CAIXA REPASSOU QUASE R$ 1 BILHÃO A AGÊNCIA DE PROPAGANDA INVESTIGADA
LAVA JATO SUSPEITA QUE VARGAS MANDAVA NA ÁREA DE PROPAGANDA DA CAIXA, CHEFIADA POR CLAUIR SANTOS (DIR.)
ANDRÉ VARGAS E SEU AMIGO E PARCEIRO CLAUIR SANTOS,
LAVA JATO SUSPEITA QUE VARGAS MANDAVA NA ÁREA DE PROPAGANDA DA CAIXA, CHEFIADA POR CLAUIR SANTOS (DIR.)
ANDRÉ VARGAS E SEU AMIGO E PARCEIRO CLAUIR SANTOS,
DIRETOR DE MARKETING DA CAIXA: TOCAVAM DE OUVIDO.
A Caixa Econômica Federal repassou quase R$ 1 bilhão, para fazer face a contratos de publicidade, principalmente à agência de propaganda Borghi/Lowe, investigada na Operação Lava Jato. Ricardo Hoffmann, diretor-geral da agência, era quem autorizava o pagamento para empresas subcontratadas que acabavam repassando as quantias para Vargas.
No total, foram R$ 949 milhões por dois contratos: o primeiro de agosto de 2008 a abril de 2013 e o segundo, firmado em 2013 e que ainda estava em vigor quando a operação foi deflagrada. O primeiro contrato era dividido pela Borghi/Lowe com as agências Fischer&Friends e a Nova SB e o segundo, com Artplan, Heads e Nova SB.
Assim como o ex-deputado federal André Vargas, Hoffmann está preso em Curitiba e disposto a fazer delação premiada em troca de eventual redução de pena. Se confirmado esse acordo, vários outros personagens podem aparecer de forma mais clara nas investigações, como o diretor de marketing da Caixa, Clauir Santos, considerado o maior amigo e parceiro de André Vargas na instituição. O mercado atribui à influência de Vargas junto a Clauir Santos a contratação da Borghi/Lowe e de outros fornecedores. "André e Clauir ticavam de ouvido", segundo definiu ao Diário do Poder o diretor de outra agência que presta serviços à Caixa. Todos são paranaenses: as agências Borhi/Lowe e Heads, André Vargas e Clauir Santos;
Os negócios sob suspeita entre a Caixa Econômica Federal e a IT7 Sistemas, de um irmão do ex-deputado André Vargas, somam quase R$ 90 milhões. Segundo investigações da Operação Lava Jato, a empresa de tecnologia contratada pelo banco público era usada pelo ex-parlamentar como duto de propinas.
No dia 10 deste mês, a força-tarefa que investiga o escândalo da Petrobrás deflagrou sua 11ª etapa, esta dedicada aos negócios suspeitos de Vargas, que deixou o PT e o Congresso em meio à revelação de sua ligação com o doleiro Alberto Youssef. As suspeitas levantadas na nova etapa da operação recaíram sobre contratos da Caixa e também do Ministério da Saúde.
Os investigadores da Lava Jato revelaram ter evidências de que pelo menos R$ 2,3 milhões recebidos pela IT7 entre 2013 e 2014 foram lavados por meio de subcontratações de outras empresas para realização de serviços fictícios. No fim, o dinheiro, segundo a Polícia Federal, ia parar nas mãos de Vargas, que hoje está preso em Curitiba por ordem do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato. Agora, a força-tarefa tenta saber se um volume maior foi desviado.
Até agora inédito, o valor total dos negócios da Caixa Econômica Federal com a IT7 Sistemas - R$ 87,4 milhões - foi informado pelo próprio banco. Desde quando as suspeitas vieram à tona, no dia 10 passado, a Caixa suspendeu os pagamentos à companhia que tem Leon Vargas, irmão de André, como um dos sócios.
A IT7 já teve contratos com outros órgãos do governo federal como o Serviço de Processamento de Dados (Serpro). As suspeitas, por ora, recaem apenas sobre acordos da Caixa e da Saúde.
24 de abril de 2015
diário do poder
A Caixa Econômica Federal repassou quase R$ 1 bilhão, para fazer face a contratos de publicidade, principalmente à agência de propaganda Borghi/Lowe, investigada na Operação Lava Jato. Ricardo Hoffmann, diretor-geral da agência, era quem autorizava o pagamento para empresas subcontratadas que acabavam repassando as quantias para Vargas.
No total, foram R$ 949 milhões por dois contratos: o primeiro de agosto de 2008 a abril de 2013 e o segundo, firmado em 2013 e que ainda estava em vigor quando a operação foi deflagrada. O primeiro contrato era dividido pela Borghi/Lowe com as agências Fischer&Friends e a Nova SB e o segundo, com Artplan, Heads e Nova SB.
Assim como o ex-deputado federal André Vargas, Hoffmann está preso em Curitiba e disposto a fazer delação premiada em troca de eventual redução de pena. Se confirmado esse acordo, vários outros personagens podem aparecer de forma mais clara nas investigações, como o diretor de marketing da Caixa, Clauir Santos, considerado o maior amigo e parceiro de André Vargas na instituição. O mercado atribui à influência de Vargas junto a Clauir Santos a contratação da Borghi/Lowe e de outros fornecedores. "André e Clauir ticavam de ouvido", segundo definiu ao Diário do Poder o diretor de outra agência que presta serviços à Caixa. Todos são paranaenses: as agências Borhi/Lowe e Heads, André Vargas e Clauir Santos;
Os negócios sob suspeita entre a Caixa Econômica Federal e a IT7 Sistemas, de um irmão do ex-deputado André Vargas, somam quase R$ 90 milhões. Segundo investigações da Operação Lava Jato, a empresa de tecnologia contratada pelo banco público era usada pelo ex-parlamentar como duto de propinas.
No dia 10 deste mês, a força-tarefa que investiga o escândalo da Petrobrás deflagrou sua 11ª etapa, esta dedicada aos negócios suspeitos de Vargas, que deixou o PT e o Congresso em meio à revelação de sua ligação com o doleiro Alberto Youssef. As suspeitas levantadas na nova etapa da operação recaíram sobre contratos da Caixa e também do Ministério da Saúde.
Os investigadores da Lava Jato revelaram ter evidências de que pelo menos R$ 2,3 milhões recebidos pela IT7 entre 2013 e 2014 foram lavados por meio de subcontratações de outras empresas para realização de serviços fictícios. No fim, o dinheiro, segundo a Polícia Federal, ia parar nas mãos de Vargas, que hoje está preso em Curitiba por ordem do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato. Agora, a força-tarefa tenta saber se um volume maior foi desviado.
Até agora inédito, o valor total dos negócios da Caixa Econômica Federal com a IT7 Sistemas - R$ 87,4 milhões - foi informado pelo próprio banco. Desde quando as suspeitas vieram à tona, no dia 10 passado, a Caixa suspendeu os pagamentos à companhia que tem Leon Vargas, irmão de André, como um dos sócios.
A IT7 já teve contratos com outros órgãos do governo federal como o Serviço de Processamento de Dados (Serpro). As suspeitas, por ora, recaem apenas sobre acordos da Caixa e da Saúde.
24 de abril de 2015
diário do poder