Bolivarianos deixam ONU contra Temer. VAI COMEÇAR A TERCEIRA GUERRA?! |
Após tomar um país que sempre viveu em paz, Temer corre o risco de provocar um grande conflito contra os bolivarianos e seus estilingues.
As delegações das super-potências ̶r̶e̶g̶i̶o̶n̶a̶i̶s̶ mundiais Venezuela, Equador, Costa Rica, Cuba, Bolívia e Nicarágua, todos países bolivarianos, saíram do salão da ONU quando Michel Temer, seguindo o protocolo, abriu os trabalhos com um discurso do presidente brasileiro.
O protesto foi contrário ao impeachment constitucional, com amplo direito à defesa etc etc etc de Dilma Rousseff. Tais delegações consideram que o impeachment é golpe, que rasgaram a Constituição, que não existe mais democracia no Brasil, que pedalada não é crime, que Dilma fumou, mas não tragou e aquela papagaiada toda.
Quando uma opinião sua é a mesma das delegações de Venezuela, Equador, Costa Rica, Cuba, Bolívia e Nicarágua, governados caudilhos farsescos que mantém países ricos em recursos naturais com Índices de Desenvolvimento Humano patinando abaixo de países tribais em guerra civil na África, é sugerível mudar de opinião. Mesmo a respeito de temas universais, como água, comida, oxigênio e outros.
Se as chefias de patrulhamento internacional das ditaduras mais sanguinárias do continente, a Venezuela de Nicolás Maduro e a Cuba de Raúl Castro, colônia e metrópole bolivarianos, protestam contra alguém por ser ilegítimo ou o que quer que aleguem, nosso grau de apreço pelo político em si, antes mesmo de saber quem é, já aumenta uns bons bocados.
Mas seria interessante perguntar a Raúl Castro por que ele protesta contra Michel Temer. Perguntar sobre eleições, por exemplo. Se o exemplo nos países bolivarianos já é gasto, Os Castro, incluindo Raúl, são mais gastos ainda e continuam na ativa, existindo de verdade, mandando e desmandando na vida de 11 milhões de pessoas de verdade. Pelas contas mais ortodoxas, Michel Temer recebeu 54,5 milhões de votos a mais do que Raúl Castro. Os heterodoxos, nem mesmo afirmando que não votaram em Temer, ousam fazer o cômputo.
Ser repudiado por ditadores de tal quilate mortífero é o maior elogio que Michel Temer pode receber. Nem mesmo Ronald Reagan deve ter conseguido discursar na ONU e fazer com que tudo quanto é tiranete malcheiroso se retirasse do recinto em sinal de protesto. Era para ganhar um Nobel da Paz ali na hora, só pela conquista.
Tudo simbólico, claro. O discurso de Michel Temer, afinal, mostra por que era vice de Dilma Rousseff: elogia “refugiados”, crendo que vítimas de um terremoto no Haiti e muçulmanos em disputa interna são equivalentes; elogiou o horrendo acordo nuclear com o Irã, que futuramente poderá definir a maior guerra que o mundo já enfrentou; enalteceu o “acordo de paz” que transforma as FARC em partido político e ainda recebendo dinheiro do trabalhador colombiano; pede a criação de um “Estado palestino” sem falar quem o presidirá (pelo andar da carruagem, outro grupo terrorista que irá se retirar do recinto quando o vice do PT falar).
É o vezo de todos aqueles desacostumados com o modus operandi dos partidos de esquerda: em nome do bom-mocismo, defendem quem irá apunhalá-los alguns minutos depois. Ou, no mundo moderno, degolá-los. A esquerda, que deveria enaltecer Temer, é justamente quem o critica – porque não quer apenas um projeto, quer também que ela própria o aplique. Ainda que seja o mesmo.
Isso tudo, para sorte de Michel Temer, não sai em manchetes de jornais contaminados pela hegemonia de pensamento único dos moldes bolivarianos: fica-se apenas com os batendo o pézinho.
Algo a se preocupar? Um conflito de tal magnitude, envolvendo 7 países de tal importância geopolítica, deve ser um evento histórico extraordinário, a coisa mais importante do século. Livros de História narrarão o evento, que sempre terá uma pergunta no vestibular dedicada a ele. Michel Temer contra os bolivarianos.
A nossa única esperança no momento é que a Bolívia ainda não convocou a poderosa Marinha Boliviana e apontou seus canhões para o Mato Grosso.
Para quem já está estocando comida e, sobretudo, papel higiênico caso a Venezuela avance com seu exército bolivariano diretamente para nossas geladeiras, podemos pegar o mapa-múndi no tabuleiro de War e entender.
Tudo o que os bolivarianos até agora puderam fazer, cynaramenezesmente, foi falar. Ou “retirar o embaixador” (mas nem a Bolívia levou muito a sério, preferindo dar pra trás e declarar que só o convocou para ter “informações” encontráveis em 2 minutos no Google). Algo como retirar até o exército de defesa em sinal de protesto. Não podendo atacar, só resta torcer para tirar a sorte grande nos dados para se manter inteira nas próximas eleições.
Como a esquerda na América Latina iniciou a derrocada do Foro de São Paulo de vez com o impeachment de Dilma Rousseff (a fonte de recursos do socialismo do século XXI), que iniciou a degringolada dos totalitários bolivarianos, parece que, enquanto a Bolívia não acionar sua Marinha, tudo o que teremos de toda a esquerda latino-americana até agora será mesmo um violento, ameaçador e profético… sinal de protesto.
24 de setembro de 2016
flavio morgenstem
senso incomum