"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

SAPIENS

Sapiens somos nós, Homo sapiens. Há cerca de 70 mil anos surgimos como somos hoje. Você seria igualzinho há 70 mil anos, correndo pela savana africana. Sem iPhone na mão, fugindo de predadores.

Há algum tempo venho estudando pré-história e estou convencido de que as escolas deveriam dar mais aulas de pré-história e menos de Revolução Francesa. No mínimo, serviria como antídoto aos delírios dos "professores de humanas" por aí.

Deveríamos reverenciar esses nossos patriarcas, começando por conhecê-los mais e ensinar mais sobre eles para nossas crianças. Menos fru-fru e mais contos de caçadoras coletoras criando bebês.

Quando pensamos "na" pré-história, aprendemos a não considerar "nosso tempo" como o centro da história. Hoje quero indicar um livro para você. "Sapiens", do historiador israelense Yuval Noah Harari, professor de macro história da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Macro história é uma disciplina que foi um pouco estragada por gente como Hegel e Marx (ambos metafísicos), pois eles pensavam que haviam decifrado a história. Hoje, fazer macro história é se perguntar coisas como "a história é justa?".

Ou "o aumento de técnica aumentou a sensação de felicidade?". Ou "a democracia melhorou o cotidiano das pessoas?".

Essas questões são respondidas a partir da observação de muitas disciplinas juntas, como biologia, arqueologia, antropologia, economia, psicologia, moral, entre outras. Para saber como, leia o livro.

Não há respostas definitivas, mas tentativas de elucidar grandes questões da nossa história. Questões essas que são essenciais para entendermos a "alma" do sapiens que somos nós.

O livro de Harari é uma pérola, apesar de a edição brasileira, da L&PM, deixar um pouco a desejar em termos de cuidado (alguns poucos erros de digitação e de tradução). Cumpre, porém, a missão de trazer ao público brasileiro este best-seller escrito por um "scholar" de primeiro time. Israel é um dos países com maior capacidade intelectual e científica instalada.

O livro percorre os 70 mil anos de existência do sapiens (política, moral, religião, economia, técnica, ciência) e investiga possíveis desenvolvimentos futuros a partir do que andamos fazendo em termos de tecnologia genética e cibernética.

Duas hipóteses do autor, além de muitas outras coisas, valem a pena serem citadas aqui. Ambas fruto da chamada revolução cognitiva pela qual nossos ancestrais passaram, que resultaram nisso que somos hoje: esse bicho com cérebro grande que pensa, fala, imagina e cria conceitos e técnica.

A primeira hipótese é o fato de vivermos num mundo imaginário que levamos muito a sério. Esse mundo imaginário cria deuses, valores morais, religiões, Estados, governos, mercados, Facebook.

Atenção! Dizer que é um mundo imaginário não quer dizer "falso". Quer dizer que só nós o "vemos" e agimos a partir dele. Deuses, espíritos, o socialismo, o liberalismo (e sua crença na autonomia como motor de riqueza), tudo isso faz parte desse mundo imaginário que se concretiza na medida em que nós, sapiens, o materializamos no mundo real. E nós todos somos obrigados a engoli-lo garganta abaixo, via leis, normas, arte, crenças
religiosas, conceitos filosóficos e afins. O mundo imaginário é tão "real" que mata.

Mas, qual a importância de sabermos que vivemos num mundo imaginário? Este saber nos ajuda a lidar com a segunda grande hipótese do autor.

A revolução cognitiva há 70 mil anos nos "separou" da natureza e nos transformou num animal que tem muito poder nas mãos, mas não sabe nada de si mesmo (nem saberá, porque somos, na escala cósmica, a mesma coisa que uma formiga, sem nenhum sentido maior para nada). Não "há nada" para saber sobre nós.

Somos como um cometa, cruzando o universo, em alta velocidade, indo para lugar nenhum, mas criando um mundo imaginário que dá sentido a esse processo.

Caminhamos entre seres mudos que nos contemplam e que repousam no silêncio da matéria. E um dia, restará apenas essa matéria, da qual somos um acidente. Um acidente que imagina mundos a sua volta.


29 de junho de 2015
Luiz Felipe Pondé

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Enquanto se esfacela, Lula conspira para derrubar Mercadante e Cardozo do desgoverno Dilmandioca


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Um boato fortíssimo entre lobistas revela que, na noite de quinta-feira passada, Luiz Inácio Lula da Silva teve um violento ataque de nervos que o obrigou a ser atendido por médicos. A fim de não dar na pinta, o socorro chegou camuflado em um furgão (e não em uma ambulância convencional), no apartamento de São Bernardo do Campo. Verdade ou lenda, o certo é que Lula nunca esteve tão em baixa e preocupado com sua própria sobrevivência política. O mito se esfacela. Salvação real? Só em caso de morte súbita...

