"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

PT PREVÊ 2o.TURNO E DIZ QUE AS MELANCIAS VÃO SE ASSENTAR NO CAMINHÃO. SERÁ?


 
A entrada de Marina Silva na disputa presidencial rompe a lógica de polarização da campanha entre PT e PSDB. Com 19,6 milhões de votos obtidos na eleição presidencial de 2010, quando disputou pelo PV e ficou com quase 20% dos votos válidos, Marina coloca o PSB no páreo por um lugar no segundo turno.
 
Nem PT, nem PSDB, porém, pretendem transformá-la em alvo de ataques durante o primeiro turno, não só na tentativa de manter um bom relacionamento para o segundo turno, mas também para aguardar que diminua a comoção gerada pela morte de Eduardo Campos e possam mensurar o efeito da tragédia na atração de votos para Marina.
 
Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB, afirma que a presença de Marina Silva terá um impacto muito maior da campanha eleitoral do PT do que na campanha do tucano Aécio Neves.
 
- O Campos (Eduardo Campos) não era parte da disputa real. Ele não tinha mais como subir. Ela (Marina) tem um recall imenso da última eleição e representa bem mais do que o Eduardo o desânimo com a política - disse Goldman, que comparou a imagem de Marina à de Madre Tereza de Calcutá.
 
Na avaliação de Goldman, Marina Silva vai quebrar a linha de raciocínio das últimas campanhas petistas, que buscavam transformar o embate numa disputa de pobres contra ricos, num embate contra uma suposta elite que representa atraso e retrocesso.
 
- Não tem mais polarização entre PT e PSDB - afirmou.
 
Ele afirmou que o PSDB não deve mudar sua campanha e continuará se colocando como oposição ao PT.
 
- Nosso inimigo se chama Dilma, Lula e PT. Nossa campanha é contra ele, oferecendo uma alternativa. Irá para o segundo turno quem oferecer a melhor alternativa. Só existe um candidato de situação.
Os demais são oposição e, mais do que derrotar o atual governo, é preciso discutir quem é o melhor para governar, quem tem mais experiência e capacidade de montar alianças - afirmou.
 
Um dos atributos que o PSDB pretende acentuar na campanha de Aécio Neves é a capacidade de aglutinar forças para governar com mais eficiência.
Na avaliação de Goldman, ao contrário do PSDB, que continua a centrar fogo contra o inimigo de sempre, o PT terá de enfrentar uma candidata que já esteve na legenda e saiu por discordar dela e que é crítica em relação ao atual governo. No lugar de ter um único opositor, o PT terá de enfrentar dois.
 
- O segundo turno está decidido: vai ter - diz Goldman.
Edson Aparecido, chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, afirma que o posicionamento que o PSDB irá tomar em relação à candidatura de marina depende da oficialização pelo PSB, o que deverá ser feito no decorrer da semana. Lembrou ainda que o presidente estadual do PSB em São Paulo, Márcio França, é vice na chapa de reeleição de Geraldo Alckmin.
 
- Vamos esperar primeiro o PSB fazer o seu rearranjo na disputa para depois nos posicionarmos. No caso de São Paulo temos uma relação harmoniosa com o PSB, que é vice na disputa em São Paulo - afirmou
 
Já o secretário de comunicação do PT, José Américo, afirmou que o principal adversário continua a ser Aécio Neves (PSDB) e que, no caso da nova candidata do PSB, será adotado um tom de respeito, até pela sua proximidade com alguns políticos petistas.
 
- É com o Aécio Neves que vamos polarizar. Ela será tratada com respeito. Mas eleição é eleição. Se ela for para o segundo turno, vamos destacar as nossas diferenças, mas não será uma polarização - explicou.
 
Marina Silva fez parte do PT entre 1985 e 2009, quando deixou o partido para se filiar ao PV. Chegou a ser ministra do Meio Ambiente do governo Lula entre janeiro de 2003 e maio de 2008.
 
Na avaliação de Américo, o PT vai continuar a insistir que a candidatura do tucano é a que representa o atraso e o conservadorismo para o país. No entanto, para ele, ainda é cedo para fazer qualquer avaliação sobre o efeito de Marina na campanha, o que só será possível entre dez e quinze dias, com a divulgação das primeiras pesquisas eleitorais após alguns dias de campanha eleitoral na TV, que tem início na próxima terça-feira.
 
- Eu acho ainda que está muito cedo para definir qualquer coisa. O cenário mais provável é de vitória da Dilma do primeiro turno - afirmou.
 
Na avaliação de Florisvaldo Costa, secretário de Organização do PT, encarregado de fazer o mapa das alianças nos estados, diz que não acredita que a candidatura de Marina Silva seja tão impulsionada pela comoção causada pela morte de Campos.
 
- A Marina Silva continua sem palanque nos estados, sem uma boa estrutura de campanha, e a tendência é perder palanques que eram do Eduardo Campos. Mas quem vai ter o primeiro problema é o Aécio Neves.
Ele é que terá de olhar para frente e para o retrovisor. No nosso caso, faremos a defesa do nosso projeto de governo e isso não significa buscar um inimigo - afirmou.
 
Em São Paulo, o PT deverá priorizar sua campanha na Região Metropolitana de São Paulo, onde a presença do partido é forte, e em municípios onde Dilma aparecerá ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como São José do Rio Preto, Campinas, São José dos Campos, Presidente Prudente e Jales.
 
Na Grande São Paulo, a ideia é contar com as prefeituras administradas hoje pela legenda, como Guarulhos, Diadema, Osasco e Carapicuíba.
 
- Vamos esperar. As melancias vão se assentar no caminhão. Não é um mar de rosas, deve ter segundo turno - opina Aparecido Silva, secretário de comunicação do PT-SP.
 
 
18 de agosto de 2014
in aluizio amorim

DATAFOLHA "BOCA DE VELÓRIO" DESMONTA CAMPANHA PETISTA

 

Dilma, João Santana e Lula: estratégia da campanha com o pé na cova.

E agora, João Santana? E agora, Dilma? E agora, Lula? E agora, PT?
Todo o discurso do "nós contra eles" caiu por terra com a entrada de Marina Silva no páreo. Ela passa a ser mais um adversário e fez parte do governo Lula, durante anos. Tem DNA petista.
 
