"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 24 de setembro de 2016

BOLIVARIANOS DEIXAM ONU CONTRA TEMER. VAI COMEÇAR A TERCEIRA GUERRA??

Bolivarianos deixam ONU contra Temer. VAI COMEÇAR A TERCEIRA GUERRA?!

Após tomar um país que sempre viveu em paz, Temer corre o risco de provocar um grande conflito contra os bolivarianos e seus estilingues.

As delegações das super-potências ̶r̶e̶g̶i̶o̶n̶a̶i̶s̶ mundiais Venezuela, Equador, Costa Rica, Cuba, Bolívia e Nicarágua, todos países bolivarianos, saíram do salão da ONU quando Michel Temer, seguindo o protocolo, abriu os trabalhos com um discurso do presidente brasileiro.

O protesto foi contrário ao impeachment constitucional, com amplo direito à defesa etc etc etc de Dilma Rousseff. Tais delegações consideram que o impeachment é golpe, que rasgaram a Constituição, que não existe mais democracia no Brasil, que pedalada não é crime, que Dilma fumou, mas não tragou e aquela papagaiada toda.

Quando uma opinião sua é a mesma das delegações de Venezuela, Equador, Costa Rica, Cuba, Bolívia e Nicarágua, governados caudilhos farsescos que mantém países ricos em recursos naturais com Índices de Desenvolvimento Humano patinando abaixo de países tribais em guerra civil na África, é sugerível mudar de opinião. Mesmo a respeito de temas universais, como água, comida, oxigênio e outros.

Se as chefias de patrulhamento internacional das ditaduras mais sanguinárias do continente, a Venezuela de Nicolás Maduro e a Cuba de Raúl Castro, colônia e metrópole bolivarianos, protestam contra alguém por ser ilegítimo ou o que quer que aleguem, nosso grau de apreço pelo político em si, antes mesmo de saber quem é, já aumenta uns bons bocados.


Mas seria interessante perguntar a Raúl Castro por que ele protesta contra Michel Temer. Perguntar sobre eleições, por exemplo. Se o exemplo nos países bolivarianos já é gasto, Os Castro, incluindo Raúl, são mais gastos ainda e continuam na ativa, existindo de verdade, mandando e desmandando na vida de 11 milhões de pessoas de verdade. Pelas contas mais ortodoxas, Michel Temer recebeu 54,5 milhões de votos a mais do que Raúl Castro. Os heterodoxos, nem mesmo afirmando que não votaram em Temer, ousam fazer o cômputo.

Ser repudiado por ditadores de tal quilate mortífero é o maior elogio que Michel Temer pode receber. Nem mesmo Ronald Reagan deve ter conseguido discursar na ONU e fazer com que tudo quanto é tiranete malcheiroso se retirasse do recinto em sinal de protesto. Era para ganhar um Nobel da Paz ali na hora, só pela conquista.

Tudo simbólico, claro. O discurso de Michel Temer, afinal, mostra por que era vice de Dilma Rousseff: elogia “refugiados”, crendo que vítimas de um terremoto no Haiti e muçulmanos em disputa interna são equivalentes; elogiou o horrendo acordo nuclear com o Irã, que futuramente poderá definir a maior guerra que o mundo já enfrentou; enalteceu o “acordo de paz” que transforma as FARC em partido político e ainda recebendo dinheiro do trabalhador colombiano; pede a criação de um “Estado palestino” sem falar quem o presidirá (pelo andar da carruagem, outro grupo terrorista que irá se retirar do recinto quando o vice do PT falar).

É o vezo de todos aqueles desacostumados com o modus operandi dos partidos de esquerda: em nome do bom-mocismo, defendem quem irá apunhalá-los alguns minutos depois. Ou, no mundo moderno, degolá-los. A esquerda, que deveria enaltecer Temer, é justamente quem o critica – porque não quer apenas um projeto, quer também que ela própria o aplique. Ainda que seja o mesmo.

Isso tudo, para sorte de Michel Temer, não sai em manchetes de jornais contaminados pela hegemonia de pensamento único dos moldes bolivarianos: fica-se apenas com os batendo o pézinho.

Algo a se preocupar? Um conflito de tal magnitude, envolvendo 7 países de tal importância geopolítica, deve ser um evento histórico extraordinário, a coisa mais importante do século. Livros de História narrarão o evento, que sempre terá uma pergunta no vestibular dedicada a ele. Michel Temer contra os bolivarianos.

A nossa única esperança no momento é que a Bolívia ainda não convocou a poderosa Marinha Boliviana e apontou seus canhões para o Mato Grosso.

Para quem já está estocando comida e, sobretudo, papel higiênico caso a Venezuela avance com seu exército bolivariano diretamente para nossas geladeiras, podemos pegar o mapa-múndi no tabuleiro de War e entender.

A América do Sul como um todo, dominada pelos exércitos vermelhos do Foro de São Paulo da Venezuela ao Chile, mas com o exército azul retomando o Brasil, e mais Argentina e Uruguai, ninguém ganha dois exércitos a mais por rodada. Como apenas o Brasil possui dois exércitos em seu território, só ele pode atacar, enquanto todos os outros países, possuindo apenas um exército de defesa, só pode ficar na miudinha.

Tudo o que os bolivarianos até agora puderam fazer, cynaramenezesmente, foi falar. Ou “retirar o embaixador” (mas nem a Bolívia levou muito a sério, preferindo dar pra trás e declarar que só o convocou para ter “informações” encontráveis em 2 minutos no Google). Algo como retirar até o exército de defesa em sinal de protesto. Não podendo atacar, só resta torcer para tirar a sorte grande nos dados para se manter inteira nas próximas eleições.

Como a esquerda na América Latina iniciou a derrocada do Foro de São Paulo de vez com o impeachment de Dilma Rousseff (a fonte de recursos do socialismo do século XXI), que iniciou a degringolada dos totalitários bolivarianos, parece que, enquanto a Bolívia não acionar sua Marinha, tudo o que teremos de toda a esquerda latino-americana até agora será mesmo um violento, ameaçador e profético… sinal de protesto.



24 de setembro de 2016
flavio morgenstem
senso incomum

LAVA JATO: TEORI ABRE PROCEDIMENTO PRELIMINAR À INVESTIGAÇÃO COM BASE EM ACUSAÇÕES CONTRA TEMER


O final de semana promete ser tenso, pelo menos no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, mas que está sendo ocupada pelo presidente Michel Temer e sua família. As pílulas de tensão são decorrentes da decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a abertura de processo investigatório preliminar com base na delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.

O acordo de colaboração premiada de Machado é certamente a maior aberração jurídica no âmbito da Operação Lava-Jato, pois aconteceu depois de uma fracassada tentativa de delação, que não avançou por falta de dados consistentes. Sérgio Machado foi orientado a gravar conversas com as pessoas que ele acusa, lago que fica evidente na maneira quase idêntica que o delator da seguimento às conversas com os acusados.

