Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
segunda-feira, 4 de julho de 2016
BRASILEIRO TÁ PAGANDO CARO POR SÓ TER OLHO PRA FUTEBOL E CARNAVAL. E LULA MIL OLHOS PRA ROUBAR
O MELHOR DO ROCK NACIONAL DOS ANOS 80 / 90
- 94VÍDEOS REPRODUZIR TODOSO MELHOR DO ROCK NACIONAL ANOS 80/90Fabio Nahmias
- 04 de julho de 2016
- postado por m.americo
DELEGADO QUE INTERROGOU LULA DEIXA LAVA JATO PARA COMPOR EQUIPE DA PF NA OLÍMPIADA
DELEGADO QUE INTERROGOU LULA DEIXA LAVA JATO PARA COMPOR EQUIPE DA PF NA OLÍMPIADA
O Delegado Federal Luciano Flores de Lima irá atuar na Olimpíada no Rio de Janeiro. Foto DP by Sylvio Sirangelo |
O delegado federal Luciano Flores de Lima, que interrogou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na condução coercitiva do petista em 4 de março deste ano, deixou a equipe da Operação Lava Jato. Luciano Flores vai compor a equipe da PF na Olimpíada do Rio.
Outro integrante do Grupo de Trabalho da Lava Jato, o delegado Eduardo Mauat da Silva, também deixa a equipe, em Curitiba. Mauat vai retornar à Polícia Federal do Rio Grande do Sul.
Os dois entregaram as investigações que comandavam. Em despacho nos autos da Lava Jato, o delegado avisou, em 30 de junho, que estava de saída.
“Considerando o término da missão deste delegado junto à Operação Lava Jato no próximo dia 1 de julho de 2016, sejam os autos conclusos ao chefe da DRCOR/SR/PR para fins de redistribuição”, anotou Eduardo Mauat. O Federal transferiu para o delegado Marcio Anselmo, da Lava Jato.
04 de julho de 2016
in aluizio amorim
NÃO IREMOS DEBATER COM VOCÊS. IREMOS TOMAR SEUS LUGARES
ARTIGOS - CONSERVADORISMO
Vocês odeiam a cultura tradicional (e tudo o que ela representa) visto que ela freia os vossos apetites depravados, coloca rédeas nos vossos impulsos, e responsabiliza-vos com base num certo padrão. Vocês esforçam-se para recompensar a escória, os corruptos e os vis.
Se por acaso és alguém que acredita que a cultura popular decaiu de forma vincada durante últimos 40 anos, certamente que serás atacado e difamado.
Se por acaso te atreves a expressar sentimentos que contradizem a ortodoxia dominante, serás atacado e caluniado.
Quando os homens são atacados e humilhados por nada mais fazerem que se encontrarem, beber uns copos, e fortalecer os laços comunitários, então a sociedade está em perigo. E isto tornou-se claro para todas as pessoas.
O debate, se é suposto que tal palavra tenha algum significado, só pode ocorrer se houver boas intenções por parte de todos os participantes. Quando isso não acontece, isto é, quando uma das partes mente de forma deliberada e distorce o que os outros dizem, então há não há espaço para uma discussão racional.
O governo e a mídia trabalham de forma conjunta com o objetivo de estabelecer uma ortodoxia. Se por acaso és um fracassado midiático - isto é, se por acaso trabalhas para uma das maiores organizações midiáticas online - vais receber os restos da mesa do teu patrão; serás premiado por ser um bom escravo.
O governo e a mídia trabalham de forma conjunta com o objetivo de estabelecer uma ortodoxia. Se por acaso és um fracassado midiático - isto é, se por acaso trabalhas para uma das maiores organizações midiáticas online - vais receber os restos da mesa do teu patrão; serás premiado por ser um bom escravo.
Mas se te atreves a colocar em causa a Narrativa, se te atreves a propor um ponto de vista alternativo em relação ao que é bom ou mau para a sociedade, podes esperar um outro tipo de tratamento.
Tais perseguições tomam várias formas e feitios. Em tempos idos, existiam as Inquisições, os barões, os bispos e outras formas de controle. Hoje em dia, temos as leis em torno do "discurso de ódio", os incitamentos midiáticos, os ataques públicos, e as posturas de elevação moral doentias por parte de políticos falsos.
Os métodos são distintos, mas os objetivos são os mesmos: controle. E os regimes actuais da anglosfera tomaram a decisão de adotar uma certa visão do mundo. Esta visão, acreditamos nós, não tem qualquer base na história e nem na experiência humana, e opera com o expresso propósito de destruir a ordem social. É opinião nossa de que esta visão do mundo irá levar à queda das taxas de natalidade, a relações tensas entre os sexos, e ao declínio moral, educacional e da ordem social.
Mas vocês tomaram a decisão de silenciar as vozes alternativas. Vocês não se preocupam com estas coisas, e isso é óbvio. Tudo o que vos interessa é o apaziguamento temporário daqueles que militam em favor da depravação cultural e da depreciação.
