"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

A FALÊNCIA DE EMERSON FITTIPALDI

O talento de Emerson Fittipaldi nas corridas de carro é inversamente proporcional ao seu talento empresarial.
Craque nas pistas e pereba nos negócios ele vai a falência novamente.

Em consulta ao Tribunal de Justiça de São Paulo, é possível identificar cerca de 60 ações contra o bicampeão mundial de F1 e sua empresa de marketing, em diversos foros do estado de São Paulo, totalizando pouco mais de R$ 27 milhões.

Dentre as ações estão execuções de títulos extra judiciais, reintegrações de posse, busca e apreensão, desapropriação, cartas precatórias cíveis e execuções fiscais.

A maioria delas ainda em tramitação, e poucas delas estão extintas. Dentre os credores estão diversos bancos (Banco do Brasil, Itaú, Safra, ABC e Santander), prefeituras, empresas e pessoas físicas.

O Banco do Brasil é o maior credor, com 11 ações, totalizando R$ 13.489.898,45.



04 de abril de 2016
in selva brasilis

ATÉ CHUMBO É CORTIÇA: A TEORIA DE COMUNICAÇÃO DO PADRE ANTONIO VIEIRA

Padre Antônio Vieira é o maior escritor da língua portuguesa, por isso é província de chatíssimos, repetitivos e vazios estudos literários.
Infelizmente nossa pobreza mental o desconhece como o maior pensador latino-americano e ibérico.

Vieira é um filósofo profundo, sutil e poderoso, e um teólogo de escol comparável a Aquino.
Sua perfeição argumentativa provém do latim clássico, modelo de clareza e objetividade que depura a língua portuguesa da confusão visigótica que a parasita e polui.

Seu Sermão mais conhecido, o da Sexagésima, é um estudo original e penetrante que desenvolve três teses sobre a comunicação humana, tornando-o um pioneiro da teoria da comunicação, campo em que Eco e McLuhan fizeram fama.

No Sermão da Sexagésima Vieira analisa o problema básico da eficiência da pregação, em que muito se prega mas poucos se convertem.

Notem que durante sua vida Vieira pregou para Sarneys da Corte e Sarneys da Floresta, para cortesões selvagens corrompidos e nativos corruptos selvagens.

Vieira conclui que a deficiência não se encontra na mensagem [o evangelho], nem em quem recebe a mensagem [o público], mas em quem emite a mensagem [o pregador].

O milieu intelectual do Sermão é uma discussão de Vieira com Lutero e demais protestantes que recuperaram a mensagem e a obra evangélica de São Paulo em que se desinflaciona a importância das obras para a salvação individual e se releva o papel da fé e da graça divina.

Sua primeira tese argumenta que a falha de comunicação se deve ao fato de que o mensageiro não deve se limitar apenas as palavras, mas deve mostrar e substanciar seu discurso com suas ações e obras.

Sua segunda tese se baseia no preceito de que a pregação deve ser original, pois não se pode lutar e vencer batalhas com armas alheias.
O evangelizador deve ter conhecimento, fé e articular suas crenças de tal modo a persuadir sua platéia.

Sua Terceira tese e a mais sutil, é a da interpretação da mensagem.

O evangelho e demais sagradas escrituras se mal interpretadas gerarão o resultado inverso do que pretende o pregador.

O bom pregador não papagueia a Biblia, mas reflete e compreende sua mensagem e a transmite com tal peso e força que descontenta o homem que a recebe.



04 de abril de 2016
in selva brasilis

KIRCHNER E SEUS BANDOLEIROS BOLIVARIANOS

O Bolivarianismo é a criação do Foro de São Paulo da versão século XXI do comunismo.
Produto de canalhas latrino-americanos se caracteriza pela bandidagem tosca e pelo ridículo sem fim.
O caso argentino começa a ser passado a limpo com a prisão de ex-membros dos governos dos Kirchners:

A sensação na Argentina é que, com o kirchnerismo fora do poder e cada vez mais enfraquecido — sua bancada sequer vota unida no Parlamento —, a Justiça começará a avançar em processos contra ex-funcionários e contra a própria ex-família presidencial. Entre 2003 e 2015, período em que Néstor e Cristina governaram o país, somente na capital foram apresentadas 2.160 denúncias de corrupção envolvendo funcionários de ambos os governos. A ex-presidente lidera a lista, com 419 denúncias. Seu marido e antecessor, falecido em outubro de 2010, vítima de um ataque cardíaco, também está entre os mais acusados, com 193 denúncias. Já o ex-vice-presidente Amado Boudou, processado por corrupção, teve 117. A relação de ex-funcionários kirchneristas investigados por suposta corrupção inclui, entre outros, os ex-ministros Julio de Vido (Planejamento), Nilda Garré (Defesa), Felisa Miceli (Economia), o ex-diretor da Afip (Receita Federal local) e atual presidente da Auditoria Geral da Nação Ricardo Echegaray, e o ex-vice presidente e ex-governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli.



04 de abril de 2016
in selva brasilis

"DELETA A DILMA!", "DELETA A DILMA!", É O GRITO QUE SE OUVE NO LARGO DO SÃO FRANCISCO EM SP




Agora à noite no Largo do São Francisco, em São Paulo, onde está a Faculdade de Direito, ocorre o evento Juristas Pelo Impeachment da Dilma. Este vídeo de O Antagonista, mostra o momento do discurso do jurista Miguel Reale Júnior, quando ele repete, ao final, o refrão que é seguido pelo público presente: "Deleta a Dilma!" "Deleta a Dilma!".

E o processo de impeachment da Dilma, depois de uma defesa capenga de José Eduardo Cardoso, perante a comissão, avança na Câmara dos Deputados.



04 de abril de 2016
in aluizio amorim

ACORDÃO OU ACÓRDÃO??