Já recuperado do faniquito e pronto para outro, o tenso Lula viaja correndo nesta segunda-feira para Brasília, onde terá uma reunião de emergência com senadores e deputados do Partido dos Trabalhadores. No encontro, $talinácio vetou a presença de ministros do governo Dilma Rousseff. A Presidenta, que está nos EUA para o beija-mão ao Barack Obama, segue completamente encurralada pelo encurtamento do tempo político por aqui. Seu desgaste perante a opinião pública parece irreversível. Já é consenso que, se não houver um milagre, seu governo não chega ao final do ano - isto na hipótese mais otimista.

A crise interna é violentíssima. Tanto a política quanto a econômica. A moral nem se fala... Dilma Rousseff só não está mais perdida do que Lula - que parece um cara cego e sozinho no meio de um alambique inesgotável... Por isso, invocando o espírito de $talinácio, o chefão da seita petista quer cobrar fidelidade e apoio incondicional em sua defesa, diante do risco de envolvimento de seu nome nos desdobramentos da Lava Jato. Como a Força Tarefa já anunciou oficialmente que só investigou apenas 25% das broncas, e nem mexeu inteiramente no ninho de cobras com foro privilegiado (missão para o Procurador Geral da República com o Supremo Tribunal Federal), Lula já tem certeza de que sobrará para si muito problema escondido nos 75% a serem investigados.

Dando uma de "opositor da Dilma" (com quem finge estar rompido), Lula exige as cabeças de dois aliados que considera "traidores": o ministro chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, e o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A bronca de Lula com Mercadante (agora diretamente enrolado na bombástica delação premiada do chefão do cartel de empreiteiros, Ricardo Pessoa) é que ele resolveu agir com "luz própria" e não se comportou como seu pau mandado do ex-Presidente no seio do governo (ao contrário dos antecessores (José Dirceu, Antonio Palocci e Gleisi Hoffmann). Já a imperdoável raiva do Cardozo é por ele, além de não conseguir controlar a Polícia Federal, também não ter sabido defender os empreiteiras dos ataques da "turma do juiz Sérgio Moro".

Alerta Total repete por 13 x 13: A hora da decisão nunca esteve tão próxima. O impasse institucional se agrava como nunca antes na história deste País. Os três poderes, altamente desgastados, batem cabeça. A maioria da sociedade, alarmada com a violência e afetada pela crise (que combina carestia, inflação e desemprego), aumenta a tensão e dá sinais de que pode perder a paciência a qualquer momento. A tendência é de conflito. A barbárie e o caos estão apenas começando. O desfecho no day after é imprevisível.

Dilmandioca

Releia o artigo de domingo: O Samba do Brasil Doidão


Ingratidão


Listinha do Pessoa

Os nomes de 18 políticos supostamente citados pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiados com dinheiro da corrupção foram revelados pela revista Veja neste fim de semana:

– Campanha de Dilma Rousseff em 2014: R$ 7,5 milhões.
– Campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006: R$ 2,5 milhões.
– Ministro Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha de Dilma: valor não informado.
– Ministro Aloizio Mercadante (PT): R$ 250 mil.
– Senador Fernando Collor (PTB-AL): R$ 20 milhões.
– Senador Edison Lobão (PMDB-MA): R$ 1 milhão.
– Senador Gim Argello (PTB-DF): R$ 5 milhões.
– Senador Ciro Nogueira (PP-PI): R$ 2 milhões.
– Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP): R$ 200 mil.
– Senador Benedito de Lira (PP-AL): R$ 400 mil.
– Deputado José de Fillipi (PT-SP): R$ 750 mil.
– Deputado Arthur Lira (PP-AL): R$ 1 milhão.
– Deputado Júlio Delgado (PSB-PE): R$ 150 mil.
– Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE): R$ 300 mil.
– Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP): R$ 2,6 milhões.
– Ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto: R$ 15 milhões.
– Ex-ministro José Dirceu: R$ 3,2 milhões.
– Ex-presidente da Transpetro Sergio Machado: R$ 1 milhão.
Inocentes reagindo


Na Zona de exclusão


Na Zona de rebaixamento

A Seleção Brasileira, o Flamengo e a Dilma só nos dão alegria...

Aliás, é difícil saber qual consegue ser mais pior...

O Vasco, no mesmo nível deles, pelo menos ganhou ontem...

Mas o sofrível jogo teve lateral batido para fora, inúmeros erros de passe e falhas táticas imperdoáveis.