Vocês odeiam a cultura tradicional (e tudo o que ela representa) visto que ela freia os vossos apetites depravados, coloca rédeas nos vossos impulsos, e responsabiliza-vos com base num certo padrão. Vocês esforçam-se para recompensar a escória, os corruptos e os vis. E vocês não só fazem isto, como celebram, e querem forçar os outros a celebrar convosco.
Em meu site e nos meus livros trabalhei para demonstrar as lições que a história nos ensinou e a forma como elas ressoam nos dias de hoje. Mas vocês escolheram trair o legado dos vossos antepassados. Vocês escolheram consignar a geração atual de homens, que nada mais pedia que respeito e consideração, a um destino inculto e à deriva.
Vocês lançaram-nos para longe, e lavaram as vossas mãos sobre eles - sobre estes homens - e fizeram isto ao mesmo tempo que vociferavam as mesmas platitudes insignificantes que se tornaram na vossa segunda natureza, e entregaram estas platitudes com sorrisos cínicos ao estilo do gato Cheshire.
Sabemos quem vocês são. Sabemos do que vocês são capazes. Vocês e as vossas mentiras não nos irão enganar. E todo o mundo já sabe disso também.
Não existirão mais debates, mais discussões, mais diálogos, e nem gestos que busquem algum tipo de aprovação vossa. Vocês não estão interessados num diálogo honesto, e como tal, não estão estabelecidas as bases para uma discussão.
Em vez disso, iremos trabalhar ainda mais fortemente, mais rapidamente, e de forma mais determinada como forma de substituir a vossa ideologia com outra diferente. A vossa ideologia, fruto duma árvore irremediavelmente corrupta, irá murchar na videira.
Nós somos melhores que vocês, e somos mais nobres que vocês. Nós iremos tomar o lugar da vossa ideologia.
04 de julho de 2016
Quintus Curtius é escritor.
Quintus Curtius é escritor.
CORRUPÇÃO DA PETROBRAS FINANCIOU ESCOLAS DE SAMBA E A MADRINHA DA BATERIA
Viviane, madrinha da bateria, recebia repasses da propina |
Os investigadores da Lava Jato afirmam que a propina com origem em uma obra da Petrobras no Rio financiou escolas de samba, blog e familiares do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira. O petista, que está preso desde a semana passada, é o principal alvo da 31ª fase da operação, deflagrada nesta segunda-feira (4). A informação sobre o destino do dinheiro pago, de acordo com a investigação, partiu do acordo de colaboração premiada do ex-vereador Alexandre Romano, que chegou a ser detido na Lava Jato no ano passado.
Ele afirmou que intermediou propina para Ferreira e que, para isso, usou suas empresas, a Oliveira Romano Sociedade de Advogados, a Link Consultoria Empresarial e a Avant Investimentos e Participações.
Ainda segundo o delator, o dinheiro, estimado em R$ 1 milhão, veio de construtoras integrantes do consórcio Novo Cenpes, como a OAS e Carioca Engenharia. Romano afirmou que simulou contratos.
Entre os destinatários dos repasses a pedido de Ferreira é a Sociedade Recreativa e Beneficente Estado Maior da Restinga, uma escola de samba de Porto Alegre, e a madrinha da bateria Viviane da Silva Rodrigues.
ESCOLA DE FERREIRA – Foram identificados pagamentos de R$ 45 mil à agremiação e diversos repasses à passista Viviane. “A escola de samba era vinculada a ele [Ferreira]. Esses pagamentos foram indicados a Alexandre Romano”, disse em entrevista coletiva o procurador da República Roberson Pozzobon.
“Ele buscava apoio político nas mais variadas frentes”, comentou o procurador. “Não eram pagamentos que revertiam às contas do partido exclusivamente, mas havia benefícios pessoais”. Parentes e empresas ligadas ao ex-tesoureiro também receberam parte das transferências.
MUSA DO CARNAVAL – Viviane, 37, é madrinha de bateria da escola Estado Maior da Restinga há 13 anos. Também foi rainha de bateria da escola Acadêmicos de Tatuapé, de São Paulo, em 2012. Em 2013, ela concorreu ao posto de Musa do Carnaval, um quadro do programa de televisão Caldeirão do Hulk, na Globo.
Viviane chama os “afilhados” (os ritmistas da escola) de “tinguerreiros”, uma referência ao termo “Tinga”, um apelido do bairro Restinga. A madrinha chegou a apresentar um programa de televisão sobre carnaval em um canal comunitário de Porto Alegre.
Paulo Ferreira chegou a ser homenageado por outra escola de samba, a Praiana. O samba-enredo deste ano é uma homenagem ao político. A letra da música diz: “A figura de um povo, um ser especial/ Paulo Ferreira hoje é Carnaval”. Em outro trecho, a letra da música diz “A história de um menino sonhador/ (…) O líder das raízes ancestrais/ Tendo como pano de fundo/ a cultura e os movimentos sociais”.