O jogo do impeachment se tornou diabólico porque o governo nunca esteve tão isolado e impopular. As peças se movem no sentido de obrigá-lo a operar numa lógica minoritária.

"Vencer", para o Planalto, equivale a cooptar apenas 172 deputados federais, do total de 513. Toda a máquina bizantina do Executivo federal será mobilizada para esse objetivo. Atingi-lo significará prolongar a agonia de um governo sobrepujado, no Congresso e na sociedade, e por isso inoperante.

A piada da vez diz que Lula da Silva será o fiador da governabilidade caso Dilma Rousseff sobreviva ao impeachment. Como chegaria a tal façanha uma figura rejeitada por 57% dos eleitores, encrencada na Lava Jato e investida do papel, exótico no mundo civilizado e na centenária República brasileira, de tutor de presidente incapaz?

Quem vai se aliar ao petismo e ao governismo nas eleições de outubro, quando, como se faltasse desgraça, a fogueira da recessão estará queimando emprego e renda como nunca em uma geração?

Os partidos sabem, e a pesquisa especializada confirma, que encolher nas eleições municipais é prenúncio de redução da bancada de deputados, estaduais e federais, dois anos depois. Detectou-se movimento de saída do PT na janela de desfiliação que acaba de se fechar.

Setores da velha elite brasileira, aos quais os caciques do petismo se associam por vocação e oportunismo, continuam a almejar um acordão para amaciar as investigações de abuso do poder. Não aprendem com os sucessivos traumas recentes nem se esquecem de seus hábitos.

Em tempos de acórdão, não há acordão. A Lava Jato, que agora acumula provas do financiamento ilegal da campanha de 2014, prosseguirá. Comitês de notáveis e poderosos deixaram de dar as cartas na política brasileira. Quem ainda não entendeu a mudança vai quebrar a cara.



04 de abril de 2016
Vinicius Mota, Folha de SP

DILMA ACENA COM GOVERNO PIOR

Em meados de agosto de 1992, o empresário alagoano Paulo Cesar Farias, conhecido como PC Farias, ex-tesoureiro da campanha do então presidente da República Fernando Collor e eminência parda do governo, procurou em Brasília o também empresário Luiz Estevão de Oliveira, seu amigo e parceiro em negócios, e pediu-lhe um favor especial: que guardasse no cofre de sua casa uma alta soma em dinheiro vivo.

O dinheiro serviria para aliciar votos de deputados e senadores dispostos a derrotar um eventual impeachment de Collor.

O governo fracassara no combate à inflação. E fora atingido por denúncias de corrupção que estavam sendo investigadas por uma CPI do Congresso. As ruas exigiam a queda de Collor. Só lhe restava comprar apoios com dinheiro, cargos e promessas.

A cada telefonema de PC Farias, Luiz Estevão sacava dinheiro do cofre e providenciava sua entrega ao parlamentar indicado. A 10 dias da votação do processo na Câmara, PC parou de telefonar.

Havia dinheiro de sobra no cofre, mas já não havia deputados à venda. Em 29 de setembro, o impeachment foi aprovado por 441 de um total de 509 deputados. O Senado cassou o mandato de Collor em 29 de dezembro.

O desfecho, agora, do segundo pedido de impeachment da história recente do país passará pela decisão a ser tomada por um grupo de 40 deputados que se diz indeciso.

Se ao fim e ao cabo, 342 deputados de um total de 513 disserem “sim” ao impeachment, caberá ao Senado julgar Dilma por crime de responsabilidade. Se apenas 172 deputados disseram “não” ou se abstiverem de votar, o processo estancará na Câmara.

Para salvar Dilma, não se descarte a compra de votos mediante dinheiro em espécie.

Outras moedas começaram a ser usadas – oferta de Ministérios e cargos em diversos escalões do governo, liberação de emendas ao Orçamento para a realização de obras em redutos eleitorais de deputados, e promessas de ajuda em tribunais superiores para os encrencados com a Lava-Jato (Alô, alô, Renan Calheiros!).

Acostume-se com a insignificância das siglas destinadas a conduzir áreas estratégicas da administração pública: PTN, PHS, PSL, PEN e PT do B. Elas têm 32 deputados. PP, PR, PSD PRB são considerados partidos da segunda divisão, mas reúnem 146 deputados.

O PRB do mensaleiro Valdemar Costa Neto, condenado a sete anos de prisão, será agraciado com o Ministério de Minas e Energia.

Na bolsa informal de valores do Clube da Falsa Felicidade, o outro nome pelo qual o Congresso é chamado em Brasília, pagou-se R$ 400 mil na semana passada para o deputado que se abstivesse de votar o impeachment. Ao que votasse contra, R$ 1 milhão.

O mercado está com viés de alta. A oposição parece mais perto de atrair 342 votos a favor do impeachment do que o governo 171 contra.

Uma possível vitória do governo não será comemorada nem mesmo por ele. Há pedidos de impeachment na fila da Câmara. A Justiça examina a impugnação da chapa Dilma-Temer por uso de dinheiro sujo. E se agrava a maior recessão econômica que o país já conheceu desde o início do século passado.

Como Dilma enfrentará tudo isso com um governo muito pior do que o atual?

Isolada no Palácio do Planalto, transformado em aparelho político, Dilma recusa saídas que poderiam deixá-la menos mal com a História – a renúncia ou a convocação de novas eleições gerais. Tenta controlar os nervos à base de calmantes.



04 de abril de 2016
Ricardo Noblat, O Globo

MELHOR PERDER

Ganhar pode ser o pior destino. Talvez seja melhor perder, tentar virar esta triste página da nossa história e sairmos como vítimas deste processo que, se perdurar, vai nos destruir por completo.