Consultoria é tudo




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

29 de junho de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

DINHEIRO PARA PAGAR PENSÕES E APOSENTADORIAS DO INSS COMEÇA A FALTAR EM 15 ANOS. EM 2060, A SITUAÇÃO PIORA




A quebra da previdência


Rio - O sistema previdenciário, operado pelo INSS, está perto de ficar insustentável. Segundo o Ministério da Previdência, a situação começa a se complicar daqui a 15 anos e, em 2060, já não haverá recursos suficientes para as aposentadorias e pensões. Por isso foram estabelecidas novas regras de cálculo, que levam em consideração a expectativa de vida dos brasileiros (saiba mais na cartilha abaixo).

De acordo com o ministério, atualmente há mais de nove pessoas em idade ativa para cada idoso no país. Em 2030, essa proporção será de cinco para um. Em 2050, cai para três a um e, em 2060, apenas 2,3 trabalharão para cada aposentado.

“Só futuras mudanças vão garantir uma Previdência sustentável e contas equilibradas para trabalhadores, seus filhos e netos. Se não tivermos responsabilidade com o recurso agora, deixaremos uma conta para as futuras gerações”, afirma Carlos Gabas, ministro da pasta.

De acordo com o economista Luciano D’Agostini, a Medida Provisória 676, que aplica progressividade na Fórmula 85/95, tem efeito paliativo, e funciona apenas em curto prazo. Membro do Conselho Federal de Economia, ele acredita que no longo prazo o sistema continua exausto. “Para reverter a exaustão estatística ainda serão necessárias novas medidas. Quem se aposenta até 2025 está tranquilo. Mas não há nada que garanta a perpetuação da Previdência para as gerações futuras”, alerta.


Entre os motivos para a falência desse sistema estão a questão demográfica, uma lei desatualizada e o alto número de trabalhadores informais no país. “Entre 2030 e 2040 a expectativa de vida dos brasileiros será acima de 80 anos. Entre 2028 e 2036 a população brasileira para de crescer e pode até diminuir entre 2037 e 2050. E há ainda a taxa de crescimento dos idosos, que será maior que a dos jovens. A Lei da Previdência ficou estacionada no tempo. Além disso, há muitos brasileiros em situação de trabalho informal que não contribuem com o INSS”, avalia D’Agostini.

O ministro Gabas reconhece que a atual proposta é momentânea e que discussão mais profunda será travada no fórum criado para o tema.

ENTENDA AS REGRAS

Pelas regras de hoje, não existe idade mínima para se aposentar. Os segurados precisam ter 30 anos de contribuição (mulheres), e 35 anos (homens). Mas se quiserem receber benefício integral — cujo teto é de R$ 4.663,75 — precisam estar de acordo com a Fórmula 85/95. Ou seja, mulheres precisam completar 85 pontos e homens, 95. A soma leva em conta a idade com o tempo de contribuição para o INSS. A MP 676 aumenta os pontos. De 2022 em diante, por exemplo, a fórmula passa a 90/100.

Previdência privada garante segurança no futuro

Em meio às incertezas do INSS, a previdência privada se torna uma questão importante, principalmente para os mais jovens. “O brasileiro infelizmente não tem essa cultura de se preparar para a velhice. As pessoas estão vivendo cada vez mais. E continuam dando de ombro”, afirma Alexandre Espírito Santo o professor de Economia do Ibmec-RJ.

Segundo ele, há diversas formas de se preparar para o futuro. As aplicações mais tradicionais são o PGBL e o VGBL, mas mesmo a poupança pode ser utilizada. O ideal é procurar o gerente do banco e pedir informações sobre os investimentos.

“Qual é a variável chave para ter sucesso? Tempo. Como os juros são compostos, quanto mais cedo a pessoa começa a aplicar o dinheiro, mais tempo tem para os juros trabalharem para ela”, explica o especialista.


*Por Stephanie Tondo, na Folha
29 de junho de 2015
in blog do mario fortes

O BURACO É MAIS EMBAIXO

OS EMPRESÁRIOS DE ARAQUE ASSOCIADOS AOS VERMES DO FORO DE SÃO PAULO. O QUE A DILMA FALA É COMPLETAMENTE IRRELEVANTE. 


Esta foto diz muita coisa. Nessa oportunidade o petrolão não havia explodido...