Um dos acusados por Machado é o presidente da República, que ainda não se manifestou sobre a decisão do relator dos processos da Lava-Jato no STF. Zavascki encaminhou o caso ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que avaliará a necessidade de abertura de inquérito para investigar formalmente Michel Temer.

Na mesma petição (procedimento preliminar à investigação) são citados os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), além dos ex-senadores José Sarney e Delcídio Amaral. Fora isso, o ministro-relator determinou o desdobramento da delação de Sérgio Machado em três petições, as quais conterão menções a Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves (PSDB-MG), Valdir Raupp (PMDB-RO), José Agripino maia (DEM-RN), Cândido Vaccarezza (PT-SP), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Ideli Salvatti (PT-SC). De igual modo, caberão ao procurador-geral, nesse caso, opinar sobre a abertura de inquérito.

Os trechos da delação em que Sérgio Machado menciona nomes de pessoas sem direito a foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado, serão remetidos ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato na primeira instância do Judiciário.

Ao falar sobre o atual presidente da República, Sérgio Machado disse que recebeu um pedido de propina para reforçar o caixa da campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012. Segundo o delator, o valor combinado teria sido R$ 1,5 milhão, dinheiro que foi disponibilizado pela empreiteira Queiroz Galvão, investigada na Lava-Jato.

Em termos jurídicos a acusação contra Temer é fraca, mas é ainda pior em termos probatórios. Isso porque, de acordo com o que consta no depoimento de colaboração premiada, “o contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro na forma de doação oficial para a campanha de Chalita; que ambos acertaram o valor, que ficou em R$ 1,5 milhão”.

Se o contexto a que se referiu o delator foi apenas um eventual pedido de apoio financeiro à campanha de Chalita, por vias legais ou não, fica difícil incriminar alguém com base em um depoimento que não encontra respaldo em fatos conexos. Isso faz com que a delação perca força, dando subsídios à defesa dos acusados.

No caso de Gabriel Chalita ter registrado a mencionada doação na contabilidade de campanha, a acusação de Machado cai por terra. Mesmo que o delator afirme que o pagamento foi propina travestida de doação oficial de campanha. Se o pagamento de fato existiu e aconteceu por meio de caixa 2, sem qualquer tipo de comprovação e desprovido de qualquer prova acessória, Sérgio Machado terá problemas no escopo do seu acordo de colaboração.

No pedido de homologação da delação de Sérgio Machado encaminhado ao STF, em 12 de maio passado, o procurador fez menções ao nome de Michel Temer, que na ocasião ocupava a Presidência da República na condição de interino. Janot ressaltou no documento que Temer é uma das autoridades com foro privilegiado sobre as quais a delação traz detalhes.

Em seguida, o PGR listou os eventuais crimes existentes a partir da delação do ex-presidente da Transpetro: organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, “com envolvimento do vice-presidente da República, de senadores e deputados federais”.

Em qualquer investigação séria, conduzida por autoridades minimamente responsáveis, Sérgio Machado sequer seria ouvido pela segunda vez. A não ser que a delação está acompanhada de documentos e informações que comprovem, direta ou indiretamente, as acusações.

24 de setembro de 2016
ucho.info

HOMENAGEM AOS INCANSÁVEIS PROCURADORES FEDERAIS DA LAVA JATO


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Dallagnol deixou tudo explicadinho, nos mínimos detalhes…
Mais importante do que conhecer é reconhecer. Sim, os fatos narrados na longa dissertação do procurador Deltan Dallagnol são ofensivos, são impróprios, são intoleráveis por toda consciência bem formada. Sim, foram duras aquelas palavras e podemos dizer como os discípulos a Jesus: “Quem as pode ouvir?”. Ora, se o cidadão comum se sente assim ao ver desvelada com crueza substantiva e adjetiva a ampla organização criminosa que saqueava o país, imagino o desconforto que as denúncias causam a quem vê exibida em público a face hedionda do objeto de sua devoção.
A entrevista ainda estava em curso e já começavam os protestos. “Essas coisas não são feitas assim!”, clamavam uns. “O Ministério Público foi longe demais!”, exaltavam-se outros. “A acusação deve simplesmente anunciar que encaminhou a denúncia e jamais produzir libelos públicos!”, professoravam certos escolados. Mesmo entre os que concordavam com a narrativa da acusação, havia quem reprovasse a contundência do discurso.
No entanto, quanta lógica na decisão que os procuradores da operação Lava Jato tomaram! E com quanta admiração ouvi e acolhi sua iniciativa!
O BOM COMBATE – Há mais de dois anos, pondo em risco a própria segurança, no torvelinho da maior investigação criminal da história do país, eles combatem os poderes das trevas que atuam no topo da nossa ordem política, econômica e judiciária. Contrariam interesses hegemônicos. Seus investigados têm, ao estalo dos dedos, todo o dinheiro de que possam necessitar para quanto lhes convenha e todas as facilidades para agir fora e acima da lei.
Não bastasse isso, Dallagnol e seus colegas enfrentam, também, o carisma de Lula, as milícias de João Pedro Stédile, Guilherme Boulos e Vagner Freitas, e o escudo protetor que a prerrogativa de foro proporciona aos principais indiciados da operação.
Eles ouviram centenas de testemunhas. Setenta indiciados relataram seus crimes e informaram o que sabiam. Empilharam dezenas de milhares de provas, relatórios e documentos. A repetição das fórmulas evidenciou rotinas consolidadas ao longo dos anos. Os crimes eram revelados e confessados pelos beneficiários, pelos autores e por seus operadores. Bilhões de reais estão sendo devolvidos e reavidos.
OS CORRUPTOS REAGEM – O Brasil que não é comprado com depósitos na Suíça nem com pratos rasos de lentilha, louva a ação da Lava Jato e aplaude Sérgio Moro. Mas sabemos todos e sabem ainda melhor os procuradores que, assim como na italiana operação Mãos Limpas, o Congresso Nacional pode aprovar projetos que já tramitam e tornam inócuas suas apurações e denúncias. Sabem que seus inimigos agem no entorno e no interior do STF, dentro e fora do governo.
Se o leitor entendeu, há de ter visto que estão aí, devidamente alinhadas, grossas fatias do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. E se entendeu completamente, reconhecerá o imenso serviço que aquela coletiva prestou à Nação, com sacrifício e risco pessoal dos procuradores federais.
Não sei o que acontecerá nos próximos dias, mas quis escrever este artigo antes de o sabermos.

