"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

NINGUÉM DE BOM SENSO, SUPORTA A DILMA...




Pesquisa indica que sentimento do povo em relação ao governo mudou de reprovação para raiva

Os institutos de pesquisa prometem revelar um dado bastante preocupante sobre o humor da população em relação ao governo. Segundo a pesquisa a ser divulgada esta semana, 75% dos entrevistados afirmaram que se sentem frustrados e com raiva do governo.

A revelação destes dois principais sentimentos identificados hoje em relação ao governo representa algo inédito e serve como um alerta ao Congresso e aos políticos que estão se aliando ao governo neste momento de fraqueza, como o líder do PMDB, Leonardo Picciani.

Seria inocência supor que estes grupos possuam alguma intenção nobre a ponto de ignorar o desgaste público que a relação acarreta. O que pesa são os cargos e vantagens oferecidas por uma presidente desesperada.

A pesquisa que revela que o humor dos brasileiros oscilou na escala de reprovação para raiva em poucos meses é preocupante. Caso esta tendência seja mantida, é provável que a próxima pesquisa revele um novo avanço na escala do humor da povo: da raiva para a fúria.



29 de setembro de 2015
in blog do mario fortes

ENTREVISTA COM HÉLIO BICUDO AUTOR DO PEDIDO DE IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEF


O VOTO OBRIGATÓRIO NÃO É UM DIREITO, MAS UMA OBRIGAÇÃO...

TRATE BEM O SEU VOTO

A IMPORTÂNCIA DO SEU VOTO. ELE MUDA O PAÍS.

O PODER DO VOTO CONSCIENTE

E AGORA LULA, QUE A LUZ APAGOU?

Jovem humilha, 'destroça' Lula e faz sucesso na ... - YouTube

www.youtube.com/watch?v=Tj3tpALI08g
27 de jul de 2015 - Vídeo enviado por Ficha Social - Política
Jovem humilha, 'destroçaLula e faz sucesso na internet; assista ao vídeo .... +Música boa É ...

29 de setembro de 2015m.americo


TÁ LÁ...

"O vídeo que LULA quer de todas as formas apagar da web ...

www.youtube.com/watch?v=RW2qzqmKAzM
3 dias atrás - Vídeo enviado por Pensa Brasil
Este vídeo já foi alvo de ação ja justiça contra o Youtube

29 de setembro de 2015
m.americo

MELÔ DO CONGRESSO

O HUMOR DO DUKE...

                     TROCANDO SEIS POR MEIA DÚZIA...


Charge O Tempo 28/09
29 de setembro de 2015

OS MALES DA IMPROVISAÇÃO

Nos idos de 1830, Unzelmann, grande estrela do teatro alemão, ficou famoso pelos “cacos” que acrescentava ao texto das peças por ele representadas. O diretor do Teatro de Berlim proibiu-o de improvisar. Durante certa performance, o ator entrava no palco montado num cavalo. Só que o animal portou-se de maneira imprópria, fazendo cocô diante da distinta plateia, que começou a rir. 
O ator repreendeu o parceiro: “você não sabe que estamos proibidos de improvisar?”

Ontem, aguardando o desembarque da presidente Dilma, vinda dos Estados Unidos, reuniram-se na Câmara diversos deputados do PMDB, insatisfeitos com o atraso da reforma ministerial. Queixavam-se da improvisação nas mudanças prometidas há mais de um mês, pois sempre que um parlamentar é cotado para determinado ministério, no dia seguinte suas chances perdem-se nas especulações dos corredores do Congresso. Ninguém tem certeza de coisa alguma, sequer de quais os ministérios que serão extintos. Uma verdadeira improvisação, cujos resultados deveremos conhecer até o final da semana, caso não se verifiquem novas dúvidas e não aconteça nova protelação.

Pois é. Improvisar em política parece perigoso, em especial porque Madame, ao anunciar a intenção da mudança, um mês atrás, deveria ter calculado minuciosamente os ministérios que desapareceriam, bem como convidado, mesmo em segredo, os novos ministros. Deixou tudo e todos em suspense, por falta de decisão ou por conta da verdadeira batalha campal travada pelos candidatos e pelos partidos indignados com a perspectiva de perder espaço. Portou-se como amadora, ou seja, está improvisando...

A VIDA E OS GOVERNOS

Assim como a vida, os governos são curtos, pelo menos na visão dos governantes e de quantos habitam o planeta. Quando o final vai-se aproximando, buscam-se alternativas e subterfúgios, como o da imortalidade no Céu, para uns, e o do retorno ao poder, para outros. Na realidade, tudo se resume ao medo da morte, num caso, e a incerteza da reeleição, no outro.

Nos dois casos, depois que as religiões transformaram todos os tormentos e sofrimentos na concepção do Inferno, restou para o Céu apenas o tédio. Para a reeleição, também Deve ser por aí que o Lula anda raciocinando. Afinal, valerá à pena voltar para queimar nas chamas eternas ou para sem ter o que fazer em Brasília?



