"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

A VELHA E A NOVA ESQUERDA

A esquerda tradicional levanta-se da mesa e diz não; a nova faz o acordo e diz sim

O caso dos 19 deputados dissidentes do PDT e do PSB, com destaques para os jovens Tabata Amaral, pelo PDT de São Paulo, e Felipe Rigoni, do PSB do Espírito Santo, tem causado na imprensa.

O governo envia uma proposta de reforma da Previdência. A esquerda tem diversos reparos. A esquerda tem outra proposta. Governo, esquerda e, principalmente, o centrão negociam. Diversos pontos criticados pela esquerda são retirados por intervenção do centrão.

A esquerda tradicional levanta-se da mesa e diz não. A nova esquerda faz o acordo e diz sim.

Em 1985, o PT expulsou os deputados Airton Soares, Bete Mendes e José Eudes por votarem no Colégio Eleitoral na chapa Tancredo Neves e José Sarney contra Maluf, candidato dos militares.

Em 1994, o PT foi contra o Plano Real. Segundo Guido Mantega, em artigo nesta Folha em 16 de agosto de 1994, “essa estratégia neoliberal de controle da inflação, além de ser burra e ineficiente, é socialmente perversa”.

Nossa hiperinflação foi fruto do desequilíbrio fiscal dos estados após a redemocratização. Somente superamos a hiperinflação com a renegociação da dívida dos estados com a União, lei 9.496 de 1997, e com a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). O PT votou contra ambos.

O PT também votou contra o Fundef, instituído pela emenda constitucional nº 14, de setembro de 1996. O Fundef aumentou muito a eficiência do gasto com educação e permitiu a universalização do ensino fundamental.

Qual é a justificativa para um partido que se preocupa com a melhora da vida dos mais vulneráveis ser contra medidas que eliminam a inflação e melhoram a eficiência do gasto em educação, para ficar em apenas dois exemplos?

Há duas velhas esquerdas. A primeira aposta no quanto pior, melhor. Simplesmente porque apenas deseja a melhora do país se estiver no governo. Caso contrário, é melhor que o país se afunde ainda mais.

O segundo tipo de velha esquerda é a esquerda autoritária. É aquela esquerda que diz que fez a crítica do socialismo real, mas é mentira.

São autoritários. Têm alma autoritária. Acreditam que o sofrimento produzido pelo capitalismo justifica a violência. É essa esquerda que não consegue se desapegar de Cuba ou da Venezuela. Vergonhosamente se silencia diante do relatório contundente da ONU produzido por Michelle Bachelet, ex-presidenta do Chile.

Recentemente, o site de esquerda The Intercept Brasil publicou texto de Amanda Audi (bit.ly/2YRHAER) sobre Tabata. Era para ser um texto crítico à jovem deputada e aos movimentos cívicos que têm contribuído com a preparação de uma nova geração de políticos.

Tabata é contra a agenda de maior presença privada no ensino público, certamente é favorável à maior progressividade dos impostos e, após os inúmeros ajustes feitos, foi favorável à reforma da Previdência. Pelo bem do país.

A maior crítica do texto de Audi ao grupo do qual Tabata participa é que eles se preocupam “que a escola prepare os alunos para servir ao capitalismo”.

Para essa esquerda pobre, tacanha e mesquinha, um pobre que, em razão de uma boa educação, progride e tem elevada renda no setor privado serve ao capitalismo. Esse pensamento é intrinsecamente autoritário.

Temos a nova esquerda. E temos a velha esquerda. Esta ou é oportunista, jogando no quanto pior, melhor, para garantir seu emprego no aparelho do Estado, ou é a velha esquerda que não foi civilizada pela queda do muro.

Que venha a nova esquerda. A velha certamente morrerá de morte morrida.


