiça Federal em Pernambuco mandou soltar da prisão o presidente da OAS, Elmar Varjão, e o conselheiro do Grupo Galvão, Mario de Queiroz Galvão, três dias após eles serem presos na operação Vidas Secas, que investiga a suspeita de superfaturamento e desvio de R$ 200 milhões em dois lotes das obras da Transposição do Rio São Francisco, entre Pernambuco e Alagoas. A operação foi deflagrada no dia 11 de dezembro e a soltura dos executivos determinada no dia 14.

Em sua decisão, juiz Felipe Mota Pimentel de Oliveira, da 38ª Vara Federal de Pernambuco, acatou o pedido da defesa dos executivos e apontou que as prisões já cumpriram os objetivos. 
Com isso, as prisões que eram temporárias, com prazo de cinco dias, foram revogadas. 

Além de Varjão e Mario Galvão, também foram detidos o executivo da Galvão Engenharia Raimundo Maurílio de Freitas e o executivo Alfredo Moreira Filho, ex-representante da Barbosa Mello. Todos prestaram depoimento à Polícia Federal.

"No presente momento, não vislumbro que os investigados importem prejuízo concreto para a continuidade das investigações", assinala o magistrado na decisão. 

A prisão de Varjão ocorreu quatro meses após o ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, ser condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de corrupção na Petrobras. 

Como Léo Pinheiro foi preso em novembro do ano passado, Varjão foi o segundo presidente da empreiteira preso por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de dinheiro em um ano e 24 dias.

Situação semelhante ocorreu com Mario de Queiroz Galvão, que foi preso nove meses após seu irmão e então presidente do conselho de administração do grupo Dario de Queiroz Galvão Filho ser detido pela Lava Jato, em março deste ano. 
No último dia 2, o juiz Sérgio Moro condenou Dario a 13 anos e dois meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


21 de dezembro de 2015
diário do poder

UTC DOOU AO DEM, PR, PMN E PRTB POR ORDEM DE GIM ARGELLO

EXECUTIVO REVELA ACERTO PARA 'BLINDAR' RICARDO PESSOA NA CPI

WALMIR SANTANA EXPLICOU A TRANSAÇÃO PARA OS PARTIDOS - FOTO: DIVULGAÇÃO

Um dos delatores do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, o diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana, detalhou à Procuradoria-Geral da República um acerto que teria sido feito em 2014 entre Ricardo Pessoa, dono da empreiteira, e o então senador Gim Argello (PTB-DF). Pelo acordo, o parlamentar atuaria para que Ricardo Pessoa não fosse chamado a depor na CPI da Petrobras. Em contrapartida, Ricardo Pessoa faria contribuições em favor de pessoas indicadas por Gim Argello.

Segundo Walmir Santana, o acerto era 'um tipo de blindagem' para Ricardo Pessoa. "No início do mês de julho de 2014, Ricardo Pessoa se aproximou do declarante (Walmir Santana) e afirmou ter chegado a um acordo com Gim Argello no sentido de que ele, Ricardo Pessoa, fosse blindado em relação a CPI; que, em contrapartida, teriam que fazer doações no valor de R$ 5 milhões a pessoas que Gim Argello indicaria."

O delator explicou a transação. "No total foram pagos R$ 1,7 milhão em favor do DEM; que, em favor do PR, R$ 1 milhão; que, em favor do PMN, R$ 1,15 milhão; que, em favor do PRTB, também foram pagos R$ 1,15 milhão; que, os totais doados perfazem os R$ 5 milhões acordados com Gim Argello; que, o declarante, ao que se recorda, recebeu a totalidade dos recibos eleitorais."

O executivo prestou depoimentos em 4, 5 e 6 de agosto à Procuradoria-Geral da República. Em um deles, Walmir Santana contou que após a instalação da CPMI, 'existiam umas afirmações de que Ricardo Pessoa seria chamado para prestar depoimento'. O dono da UTC, segundo Walmir Santana, passou a procurar 'pessoas dessa CPMI' e chegou a Gim Argello, que teria 'uma certa influência' sobre Vital do Rêgo, então senador e presidente da CPMI e hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo Walmir Pinheiro Santana, Ricardo Pessoa reuniu-se algumas vezes com Gim Argello.