29 de setembro de 2015
Carlos Chagas

MARCELO ODEBRECHT, O HOMEM DE R$ 13,1 BILHÕES, FAZ A DIFERENÇA

Brasília - Nos corredores do Supremo Tribunal Federal não se fala em outra coisa: o fatiamento do processo da Lava a Jato tende a beneficiar os presos mais privilegiados. Entre eles, Marcelo Odebrecht, o 9º homem mais rico do Brasil, com uma fortuna de 13,1 bilhões de reais, segundo a revista Forbes. 
No momento, ele ocupa uma cela do Complexo Médico-Penal do Paraná, localizado em Pinhais, município da região metropolitana de Curitiba. Mas seus dias de agonia estão para acabar, depois que o STF decidiu descentralizar os processos concentrados nas mãos da equipe do juiz Sergio Moro, uma decisão que está revoltando juízes federais e promotores do país.

Ora, ora só nós, pobres mortais, ainda acreditam que Marcelo permanecerá atrás das grades por muito tempo. Ele deixou isso claro quando depôs na CPI da Lava a Jato.
Negou-se, por exemplo, a fazer delação premiada e ainda se permitiu usar gestos teatrais para mostrar quanto estava seguro sobre a sua provável liberdade. 
E a estratégia para tirá-lo da cadeia foi revelada pelo próprio Lula. 

Numa viagem a Buenos Aires, ele reclamou que um juiz americano, sozinho, impunha ao governo argentino decisões judiciais que obrigavam o governo a pagar dívidas de empresas nos Estados Unidos. 
Esta, na verdade, é a tese que os juristas, contratados a peso de ouro pelos empresários, defendem, e que o boquirroto do Lula deixou escapar: não pode ser apenas de um juiz a prerrogativa de manipular um processo dessa envergadura, entende agora o STF.

Por trás de todo esse arcabouço jurídico que pretende esvaziar o trabalho da Lava a Jato e devolver os criminosos às suas casas, está o mais astucioso de todos os advogados brasileiros, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, ex-ministro de Defesa de Dilma. 
Depois da morte de Thomaz Bastos, o advogado que, em vida, defendeu todos os criminosos de colarinho branco, Jobim é hoje o mais próximo dos conselheiros do ex-presidente Lula.

A decisão do STF de fatiar a responsabilidade pela investigação da Lava a Jato fez a alegria dos advogados de defesa dos réus. 
A justificativa para tal iniciativa, o STF tem na ponta da língua: a apuração dos crimes devem ser feita nos locais onde foram praticados. 
Ou seja: os inquéritos serão desmembrados para o Rio, São Paulo e Brasília onde estão as sedes das principais empresas envolvidas. 
E você, que conhece a Justiça brasileira, o que me diz disso? 
É claro que muitos desses processos vão adormecer nas empoeiradas prateleiras das instâncias desses estados, vulneráveis a pressões de hábeis advogados, de políticos e dos empresários endinheirados envolvidos.

Não resta dúvida que foi uma jogada de mestre, porque todos os corruptos envolvidos no maior escândalo da história do país serão beneficiados. Como eles não têm prerrogativas de foro privilegiados, como os políticos, estão a mercê da caneta do juiz Sergio Moro que vem agindo com competência na condenação dos integrantes da quadrilha que torraram a Petrobrás e outras empresas símbolos do país.

A jogada genial dos juristas que conhecem as manhas do Supremo Tribunal Federal só foi concretizada porque dentro do STF já existia uma tendência de frear a equipe do juiz Sergio Moro. Muitos dos ministros do tribunal, indicados por Lula e Dilma, estavam incomodados com as últimas notícias de que o ex-presidente iria parar na cadeia.
 Os recentes depoimentos dos delatores colocam Lula no centro da cena do crime. E a melhor saída para tirar o Lula do lamaçal é, na verdade, começar a soltar os empresários que podem comprometê-lo como Marcelo Odebrecht para quem o ex-presidente prestou serviço, a peso de ouro, como lobista de luxo.

Para aqueles que não tem a fortuna do Marcelo, resta apenas o consolo de receber um boião diferenciado na cadeia . Essa promessa, pelo menos, o PT jura que vai cumprir, viu Vaccari e Zé Dirceu.



29 de setembro de 2015
Jorge Oliveira

AS BATALHAS QUE ESTÃO POR VIR

Estamos numa enrascada com as idas e vindas da equipe econômica, na busca de um ajuste fiscal que reorganize as finanças do país e permita retomar o caminho do crescimento.

Igualmente importante será continuar a ampliar as oportunidades de melhoria da qualidade de vida para o enorme contingente da população que necessita urgentemente de mais dignidade, traduzida na moradia, no saneamento básico, na mobilidade urbana, na educação de qualidade em todos os níveis e na saúde.

O governo parece encurralado, intimidado e desnorteado, sem saber qual rumo tomar.

É preciso ter clareza da relevância do ajuste fiscal para corrigir erros do próprio governo nos últimos anos. Ele não pode ser feito apenas com aumento dos impostos e corte de gastos, e sem qualquer análise criteriosa dos riscos que poderão advir das medidas tomadas.

