"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 6 de novembro de 2021

JECA TATU E A "DEMOCRACIA"



É de morrer de pena assistir ao debate sobre “democracia” e “estado de direito” no Brasil.

Na quinta-feira passada, 28, o Tribunal Superior Eleitoral cassou os votos de 427.749 eleitores brasileiros no deputado estadual mais votado da história do Paraná, Fernando Franceschini (PSL), por “propagação de informações falsas sobre a urna eletrônica”. É mais um violento passo na escalada da “ditadura preventiva” que o STF, com aval de todos os analfabetos em democracia do Brasil, pôs em prática a pretexto de fazer frente à suposta ameaça verbal de “dar um golpe” de Jair Bolsonaro, o presidente que foi militar mais de 30 anos atrás.

Antes deste os 11 monocratas já tinham mandado para a cadeia, onde continuam presos ha meses sem julgamento ou acusação formal, um deputado federal em pleno exercício do mandato e o ex-presidente de um partido político, dois ou três jornalistas, um dos quais pediu asilo político nos Estados Unidos de quem exigem sua extradição, além de um bêbado que ousou “falar mal” de sua excelsa excelência Alexandre de Moraes numa mesa de bar.


Examinam agora, depois de ter solto o ex-presidente condenado à prisão por corrupção por 9 juizes diferentes, pedido de cassação e/ou prisão de 6 outros deputados eleitos em pleno mandato assim como a expulsão de todas as redes sociais do presidente em exercício da republica, na esteira de sabe-se lá quantos outros cidadãos arbitrariamente já censurados também por crimes de opinião agora rebatizados de “propagação de fake news”, figura que não consta de nenhum código brasileiro.

Não descarto a indignação que tudo isso me causa porque ha evidente dolo nessas ações ilegais e, portanto, elas sim antidemocráticas. Os agentes executores dessa conspiração a céu aberto indubitavelmente sabem o que estão fazendo e no interesse de quem. Mesmo assim o sentimento de pena cada vez mais se sobrepõe a essa indignação quando examino a algazarra dos analfabetos em democracia de variados níveis de escolaridade em torno desses acontecimentos porque, na maioria das vezes, as suas razões são sinceras pois o seu analfabetismo político não traduz falta de cultura, ao contrário, foi cuidadosamente cultivado e instilado em suas cabeças mais ou menos à revelia deles.


Ontem, 2 de novembro, houve a primeira das eleições de midterm (a meio do mandato presidencial) da temporada na democracia americana. Foram eleitos dois governadores, os prefeitos de 27 das 50 capitais estaduais (cada estado e cidade decide a data das suas eleições) alem de centenas de outros país afora e até alguns deputados federais de distritos vagos por morte ou renuncia de seus titulares que podem virar, caso da Virgínia, o controle do Congresso que os democratas mantêm por margem estreita.

24 alterações de constituições estaduais de 6 estados, junto com outras 156 ballot mesures (questões a serem decididas no voto) municipais (contadas apenas as 100 maiores cidades do país), tomaram carona nas cédulas da eleição de ontem. Quatro eram de iniciativa popular, três eram advisory questions sobre impostos (votações que definem orientações dos eleitores para os legisladores), uma era um bond issue (aprovação ou não de constituição de dívida publica para uma obra ou compra de bem público fora do orçamento beneficiando um grupo determinado de eleitores) e as outras 16 eram legislative referred constitucional amendments, ou seja, sugestões de leis feitas pelos legislativos estaduais para aprovação ou não dos eleitores afetados.


Centenas de outras ballot measures em cidades menores estavam nessas mesmas cédulas, dirigidas apenas a parcelas específicas do eleitorado identificáveis pelo endereço que amarra claramente cada eleitor a um único distrito eleitoral municipal, estadual ou nacional. Cada candidato a cada cargo - e lá inúmeros funcionários aqui nomeados são diretamente eleitos - só pode se oferecer a um único distrito e, conforme a eleição, tem de ser obrigatoriamente um morador desse mesmo distrito. Assim todo mundo sabe exatamente quem elegeu quem.

A menor unidade desse sistema de eleição distrital pura é o bairro. Ele se manifesta na eleição para o school board, o conselho de 7 pais de alunos eleitos a cada quatro anos - 4 num quatriênio, 3 dois anos depois para que os quatriênios não coincidam - para cuidar da escola pública do seu bairro. São eles que contratam e aprovam ou não os orçamentos e os atos dos diretores dessas escolas, e podem sofrer recall a qualquer momento.