Se a campanha do PT ficar atacando o PSDB, Marina sobe, vai para o segundo turno e leva os votos tucanos. Como mostrou a pesquisa "boca de velório" do Datafolha que saiu hoje, a ex-petista costuma levar 100% dos votos da floresta. É a Marina correntão. Não esquecer, também, que todo o discurso marineiro é de alternativa à "polarização", é de "terceira via".
 
Pior de tudo: não dá para espalhar boato de que a antiga seringueira vai acabar com a Bolsa Família ou que é da elite branca e cheirosa de Higienópolis, com aquela cara de Madre Teresa do Xapuri.
 
A verdade é que o marqueteiro vai ter que mudar o discurso petista na última hora. Tudo o que fizeram até agora está morto e sepultado pela trágica ascensão de Marina Silva.
 
18 de agosto de 2014
in coroneLeaks

LÍDER DO PMDB DECLARA VOTO EM AÉCIO. DILMA "SÓ DÁ CERTO NA ALBÂNIA" , DIZ ELE.


 
 
Ex-líder do governo Dilma Rousseff, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) fez críticas à gestão da petista e declarou voto no candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. Em palestra em Roraima para economistas, Jucá disse que votará no tucano porque é o nome com "um pouco mais de condição de mudar a linha de pensamento que não combina com o Brasil". 
 
"Na minha avaliação, temos que mudar o rumo econômico que o Brasil está tomando. A gente tinha duas opções de voto, o Aécio e o Eduardo. Hoje perdemos uma. Eu não quero influenciar ninguém, mas vou declarar o meu. Vou votar no Aécio", afirmou. Apesar de integrar o partido de Michel Temer (PMDB), candidato a vice na chapa de Dilma, Jucá disse que o governo do PT "falha ao pender para a linha ideológica" e adota um modelo econômico que dá certo na "Albânia e no Cazaquistão", mas não no Brasil.
 
"A Dilma tem um discurso socialista e a prática dela é socialista. Você tem um governo ideológico na forma de comandar a economia. Ideologia, centralização, estatização, não combina com capitalismo. Isso dá certo na Albânia, Cazaquistão e alguns lugares onde a visão é outra. No caso do Brasil, nós temos que ter estabilidade e uma boa perspectiva", afirmou. Convidado a falar sobre política e economia, Jucá fez as críticas durante palestra no Conselho Regional dos Economistas de Roraima. A palestra ocorreu na semana passada, no dia da morte de Eduardo Campos (13). O conselho gravou o áudio do encontro, que foi divulgado pelo site "Rede Brasil Atual". 
 
Por meio de sua assessoria, Jucá confirmou o que disse na palestra, mas afirmou que não comentaria suas declarações. Na palestra, Jucá disse que, como economista, não votará no governo Dilma Rousseff por discordar das ações de sua área econômica. O peemedebista chegou a falar em "tarifaço" que ocorrerá no país se a petista for eleita em outubro. 
 
"Estamos vivendo um momento de grande dificuldades e definições. Eu fui líder do Fernando Henrique, do Lula e do começo do governo da Dilma. Mas sou economista. E vou dizer a vocês com muita sinceridade: do jeito que o governo está tocando a economia, eu não voto no PT. O Brasil não aguenta quatro anos do jeito que os caras estão levando." 
 
O peemedebista disse que o governo Lula foi diferente do de Dilma porque o petista fazia um discurso social, mas tomava medidas capitalistas, enquanto a presidente mantém a linha socialista. Também criticou alianças do governo com países como Venezuela e Argentina, além do modelo legislativo adotado pelo Palácio do Planalto. Jucá disse estar "cansado" de pegar leis do Executivo e "ter que mudar tudo". 
 
"É pouca gente ali [no Congresso] que sabe o que está fazendo. Normalmente, as pessoas votam ali sem saber. Quando você chega na Câmara então, é uma loucura", criticou. Além de ter sido líder de Dilma até 2012, Jucá também foi líder no Senado de parte do governo Lula e na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O senador também é relator do Orçamento da União de 2015, peça considerada vital para o futuro presidente do país. 

ATAQUES
 
As críticas de Jucá são reproduzidas, nos bastidores, por uma ala do PMDB insatisfeita com Dilma. Parte do PMDB considera que a presidente não dialoga com o Congresso e impõe medidas econômicas contrárias ao que defende a sigla. Em junho, o partido aprovou o apoio à reeleição de Dilma com críticas ao PT e ao governo. Foram 398 votos pela manutenção da aliança (59%) contra 275 (41%) da ala que defendia o rompimento. Em 2010, o apoio peemedebista à chapa de Dilma havia sido aprovado por 85% dos convencionais. 
 
A ala contrária a Dilma chegou a discursar contra a aliança e a distribuir panfletos em que acusa o governo de ineficiência e corrupção. Maior aliado do PT na coalizão dilmista, o PMDB possui cinco ministérios, mas reclama constantemente que seu espaço é pequeno e que não tem autonomia total nas pastas sob sua responsabilidade.
 
(Folha Poder)
 
18 de agosto de 2014
in coroneLeaks

O CASO DO MOGNO E O MARIDO DE MARINA SILVA

O CASO DO MOGNO: MARIDO DE MARINA SILVA FOI DENUNCIADO PELO DEPUTADO ALDO REBELO POR CONTRABANDO DE MADEIRA AVALIADA EM R$ 8 MILHÕES.
Marina Silva e seu marido Fábio Vaz de Lima
Durante campanhas eleitoriais sempre surgem escândalos envolvendo os candidatos. É o caso de Marina Silva cujo marido, Fábio Vaz de Lima foi acusado pelo deputado Aldo Rebelo, do PCdoB, de contrabandear um lote de 6.000 toras de mogno, uma fortuna avaliada em R$ 8 milhões.
 
A acusação ocorreu durante a votação do Código Florestal no dia 10 de maio de 2011, segundo aponta o blog Sustentabilidade do site do jornal O Estado de S. Paulo, destacando o fato nos seguintes termos:
“O impasse na votação levou a troca de insultos. Num aparte concedido pela Mesa Diretora, Aldo Rebelo reagiu a um post feito no twitter pela ex-­ministra Marina Silva, que estava no plenário.
 