Na última semana foi divulgado que, nas seis maiores regiões metropolitanas do país, o número de trabalhadores que buscam, sem sucesso, um novo posto de trabalho, cresceu cerca de 50% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Coincidentemente, um relatório do Ministério da Fazenda, publicado há poucos dias, mostrou que o impacto de alguns cursos de curta duração oferecidos pelo PRONATEC, aqueles de 120 horas, ou menos, e tão alardeados na campanha eleitoral, pouco estão contribuindo para diminuir o desemprego.

As longas batalhas que teremos que travar visam a solucionar os graves problemas estruturantes da economia. Destaca-se a educação, com índices baixíssimos de desempenho e, em particular, a formação de quadros técnicos para atender às necessidades do setor produtivo.

Também é importante realizar um grande esforço para manter os programas estratégicos geradores de emprego e renda, que incrementem a competitividade das empresas e a sua maior inserção no fluxo de comércio internacional. Isto exige melhor infrarestrutura e uma boa logística. Além disso, não podemos ignorar as dívidas que empresas brasileiras assumiram em dólares, e que podem se tornar impagáveis.

Estamos na situação do "se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. Preocupa a inação do governo e uma fantástica capacidade de achar que estamos assim por culpa dos outros.

É urgente que ele defina um ajuste articulado com alguns fatos relevantes para o nosso crescimento sustentável: a força da agricultura, a nossa crescente produção de petróleo, as nossas espantosas reservas minerais, alguns estratégicos, e a necessidade urgente de estimular o setor de comércio e serviços, que poderá crescer muito, atendendo aos nossos mais de 200 milhões de habitantes e aos mercados externos emergentes, inclusive da América Latina.

O governo precisa entender que a indústria é a base do crescimento de qualquer nação.

Nesta direção, uma boa notícia surgiu do Ministro do Trabalho e Emprego, que anunciou um investimento de 84 bilhões para a construção de moradias, com recursos do FGTS. Se cumprida, ela será de grande importância, porque vai gerar emprego e renda num dos setores mais importantes da nossa economia, o da construção civil.

A América Latina vive a efervescência do progresso, visível no Chile, Colômbia ou Peru, mas só temos olhos para a Venezuela. Participamos do BRICS e não conseguimos sequer entender o exemplo da China e da Índia. É preciso mudar as estratégias para que investidores tenham mais confiança no país.

Pode parecer estranho, mas creio que cai bem agora, com outro sentido, uma frase criada por um respeitável ex-membro do partido do governo: “mudar, para continuar mudando”.



29 de setembro de 2015
Paulo Alcantara Gomes

AS FATIAS E A PÍZZA

SÃO PAULO - A decisão do STF de, vá lá, fatiar a operação Lava Jato me parece mais uma oportunidade do que um convite à pizza. É claro que a dispersão das investigações envolve riscos e quase certamente resultará em alguma perda de eficiência, mas não podemos perder de vista o "big picture", isto é, o quadro geral.

O único aspecto positivo da crise é que as instituições, em especial as engrenagens da Justiça, estão se mostrando à altura da tarefa. Caso me perguntassem, na virada do milênio, se eu achava que um dia veria ex-ministros e dirigentes do partido no poder sendo condenados por corrupção, minha resposta seria negativa. 
Também apostaria que jamais assistiria a grandes empreiteiros sendo presos. Teria perdido dinheiro.

Contar com uma Justiça que não se dobra em demasia ao poder político e econômico de suspeitos e réus é um dos traços que distingue países desenvolvidos de Estados mais bananeiros. É importante, porém, que os eventos como os que eu acabei de descrever sejam fruto de uma cultura institucional disseminada e não apenas de uma conjunção mais ou menos fortuita de policiais, promotores e magistrados acima da média.

É nesse contexto que o fatiamento pode revelar-se uma oportunidade. Operadores do direito que receberem agora algum braço da Lava Jato não terão muito como escapar a uma comparação com o juiz Sergio Moro e os procuradores de Curitiba. Imagino que farão tudo para não aparecer na foto como procrastinadores ou mesmo pizzaiolos. 
Se isso de fato ocorrer, uma pequena e benfazeja revolução cultural terá se espalhado pelo normalmente fossilizado Judiciário brasileiro.

Uma vez que os prejuízos à operação, embora potencialmente graves, não são incontornáveis, penso que vale a pena tentar. A medida, de resto, ajuda a afastar a narrativa paranoica segundo a qual tudo não passa de uma perseguição das elites contra o governo amigo dos pobres.



21 de setembro de 2015
Hélio Schwartsman

LULA VAI A TV PARA MASCARAR A GUERRA FRIA DE GUERRA QUENTE: NÃO SE ILUDA.

O Partido dos Trabalhadores vai exibir, nesta terça-feira (29) e na quinta-feira (1º de outubro), duas inserções em rede nacional de rádio e televisão. 

Lula vai ser a estrela.