21 de dezembro de 2015
diário do poder

A TURMA DO "FORA, CUNHA" VAI GRITAR "FORA RENAN"?

Como mostramos há pouco, o STF decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Renan Calheiros, que por sua vez é Presidente do Senado. 

Somam-se a isso os aliados e afilhados políticos nos demais escândalos recentes (fiquemos só com os recentes).
Seria o bastante para que a rapaziada do “Fora, Cunha” gritasse “Fora, Renan”, não é mesmo?

Claro que não. Porque essa rapaziada não está nem aí para a ética ou para a moralidade de quem preside uma casa legislativa. 

O importante, para eles, é a relação dessa pessoa com o governo Dilma. Se é opositor, pedem para sair; se é aliado, deixam quieto ou até mesmo aplaudem.




Eles são assim.


21 de dezembro de 2015
implicante

CRISE?? QUE CRISE???? GOVERNO GASTARÁ R$ 249 MIL EM BISCOITOS, QUEIJOS, BARRAS DE CEREAL...


Militantes governistas costumam dizer que não existe crise econômica, tudo seria uma invenção da mídia, mesmo com tantos milhares de desempregados, mesmo com programas sendo cortados, mesmo com o poder aquisitivo do brasileiro despencando (enquanto sobe a inflação). 
Agora, uma pista sobre pensarem dessa forma: parece que no próprio governo não há mesmo muita crise.

Em pleno arrocho nacional, Dilma Rousseff abriu licitação de R$ 248 mil para aquisição de itens fundamentais como biscoitos, barras de cereal, queijos, chás, refrigerantes, sucos etc. O objetivo é atender autoridades e servidores de plantão nos palácios e gabinetes da Presidência.




Será feita outra compra, esta de hortifruti, no total de R$ 52,5 mil. Sim, vai ter muita laranja.



21 de dezembro de 2015
implicante

2016 PIOR DO QUE 2015...

Analistas projetam 2016 pior do que 2015. Queda do PIB sobe para 2,80% e inflação para 6,87%.


Com o resultado do IBC-Br de outubro em mãos, um pouco pior do que o previsto, analistas do mercado financeiro revisaram mais uma vez suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 e 2016 para baixo. De acordo com o Relatório de Mercado Focus divulgado pelo Banco Central, (na foto Tombini, presidente)  perspectiva de retração da atividade do ano que vem passou de 2,67% para 2,80%.

Para 2015, a previsão de contração do PIB saiu de 3,62% para 3,70%. No Relatório Trimestral de Inflação de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano. Uma nova edição desse documento será divulgada na quarta-feira. 

Mesmo com a aproximação do fim do ano, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 subiu mais um degrau no Relatório de Mercado Focus. Agora, a taxa está em 6,87% ante 6,80% da semana passada. O Banco Central já avisou não focar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%. 

No caso de 2015, a mediana avançou de 10,61% para 10,70%, registrando a 14ª semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável.  Para a inflação de curto prazo, a estimativa para dezembro subiu de 0,90% para 0,98% de uma semana para outra. No caso de janeiro do ano que vem, a taxa permaneceu em 0,84% de uma semana para outra.  

Juro. O mercado financeiro saiu do muro e agora projeta que a taxa básica de juros encerrará 2016 em 14,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, o colegiado manteve a Selic inalterada, mas com dois votos dissidentes de alta (0,50 pp). Um próximo encontro está marcado para o dia 20 de janeiro. Desde então, o discurso dos membros do Copom, incluindo o do presidente Alexandre Tombini, se manteve mais duro em relação ao combate ad inflação. 