Depois de o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, ter afirmado, em um acordo de delação premiada, que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de 18 políticos, o executivo vai agora depor em outro processo que pode complicar ainda mais o governo Dilma Rousseff. Pessoa é uma das testemunhas na ação de investigação judicial eleitoral (Aije) que apura irregularidades na arrecadação da campanha de Dilma no ano passado. O empreiteiro será ouvido em 14 de julho no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo.
Outros delatores da Lava Jato também já foram relacionados como testemunhas na investigação eleitoral. No processo, o PSDB afirma que a presidente Dilma cometeu abuso de poder econômico e político nas eleições do ano passado. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, já havia determinado que fossem ouvidos o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Em dezembro, o PSDB protocolou ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), listando fatos que considera ilegais ao longo da campanha presidencial, como o uso de prédios públicos para atividades eleitorais e a manipulação de indicadores sócio-econômicos, e solicita que a Corte diplome os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), respectivamente candidatos a presidente e vice-presidente, que terminaram a corrida eleitoral na segunda colocação.
De acordo com o PSDB, "a eleição presidencial de 2014, das mais acirradas de todos os tempos, revelou-se manchada de forma indelével pelo abuso de poder, tanto político quanto econômico" praticado em proveito de Dilma e do vice-presidente reeleito Michel Temer. Para o partido, as irregularidades praticadas pela campanha à reeleição da petista teriam sido, na verdade, "uma ação coordenada visando a garantir o êxito do projeto reeleitoral dos investigados". Na ação de investigação judicial eleitoral, o PSDB relembra que a própria presidente, ainda na fase de pré-campanha, afirmou, em um ato público na cidade de João Pessoa (PB), que é possível "fazer o diabo quando é a hora da eleição".
Conforme revelou VEJA, o empreiteiro Ricardo Pessoa contou em seu acordo de delação premiada que foi persuadido "de maneira bastante elegante" pelo atual ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, a contribuir com a campanha petista de 2014. A abordagem lhe custou 10 milhões de reais para a campanha de Dilma. Um servidor do Palácio chamado Manoel de Araújo Sobrinho acertou os detalhes dos pagamentos diretamente com Pessoa. Documentos entregues pelo empresário mostram que foram feitos dois depósitos de 2,5 milhões de reais cada um, em 5 e 30 de agosto de 2014. Depois dos pagamentos, Sobrinho acertou com o empreiteiro o repasse de outros 5 milhões para o caixa eleitoral de Dilma. Pessoa entregou metade do valor pedido e se comprometeu a pagar a parcela restante depois das eleições. Só não cumpriu o prometido porque foi preso antes.
"Não respeito delator" - Instada a comentar as acusações feitas por Pessoa, a presidente Dilma afirmou que "não respeita delator" e negou irregularidades em sua campanha. "Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora", disse a presidente, em Nova York. "Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque não houve. Segundo, se insinuam, alguns têm interesses políticos.” Do site de Veja
MEU COMENTÁRIOQuem está bancando essa canalhada que está destruíndo o Brasil são os empresários e banqueiros. São esse escrotos vagabundos que têm mantido o PT até aqui. 
Eu sei muito bem o que estou dizendo pois ao longo da minha vida profissional estive bem perto deles. Só para terem uma ideia, numa das últimas eleições para governador aqui em Santa Catarina, um empresário de Jaraguá do Sul concorreu como vice na chapa do PT, tendo na cabeça Ideli Salvatti. E não precisa dizer mais nada.
Bom, para começo de conversa não existem e nunca existiram empresários no Brasil. Essa gente sempre viveu saqueando o dinheiro público de todas as formas. Trata-se daquilo que se conceitua como 'patrimonialismo' e que deu origem ao famigerado "Estado cartorial". O PT apenas inovou no modus operandi de governar, associando-se a esses parasitas que acabaram se tornando seus moleques de recado, como esse empreiteiro grandalhão da UTC e seus homólogos.
Convenhamos: as empresários de verdade não levam malas de dinheiro vivo para financiar o projeto de poder dos comunistas. 
E para concluir: O que a Dilma diz não faz a menor diferença. Sua expulsão do poder é apenas um detalhe burocrático. O epílogo de tudo isso será o esmagamento dos vermes comunistas. O PT e seus satélites terão que ter seus registros partidários cassados.
E anotem: não há alternativa. Nem precisa prender ninguém. Basta a proibição de partidos comunistas e a aprovação de lei anti-terrorismo.

29 de junho de 2015
in aluizio amorim

ENTRA MAS NÃO FAZ ONDA...

Depois do falatório da presidente em Washington, a lama que estava na linha de cintura chegou à altura do pescoço