O PT vai acusar os opositores pela crise.
“Uma pergunta para todos os brasileiros: os políticos que querem desestabilizar o governo estão pensando no bem do País ou em si mesmos? 

Estão interessados em beneficiar a população ou só querem tirar proveito da crise?”, consta do video.

Lula vai disparar: “Pensem comigo: um País que em apenas 12 anos saiu do Mapa da Fome da ONU, colocou mais de 40 milhões de brasileiros na classe média, bateu recordes na geração de empregos e fez programas como Minha Casa, Minha Vida, o Prouni e o Fies, é capaz de vencer qualquer crise”.


Seguem o videos que irão ao ar:

https://www.youtube.com/watch?t=5&v=QTggDQUrCBI

Ao ir ao ataque contra os opositores, Lula volta ao campo de batalha tentando dar uma ideia de guerra quente.

Mas o país vive uma guerra fria.
Coube ao inimigo figadal de Jean Paul Sartre, o conservador Raymond Aron, dar a melhor definição do que foi a Guerra Fria: 

“Um período em que a guerra era improvável, mas a paz era impossível”.

É isso que o Brasil vive.
Lula vai à TV exibindo uma polarização ostensiva, para dar a ideia de que ele é o polo ativo de uma guerra quente.

Cascata.

A guerra fria do PT é escondida dos olhos da população: é feita entre os ministros do STF nomeados por Lula e Dilma (que fatiaram a Lava Jato); é feita por assessores de advogados que defendem petroleiros, e vivem ora a distribuir dossiês contra Michel Temer (que por sua vez, pleonasmicamente, reage nas trevas, daí o seu mais recente apelido, “Blá, Blá, Blá”, em homenagem à onomatopeia do vampiro-pai de Hotel Transilvânia…).

A guerra fria do PT é feita sobretudo pela colunista que vaza diariamente as porradas no PT. 

A saber: jornalistas procuram assessores de petroleiros para ouvirem o outro lado, em contraponto aos ataques. 
Os assessores repassam para a colunista: esta publica, para esvaziar o ataque, naquilo que se chama na Guerra Fria de “vazamento controlado”.

Não se iluda com Lula dando a cara: vamos chegar ao fundo do poço sem encontrarmos petróleo. 

Lula dará a cara para mascarar a guerra fria e suja que ele alimenta: contando ou com togados nomeados pelo PT, ou com jornalistas alimentados para aliviar a tensão ora corrente com seus “vazamentos controlados”.

29 de setembro de 2015
Claudio Tognolli

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 29/09


29 de setembro de 2015

CABEÇA DINOSSAURO

Gosto muito do dito latino: “Credo quia absurdum”, ou seja: “Creio, mesmo que seja um absurdo”. É a raiz de toda fé, seja em Deus, em uma superstição ou numa ideologia.

Por isso, me pergunto: se os católicos explicam de algum modo sua fé na Santíssima Trindade; se os muçulmanos nos falam que “só Alá é grande” e detalham no Alcorão as regras de sua religião; se os evangélicos ensinam seu catecismo; por que tantos intelectuais e artistas brasileiros não nos explicam por que apoiam o Maduro, por que fazem manifestos de apoio à Coreia do Norte, como fez o PCdoB? Como podem ignorar os escândalos evidentes de uma quadrilha de corrupção que está levando o país à bancarrota? Ninguém fala nada? Por que se negam a detalhar os caminhos dessa “religião” que professam? Será que não viram a queda do Muro de Berlim, o fim do vergonhoso socialismo real? Será que a mistura de leninismo com bolivarianismo que apoiam tem alguma lógica inquestionável que ignoramos? Haverá alguma equação que decifre o emaranhado de suas mentes, algo assim como “penso assim, por isso e por isso, logo...”?
Não, não dizem nada – só apoiam e creem. Será que nos deixam babando de curiosidade porque não querem dar luz aos cegos da “pequena burguesia”?

Por isso tento entender seu labirinto de ilações, de deduções, de reviravoltas com que constroem o “Caminho de Santiago” que teimam em percorrer.

Em primeiro lugar, acho que renegar as evidencias é uma maneira de se sentirem portadores de uma verdade inatingível pelos homens comuns. Nos olham com o desprezo de homens superiores.

Para eles, é impossível aceitar que o mundo não se molda apenas pelos desejos humanos, mas pela marcha das coisas. Se acham os sujeitos certos de uma história errada. Consideram as provas cabais da roubalheira armações da “direita” ou apenas as “contradições negativas”, superáveis, passageiras, de um processo histórico que tende para o “bem” de todos. Eles se acham parte de um seleto grupo de apóstolos que resistem às sedições do mercado e do capitalismo – as fontes do “eterno mal”. Nossa alma ibérica rançosa, nosso mal endógeno de patrimonialistas perniciosos, é considerada coisa menor.

Para eles, toda a culpa de nosso atraso foi só do “imperialismo norte-americano”, a contradição principal.