22 de julho de 2019
Samuel Pessôa
Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV) e sócio da consultoria Reliance. É doutor em economia pela USP.
Folha de SP

A INGENUIDADE DA DIREITA BRASILEIRA

IRÃ E VENEZUELA: AMEAÇAS ORQUESTRADAS

POLÍTICA, SEXO E RELIGIÃO

“Não há força no mundo capaz de mudar a realidade das famílias policêntricas e multiétnicas, nem a complexidade das identidades de gênero no estilo de vida contemporâneo”


Clássico da sociologia brasileira, Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, é uma obra polêmica desde sua primeira edição, em 1933, pois desnudou aspectos da formação da sociedade que a elite da época se recusava a considerar. Teve mais ou menos o mesmo impacto de Os Sertões, de Euclides da Cunha, lançado em 1902, a maior e mais importante reportagem já escrita no Brasil. 
Seu autor descreveu com riqueza de detalhes as características do sertão nordestino e de seus habitantes, além de narrar, como testemunha ocular, a Guerra de Canudos, no interior da Bahia, uma tragédia nacional.

Nas palavras de Antônio Cândido, o lançamento de Casa-Grande & Senzala “foi um verdadeiro terremoto”. À época, houve mais críticas à direita do que à esquerda; com o passar do tempo, porém, Freyre passou a ser atacado por seu conservadorismo. Essa é uma interpretação errônea da obra, por desconsiderar o papel radical que desempenhou para desmistificar preconceitos e ultrapassar valores desconectados da nossa realidade: “É uma obra surpreendente e esclarecedora sobre a formação do povo brasileiro — com todas as qualidades e seus vícios”, avalia Cândido. Consagrou “a importância do indígena — e principalmente do negro — no desenvolvimento racial e cultural do Brasil, que é um dos mais complexos do mundo.”

O presidente Jair Bolsonaro talvez tenha lido Os Sertões, de Euclides da Cunha, porque a Guerra de Canudos faz parte dos currículos das academias militares. 
Esse foi o livro de cabeceira dos jovens oficiais que protagonizaram o movimento tenentista, servindo de referência para toda a movimentação tática da Coluna Prestes (1924-1927), que percorreu 25 mil quilômetros pelo interior do país. Certamente, porém, não leu Gilberto Freyre, obra seminal sobre a formação da cultura brasileira, traduzida em diversos países. 
Se o fizesse, talvez conhecesse melhor e respeitasse mais os “paraíbas”, como são chamados os nordestinos por aquela parcela dos cariocas que se acha melhor do que os outros. Ser paraibano é naturalidade, não é pejorativo.

Mas voltemos ao leito antropológico do sociólogo pernambucano. A ideia de que o livro defende a existência de uma “democracia racial” no Brasil, disseminada pelos críticos de Freyre, é reducionista. Casa-Grande & Senzala exalta a formação de nosso povo, mas não esconde as mazelas de uma sociedade patriarcal, ignorante e violenta. 
A origem dessa crítica é o fato de que o autor destaca a especificidade de nossa escravidão, menos segregacionista do que a espanhola e a inglesa. O colonizador português não era um fanático religioso católico como o espanhol nem um racista puritano como os protestantes ingleses.

Família unicelular

Tanto que Casa-Grande & Senzala escandalizou o país por causa dos capítulos sobre a sexualidade do brasileiro. Entretanto, não foram os indígenas nem os negros africanos que criaram a fama de promíscuo sexual do brasileiro. Foi o sistema escravocrata e patriarcal da colonização portuguesa, que serviu para criar um ambiente de precocidade e permissividade sexuais. Tanto os índios quanto os negros eram povos que viam o sexo com naturalidade, sem a malícia sensual dos europeus.

Freyre lutou como um gigante contra o racismo “científico”, que atribuía aos indígenas e ao africano as origens de nossas mazelas sociais. Há muito mais o que dizer sobre a sua obra, mas o que a torna mais atual é a agenda de costumes do presidente Jair Bolsonaro, que reproduz, em muitos aspectos, características atrasadas e perversas do patriarcado brasileiro, que estão na raiz da violência, da ignorância e do preconceito contra os índios, os negros e as mulheres.