dilma-rousseff-04-original
A lama do Petrolão chegou à linha de cintura de Dilma Rousseff depois do que disse o empreiteiro Ricardo Pessoa. Alcançou a altura do pescoço presidencial depois do que o neurônio solitário resolveu dizer em Washington.
Quando não se sabe o que fazer, melhor não fazer nada, repetia Dom João VI. Dilma faz declarações destrambelhadas. E sempre consegue piorar o que está péssimo, confirmam três momentos do falatório desastroso:
1. “Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora”.
A primeira frase informa que Dilma — a exemplo de Marcola, chefão do PCC — só respeita criminosos que escondem as bandidagens que cometeram e a identidade dos mandantes ou comparsas. Gente como João Vaccari Neto e Renato Duque, por exemplo. A segunda frase sugere que Dilma não enxerga diferenças entre o governo que preside e o chefiado pelo general Emílio Médici nos anos 70. A terceira insinua  que os quadrilheiros presos em Curitiba têm sido submetidos a selvagens sessões de tortura.
2. “Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque não houve. Segundo, se insinuam, alguns têm interesses políticos.”
A primeira e a segunda frases informam que Dilma não lembra que promoveu a  larápia Erenice Guerra em melhor amiga, braço direito e depois sucessora na chefia da Casa Civil; que nem sequer ouviu falar do dossiê forjado para caluniar Fernando Henrique e Ruth Cardoso; que nunca participou das reuniões do Conselho Administrativo da Petrobras que presidiu; que não sabe quem é Lina Vieira; que não ajudou a transformar o ministério num viveiro de corruptos; que conhece só de vista o amigo de infância Fernando Pimentel; que o nariz que se mete em tudo só não consegue sentir cheiro de corrupção.
3. “Há um personagem que a gente não gosta, porque as professoras nos ensinam a não gostar dele. E ele se chama Joaquim Silvério dos Reis, o delator”.
As duas frases informam que, para a Doutora em Nada, o Petrolão é a Inconfidência Mineira do Brasil moderno, com Ricardo Pessoa no papel de Joaquim Silvério dos Reis. Lula, claro, é Tiradentes. Dilma é Marília de (José) Dirceu. Os verdugos a serviço da Coroa portuguesa são o juiz Sérgio Moro, os procuradores federais que atuam no caso, os policiais federais engajados na Operação Lava Jato, a elite golpista, a imprensa reacionária e FHC.
Nesta segunda-feira, Dilma tentou candidatar-se a sucessora de Madre Teresa de Calcutá. Acabou transformando em certeza absoluta a suspeita encampada por 10 em 10 habitantes do país que pensa: na melhor das hipóteses, a presidente da República foi cúmplice e coiteira da quadrilha que consumou a maior ladroagem ocorrida desde o Dia da Criação.

29 de junho de 2015
in Augusto Nunes

DE MAROLINHAS E MAREMOTOS...

O oceano dos embusteiros não tem fim: a afilhada enxerga uma onda no maremoto que o padrinho transformou em marolinha

PRESIDENTE LULA PASSEIA NA PRAIA NO PIAUI

Em 22 de outubro de 2009, no meio da conversa com o jornalista Kennedy Alencar, o então presidente Lula voltou a desdenhar do tsunami econômico de dimensões planetárias que, no ano anterior, havia rebaixado à categoria de marolinha. “Quando dizíamos que o Brasil seria o último a entrar na crise e o primeiro a sair, nós estávamos convencidos do potencial do Brasil e do mercado interno”, gabou-se o recordista olímpico de bravata e bazófia.
“Hoje é um fato consagrado no mundo inteiro: o Brasil é o país mais bem preparado e o que melhor enfrentou a crise”, cumprimentou-se o roteirista da mais longeva farsa encenada nestes tristes, trêfegos trópicos. Em 2 de setembro de 2011, durante uma discurseira na Expointer, a sucessora Dilma Rousseff avalizou sem ressalvas a invencionice cafajeste do padrinho: “Nós fomos o primeiro a sair da crise e o último a entrar nela”.
Já não era pouca coisa. Mas não era tudo, informou a continuação do palavrório: “A diferença do Brasil está no fato de que nós não temos as mesmas consequências que os países desenvolvidos tiveram”, orgulhou-se a mãe do dilmês. Que Angela Merkel, que nada. Estadista é a gerente do País do Carnaval: quem mais poderia dar conselhos à colega alemã com a desenvoltura de passista da Sapucaí?
A Quarta-Feira de Cinzas já chegara, mas a farra se estendeu até o fim de 2014, quando se esgotou o estoque de truques dos mágicos de picadeiro. No sexto mês de 2015, todos os países sérios já deixaram a UTI onde um Brasil perigosamente anêmico continua em busca da saúde perdida. A presidente perdeu o rumo faz tempo. Mas não perdeu a pose, atestaram nesta quinta-feira as declarações da governante que convalesce em Bruxelas de vaias e panelaços.
Um jornalista quis saber se Lula errou ao enxergar uma marolinha onde todos viam um maremoto. “Naquele momento, foi sim marolinha, senhor, mas depois a marola se acumula e vira uma onda”, começou a nadar em círculos o neurônio solitário. “Sabe por que ela vira onda? Porque o mar não serenou”, afundou de vez. O que fazer para acalmar as águas agitadas pela inépcia, pela idiotia e pela safadeza do lulopetismo? Isso só Deus e Lula sabem.
Embora brasileiro, Ele parece querer distância dos compatriotas irrecuperáveis. Mas ele, o chefe supremo, esse não vai negar fogo. Deve estar guardando a resposta para o congresso do PT, ou para a próxima “palestra” encomendada por empreiteiras que patrocinam o besteirol mais caro do mundo. Se reincidir na alquimia, o chefão descobrirá que suas receitas malandras já não valem manchete.
Ou irão para o lixo ou ajudarão a engrossar o colosso de provas, evidências e pistas acumuladas pela Operação Lava-Jato.