“Ela disse que eu fraudei o relatório. Quem fraudou foi o marido dela, que fez contrabando de madeira”, disse o relator, em meio a gritos de “canalha, traidor, se vendeu aos ruralistas”, da bancada do PV.”
 
No dia 23 de maio de 2011, matéria do jornalista Gabriel Castro, no site da revista Veja, detalha o rumoroso caso do mogno que chegou à opinião pública pela imprensa depois que o Tribunal de Contas da União apontou irregularidades em doação de madeira feita pelo Ibana na gestão da ministra Marina Silva.
Mas em que pese as irregularidades apontadas pelo TCU, o  caso teria sido lançado no baú do esquecimento, não fosse a acusação em plenário formulada pelo deputado Aldo Rebelo contra o marido de Marina Silva.
 
Deve-se acrescentar que o comunista Rebelo fazia e faz parte da base aliada do PT no Congresso e é o ministro do Esporte do governo da Dilma. E, como não poderia deixar de ser, com a ascensão de Marina Silva à condição de candidata presidencial em decorrência da morte de Eduardo Campos, o caso do mogno já é citado intensamente pelas redes sociais. 
 
Transcrevo na íntegra a reportagem de Veja.
Leiam:
 
 
O clima tenso na tentativa de votação do Código Florestal trouxe à tona um caso ainda mal-explicado envolvendo Fábio Vaz de Lima, o marido de Marina Silva. Irritado com uma crítica da ex-senadora, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) sacou uma acusação contra Marina - e que pesa também sobre ele mesmo.
Em 2004, quando era ministro da Articulação Política, ele teria operado, a pedido da então ministra do Meio Ambiente, para derrubar no Congresso um requerimento de convocação de Lima para depoimento.
O marido de Marina Silva era acusado de envolvimento na doação de madeira clandestina apreendida na Amazônia a uma organização não-governamental.

A madeira apreendida, 6.000 toras de mogno, compunha uma carga milionária. O  Ibama repassou o material à Organização Não-Governamental Fase – que, por sua vez, entregou o material nas mãos de uma madeireira, a Cikel. Descontados os custos do processo, a companhia pagou 3,5 milhões de reais à Fase para ficar com o material. Sua contabilidade atribuiu ao mogno o valor de 8 milhões de reais.

A ligação de Fábio Vaz de Lima com o caso foi aventada porque ele era casado com a então ministra Marina Silva e havia sido o nome mais influente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), uma entidade que congrega dezenas de ONGs e tem na Fase um de seus principais integrantes. Fábio teria influenciado a decisão do Ibama, um órgão controlado pelo Ministério do Meio Ambiente.

O Tribunal de Contas da União analisou o caso e apontou irregularidades na transferência da madeira. A escolha do destinatário do material não foi justificada. O valor real das toras de mogno seria de 36 milhões, e não de 8 milhões, como apontado na prestação de contas da madeireira que adquiriu a carga.
A análise também relata que um grupamento do Exército solicitou parte da madeira para usá-la em instalações militares, mas não foi atendido.
“A doação promovida por ente público não pode ser realizada sem a devida observância dos princípios da isonomia, impessoalidade e publicidade. No caso sob exame, falhou-se nesse aspecto”, aponta o ministro relator, Humberto Guimarães Solto.


O ministro questionou também a prática de doação do material apreendido: “A atual administração do Ibama efetuou a ‘doação com encargos’ de 6.000 toras de mogno apreendido à Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional - Fase, inaugurando assim uma nova maneira de ‘esquentar’ produto de origem ilegal, e mais, atuando como agente incentivador da exploração predatória desta espécie, pois, agora, basta ‘explorar’ que o Ibama ‘apreende e doa’ para ‘entidade filantrópica’ que ‘vende’ para empresa que ‘comercializa e explora’ o mogno”.

Na ocasião, os ministros do TCU aprovaram um documento que listou uma série de recomendações ao Ibama, para evitar que os recursos fossem usados de forma inadequada pela Fase. Eles também alertaram para a necessidade de aumentar o rigor sobre os critérios de doação de cargas apreendidas.
 
Por intermédio de sua assessoria, a ex-senadora informou que todo a doação da madeira à Fase, por iniciativa do próprio Ibama, teve acompanhamento do Ministério Público Federal, que não detectou nenhum tipo de irregularidade.
 
NEGOCIAÇÕES ESCUSAS
 
A Fase afirma que o dinheiro obtido com a doação foi usado na criação de um fundo que promove atividades de preservação ambiental. Marina Silva, por sua vez, alega que o marido já havia se desligado do GTA cinco anos antes do episódio.
O presidente do GTA, Rubem Gomes, diz que não houve direcionamento na transferência do mogno: "A única organização habilitada para o intento era a Fase".

Mas, na ocasião, não faltaram denúncias de que o material apreendido envolveria negociações escusas com madeireiras. Não por acaso, as suspeitas chegaram ao Congresso Nacional. Na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, o deputado Luis Carlos Hauly (PSDB-PR) apresentou um requerimento para convidar Fábio Vaz de Lima e alguns dirigentes do Ibama para esclarecer a negociação.

Formalmente, o convite dizia respeito a outro caso: à suspeita de que o Ibama firmava convênios superfaturados com entidades, usando dinheiro obtido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Fábio Vaz de Lima seria convidado porque foi o responsável pela indicação de Atanagildo de Deus Matos, um dos acusados. Mas o temor de Marina Silva estava na denúncia de contrabando de madeira.

Foi aí que Aldo Rebelo entrou em campo. Ministro da Articulação Política, ele foi procurado por Marina para conversar com aliados e blindar Fábio Vaz de Lima. Funcionou: o requerimento foi rejeitado.

Fábio Vaz de Lima é secretário-adjunto de Desenvolvimento do Acre. Com a polêmica do Código Florestal, a ex-senadora Marina Silva e o deputado federal foram para lados opostos e o episódio voltou à tona. Mas é pouco provável que o caso ainda venha a ser esclarecido.
 
 
18 de agosto de 2014
in Aluizio Amorim

O EFEITO COMOÇÃO

Os números publicados pelo instituto Datafolha sobre as intenções de votos para a eleição presidencial, ainda sob o efeito da comoção pela morte trágica do candidato Eduardo Campos, deve ser lida com certa precaução.