Eles rejeitam a circularidade da vida, o mistério dos desejos, as mutações da sociedade. Eles acham que a sociedade é um bando de imbecis que têm de ser protegidos contra sua ingenuidade. Por isso, precisam de um guia, seja o antigo Prestes ou hoje o Lula. Temos de ser controlados pelo Estado que tudo vê, como uma divindade ante a qual devemos nos ajoelhar. E não veem que é justamente o contrário – que aqui a sociedade é que mantém vivo um Estado falido.

Eles acham que mudar de ideia é falta de caráter e que macho mesmo não muda. Eles acham que quem quiser alguma positividade é traidor. Por isso, quero entender qual é o caminho que as suas ideias percorrem antes de irromper de suas bocas e de seus sorrisos de mofa, do alto de sua superioridade.

Bem... Sua fé ideológica pode nascer por antigas humilhações a serem vingadas por um voluntarismo neurótico que prove sua grandeza imaginária. São em geral fracassados e professam essas ideias para ocultar seu fracasso absoluto. A certeza férrea que os habita pretende evitar dúvidas sobre sua ignorância arrogante, sem “vacilações pequeno-burguesas”, como eles chamam. A ideologia os conforta. Como sentenciou um dia Nelson Rodrigues: “Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique”.

Eles se sentem dentro da linha justa. Os islamitas sonham com o paraíso das 11 mil virgens, eles sonham com um futuro de harmonia, onde todos terão tudo, cada um “dentro de sua necessidade e de sua capacidade”. Como eles não têm poder real (vejam a miséria do PT), inventam um poder paralelo que eles professam. É um “sendero luminoso”, é um país imaginário onde habitam, uma ilha da utopia que anda escangalhada, mas que um dia (quando?) vai prevalecer. Me fascinam também as contorções acrobáticas que leninistas decepcionados praticam para revitalizar suas crenças. É a turma do “mesmo assim”. Mesmo com essa cagada nacional, preferem se agarrar em palavras de ordem antigas a reconhecer um fracasso óbvio. Os renitentes intelectuais orgânicos dirão: “O PT está desmoralizado, mas mesmo assim ainda é um mal menor que o inimigo principal: os neoliberais. Sabemos que está tudo uma merda, mas da merda nasce a luz”.

No Brasil, a palavra “esquerda” continua o ópio dos intelectuais. Pressupõe uma “substância” que ninguém mais sabe qual é, mas que “fortalece”, enobrece qualquer discurso. O termo é esquivo, encobre erros pavorosos e até justifica massacres. E eles se sentem “vítimas” da nossa desconfiança de estúpidos que ainda não viram a “verdade”. Eles não querem entender que a miséria do país é uma consequência, e não a causa. Eles amam a miséria, a academia cultiva a “desigualdade” como uma flor. A miséria tem de ser mantida “in vitro” para justificar teorias velhas e absolver incompetência. Para eles, o socialismo é um dogma. Diante dele, abole-se o sentido crítico. É como duvidar da virgindade de Nossa Senhora.

Como podem achar que este pobre povo de miseráveis e analfabetos vai se erguer contra o “neoliberalismo”? Só a loucura explica isso. Antes achavam que a luta de classes era o motor da história. Para eles, hoje o motor da história está em uma espécie de “miséria revolucionária”. Não é possível que homens inteligentes não vejam este óbvio uivante, ululante.

Não esqueçamos que a burrice é uma categoria fundamental para entendermos suas cabeças.
O que mais me grila é que não parece se tratar de um período histórico regressivo. Será que é uma crise passageira, e, uma vez terminada, o país voltq ao “normal”? Não. É um salto para outra anormalidade sem fim; é uma mudança de estado. Temo que não seja uma doença que passa; talvez seja uma anomalia incurável.



29 de setembro de 2015
Arnaldo Jabor

APÓS UM ANO, UMA OUTRA DILMA ROUSSEFF NA ONU



29 DE SETEMBRO DE 2015
Josias de Souza

CUNHA É PENTA

BRASÍLIA - Eduardo Cunha é penta. Com o novo depoimento do lobista João Henriques, já são cinco os investigados da Lava Jato que o acusam de se beneficiar do esquema de corrupção na Petrobras.

Nenhum outro político foi citado por tantas testemunhas do escândalo. Mesmo assim, ele continua no cargo e ainda articula a abertura de um processo de impeachment contra a presidente da República.

O peemedebista já havia sido citado por quatro pessoas: o doleiro Alberto Youssef, o lobista Júlio Camargo, o ex-gerente da estatal Eduardo Musa e o lobista Fernando Baiano.

O primeiro a falar foi Youssef. Em maio, ele acusou Cunha de exigir propina na construção de navios-sonda, usados para perfurar poços de petróleo. Dois meses depois, Camargo confirmou o relato e contou que o repasse foi de US$ 5 milhões.

Com base nas delações, a Procuradoria-Geral da República reuniu novas provas e denunciou o peemedebista por corrupção e lavagem de dinheiro. Cunha negou tudo, declarou-se "rompido" com o governo e continuou a comandar a Câmara.