PELA LEI ROUANET – O conselheiro da Estado Maior da Restinga, Hélio Garcias Dias, que foi presidente da escola de 2003 a 2009, diz que Paulo Ferreira repassou verbas à agremiação através de projetos do Ministério da Cultura, que envolvem a Cadeia Produtiva do Carnaval. Essas verbas teriam beneficiado diversas escolas de samba de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, não apenas a Restinga.
Sobre os repasses diretos de Romano, tanto para a escola como para Viviane, Dias diz que não tem o que declarar.
“A gente não tem muito a declarar. A gente não sabe que fala foi feita pelo Paulo Ferreira. A gente não sabe que caminho tem essa acusação. Os fatos não estão bem esclarecidos”, disse Dias à Folha.
Ferreira, tesoureiro do PT, beija o estandarte |
AMIGO DO SAMBA – A respeito da relação com Paulo Ferreira, Dias diz que é um “grande amigo da comunidade do samba”.
“Ele é uma pessoa que sempre apoiou a cultura popular. O Paulo Ferreira é um grande amigo da comunidade do samba, sempre esteve conosco, sempre nos incentivou muito. A gente tem certeza que ele vai esclarecer tudo de uma forma tranquila”, disse.
A Folha tentou contato com o presidente da escola, Robson Dias, e com a madrinha Viviane da Silva Rodrigues, mas não obteve retorno.
ESQUEMA – Nesta fase da Lava jato, denominada “Abismo”, foi identificado o pagamento de R$ 39 milhões em propina entre 2007 e 2012 – sendo que R$ 1 milhão teria beneficiado diretamente Paulo Ferreira.
Os valores viriam de um esquema de fraude em licitação para reforma do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), na Ilha do Fundão, zona norte do Rio de Janeiro.
As investigações, corroboradas pelo acordo de leniência e acordos de colaboração com a empresa Carioca Engenharia e seus executivos, indicaram a formação de um cartel na disputa por três obras da Petrobras em 2007: uma sede administrativa em Vitória, o CIPD (Centro Integrado de Processamento de Dados), no Rio, e o Cenpes.
Além da Carioca Engenharia, a OAS, a Construbase, a Construcap e a Schahin Engenharia ficaram com a última obra pelo Consórcio Novo Cenpes.
MENOR PREÇO – De acordo com o Ministério Público Federal, a construtora WTorre, que não havia participado dos ajustes, apresentou proposta de preço inferior. As empresas, então, teriam pagado R$ 18 milhões para que a empreiteira saísse do certame, permitindo que o consórcio renegociasse o preço com a Petrobras.
O contrato foi fechado em cerca de R$ 850 milhões. Além dos ajustes e fraude na licitação, houve pagamento de propina a funcionários da diretoria de Serviços da Petrobras e a Paulo Ferreira.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Parodiando o velho ditado, já se pode dizer que no Brasil até a corrupção acaba em samba. (C.N.)
04 de julho de 2016
Deu na Folha
MADRINHA DE BATERIA, CANTOR E FILHOS DE EX-TESOUREIRO DO PT RECEBERAM DINHEIRO DE PROPINA
Esquema desmontado pela 31ª fase da Lava Jato movimentou mais de 39 milhões de reais
As investigações da Operação Abismo, deflagrada nesta segunda-feira e que corresponde à 31ª fase da Lava Jato, apontam que o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira utilizou uma madrinha de bateria, um cantor de escola de samba e seus próprios filhos como destinatários de dinheiro sujo de um esquema que movimentou mais de 39 milhões de reais em propina. Amigos de Ferreira na escola de samba Estado Maior da Restinga, agremiação da zona sul de Porto Alegre, receberam depósitos de dinheiro que, diz o Ministério Público, foram recolhidos a partir de propina cobrada de empreiteiras que participavam de obras no Centro de Pesquisas da Petrobras.
Segundo o ex-vereador Alexandre Romano, que fechou acordo de delação premiada e já havia incriminado o casal de petistas Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, seu escritório de advocacia repassou cheques e fez transferências bancárias para pessoas ligadas à Estado Maior da Restinga. Entre elas, Viviane da Silva Rodrigues, contato do ex-tesoureiro do PT no samba e madrinha de bateria da agremiação. Conhecido como Chambinho, Romano apresentou documentos bancários para comprovar o dinheiro enviado a Viviane: foram 18 repasses entre 2010 e 2012, totalizando quase 62.000 reais. Para a escola de samba foram outros 45.000 reais.
O cantor Sandro Ferraz, ligado à escola de samba, também recebeu dinheiro sujo de Chambinho, por orientação de Paulo Ferreira, assim como a antiga secretária do ex-tesoureiro, Silvânia Gomes, que era lotada no gabinete do então senador Tião Viana (PT-AC), mas na verdade trabalhava diretamente com o ex-secretário de Finanças do partido. Também camuflaram propina a mando de Ferreira o blogueiro Júlio Garcia, responsável por produzir notícias favoráveis ao PT, e os próprios filhos do ex-tesoureiro Ana Paula Ferreira e Jonas Ferreira. "Há comprovação de cheques nominais a Ana Paula Ferreira e Jonas Ferreira, identificados pelo colaborador [Alexandre Romano] como filhos de Paulo Ferreira", diz o Ministério Público.