29 de junho de 2015
Augusto Nunes

LÁGRIMAS DE CROCODILO


Fazendo eco às pesquisas que demonstram que o apoio popular e a aprovação ao governo continuam despencando, Luiz Inácio Lula da Silva, como se não tivesse nada a ver com isso, faz duras críticas à presidente da República que colocou no Palácio do Planalto, escancara seu estilo populista ao dar conselhos à sucessora e tem o caradurismo de afetar consternação e se queixar do “ódio que está na sociedade”.
O estarrecedor depoimento de Lula, diante de líderes religiosos que reuniu em seu instituto em São Paulo na semana passada, foi relatado pelo Globo no sábado.
O ex-presidente falou aos líderes religiosos no momento em que era divulgada mais uma pesquisa Datafolha dando conta de que caiu para 10% a aprovação popular a Dilma Rousseff e subiu para 65% o índice de brasileiros que consideram seu governo ruim ou péssimo. “A Dilma está no volume morto”, ironizou Lula, acrescentando que ele próprio está no mesmo nível e o PT ainda mais abaixo.
Com o cinismo que seus admiradores preferem interpretar como “visão pragmática” das questões políticas, Lula endossou de modo geral as críticas feitas por seus interlocutores ao governo, a Dilma e ao PT e ainda botou lenha na fogueira na tentativa de convencê-los de que os problemas apontados são consequência da teimosia de sua sucessora, que se recusa a seguir os conselhos que recebe do mestre.
Tendo ao lado o ex-ministro Gilberto Carvalho, que manifestava aprovação a todas as intervenções do chefe e a elas acrescentava argumentos, Lula desfiou críticas a Dilma e ao governo que ela comanda: “O Gilberto sabe do sacrifício que é a gente pedir para a companheira Dilma viajar e falar”. “Numa reunião em Brasília eu disse a ela: companheira, você lembra qual foi a última notícia boa que demos. Ela não lembrava.” “Estamos há seis meses discutindo ajuste. Ajuste não é programa de governo. Depois de ajuste vem o quê?” “Os ministros têm de falar. Parece um governo de mudos.”
Não se dando ao trabalho de disfarçar o tratamento de líder para liderada que pretende impor em seu relacionamento com a presidente da República, Lula contou: “Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei a pesquisa para a Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo. E disse para ela: isso não é para você desanimar, não. Isso é para você saber que a gente tem de mudar, que a gente pode se recuperar. E entre o PT, entre eu (sic) e você, quem tem mais capacidade de se recuperar é o governo, porque tem iniciativa, tem recurso, tem uma máquina poderosa para poder falar, executar, inaugurar”.
Lula garantiu que nos encontros que mantém regularmente com a chefe do governo tenta convencê-la da necessidade de se expor publicamente, fazer contato pessoal “porque na hora em que a gente abraça, pega na mão, é outra coisa”. E resumiu: “Falar é uma arma sagrada”, ressalvando que não se trata de falar na TV ou no rádio, mas “olho no olho”.
Está claro que, apesar de achar que entende de política mais do que ninguém, Lula é incapaz de – ou não quer – perceber que de nada mais adianta Dilma Rousseff sair por aí anunciando planos mirabolantes e fazendo promessas maravilhosas pela razão simples de que perdeu a credibilidade. Pelo menos dois em cada três brasileiros não acreditam nela. De resto, os conselhos de Lula recendem a populismo barato e a vigarice chinfrim: para ele, o importante é levar o eleitor “na conversa”.
Embora permissivo quando se trata de si próprio, da família e dos amigos, Luiz Inácio Lula da Silva se comporta com uma arrogância e uma presunção que o levam a colocar-se sempre acima do bem e do mal.
Subiu na vida pública transformando os adversários políticos em inimigos a serem destruídos. E agora demonstra uma consternação hipócrita, como o fez no encontro com os religiosos: “Jamais vi o ódio que está na sociedade. Família brigando dentro de família, companheiro do PT que não pode entrar em restaurante…”.
Lamentava, com lágrimas de crocodilo, estar colhendo o amargo fruto que plantou.