O cerco voltou a se fechar neste fim de setembro. Apontado como "sócio oculto" do deputado, Baiano confirmou o pagamento pelos navios-sonda. Musa contou que ele dava a "palavra final" em nomeações para a cúpula da Petrobras.

Nesta segunda, surgiu mais uma novidade. O lobista Henriques disse ter aberto uma conta na Suíça para pagar propina ao peemedebista. Ligou o repasse à compra de um campo de exploração na África.

Em outros tempos, isso seria mais que suficiente para que Cunha perdesse o cargo. No entanto, ele nem chegou a virar alvo de investigação por quebra de decoro parlamentar.

Graças à covardia do governo e à cumplicidade da oposição, que conta com ele para derrubar Dilma Rousseff, o deputado segue firme e forte na cadeira. Até o fim da semana, ainda pode emplacar um amigo do peito no Ministério da Saúde.



29 de setembro de 2015
Bernardo Mello Franco

O ASSALTO DOS PEROBAS GOMES


Cyro Gomes é um politico conhecido, uma espécie de Ronaldinho Gaúcho do imundo submundo da politica nordestina. 
Já mudou mais de partido do que batom de puta velha. Mas é um homem leal a si mesmo. 

Ele e seu irmão há décadas boqueteiam o Ceará sugando-o até o talo, e fodem impunemente os cearenses, que parecem gostar. 

Eles são gulosos, insaciáveis e querem mais, agora querem o briocó do brasileiro: 

Os irmãos Ciro e Cid Gomes foram para o PDT de olho no Ministério das Comunicações, prometido por Dilma. Mas exigem "porteira fechada", inclusive o comando dos Correios e de seu fundo de pensão, o Postalis.

29 de setembro de 2015
in selva brasilis

JOBIM, O GAÚCHO QUE FALTAVA NA LAVA JATO


Nelson Jobim é figurinha carimbada da política brasileira. Comunista que infiltrou o tucanato, o governo FHC e o STF, só encontrou paz de espírito no ministério da defesa do governo Lula. 

Como nenhum desastre no Brasil é feito sem o know-how e expertise gaúcha, o gigantesco esquema de corrupção desvendado pela Lava Jato clamava pela liderança de um gaucho. 

Eis que aparece Jobim. No ministério da defesa ele pode administrar com conhecimento, segurança e categoria a centenária e inata corrupção dos contratos militares. 
Temendo virar alvo do processo policial-jurídico ele decidiu agir camuflado, mas com presteza. 

Convocou o esparro e camarada de partido Tofoli para melar a investigação no STF. 

Revela O Antagonista: Nelson Jobim é o novo Márcio Thomaz Bastos. Ele foi contratado por empreiteiras como Odebrecht, OAS e Camargo Corrêa para desmontar a Lava Jato. 
Arrolado como testemunha do almirante Othon Pinheiro, com um primo envolvido na Lava Jato e sob risco virar alvo quando a investigação avançar sobre os contratos da área de Defesa, Jobim trabalha intensamente para livrar seus clientes e a si próprio.

29 de setembro de 2015
in selva brasilis

FHC O VELHO COMUNISTA GAGÁ, CRETINO E CANALHA


Na antiguidade acreditava-se que a velhice trouxesse sabedoria, equilíbrio, bom-senso. FHC é exatamente o inverso disso. 
Quanto mais envelhece mais retorna a sua tola juventude e ao comunismo militante que o tornou um dos 'jênios' da USP, onde formou gerações e exércitos de idiotas militantes. 
Como ninguém mais acredita na liderança do PT, em Lula ou Dilma, então resta a FHC dar uma de Kakay e sair mais uma vez em defesa do PT, de sua canalha, de seus crimes, de sua ideologia podre e cretina.
29 de setembro de 2015
in selva brasilis

O PREÇO DO APOIO

RIO DE JANEIRO - Já ultrapassamos a metade do ano de 2015 e parte do segundo mandato de Dona Dilma. Não se precisa de esforço algum para saber como vão as coisas. Basta uma leitura dos jornais, ouvir os noticiários da TV e acompanhar esporadicamente os debates do Senado e da Câmara.

Tirante o noticiário miúdo (crimes, futebol, balas perdidas etc.), predominam os problemas da seara institucional, política e policial, este último por conta da corrupção instaurada sob o patriótico esforço do PT, cujos chefes principais estão na cadeia ou a caminho dela.

Houve época, em quase todos os governos anteriores, que o balanço publicado pelos meios de comunicação era mais ameno e até mesmo positivo: construção de Brasília, abertura de estradas, novas indústrias, como a naval e a automobilística, Plano Real, tranquilidade institucional e otimismo.

Agora, a questão dominante é o impeachment de Dona Dilma, a debacle econômica e financeira, o desemprego nas empresas privadas e a inflação crescente. Não é caso ainda para o desespero, mas a crise agravará não apenas o bolso dos brasileiros, mas a normalidade do país.

Temos a possibilidade do impeachment. As perspectivas são as mais sinistras, venha ou não venha o impedimento da presidente.

