"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 11 de março de 2014

O PT GANHOU NO TAPETÃO

Derrubada a condenação por formação de quadrilha, o processo no seu conjunto ficou absolutamente incompreensível

O julgamento do mensalão reforçou os defeitos do Poder Judiciário. A lentidão para apreciar as ações, a linguagem embolada e oca de juízes, promotores e advogados, o burocratismo e a leniência quando crimes são cometidos por poderosos.

O Supremo Tribunal Federal, ao longo da história republicana, em diversos momentos foi subserviente frente ao Poder Executivo, ignorou a Constituição e as leis — por mais incrível que isto pareça. Mas rasgar uma decisão produto de um processo que se estende desde 2007 — quando a denúncia foi aceita — isto nunca ocorreu. A revisão da condenação por formação de quadrilha da liderança petista foi o ato mais vergonhoso da história do STF desde a redemocratização.

Até 2012, o governo federal deu pouca importância à Ação Penal 470. Mesmo a nomeação dos novos ministros foi feita sem dar muita atenção a um possível julgamento. Um deles, inclusive, foi indicado simplesmente para agradar ao então todo poderoso governador Sérgio Cabral.

Afinal, o processo vinha se arrastando desde agosto de 2007. Muitos esperavam que sequer entraria na pauta do STF e que as possíveis penas estariam prescritas quando do julgamento. Porém, graças ao árduo trabalho do ministro Joaquim Barbosa e do Ministério Público, a instrução do processo foi concluída em 2011.

O presidente Ayres Brito, de acordo com o regimento da Corte, encaminhou então o processo para o exame do revisor. Esperava-se que seria questão meramente burocrática, como de hábito. Ledo engano. O ministro Ricardo Lewandowski segurou o processo com a firmeza de um Gilmar dos Santos Neves. E só “soltou” o processo — seis meses depois — por determinação expressa de Ayres Brito.

O calendário do julgamento foi aprovado em junho de 2012. Registre-se: sem a presença de Lewandowski. Dois meses antes, o ministro Gilmar Mendes repeliu (e denunciou publicamente) uma tentativa de chantagem do ex-presidente Lula, que tentou vinculá-lo ao “empresário” Carlinhos Cachoeira.

Em agosto, finalmente, começou o julgamento. Diziam à época que as brilhantes defesas levariam ao encerramento do processo com a absolvição dos principais réus. Os advogados mais caros foram aqueles que pior desempenharam seus papéis. O Midas da advocacia brasileira foi o Pacheco do julgamento, sequer conseguiu ocupar os 60 minutos regulamentares para defender seu cliente.

Os inimigos da democracia perderam novamente. Foram sentenciados 25 réus — inclusive a liderança petista. Desde então, as atenções ficaram voltadas para tentar — por todos os meios — alterar o resultado do julgamento. A estratégia incluiu a nomeação de ministros que, seguramente, votariam pela absolvição do crime de formação de quadrilha.

Mas faltava rasgar a Lei 8.038, que não permitia nenhum tipo de recurso para uma ação penal originária, como foi o processo do mensalão. E o PT conseguiu que o plenário — já com uma nova composição — aceitasse os recursos. A partir daí o resultado era esperado

Derrubada a condenação por formação de quadrilha, o processo no seu conjunto ficou absolutamente incompreensível. Como explicar — para só falar dos sentenciados — que 25 pessoas de diversos estados da federação, exercendo distintas atividades profissionais e de posições sociais díspares, tenham participado de toda a trama? Foi por mero acaso? Banqueiros, donos de agências de publicidade, políticos de expressão, ministro, sindicalistas, funcionários partidários e meros empregados com funções subalternas não formaram uma quadrilha para através do desvio de dinheiro público comprar uma maioria na Câmara dos Deputados? E as dezenas de reuniões entre os sentenciados? E as condenações por peculato, corrupção ativa e passiva? E os crimes de gestão fraudulenta e evasão de divisas?

Parodiando um ministro do STF, o processo do mensalão não fecha. Neste caso, é melhor derrubar as condenações (claro que, seguindo a tradição brasileira, somente dos poderosos, excluindo as funcionárias da SM&P) e considerar tudo como um mal-entendido.

Deve ser registrado que toda esta sórdida manobra não encontrou resposta devida do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Nas últimas sessões estava macambúzio. Pouco falou. E, quando teve a oportunidade de expor as teses do Ministério Público, deu a impressão que o fez com enfado, como uma pesada obrigação. A única semelhança com a enérgica atuação do procurador Roberto Gurgel foi o uso dos óculos.

O PT ganhou no tapetão, para usar uma metáfora ao gosto do réu oculto do mensalão, o ex-presidente Lula. Para os padrões da Justiça brasileira, o resultado pode até ser considerado uma vitória. Afinal, mesmo que por um brevíssimo período, poderosos políticos estão presos. Mas fica um gosto amargo.

A virada de mesa reforça a sensação de impunidade, estimula o crime e a violência em toda a sociedade. O pior é que a decisão foi da instância máxima do Judiciário, aquela que deveria dar o exemplo na aplicação da justiça.

Mas, se a atual composição do STF não passa de uma correia de transmissão do Executivo Federal, a coisa vai ficar ainda pior. Os ministros que incomodam a claque petista — por manterem a independência e julgarem segundo os autos do processo — estão de saída. Dois deles, nos próximos meses, devem se aposentar. Aí teremos uma Corte que não vai criar mais nenhum transtorno aos marginais do poder. Não fará justiça. Mas isto é apenas um detalhe. O que importa é transformar o STF em um simples puxadinho do Palácio do Planalto. Afinal, vai ficar tudo dominado.

 
11 de março de 2014
Marco Antônio Villa, O Globo

FABRICAÇÃO PRÓPRIA

Pode até ser que a presidente Dilma Rousseff, com o auxílio do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, consiga arrumar as coisas no terreno político e, com a ajuda do ministro Guido Mantega, possa recuperar a confiança do empresariado.