A reflexão é compartilhada não apenas por um, mas vários petistas, que temem o dia seguinte a uma eventual vitória na votação do pedido de impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados.

Num cenário de delações em curso e com previsões devastadoras para o governo e PT, agravado por uma crise econômica que só piora, ganhar a votação na Câmara pode ser o passo final rumo ao precipício.

Sem falar que, para escapar da degola, Dilma sepultou as medidas amargas para arrumar a economia e promete mundos e fundos aos movimentos sociais. Vencendo, não terá como quitar tal dívida ""como fez depois da campanha eleitoral.

Daí que perder pode ser melhor negócio, literalmente. Sair posando de vítima de um golpe, de um impeachment sem crime caracterizado e deixar para Michel Temer o desgaste de consertar a economia.

Talvez seja melhor, avaliam petistas, ganhar as ruas em vez da votação do impeachment. Poder atacar um governo Temer, acusando-o de mexer na aposentadoria, de tirar direitos trabalhistas e promover um forte ajuste fiscal. Medidas inadiáveis se o país quiser sair da crise.

Só que o vento começou a mudar com o varejão dos cargos federais e algo antes visto como impossível, barrar o impeachment, já passou ao campo das possibilidades.

Aí, entra outro grupo de petistas, que defende, superada a guerra do impedimento, a convocação de eleições gerais no país como saída para a crise. Dilma Rousseff faria o gesto em nome da unidade nacional.

Amigos da presidente duvidam, porém, que ela abrace a ideia e pode repetir o erro de sempre. Crer que tudo pode após ganhar uma batalha e, depois, acordar tarde demais para a realidade: seu tempo acabou.



04 de abril de 2016
Valdo Cruz, Folha de SP

LEILÃO DO FUTURO

As agências de notícias sempre falam de leilões em Nova York em que concorrem objetos dos filmes dos anos 30, 40, 50 –tempo em que Hollywood era o Parnaso, habitado por deuses tão poderosos quanto os das lendas gregas. Alguns itens que já estrelaram esses leilões foram o trenó Rosebud de "Cidadão Kane" (1941), o piano em que Sam toca "As Time Goes By" em "Casablanca" (1942) e as luvas de Rita Hayworth em "Gilda" (1945).

Quanto valerão o guarda-chuva de Gene Kelly em "Cantando na Chuva" (1952), um vestido de Marilyn Monroe em "Os Homens Preferem as Louras" (1952), Robby, o robô de "Planeta Proibido" (1956), o retrato a óleo de Carlota Valdez em "Um Corpo que Cai" (1958) ou mesmo a ceroula de Batman usada por Adam West no seriado de TV (1966)? Um dia, esses itens irão a leilão –os americanos sempre foram de conservar tudo.

No Brasil, como não somos de guardar nada, nossos leilões dependem de material mais recente, que ainda não teve tempo de desaparecer. Daí que um leilão inevitável e em breve será o de objetos oriundos da história que estamos vivendo hoje. Exemplos?

Os pedalinhos dos netos de Lula, recuperados no seu sítio que não lhe pertence em Atibaia. Garrafas da adega do mesmo sítio e que o ex-presidente não teve tempo de consumir. Os pixulecos portáteis vendidos nas manifestações anti-PT.

Um jogo de caçarolas comprado pela ex-primeira-dama dona Marisa para a cozinha do seu tríplex que não lhe pertence no Guarujá. A bicicleta com que a presidente Dilma dava suas pedaladas matinais. A blusa de florões com que ela vivia aparecendo na TV. Uma mecha do cabelo do senador Delcídio do Amaral. Etc.

E, claro, a peça de maior valor do leilão é sempre a mais difícil de conseguir: o vídeo de uma das palestras milionárias do ex-presidente Lula pagas pela Odebrecht.



04 de abril de 2016
Ruy Castro, Folha de SP

SOCIOLOGIA DO MIMIMI

Você sabe o que é "ficar de mimimi"? Imagino que sim. Mas, posso explicar: minimi é o que todo mundo hoje faz porque se ofende fácil e exige algo em troca. Mimimi é derivado do ressentimento.

Mas, existem dois tipos de mimimi. O do senso comum, "frescurinha básica" (não vou falar dele aqui) e existe o sofisticado, sustentado em alguma teoria besta derivada da maior picaretagem intelectual dos últimos 250 anos: refiro-me a famosa teoria picareta (que será comparada por nossos descendentes a leitura medieval de vísceras animais como mapa do futuro) segundo a qual o mundo está dividido entre opressores e oprimidos.

Quer um exemplo?

Imagine que você dá seu lugar para uma mulher no metrô. Daí, aparece um cara e pergunta para você a razão de você fazer aquilo. Você explica que foi educado dessa forma. Deve-se dar o lugar para as mulheres. Aqui abrem-se várias linhas de argumentação mimimi, e todas elas poderiam ser sustentadas em aulas de sociologia nas faculdades e nas escolas por aí.

A primeira, a do cara que te interpela, podemos chamar de novíssimo sintoma do mimimi geral que tomou conta de grande parte das ciências humanas dominadas pela teoria picareta descrita acima. Refiro-me ao novo espécime, "o machinho mimimi". O carinha te pergunta, afinal de contas, por que as mulheres deveriam receber tratamento especial no metrô uma vez que todos ali são cidadãos iguais e que competem no mesmo mercado de trabalho.

Nosso machinho mimimi avançaria, então, na direção de que dar lugar para uma mulher, por ser simplesmente mulher, seria uma forma de discriminação contra os machinhos como ele, deixando, inclusive, que ela tivesse mais descanso do que eles, e fazendo dela, assim, uma competidora mais "descansada".

Sei o que você está pensando: "Que mundo ridículo é esse que você está descrevendo hoje?". Mas, sim, a "crítica social" fez das pessoas "críticas" seres meio ridículos mesmo, não? Quando me convidam para um jantar onde estarão pessoas "críticas", prefiro Netflix.