Bolsonaro estabeleceu com eixo de sua atuação a defesa da fé, da ordem e da família. Há um forte ingrediente eleitoral nessa estratégia, mas não é somente isso. Há convicções de natureza “terrivelmente” religiosas e ideológicas, que não têm correspondência com o modo de vida e o imaginário da maioria da sociedade brasileira, com os nossos costumes e tradições, pautados pelo sincretismo e pela miscigenação. 
No Brasil, tudo é mitigado e misturado, não existe pureza absoluta. Além disso, não se pode fazer a roda da História andar para trás. A família unicelular patriarcal, por exemplo, é minoritária, nem o clã presidencial manteve esse padrão; não há força no mundo capaz de mudar a realidade das famílias policêntricas e multiétnicas, nem a complexidade das identidades de gênero no estilo de vida contemporâneo.

Um dos equívocos de Bolsonaro é acreditar que pode aprisionar a cultura nacional no âmbito dos seus dogmas. Quando investe contra o cinema nacional, a pretexto de que obras como Bruna Sufistinha, um blockbuster da nossa indústria cinematográfica, são mera pornografia e não um retrato da prostituição no Brasil, sua motivação é mais política do que religiosa. 
Na verdade, deve estar mais incomodado com filmes como Marighella e Democracia em vertigem, que glamoriza a luta armada e enaltece o ex-presidente Luiz Inácio Lula das Silva, respectivamente. Uma coisa é a crítica à obra cinematográfica, outra é o dirigismo oficial à produção cinematográfica, numa ótica que lembra o cinema produzido durante a II Guerra Mundial.

Pura perda de tempo. Com “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, o Cinema Novo emergiu como resposta à falta de recursos técnicos e financeiros. O que temos hoje no cinema brasileiro resulta da centralidade dada por Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e outros cineastas à discussão dos problemas e questões ligadas à “realidade nacional” e a uma linguagem inspirada na nossa própria cultura. 
“Domesticar” a cultura popular é uma tarefa tão inglória como foi a censura à música popular no regime militar, tanto quanto obrigar os jovens a manter a virgindade até o casamento e mandar os gays de volta para dentro dos armários.

22 de julho de 2019
Luiz Carlos Azedo
correioi braziliense

OS IMPULSOS DO PRESIDENTE

A esta altura, está mais do que evidente que Jair Bolsonaro não sabe agir com a impessoalidade que há de caracterizar o exercício da Presidência da República.

A esta altura, está mais do que evidente que o presidente Jair Bolsonaro não sabe agir com a impessoalidade que há de caracterizar o exercício da Presidência da República. Em apenas 200 dias de governo, houve exemplos em excesso do peso que os afetos e as hostilidades particulares do presidente têm sobre decisões de Estado, que, a rigor, não deveriam ser pautadas pela emoção.

Em defesa do presidente, diga-se que não transparece deliberada má fé na mixórdia que ele faz entre os assuntos de Estado e o limitado universo de suas paixões. Bolsonaro opera sob o que o historiador Sérgio Buarque de Holanda chamou de “ética de fundo emotivo”. Os eventuais reparos feitos a seus atos e decisões como chefe de Estado e de governo são tomados pelo presidente como ofensa pessoal, como mera incapacidade do outro de perceber os bons eflúvios de suas nobres intenções.

Desde que anunciou sua intenção de indicar um filho para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos – o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) –, não houve um só dia em que o presidente não tenha defendido, de alguma forma, o nome do “03” para um dos postos mais críticos de nossa diplomacia. Tivesse o olhar de um estadista, seria mais fácil para o presidente compreender o quão estapafúrdia é a escolha, por qualquer ângulo que se a analise. Porém, Jair Bolsonaro não vê sua escolha com olhos de estadista, mas com olhos de pai. E é como pai que reage às críticas.