64 special elections já foram marcadas em 21 estados neste ano, e 44 delas já transcorreram. Essas votações elegem ou deselegem servidores públicos diversos, prefeitos, promotores públicos, juizes comuns e juizes das supremas cortes estaduais, alteram impostos e criam ou anulam leis sobre eleições municipais, compras de bens públicos, despesas fora do orçamento, reorganização de forças policiais, impostos, salário mínimo local, uso de maconha, casamento gay, medidas de combate a pandemias, questões urbanísticas, política penal, etc.


Tudo, na democracia, é decidido, ou por ballot measures inseridas nas cédulas de eleições recorrentes do calendário, ou por essas special elections que podem ser convocadas a qualquer momento por qualquer cidadão em qualquer distrito eleitoral mediante a coleta de assinaturas, razão pela qual o voto lá SEMPRE envolve uma cédula que é ASSINADA DE PRÓPRIO PUNHO por cada eleitor, tornando-se, essa assinatura, a sua chave pessoal e intransferível para o exercício da sua cidadania. Não tem tapeação nem “intérpretes da vontade popular”. Dos municípios em diante, todos os governos contam com um Secretário de Estado, funcionário encarregado exclusivamente de organizar essas votações e validar as petições dos cidadãos para convocá-las mediante a conferência de assinaturas dos eleitores que querem ou não aderir a cada uma, e decidir as coisas.

Por isso me dá pena do Brasil ver jornalistas jecas, “especialistas” jecas, acadêmicos jecas, juristas jecas, empresários, trabalhadores e lideranças civis jecas entrando na conversa mole desses políticos, juizes e ministros do Supremo que “legislam” sem ter mandato popular para isso e enchem a boca de "ciência", nem sempre sem dolo, para arrotar absurdos de matar de vergonha a respeito da "modernidade" da nossa patética máquina de votar não nas nossas, mas nas escolhas de quem nos come os lombos e nos caga regras sem nos consultar, e as falcatruas todas que ela supostamente “legitima” em nome da “democracia” e do “estado democrático de direito”.

Nenhum deles tem a mais vaga ideia do que seja isso. E os que têm são muito piores que os que não têm.



Com o perdão dos "caipiras" modernos que conheço e põem todos esses urbanóides no bolso, o Jeca de que falo é o personagem de Lobato deliberadamente mantido na ignorância e, no final das contas, voluntariamente casado com ela.

06 de novembro de 2021
vespeiro

CIRO AMEAÇA RENUNCIAR À CANDIDATURA A PRESIDENTE, SE PDT NÃO MUDAR VOTO

 

JOSÉ MARIA TRINDADE: BOLSONARO COLOCOU O DEDO NA FERIDA NO G20

 

ABOMINÁVEL! IMPRENSA USA A TRAGÉDIA DA MARÍLIA MENDONÇA CONTRA BOLSONARO

 

ALCOLUMBRE LEVA UM PÉ NA BUNDA DOS SENADORES. ACABOU A PACIÊNCIA

 

MONTEIRO LOBATO (FÁBULAS)

 

Monteiro Lobato (Fábulas)

06 de novembro de 2021

HOMENAGEM A MILLÔR FERNANDES (AUTORES DE LIVROS)

 

AUTORIZADA AÇÃO DO EXÉRCITO. ACABOU DE ACONTECER E OPOSIÇÃO FICA DESESPERADA. ACABOU A PALHAÁDA!

 

QUEM É O POLÍTICO MAIS INFAME DA HISTÓRIA BRASILEIRA?

Não sei onde todos estão com a cabeça. Os nomes citados até agora não chegam nem aos pés daquele que foi realmente o nosso político mais infame — aquele diante de quem até o Petyr Baelish seria um articulador completamente inepto e um exemplo brilhante de probidade moral:

O senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado foi talvez o político mais poderoso da República Velha, e por conseguinte o que elaborou as mais variadas e descaradas maracutaias para manter e expandir esse poder:

  • Apoiou a tentativa de golpe de Deodoro em 1891 e os vários golpes de Júlio Prates de Castilhos no Rio Grande do Sul — além de ter lutado ao seu lado na Revolução Federalista.
  • Quando Campos Salles inaugurou a “Política dos Governadores”, ele foi um dos seus principais arquitetos dessa política, articulando-a com as cúpulas partidárias e governos estaduais e obtendo enormes benefícios em consequência.
  • “Dono” da Comissão Verificadora de Poderes no Congresso, ele tinha efetivamente o poder de barrar a posse de qualquer congressista eleito que não lhe conviesse, tendo transformado o que já era uma das instituições mais autoritárias da República Velha como um instrumento de seus interesses pessoais.
  • Enquanto o Marechal Hermes da Fonseca conseguiu se eleger graças ao seu nome e patente (além do aparato eleitoral fraudulento), quem realmente dava as cartas durante seu governo era Pinheiro Machado. Nada menos que seis guerras civis foram travadas em quatro estados diferentes por sua iniciativa, visando usar forças federais defender os governos estaduais aliados contra rebeldes oposicionistas de maneira a garantir currais eleitorais suficientes para uma maioria no Congresso. Tal foi o “Furacão Salvacionista”.
  • Chefiou o Partido Republicano Conservador, um dos poucos partidos a nível federal da República Velha, que inicialmente era um composto por oposicionistas da “Política do Café com Leite”. A questão é que o país nessa época não estava dividido em governo e oposição, mas em apoiadores e adversários de Pinheiro Machado — e o PRC acabou servindo para apoiar o governo Fonseca ao mesmo tempo que o isolava de seus aliados militares que desejavam expandir sua influência na política nacional e inclusive apoiavam a derrubada de governos estaduais pinheiristas.

Bombardeio na Bahia — um oferecimento do Senador Pinheiro Machado.


06 de novembro de 2021

, Bacharelado Relações internacionais, Universidade Estadual Paulista - UNESP (2022)

NA CAMA COM OS ROMANOS: COMO O SEXO MUDOU A HISTÓRIA DA ROMA ANTIGA


CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,


O sexo teve papel fundamental em momentos cruciais da história da Roma antiga


O sexo teve uma importância política e histórica extraordinária na Roma antiga desde a sua fundação em 753 a.C., segundo o historiador romado Tito Livio Patavino, lembrado como Livio.


Desde o princípio, o sexo esteve vinculado a alguns dos principais acontecimentos romanos. A violência sexual contra mulheres sabinas, no ano de 740 a.C. foi uma estratégia cuidadosamente executada na construção nacional. Para repor a "escassa" população de mulheres férteis, os romanos raptaram as esposas e filhas dos povos sabinos, num episódio que ficou conhecido como o Rapto das Sabinas.


Pouco depois, o sexo teve papel importante no fim da monarquia e na fundação da república e, depois, na restauração dessa república tão fundamental para a democracia romana.

Lucrécia e Virgínia

O suicídio da virtuosa Lucrécia em 510 a.C., após ser estuprada por Sexto Tarquínio, significaria o fim da monarquia romana.


A morte dela provocou uma rebelião que faria de Tarquínio o último rei de Roma. O destino da legendária nobre romana teve um papel-chave na transição do Reino Romano para a República Romana.

06 de novembro de 2021
Paul Chrystal 
BBC History Extra


COMO FORAM AS RELAÇÕES ÍNTIMAS ROMANAS?

Desde o princípio, o sexo esteve vinculado a alguns dos principais acontecimentos romanos.



A violência sexual contra mulheres sabinas, no ano de 740 a.C. foi uma estratégia cuidadosamente executada na construção nacional.

Para repor a "escassa" população de mulheres férteis, os romanos raptaram as esposas e filhas dos povos sabinos, num episódio que ficou conhecido como o Rapto das Sabinas.

Pouco depois, o sexo teve papel importante no fim da monarquia e na fundação da república e, depois, na restauração dessa república tão fundamental para a democracia romana.

Depois, em 449 a.C., o sexo também esteve presente na defesa da república, quando os governantes começaram a se comportar como monarcas. No contexto da luta entre patrícios e plebeus, foi criada uma instituição chamada decenvirato, composta por 10 homens cuja missão era regular as relações entre os cidadãos.

Nos últimos tempos da república romana, no entanto, o sexo fora do casamento passou a ser questionado socialmente.

Augusto, como primeiro líder do Império Romano, tentou restabelecer "valores familiares" por meio de leis.

No entanto, as intenções dele foram ofuscadas pelo comportamento de sua única filha biológica, Júlia, que, segundo diziam, fez sexo até no púlpito de onde Augusto apresentou sua legislação moralista.


06 de novembro de 2021
in quora