A avalanche de provas contra Paulo Ferreira, sucessor do notório Delúbio Soares no caixa do PT, foi providenciada na maior parte por Chambinho, que se tornou delator da Lava Jato e, por consequência, uma ameaça constante aos segredos guardados pelo partido. No esquema de pagamento de propinas, Alexandre Romano contou que, a partir de 2009, começou a contabilizar, por meio de seu escritório de advocacia, "dívidas" que Paulo Ferreira ou o PT tinham a receber. Para disfarçar a origem criminosa do dinheiro - nada mais do que propina recolhida de empresas que participavam de disputas na Petrobras - Chambinho providenciava contratos superfaturados ou simulados com empresas indicadas pelo ex-tesoureiro. Na transação, os valores eram depositados na conta do escritório de advocacia Oliveira Romano Sociedade de Advogados ou de uma empresa controlada por ele. Depois, o dinheiro passava para a conta de Nathalie Romano, esposa do delator, e ao final, a propina chegava a Paulo Ferreira ou a pessoas indicadas por ele, como a madrinha de bateria e o cantor da Estado Maior da Restinga. Chambinho ficava com 40% de "taxa de serviço" se tivesse de simular contratos superfaturados e 30% se precisasse apenas simular negócios para lavar o dinheiro da propina.
LEIA MAIS:
O rastro da propina na Operação Abismo
Moro decreta bloqueio de bens de ex-tesoureiro: 'Nada pior para a democracia que político desonesto'
Em sua delação premiada, Romano deu exemplos de como o dinheiro era dividido. Em um contrato de 200.000 simulado com a Schahin em 2010, a título de atuação na recuperação de créditos de PIS e Cofins, não houve prestação de serviços. A Paulo Ferreira couberam, assim, 70% do valor, enquanto o operador ficou com 30%.
A outra modalidade de serviço espúrio prestado por Chambinho a Paulo Ferreira se deu com a Ferreira Guedes, uma empresa do grupo Construcap. De acordo com o delator, em três contratos firmados em 2010, cujo valor total foi de 700.000 reais, "foi prevista a emissão de pareceres, para dar consistência aos repasses de valores da Ferreira Guedes para o escritório Oliveira Romano". A divisão foi, neste caso, de 60% para o ex-tesoureiro do PT e 40% para ele.
O advogado também intermediou a quitação de outra "dívida" da Construbase com o petista em 2010. Chambinho recebeu 50.000 reais da empreiteira e os repassou a duas empresas indicadas por Ferreira, a Briefing Consultoria, Comunicação e Eventos e a RDA Consultoria, Comunicação e Eventos. Romano diz não saber, no entanto, se Ricardo D'Ávila, o responsável pelas empresas, era credor de Paulo Ferreira ou se entregou os valores ao ex-tesoureiro do PT.
Vínculo detalhado - "O colaborador trouxe uma série de documentos que comprovam as transferências bancárias e pagamentos que efetuou a pedido de Paulo Ferreira, detalhando ainda o vínculo entre os recebedores e o ex-tesoureiro", disse o Ministério Público ao pedir a prisão preventiva de Paulo Ferreira na Operação Abismo.
"Paulo Adalberto Alves Ferreira figurou como destinatário de vantagens indevidas oriundas de contratos públicos na esfera federal, notadamente na Petrobras, e provavelmente como representante do Partido dos Trabalhadores na negociação de propinas, havendo contundente demonstração de que recebeu, por intermédio de operações de lavagem, valores das empresas Construbase, Schahin e Construcap, integrantes do Consórcio Novo Cenpes", disse o MP. "Há suficiente demonstração, tanto oral quanto documental, dos repasses efetuados pelas integrantes do Consórcio Novo Cenpes aos funcionários corrompidos Barusco e Duque [Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, e Renato Duque, ex-diretor da petroleira], bem como de alguns dos mecanismos utilizados por essas mesmas empresas para a "geração" do dinheiro em espécie usado para os pagamentos indevidos. Nesse sentido, tratando-se de contrato vinculado à Diretoria de Serviços da estatal, foram encontradas evidências de que uma parte da propina foi entregue ao Partido dos Trabalhadores, por intermédio de Paulo Adalberto Alves Ferreira", conclui.
04 de julho de 2016
Laryssa Borges, de Brasília, e João Pedroso de Campos
VEJA
O ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, é levado dentro do carro da Polícia Federal após prestar depoimento, em São Paulo(Aloisio Mauricio/Fotoarena/Folhapress) |
As investigações da Operação Abismo, deflagrada nesta segunda-feira e que corresponde à 31ª fase da Lava Jato, apontam que o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira utilizou uma madrinha de bateria, um cantor de escola de samba e seus próprios filhos como destinatários de dinheiro sujo de um esquema que movimentou mais de 39 milhões de reais em propina. Amigos de Ferreira na escola de samba Estado Maior da Restinga, agremiação da zona sul de Porto Alegre, receberam depósitos de dinheiro que, diz o Ministério Público, foram recolhidos a partir de propina cobrada de empreiteiras que participavam de obras no Centro de Pesquisas da Petrobras.