Vai ser difícil, contudo, que isso aconteça da maneira pretendida: com a rapidez exigida pela conveniência eleitoral.

Ambas as situações - a conflagração na base de apoio materializada na rebelião do PMDB e a crise de confiança do setor produtivo - não surgiram de uma hora para outra nem decorreram do fenômeno da geração espontânea.

Foram (im) pacientemente cultivadas ao longo dos últimos três anos. Nesse período, os traços de personalidade da presidente ganharam o incentivo do marketing da poderosa e inflexível gerente que tudo sabe e a todos enfrenta.

Uma construção gradativa, intermeada de avisos, de queixas sempre rechaçadas com menosprezo, quando não com bravatas. O governo pretende recuperar terreno agora com o diálogo, mas tal ambiente não se desfaz de uma hora para outra. Demanda esforço em sentido contrário.

Dilma escalou o ministro da Fazenda para "ouvir" os empresários numa reunião hoje em São Paulo. Isso depois de meses de rebates nem sempre civilizados às críticas de demandas desse mesmo setor, no pressuposto de que os interesses objetivos deles nunca os afastariam de fato de governo. Erro de cálculo que talvez não possa ser corrigido mediante "fóruns de diálogo" se às palavras não corresponderem atitudes.

O mesmo ocorre na política. Embora pareça, a conturbação com o PMDB não surgiu devido à chamada reforma do ministério. Vem desde o primeiro ano de governo Dilma e apareceu em todo seu esplendor em maio do ano passado na votação da Medida Provisória dos Portos.

Na ocasião, com maioria de 423 deputados o governo levou dois dias e duas noites para aprovar na Câmara a MP. Evidentemente, a demora não se deveu à atuação dos 90 parlamentares da oposição.

O próprio governo atribuiu à ação do líder do PMDB, Eduardo Cunha, qualificado como uma "erva daninha" a ser extirpada da base governista. Isso quase um ano atrás. Na época, já se falava no Planalto que a presidente exigiria do vice Michel Temer uma definição: o PMDB deveria dizer se estava com o líder na Câmara ou com o governo.

Usavam-se as mesmas palavras de hoje sobre a necessidade de "enquadramento" e de "isolamento" de Cunha, que teria avançado o sinal, confrontado a autoridade presidencial e tudo o mais que se fala hoje. Os movimentos de Michel Temer, supostamente desautorizando o líder também eram semelhantes.

E onde o deputado está? No lugar de sempre, respaldado pela direção do partido, fazendo o jogo do PMDB sem que o Palácio do Planalto possa ter a menor ingerência sobre isso. O partido já decidiu lá atrás, no ano passado quando reconduziu o líder que ficava com ambos: Cunha e o governo.

Assim é e não serão reuniões da presidente nem notas em jornal dizendo da conveniência eleitoral de Dilma confrontar um deputado líder de bancada que mudarão uma história que vem de longe e não tem conserto fácil.

A presidente da República já fez várias reuniões com o partido aliado e o resultado foi zero. Teve dois convites para ministérios recusados e agora PT e PMDB prometem sentar para discutir as alianças em cinco Estados.

Pura embromação. Cada um fará o que for mais conveniente no âmbito local e os dois farão o mais interessante no plano federal, que é a manutenção da aliança formal que dá a Dilma a metade do tempo de televisão dos 11 a 13 minutos com os quais espera contar e ao PMDB a Vice-Presidência.

São os termos do contrato.

 
11 de março de 2014
Dora Kramer, O Estado de S. Paulo

O QUE QUEREM AS MULHERES?

No Dia Internacional da Mulher, várias amigas me pediram: “Escreve, escreve sobre a mulher!...” .
O psicanalista Lacan disse que “A Mulher” não existe, pois não há alguma coisa que as unifique. Acho que ele tinha razão. Eu nunca conheci a mulher. Eu já amei e odiei “mulheres”. Então, por que esse título genérico? Existe a mulher de burca, a ‘stripteaser’, existe a freira, a bondosa, a malvada, existe Eva e Virgem Maria.

Sempre que chega esse dia internacional, nós, machistas, elogiamos o lado “abstrato” das fêmeas, sua delicadeza, sua capacidade de perdão (sic), sua coragem, em textos de hipocrisia paternalista, como se falássemos de pobres, de crianças. As mulheres foram e são oprimidas e estupradas na alma e no corpo.

No Oriente e na África vemos o auge da violência: castrações, estupros impunes, pais condenando filhas, tudo de horrível. Mas no resto do mundo sobrevivem muitas formas mais sutis de opressão e desprezo.

Uma leitora, que se disse “perua inteligente”, me escreveu: “Antes, as mulheres eram escravas passivas, hoje somos ativas, mas continuamos escravas. Mesmo sendo frígidas, temos de prometer ‘funcionamento’. Não é por acaso que eles nos chamam de ‘aviões’. É só olhar as revistas masculinas. O que está acontecendo no Brasil é a libertação da mulher-objeto. A publicidade é toda em cima de sexo”.

É verdade, penso eu: muita mulher que se sente livre é enganada.

Na mídia, só vemos estímulos para as mulheres buscarem a bunda perfeita, bundas ambiciosas querendo subir na vida, bundas com vida própria, mais importantes que suas donas, próteses de silicone, sucesso sem trabalho, anúncio de cerveja com loiras burras, mulheres divididas entre a “piranhagem” e a “peruíce”, sorrisos luminosos de celebridades bregas, passos-de-ganso de manequins. A bunda é a esperança de milhões de cinderelas. O corpo tem de dar lucro. As mulheres querem ser disputadas, consumidas. Ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pelos pubianos nos salões de beleza e, depois, saem felizes com uns bigodinhos verticais que lembram Hitler ou Sarney. A liberdade de mercado produziu o mercado da “liberdade”.