24 de setembro de 2016
Percival Puggina

COM UMA LERDEZA ABSURDA, DELAÇÃO DE MACHADO ENFIM AVANÇA UM "POUQUINHO"


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Charge do Edra (chargesdoedra.blogspot.com)
A delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, foi fatiada pelo ministro Teori Zavascki e vai gerar ao menos quatro novos procedimentos dentro do Supremo Tribunal Federal (STF), que podem dar origem a inquéritos. A decisão atende pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou ao relator da Lava Jato na Corte o desmembramento dos termos que vão de 10 a 13 da delação de Machado em petições autônomas.
Os trechos fatiados têm menções ao presidente da República, Michel Temer, ao ex-presidente José Sarney, a senadores do PMDB, a políticos do PSDB, PP e PT e a ex-ministros de Estado, como Romero Jucá, Henrique Eduardo Alves e Ideli Salvatti. As petições autônomas normalmente constituem a fase anterior aos pedidos de abertura de inquérito ou de solicitação de arquivamento de algum trecho da apuração. Ainda não há como saber, portanto, quais fatos e nomes serão objeto de pedido de inquérito pela PGR. A delação de Machado foi homologada por Teori Zavascki em maio.
OBSTRUÇÃO E ACORDÃO – Entre os termos de colaboração que foram fatiados está o anexo denominado pelos investigadores de “obstrução e acordão”. É o termo de depoimento número 10, no qual são abordadas as conversas gravadas por Machado com o ex-presidente José Sarney, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). A divulgação dos áudios fez com que Jucá tivesse que deixar o Ministério do Planejamento. Os áudios, divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo, apontavam para um possível pacto cujo objetivo seria parar a operação Lava Jato. Machado detalha aos investigadores como decidiu gravar os parlamentares após ser alvo de busca e apreensão e os bastidores das conversas.
As gravações deram suporte ao pedido de prisão oferecido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o deputado cassado Eduardo Cunha e os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros. Janot também pediu que o ex-presidente José Sarney fosse monitorado por meio de tornozeleiras eletrônicas. Após o vazamento do pedido, o ministro Teori Zavascki negou as solicitações de prisão do MPF.
AÉCIO EM FURNAS – Já o termo de número 11 diz respeito à eleição para Presidência da Câmara dos Deputados nos anos 2000 e a relação do atual senador Aécio Neves com Dimas Toledo, apontado por Machado, como apadrinhado de Aécio em Furnas. Machado detalha em seu depoimento como uma articulação permitiu que Aécio fosse eleito presidente da Câmara. Segundo o delator, os valores amealhados para essa disputa foram distribuídos entre parlamentares e saíram dos cofres de empreiteiras, entre elas a Camargo Corrêa, e da Furnas, via Dimas Toledo.
No depoimento de número 12, Machado detalha repasses de recursos ilícitos efetuados por ele a diversos parlamentares e cita Temer. Segundo o delator, em setembro de 2012, teve um encontro com Temer na Base Aérea de Brasília na qual o atual presidente informou que estava com problemas para financiar a campanha de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo. De acordo com Machado, o pedido de Temer foi cumprido por meio de uma doação oficial da Queiroz Galvão ao diretório Nacional do PMDB. Ainda segundo o depoimento, Machado teria ligado para Temer assim que confirmou que a doação seria realizada.
R$ 100 MILHÕES – Também é nesse depoimento que Machado afirma ter repassado cerca de R$ 100 milhões para o PMDB oriundo de comissões ilícitas angariadas com contratadas da Transpetro.

Além de Temer, são citados: Candido Vacarezza (PT), Edson Santos (PT), Francisco Dornelles (PP), Garibaldi Alves (PMDB), Jandira Feghali (PT), Henrique Eduardo Alves (PMDB), Agripino Maia (DEM), Ideli Salvatti (PT), Jorge Bittar (PT) e Valdir Raupp (PMDB).
ACORDO JBS E PT – No caso do depoimento de número 13, cujo conteúdo o ministro Teori Zavascki autorizou desmembramento e autuação em procedimento autônomo, as declarações dizem respeito ao suposto acordo narrado por Machado entre a empresa JBS, da família Batista, e o PT para distribuir doações eleitorais a senadores do PMDB. Seriam contemplados os senadores Renan Calheiros, Jader Barbalho, Romero Jucá, Eunício Oliveira, Vital do Rêgo, Eduardo Braga, Edson Lobão, Valdir Raupp e Roberto Requião. Esse é um dos depoimentos em que Machado cita o presidente Michel Temer.
Segundo o ex-presidente da Transpetro, a notícia sobre a doação a senadores não foi bem recebida pelo PMDB da Câmara que se queixou ao então vice-presidente Temer. Após a reclamação, Temer reassumiu a presidência do partido “visando controlar a destinação dos recursos do partido”.
INVESTIGAÇÕES – Além do fatiamento, a PGR solicitou mais duas providências com relação à colaboração de Machado e de três filhos do ex-presidente da Transpetro: a inclusão de nove termos da delação em um inquérito já aberto que investiga o presidente do Senado, Renan Calheiros e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) e a remessa de parte dos depoimentos ao juiz Sérgio Moro, no Paraná. Os trechos que reforçam a investigação contra Renan são referentes à Transpetro. A parte da delação encaminhada a Moro serve para embasar investigação que não inclui autoridades com foro privilegiado. Todos os pedidos da PGR foram atendidos por Teori Zavascki, em despacho desta quinta-feira, 22.
FALA JANOT – Ao pedir as providências ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destaca o contexto de crimes mencionados na delação de Machado. “Os fatos se desdobram em múltiplos contextos, vinculados sobretudo à empresa Transpetro S/A, subsidiária integral da Petrobras S/A presidida pelo colaborador de 2003 a 2014; alcançam também, diretamente, a própria Petrobras S/A. Esses contextos incluem a prática de crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, nos seguintes âmbitos temáticos principais: obtenção por empregado público de alto escalão de vantagens indevidas junto a empresas que tinham contratos com empresa estatal federal e repasse de parte da propina para políticos em exercício de mandato eletivo; pormenorização da mecânica de repasse de vantagens indevidas na forma de doações oficiais; funcionamento e modus operandi da organização criminosa investigada na Operação Lava Jato e obstrução em curso da Operação Lava Jato”, escreveu Janot.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG  – A decisão de Teori mostra a inaceitável lerdeza do Supremo, que não tem a menor condição de investigar nada. Enquanto a Lava Jato avança em Curitiba e Brasília, nas mãos da nova geração do Judiciário, a velha geração senta em cima dos inquéritos e processos, que caminham decididamente para a prescrição. Ciente dessa realidade, o falso delator Sérgio Machado, um espertalhão de marca maior, descumpriu o acordo de colaboração e nem em prisão domiciliar está, vejam a que ponto de impunidade e esculhambação chegamos. O assunto é importantíssimo, teremos de voltar a ele.(C.N.)

24 de setembro de 2016
Deu em O Tempo
(Agência Estado)

MANTEGA, O HOMEM DA MALA SABE TUDO

Cascais, Portugal - A Lava Jato acertou na veia prendendo Guido Mantega, mas, infelizmente, movido por sentimento humanitário, o juiz Sergio Moro revogou a prisão do ex-ministro da Fazenda de Lula. É uma pena, pois Mantega, que ficou quase dez anos no cargo nos governos petistas, tem muita coisa para falar sobre a corrupção do partido e o dinheiro que ele desviou das empresas públicas para a candidatura dos ex-presidentes. Mantega, como se sabe, foi o responsável pela derrocada econômica do Brasil e um dos principais lobistas da indústria automobilística. Além disso, atuou diretamente no perdão das dívidas de bilhões de reais de grandes empresas sonegadoras da Receita Federal.