O velório midiático de um jovem político, pai de cinco filhos, com um futuro promissor mexe com o emocional do eleitor médio brasileiro. Portanto não foi surpresa os índices alcançados por Marina Silva, obtendo 21% da preferência do eleitor em primeiro turno contra os 20% de Aécio Neves.
 
A candidata Dilma Rousseff manteve os mesmos 36% da pesquisa anterior, mas o seu governo subiu 6 pontos percentuais no conceito dos entrevistados. Um dado, altamente expressivo quando se trata de eleição majoritária, atinge a candidatura petista de forma quase mortal: 36% de rejeição contra 18% de Aécio Neves e 11% de Marina Silva.
Por um lado, Dilma pode se sentir confortável com a melhora de seu governo sob o olhar do eleitor, mas sob outro ângulo é preocupante que num provável segundo turno seria derrotada por Marina Silva.
 
Mas continua o registro inicial: somente mais à frente, com pesquisas fora do alcance midiático e comovente do velório de Eduardo Campos, os números serão mais confiáveis.
Outro fator que deve ser considerado é que tanto Dilma como Aécio não perderam eleitores para Marina. Os 21% da candidata do PSB saíram dos indecisos e dos que não sabiam em que votar, somados, é evidente, aos 8% de Campos.
 
Dos três candidatos Aécio é o menos conhecido, principalmente considerando que Dilma e Marina já concorreram à presidência.
 
É verdadeira a tese de que existe um recall dos votos obtidos por Marina Silva da última eleição, quando conseguiu levar o pleito para o segundo turno com os seus 20 milhões de votos. O que não é pouca coisa, é bom ressaltar. Da mesma forma é consistente a tese de que Dilma perderá eleitores no norte e nordeste do Brasil para a candidata socialista.
 
A Aécio cabe jogar com tudo nos Estados do sudeste, centro-oeste  e do sul do Brasil, para obter uma boa vantagem que diminua os votos do norte e nordeste favoráveis aos adversários. Se contra Dilma pesa aquele ar arrogante e expressão mau humorada, para Marina favorece aquela presença frágil, porém movida por um conteúdo que envolve um comportamento ético que mexe com o imaginário popular.
 
À candidatura tucana é bater na tecla de que Aécio Neves tem experiência legislativa (foi deputado e senador), foi um ótimo gestor como governador de Minas Gerais em dois mandatos e que um governo seu trará mudanças para melhorar a vida de todo o povo brasileiros, mantendo o que deu certo de governos anteriores.
 
Cabem, de forma procedente, algumas ressalvas sobre a candidata ambientalista: não se sabe bem o que pensa Marina Silva sobre o papel do Estado, pois nada do que disse até agora tem sentido quando se juntam as peças do seu discurso; até o momento desconhece-se as linhas programáticas de um futuro governo seu; a falta de quadros no PSB obrigará Marina a buscar nomes de peso de outros partidos, mas que partidos participarão desse consórcio? A candidatura de Marina Silva é uma total incógnita.
 
Curiosamente, são os eleitores com curso superior e de alta renda que alçaram a candidata ambientalista na condição de vencedora num provável segundo turno. Bateu o medo na campanha petista porque a esperança, segundo  esses eleitores letrados e com boa renda, é Marina Silva.
Lamentável que essa mesma elite que aposta na candidata do PSB não esteja procurando saber qual o modelo de Estado que Marina Silva deseja para o Brasil? Como a candidata conviverá com o agronegócio, um dos setores que ainda mantém o PIB positivo? O que o setor produtivo pode esperar do seu governo? O que a candidata pensa sobre a reforma tributária?
 
Como o modelo político brasileiro se sustenta no presidencialismo de coalizão, qual será a base parlamentar de Marina Silva para aprovar as medidas que o país necessita para voltar a crescer? Se a candidatura de Marina Silva é uma incógnita, imagine-se o que não será um governo seu com partidos políticos sem quadros governando e a falta de uma base parlamentar de sustentação política.
 
Espera-se que a equipe de Aécio Neves comece a raciocinar que antes de haver um segundo turno é necessário primeiro chegar à frente da candidata do PSB. E que fique bem certo para o candidato tucano: se Marina nas próximas pesquisas ultrapassar com certa vantagem os seus índices, é quase certo que haverá o voto útil, com os eleitores de Aécio migrando para Marina Silva.
 
18 de agosto de 2014
Nilson Borges filho

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

            Mau eleitor é um 'traficante de drogas".
 
18 de agosto de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO 2

A Tragédia da Reeleição
 

Aprovada como Emenda Constitucional em 1997 pelo Congresso, sob denúncias de compra de votos de parlamentares, a maldita reeleição tem enorme culpa pelo festival de incomPTências e roubalheiras que assolam e acabam com o Brasil. O culpado por isto, que ficará PT da vida com o julgamento da História, tem nome: Fernando Henrique Cardoso.

Graças ao segundo governo de FHC (1998-2002), que não demonstrou a mesma eficiência do primeiro (1994-1998), destruindo as bases geradas pelo Plano Real, tivemos a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva – vendido como “Salvador da Pátria” prejudicada pelo FHC taxado de “neoliberal entreguista”.

O mítico e endeusado político Lula, apesar do desgaste na imagem aposentada de “operário”, continua o Presidentro na prática... Pelo menos até se definir o destino da Dilma. Se ela vencer, vira Rainha com altas chances de destronar o antecessor. Se perder, o que é mais provável, a derrota será dela e do PT (partido que não engole a velha brizolista).

Poupado de sofrer impeachment pelo Mensalão, com a ajuda do velho amigo FHC, Lula sobreviveu e conseguiu se reeleger. Pior ainda: elegeu o “poste” Dilma Rousseff – agora com grandes chances de derrota, porém com remota chance de continuísmo. Por menor que seja, tal risco já representa uma grande ameaça ao Brasil – destruído em suas bases e valores pelo modo petista de desgovernar e pelo jeitinho petralha de corromper, roubar e locupletar os integrantes do governo do crime organizado.

O PT se moldou, cameleonicamente, ao modelo de um Brasil que tem um presidencialismo de muita força, com poderes concentrados no chefe de Estado. Na prática, um Presidencialismo Imperial. Longe de ser um Poder Moderador, o Executivo promove uma relação promíscua entre os poderes. Nesta suruba institucional, temos o Executivo autoritário que impõe normas, decretos e medidas provisórias; um Legislativo que aceita o jogo e ocupa espaços de decisão na máquina estatal; e um Judiciário que não garante a segurança do Direito e muito menos pratica a Justiça.