A mulher não é um enigma. Nós é que somos, disfarçados de sólidos. Os homens são óbvios, fálicos.

As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe. O masculino é certo; o feminino é insolúvel. A mulher deseja o impossível; desejar o impossível é sua grande beleza.

A mulher precisa do homem impalpável. As mulheres têm uma queda pelo canalha (cartas indignadas para a redação...). O canalha é mais amado que o bonzinho. Ela sofre com o canalha, mas o canalha lhe dá um sentido claro com sua viril antipatia. Claro que é um preconceito também essa mania de dizermos que as mulheres são “incompreensíveis” (mesmo Freud). Mas essa confusão na cabeça das mulheres não é maluquice ou psicose; nessa confusa cabeça há uma verdade indeterminada mais profunda do que as ilusões masculinas. Homem tem um “fim”. Mulher abre-se num horizonte com muitos sentidos e está sempre equivocando o homem. Lembrando-me de quem amei, vejo que elas queriam ser “descobertas” para elas se conhecerem. Queriam ser decifradas pelos homens, por nossas mãos e bocas. Uma grande submissão a elas só as tornava mais desoladas, raivosas. Muitas vezes, cometi esse erro e dancei.

Elas ventam, chovem, sangram, elas têm inverno, verão, “t.p.m.”s, raiam de manhã ou brilham à noite, elas derrubam homens como terremotos. Elas querem ser decifradas por nós, mas nunca acertamos no alvo, pois não há alvo, nem mosca.

Daí o ódio que os primitivos cultivam contra elas, daí os boçais assassinos do Islã apedrejando-as até a morte, daí os mitos negros como Lilith ou Jezebel (até Eva) ou ladies da morte como Macbeth.

O único grande mistério talvez seja a divisão entre os sexos. Por mais que queiramos, nunca chegaremos lá. Lá, aonde? Lá na diferença radical onde mora o “outro”. Há alguns exploradores: os veados, sapatões, travestis, que mergulham nesse mar e voltam de mãos vazias, pois nunca saberemos quem é aquele ser com útero, seios, vagina, aquele ser maternal, bom, terrível quando contrariado no “ponto G” da alma. Por outro lado, elas nunca saberão o que é um pênis pendurado, um bigodão, a porrada num jogo do Flamengo, um puteiro visitado de porre, nunca saberão do desamparo do macho em sua frágil grossura. Elas jamais saberão como somos. O amor é a tentativa de pular esse abismo. Eu sou hoje o que as mulheres fizeram comigo ou o que eu aprendi com elas, no amor ou no sofrimento. Eu descobri defeitos e qualidades que me formaram, como acidentes que me foram desfigurando. O que aprendi com elas? Não tenho ideia, mas sei que me mudaram. Eram como quebra-cabeças: ao tentar armá-los, eu achava que sabia tudo, mas entrava em novos labirintos. Com elas, loucas, sóbrias, boas e más, descobri que não tenho forma nem lógica e que sempre me faltará uma peça na charada.

Existe alguma coisa que as unifique em uma identidade geral? Não sei, mas parece que elas estão muito mais próximas que nós da realidade múltipla do mundo atual, aberto, sem futuro ou significado. Mas não é como vítimas que devemos lamentá-las ou louvá-las. Sua importância é afirmativa, pois elas estão muito mais próximas que nós da realidade deste mundo aberto, sem futuro ou significado. Elas não caminham em busca de um “sentido” único, de um poder brutal. O homem se crê acima do mistério, mas as mulheres estão dentro. São impalpáveis como a realidade que o homem “pensa” que controla.

O dia internacional devia estimular uma ação política das mulheres, não apenas para defender seus direitos, mas para condenar a civilização de machos boçais que destroem nosso destino.

 
11 março de 2014
Arnaldo Jabor, O Globo

FRANKENSTEINS

O 'rejuvenescimento' de Kim Novak era mais ofensivo do que qualquer envelhecimento imaginável 

Quando as pessoas escutam a palavra "Frankenstein", normalmente atribuem o nome ao monstro do romance de Mary Shelley.

 Erro, claro: factualmente falando, "Frankenstein" é o nome do médico que cria o monstro. Mas existe alguma verdade na confusão onomástica. Porque o verdadeiro monstro da história não é a criatura; é o criador. 

Na sua arrogância e insanidade, Victor Frankenstein é essa espécie de Prometeu moderno que recusa os limites da vida (e da morte) para transcender a nossa imperfeita condição terrena. Mary Shelley foi implacável na caracterização do médico e na sua ambição sacrílega e destrutiva. Para a infeliz criatura, as palavras da escritora são feitas de pura compaixão.

 Lembrei de "Frankenstein" quando assistia à última cerimônia do Oscar. Sobretudo quando saltei do sofá ao ver Kim Novak na tela para entregar uma estatueta qualquer. 

Momento nostálgico: Kim Novak é a atriz central de um dos meus filmes da vida -- "Vertigo", de Alfred Hitchcock-- para além de outras aparições igualmente epifânicas em obras de Otto Preminger ou do incomparável Billy Wilder. 

Em termos estéticos, Novak só perdia para a colega de geração que emigrou para Mônaco --e mesmo aí, a doutrina divide-se: existe em Kim Novak uma sombra de perversidade que Grace Kelly, na sua beleza imaculada, nunca atingiu. Nem com Hitchcock. Mas divago. 

Então regresso ao Oscar e a 2014. E Novak, hoje com 81 anos, desfigurada a golpes de bisturi: o rosto petrificado; as frases murmuradas pela óbvia impossibilidade de as pronunciar com aqueles lábios que Jimmy Stewart beijou várias vezes; em suma, o "rejuvenescimento" da diva era mais ofensivo aos meus olhos do que qualquer envelhecimento imaginável. Ninguém terá dito àquela mulher que o seu rosto era a prova material de um crime? 