Segundo o ex-vereador Alexandre Romano, que fechou acordo de delação premiada e já havia incriminado o casal de petistas Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, seu escritório de advocacia repassou cheques e fez transferências bancárias para pessoas ligadas à Estado Maior da Restinga. Entre elas, Viviane da Silva Rodrigues, contato do ex-tesoureiro do PT no samba e madrinha de bateria da agremiação. Conhecido como Chambinho, Romano apresentou documentos bancários para comprovar o dinheiro enviado a Viviane: foram 18 repasses entre 2010 e 2012, totalizando quase 62.000 reais. Para a escola de samba foram outros 45.000 reais.
O cantor Sandro Ferraz, ligado à escola de samba, também recebeu dinheiro sujo de Chambinho, por orientação de Paulo Ferreira, assim como a antiga secretária do ex-tesoureiro, Silvânia Gomes, que era lotada no gabinete do então senador Tião Viana (PT-AC), mas na verdade trabalhava diretamente com o ex-secretário de Finanças do partido. Também camuflaram propina a mando de Ferreira o blogueiro Júlio Garcia, responsável por produzir notícias favoráveis ao PT, e os próprios filhos do ex-tesoureiro Ana Paula Ferreira e Jonas Ferreira. "Há comprovação de cheques nominais a Ana Paula Ferreira e Jonas Ferreira, identificados pelo colaborador [Alexandre Romano] como filhos de Paulo Ferreira", diz o Ministério Público.
A avalanche de provas contra Paulo Ferreira, sucessor do notório Delúbio Soares no caixa do PT, foi providenciada na maior parte por Chambinho, que se tornou delator da Lava Jato e, por consequência, uma ameaça constante aos segredos guardados pelo partido. No esquema de pagamento de propinas, Alexandre Romano contou que, a partir de 2009, começou a contabilizar, por meio de seu escritório de advocacia, "dívidas" que Paulo Ferreira ou o PT tinham a receber. Para disfarçar a origem criminosa do dinheiro - nada mais do que propina recolhida de empresas que participavam de disputas na Petrobras - Chambinho providenciava contratos superfaturados ou simulados com empresas indicadas pelo ex-tesoureiro. Na transação, os valores eram depositados na conta do escritório de advocacia Oliveira Romano Sociedade de Advogados ou de uma empresa controlada por ele. Depois, o dinheiro passava para a conta de Nathalie Romano, esposa do delator, e ao final, a propina chegava a Paulo Ferreira ou a pessoas indicadas por ele, como a madrinha de bateria e o cantor da Estado Maior da Restinga. Chambinho ficava com 40% de "taxa de serviço" se tivesse de simular contratos superfaturados e 30% se precisasse apenas simular negócios para lavar o dinheiro da propina.
LEIA MAIS:
O rastro da propina na Operação Abismo
Moro decreta bloqueio de bens de ex-tesoureiro: 'Nada pior para a democracia que político desonesto'
Em sua delação premiada, Romano deu exemplos de como o dinheiro era dividido. Em um contrato de 200.000 simulado com a Schahin em 2010, a título de atuação na recuperação de créditos de PIS e Cofins, não houve prestação de serviços. A Paulo Ferreira couberam, assim, 70% do valor, enquanto o operador ficou com 30%.
A outra modalidade de serviço espúrio prestado por Chambinho a Paulo Ferreira se deu com a Ferreira Guedes, uma empresa do grupo Construcap. De acordo com o delator, em três contratos firmados em 2010, cujo valor total foi de 700.000 reais, "foi prevista a emissão de pareceres, para dar consistência aos repasses de valores da Ferreira Guedes para o escritório Oliveira Romano". A divisão foi, neste caso, de 60% para o ex-tesoureiro do PT e 40% para ele.
O advogado também intermediou a quitação de outra "dívida" da Construbase com o petista em 2010. Chambinho recebeu 50.000 reais da empreiteira e os repassou a duas empresas indicadas por Ferreira, a Briefing Consultoria, Comunicação e Eventos e a RDA Consultoria, Comunicação e Eventos. Romano diz não saber, no entanto, se Ricardo D'Ávila, o responsável pelas empresas, era credor de Paulo Ferreira ou se entregou os valores ao ex-tesoureiro do PT.
Vínculo detalhado - "O colaborador trouxe uma série de documentos que comprovam as transferências bancárias e pagamentos que efetuou a pedido de Paulo Ferreira, detalhando ainda o vínculo entre os recebedores e o ex-tesoureiro", disse o Ministério Público ao pedir a prisão preventiva de Paulo Ferreira na Operação Abismo.