Por trás da fala de nosso machinho mimimi está a ideia de que eles e elas têm o mesmo direito ao seu lugar no metrô.

E aí você tem a (super) infeliz ideia de dizer que as mulheres são mais frágeis e por isso precisam descansar mais no trajeto Santana-Paraíso do metrô. Nesse instante, salta uma menina de uns 20 anos, carregando nas mãos o livro "O Segundo Sexo" da Beauvoir (uma Bíblia das mina mimimi), com olhos de fúria contra você. Como você pode ceder o lugar para aquela moça, se você a oprime há séculos por meios que você nem imagina?! E a oprimirá sempre com presentinhos assim! E aí, usa aquela palavra, que, como "energia", serve para tudo: "Seu machista!".

Aliás, a mina mimimi (que faz sociais "somewhere") diz mesmo que o ato de você dar o lugar para a moça (que aceitou, agradeceu e sorriu aquele sorriso doce que só uma mulher sabe dar, e que faz o dia de um cara ficar mais azul...) é um ato opressor porque, além de enganá-la com sua falsa bondade, era um presente por ela aceitar ser oprimida e ficar feliz com seu lugarzinho na linha azul do metrô.

A moça que aceitara seu lugar, coitada, que, apesar de não vir das classes abastadas, vestia-se muito melhor do que nossa furiosa das sociais (que andava de metrô por ser um ato político e não por necessidade) e era muito mais bonita e interessante do que a furiosa, começa a se sentir acuada pelo olhar inquisidor de sua "libertadora".

Sendo a menina sentada mais bonita do que a outra, prontamente alguém indaga do fundo do vagão a razão de você ter cedido seu lugar justamente para uma mina que era gostosa e que usava uma calça um tanto justa.
,
Xeque-mate. Você tinha mesmo observado, antes de ceder seu lugar, que a beneficiária de sua oferta era a mais gatinha do vagão. De repente, todos discutem se seu ato era ou não um ato de opressão contra todos os outros passageiros do vagão. Ainda bem que chegou a sua estação, e que, por sorte, era a mesma da gatinha gostosinha. Seu mundo, pelo menos por enquanto, estava salvo da invasão zumbi.



04 de abril de 2016
Luiz Felipe Pondé, Folha de SP

O MAL QUE RENAN FAZ


O presidente do Senado, Renan Calheiros, é a versão moderna do bigorrilho. Extraído de uma marchinha de carnaval dos anos 60, o termo serviu na época para qualificar os políticos que tinham especial apreço pelo governismo, mesmo que seu partido fosse da oposição. Pois o senador alagoano, contrariando decisão de seu partido, o PMDB, vem se esforçando como poucos para dar conforto à presidente Dilma Rousseff neste momento de grande aflição.

Renan é um personagem emblemático da profunda crise moral pela qual passa o país. O senador tem contra si quase uma dezena de inquéritos que apuram seu envolvimento no Petrolão, e seu passado não muito remoto inclui outras traquinagens de semelhante jaez, e mesmo assim ele não se constrange em se apresentar, de cara limpa, como um campeão da democracia e do equilíbrio institucional. Sua participação no intrincado jogo do impeachment não deixa dúvidas de que, malgrado seu discurso de total isenção, Renan trabalha exclusivamente para se abrigar do vendaval da Lava Jato.

Sua função institucional como presidente do Senado – que definirá se o processo contra Dilma seguirá adiante depois de aprovado na Câmara – é um de seus principais trunfos. Será Renan o responsável por estabelecer a velocidade da tramitação, dando aos governistas precioso tempo para tentar recompor suas forças.

Renan também tem trabalhado com afinco para sabotar o empenho do vice-presidente Michel Temer para unir o PMDB. A multiplicação dos bigorrilhos é uma ação crucial para o governo, porque a fragmentação do PMDB indica aos demais partidos da base que talvez não haja consenso em torno do impeachment – e, portanto, seria imprudente abandonar o governo e seus preciosos cargos e verbas neste momento, quando a contabilidade dos votos contrários a Dilma ainda não está clara.

Autêntico como uma nota de três reais, Renan vem dando declarações segundo as quais não se intrometerá nas discussões internas do PMDB a respeito do desembarque do governo, mas alguns dos ministros peemedebistas, como bons bigorrilhos, decidiram permanecer em seus cargos justamente depois de uma reunião na casa do bigorrilho-chefe.

Além disso, Renan disse considerar que “não foi um bom movimento” a decisão do PMDB de romper com o governo. O senador pretende assim dividir o partido, que já não é exatamente um primor de consenso, especialmente quando se trata de abandonar um governo – algo que o PMDB não sabe bem como fazer. Com isso, Renan ajuda a criar um clima de confusão que só beneficia a presidente Dilma.

Tudo isso seria apenas parte do jogo não fosse a posição central ocupada por Renan. O presidente do Senado garantiu, com a candura dos inocentes, que vai apenas exercer seu papel institucional. Questionado recentemente por que deixou de comparecer à reunião do PMDB que decidiu pelo rompimento com o governo, Renan saiu-se com essa: “Não devo comentar porque qualquer comentário que fizer será no sentido da partidarização do papel institucional que exerço como presidente do Senado”. Na mesma linha, afirmou ainda, a propósito de seu papel no processo de impeachment: “Tenho de me preservar o máximo possível para continuar com isenção e independência”.

Mas a disposição de Renan em ajudar Dilma é escancarada. O peemedebista já declarou que espera que o processo “não chegue” ao Senado, isto é, que seja derrubado ainda na Câmara. Caso o impeachment vá adiante e caia em suas mãos, Renan também já manifestou disposição de usar todo o prazo previsto em lei para a tramitação – seis meses –, dando tempo para que o governo crie ainda mais confusão.