Os planos de salvação nacional prometidos pelo governo dependem de aprovação do Congresso, onde há apetites por cargos, missões e negócios que constituem a pedra angular da corrupção. Milhares de políticos estão ansiosos, na boca de espera, aguardando a compensação que pagará o apoio que Dona Dilma precisa e espera.

Inclusive, à formidável pizza que está sendo preparada para impedir que o Poder Judiciário e a Polícia Federal continuem as investigações que podem chegar a Lula e a outros sobas do PT.

29 de setembro de 2015
Carlos Heitor Cony

STF, MAIS PERIGOSO DO QUE O PT

Não se surpreenda com o título. Ele não é uma opinião, mas simples expressão de algo facilmente constatável. O PT, como partido ou como base do governo, apesar de todas as tropelias, tem sua ação contida por certos limites. 
Tais restrições são impostas, ora por conveniências políticas, ora por ações da oposição, ora por reações da parceria, ora pela possibilidade de que a lei, um dia, valha para todos. Já o STF não se submete a limites. No exercício do poder, seus onze membros podem tudo. Não estão submetidos sequer à Constituição. Substituem-se aos parlamentares para legislar e para deslegislar. A opinião da maioria é a própria lei. O que seis decidem é irrecorrível. Pouco se lhes dá o que as pessoas pensam deles.

Dei-me conta dessa realidade ao ler, na Folha, a opinião do ex-Procurador Regional da República, Rogério Tadeu Romano, sobre o “fatiamento” da operação Lava Jato. Na teoria e na prática tal decisão deve retirar das mãos do juiz Sérgio Moro e entregar ao ministro Dias Toffoli os processos não relacionados com os escândalos da Petrobrás, sob a alegação de que apenas sobre estes incide a competência do juiz. 
Graças a tão surpreendente quanto conveniente justificativa, a fatia do processo referente à senadora Gleisi Hoffmann foi cortada das mãos de Moro por envolver lavagem de dinheiro. Com lucidez, o ex-Procurador refuta o argumento esclarecendo que, ao fixar a competência, se deveria levar em conta o crime principal, o crime de corrupção, a origem do dinheiro desviado, e não o secundário, lavagem de dinheiro, que só surge porque havia o principal. Por que será que os advogados dos réus festejaram tanto a decisão do STF? Ah, pois é.

Até o PT, envolvido à náusea num emaranhado de escândalos sem precedentes na história universal, se preocupa com parecer menos pior. Ao STF pouco se lhe dá se for tido e havido como um “tribunal bolivariano”, na expressão usada pelo ministro Gilmar Mendes. E me sinto igualmente respaldado para o título deste artigo quando lembro as palavras de Joaquim Barbosa no final da sessão em que oito réus do mensalão foram absolvidos (pasmem!) do crime de formação de quadrilha. 
Disse ele: "Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que este é apenas o primeiro passo. Esta maioria de circunstância tem todo tempo a seu favor para continuar nessa sua sanha reformadora. (...) Essa maioria de circunstância foi formada sob medida para lançar por terra todo um trabalho primoroso, levado a cabo por esta corte no segundo semestre de 2012".
Sem tirar nem pôr, é o que estamos presenciando.

29 de setembro de 2015
Percival Puggina

BRASIL, DE NOVO A BOLA DA VEZ?

Autoridades econômicas de todo o mundo preparam-se para viajar a Lima entre os dias 9 e 11 e outubro, para participar do encontro anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

Essas reuniões não costumam ter ibope alto entre leigos, pouco afeitos a temas como balanços de pagamentos, quotas, direitos especiais de saque ou consultas sobre o Capítulo IV.

Mas em alguns momentos - como os que estamos atravessando, marcados pela instabilidade e pela incerteza – esses encontros podem atuar como catalisadores de tensões e crises.

Foi, por exemplo, o que aconteceu nas reuniões do FMI-Banco Mundial de 1982, em Toronto. Para o Brasil foi o começo de um grande desastre; marcou o início de um longo período de sofrimento, de uma década perdida.

Acompanhei, como assessor, o ministro da Fazenda, Ernane Galvêas, ao Canadá. Acreditávamos que uma negociação seria possível, mas nos enganamos. O Brasil virou a “bola da vez”, na esteira do México, Polônia e Argentina.

No encontro de Lima, a lista de problemas é grande, e não pára de crescer. O lugar de destaque ficará com a China, que parece não saber administrar a desaceleração de seu crescimento e tem reagido com solavancos nas esferas do comércio e do câmbio.

Por conta dos solavancos chineses, os países em desenvolvimento, exportadores de matérias-primas, estão sendo asfixiados. Não apenas reduz-se a entrada de divisas pela via do comércio exerior, como há ameaça séria à manutenção dos fluxos de investimentos e de financiamentos.

Um dos temas centrais da reunião de outubro será a avaliação do que sucederá com o mundo quando o Federal Reserve Board (o banco central dos EUA) decidir aumentar as taxas de juros básicas, que vêm sendo há dez anos mantidas em patamar próximo a zero.