Primeiro, a fim de justificar o injustificável, não se sensibilizou com os argumentos contrários à indicação e viu nas próprias críticas a razão para manter firme sua posição. “Se (Eduardo Bolsonaro) está sendo criticado, é sinal de que é a pessoa adequada (para ser o embaixador brasileiro em Washington)”, disse o presidente na tribuna da Câmara dos Deputados na segunda-feira passada.

Na quinta-feira, abrindo mão do pudor, Jair Bolsonaro voltou a defender o filho em termos ainda mais claros. “Pretendo beneficiar filho meu, sim. Se eu puder dar um filé mignon para o meu filho, eu dou, mas não tem nada a ver com filé mignon essa história (da embaixada nos Estados Unidos). É aprofundar relacionamento com a maior potência do mundo”, disse. Noves fora o pitoresco da declaração, saliente-se que ela revela duplamente o peso dos afetos nas decisões de Jair Bolsonaro. Em especial no que concerne às relações entre países, que devem ser pautadas por interesses, e não por supostas relações de amizade, como a que Bolsonaro supõe haver entre sua família e a do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Dos mais relevantes temas para o País, como a indicação de um embaixador, às troças com autoridades, tudo parece ser tratado pelo presidente da República fora da dimensão da impessoalidade do cargo. Não se quer dizer com isso que o comportamento de Bolsonaro deva ser marcado pela frieza e pela sisudez. Roga-se apenas que ao tratar de assuntos de Estado o presidente faça um esforço para contrabalançar suas emoções com o interesse nacional. Ora coincidem, ora não. De Jair Bolsonaro, dado o cargo que ocupa, é esperado discernimento.

Nada parece escapar do crivo afetivo do presidente. Jair Bolsonaro é capaz de atacar ao mesmo tempo tanto prosaicas mudanças no funcionamento de aplicativos como o Instagram como o conteúdo dos filmes produzidos com recursos da Ancine. No primeiro caso, é tema do qual o presidente nem sequer deveria se ocupar. No segundo, sim, mas por razões de outra natureza, objetiva. Afinal, trata-se do emprego de recursos públicos, e não de seu gosto por esta ou aquela produção.

A preponderância dos afetos sobre a razão obnubila a visão que o presidente deve ter do papel das instituições.

Há cerca de três meses, Jair Bolsonaro afirmou que “não nasceu para ser presidente”. Se não nasceu para o cargo, é verdade que optou por exercê-lo. E foi vitorioso no intento. É justo que os brasileiros, então, esperem que a investidura na Presidência sirva de aprendizado diário, caso Jair Bolsonaro tenha a humildade de tomar as críticas pelo que elas são – críticas objetivas, e não ofensas à sua honra, à sua dignidade.


22 de julho de 2019
Editorial O Estadão

EM 18 ANOS, UNIVERSIDADES FEDERAIS CONSOMEM 123% MAIS RECURSOS



O número de alunos das instituições federais de ensino cresceu 144%, mas a produção científica perdeu qualidade.

Entre 2000 e 2018, as universidades federais passaram a consumir 123% mais recursos, descontada a inflação. A despesa subiu em relação ao orçamento total e ao PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados levantados pelo site Poder360.

No ano 2000, o gasto com as 48 universidades federais que existiam foi de R$ 21,6 bilhões, em valores atualizados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Várias instituições de ensino foram criadas desde então. Em 2018, o número de universidades atingiu 63 e o gasto, R$ 48,1 bilhões.

A maior parte da alta de despesas foi no governo do ex-presidente Lula da Silva (2003 a 2010). Em seguida, no período analisado, está o governo da também petista Dilma Rousseff (2011 a 2016).

Há dúvidas, porém, quanto aos benefícios conseguidos com a maior destinação de dinheiro do contribuinte para o ensino público federal.

A pesquisa acadêmica é o sinal mais eloquente da baixa eficiência do gasto com universidades no Brasil.

A qualidade da produção brasileira é baixa quando comparada à de outros países. E ficou relativamente pior nos últimos 18 anos.