Eike Batista, ao depor para os procuradores da Lava Jato, não deixou dúvidas sobre a participação de Mantega nas mutretas petistas. Disse, com todas as letras, que Guido Mantega solicitou que ele colaborasse com 5 milhões de reais para a campanha da Dilma. Mais da metade dessa fortuna, segundo Eike, chegou às mãos do marqueteiro João Santana e da sua mulher Mônica, no exterior, a pedido do ex-ministro no período pós-eleitoral.

O depoimento de Eike levou Guido para a prisão, mas ele não chegou a testar o chão frio da cela nem dormir numa cama de cimento porque o juiz Sergio Moro compadeceu-se do fato da mulher dele está se submetendo ao tratamento de câncer no hospital Albert Einstein.

Mais uma vez, os ministros do STF divergiram quanto a prisão. Gilmar Mendes, o contestador, falou que o ato foi “constrangedor”. Já Celso Melo não viu exagero na decisão de Sergio Moro de pedir a prisão do ex-ministro. Segundo o decano do STF, um dos mais respeitados do tribunal, mandado de prisão não escolhe local ou hora para ser executado, portanto, nada foi ilegal, tudo constitucional, como reza a lei.

Apesar da divergência dos dois ministros do STF, o fato é que a prisão de Mantega já deveria ter acontecido há mais tempo, desde que a PF provou a sua participação na operação Zelotes que tinha como objetivo “anistiar” multas bilionárias de empresários sonegadores. Mantega e também Palocci foram ministros da Fazenda danosos à nação, irresponsáveis, incompetentes e intermediários de dinheiro sujo para as campanhas do Lula e da Dilma. Palocci, inclusive, foi denunciado por um caseiro por promover bacanais em uma casa de luxo em Brasília, alugada com dinheiro público. Nas duas vezes em que deixou o ministério foi por envolvimento em atos de corrupção.

Os petistas, mais uma vez, estão indignados com as decisões dos procuradores da Lava Jato. No caso da prisão de Mantega, o presidente do partido, o fundamentalista Rui Falcão, falou em um ato desumano, seguido por Lula que trilhou o mesmo caminho para condenar a prisão. Ora, sejamos menos hipócritas: ao decretar a prisão de Mantega ninguém sabia que a mulher dele no mesmo dia estaria fazendo exames pré-operatórios, portanto, nem os procuradores nem a Polícia Federal cometeram algum ato de truculência. E a reparação foi imediata: Moro, por compaixão cristã, revogou a prisão do marido quando soube da enfermidade da mulher.

A prisão de Mantega pode levar a Lava Jato a puxar o fio do novelo que falta para esclarecer a ligação de Lula com Eike. O ex-presidente virou lobista de luxo do empresário e foi visto várias vezes na companhia dele depois que largou o governo. Em uma dessas aparições, ele viajou no avião de Eike para vistoriar seus empreendimentos financiados com dinheiro subsidiados do BNDES. Lula também ajudou o bilionário a conseguir grandes obras da Petrobrás com contratos e licitações fraudulentas. No depoimento aos procuradores, Eike deixa claro que contribuiu para as campanhas do PT. Citou apenas os R$ 5 milhões. Falta revelar o montante das propinas distribuídas nos mais de dez anos para alimentar o PT no poder. Os procuradores esperam que o Eike abra o jogo se não quiser passar o resto dos dias na cadeia.

Agora, como evangélico, o empresário precisa confessar seus pecados se quiser alcançar o reino do céu.



24 de setembro de 2016
Jorge Oliveira

AS GRAVAÇÕES QUE COMPROVAM A FRAUDE DE R$ 2 BILHÕES NA FUNCEF

Documentos e áudios obtidos por ISTOÉ revelam como diretores do fundo de pensão da Caixa, pressionados por dirigentes petistas, entre eles o ex-tesoureiro João Vaccari, aprovaram investimentos prejudiciais à instituição que beneficiaram aliados e a OAS, de Léo Pinheiro, implicada no Petrolão

UM NOVO ESQUEMA
Carlos Caser, diretor-presidente da Funcef, ao lado de Léo Pinheiro, da OAS, e João Vaccari (à dir), ex-tesoureiro do PT: ação entre amigos

Aguirre Talento
ISTOÉ

Operação greenfield
Segundo os procuradores, o núcleo político da organização criminosa influenciava os diretores dos fundos de pensão
CLIQUE PARA AUMENTAR

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*Ouça os áudios obtidos por ISTOÉ

Aparelhados pelos partidos políticos durante a era petista, os fundos de pensão das estatais e empresas federais se tornaram alvo de uma megainvestigação da Procuradoria do Distrito Federal sobre desvios de recursos que lesaram os aposentados em R$ 8 bilhões.
Trata-se da Operação Greenfield, que cumpriu, no último dia 5, um conjunto de 28 mandados de condução coercitiva, sete de prisões temporárias e 106 de buscas e apreensão. ISTOÉ obteve com exclusividade as gravações que fundamentaram a operação.
Os áudios referem-se a reuniões de diretores da Funcef – órgão que administra a previdência complementar da Caixa e foi comandado por executivos indicados e ligados ao PT, acumulando um prejuízo de ao menos R$ 2 bilhões.
O material explosivo revela a total negligência com os recursos dos aposentados e indica uma clara atuação de dirigentes da Funcef no sentido de honrar acertos políticos.
Para a PF, há fortes indícios de que o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, atualmente preso pela Lava Jato, esteja por trás das operações fraudulentas aprovadas pela cúpula da Funcef. As suspeitas também recaem sobre o ex-ministro da Casa Civil de Dilma, Jaques Wagner.
Um dos beneficiários do esquema, segundo as investigações, foi o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, ligado ao PT, a Lula e a Jaques Wagner.

Segundo o Ministério Público, os R$ 400 milhões aplicados
pela Funcef na OAS viraram pó: passaram a valer R$ 117,5 mil