Olhando para a plateia de famosos, provavelmente não: perdi a conta do número de atrizes com rostos igualmente grotescos que aplaudiam Novak sem conseguirem esboçar um sorriso. De tal forma que o espectáculo me parecia irreal: um Carnaval macabro, com os foliões ostentando máscaras distorcidas dos seus próprios rostos originais. Fellini tomara conta da cerimônia e o resultado era um filme de Buñuel. Comentários? 

 Uma alma genuinamente libertária dirá que os indivíduos são livres para usarem e abusarem do seu corpo como entenderem: se Kim Novak, aos 81, deseja ter um rosto de 30, quem sou eu, quem somos nós, quem é o Estado para negar-lhe os prazeres da faca? 

Entendo o argumento. Mas também entendo que existe um esquecimento deontológico no mesmo. Tom Blackwell, em artigo para o "National Post", resume o problema com uma única pergunta: de quem é a culpa quando as cirurgias plásticas correm barbaramente mal? Será apenas do paciente que deseja o impossível e recebe o inominável? 

Ou existe também a responsabilidade do médico, que alimentou expectativas insanas, mesmo sabendo dos resultados a que elas conduziriam?

 Dito de outra forma: será que o médico é apenas um profissional amorfo e sem consciência, que executa qualquer loucura que lhe é pedida desde que seja pago, e bem pago, para isso? 

Ou o médico é mais que um marionete, mais que um mercenário, usando a razão e a responsabilidade para não subverter o propósito da sua arte? 

Olhando para a esmagadora maioria das especialidades médicas, a pergunta responde-se a ela própria: não conheço cirurgiões que removam órgãos ou façam transplantes por mero capricho do paciente. Sim, eu até posso desejar a remoção de um braço (não desejo) ou receber um fígado novo por razões preventivas (bem, pensando nisso"¦). Mas terei sérias dificuldades legais em encontrar um cúmplice para os meus delírios. 

Será que os cirurgiões plásticos estão acima dos restantes, lavando as mãos de qualquer "excesso" em nome da sagrada liberdade individual? 

Regresso a Kim Novak. E regresso a Frankenstein. Olhando para a atriz, haveria a tentação de pensar que o monstro, ali, era ela. 

Engano. Como escreve o mesmo Tom Blackwell no artigo do "Post", o mais provável é o verdadeiro monstro estar na sua clínica. E com a lista de espera completamente lotada.
 
11 de março de 2014
João Pereira Coutinho, Folha de SP

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 11/03
 
11 de março de 2014


E AGORA JOSÉ?

Base aliada racha e rebeldes aprovam comissão externa para investigar denúncia sobre Petrobras


                                   Eduardo Cunha (centro) comemora a derrota do governo
 
Mesmo com todas as tentativas do governo de barrar a criação de uma comissão externa para investigar denúncias de pagamento de propina a funcionários da Petrobras, a Câmara dos Deputados aprovou hoje (11) a proposta em votação simbólica.
O requerimento foi aprovado com apoio da bancada do PMDB, partido da base aliada ao governo.
O governo ainda tentou barrar a iniciativa da oposição por meio de um requerimento pela retirada da proposta, mas o plenário rejeitou o pedido. Por 216 votos a favor, 38 contrários e 11 abstenções, os parlamentares mantiveram em pauta a proposta da oposição.
Com a criação da comissão, deputados deverão viajar à Holanda para acompanhar a investigação de denúncias relacionadas a irregularidades na Petrobras.

11 de março de 2014
Luciano NascimentoAgência Brasil

PAVIO ACESO

Anúncio de acordo entre o governo petista de Dilma Rousseff e o ainda rebelado PMDB é conversa fiada

michel_temer_22Quem conhece minimamente a política nacional sabe que o anúncio de um possível armistício entre o PMDB e o governo petista de Dilma Vana Rousseff é conversa fiada.
Não há acordo, pois os peemedebistas querem cada vez mais e a presidente da República não abre mão de seu estilo truculento de ser.
Enquanto nada se resolve, o Brasil continua regredindo e a população acreditando que aqui é o País de Alice.

Depois de dois dias de reuniões e negociações, ambas com a participação do vice-presidente Michel Temer, o PMDB não conseguiu convencer com o discurso de que um acordo fora selado entre o partido e o Palácio do Planalto. Horas depois do anúncio, a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados informou que a legenda convocará ministros para audiências nas comissões permanentes da Casa legislativa. Ou seja, o que horas antes era considerado resolvido não passou de um blefe para que a crise não se alastrasse para outros setores da política.

Quando o PMDB escolheu o deputado federal Eduardo Cunha (RJ) para liderar o partido na Câmara, o ucho.info alertou para o fato de que Dilma e seus asseclas enfrentariam problemas, uma vez que o parlamentar fluminense é tido como “profissional” por muitos dos seus colegas de parlamento. Leitura também feita pelos jornalistas que cobrem o cotidiano do Congresso Nacional.

Para provar que ainda não há solução para a crise que se instalou na Câmara, a bancada do PMDB promete para a tarde desta terça-feira (11) uma nota de apoio ao deputado Eduardo Cunha, o que em outras palavras significa que a intifada segue adiante. Para reverter o quadro a presidente Dilma Rousseff terá de atender às solicitações do PMDB, caso contrário o partido poderá comprometer seu projeto de reeleição. Fora isso, o PT terá de rever as alianças nos estados com vistas às eleições de outubro próximo.

Um dos engasgos nessa intrincada negociação é a insistência de Dilma em indicar o senador Eunício Oliveira para o Ministério de Integração Nacional. Outro dos muitos políticos profissionais do PMDB, Eunício se preparou nos últimos dois anos para disputar o governo do seu estado, o Ceará, onde o PT quer fazer o sucessor do aliado Cid Gomes.
A tendência é que a corda há de estourar, cedo ou tarde.

