Juiz da Lava Jato oferece transferência de empreiteiros para presídio comum. E AÍ VÃO ENCARAR?
Diante das sucessivas reclamações dos empreiteiros presos na Operação Lava Jato sobre as condições a que estão submetidos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos do escândalo do petrolão na primeira instância, notificou nesta segunda-feira os advogados dos empresários para que eles se manifestem se preferem que seus clientes sejam transferidos para um presídio comum. A manifestação do juiz é uma espécie de contra-ataque à choraminga dos empreiteiros, que criticaram, por meio da imprensa, as condições das celas da PF.
As reclamações dos diretores de algumas das maiores empreiteiras do país incluem dormir em colchões no chão ou só terem à disposição camas de concreto, o uso de talheres plásticos e de uma latrina no mesmo ambiente, além do acesso restrito a alimentos. Formalmente, porém, nenhum dos empreiteiros encaminhou reclamação oficial sobre as condições da carceragem na Superintendência da PF em Curitiba.
Atualmente, estão presos preventivamente no local os empreiteiros Ricardo Pessôa (UTC Engenharia),
Eduardo Leite (Camargo Corrêa),
Dalton Avancini (Camargo Corrêa),
João Ricardo Auler (Camargo Correa),
José Ricardo Breghirolli (OAS),
Agenor Franklin Medeiros (OAS),
Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS),
José Aldemário Pinheiro Filho (OAS),
Sergio Cunha Mendes (Mendes Júnior),
Gerson de Mello Almada (Engevix) e Erton Medeiros (Galvão Engenharia),
além do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que é apontado como operador do PMDB no escândalo do petrolão.
“As celas da carceragem da Polícia Federal têm as suas limitações, já que se trata apenas de prisão de passagem, mas entendeu-se que a permanência nelas, ao invés da transferência, era do interesse dos próprios acusados”, disse o juiz Sergio Moro em seu despacho. “Diante de supostas reclamações veiculadas não a este juízo, mas à imprensa, é o caso de consultar os defensores em questão acerca do interesse dos presos na transferência para o sistema prisional estadual, ainda que para estabelecimentos reservados a presos com direito à prisão especial”, completou o magistrado.
Os advogados terão 48 horas para informar se preferem que os empreiteiros sejam levados para um presídio do Paraná.
23 de fevereiro de 2015
Laryssa Borges, de Brasília
Veja
Diante das sucessivas reclamações dos empreiteiros presos na Operação Lava Jato sobre as condições a que estão submetidos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos do escândalo do petrolão na primeira instância, notificou nesta segunda-feira os advogados dos empresários para que eles se manifestem se preferem que seus clientes sejam transferidos para um presídio comum. A manifestação do juiz é uma espécie de contra-ataque à choraminga dos empreiteiros, que criticaram, por meio da imprensa, as condições das celas da PF.
As reclamações dos diretores de algumas das maiores empreiteiras do país incluem dormir em colchões no chão ou só terem à disposição camas de concreto, o uso de talheres plásticos e de uma latrina no mesmo ambiente, além do acesso restrito a alimentos. Formalmente, porém, nenhum dos empreiteiros encaminhou reclamação oficial sobre as condições da carceragem na Superintendência da PF em Curitiba.
Atualmente, estão presos preventivamente no local os empreiteiros Ricardo Pessôa (UTC Engenharia),
Eduardo Leite (Camargo Corrêa),
Dalton Avancini (Camargo Corrêa),
João Ricardo Auler (Camargo Correa),
José Ricardo Breghirolli (OAS),
Agenor Franklin Medeiros (OAS),
Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS),
José Aldemário Pinheiro Filho (OAS),
Sergio Cunha Mendes (Mendes Júnior),
Gerson de Mello Almada (Engevix) e Erton Medeiros (Galvão Engenharia),
além do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que é apontado como operador do PMDB no escândalo do petrolão.
“As celas da carceragem da Polícia Federal têm as suas limitações, já que se trata apenas de prisão de passagem, mas entendeu-se que a permanência nelas, ao invés da transferência, era do interesse dos próprios acusados”, disse o juiz Sergio Moro em seu despacho. “Diante de supostas reclamações veiculadas não a este juízo, mas à imprensa, é o caso de consultar os defensores em questão acerca do interesse dos presos na transferência para o sistema prisional estadual, ainda que para estabelecimentos reservados a presos com direito à prisão especial”, completou o magistrado.
Os advogados terão 48 horas para informar se preferem que os empreiteiros sejam levados para um presídio do Paraná.
23 de fevereiro de 2015
Laryssa Borges, de Brasília
Veja