Nesse cenário de imposições institucionais, com desequilíbrio e atropelo entre os poderes, o petismo promove uma ocupação predatória dos espaços de poder. Usa ONGs (Organizações Não Governamentais) para aparelhar setores estratégicos da máquina estatal. Faz política como puro instrumento de pressão, protesto e reivindicação – e não a Política como a formulação do que precisa ser feito, com correção, ética e justiça, para o bem comum dos cidadãos que convivem em um país, estado ou município. Faz negócios com essa mesma voracidade, usando o dinheiro público para beneficiar seus filiados e sócios – que devolvem a grana dos “investimentos ou créditos estatais” na forma de “mensalões” aos políticos “companheiros”.

Tal modelo capimunista de aparelhamento estatal é que o famigerado Decreto 8243 deseja formalizar e institucionalizar. O Decreto 8243 é a cara do Brasil nazicomunopetralha. Parece concebido diabolicamente para marketar um modelo a ser seguido pela governança do partido-seita. O Decreto 8243 não usurpa, diretamente, as funções do Legislativo. Indiretamente, legitima a ditadura da tal “sociedade civil organizada”.

O Decreto 8243, que os aprendizes de rasputin da rainha Dilma impuseram goela abaixo do Congresso Nacional, sem qualquer discussão prévia, é puro gramscismo, com táticas de leninismo, e pitadas de stalinismo. O Decreto 8243 é a síntese do pragmatismo castrista no estilo do Foro de São Paulo. O Decreto 8243 é perfeito para consolidar o desastroso modelo capimunista, com viés pragmático fascista. “Controla e tem Hegemonia sobre o Estado a tal Sociedade Civil Organizada”.

O continuísmo petista é a perpetuação de tal modelo. A reeleição é perfeita para tal projeto. Permitida em um permissivo ambiente de politicagem, sem a menor segurança eleitoral (com um modernoso processo de votação eletrônica que não pode ser auditado), a reeleição agravou os vícios da máquina estatal brasileira. Formalmente, Dilma Rousseff é “Presidenta” da República. Mas, se lhe convém, se transforma em “candidata à Presidência” (como a Rede Globo a credita no Jornal Nacional).

O papel de Chefe de Estado no exercício do cargo não combina com a encenação demagógica exigida a qualquer candidato a cargo eletivo. Os interesses conflitam descaradamente. Dilma governa, desgoverna ou faz campanha? Ela é forçada pelos marketeiros a fazer promessas de candidata, como se não tivesse na mão a caneta do Diário Oficial, que ordena as despesas da Nação. Neste teatrinho do João Minhoca, Dilma confunde e se confunde. Não sabe quem é si mesma: presidenta ou candidata?

Voltemos às culpas e erros de FHC – um inegável intelectual orgânico, de formação marxista-leninista, na verdade um petista envergonhado que relutava em sair do armário e preferiu assumir o rótulo de social-democrata. A reeleição, que a oposição petista cansou de denunciar ter sido obtida na base da “compra de votos no Congresso”, foi uma grande cagada em um país capimunista como o Brasil: sem democracia, sem segurança do Direito e muito menos exercício da razão pública, da prática de ética republicana.

Erro maior que a reeleição foi “o acordo” ou a avaliação incorreta de poupar o ex-amigo Luiz Inácio Lula da Silva de sofrer um impeachment quando o Mensalão estourou, ainda no primeiro mandado (2003-2007), permitindo a reeleição fácil do cabra marcado para repetir a dose de Fernando Collor de Mello (forçado a jogar a toalha). Aliás, pensando bem, talvez nem se possa classificar isto de uma falha impensada.

FHC errou, mais ainda e de verdade, na omissão tucana que impediu ou atrapalhou a investigação rigorosa sobre o hediondo sequestro, tortura com sevícias e assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito petista de Santo André, que seria o coordenador financeiro da campanha de Lula.

O Presidentro deve muito ao “ex-amigo” (?) FHC – tecnicamente um dos fundadores da doutrina que inventou o partido-seita chamado PT (sigla que já foi Partido dos Trabalhadores, mas que hoje virou sinônimo de ‘Perda Total” – para o Brasil, não para seus dirigentes, que não resistem a uma devassa da Receita Federal em sua espetacular evolução patrimonial.

A reeleição não é apenas uma tragédia. Ela foi possível por causa da articulação política de um parlamentar que pretendia ser Presidente da República. FHC não teria aprovado a reeleição, sem a ajuda do hábil presidente da Câmara, o deputado federal baiano Luís Eduardo Maron Magalhães. Se não tivesse morrido de repente, em 21 de abril de 1998, aos 43 anos de idade, Luis poderia chegar ao governo da Bahia e, logo depois, sonhar com o Palácio do Planalto.

O filho querido de Antônio Carlos Magalhães já estava programado para ser o sucessor natural de FHC. Mas Luis Eduardo sofreu um infarto fulminante (enquanto praticava seu esporte predileto, que não era o jogging que a versão oficial divulgou, porém algo mais prazeroso). FHC ficou desimpedido para tentar seu segundo mandato – no qual se desgastou politicamente e abriu espaço para a persistente aventura petista.

A lembrança do filho de ACM se torna triste com a recente e trágica morte de Eduardo Campos, no desastre de jatinho de campanha no azarento dia 13 de agosto (mesma data na qual, em 2005, morreu o avô dele, o lendário Miguel Arraes). O destino foi cruel com os “Eduardos” que sonharam com o Palácio do Planalto. O Luis ainda teve a chance de assumir a presidência, em duas ocasiões, durante viagens ao exterior de FHC e do vice Marco Maciel. O Eduardo, aos 49 anos, não teve este gostinho de curtir o máximo poder federal.

Agora, vivemos várias tragédias. A da súbita partida de Eduardo, que vinha em ascensão nas pesquisas, principalmente no Nordeste, tirando votos da Dilma marcada para morrer na urna, só deve ser minorada, no curto prazo, depois do sepultamento dos restos mortais do candidato. A tragédia econômica também parece programada no horizonte perdido pela desastrosa gestão petista. E a tragédia da reeleição coloca o Brasil no risco de continuar repetindo os velhos erros de sempre.