A postura observada nas reuniões é escandalosa: diretores dão o aval aos investimentos mesmo admitindo não terem lido todos os documentos, autorizam aportes sem saber de onde a Funcef vai tirar dinheiro e passam por cima de riscos considerados graves por executivos do órgão, como a existência de dívidas tributárias e trabalhistas de uma empresa que demandava recursos do fundo.
Em comum, nos encontros de diretores da Funcef, há o fato de os presidentes do Fundo de Pensão dos servidores da Caixa, indicados pelo PT, sempre defenderem a liberação dos recursos, a despeito dos reiterados alertas feitos pelos seus diretores.
São eles, em dois momentos administrativos distintos da Funcef: Guilherme Lacerda e Carlos Alberto Caser, ambos ligados ao PT. Os dois e outros cinco gestores do fundo foram presos temporariamente durante a Operação Greenfield. Depois de prestarem depoimento, deixaram a cadeia.
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A PF destaca três reuniões como as mais emblemáticas para demonstrar a existência de negociações prejudiciais à Funcef, feitas única e exclusivamente para cumprir acordos políticos: a que selou aportes de R$ 400 milhões na OAS Empreendimentos, a que confirmou investimentos de R$ 1,2 bilhão em três anos na Invepar (braço da OAS na área de transportes) e a que ratificou a aplicação de R$ 17 milhões no FIP Enseada, a fim de reerguer a Gradiente.
Naquele momento, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro pressionava a cúpula petista pelo aval aos negócios de seu interesse. Nas mensagens extraídas do celular do empreiteiro, há referências à atuação de Jaques Wagner e Vaccari na Funcef. Em julho de 2013, quando o caso estava sob discussão, Léo Pinheiro escreveu para o acionista da OAS Antônio Carlos Mata Pires: “Como foi na Funcef?
O nosso JW [Jaques Wagner] me perguntou”. Ao que Pires respondeu: “Ótimo. Foi aprovado para contratação do avaliador, Deloitte. Agora, precisaremos de JW [Jaques Wagner] na aprovação final”. Em outra conversa pelo celular, Léo Pinheiro diz que pela Funcef estaria tudo certo, mas adverte César Mata Pires, dono da OAS, que poderia haver problemas na aprovação do negócio pela Caixa. Segundo a mensagem,
Carlos Borges, diretor da Funcef, havia ligado para Pinheiro preocupado com a questão. Quem também telefonou para agendar um encontro foi João Vaccari. Ao fim, o investimento foi aprovado. “Não esqueça de me reservar uma vaga de officeboy nesse arranjo político. Afinal com a sua influência junto ao Galego e o Lula, vc é o CARA”, atesta Carlos Borges, da Funcef, em mensagem encaminhada a Léo Pinheiro em 2014.
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Sinal verde à fraude

Para a PF, a pressão que precedeu a aprovação do negócio explica o conveniente “descuido” na hora de aprovar os investimentos que deram prejuízos à Funcef. A reunião da diretoria da Funcef para sacramentar o investimento na OAS Empreendimentos ocorreu em novembro de 2013. O aporte seria feito em duas parcelas de R$ 200 milhões.
Os diretores não sabiam de que fonte orçamentária sairia o segundo aporte. Mesmo assim, deram o sinal verde para a operação. Isso gerou longos embates na reunião, que durou 1 hora e 23 minutos. Nas conversas, o então diretor de Planejamento e Controladoria da Funcef, Antônio Bráulio de Carvalho, faz uma autocrítica e alerta para o risco de faltar dinheiro para honrar os compromissos: “A gente não presta muita atenção na política de investimentos e não faz as discussões nos momentos que têm que ser feitos.
Se eu aprovo R$ 200 milhões aqui pro ano que vem, se chegar outro investimento também que não está previsto… se chegar outro que não tá previsto, o que vou fazer? Nós estouramos a liquidez”. Um outro participante da reunião, não identificado, faz outra ressalva: “Vai ter que vencer isso, de onde sai o dinheiro. Não dá pra investir R$ 400 milhões, ou R$ 200 milhões, e falar ‘ah não sei de onde’”. No final da reunião, o diretor-presidente Carlos Alberto Caser, indicado pelo PT, rebate as críticas e sustenta que não deveriam deixar de aprovar o negócio só porque não estava previsto na política de investimentos.
Para ele, a fonte dos recursos seria resolvida posteriormente. “Depois de termos gastado um ano de discussões, contratando uma consultoria que custou R$ 500 mil, foi cara pra dedéu. Negociamos blá blá blá blá blá blá. Agora [para quê] eu vou submeter isso (…) burocraticamente à política de investimentos, tendo um retorno bom?”, afirmou Caser. Ao fim, a Funcef aprovou o negócio. Segundo o Ministério Público Federal, os milhões investidos viraram pó: valiam apenas R$ 117,5 mil em dezembro de 2015.

Depois de analisar os depoimentos, o MP agora quer acesso às delações
premiadas da Lava Jato. A intenção é identificar o elo entre os esquemas


A vez dos fundos de pensão: No último dia 5, a PF apreendeu documentos em 106 escritórios
Gestão temerária

Outro investimento na OAS de R$ 1,2 bilhão, o chamado FIP Invepar, foi aprovado sem relatórios da análise jurídica e de conformidade – que avalia o cumprimento a determinadas regras. É o que revela o áudio da reunião ocorrida em 20/10/2008, com duração de 37 minutos. No encontro, o diretor de Planejamento e Controladoria, Antônio Bráulio, discorda da pressa na aprovação: “Em termos de coerência fica complicado. Como é que um diretor de conformidade e controle pode aprovar uma coisa sem ter analisado anteriormente?”.
Coube mais uma vez a um diretor-presidente ligado ao PT, neste caso Guilherme Lacerda, intervir para garantir o negócio: “(…) Eu queria também fazer um apelo, é um apelo, é um esforço muito grande o investimento que a gente tá, pode dar errado (…) mas é um investimento que vinha pensado aqui muitas vezes, na perspectiva de ter uma valorização grande”.

O terceiro caso que chamou a atenção dos investigadores envolveu a aprovação do investimento de R$ 17 milhões no FIP Enseada, um fundo constituído para reerguer a antiga Gradiente, mergulhada em dívidas trabalhistas e tributárias. De novo os diretores resolveram passar por cima dos riscos que envolviam o negócio para agradar ao então presidente da empresa, Eugênio Staub, que havia declarado apoio a Lula na eleição. Logo ao apresentar o projeto, o diretor de investimentos Demósthenes Marques adverte: “A gente tá entrando em um negócio que é de nível de risco maior do que a grande maioria”.
Bráulio, por sua vez, classifica de “preocupante” a possibilidade de as dívidas da empresa provocarem perdas à Funcef. A exemplo do episódio anterior, em que avalizou um negócio altamente temerário com o único objetivo de atender demandas políticas, o presidente Guilherme Lacerda banca o aporte. Atribui as advertências a “fofocas de jornal” e diz que o fato de o dono da Gradiente ter anunciado apoio ao Lula não pesaria em sua decisão. Pesou.

“Estou tranquilo em relação às posições que adotei na Funcef porque as informações que tinha à época levariam qualquer gestor a ter a mesma postura”, disse Lacerda por meio de seu advogado. Não é o que pensam os investigadores.
Para eles, as negociações ocorriam “em conjunto com autoridades políticas que tinham clara ascendência sobre os diretores dos fundos de pensão”. Vaccari integraria o chamado núcleo político do esquema e, segundo a PF, “possivelmente concorreu” para que fosse aprovado o investimento na OAS “em detrimento do patrimônio da Funcef”.
O próximo passo do procurador Anselmo Henrique é destrinchar ainda mais a relação desse núcleo político com os fundos de pensão. Nos últimos dias, foram analisados os depoimentos prestados no último dia 5.
Agora, o MP quer acesso a delações da Lava Jato. Na última semana, empresas alvo da operação firmaram acordos com o MP para depositar valores em juízo e ficarem livres de medidas restritivas. A OAS devolveu R$ 240 milhões. Ainda é muito pouco perto do bilionário prejuízo amargado pelos aposentados da Caixa.