"Paulo Adalberto Alves Ferreira figurou como destinatário de vantagens indevidas oriundas de contratos públicos na esfera federal, notadamente na Petrobras, e provavelmente como representante do Partido dos Trabalhadores na negociação de propinas, havendo contundente demonstração de que recebeu, por intermédio de operações de lavagem, valores das empresas Construbase, Schahin e Construcap, integrantes do Consórcio Novo Cenpes", disse o MP. "Há suficiente demonstração, tanto oral quanto documental, dos repasses efetuados pelas integrantes do Consórcio Novo Cenpes aos funcionários corrompidos Barusco e Duque [Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, e Renato Duque, ex-diretor da petroleira], bem como de alguns dos mecanismos utilizados por essas mesmas empresas para a "geração" do dinheiro em espécie usado para os pagamentos indevidos. Nesse sentido, tratando-se de contrato vinculado à Diretoria de Serviços da estatal, foram encontradas evidências de que uma parte da propina foi entregue ao Partido dos Trabalhadores, por intermédio de Paulo Adalberto Alves Ferreira", conclui.
04 de julho de 2016
Laryssa Borges, de Brasília, e João Pedroso de Campos
VEJA
DOLEIRO DIZ TER VÍDEOS QUE PROVAM NEGOCIAÇÃO DE PROPINAS PARA PMDB
Preso, Lúcio Funaro diz que operava um esquema que recolheu 100 milhões de reais para o partido
Lúcio Bolonha Funaro diz que gravou imagens de tudo o que se passou em seu escritório nos últimos anos. Os vídeos mostrariam visitas de políticos do esquema do PMDB, cuja cúpula, da qual fazem parte Eduardo Cunha e Renan Calheiros, está na mira da Lava-Jato(Aloisio Mauricio/FotoArena/Folhapress)
O doleiro Lúcio Bolonha Funaro sabia que, uma hora qualquer, seria alcançado pela Lava-Jato. Aconteceu na manhã de sexta-feira passada, quando foi preso preventivamente. Tanto sabia que, nas últimas semanas, passou a conversar com advogados sobre a possibilidade de fazer delação premiada. Figurinha fácil em escândalos, Funaro tem muito a dizer e a mostrar. A pessoas próximas, ele já afirmou ter recebido 100 milhões de reais de empresas com contratos públicos, propina desembolsada para remunerar serviços do deputado Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara, de quem é um antigo parceiro de negócios. Funaro também contou que boa parte dos 100 milhões foi transferida, a mando de Cunha, a caciques do PMDB e deputados do chamado "centrão", o que explicaria a eleição de Cunha para o comando da Casa. Como delator, Funaro terá de provar o que diz para conseguir a redução de pena. Aos advogados, disse que isso não será difícil. Ele garante ter gravado empresários e parlamentares que visitaram seu escritório em São Paulo para discutir os valores dos contratos e das respectivas propinas. Gravação em vídeo, para não deixar margem a dúvidas.
A prisão de Funaro é um desdobramento da delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal e, assim como o doleiro, notório operador de Eduardo Cunha. Cleto declarou à força-tarefa da Lava-Jato que Cunha cobrava propina das empresas interessadas em obter recursos do FI-FGTS, um fundo de investimentos em infraestrutura administrado pela Caixa. Em cada contrato, segundo disse Cleto, Cunha embolsava entre 0,3% e 1% do valor total. Cabia a Funaro participar da coleta da comissão. O método teria sido aplicado quando o FI-FGTS aprovou o repasse de 940 milhões de reais à Eldorado Celulose, empresa da J&F, holding que abriga também a JBS, a maior empresa de carnes processadas do mundo. Os investigadores descobriram que Funaro, nessa operação, arrecadou ao menos 9 milhões de reais, o que confere com o 1% de que fala Cleto. A Polícia Federal fez busca e apreensão na sede da JBS e na casa de seu dono, Joesley Batista, em São Paulo. Na delação, Cleto disse que Cunha também embolsou propina em operações do FI-FGTS com a OAS e a Odebrecht.
A corrupção no fundo funcionava no modelo tradicional. Cunha escalava Cleto, seu preposto na Caixa, para criar dificuldades, e, depois, vendia facilidades. Se a empresa não pagava a propina, Cleto pedia vista do processo. Certa vez, Cunha contou com a ajuda de Henrique Eduardo Alves, ex-ministro de Dilma e Temer, então na presidência da Câmara, para pressionar a cúpula da Caixa a aprovar a liberação de recursos do FI-FGTS à OAS Óleo e Gás e ao Estaleiro Atlântico Sul, de propriedade da Camargo Corrêa e da Queiroz Galvão. No gabinete de Henrique Alves, Cunha disse a executivos da Caixa que, se o dinheiro não saísse, Cleto impediria o avanço de qualquer projeto de interesse do governo. Conforme revelado por VEJA.com, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já denunciou Henrique Alves, Eduardo Cunha, Fábio Cleto e Lúcio Funaro por participação no esquema de corrupção da Caixa. O cerco ao PMDB é amplo e irrestrito. Outro delator acusou o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a cúpula do partido de receber propina de um ex-diretor do grupo Hypermarcas.