De acordo com o ranking Scimago, o Brasil está em 14º no mundo na produção de artigos científicos, mas no número de citações desses trabalhos, 1 indicador de relevância, cai para a 83ª posição. A amostra inclui 94 países com mais de 1.000 artigos publicados por ano.


22 de julho de 2019
renova mídia

SOMÁLIA É UMA NAÇÃO AFRICANA QUE SOFREU MUITO COM GUERRAS CIVIS

-Bandeira da Somália
Bandeira da Somália
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura.Ouça: Somália. Dados da Somália - Brasil Escola0:0004:12
A Somália, cujo nome no dialeto local significa “negro”, está localizada na porção mais oriental do continente africano, conhecido como “Chifre da África”. Seu território, banhado pelo Oceano Índico, limita-se a oeste com a Etiópia, a noroeste com Djibuti e ao sul com o Quênia.
O território somali foi dominado por diversas nações. Portugueses, ingleses, franceses e italianos controlaram algumas cidades do país, que conquistou a independência no dia 1° de julho de 1960. Desde então, a Somália passou a ser governada por ditadores e por grupos rebeldes. Essa situação deflagrou, em 1990, uma guerra civil entre clãs rivais que lutam pelo domínio do poder nacional. No início do século XXI, milícias islâmicas estabeleceram bases no país, inclusive a Al-Qaeda (organização terrorista liderada por Osama Bin Laden).

Guerra civil na Somália
De população majoritariamente islâmica, o país aplica penas severas aos habitantes que não seguem as leis do alcorão: a relação sexual antes do casamento é punida com o apedrejamento dos “infratores”, sendo que o pai da mulher também é assassinado; os homossexuais e pessoas que realizam furtos são executados em praças públicas.

De acordo com dados do Banco Mundial, metade da população da Somália vive abaixo da linha de pobreza (com menos de 1,25 dólar por dia). A taxa de mortalidade infantil é uma das maiores do mundo: 106 óbitos a cada mil nascidos vivos. O analfabetismo e a subnutrição atinge pare agora... Tem mais depois a publicidae ;A economia nacional é pouco industrializada, consequência da guerra civil. A agropecuária é a principal atividade econômica, correspondendo a 40% do Produto Interno Bruto (PIB) e 65% das exportações. A Somália possui o maior rebanho de camelo do mundo, atividade desenvolvida por pastores nômades.

Dados da Somália:
Extensão territorial: 637.657 km².
Localização: África.
Capital: Mogadíscio.
Clima: Árido tropical.
Governo: Governo de transição formado em 2004.
Divisão administrativa: 18 regiões.
Idioma: Árabe e somali (oficiais), inglês, italiano.
Religiões: Islamismo 98,5%, outras 1,5%.
População: 9.133.124 habitantes (Homens: 4.529.130; Mulheres: 4.603.994).
Composição: Somalis 98,3%, árabes 1,2%, bantos 0,4%, outros 0,1%.
Densidade demográfica: 14,3 hab/km².
Taxa média anual de crescimento populacional: 2,3%.
População residente em área urbana: 36,97%.
População residente em área rural: 63,03%.
Esperança de vida ao nascer: 47,5 anos.
Taxa de mortalidade infantil: 107 óbitos a cada mil nascidos vivos.
Domicílios com acesso a água potável: 29%.
Domicílios com acesso a rede sanitária: 23%.
Moeda: Xelim somaliano.
Produto Interno Bruto (PIB): 5,5 bilhões de dólares.
PIB per capita: 291 dólares.
Relações exteriores: Banco Mundial, FMI, ONU, UA.
 
22 de julho de 2019
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia

NOVO ATENTADO ANUNCIADO CONTRA JAIR BOLSONARO

LEGISLATIVO JÁ DEBATE O FIM DA ESTABILIDADE

É preciso cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade ao funcionalismo

É imprescindível a modernização administrativa do Estado na sequência da reforma da Previdência. Governo, Câmara e Senado se mobilizam na preparação de projetos, aparentemente convergentes, sobre reestruturação de cargos, redução do número de funções de confiança, adoção de critérios de mérito nas carreiras e, também, revisão da estabilidade no emprego público.