Dólar. A 10 dias para o fim de 2015, o mercado financeiro mudou pouco sua estimativa para o comportamento do câmbio. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, a moeda deve chegar em 31 de dezembro comercializada a R$ 3,90, como já previa na semana passada. Um mês antes, a mediana das previsões estava em R$ 3,95. Para o encerramento de 2016, a mediana das estimativas para o dólar seguiu em R$ 4,20 pela oitava semana seguida. (Estadão)

21 de dezembro de 2015
in coroneLeaks

NO ALTO DA MONTANHA RUSSA, UM POLÍTICO CHAMADO RENAN



Na montanha-russa da crise brasileira, um dia tem sido tempo suficiente para transformar derrotados em vitoriosos – e vice-versa. Na quarta-feira, governo e oposição viam o impeachment na esquina. Na quinta-feira, Dilma Rousseff ganhou dois trunfos para lutar pelo mandato. A presidente colheu a primeira boa notícia na Câmara, onde o aliado Leonardo Picciani retomou a liderança do PMDB. Depois comemorou outra vitória no Supremo Tribunal Federal, que desmontou o rito de Eduardo Cunha para destituí-la.
O tribunal derrubou os principais pontos do voto do relator Luiz Fachin, apresentado na véspera. Os ministros determinaram que a Câmara faça nova eleição para a comissão especial do impeachment, desta vez à luz do dia e com voto aberto.
Isso desmancha o grupo armado por Cunha em sintonia com o vice-presidente Michel Temer. Com ajuda do voto secreto e das traições na base, eles haviam formado uma comissão de maioria pró-impeachment. Agora o governo terá chances de virar o jogo antes do apito inicial.
PREÇO ALTO…
O Supremo também decidiu que os senadores poderão arquivar o processo contra Dilma por maioria simples, mesmo que dois terços dos deputados votem para afastá-la. Assim, a House of Cunha não terá plenos poderes para derrubar a presidente.
O governo respira, mas pode pagar um preço alto pelo oxigênio em 2016. A partir de agora, seu futuro passa a depender cada vez mais do senador Renan Calheiros, cujos humores costumam dar tantas voltas quanto uma montanha-russa.
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PS
 – A PM de Geraldo Alckmin tem um modo peculiar de contar manifestantes. Quando o protesto agrada, multiplica. Quando desagrada, divide. Na quarta-FEIRA, a polícia informou que apenas 3.000 pessoas foram à avenida Paulista gritar contra o impeachment. Na quinta-feira, desmoralizada pelas imagens do ato e pelo Datafolha, revisou a conta para 50 mil.


21 de dezembro de 2015
Bernardo Mello Franco
Folha

PETIÇÃO PÚBLICA PRÓ-IMPEACHMENT DA DILMA JÁ SE APROXIMA DE 2 MILHÕES DE ASSINATURAS

A voz das ruas não mudou um milímetro, apesar do DataFolha e da Rede Globo. Foto do Diário do Poder by André Dusek

Aproximam-se de 2 milhões de assinaturas a petição pública que pede o impeachment de Dilma, apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal que a favorece. A petição está no site Avaaz, especializado em petições públicas, que no Brasil é controlado pelo petista Pedro Abramovay, ex-secretário Antidrogas de Dilma. O Avaaz é suspeito de manipulação, mas, ainda assim, as adesões não param de crescer.
O impeachment de Dilma já somava até ontem 1.927.012 assinaturas de brasileiros. O objetivo é atingir 5 milhões de adesões.
A justificativa da petição online diz que o impeachment de Dilma destina-se a acabar com a corrupção e desvio de dinheiro público.
No mesmo site Avaaz, a petição pela cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já reúne 278 mil assinaturas. 
DILMA PENSOU NA RENÚNCIA
A presidente Dilma confidenciou a ministros palacianos que não é “mulher de renunciar”, mas preferia a renúncia ao impeachment. A confidência é anterior à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que dificulta a tramitação do impeachment na Câmara. Como gosta da fama de “gestora” que lhe foi atribuída pelo ex-presidente Lula, ela acha que o impeachment será um carimbo indelével de incompetência.
Dilma insiste na lorota da “gestora”, apesar de não ter conseguido evitar a falência de sua loja de “R$ 1,99” no Rio Grande do Sul.
Aliados e oposição acham que Dilma não se locupletou, mas pagará o preço dos crimes fiscais e pelas vistas grossas do roubo petista.
Dilma saiu na quarta (16) desolada do Planalto, dizendo que o voto do ministro Edison Fachin selara seu destino. Escondia o jogo.
As pesquisas mostram que quase 80% do País quer o impeachment. O silencioso PSDB de Aécio Neves deve estar entre os demais 20%.