A grande questão é que o PT tem, em estágio avançado, um perigoso projeto totalitarista de poder, no qual o pluripartidarismo seria apenas uma figura de retórica. Em suma, os petistas querem instalar no País uma ditadura esquerdista, nos moldes da que vem corroendo a já combalida Venezuela. O PMDB tardiamente detectou a peçonha do plano e quer evitar o pior a qualquer custo. Em relação à rebelião liderada por Eduardo Cunha, só mesmo um inocente é capaz de acreditar que o parlamentar agiu sozinho e por conta própria.

11 de março de 2014
ucho.info

AGORA VAI...

Câmara derrota o governo e aprova criação de comissão para investigar corrupção na Petrobras

corrupcao_15O armistício entre o Palácio do Planalto e o PMDB é mais um balão de ensaio lançado pelo desgoverno de Dilma Rousseff, que está preocupada com o seu projeto de reeleição.

Como tem noticiado o ucho.info, o PMDB continua rebelado na Câmara dos Deputados, sob o comando de Eduardo Cunha, líder do partido na Casa legislativa.

A prova mais recente dessa queda de braços surgiu na noite desta terça-feira (11) com a aprovação pelo plenário da Câmara da criação de uma comissão externa para investigar o escândalo de pagamento de propina a funcionários da Petrobras.

Por 267 a favor, 28 contra e 15 abstenções, a Câmara aprovou a criação da comissão que se debruçará sobre o caso que envolve a empresa SBM Offshore, que foi beneficiada em contrato de locação de plataformas petrolíferas à Petrobras, que desde a chegada do PT ao poder central foi transformada na versão tropical da “Caixa de Pandora”.

Os petistas tentaram de todas as maneiras impedir que a matéria fosse à votação no plenário da Câmara, mas as incursos foram em vão, pois a bancada do PMDB na Casa decidiu enfrentar o governo, ao mesmo tempo que defende a rediscussão da aliança do partido com o PT.

A derrota do governo aconteceu depois que a bancada do PMDB, que na tarde desta terça-feira declarou apoio ao líder do partido, declarou “independência” em relação ao governo federal.
A decisão dos peemedebistas é mais uma prova de que a presidente da República é inábil politicamente e mal assessorada.

Somente os irresponsáveis acreditaram Dilma e Ideli Salvatti seriam capazes de cuidar da articulação política do governo.
Mesmo assim, a presidente está preocupada com a crise na combalida Venezuela. Enfim…

11 de março de 2014
ucho.info

DILMA ROUSSEFF DESISTE DE DISCURSAR NA ABERTURA DA COPA E COLOCA EM XEQUE AS PESQUSAS ELEITORAIS

 

dilma_rousseff_424Mal contado – Quando o ucho.info afirma que as pesquisas de opinião sobre a sucessão presidencial devem ser analisadas com a devida dose de desconfiança, a tropa de choque palaciana entra em desespero, mas os números estatísticos nem de longe traduzem a realidade política nacional.

Para contrariar os atuais índices de aprovação do seu governo e as pesquisas que apontam que o brasileiro é a favor da Copa do Mundo, a petista Dilma Rousseff pegou carona na decisão do presidente da FIFA, Joseph Blatter, que nesta terça-feira (11) informou que não discursará na Arena Corinthians, em São Paulo, na abertura do maior evento futebolístico do planeta, cerimônia que precede o confronto entre Brasil e Croácia, em 12 de junho.

“Vamos fazer a cerimônia de uma maneira que não aconteçam discursos”, afirmou Blatter em entrevista à agência de notícias alemã DPA.

A iniciativa da FIFA decorre das vaias dedicadas à presidente Dilma durante discurso na abertura da Copa das Confederações. Na ocasião, Blatter tentou pedir respeito aos torcedores, mas sua investida fez com que o coro dos descontentes fosse ainda mais ruidoso.

Joseph Blatter afirmou que não crê em novos protestos no Brasil durante a Copa, uma vez que, segundo o cartola, a situação no país “já se acalmou”. “Não sou profeta, mas estou convencido de que a situação já se acalmou”, disse.

Diferentemente da atitude tomada durante a Copa das Confederações, quando deixou o Brasil no meio do torneio, Blatter afirmou que permanecerá no País até a decisão do Mundial, em 13 de julho. O presidente da FIFA, mais uma vez apostando no sucesso do evento, disparou: “Os estádios vão funcionar. Esta não é a minha primeira Copa do Mundo”.

Retomando as questões que envolvem as pesquisas. Se a aprovação de Dilma Rousseff junto à opinião pública vem crescendo lentamente e sua vitória nas urnas se daria no primeiro turno se a eleição fosse hoje, não há razão para deixar de discursar durante a abertura da Copa do Mundo.

Essa decisão mostra de forma clara o temor dos palacianos em relação à campanha, além de destacar que a suposta vantagem de Dilma não é tão grande como alardeiam os institutos de pesquisa. Até porque, em um país com aproximadamente 200 milhões de habitantes é temeroso ouvir a opinião de 2 mil cidadãos sobre a eleição presidencial.

11 de março de 2014
ucho.info

AFINAL, POR QUE A FRANÇA RECLAMA DA CRIMINALIDADE NO BRASIL?

 

Não deve causar surpresa o fato de o governo francês ter lançado um manual para desestimular o turismo no Brasil, por causa da criminalidade.

Pesquisa  feita pelo professor Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da área de estudos sobre violência da FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), faz um retrato da situação do Brasil, mas também o compara com dados mundiais, coletados com base na Organização Mundial da Saúde (OMS) e no Census.

Os dados utilizados são os mais recentes disponíveis em cada caso, comparativos entre 95 países e regiões estudadas. Confira a comparação mundial completa no Mapa da Violência 2013.