Na semana passada, a Comissão de Assuntos Sociais remeteu ao plenário do Senado, para decisão urgente, um projeto de lei complementar instituindo a avaliação periódica e obrigatória de desempenho para os servidores nos três Poderes.

Depois de três décadas, pretende-se regulamentar um artigo (nº 41) da Constituição. Ele estabelece como condição obrigatória a avaliação de mérito no desempenho de servidores, para admissão ou demissão.

Pelas projeções oficiais, no ano que vem o país deverá somar quase 12 milhões de funcionários nas administrações federal, estadual e municipal — essa conta não inclui os empregados de empresas públicas e autarquias. Hoje são 6,7 milhões nas prefeituras, 3,7 milhões nos governos estaduais e 1,2 milhão na União.

A expansão do emprego público nas últimas três décadas foi mais acentuada nos municípios, por efeito da concentração de serviços de educação e saúde nas prefeituras, áreas que absorvem 40% da folha salarial. No conjunto, o setor público remunera seus empregados em média 50% acima do setor privado. Não há, porém, qualquer garantia de contrapartida ao contribuinte em padrão mínimo de qualidade e eficiência nos serviços (caros) que são prestados.

A maioria dos estados e municípios está em virtual falência, com excesso de pessoal ativo em áreas intermediárias da burocracia. Os gastos com pessoal extrapolam todos os limites legais e consomem recursos que deveriam ser destinados às atividades essenciais, como saúde, educação e segurança. O lobby das corporações do funcionalismo, no entanto, construiu uma muralha jurídica que impede demissões até por inoperância no setor público.

Assim, servidores concursados, com estabilidade garantida após três anos, só perdem o cargo mediante infindável processo administrativo ou por sentença judicial transitada em julgado. A Constituição prevê ainda outra possibilidade, a da avaliação de mérito, mas até hoje isso ão foi regulamentado.

A premissa corporativa de que é inequívoca a alta qualificação do serviço público simplesmente não corresponde aos fatos. Não há aferição e reconhecimento de mérito na carreira, por isso não se distingue o funcionário de desempenho sofrível, que custa em dobro ao contribuinte.

É preciso cumprir a Constituição, que impõe parâmetros de produtividade e qualidade ao funcionalismo. O Senado abriu o debate e deveria avançar, celeremente, em outros aspectos dessa modernização, fundamental ao Estado brasileiro.


22 de julho de 2019
Editorial O Globo

A VERDADE SOBRE O SITE THE INTERCEPT BRASIL

ONU DIVULGA RELATÓRIO DA FOME NA AMÉRICA LATINA

DEEP STATE APOSTA NO "QUANTO PIOR, MELHOR" PARA QUEIMAR TRUMP ATÉ AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

ARÁBIA SAUDITA PEDE AÇÃO CONTRA O IRÃ

RÚSSIA COM SÉRIOS PROBLEMAS ECONÔMICOS E POLÍTICOS, SUGERE QUE PRAZO DE PUTIN ESTÁ VENCENDO

DA RENÚNCIA DE BENTO XVI AO PROBLEMA DO IRÃ: UM BREVE "DIÁRIO DOS SINAIS" - PARTE 01

17 MORTOS EM EXPLOSÃO DE CARRO-BOMBA NA SOMÁLIA


O ataque foi reivindicado pelos islamitas do grupo terrorista Al-Shabaab, afiliado à Al-Qaeda.

Pelo menos 17 pessoas morreram e 28 ficaram feridas em uma explosão de carro-bomba, nesta segunda-feira (22), perto de um posto de segurança na estrada de acesso ao aeroporto de Mogadíscio, capital da Somália.

O motorista tentou furar o bloqueio e explodiu perto de um hotel. Segundo informações de um oficial de segurança presente na área, o local é bastante movimentado.