29 de junho de 2015
Editorial do Estadão

PASCOWITCH, LOBISTA QUE APROXIMOU A ENGEVIX DO PT E DA PETROBRAS, VIRA DELATOR


O lobista Milton Pascowitch, que aproximou a empreiteira Engevix do PT e da Petrobras, é o mais novo delator da Operação Lava Jato. O acordo foi homologado nesta segunda (29) e, como parte do acerto para a colaboração com a Justiça, o juiz Sergio Moro autorizou a transferência de Pascowitch da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para a prisão domiciliar, em São Paulo. Ele vai usar uma tornozeleira eletrônica.
O conteúdo das revelações prometidas por Pascowitch, que foi preso em maio, ainda não é conhecido, mas a simples adesão dele aumenta a pressão sobre o PT, principalmente sobre o ex-ministro José Dirceu.
Além de pagamentos em dinheiro, a Folha apurou que Pascowitch relatou ter feito “favores” ao ex-ministro, como reformas em imóveis dele e de parentes.
A Jamp, empresa de consultoria de Pascowitch, recebeu R$ 104 milhões entre 2004 e 2013 –dos quais R$ 83 milhões vieram de empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão.
Apesar dos valores elevados, a Jamp não tinha funcionários, o que reforçou as suspeitas da Procuradoria de que se tratava apenas de uma empresa de fachada para escoar propina para o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque (indicado pelo PT) e para o caixa do partido.
A investigação já tinha mostrado que a Jamp pagou R$ 1,4 milhão para a JD Consultoria, firma aberta por Dirceu, ex-homem forte do governo Lula. Os pagamentos ocorreram entre 2011 e 2012 -quando o petista era réu no processo do mensalão.
O lobista também ajudou a comprar a casa que sediava até este ano a JD, que fica na avenida República do Líbano, região nobre de São Paulo. Pascowitch pagou R$ 400 mil como sinal pelo imóvel, adquirida pelo valor declarado de R$ 1,6 milhão.
Em 2012, outra empresa do lobista comprou uma casa de uma das filhas de Dirceu, no bairro paulistano da Saúde.
O ex-vice-presidente da Engevix, Gerson Almada, admitiu que os pagamentos a Pascowitch serviram para se aproximar da Petrobras. Essa aproximação, pelo relato de Almada, incluiu uma reunião entre o empreiteiro, Pascowitch e o tesoureiro do PT João Vaccari Neto na qual não foi pedida propina.
Meses mais tarde, conforme os autos da investigação, Pascowitch passou a procurar Almada para negociar doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores.
Outro lado: 
O advogado de Pascowitch, Theodomiro Dias Neto, afirmou que não iria se manifestar.
A assessoria de José Dirceu não emitiu comentários sobre a delação premiada de Pascowitch. Em ocasiões anteriores, o ex-ministro afirmou que os pagamentos recebidos da Jamp foram legais, declarados à Receita Federal e se referiam a serviços de prospecção de negócios no exterior para a Engevix.
O petista também afirmou que não houve irregularidades no pagamento de parte do imóvel da República do Líbano pela Jamp.
Por Flávio Ferreira e Graciliano Rocha, na Folha Online:
29 de junho de 2015
Reinaldo Azevedo

SITUAÇÃO DE ANDRÉ VARGAS CADA VEZ SE COMPLICA MAIS





















O ex-deputado petista André Vargas, sua mulher, Eidilaira Soares, e o irmão dele Leon Vargas foram denunciados à Justiça pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um imóvel de luxo em Londrina, interior do Paraná. Esta é a segunda acusação formal contra Vargas no âmbito da Operação Lava Jato – desde maio, ele já respondia por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
De acordo com os investigadores, Vargas e seus familiares teriam ocultado 480.000 reais na compra de uma casa registrada pelo vendedor pelo preço de 980.000 reais. A mulher do ex-petista assinou um compromisso de compra no valor de 500.000 reais – daria entrada de 20.000 reais, seguida de uma parcela de pouco mais de 303.500 reais e do financiamento dos 176.500 restantes.
A “manobra” serviu para lavagem de capitais obtidos pelo ex-parlamentar por meio do esquema de corrupção em contratos da publicidade da agência Borghi/Lowe com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde. Prestadores de serviço subcontratadas pela agência pagavam uma comissão (bônus de volume) de 10% do valor dos contratos a Vargas, a mando da Borghi/Lowe.