Com a Lava Jato e o Supremo Tribunal Federal em seu encalço, Renan decerto espera que seu investimento na operação de salvamento de Dilma frutifique, na forma de alguma proteção contra aqueles que pretendem obrigá-lo a finalmente prestar contas à Justiça. É por essa razão que, conforme diz a marchinha do bigorrilho, “ele tem que sair/ele tem que sair/ele tem que sair/ele tem que sair”.



04 de abril de 2016
Editorial Estadão

COMEÇAM A APARECER OS POLÍTICOS QUE ABRIRAM CONTAS NO PANAMÁ



Delfim Netto, corrupto desde sempre, é um dos correntistas













Políticos brasileiros e seus familiares aparecem como beneficiários de empresas offshore criadas ou vendidas pela Mossack Fonseca, firma panamenha especializada na abertura de pessoas jurídicas em paraísos fiscais. As informações são do UOL. Segundo as reportagens, políticos de PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB aparecem entre os beneficiários. Entre eles estão: o deputado federal Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) e o pai dele, o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso; o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto; os ex-deputados João Lyra (PSD-AL) e Vadão Gomes (PP-SP), e o ex-senador e presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014.
Há também alguns parentes de políticos que têm ou tiveram offshores registradas. É o caso de Gabriel Nascimento Lacerda, filho do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), e de Luciano Lobão, filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA).
A apuração internacional envolvendo a Mossack Fonseca começou quando o jornal alemão “Süddeustche Zeitung” obteve 11,5 milhões de documentos sobre o escritório do Panamá e compartilhou os papéis com 376 jornalistas de 109 veículos em 76 países, todos ligados ao ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), uma entidade sem fins lucrativos com sede em Washington, nos Estados Unidos.
No Brasil, a investigação foi conduzida pelo UOL –empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha–, pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e pela Rede TV!. A série de reportagens foi batizada internacionalmente de “Panama Papers”.
HELICÓPTERO
De acordo com a reportagem, o deputado Newton Cardoso Jr e seu pai usaram empresas offshores para comprar um helicóptero e um flat em Londres. A offshore Cyndar Management LLC foi aberta em 2007, no Estado americano de Nevada, quando ele ainda não tinha mandato.
Trocas de e-mails encontradas no acervo da Mossack Fonseca mostram que o objetivo da empresa era comprar um helicóptero, no valor de US$ 1,9 milhão.
A aeronave é da marca Helibrás, modelo Esquilo AS350 B-2, e foi comprada de outra offshore, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. O equipamento foi arrendado à Companhia Siderúrgica Pitangui, de propriedade da família Cardoso, no fim de 2007.
Em 2013, o helicóptero foi vendido por US$ 1 milhão, ainda segundo a reportagem, para Inácio Franco, atualmente deputado estadual pelo PV-MG, por meio de uma empresa de sua propriedade.
Já Newton Cardoso adquiriu uma offshore em 1991, quando ainda era governador de Minas Gerais. A Desco Trading Ltd. foi usada para comprar um flat em Londres em 1992, pouco depois de Newton deixar o governo de Minas Gerais. O valor à época: 1,2 milhão de libras.
TUCANO
O ex-presidente nacional do PSDB e ex-senador Sérgio Guerra, morto em 2014, adquiriu uma empresa offshore com a mulher, Maria da Conceição, e um dos filhos, Francisco, conforme os documentos da Mossack Fonseca, citados pela reportagem.
Segundo os arquivos da Mossack Fonseca, a New Deal Corporation emitiu poderes para a família em 1992, quando Guerra era deputado federal pelo PSDB de Pernambuco.
Em 1994, a companhia foi desativada por falta de pagamento das taxas do ano de 1993. De acordo com a correspondência da Mossack Fonseca citada pelo blog, os Guerra não quiseram manter a empresa.
MIAMI
Filho do senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA), Luciano Lobão comprou a offshore A VLF International Ltd da Mossack Fonseca em 2011, conforme os documentos.
A offshore foi usada para comprar um apartamento em Miami Beach em 2013, por US$ 600 mil. O imóvel foi vendido no ano seguinte por US$ 1,08 milhão.
OUTRO LADO
A Folha procurou assessores do deputado Newton Cardoso Jr, familiares do ex-senador Sérgio Guerra e de Luciano Lobão, mas eles ainda não se manifestaram até a publicação desta reportagem.
Ao UOL, o deputado Newton Cardoso Jr negou, por meio da assessoria, “com veemência a existência de qualquer empresa offshore em seu nome ou mesmo de seu pai, o ex-deputado Newton Cardoso”.
O PSDB não comentou as alegações envolvendo o ex-senador da legenda Sérgio Guerra.
Também ao UOL, Luciano Lobão disse que a VLF International foi declarada à Receita e devidamente tributada.

