A ideia inicial do governo Temer era mudar o comando da Polícia Federal. Não aconteceu no primeiro momento, e com a chegada do Torquato Jardim ao Ministério da Justiça voltou-se a falar do assunto. A questão é que o diretor não muda o trabalho da Polícia Federal, porque ele tem autonomia em relação ao governo e os delegados têm autonomia em relação a ele. Por isso, não tem mais como mudar esse sistema que está em funcionamento, e com bons resultados.
O ministro Torquato Jardim deixou claro que a escolha de Fernando Segóvia não foi dele e sabe-se que a sua nomeação teve apoio de todo o PMDB, com a intenção de ter uma pessoa pelo menos amigável no cargo.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A análise de nosso amigo Merval Pereira está corretíssima. O novo diretor-geral da PF, mesmo se quisesse, não conseguiria inviabilizar a Lava Jato, como é o sonho do Planalto e da bancada da corrupção, que é amplamente majoritária no Congresso, nas Assembleias estaduais e nas Câmaras municipais. O delegado Fernando Segóvia, novo diretor, é muito respeitado na corporação, jamais se subordinará aos pecaminosos interesses de Temer & Cia. Apesar do boicote do governo e do corte de verbas, a Lava Jato vai em frente, porque é indestrutível. A corrupção na Itália conseguiu inviabilizar a operação Mãos Limpas, mas naquela época (anos 90), ainda não havia a internet para influenciar a opinião pública. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A análise de nosso amigo Merval Pereira está corretíssima. O novo diretor-geral da PF, mesmo se quisesse, não conseguiria inviabilizar a Lava Jato, como é o sonho do Planalto e da bancada da corrupção, que é amplamente majoritária no Congresso, nas Assembleias estaduais e nas Câmaras municipais. O delegado Fernando Segóvia, novo diretor, é muito respeitado na corporação, jamais se subordinará aos pecaminosos interesses de Temer & Cia. Apesar do boicote do governo e do corte de verbas, a Lava Jato vai em frente, porque é indestrutível. A corrupção na Itália conseguiu inviabilizar a operação Mãos Limpas, mas naquela época (anos 90), ainda não havia a internet para influenciar a opinião pública. (C.N.)
10 de novembro de 2017
Merval Pereira
O Globo