Foto: Pedro Ladeira/Folhapressclique para aumentar

24 de setembro de 2016
in resistência democrática

TCU QUER BLOQUEAR BENS DE DILMA


Fabio Fabrini, do Estadão, obteve parecer da área técnica do TCU que pede a responsabilização de Dilma Rousseff e dos integrantes do conselho de administração da Petrobras que aprovaram a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas.

Além de Dilma, estão na lista Antonio Palocci, José Sérgio Gabrielli, os empresários Cláudio Haddad e Fábio Barbosa, além do general Gleuber Vieira. O TCU quer que todos sejam solidários na restituição aos cofres públicos de US$ 266 milhões, cerca R$ 860 milhões.

O pedido de bloqueio ainda será submetido ao Ministério Público de Contas e, depois, será levado a plenário.



24 de setembro de 2016
in o antagonista

DELAÇÃO LIGA RENAN E EX-PREFEITO DE MACEIÓ A ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NA MERENDA

MÁFIA DA MERENDA
TESTEMUNHA-BOMBA RELATA ACERTO DE PROPINA PARA CÍCERO ALMEIDA


O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) voltou a ser citado como figura central de mais um escândalo de corrupção e pagamento de propina, a partir do depoimento de um ex-integrante do grupo empresarial de São Paulo que foi pivô do escândalo da Máfia da Merenda paulista.

Genivaldo Marques dos Santos é o ex-funcionário da SP Alimentação que detalhou para o Ministério Público do Estado de São Paulo o sistema de pagamentos de propina a diversas prefeituras no País, que envolvia o nome de Renan. A revelação foi feita em reportagem da revista IstoÉ, que circulou nesta sexta-feira (23).

Citado como o “homem da mala” e operador do presidente do Senado, Milton Lyra não é a única pessoa próxima a Renan citada no esquema de entrega da propina. O ex-prefeito de Maceió e deputado federal Cícero Almeida (PMDB) é citado por Genivaldo como integrante do esquema. Conhecido como Ciço, o parlamentar é candidato a prefeito de Maceió apoiado por Renan e pelo governador Renan Filho (PMDB). O ex-deputado João Lyra também foi relacionado entre os beneficiários das propinas.

De acordo com a revista, o delator disse ao MP paulista que os repasses saíam do superfaturamento do contrato para fornecimento de merenda às escolas municipais de Maceió, à época em que o ex-prefeito conhecido como Ciço comandava o Poder Executivo da capital alagoana. 
“A propina paga a Milton Lyra e outros era de 15% sobre o valor pago pela Prefeitura de Maceió à SP Alimentação. O dinheiro [papel moeda] era entregue quinzenalmente no município de São Paulo, na sede da SP Alimentação, a Milton Lyra”, disse Genivaldo.

A investigação avança na tentativa de descobrir se o dinheiro da propina foi efetivamente recebido por Renan.
RENAN E SEU APADRINHADO CÍCERO ALMEIDA.
Escola da propina

A reportagem do jornalista Aguirre Talento relatou que uma das formas de pressionar o então secretário da Educação de Maceió para ampliar a terceirização da merenda de mais escolas materializou-se em dois pagamentos de R$ 25 mil, em abril e em maio de 2006. 
Os dados foram encontrados por investigadores em uma planilha e foram traduzidos pelo depoimento de Genivaldo Marques dos Santos.

O repasse foi feito sob a rubrica “despesa de inauguração de escola”, para disfarçar o real objetivo de ampliar o alcance da máfia, que somente atingia cerca de 30 escolas maceioenses.

Insatisfação e o terno azul

Chamou a atenção da reportagem o relato de Genivaldo sobre detalhes como a roupa que o lobista costumava vestir ao ir receber o dinheiro da propina. Mas além de relatar que Milton Lyra voava de jatinho particular para ir São Paulo recolher a propina, geralmente vestido em um terno azul, o delator citou diretamente o envolvimento do então prefeito Cícero Almeida no acerto.

Genivaldo falou ao MP de São Paulo sobre uma reunião no Hotel Ritz, de Maceió, entre o então prefeito e o dono da SP Alimentação, Eloizo Durães. 
Na ocasião, o afilhado político de Renan estaria insatisfeito por não receber sua parte de propina, chamada de “retorno” por ser o desvio de uma parte do contrato da merenda. 
Neste momento do depoimento, entra em cena o ex-deputado federal alagoano João Lyra, ex-aliado de Renan e padrinho político de Cícero Almeida.

“Ficou sabendo por Eloizo Durães que o prefeito Cícero Almeida foi informado de que o valor do ‘retorno’ estava sendo entregue a Milton Lyra, para que este repassasse a João Lyra. 
Eloizo disse que Cícero determinou que o pagamento do ‘retorno’ fosse feito diretamente a este. Depois dessa reunião, contudo, foi feito ainda um último pagamento a Milton Lyra, que foi chamado à sede da SP Alimentação para ser comunicado da insatisfação de Cícero Almeida”, disse Genivaldo.

Evidências da relação

A partir de indícios de que Milton Lyra intermediava a entrega de propina de empresa a Renan e seus aliados peemedebistas no Senado, a casa do lobista e suas empresas foram alvo de mandados de busca e apreensão obtidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e cumpridos pela Polícia Federal em 1º de julho.

Tudo reforçado pela delação premiada em que um ex-diretor da Hypermarcas, Nelson Mello, revelou que repassou R$ 26 milhões em propina para Renan e os peemedebistas por meio de Milton Lyra.

Outro lado

Milton Lyra encaminhou nota à IstoÉ em que disse que “não conhece o referido ‘suposto delator’. São falsas as inferências”. Senador Renan não comenta o caso. E a assessoria de imprensa do candidato Cícero Almeida encaminhou a seguinte nota ao Diário do Poder:

“Sobre denúncia veiculada pela revista IstoÉ, tendo como origem uma suposta delação premiada, o candidato Cícero Almeida, através de seus advogados, informa que desconhece por completo a tal delação e seu conteúdo. 
Não tendo como se posicionar sobre o que não sabe. Mesmo assim, adianta que nunca manteve nenhum contato ou tratativa com ninguém, nos temas e termos sugeridos pela matéria. 
Ao mesmo tempo, manifesta sua profunda estranheza e indignação com a ebulição de denúncias ‘surgidas’ às vésperas da eleição. Não serão ardis que o afastarão do seu foco em trabalhar pelo povo de sua Maceió”, diz a nota de Ciço.