FHC carregará para sempre a culpa desta maldita reeleição. Sua culpa poderá ser amenizada se houver um empenho maior dos tucanos para derrotar o PT. Estranhamente, fica a impressão de que não querem eleger Aécio Neves. A oposição peca, justamente, por falta de empenho oposicionista. Além disso, o PSDB apostou em uma arriscada chapa puro-sangue, no estilo “leite com café”, com Aécio e Aloísio Nunes – que não empolga o eleitorado do norte-nordeste...

A forçada saída de cena de Eduardo Campos, em tese, pode favorecer Aécio. A candidatura Marina, agora pintada como “viúva do Eduardo”, tira votos preciosos da Dilma. O agronegócio, que não engole Marina, tende a jogar tudo contra o PT, plantando grana nos tucanos. Agora, o PSB com Marina é o fiel da balança para haver ou não disputa em segundo turno eleitoral.

O Passadilma parece cada dia mais próximo, embora ela esteja bem cotada para chegar ao segundo turno. Neste cenário, Aécio Neves só perde a eleição se quiser... Precisa partir para a ofensiva e não fechar acordos de não agressão futura com os petistas – ávidos por ter um seguro contra eventuais futuras broncas judiciais...

Aécio sempre teve o apoio da Oligarquia Financeira Transnacional – que decide, de fato, as eleições no Brasil... Em 16 de maio de 2004, durante portentoso jantar na famosa Spencer House (mansão inglesa do século 18 inspirada na arquitetura grega), o banqueiro Lord Rothschild fez a previsão de que um de seus convidados de honra, o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, seria o Presidente da República do Brasil, no ano de 2010.

O neto de Tancredo Neves (outro que a morte repentina não permitiu assumir, de verdade, a Presidência da República) ainda não cumpriu a profecia do Rothschild. Ficar devendo aos controladores globalitários não parece um bom negócio... Ganhando ou perdendo, Aécio, pelo menos, já firmou um compromisso público – que só Deus sabe se poderá ou não cumprir: acabar com a reeleição, dando mais um ano de mandato ao Presidente...

Derrotar o PT é a prioridade tática no momento. No entanto, o Day-after exige muita responsabilidade. O Brasil só vai melhorar e romper com o Capimunismo se houver uma pressão real dos segmentos supostamente esclarecidos sobre os “poderosos de plantão”.

Não dá para adiar mais. Temos de fazer cumprir uma previsível agendinha sempre falada, sempre prometida, porém sempre adiada: reforma política, reforma tributária e reforma da infraestrutura (ensino, saúde, logística, energia, militar, etc).
Vamos encarar ou continuaremos vivendo de tragédias?

Releia: A Tragédia do Voto Obrigatório

Coisa de louco


Uma rapidinha no Facebook nos traz comentários altamente reflexivos, de pessoas com variadas tendências ideológicas de pensamento.

O cineasta Paulo Halm (reconhecidamente petista) provoca: “Vem cá, todo mundo ia votar no Eduardo Campos e estava sonegando informação, é isso? Depois de morto, coitado, ele virou O candidato?”.

O também cineasta Carlos Ebert, o mago da fotografia, reclama da teista crente Marina Silva que atribuiu à “providência divina” não ter embarcado no jatinho que caiu. Ebert indaga: “E porque raios a providencia divina fez com que ela não embarcasse no avião e depois matou o EC e mais seis. O que é essa tal "providencia divina"? Alguém explica?”.

Por fim, do ex-delegado Romeu Tuma Júnior, uma cena previsível, logo mais, no enterro de Eduardo Campos: “O sal de frutas está preparado para suportar a cara de bom moço do X9 no enterro de Eduardo Campos! Ele vai até chorar, podem escrever!”.

Vencendo Obstáculos


Impressões Digitais


Franco Atirador


Arruda Neles

                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
18 de agosto de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Trocas de informações com autoridades dos EUA esquentariam a CPMI do Cartel do Metrô de São Paulo

O desespero bate à porta dos petistas e desaninha os tucanos. Dilma Rousseff é ainda mais candidata a perder a reeleição. As pesquisas iniciais, post mortem de Eduardo Campos, já são fúnebres para a Presidenta. A Datafolha já indica que, nas condições atuais, em eventual segundo turno, Dilma perderia para a “viúva” Marina: 47% a 43%. Um dado agravante: Dilma tem 34% de rejeição. Aécio (18%) e Marina apenas 11%. A dúvida agora é se Marina, turbinada pela comoção gerada pela morte de Eduardo, vai se sustentar.

A pesquisa indica que Marina entra na disputa com 21% - empatada tecnicamente com Aécio Neves (20%). Dilma continua liderando com 36%. Porém, o dado mais preocupante do levantamento para os petistas é a tendência derrotista de Dilma – caindo mais que avião... Além disso, a entrada de Marina na disputa afasta aquela esperança de vitória petista no primeiro turno. O único consolo para o petismo é que, em um eventual segundo turno contra Aécio, Dilma venceria por 47 a 39%.

A forçada saída de cena de Eduardo Campos atrapalhou Dilma e, na prática, prejudicou Aécio – que não consegue decolar com facilidade. Em tese, Aécio seria o beneficiado, se conseguisse polarizar com Dilma. Curiosamente, quem tende a conseguir isso é Marina – uma política de discurso pseudoteista ecológico, sempre radical chic e que tem DNA petista. Ou seja, nesta reeleição, o nazipetralhismo parece brigar contra si mesmo e suas variações. A “oposição” funciona bem como um jatinho estolando...

Agora, vai começar a temporada de caça a Marina Silva. Os petistas apostam que ela não aguentará as pancadas. Os tucanos, perdidos, parecem mais para pombo do que para falcão... Enfim, o jogo eleitoral está recomeçando...

Apelando ao Tio Sam  
 
Finalmente, apareceu uma alternativa para turbinar as investigações relativas ao cartel do metrô de São Paulo. Havendo disposição política, poderão matar dois coelhos de uma só cajadada. Não só poderão apurar profundamente os ilícitos que originaram a CPMI como também mandarão o mais ameaçador recado às transnacionais que praticam o maior dos crimes contra a economia popular: não formem cartéis para explorarem o consumidor brasileiro porque vocês serão investigados também pelas temíveis autoridades norte-americanas.
 