21 de dezembro de 2015
in aluizio amorim

MOSSAD - OS CARRASCOS DO KIDON



E os inimigos saberão que sou o Senhor quando fizer cair a minha vingança sobre eles” (Profeta Ezequiel)


Ódio a Israel, por que? Israel é um país particularmente decente. Ele é miúdo, é mais ou menos do tamanho de Nova Jérsei e é menor que El Salvador; e enquanto existem mais de 50 países muçulmanos, existe apenas um país judeu.Israel deveria ser admirado e apoiado, mas não odiado a ponto de existirem dúzias de países cujas populações querem ver Israel aniquilado, o que, mais uma vez, é um fenômeno singular.Nenhum outro país do mundo jamais foi escolhido para ser exterminado (Dennis Prager, escritor norte-americano).

Vingança não é somente uma palavra ou uma definição. Foi e continua sendo também uma norma tácita do Estado de Israel contra seus inimigos ao longo de toda a sua história, desde o terrível Holocausto, na década de 1940, a chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967 - que opôs Israel a uma frente de países árabes: EgitoJordânia Síria, apoiados pelo IraqueKuwaitArábia SauditaArgélia Sudão - até os primeiros anos do Século XXI, contra seus atuais inimigos. Desde a criação do MOSSAD, em março de 1951, seu serviço de espionagem tem se dedicado a perseguir esses supostos inimigos de Israel nos locais mais remotos do planeta.

Apesar de sua pequena população e de existir há menos de sete décadas, o Estado de Israel já possui onze cidadãos laureados com o Prêmio Nobel, nas áreas de Química (5), Literatura (1), Paz (3) e Economia (2).

A seguir, como curiosidade, um glossário de termos do MOSSAD:

Agente Antiquado – Informante do MOSSAD que não é muito ativo

Agente Morto – Agente que é fácil de descobrir e prender por levar uma cobertura difícil de manter

Ain Efes – Operação em que não se admite o fracasso

Aman – Acrônimo de Agaf ha-Modi’in. Serviço de Inteligência Militar

APAM – Acrônimo de AvtahatPaylut Meddienit. Unidade encarregada das operações de Segurança do MOSSAD
Bat Leveya – Grau inferior a katsa

Berman – Código cifrado usado pelas estações do MOSSAD na transmissão de mensagens

Badel – Correio. Um mensageiro do MOSSAD responsável pelo transporte de mensagens de um esconderijo para uma estação, uma embaixada ou o  próprio quartel-general do Instituto

Cavalo – Personagem importante dentro do MOSSAD, que ajuda um agente a subir de posto dentro da espionagem israelense

CNT – Gabinete Central do MOSSAD na Europa. A sede é em Haia

Combatentes – Espiões, katsa israelenses enviados para países árabes para trabalharem sob identidade falsa

Comitê X – Comitê incumbido de julgar e condenar os supostos inimigos de Israel. A sentença costuma ser a execução mediante o envio de uma unidade do Kidon. O Comitê X era um organismo secreto até que, em 1986, um jornalista do jornalHaaretz falou sobre ele numa reportagem

Dardasin ou Smerf – Subdepartamento do Kaisarut. Os seus agentes operam na China, na África e no Extremo Oriente

Estação – Base estável do MOSSAD no estrangeiro

Fibers – Descrições exatas de pessoas que se encontram em algum lugar onde opera um katsa

Flops – Nome pelo qual o MOSSAD conhece os membros da Frente Popular para Liberação da Palestina

Governantas – Unidade responsável pela manutenção dos esconderijos da espionagem israelense. Trocavam móveis velhos, pintavam, limpavam os cômodos e mantinham as geladeiras sempre cheias de bebidas não alcoólicas e alimentos

Humint – Informação de inteligência obtida através de seres humanos
Instituto – Nome pelo qual se conhece o MOSSAD no mundo da espionagem

Kaisarut – Departamento de mediações nas embaixadas de Israel, conhecido como Oficial de Inteligência pelas agências de espionagem locais

Katsa – Acrônimo de Katzin Issuf ou oficial de serviços especiais. Só em operações de recrutamento o MOSSAD tem espalhados cerca de 35 no mundo inteiro
Keshet – Arco. Informações conseguidas por microfones em casas arrombadas