Se o Brasil não tiver o que apresentar à comunidade internacional, em termos do que está fazendo para corrigir seus graves desacertos macroeconômicos, não deve esperar simpatia e mãos estendidas do resto do mundo.



29 de setembro de 2015
Pedro Luiz Rodrigues

EM APENAS 4 SENTENÇAS LAVA JATO RASTREOU R$ 200 MILHÕES EM PROPINAS

JUIZ SÉRGIO MORO CONTABILIZA O VOLUME DE PROPINAS NA LAVA JATO
O JUIZ SÉRGIO MORO É O RESPONSÁVEL PELA OPERAÇÃO LAVA JATO NA JUSTIÇA FEDERA DO PARANÁ. FOTO: FR POZZEBOM/ABR


Apenas quatro ações criminais já julgadas na Operação Lava Jato, envolvendo duas das maiores empreiteiras do País, confirmam pagamento de R$ 200.595.035,94 em propinas às diretorias de Abastecimento e de Serviços da Petrobras. De acordo com as sentenças do juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, parte dos valores foi recebida pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, pelos ex-diretores da estatal Renato Duque (Serviços), Nestor Cerveró (Internacional) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e pelo ex-gerente de Engenharia da companhia Pedro Barusco.

O rombo global nos cofres da estatal petrolífera alcançou R$ 6,2 bilhões, segundo o próprio balanço da companhia - mas pode chegar a R$ 19 bilhões, segundo investigações da Polícia Federal. O resumo das quatro condenações que confirmam repasses de R$ 200,5 milhões foi incluído por Sérgio Moro no decreto de prisão preventiva do empresário João Augusto Henriques, apontado como lobista do PMDB na estatal petrolífera e acusador do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) - Henriques disse à PF que abriu uma conta na Suíça para depositar propinas para o peemedebista.

O destaque do juiz federal de Curitiba foi inserido no despacho de prisão preventiva de Henriques, dois dias depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) fatiou a Lava Jato, tirando de suas mãos importantes desdobramentos da investigação que tem raiz na Petrobras.

Costa e Barusco fizeram delação premiada e admitiram envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Duque e Cerveró negam. O juiz Moro aponta que intermediaram o pagamento das propinas e se encarregaram da lavagem de dinheiro o doleiro Alberto Youssef, o empresário Júlio Camargo e os lobistas Mário Góes, Adir Assad e Fernando "Baiano" Soares, ligado ao PMDB. Youssef, Camargo, Góes e Baiano são delatores na investigação.

Primeira empreiteira a ter seus executivos condenados no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014, a Camargo Corrêa fechou, recentemente, acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e com o Ministério Público Federal para revelar irregularidades na estatal petrolífera e na Eletronuclear, cujo ex-presidente, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi preso. Na sentença, Sérgio Moro apontou que os dirigentes da Camargo Corrêa pagaram R$ 50.035.912,33 em propinas à diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Dalton dos Santos Avancini, que foi presidente da empreiteira, e Eduardo Leite, ex-diretor vice-presidente da empresa, pegaram 15 anos e dez meses de reclusão. Os dois fizeram delação premiada nos autos da Lava Jato e, por isso, o juiz Sérgio Moro concedeu a eles regime de prisão domiciliar.

A OAS, outra condenada na Lava Jato, nega ter participado do esquema. Segundo a sentença, a empreiteira pagou propina de R$ 29.223.961,00 também na Diretoria de Abastecimento. O empresário José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira, e Agenor Medeiros, ex-diretor-presidente da área internacional, foram condenados a 16 anos e 4 meses de reclusão. Os executivos Mateus Coutinho de Sá Oliveira, ex-diretor financeiro, e José Ricardo Nogueira Breghirolli pegaram onze anos de reclusão e Fernando Stremel foi condenado a quatro anos em regime aberto.

Na Diretoria Internacional, a sentença de Sérgio Moro apontou R$ 54.517.205,85 em propinas pagas em contratos de fornecimento de navios-sondas. Teriam recebido parte dos valores o ex-diretor Nestor Cerveró e o lobista Fernando Baiano, ambos condenados. Cerveró pegou 12 anos e 3 meses de prisão e Baiano, 16 anos.

Na segunda-feira, 21, a Justiça Federal condenou o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque a 20 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa - a mais alta pena já imposta pela Lava Jato. Moro indicou o pagamento de R$ 23.373.653,76 em propinas à Diretoria de Abastecimento e de R$ 43.444.303,00 à Diretoria de Engenharia e Serviços em outras obras da Petrobras, como as contratadas com o Consórcio Interpar e com Consórcio CMMS.

Na mesma sentença, o juiz Moro condenou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, também por corrupção e lavagem de dinheiro, a 15 anos e 4 meses de prisão. Os mesmo crimes foram atribuídos a Duque. É a primeira condenação aplicada ao ex-diretor de Serviços, apontado como elo do PT no esquema Petrobras, e também do ex-tesoureiro do partido na Lava Jato.



29 de setembro de 2015
diário do poder