Basta que os petistas – que vivem esbravejando que querem ir fundo na apuração dos fatos (o que, segundo eles, atingirá fortemente as administrações tucanas) – exijam o cumprimento do Acordo Brasil-EUA cujo objetivo é a colaboração das autoridades econômicas das duas partes. O probleminha é que, se por acaso tiverem coragem para tal ato, os petistas também podem se complicar. A turma do Tio Sam, que sabe de tudo sobre os negócios deles com a administração pública, também pode revelar um oceano de escândalos na CPI da Petrobras.
 
Novamente, quem dá esse caminho das pedras é o engenheiro João Vinhosa, antipetista que já teve inúmeros artigos sobre o assunto publicados no Alerta Total. A seguir, a íntegra da carta encaminhada por Vinhosa ao embaixador dos EUA nesta segunda-feira (18):
  
Senhor Embaixador dos EUA,
 
Recentemente, o Congresso Nacional instalou uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo de investigar o “Cartel do Metrô de São Paulo”.
 
Formado por diversas transnacionais (Alstom, Siemens, Bombardier, etc.), referido cartel tem sido investigado por vários órgãos, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal. Além disso, o Ministério Público de São Paulo, já denunciou o caso à Justiça, envolvendo 30 executivos de 12 empresas.
 
Acontece, Excelência, que o crime de formação de cartel já mereceu uma especial atenção dos governos do Brasil e dos Estados Unidos da América. A atenção foi tanta que os dois países chegaram a firmar um Acordo objetivando a cooperação de suas autoridades de defesa econômica para combater tal tipo de crime. Tal Acordo foi promulgado pelo Decreto nº 4702, de 21 de maio de 2003, e ainda se encontra em vigor.
 
Relativamente à troca de informações entre as partes, o Acordo é categórico: uma parte se compromete a notificar a outra sobre investigações que estiver realizando contra cartéis cujos integrantes atuem nos dois países. Assim, diante da existência de citado compromisso formal, lícito torna-se supor que o Brasil já notificou os EUA sobre as investigações aqui realizadas contra o Cartel do Metrô de São Paulo. Porém, tal suposição pode não ser correta. Afinal, não dá para ser desconsiderado um forte fator complicador: as desencontradas interpretações feitas por nossos operadores de direito sobre o compromisso de notificar previsto no artigo II do Acordo.
 
Para melhor avaliar o entendimento das autoridades brasileiras a respeito do compromisso de notificar previsto no Acordo, será apresentado a seguir um breve histórico do acontecido no caso do “Cartel do Oxigênio”, que, assim como o Cartel do Metrô, é integrado por diversas transnacionais que atuam tanto no Brasil como nos Estados Unidos.
 
No final de 2004, a Procuradoria Geral da República (PGR) instaurou um processo para apurar denúncia segundo a qual – por não notificar as autoridades norte-americanas a respeito das investigações aqui realizadas sobre o “Cartel do Oxigênio” – o Brasil estava descumprindo o Acordo.
 
O Relator de citado processo, Procurador Pedro Nicolau Moura Sacco, decidiu arquivá-lo, afirmando que, segundo o Acordo, a notificação era incabível. Foi a seguinte a interpretação do Procurador Pedro Nicolau: “O tratado apenas obriga as partes soberanas a notificarem uma à outra a respeito de investigações que coletem indícios de que os cartéis apurados também atuam no território da contraparte”.
 
Diante de referida decisão, foi interposto Recurso à PGR. Tal Recurso foi indeferido em abril de 2010, homologando-se o arquivamento, conforme proposto no Voto do Subprocurador-Geral da República Paulo de Tarso Braz Lucas, que entendeu “não merecer reparo o despacho de arquivamento”.
 
Em abril de 2011, o entendimento da PGR (as investigações realizadas no Brasil sobre um determinado cartel só têm que ser notificadas às autoridades norte-americanas se forem coletados indícios que seus integrantes também praticam o mesmo crime nos Estados Unidos) foi submetido à apreciação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dando origem ao processo OAB 2011.18.03263-01.
 
O Relator do processo Welber Oliveira Barral, em seu voto, cometeu um erro impressionante: partiu da falsa premissa segundo a qual a denúncia havia sido baseada em um irrelevante caso ocorrido em “licitações realizadas por dois hospitais localizados em Brasília”. E tal falsa premissa levou à falsa conclusão segundo a qual as investigações não eram relevantes para as autoridades norte-americanas.
 
Segundo Barral, por terem nossas autoridades determinado que as investigações sobre o Cartel do Oxigênio não eram relevantes para os EUA, a notificação só seria obrigatória se ficasse comprovado que integrantes do cartel estavam praticando o mesmo crime em território norte-americano. E devido ao fato de as investigações aqui realizadas não terem coletado indícios da prática de cartel nos EUA, a notificação foi considerada incabível por nossas autoridades, o que foi avalizado pelo relator Barral no âmbito da OAB.
 
Em Recurso interposto junto à OAB, ficou comprovado, de maneira absolutamente inequívoca, que a denúncia não tinha nada a ver com os citados “dois hospitais localizados em Brasília”; ela era muito mais ampla, e era da maior importância para os EUA.
 
O relator do Recurso, Cezar Britto, sequer contestou qualquer das onze razões apresentadas para comprovar que as investigações aqui realizadas eram da maior relevância para os EUA. Ele usou uma terceira e diferente razão para justificar a “não notificação”: o desinteresse dos EUA em ser notificado.
 
Ao indeferir o Recurso, o relator Britto afirmou que as autoridades norte-americanas estavam cientes do Cartel do Oxigênio, e “mesmo cientes de tais fatos, essas autoridades decidiram por não solicitar qualquer esclarecimento ou informação sobre o caso através de uma consulta. Adotar entendimento divergente do adotado pelo próprio Estado estrangeiro interessado em ser, quando cabível, notificado, não faria sentido”.
 
Excelentíssimo Embaixador, ninguém pode ter qualquer dúvida sobre a gravidade da afirmativa do relator Cezar Britto. O desinteresse das autoridades norte-americanas em informações sobre o “Cartel do Oxigênio” é altamente suspeito. Não devemos nos esquecer que os valores financeiros envolvidos são gigantescos, e “ter autoridade corrupta” não é exclusividade do Brasil.
 