KHT – Divisão de Inteligência Política do MOSSAD

Kidon – Baioneta. Subunidade de assassinos da Metsada encarregada dos seqüestros e assassinatos do MOSSAD. Os agentes ou membros da unidade também são denominados kidon

Kiria – Quartel-General das Forças de Defesa Israelenses em Tel-Aviv

KLAP – Acrônimo de Lohamah Psichlogit oiu guerra psicológica. Também são assim denominados especialistas do MOSSAD em interrogatórios

Luz do Dia -  Estado de alerta máximo dos agentes dos serviços secretos israelenses

Maoz – Fortaleza. Esconderijo utilizado pelos katsa do MOSSAD ou pelos kidon da Mtsada como centro de operações no estrangeiro
Marats – Ouvinte. Encarregado de analisar os idiomas e dialetos dos que vigiam
Melucha – Ver Tsomer

Memuneh – Nome pelo qual se conhece o diretor do MOSSSAD

Metsada – Unidade de operações especiais do MOSSAD.O departamento mais secreto da espionagem israelense

Mishlashim – Caixa de correio segura para receber ou deixar informação

Mossad – Em hebraico, há-Mossad, acrônimo de le-Modiin ule-Tafkidim

Meyuha-dim (Instituto de Inteligência e Operações Especiais)
Neviof – Sistema pra penetrar num quarto de hotel, num escritório ou qualquer outro local para colocar escutas
Neviot –Ver Keshet
Nokmin – Vingadores. Primeira unidade da Metsada, estabelecida em finais dos anos 1940, cuja única tarefa era a de matar um alvo assim que localizado e identificado
Photint – Informação de Inteligência coletada através de fotografias

Saifanim – Departamento do MOSSAD encarregado de colher informações sobre a OLP

Salia – Emissário
Sayan – (Plural, sayanim). Informante do MOSSAD que não trabalha com remuneração para a espionagem, mas como um simples colaborador. O MOSSAD tem milhares deles espalhados pelo mundo. Os sayanim são judeus que colaboram com o MOSSAD por motivos ideológicos

Shai – Acrônimo de Sherut Yediot ou Serviço de Informação
Shicklut – Funcionário do Departamento de Escutas do MOSSAD

Shin Bet – As duas primeiras siglas de Sherut ha-Bitachon h   a-Klali ou Serviço Geral de Segurança. Agência israelense de Contra-Inteligência e Contra-Terrorismo
Sigint – Informação de Inteligência coletada por interferência  de sinais
Slicks – Lugares secretos para guardar documentosSodi Beyoter – Classificação de “altamente confidencial” dada a um documento do serviço secreto israelense

Tachless – Entrar no assunto. Atacar um alvo para conseguir que se converta em um informante do MOSSAD
Tira – Palácio. Esconderijo usado pelos agentes do MOSSAD para abrigar um seqüestrado ou preso num país estrangeiro

Tsiach – Acrônimo de Tsorech Yediot Hasuvot ou reunião de serviços secretos civis e militares
Tsdomet – Reino. Departamento de recrutamento que dirige oskatsa
Unidade AI – Unidade secreta formada por 27 katsa do MOSSAD e que se encarrega das operações de espionagem dentro do território norte-americano

Unidade 131 – Formada por agentes suscetíveis de serem introduzidos em países árabes

Unidade 504 – Encarregada de recolher informação de âmbito militar

Unidade 8200 – Encarregada da interceptação de comunicações

Unidade 8513 – Encarregada de reunir informação fotográfica de um alvo

Varash - Acrônimo de Va’adat Rashei há-Sherutim ou Comitê composto pelos chefes dos serviços secretos

Yhalomin – Unidade de comunicações do MOSSAD

Yarid – Departamento responsável pela segurança das operações do MOSSAD na Europa

ZahavTahor (Ourio Puro) – Assim se denominam as operações combinadas edntre o MOSSAD e qualquer outra agência de Inteligência, unidade do Exército ou da Polícia
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Fonte do glossário dos termos do Mossad: livro “MOSSAD, Os Carrascos do Kidon”

21 de dezembro de 2015
Carlos Ilich Santos Azambuja é Historiador.