04 de abril de 2016
Deu na Folha

INCLUSÃO DE PASADENA NO PARECER DO IMPEACHMENT AINDA É DÚVIDA



Charge do Alpino (Yahoo)
A inclusão das suspeitas sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA) ainda é uma dúvida para a conclusão do relatório final do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão de impeachment aberta na Câmara contra Dilma Rousseff.
A partir desta segunda-feira (4), Jovair terá cinco sessões plenárias para entregar o relatório, mas disse que deve fazê-lo entre quarta (6) e quinta-feira (7).
A aquisição da refinaria americana pela Petrobras, em setembro de 2006, na época em que Dilma era ministra de Casa Civil e presidente do conselho da Petrobras, gerou prejuízo de US$ 792 milhões.
Referências à compra da refinaria constam da denúncia para abertura de processo de impeachment protocolada pelos advogados Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT.
DESCULPA DE DILMA
A presidente disse em diversas ocasiões que não teve conhecimento, na época, de detalhes do negócio. A PGR (Procuradoria Geral da República) considerou que informações prestadas pela Presidência “afastam a acusação de conduta dolosa ou culposa que possa ser atribuída” ao conselho da Petrobras.
Com base em depoimentos de delatores e quebras de sigilo bancários, a Operação Lava Jato concluiu que houve pagamento de propina em torno do negócio, mas não há acusação que envolva Dilma.
HÁ DÚVIDAS
A Folha apurou que, até quinta, Jovair pretendia não tratar de Pasadena, porque poderia haver impeditivo legal. O relatório ficaria restrito às pedaladas fiscais e decretos para suplementação orçamentária. Na sexta (1º), porém, após reunião com a área técnica de apoio à CPI, passou a considerar incluir no relatório o tema, principalmente se a defesa de Dilma incluir o assunto na manifestação por escrito que deverá protocolar nesta segunda (4).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Também na Folha, a colunista Natuza Nery revela que o relator vai citar casos de corrupção e problemas da gestão de Dilma como “complementos”, mas sem avançar o sinal para evitar contestações no STF. O governo mapeou os cargos indicados por Arantes. O mais importante deles foi demitido semana passada. “Palacianos dizem que nenhum sobreviverá no posto caso o relatório seja favorável ao impeachment”, diz Natuza Nery. (C.N.).


04 de abril de 2016
Rubens Valente
Folha

PEQUENOS ASSASSINATOS E A "TEORIA DA JANELA QUEBRADA"



Teoria da janela quebrada (Foto: Arquivo Google)

A que ponto chegamos. Aposto que você já ouviu essa frase em algum lugar que frequenta, ou na conversa com um amigo, um parente, um vizinho. Ou até mesmo na TV, na voz de um ministro do Supremo.
O que nós estamos vivendo aqui neste momento guarda alguma semelhança com a “teoria da janela quebrada” (broken windows theory), que é o resultado de um estudo realizado por dois professores de Harvard – um cientista político e um psicólogo criminologista – mostrando que há relação de causalidade entre desordem e criminalidade.
Em resumo, a tese é a seguinte: se uma janela do apartamento de um prédio quebrar a não for consertada imediatamente, as pessoas são levadas a crer que aquele apartamento está abandonado, já que ninguém se importa com ele, e esse abandono incentiva depredações de outras janelas, mais atos de vandalismo e até invasão do prédio.
Ou seja: quem não se preocupa com pequenos atos de marginalidade acaba sendo cada vez mais tolerante com a criminalidade em todos os seus estágios. Até que ela se instale definitivamente.
PEQUENOS E GRANDES CRIMES
A confusão entre pequenos e grandes crimes acaba provocando uma perda de referência por onde se infiltra e se instala esse vírus de amoralidade, essa anomia que destrói os nervos e que corrói a alma do país.
Achar graça numa estrela vermelha que a primeira dama instala no jardim do Palácio da Alvorada é o primeiro vidro da janela quebrada. Desconhecer o que significa a promiscuidade entre público e privado, entre governo e partido, entre governo e Estado, entre Estado e partido, pode parecer uma minúcia, uma ridicularia, mas não é. Pelo menos em países sérios não é.
Quebrada a primeira janela, passa-se a zombar dos pequenos delitos, como se eles não fossem a pura ressonância dos delitos maiores: ah, o pedalinho dos netos do ex-presidente, ah, a canoa baratinha da dona Marisa, ah, o elevador privativo do tríplex do Guarujá.
COMO SE FOSSE NORMAL…
Quanta implicância desses coxinhas, como se fosse normal alguém receber benesses de empreiteiras que vivem de contratos públicos e como se fosse normal recusar-se a prestar depoimentos solicitados pela Justiça sobre eles.
Perdido o referencial daquilo que separa a bravata ideológica do crime puro e simples, acontece isto: um sindicalista de nome Armando Tripodi, que foi chefe de gabinete do presidente da Petrobras entre 2003 e 2012, nas gestões José Eduardo Dutra e José Sergio Gabrielli, publica no site oficial da Petrobras a confissão de um crime e nada acontece com ele. Talvez tenha até sido elogiado pelo companheiro-chefe.
Num depoimento ao site institucional “Memória Petrobras” ele conta que usou o dinheiro do imposto sindical para fazer campanha para o companheiro Lula, e narra, cheio de orgulho, todos os lances de seu heroico crime. É proibido por lei usar dinheiro do imposto sindical para campanhas políticas, mas quem se lixa?
TUDO É PERMITIDO
Se a janela está quebrada, o prédio está abandonado e tudo é permitido. Da janela quebrada ao pântano moral em que o País mergulhou, a distância é mínima. Princípios morais não têm peso, nem largura, nem altura, nem espessura. Ou existem ou não existem.
A delação premiada de Delcídio do Amaral mostra não apenas que a janela está quebrada. Mostra que o prédio já ruiu em cima do governo, e mesmo que ele sobreviva, está irremediavelmente ferido de morte.
Sandro Vaia###
PS –
 Este foi o último artigo do jornalista Sandro Vaia, publicado no Blog do Noblat em 4 de março. Foi editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, da Agência Estado e do Estadão. “Uma inteligência privilegiada, um jornalista de raro talento e um homem digno acima de tudo”, disse sobre ele o amigo Ricardo Noblat(Wilson Baptista Jr.)
04 de abril de 2016
Sandro VaiaBlog do Noblat

A LISTA DA VERGONHA

Os deputados que apoiam o desgoverno e votam contra o impeachment.