Como não se interessar, considerando que as transnacionais integrantes do cartel e suas controladoras dominam, além do mercado brasileiro, os mercados dos EUA e mundial?
 
Como não se interessar, considerando que duas das quatro transnacionais envolvidas são de capital norte-americano?
 
Como não se interessar, considerando que o fato de tais transnacionais e suas controladoras já terem sido processadas e condenadas na União Européia, na Argentina e no Chile permite inferir que é altamente possível e, até mesmo, provável que tais empresas também estejam atuando de forma cartelizada em território norte-americano?
 
Como não se interessar, considerando que, por sua participação no “Cartel do Oxigênio”, a líder do mercado brasileiro – cuja totalidade de quotas pertence à norte-americana Praxair Inc. – recebeu a incrível multa de R$ 2,2 bilhões?
 
Como não se interessar, considerando que há uma inegável evidência da harmonia de procedimentos da Praxair Inc. e sua controlada no Brasil? O mais evidente exemplo é a ascensão funcional do Vice-Presidente Executivo da Praxair Inc nos EUA, Ricardo Malfitano: ele iniciou sua carreira na controlada brasileira, trabalhou algum tempo na Praxair nos EUA, retornou ao Brasil como Diretor da controlada brasileira, voltou para os EUA como Presidente da Praxair – New York, retornou ao Brasil como Presidente da controlada brasileira, deixando tal cargo para ocupar a posição de Vice-Presidente Executivo da Praxair nos EUA.
 
Como não se interessar, considerando que empresas controladas por grupos norte-americanos foram condenadas por participarem de um cartel que pratica, entre outros, o hediondo crime de fraudar licitações públicas para superfaturar contra os miseráveis hospitais públicos brasileiros?
 
Ante a realidade acima exposta, Senhor Embaixador, venho solicitar que, pondo a autoridade de seu cargo em defesa da reputação das autoridades norte-americanas e dos consumidores dos dois países parceiros no Acordo, encaminhe cópia desta carta às autoridades de defesa da concorrência que representam os Estados Unidos da América no Acordo, a saber: o Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio.
 
Cumpre esclarecer, nesta altura, que, cópia desta carta será formalmente encaminhada ao Procurador Geral da República Rodrigo Janot, ao Presidente da OAB Marcus Vinicius Coelho, ao Ministro Marco Aurélio Mello (relator do processo do Cartel do Metrô de São Paulo no STF), ao Promotor Marcelo Mendroni (responsável pelo caso no Ministério Público de São Paulo) e ao relator da CPMI no Congresso Nacional.
 
Finalizando, Excelência, informo que as controversas interpretações da PGR e da OAB foram categoricamente criticadas em dezembro de 2013 por meio do vídeo intitulado “O cartel do metrô de São Paulo e o Acordo Brasil-EUA para combater cartéis”, que foi dividido em duas partes, e tem seus links apresentados a seguir.
 
Parte 1-http://www.youtube.com/watch?v=6VSeIicsJRY 
Parte 2-  http://www.youtube.com/watch?v=yzU0Prb_nwY
 
Mal na foto

Pegou mal a foto dos três filhos mais velhos do Eduardo Campos fazendo aquele sinal do punho esquerdo cerrado, socando o ar para o alto, dos comuno-fascistas...

Ficou mais grave a simbologia do gesto - que já tinha sido feito por José Genoíno e José Dirceu quando foram presos pelo Mensalão – porque os jovens vestiam uma camisa amarela, com a frase que seria um jargão do falecido Eduardo na campanha: 
“Não vamos desistir do Brasil”...

Tudo indica que a velha esquerda caviar – e os petralhas de canhota – não desistirão mesmo...

Petistas não têm jeito...

Antes da morte do Eduardo Campos, a companheira Marina era até tolerada pelos petistas.

Desde que a viúva verde herdou o posto do falecido, os “companheiros” de ontem agora começam a meter o pau nela, encontrando mais defeitos na Marina que a turma do agronegócio que a detesta...

A sugestão é que, na campanha, Marina olhe para os 13 lados antes de atravessar a rua, só viaje de avião de carreira...

Hipocrisia política no velório
 

Editorial do Jornal do Brasil on Line resume bem a farsa da politicagem encenada ontem no velório e sepultamento de Eduardo Campos, em Recife:
A hipocrisia política atormenta a cabeça do povo brasileiro. O acidente que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos realmente faz com que a solidariedade humana seja indispensável. Não faz, contudo, com que seja indispensável também a hipocrisia política. O que se vê no velório do ex-governador chega a ser hilariante.
 
Opositores eternos de Campos, homens que fizeram campanhas violentas e ataques ferozes contra ele, no cenário nacional e no próprio estado de Pernambuco, homens que não o aceitavam como ministro do governo Lula e Dilma, hoje, estão ao lado do caixão e da família do político, como se fossem históricos amigos ou simpatizantes de Eduardo Campos.
 
O sepultamento e o velório são sagrados, momentos em que têm que imperar o respeito e o sentimento. Um tipo de solidariedade que sirva de publicidade pela imprensa ou como faturamento político é abominável. Se a solidariedade, de arrependimento ou reconhecimento, daqueles que sempre foram seus opositores realmente tiver que acontecer, que seja na intimidade sigilosa para que possa ser respeitada.
Esses que neste momento de dor, fundamentalmente da família - mãe, filhos, mulher e verdadeiros amigos -, tentam se aproveitar merecem do povo brasileiro desprezo e nojo.
 
Morto muito vivo...

 https://www.youtube.com/watch?v=7nuOCOGFEC4&feature=player_embedded

Já que o negócio é apelar para os falecidos, que tal relembrar o imortal João Ubaldo Ribeiro falando mal do Lula e da Dilma no programa Roda Viva?

Nome sempre ideal

Piadistas maranhenses, com o apoio dos companheiros petistas bem humorados, já lançam a proposta de José Sarney para vice de Marina Silva...

A primeira vantagem é que o cabra Sarney é imortal...

A segunda é que, se a cabeça de chapa cantar para subir, Sarney já está treinado como vice prontinho para assumir a Presidência...

Hipertraumatizada
 

18 de agosto de 2014 
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.