Renan é investigado em oito inquéritos da Lava-Jato, mas a situação de Cunha é bem mais delicada. Com dois de seus tarefeiros capturados, Cunha recorre à estratégia de sempre: a ameaça. No domingo 26, o deputado visitou o presidente interino Michel Temer no Palácio do Jaburu. Pediu ajuda para se salvar da cassação de mandato e, caso renunciasse à presidência da Câmara, para eleger um aliado para o posto. É notório que Cunha levantou muitas doações de empresas ao PMDB e, por isso mesmo, pode causar um estrago enorme aos peemedebistas que hoje ocupam cargos de destaque em Brasília. "O Cunha pode implodir o governo Temer", disse Funaro numa conversa recente. Pode ser bazófia. Ou não. Procurado por VEJA, Cunha disse que não recebeu recursos ilícitos: "Quero ver provar". Temer, por sua vez, pôs sua equipe em campo para tentar atender, nos bastidores, às exigências de Cunha.
04 de julho de 2016
VEJA
Lúcio Bolonha Funaro diz que gravou imagens de tudo o que se passou em seu escritório nos últimos anos. Os vídeos mostrariam visitas de políticos do esquema do PMDB, cuja cúpula, da qual fazem parte Eduardo Cunha e Renan Calheiros, está na mira da Lava-Jato(Aloisio Mauricio/FotoArena/Folhapress)
O doleiro Lúcio Bolonha Funaro sabia que, uma hora qualquer, seria alcançado pela Lava-Jato. Aconteceu na manhã de sexta-feira passada, quando foi preso preventivamente. Tanto sabia que, nas últimas semanas, passou a conversar com advogados sobre a possibilidade de fazer delação premiada. Figurinha fácil em escândalos, Funaro tem muito a dizer e a mostrar. A pessoas próximas, ele já afirmou ter recebido 100 milhões de reais de empresas com contratos públicos, propina desembolsada para remunerar serviços do deputado Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara, de quem é um antigo parceiro de negócios. Funaro também contou que boa parte dos 100 milhões foi transferida, a mando de Cunha, a caciques do PMDB e deputados do chamado "centrão", o que explicaria a eleição de Cunha para o comando da Casa. Como delator, Funaro terá de provar o que diz para conseguir a redução de pena. Aos advogados, disse que isso não será difícil. Ele garante ter gravado empresários e parlamentares que visitaram seu escritório em São Paulo para discutir os valores dos contratos e das respectivas propinas. Gravação em vídeo, para não deixar margem a dúvidas.
A prisão de Funaro é um desdobramento da delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal e, assim como o doleiro, notório operador de Eduardo Cunha. Cleto declarou à força-tarefa da Lava-Jato que Cunha cobrava propina das empresas interessadas em obter recursos do FI-FGTS, um fundo de investimentos em infraestrutura administrado pela Caixa. Em cada contrato, segundo disse Cleto, Cunha embolsava entre 0,3% e 1% do valor total. Cabia a Funaro participar da coleta da comissão. O método teria sido aplicado quando o FI-FGTS aprovou o repasse de 940 milhões de reais à Eldorado Celulose, empresa da J&F, holding que abriga também a JBS, a maior empresa de carnes processadas do mundo. Os investigadores descobriram que Funaro, nessa operação, arrecadou ao menos 9 milhões de reais, o que confere com o 1% de que fala Cleto. A Polícia Federal fez busca e apreensão na sede da JBS e na casa de seu dono, Joesley Batista, em São Paulo. Na delação, Cleto disse que Cunha também embolsou propina em operações do FI-FGTS com a OAS e a Odebrecht.
A corrupção no fundo funcionava no modelo tradicional. Cunha escalava Cleto, seu preposto na Caixa, para criar dificuldades, e, depois, vendia facilidades. Se a empresa não pagava a propina, Cleto pedia vista do processo. Certa vez, Cunha contou com a ajuda de Henrique Eduardo Alves, ex-ministro de Dilma e Temer, então na presidência da Câmara, para pressionar a cúpula da Caixa a aprovar a liberação de recursos do FI-FGTS à OAS Óleo e Gás e ao Estaleiro Atlântico Sul, de propriedade da Camargo Corrêa e da Queiroz Galvão. No gabinete de Henrique Alves, Cunha disse a executivos da Caixa que, se o dinheiro não saísse, Cleto impediria o avanço de qualquer projeto de interesse do governo. Conforme revelado por VEJA.com, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já denunciou Henrique Alves, Eduardo Cunha, Fábio Cleto e Lúcio Funaro por participação no esquema de corrupção da Caixa. O cerco ao PMDB é amplo e irrestrito. Outro delator acusou o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a cúpula do partido de receber propina de um ex-diretor do grupo Hypermarcas.