O Movimento Vem Pra Rua fez um precioso mapa do impeachment, com nome e e-mail dos parlamentares e como eles pretendem votar nas próximas semanas. 
Ontem foi inaugurado também o muro da vergonha, que expõe publicamente os parlamentares indecisos.
Aqui vai a lista de todos os deputados permanecem em cima do muro.
Amole essa gente. Pegue no pé deles. Exija que eles votem pelo afastamento de Dilma Rousseff:

Alan Rick - PRB/AC - dep.alanrick@camara.leg.br
César Messias - PSB/AC - dep.cesarmessias@camara.leg.br
Arthur Lira - PP/AL - dep.arthurlira@camara.leg.br
Givaldo Carimbão - PHS/AL - dep.givaldocarimbao@camara.leg.br
Marx Beltrão - PMDB/AL - dep.marxbeltrao@camara.leg.br
Maurício Quintella Lessa - PR/AL - dep.mauricioquintellalessa@camara.leg.br
Ronaldo Lessa - PDT/AL - dep.ronaldolessa@camara.leg.br
Hissa Abrahão - PDT/AM - dep.hissaabrahao@camara.leg.br
André Abdon - PP/AP - dep.andreabdon@camara.leg.br
Cabuçu Borges - PMDB/AP - dep.cabucuborges@camara.leg.br
Jozi Araújo - PTN/AP - dep.joziaraujo@camara.leg.br
Marcos Reategui - PSD/AP - dep.marcosreategui@camara.leg.br
Roberto Góes - PDT/AP - dep.robertogoes@camara.leg.br
Vinicius Gurgel - PR/AP - dep.viniciusgurgel@camara.leg.br
Cacá Leão - PP/BA - dep.cacaleao@camara.leg.br
Félix Mendonça Júnior - PDT/BA - dep.felixmendoncajunior@camara.leg.br
Fernando Torres - PSD/BA - dep.fernandotorres@camara.leg.br
João Carlos Bacelar - PR/BA - dep.joaocarlosbacelar@camara.leg.br
José Carlos Araújo - PR/BA - dep.josecarlosaraujo@camara.leg.br
José Nunes - PSD/BA - dep.josenunes@camara.leg.br
Márcio Marinho - PRB/BA - dep.marciomarinho@camara.leg.br
Mário Negromonte Jr. - PP/BA - dep.marionegromontejr@camara.leg.br
Paulo Magalhães - PSD/BA - dep.paulomagalhaes@camara.leg.br
Ronaldo Carletto - PP/BA - dep.ronaldocarletto@camara.leg.br
Sérgio Brito - PSD/BA - dep.sergiobrito@camara.leg.br
Tia Eron - PRB/BA - dep.tiaeron@camara.leg.br
Aníbal Gomes - PMDB/CE - dep.anibalgomes@camara.leg.br
Ariosto Holanda - PDT/CE - dep.ariostoholanda@camara.leg.br
Domingos Neto - PSD/CE - dep.domingosneto@camara.leg.br
Gorete Pereira - PR/CE - dep.goretepereira@camara.leg.br
Macedo - PP/CE - dep.macedo@camara.leg.br
Paulo Henrique Lustosa - PP/CE - dep.paulohenriquelustosa@camara.leg.br
Ronaldo Martins - PRB/CE - dep.ronaldomartins@camara.leg.br
Vicente Arruda - PDT/CE - dep.vicentearruda@camara.leg.br
Rogério Rosso - PSD/DF - dep.rogeriorosso@camara.leg.br
Daniel Vilela - PMDB/GO - dep.danielvilela@camara.leg.br
Flávia Morais - PDT/GO - dep.flaviamorais@camara.leg.br
Jovair Arantes - PTB/GO - dep.jovairarantes@camara.leg.br
Pedro Chaves - PMDB/GO - dep.pedrochaves@camara.leg.br
Alberto Filho - PMDB/MA - dep.albertofilho@camara.leg.br
André Fufuca - PP/MA - dep.andrefufuca@camara.leg.br
Cleber Verde - PRB/MA - dep.cleberverde@camara.leg.br
Hildo Rocha - PMDB/MA - dep.hildorocha@camara.leg.br
João Marcelo Souza - PMDB/MA - dep.joaomarcelosouza@camara.leg.br
Sarney Filho - PV/MA - dep.sarneyfilho@camara.leg.br
Victor Mendes - PSD/MA - dep.victormendes@camara.leg.br
Waldir Maranhão - PP/MA - dep.waldirmaranhao@camara.leg.br
Ademir Camilo - PTN/MG - dep.ademircamilo@camara.leg.br
Aelton Freitas - PR/MG - dep.aeltonfreitas@camara.leg.br
Brunny - PR/MG - dep.brunny@camara.leg.br
Diego Andrade - PSD/MG - dep.diegoandrade@camara.leg.br
Luis Tibé - PTdoB/MG - dep.luistibe@camara.leg.br
Luiz Fernando Faria - PP/MG - dep.luizfernandofaria@camara.leg.br
Newton Cardoso Jr - PMDB/MG - dep.newtoncardosojr@camara.leg.br
Raquel Muniz - PSD/MG - dep.raquelmuniz@camara.leg.br
Rodrigo Pacheco - PMDB/MG - dep.rodrigopacheco@camara.leg.br
Saraiva Felipe - PMDB/MG - dep.saraivafelipe@camara.leg.br
Silas Brasileiro - PMDB/MG - dep.silasbrasileiro@camara.leg.br
Tenente Lúcio - PSB/MG - dep.tenentelucio@camara.leg.br
Weliton Prado - PMB/MG - dep.welitonprado@camara.leg.br
Dagoberto Nogueira - PDT/MS - dep.dagoberto@camara.leg.br
Valtenir Pereira - PMDB/MT - dep.valtenirpereira@camara.leg.br