FRANÇA:

Taxa de homicídios entre jovens: 0,8 para cada 100.000 habitantes.
Colocação no ranking de homicídios entre os jovens: 62º
Taxa total de homicídios totais: 0,8 para cada 100.000 habitantes;
Colocação no ranking de homicídios totais: 74º
Ano base: 2009


BRASIL:
Taxa de homicídio entre jovens: 27,4 para cada 100.000 habitantes.
Colocação no ranking de homicídio entre jovens: 7º
Taxa total de homicídios totais: 54,7 para cada 100.000 habitantes;
Colocação no ranking de homicídios totais: 7º
Ano base: 2010.


Fonte: exameabril.com.br

Realmente, não sei como os franceses conseguem suportar a violência em seu país…
Só a cumplicidade do governo francês com a barbárie pode  explicar essa situação!

OUTRA PIADA DA ANO

 

 

China diz que poluição não deve prejudicar candidatura de Pequim aos Jogos Olímpicos de Inverno

As autoridades de Pequim dizem que a poluição atmosférica não deve prejudicar a candidatura da cidade para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. Em entrevista, o vice-presidente da câmara de Pequim, Li Shixiang, anunciou que serão tomadas, na capital, medidas para melhorar a qualidade do ar. Ele destacou, entre essas medidas, a redução à metade, até 2017, das toneladas de carvão consumidas anualmente. Atualmente, são consumidos em Pequim 10 milhões de toneladas de carvão.

A autoridade municipal prometeu também “controle severo” sobre as indústrias mais poluentes e a redução anual de 150 mil novos veículos nas estradas, informou a Agência Xinhua.
Pequim aspira,  em parceria com a vizinha Zhangjiakou, ser a primeira cidade a acolher os Jogos Olímpicos de Verão e outros de inverno. Para isso, segundo Li Shixiang, a cidade conta com o êxito dos Jogos de 2008.

A organização prevê que em Pequim ocorram as provas sobre gelo e em Zhangjiakou as que são disputadas em neve.

A capital chinesa é uma das cidades mais poluídas do mundo. Há dois anos, Pequim começou a medir o índice de qualidade do ar e registrou níveis alarmantes que se prolongam, às vezes, durante semanas.

A situação é grave neste inverno, quando se juntam às baixas pressões fatores como a utilização de aquecedores a carvão.

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 NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Só pode ser piada. Pequim é considerada “imprópria para viver” devido à poluição. Quando Pequim sediou a Olimpíada, em 2008, o governo teve de mandar fechar todas as fábricas na cidade e nas cercanias um mês antes do evento, para reduzir a poluição.

O país deixou de cumprir muitos contratos de exportação, inclusive com empresas brasileiras, por falta de produtos para entregar. A China é a maior poluidora do mundo, o famoso Rio Amarelo agora está marrom, e fica tudo por isso mesmo. (C.N.)

E SE O BRASIL TOMASSE A PROVÍNCIA CISPLATINA E ELEGESSE PEPE MUJICA NOSSO PRESIDENTE?

 

 

E se o Brasil tomasse a Província Cisplatina e elegesse Pepe Mujica nosso presidente?



Nesses tempos de Putin, talvez o Brasil devesse reanexar a Província Cisplatina e depois eleger José (Pepe) Mujica nosso presidente.
Cada vez que leio uma entrevista do presidente do Uruguai, fico mais convencido de que a democracia é possível, pode pagar os pecados e vencer a sanha totalitária.

Seguem dois parágrafos da entrevista a Helena Celestino, publicada no O Globo de 09-03-14, sob o título José Mujica: ‘Aplicamos um princípio simples: reconhecer os fatos’

Falta uma agenda de grandes problemas que tem o mundo. De um lado, temos uma economia baseada no hiperconsumo de coisas inúteis: fabricar bagatelas que durem pouco. Poderíamos seguir movendo a economia mundial com outro motor e sacar parte da humanidade que está submersa na tristeza e na pobreza, em lugares que falta água. Isto é um mercado, a solidariedade levaria à criação de um mercado maior posteriormente.’

‘Temos que lutar para que todos trabalhem, mas trabalhem menos, todos devemos ter tempo livre. Para quê? Para viver, para fazer o que gostam. Isto é a liberdade. Agora, se temos de consumir tanta coisa, não temos tempo, porque precisamos ganhar dinheiro para pagar todas essas coisas. Aí vamos até que pluff, apagamos.’

http://oglobo.globo.com/mundo/mujica-aplicamos-um-principio-simples-reconhecer-os-fatos-11827657

11 de março de 2014
Altamir Tojal

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
11 de março de 2014


RÚSSIA QUER TER BASES MILITARES NA AMÉRICA DO SUL


O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Choigu, anunciou na quarta-feira, 26/2, o interesse do seu país em abrir bases militares nas Américas do Sul e Central e no Caribe. De acordo com Choigu, as mesmas seriam na Venezuela, Nicarágua e Cuba. Além destas, a Rússia também estuda manter bases no Vietnã, Ilhas Seychelles e em Cingapura.
 
Segundo ele, "as conversações estão em progresso, e estamos perto de assinar os documentos relevantes".
 
De acordo com o ministro, o governo russo pretende abrir não apenas bases militares para uso permanente, mas, também, postos de abastecimento de bombardeiros e portos que podem ser usados para atracagem de equipamentos militares.
 
Atualmente, a Rússia mantém uma base naval em Tartus, na Síria, mas por questões econômicas, decidiu fechar as bases naval no Vietnã e em Cuba. Em 2007, a base na Geórgia também foi fechada por conta do conflito entre os dois países pelo controle da Ossétia do Sul. Além disso, a presença militar russa é patente em países como Ucrânia, Armênia. Quirquistão e Tadjiquistão. 
 
Sergei Shoigu confirmou que a Rússia está prestando atenção especial à América Latina, zona considerada estratégica assim como o sudeste da Ásia.
Venezuela
 
No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elias Jaua, afirmou em Brasília que o seu país não acolherá uma base militar russa. Segundo ele, a Constituição venezuelana proíbe a instalação de base militar estrangeira.
 
Na Nicarágua, a oposição reagiu contra o projeto com o mesmo argumento: a Constituição local impede uma instalação militar de outro país em seu território.
 