29 de junho de 2015
Deu na Veja

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 26/06

29 de junho de 2015

PESSOA ARRASA EDINHO SILVA E EXPLODE O ESQUEMA DO PT

Arte - Capa lista do delator

O primeiro capítulo da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, focalizado em monumental reportagem de Robson Bonin, decretou praticamente a demissão do ministro Edinho Silva e detonou publicamente o esquema de corrupção montado pelo PT. A reportagem encontra-se numa sequencia de páginas da Revista Veja que circulou sábado e está nas bancas. Quando me referi ao primeiro capítulo foi por considerar que a delação premiada vai prosseguir e será dividida em várias etapas. Porque ninguém detentor de tantos segredos, como Ricardo Pessoa, vai divulgar o que sabe de uma só vez.
A importância da matéria publicada é tão grande que a revista Veja a colocou em seu site na Internet, sexta-feira, possibilitando assim que O Globo, a Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo também a publicassem no sábado. Uma bomba, como se diz no jornalismo, tão forte que levou a presidente Dilma a retardar seu voo para os EUA, a fim de buscar esclarecimentos por parte de alguns acusados de receber sombrias doações por parte do Clube das Empreiteiras, presidido pelo dono da UTC Engenharia.
Ficou péssima a imagem de Edinho Silva, porque ao procurar Ricardo Pessoa, segundo este dirigiu ameaça frontal ao empresário, condicionando a continuidade dos seus contratos com a Petrobrás a recursos financeiros destinados ao universo da legenda partidária, mas cujo destino real não parece ter sido somente este.
LEGAIS E ILEGAIS
Há doações e doações. É preciso separar as legais daquelas ilegais. E estas aconteceram, tanto assim que os que as receberam procuraram ocultar as provas dos fatos, mas esqueceram-se das imagens gravadas pelos aparelhos instalados nas salas e provavelmente também em restaurantes onde encontros aconteceram.
Caso, por exemplo, de João Vaccari Neto, que picotava as importâncias exigidas escritas em pedaços de papel para evitar gravações sonoras. Rabiscava os papeis e os picotava, jogando-os em latas de lixo diversas. Não adiantou o esforço de blindagem, as câmeras da UTC captaram e arquivaram suas imagens que conduzem seu autor ao campo da ilegalidade praticada e de sua confissão explícita.
As explicações fornecidas por Edinho Silva, Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardoso (reportagem de Cristiane Jungblat, O Globo de domingo) não convencem a pessoa alguma no que diz respeito a sua inocência. Principalmente a versão de Edinho Silva, que não nega o fato, preferindo enveredar pelo caminho do que ele chamou de vazamento seletivo voltado para a luta política.
LUTA POLÍTICA
Qual luta política? Em primeiro lugar, não se trata desse tipo de embate, mas sim de um processo de sórdida corrupção, praticada a base da vantagem direta feita sob a capa de ameaça explícita. O caso de Edinho Silva é muito mais grave que o de Aloizio Mercadante, pois este foi apontado como tendo recebido do Clube das Empreiteiras uma doação de 500 mil reais. Mas o caso de Edinho Silva é muitas vezes mais amplo do que este.
E o que dizer de João Vaccari Neto aplaudido de pé no encontro do PT em Salvador? O ex-senador Gim Argelo, num torpe episódio é acusado por Pessoa de ter recebido 5 milhões de reais para sepultar a primeira CPI da Petrobrás no Congresso Nacional. Além disso, Ricardo Pessoa aponta José Dirceu como personagem de falsa consultoria, fórmula usada para encobrir propinas por sua influência no governo, embora já se encontrasse condenado pelo Supremo Tribunal Federal.
COMPERJ
O episódio da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, orçado em 2006 em 6,1 bilhões de dólares, já passa hoje de 30 bilhões de dólares e ainda não foi concluído ao longo de nove anos. Nesse Complexo Industrial a UTC integrava o grupo construtor ao lado da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. Ricardo Pessoa revelou que os subornos iniciais chegaram a 15 milhões de reais, tendo ele sido encarregado de pagar a parte destinada ao PT, nela não incluídas parcelas posteriores destinadas a outros partidos e seus representantes. Quer dizer: um assalto avassalador, com partidos e políticos investidos no papel de assaltantes.
E assim conclui-se a primeira parte da história da delação premiada do dono da UTC, solução aprovada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Produziu fortes reflexos no governo Dilma Rousseff e certamente, produzirá outros talvez ainda mais intensos. Afinal de contas, a queda inevitável do ministro Edinho Silva deverá estar entre eles.
Pode não ser demitido pela presidente da República, porém deverá demitir-se, já que sua presença no Executivo tornará o Palácio do Planalto cada vez mais vulnerável aos ataques da oposição, que não é liderada pelo PSDB ou por ninguém em especial mas sim pela rejeição destacada na reação da própria população brasileira de forma maciça como as pesquisas do Datafolha estão apontando. Se Dilma Rousseff já se encontrava mal no último levantamento, agora sua posição só pode ser pior, e agravada, se for o caso, pela presença no ministério de um personagem tão indesejado quanto indesejável como o titular da Comunicação Social.

29 de junho de 2015
Pedro do Coutto