Renan é investigado em oito inquéritos da Lava-Jato, mas a situação de Cunha é bem mais delicada. Com dois de seus tarefeiros capturados, Cunha recorre à estratégia de sempre: a ameaça. No domingo 26, o deputado visitou o presidente interino Michel Temer no Palácio do Jaburu. Pediu ajuda para se salvar da cassação de mandato e, caso renunciasse à presidência da Câmara, para eleger um aliado para o posto. É notório que Cunha levantou muitas doações de empresas ao PMDB e, por isso mesmo, pode causar um estrago enorme aos peemedebistas que hoje ocupam cargos de destaque em Brasília. "O Cunha pode implodir o governo Temer", disse Funaro numa conversa recente. Pode ser bazófia. Ou não. Procurado por VEJA, Cunha disse que não recebeu recursos ilícitos: "Quero ver provar". Temer, por sua vez, pôs sua equipe em campo para tentar atender, nos bastidores, às exigências de Cunha.
04 de julho de 2016
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4:28"Abortança" Desesperança
04 de julho de 2016
postado por m.americo
OPERAÇÃO ABISMO: NOVA FASE DA LAVA JATO MOSTRA QUE TESOURARIA É O PONTO FRACO E CRIMINOSO DO PT
Definitivamente o calcanhar de Aquiles do Partido dos Trabalhadores é departamento financeiro. Depois de os ex-tesoureiros Delúbio Soares e João Vaccari Neto serem alvos de processos judiciais, agora é a vez de Paulo Ferreira sacramentar sua condição de investigado da vez. Preso na Operação Custo Brasil, que levou à prisão o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (marido de Gleisi Hoffmann), Ferreira foi alvo, na manhã desta segunda-feira (4) de mandado de prisão no escopo da Operação Abismo.
Deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira, a 31ª fase da Operação Lava-Jato tem como foco a apuração de licitação direcionada, pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobras e repasse de recursos a partido político em virtude de contratos, como o da reforma do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio de Janeiro.
De acordo com as autoridades envolvidas na Operação Abismo, há fortes indícios de prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação “num contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras”.
As investigações, embasadas no acordo de leniência da Carioca Engenharia e os de colaboração premiada dos executivos da empresa, apontam para a formação de cartel na disputa por três obras da Petrobras em 2007: uma sede administrativa em Vitória, o CIPD (Centro Integrado de Processamento de Dados), no Rio, e o Cenpes. Além da Carioca Engenharia, a OAS, a Construbase, a Construcap e a Schahin Engenharia ficaram com a última obra pelo Consórcio Novo Cenpes.
Para o Ministério Público Federal, a construtora WTorre, que não participou dos ajustes, apresentou proposta com preço inferior ao das vencedoras do certame. As empresas teriam pagado R$ 18 milhões para que a empreiteira saísse da disputa, permitindo que o consórcio renegociasse o preço com a Petrobras.
O valor do contrato em questão foi de aproximadamente R$ 850 milhões. Além dos ajustes e fraude na licitação, houve pagamento de propina a funcionários da diretoria de Serviços da Petrobras e a Paulo Ferreira.
Foram identificados pagamentos ilícitos a diversos operadores de propina: R$ 16 milhões ao empresário Adir Assad, já condenado na Lava-Jato, investigado em CPI sobre o bicheiro Carlos Cachoeira e denunciado sob suspeita de lavagem de dinheiro em obra do governo de São Paulo; R$ 3 milhões para Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, delatores na operação e ligados à empreiteira OAS; US$ 711 mil para Mario Góes, também delator; e R$ 1 milhão para Alexandre Romano, ex-vereador do PT cuja delação baseou a Operação Custo Brasil. No total, os repasses alcançaram R$ 39 milhões entre 2007 e 2012.
Em depoimento de colaboração premiada, executivos da Carioca Engenharia reconheceram a fraude à licitação e o pagamento de propinas, crimes comprovados pelos investigadores com a identificação de contratos fictícios e transferências bancárias ilícitas.
Alexandre Romano, conhecido como “Chmabinho”, disse aos investigadores que intermediou propinas em favor de Paulo Ferreira, agente do esquema no PT. O pagamento, de acordo com Romano, se deu através de contratos fictícios entre suas empresas e pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao ex-tesoureiro petista, entre elas um blog e uma escola de samba.
Ex-deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul (2012 a 2014), Paulo Ferreira é casado com Tereza Campello, ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma.
A Operação Abismo, que acontece em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, cumpre um mandado de prisão preventiva, quatro de prisões temporárias, sete de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão. Até o momento, a PF prendeu temporariamente Edson Coutinho, ex-funcionário da Schahin Engenharia, no Rio de Janeiro, e Roberto Capobianco, um dos donos da Construcap, em São Paulo.
04 de julho de 2016
ucho.info
LEGIÃO URBANA: TEMPO PERDIDO 1986
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- 04 de julho de 2016
- postado por m.americo
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