Fonte:  Info Rel
 
COMENTO:  pelo visto, a queda do Muro de Berlim e a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS alguém se lembra?) não definiu o fim da "Guerra Fria" como se pensava. Aparentemente, estamos ante o esforço do antigo agente da KGB, Putin, em colocar a Rússia como substituta da extinta URSS, retomando a posição de segunda potência mundial e, quem sabe, voltar à liderança da "revolução socialista"
 
Não exagero. A América Latrina, com seus povos miseráveis e mal instruídos volta a ser o alvo da "Mãe Rússia". 

Não duvido que algum dos canalhas bolivarianos que imperam em Cuba, Bolívia, Argentina ou até mesmo no Brasil, ofereçam as condições para abrigar uma base do "kamarada". Caso isso aconteça, vamos ver como reagirá o "Lula yankee", ora no desgoverno da nação líder do mundo livre.

11 de março de 2014
mujahdin cucaracha

SUPER-TERÇA


Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, do PMDB. Atores principais da Super Terça.

Em meio à crise do PMDB com o Palácio do Planalto, a Câmara dos Deputados tem na pauta de votações das comissões 21 requerimentos de convocação de ministros para prestar esclarecimentos aos congressistas.

O principal alvo é o ministro Arthur Chioro (Saúde) que reúne sete pedidos de explicações sobre o programa Mais Médicos, vitrine eleitoral da presidente Dilma Rousseff. As convocações foram apresentadas pelo PSDB e pelo DEM, mas podem ganhar força com a ameaça de rebelião dos peemedebistas.

Os pedidos de convocações dos ministros são apontados como possíveis respostas do PMDB ao governo pela insatisfação com o espaço da bancada na reforma ministerial e na composição dos palanques regionais. A presidente tem tentado isolar o líder da bancada Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que protagonizou uma guerra verbal com líderes do PT.

Há ainda pedidos de convocações dos ministros Manoel Dias (Trabalho) –envolvido em denúncias de irregularidades em sua pasta e que também seria chamado a dar esclarecimentos sobre as condições de trabalho dos Mais Médicos–, de Aguinaldo Ribeiro (Cidades), que bloqueou recursos de obras apadrinhadas por congressistas no orçamento, além de César Borges (Transportes) e Luiz Alberto Figueiredo ( Relações Exteriores).

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) pode ter que esclarecer denúncias de irregularidades na Petrobras e também apagões ocorridos no país. O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) pode ter de falar sobre ações da Polícia Militar do Distrito Federal em manifestação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) que terminou em confronto.

Em plenário, os deputados podem votar nesta terça-feira (11) o pedido de criação de uma comissão externa para investigar a suspeita de que a holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas flutuantes a companhias como a Petrobras, teria pago suborno a empresas em vários países, incluindo o Brasil. Numa tentativa de evitar a aprovação dessas matérias, o governo tem trabalhado para esvaziar o "blocão" que reúne sete partidos insatisfeitos da Câmara que prometem causar dificuldades ao governo em votações. A ideia é acelerar a discussão do espaço dos partidos na reforma ministerial. Há ainda promessas de blindagem, por exemplo, do ministro do Trabalho.
 
(Estadão)

11 de março de 2014
in coroneLeaks

ENDIVIDADOS EM FUNÇÃO DOS JUROS ALTOS, BRASILEIROS COMEÇAM A QUEIMAR GORDURA.


 
Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 1,86 bilhão em fevereiro. Há dois anos, mês após mês, a chamada captação líquida da poupança fica no azul. No entanto, segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira, 10, o resultado de fevereiro foi quase 20% menor do que o do mesmo mês do ano passado.

No acumulado do primeiro bimestre, a captação líquida de 2014 fechou em R$ 3,6 bilhões, 22% menos do que nos primeiros dois meses de 2013, quando os depósitos superaram os saques em R$ 4,6 bilhões.

Para o professor de Economia e Finanças da PUC-SP, José Nicolau Pompeo, o ambiente deste início de ano está menos favorável à poupança. Ele cita o crescimento fraco da economia e a alta dos preços, principalmente alimentos, como fatores que impedem que sobre às famílias dinheiro para poupar.

Os juros elevados, que encarecem as dívidas, também impedem que as pessoas poupem mais, segundo o professor. Na sua visão, os brasileiros deixam de poupar para fazer frente às obrigações assumidas anteriormente.
 
(Com informações do Estadão)
 
11 de março de 2014
in coroneLeaks.

EM CRISE, PETROBRAS ATRASA IMPOSTOS (ATÉ INSS) PARA MAQUIAR LUCRO E É MULTADA EM R$ 8,8 BILHÕES PELA RECEITA FEDERAL


 
A Petrobras recebeu cinco autos de infração da Receita Federal desde outubro, no valor de R$ 8,768 bilhões. O volume equivalente a 37,2% de seu lucro em 2013, de R$ 23,6 bilhões. A empresa recorre de todos e, por isso, decidiu não provisionar (lançar no balanço como perda provável) nenhum dos pagamentos. As informações constam em prospecto preliminar entregue pela empresa à SEC (Security and Exchange Comission, instituição que regula o mercado de capitais nos EUA) ontem, por ocasião da emissão de títulos para captação de US$ 8,5 bilhões.

A divulgação dos casos é realizada como forma de alertar os investidores que compram os títulos sobre riscos de impactos potenciais no resultado da empresa. Segundo o documento, em outubro a empresa foi autuada em R$ 2,348 bilhões por supostamente não ter pago IOF por empréstimos entre suas controladas estrangeiras PifCo, Braspetro e Braspetro Oil Company, em 2009. 

Em dezembro, foram duas autuações relacionadas ao não pagamento de IR na fonte, no valor de R$ 2,347 bilhões, e de Cide (Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico), em R$ 1,539 bilhão, no afretamento de plataformas.