Beto Salame - PP/PA - dep.betosalame@camara.leg.br
Francisco Chapadinha - PTN/PA - dep.franciscochapadinha@camara.leg.br
Júlia Marinho - PSC/PA - dep.juliamarinho@camara.leg.br
Lúcio Vale - PR/PA - dep.luciovale@camara.leg.br
Hugo Motta - PMDB/PB - dep.hugomotta@camara.leg.br
Manoel Junior - PMDB/PB - dep.manoeljunior@camara.leg.br
Rômulo Gouveia - PSD/PB - dep.romulogouveia@camara.leg.br
Veneziano Vital do Rêgo - PMDB/PB - dep.venezianovitaldorego@camara.leg.br
Wellington Roberto - PR/PB - dep.wellingtonroberto@camara.leg.br
Adalberto Cavalcanti - PTB/PE - dep.adalbertocavalcanti@camara.leg.br
Carlos Eduardo Cadoca - Sem partido/PE -dep.carloseduardocadoca@camara.leg.br
Fernando Coelho Filho - PSB/PE - dep.fernandocoelhofilho@camara.leg.br
Fernando Monteiro - PP/PE - dep.fernandomonteiro@camara.leg.br
Jorge Côrte Real - PTB/PE - dep.jorgecortereal@camara.leg.br
Kaio Maniçoba - PMDB/PE - dep.kaiomanicoba@camara.leg.br
Tadeu Alencar - PSB/PE - dep.tadeualencar@camara.leg.br
Zeca Cavalcanti - PTB/PE - dep.zecacavalcanti@camara.leg.br
Júlio Cesar - PSD/PI - dep.juliocesar@camara.leg.br
Silas Freire - PR/PI - dep.silasfreire@camara.leg.br
Aliel Machado - REDE/PR - dep.alielmachado@camara.leg.br
Hermes Parcianello - PMDB/PR - dep.hermesparcianello@camara.leg.br
Ricardo Barros - PP/PR - dep.ricardobarros@camara.leg.br
Sergio Souza - PMDB/PR - dep.sergiosouza@camara.leg.br
Alexandre Serfiotis - PMDB/RJ - dep.alexandreserfiotis@camara.leg.br
Celso Jacob - PMDB/RJ - dep.celsojacob@camara.leg.br
Clarissa Garotinho - PR/RJ - dep.clarissagarotinho@camara.leg.br
Deley - PTB/RJ - dep.deley@camara.leg.br
Hugo Leal - PSB/RJ - dep.hugoleal@camara.leg.br
Luiz Carlos Ramos - PTN/RJ - dep.luizcarlosramos@camara.leg.br
Marcelo Matos - PHS/RJ - dep.marcelomatos@camara.leg.br
Marquinho Mendes - PMDB/RJ - dep.marquinhomendes@camara.leg.br
Paulo Feijó - PR/RJ - dep.paulofeijo@camara.leg.br
Roberto Sales - PRB/RJ - dep.robertosales@camara.leg.br
Simão Sessim - PP/RJ - dep.simaosessim@camara.leg.br
Soraya Santos - PMDB/RJ - dep.sorayasantos@camara.leg.br
Washington Reis - PMDB/RJ - dep.washingtonreis@camara.leg.br
Wilson Beserra - PMDB/RJ - dep.wilsonbeserra@camara.leg.br
Zé Augusto Nalin - PMDB/RJ - dep.zeaugustonalin@camara.leg.br
Beto Rosado - PP/RN - dep.betorosado@camara.leg.br
Rafael Motta - PSB/RN - dep.rafaelmotta@camara.leg.br
Lindomar Garçon - PRB/RO - dep.lindomargarcon@camara.leg.br
Luiz Cláudio - PR/RO - dep.luizclaudio@camara.leg.br
Marinha Raupp - PMDB/RO - dep.marinharaupp@camara.leg.br
Abel Mesquita Jr. - DEM/RR - dep.abelmesquitajr@camara.leg.br
Hiran Gonçalves - PP/RR - dep.hirangoncalves@camara.leg.br
Jhonatan de Jesus - PRB/RR - dep.jhonatandejesus@camara.leg.br
Remídio Monai - PR/RR - dep.remidiomonai@camara.leg.br
Carlos Gomes - PRB/RS - dep.carlosgomes@camara.leg.br
Giovani Cherini - PDT/RS - dep.giovanicherini@camara.leg.br
Pompeo de Mattos - PDT/RS - dep.pompeodemattos@camara.leg.br
Celso Maldaner - PMDB/SC - dep.celsomaldaner@camara.leg.br
Adelson Barreto - PR/SE - dep.adelsonbarreto@camara.leg.br
Fábio Mitidieri - PSD/SE - dep.fabiomitidieri@camara.leg.br
Jony Marcos - PRB/SE - dep.jonymarcos@camara.leg.br
Valadares Filho - PSB/SE - dep.valadaresfilho@camara.leg.br
Antonio Bulhões - PRB/SP - dep.antoniobulhoes@camara.leg.br
Marcio Alvino - PR/SP - dep.marcioalvino@camara.leg.br
Miguel Lombardi - PR/SP - dep.miguellombardi@camara.leg.br
Milton Monti - PR/SP - dep.miltonmonti@camara.leg.br
Nelson Marquezelli - PTB/SP - dep.nelsonmarquezelli@camara.leg.br
Renata Abreu - PTN/SP - dep.renataabreu@camara.leg.br
Tiririca - PR/SP - dep.tiririca@camara.leg.br
Vinicius Carvalho - PRB/SP - dep.viniciuscarvalho@camara.leg.br
Dulce Miranda - PMDB/TO - dep.dulcemiranda@camara.leg.br
Irajá Abreu - PSD/TO - dep.irajaabreu@camara.leg.br
Josi Nunes - PMDB/TO - dep.josinunes@camara.leg.br
Vicentinho Júnior - PR/TO - dep.vicentinhojunior@camara.leg.br

04 de abril de 2016
in direita brasileira em ação