O ataque foi reivindicado pelos islamitas do grupo terrorista Al-Shabaab, afiliado à Al-Qaeda, que geralmente realizam esse tipo de ataque no país africano, informa a agência AFP.

Os terroristas foram expulsos de Mogadíscio em 2011, mas ainda controlam vastas áreas rurais, de onde lançam ataques suicidas contra alvos do governo.

Confira algumas imagens do resgate às vítimas do ataque:


22 de julho de 2019
renova mídia

POR QUE JAIR BOLSONARO FALA TANTO?

Arroubos de nacionalismo, grosseria e preconceito fazem barulho

Uma das tantas questões que perseguem o não eleitor de Jair Bolsonaro nos últimos meses é o que pensam neste momento os que o elegeram. De um lado, movido pela raiva de estádio que experimentamos atualmente, está pronto para perguntar se os bolsonaristas já se arrependeram. Por outro, questiona a si mesmo se há vida inteligente no pensamento do presidente ou se ele é apenas outro governante insensato a atazanar sua existência.

A biruta de Bolsonaro atende, claro, aos movimentos que o levaram ao Planalto. Dizer que o país vai falir sem a reforma da Previdência ou que terá mais emprego sem a multa de 40% do FGTS faz parte do adestramento liberal a que se submeteu desde que Paulo Guedes, abandonado por Luciano Huck, caiu em seu colo na corrida eleitoral.

Obedece à mesma lógica a defesa intransigente de uma agenda tão paroquial como variada, reflexo de quem começou pescando voto em qualquer lugar. De armas a licença para matar de policiais, de rosa e azul a transgêneros, de radares a cadeirinha, de pesca oceânica a agrotóxicos.

Bolsonaro fala o que a turma quer ouvir, como qualquer político, mas diariamente vai além. Na ânsia de mostrar que seu governo tem sentido, antecipa medidas a ponto de quase inviabilizá-las, vide o caso do saque do FGTS. Ou promete medidas tão específicas que geram desconfiança, como o filho chapeiro e, portanto, embaixador.

Sinais inequívocos de despreparo para o cargo? Tática diversionista para tirar o foco dos problemas reais? Elaborado comportamento para se manter em polêmica, realimentar a ira da matilha digital e manter aceso seu projeto de poder?

Todas as hipóteses parecem válidas e não impressiona que façam barulho arroubos de nacionalismo, grosseria e preconceito. A resposta a jornalistas estrangeiros sobre a Amazônia e a fala sobre “governadores paraíba” são só os últimos exemplos.

Bolsonaro fala o que pensa. Esse é o problema.


22 de julho de 2019
José Henrique Mariante
Engenheiro e jornalista, é secretário-assistente de Redação da Folha, onde trabalha desde 1992
Folha de SP

ADVOGADOS ACUSAM PRESIDENTE DA OAB DE ATACAR A LAVA JATO



Advogados dizem que presidente da OAB tem usado a entidade para atacar a Lava Jato.

O Movimento Advogados do Brasil divulgou um novo manifesto, desta vez para repudiar as declarações do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

Segundo o movimento, Santa Cruz “continua usando a instituição para manifestar seu posicionamento político pessoal, atacando a maior operação de combate à corrupção, a Operação Lava Jato”.

Em entrevista à revista Época, no último sábado (20), o presidente da OAB atacou o juiz federal Marcelo Bretas e afirmou que “a Lava Jato do Rio tem inovado porque ela é quase um partido político”.

Segundo O Antagonista, o manifesto do movimento de juristas recebeu mais de 115 assinaturas até o momento.

No início deste mês, a Associação de Advogados e Estagiários do Estado do Rio de Janeiro (AAEERJ) entrou com representação pedindo o afastamento do presidente Santa Cruz
A causa do pedido são mensagens consideradas ofensivas postadas pelo advogado nas redes sociais.

22 de julho de 2019
renova mídia