24 de setembro de 2016
diário do poder

FATOS MUITO ESTRANHOS NA PRISÃO DEMANTEGA


Muito mistério ainda cerca o caso Guido Mantega. Lava Jato está de olho. Foto: DP by Marcos Bezerra AE

A estranha chegada do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega às 4h30 da madrugada no Hospital Albert Einstein, onde sua mulher faria um procedimento não explicitado, provocou a desconfiança de setores da Lava Jato, em Curitiba, sobre eventual vazamento da 34ª fase da operação. 
A suspeita é a ida de Mantega ao hospital pode ter sido planejada, e o objetivo seria provocar uma “comoção” com a prisão. 
Mantega parecia preparado para ser preso: usava casaco pesado, boné e até cavanhaque, truques de disfarce.
Oficialmente, Mantega acompanhou sua mulher para internação no hospital, às 4h30, com objetivo de se preparar para o “procedimento”.
“Nem paciente do SUS precisa chegar aqui às 4h30 para qualquer coisa”, diz um desconfiado funcionário do Albert Einstein.
Se a PF concluir que há elementos suficientes para estabelecer a suspeita vazamento, um inquérito deve ser aberto para apurar.

24 de setembro de 2016
in aluizio amorim

FUNDO DE PENSÃO DA CAIXA FOI LESADO PELOS PETISTAS EM R$ 2 BILHÕES, PELO MENOS



Falta muita gente na capa, inclusive Jaques Wagner
Aparelhados pelos partidos políticos durante a era petista, os fundos de pensão das estatais e empresas federais se tornaram alvo de uma megainvestigação da Procuradoria do Distrito Federal sobre desvios de recursos que lesaram os aposentados em R$ 8 bilhões. Trata-se da Operação Greenfield, que cumpriu, no último dia 5, um conjunto de 28 mandados de condução coercitiva, sete de prisões temporárias e 106 de buscas e apreensão. IstoÉ obteve com exclusividade as gravações que fundamentaram a operação. Os áudios referem-se a reuniões de diretores da Funcef – órgão que administra a previdência complementar da Caixa e foi comandado por executivos indicados e ligados ao PT, acumulando um prejuízo de ao menos R$ 2 bilhões.
O material explosivo revela a total negligência com os recursos dos aposentados e indica uma clara atuação de dirigentes da Funcef no sentido de honrar acertos políticos.
VACCARI E WAGNER – Para a PF, há fortes indícios de que o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, atualmente preso pela Lava Jato, esteja por trás das operações fraudulentas aprovadas pela cúpula da Funcef. As suspeitas também recaem sobre o ex-ministro da Casa Civil de Dilma, Jaques Wagner. Um dos beneficiários do esquema, segundo as investigações, foi o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, ligado ao PT, a Lula e a Jaques Wagner.  Segundo o Ministério Público, os R$ 400 milhões aplicados pela Funcef na OAS viraram pó: passaram a valer R$ 117,5 mil
A postura observada nas reuniões é escandalosa: diretores dão o aval aos investimentos mesmo admitindo não terem lido todos os documentos, autorizam aportes sem saber de onde a Funcef vai tirar dinheiro e passam por cima de riscos considerados graves por executivos do órgão, como a existência de dívidas tributárias e trabalhistas de uma empresa que demandava recursos do fundo.
Em comum, nos encontros de diretores da Funcef, há o fato de os presidentes do Fundo de Pensão dos servidores da Caixa, indicados pelo PT, sempre defenderem a liberação dos recursos, a despeito dos reiterados alertas feitos pelos seus diretores. São eles, em dois momentos administrativos distintos da Funcef: Guilherme Lacerda e Carlos Alberto Caser, ambos ligados ao PT. Os dois e outros cinco gestores do fundo foram presos temporariamente durante a Operação Greenfield. Depois de prestarem depoimento, deixaram a cadeia.
ACORDOS POLÍTICOS – A PF destaca três reuniões como as mais emblemáticas para demonstrar a existência de negociações prejudiciais à Funcef, feitas única e exclusivamente para cumprir acordos políticos: a que selou aportes de R$ 400 milhões na OAS Empreendimentos, a que confirmou investimentos de R$ 1,2 bilhão em três anos na Invepar (braço da OAS na área de transportes) e a que ratificou a aplicação de R$ 17 milhões no FIP Enseada, a fim de reerguer a Gradiente. Naquele momento, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro pressionava a cúpula petista pelo aval aos negócios de seu interesse. Nas mensagens extraídas do celular do empreiteiro, há referências à atuação de Jaques Wagner e Vaccari na Funcef. Em julho de 2013, quando o caso estava sob discussão, Léo Pinheiro escreveu para o acionista da OAS Antônio Carlos Mata Pires: “Como foi na Funcef? O nosso JW [Jaques Wagner] me perguntou”.
Ao que Pires respondeu: “Ótimo. Foi aprovado para contratação do avaliador, Deloitte. Agora, precisaremos de JW [Jaques Wagner] na aprovação final”.
APROVAÇÃO NA CAIXA – Em outra conversa pelo celular, Léo Pinheiro diz que pela Funcef estaria tudo certo, mas adverte César Mata Pires, dono da OAS, que poderia haver problemas na aprovação do negócio pela Caixa. Segundo a mensagem, Carlos Borges, diretor da Funcef, havia ligado para Pinheiro preocupado com a questão. Quem também telefonou para agendar um encontro foi João Vaccari. Ao fim, o investimento foi aprovado.
“Não esqueça de me reservar uma vaga de officeboy nesse arranjo político. Afinal com a sua influência junto ao Galego e o Lula, vc é o CARA”, atesta Carlos Borges, da Funcef, em mensagem encaminhada a Léo Pinheiro em 2014.
Para a PF, a pressão que precedeu a aprovação do negócio explica o conveniente “descuido” na hora de aprovar os investimentos que deram prejuízos à Funcef. A reunião da diretoria da Funcef para sacramentar o investimento na OAS Empreendimentos ocorreu em novembro de 2013. O aporte seria feito em duas parcelas de R$ 200 milhões. Os diretores não sabiam de que fonte orçamentária sairia o segundo aporte. Mesmo assim, deram o sinal verde para a operação. Isso gerou longos embates na reunião, que durou 1 hora e 23 minutos.
HOUVE ALERTA – Nas conversas, o então diretor de Planejamento e Controladoria da Funcef, Antônio Bráulio de Carvalho, faz uma autocrítica e alerta para o risco de faltar dinheiro para honrar os compromissos: “A gente não presta muita atenção na política de investimentos e não faz as discussões nos momentos que têm que ser feitos. Se eu aprovo R$ 200 milhões aqui pro ano que vem, se chegar outro investimento também que não está previsto… se chegar outro que não tá previsto, o que vou fazer? Nós estouramos a liquidez”.
Um outro participante da reunião, não identificado, faz outra ressalva: “Vai ter que vencer isso, de onde sai o dinheiro. Não dá pra investir R$ 400 milhões, ou R$ 200 milhões, e falar ‘ah não sei de onde’”.
“RETORNO BOM” – No final da reunião, o diretor-presidente Carlos Alberto Caser, indicado pelo PT, rebate as críticas e sustenta que não deveriam deixar de aprovar o negócio só porque não estava previsto na política de investimentos. Para ele, a fonte dos recursos seria resolvida posteriormente.
“Depois de termos gastado um ano de discussões, contratando uma consultoria que custou R$ 500 mil, foi cara pra dedéu. Negociamos blá blá blá blá blá blá. Agora [para quê] eu vou submeter isso (…) burocraticamente à política de investimentos, tendo um retorno bom?”, afirmou Caser. Ao fim, a Funcef aprovou o negócio. Segundo o Ministério Público Federal, os milhões investidos viraram pó: valiam apenas R$ 117,5 mil em dezembro de 2015.
GESTÃO TEMERÁRIA – Outro investimento na OAS de R$ 1,2 bilhão, o chamado FIP Invepar, foi aprovado sem relatórios da análise jurídica e de conformidade – que avalia o cumprimento a determinadas regras. É o que revela o áudio da reunião ocorrida em 20/10/2008, com duração de 37 minutos. No encontro, o diretor de Planejamento e Controladoria, Antônio Bráulio, discorda da pressa na aprovação: “Em termos de coerência fica complicado. Como é que um diretor de conformidade e controle pode aprovar uma coisa sem ter analisado anteriormente?”.
Coube mais uma vez a um diretor-presidente ligado ao PT, neste caso Guilherme Lacerda, intervir para garantir o negócio: “(…) Eu queria também fazer um apelo, é um apelo, é um esforço muito grande o investimento que a gente tá, pode dar errado (…) mas é um investimento que vinha pensado aqui muitas vezes, na perspectiva de ter uma valorização grande”.
REEGUER A GRADIENTE… – O terceiro caso que chamou a atenção dos investigadores envolveu a aprovação do investimento de R$ 17 milhões no FIP Enseada, um fundo constituído para reerguer a antiga Gradiente, mergulhada em dívidas trabalhistas e tributárias. De novo os diretores resolveram passar por cima dos riscos que envolviam o negócio para agradar ao então presidente da empresa, Eugênio Staub, que havia declarado apoio a Lula na eleição.
Logo ao apresentar o projeto, o diretor de investimentos Demósthenes Marques adverte: “A gente tá entrando em um negócio que é de nível de risco maior do que a grande maioria”. Bráulio, por sua vez, classifica de “preocupante” a possibilidade de as dívidas da empresa provocarem perdas à Funcef.
A exemplo do episódio anterior, em que avalizou um negócio altamente temerário com o único objetivo de atender demandas políticas, o presidente Guilherme Lacerda banca o aporte. Atribui as advertências a “fofocas de jornal” e diz que o fato de o dono da Gradiente ter anunciado apoio ao Lula não pesaria em sua decisão. Pesou.
CLARA ASCENDÊNCIA – “Estou tranquilo em relação às posições que adotei na Funcef porque as informações que tinha à época levariam qualquer gestor a ter a mesma postura”, disse Lacerda por meio de seu advogado. Não é o que pensam os investigadores. Para eles, as negociações ocorriam “em conjunto com autoridades políticas que tinham clara ascendência sobre os diretores dos fundos de pensão”.
Vaccari integraria o chamado núcleo político do esquema e, segundo a PF, “possivelmente concorreu” para que fosse aprovado o investimento na OAS “em detrimento do patrimônio da Funcef”.
O próximo passo do procurador Anselmo Henrique é destrinchar ainda mais a relação desse núcleo político com os fundos de pensão. Nos últimos dias, foram analisados os depoimentos prestados no último dia 5. Agora, o MP quer acesso a delações da Lava Jato. Na última semana, empresas alvo da operação firmaram acordos com o MP para depositar valores em juízo e ficarem livres de medidas restritivas. A OAS devolveu R$ 240 milhões. Ainda é muito pouco perto do bilionário prejuízo amargado pelos aposentados da Caixa.

24 de setembro de 2016
Aguirre Talento
IstoÉ

MINISTRA GRACE DESMONTA ESQUEMA ANTICORRUPÇÃO QUE MEDINA CRIOU NA AGU


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Becker moveu ação de R$ 12 bilhões contra empreiteiras
O comportamento da nova ministra-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Grace Mendonça, está confirmando as denúncias de seu antecessor Fábio Medina Osório, que há duas semanas afirmou ter sido pressionado pelo ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, para que a AGU não processasse políticos envolvidos na Lava Jato, cujos inquéritos já foram concluídos no Supremo, entre os quais há três parlamentares do PMDB – os senadores Renan Calheiros e Valdir Raupp e o deputado Anibal Gomes, denunciado como operador de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, na corrupção da Petrobras.
EXONERAÇÃO FORÇADA – Para desmontar o esquema de combate à corrupção montado por Medina Osório, a ministra Grace Mendonça forçou o pedido de exoneração do procurador-geral da União junto à AGU, Rodrigo Becker, responsável pelo ajuizamento das ações de improbidade contra a OAS, a Queiroz Galvão e empresas consorciadas, com pedido de restituição de R$ 12 bilhões.
Baseadas nas investigações da Lava Jato, essas ações foram ajuizadas em maio na Justiça Federal do Paraná e provocaram o primeiro abalo na relação de Fabio Medina com Eliseu Padilha, cuja demissão chegou a ser anunciada na mídia.
BECKER É REFERÊNCIA – Convidado por Medina Osório para conduzir as ações destinadas a repor aos cofres públicos os recursos desviados na Lava Jato, Rodrigo Becker tem excelente trânsito nos tribunais superiores. Sua gestão à frente da Procuradoria-Geral da União vinha sendo extremamente elogiada pelos advogados da AGU, que pela primeira vez estavam sendo acionados para se integrar ao combate à corrupção política e empresarial, aberto pela Lava Jato.
Responsável por respaldar os procuradores da União que atuam em Curitiba, Becker exerce forte liderança na Procuradoria Geral da União, tendo se tornado uma referência nesta importante carreira pública. Foi ele quem procedeu ao ajuizamento da ação contra as empreiteiras em que a AGU cobrou cerca de 12 bilhões de reais, em maio deste ano, iniciativa que provocou a ira de Eliseu Padilha, que tentou demitir Medina Osório, não conseguiu e armou uma campanha difamatória com apoio da Secretaria de Imprensa do Planalto, para enfraquecer o então ministro-chefe da AGU.
TUDO PARADO… – Ao assumir o cargo, Grace Mendonca deixou claro que não pretendia contar com Roberto Becker em seu time e passou a pressionar para que ele apresentasse um pedido de exoneração. E foi o que o procurador da União fez.
Detalhe final: na AGU, seria Becker quem examinaria os inquéritos da Lava Jato já liberados pelo ministro-relator Teori Zavascki, cujo acesso até o momento Grace Mendonça não obteve. De início, alegou que não conseguia um HD externo para copiar os documentos no Supremo, mas depois simplesmente esqueceu o assunto, sem se preocupar em criar uma desculpa mais adequada.
E tudo isso comprova que Eliseu Padilha passou mesmo  controlar a AGU. Portanto, os políticos corruptos podem ficar tranquilos, porque não haverá processos de improbidade contra eles.

24 de setembro de 2016
Carlos Newton