No início de janeiro, o auto de infração apresentado foi de R$ 1,093 bilhão, sobre não pagamento de IR e CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) relacionado a lucros de subsidiárias no exterior.

Os questionamentos da Receita sobre os dois primeiros episódios são anteriores à emissão dos autos de infração e constam nas demonstrações financeiras da empresa em 2012 e 2013. O episódio de janeiro é indicado como questionamento nas demonstrações de 2013.

O mais recente episódio registrado ocorreu em janeiro. Trata-se de auto de infração no valor de R$ 1,442 bilhão devido ao não pagamento de contribuições previdenciárias sobre benefícios dados a um grupo de empregados e sobre remuneração de serviços médicos de terceiros, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2011.

A Petrobras informou no documento que está recorrendo de todos os casos. Nos quatro primeiros, a empresa considera que a chance de perda é possível, mas não provável. No último, prevê chance de perda remota. Nem a Petrobras nem a Receita comentaram o caso.
 
(Folha de São Paulo)
 
11 de março de 2014
in coroneLeaks

QG ELEITORAL DE DILMA FICARÁ EM PRÉDIO DE EMPRESA COM CONTRATOS FEDERAIS.

Alugado por R$ 135.000 mensais, o local passará por reforma. Locatário já recebeu do governo 18,3 milhões de reais em contratos
 
A presidente Dilma Rousseff planeja a campanha de reeleição em um prédio de empresa que mantém contratos milionários com o governo (Keystone /Laurent Gillieron/AP)
 
O novo centro de controle de onde sairão as principais ordens para a campanha que busca a reeleição da presidente Dilma Rousseff funcionará em dois pavimentos de 2.400 metros quadrados de um edifício na área central de Brasília, com subsolo de mais 200 metros quadrados capaz de abrigar onze veículos ou servir de escritório. O PT, partido de Dilma, escolheu para 'QG eleitoral' um imóvel pertencente a uma empresa que tem contratos com órgãos do governo. Desde a posse da presidente, essa empresa já recebeu 18,3 milhões de reais em contratos. O QG petista será no edifício Embassy Tower, do Grupo Sarkis (SKS), que controla uma rede de empresas do setor imobiliário.
Desde 2011, o Ministério da Cultura pagou ao SKS 13,5 milhões de reais, referentes ao aluguel de espaços na capital federal. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), vinculado ao Ministério da Educação, repassou 4,8 milhões de reais, também pela locação de salas do mesmo grupo. 
Os dois órgãos são comandados pelo PT desde o início do governo Dilma. Os contratos foram firmados sem licitação, de acordo com nota de empenho registrado no Portal da Transparência. Antes de receber o comitê de reeleição, o PT pretende fazer uma reforma. "O novo inquilino vai reformar ele todo para a gente; vai entregar outro imóvel", afirma um administrador do grupo responsável pela negociação.
Por enquanto, a pré-campanha de Dilma funciona em São Paulo no escritório do marqueteiro João Santana, que está focado na disputa presidencial. Já está definido que o deputado estadual Edinho Silva (SP) será o tesoureiro do comitê.
No Embassy Tower vão trabalhar as principais equipes de apoio à pré-campanha e à disputa eleitoral, que começa oficialmente em julho. O local não deve ser o único QG da campanha de Dilma, que será concentrada em Brasília. Um integrante do comando da candidatura diz que outros imóveis podem ser alugados.
Pesquisa de preço - O grupo SKS confirma que alugou o espaço para o PT e que mantém contratos com o governo. O partido deve pagar 135.000 reais mensais pelos dois andares do prédio. O contrato, já em vigor, tem nove meses de duração e poderá ser prorrogado.
"Pertence ao nosso grupo. Não tem superfaturamento, nada disso. Antes de fechar, o partido fez uma pesquisa de preços e o nosso foi o mais baixo", disse Thiago Sarkis, um dos representantes do SKS. Além do setor imobiliário, o SKS atua na construção civil, produção de cimento, concreto, aço, mineração e hotelaria. Outras empresas do grupo também têm negócios com o governo federal.
Procurada, a assessoria de imprensa do PT não respondeu os questionamentos sobre o contrato. O PT costuma afirmar, quando questionado sobre despesas com fornecedores, que suas despesas são registradas no Tribunal Superior Eleitoral.
Em 2010, o comitê de Dilma usava duas casas no Lago Sul, área nobre de Brasília. Uma era parcialmente mantida pelo empresário Benedito de Oliveira, que também mantinha contratos com o governo na época.
(Com Estadão Conteúdo) 
11 de março de 2014

JORNAIS EUROPEUS CITAM PREOCUPAÇÃO DA FIFA COM "PIOR COPA" DA HISTÓRIA


 

 
 

O jornais europeus The Times, da Inglaterra, e Mundo Deportivo, da Espanha, publicaram, nesta terça-feira, matérias sobre a organização insatisfatória brasileira e a preocupação da Fifa em relação à Copa do Mundo de 2014, que começará dentro de exatos 100 dias.
 
Os diários deram destaque às obras atrasadas dos estádios, mas também tocaram em pontos como infraestrutura e instabilidade política.
 
                    Valcke estaria preocupado com os problemas da Copa do Mundo
                                          Foto: AFP
O britânico The Times trouxe uma entrevista com Jérôme Valcke em que o secretário-geral da Fifa fala da preocupação da entidade em relação à organização da Copa. O diário cita o “caos” na sede do próximo Mundial e diz que esta pode ser considerada pela imprensa internacional “a pior Copa do Mundo” caso os jornalistas encontrem problemas.
A publicação cita problemas de infraestrutura e estouro nos prazos para entrega de obras, com reclamações do dirigente francês. “Estamos trabalhando em condições em que o cimento não está sequer seco. E ainda temos de instalar todos os equipamentos para a mídia”, disse, estendendo as críticas:
“Sem equipamentos para a mídia e sem as telecomunicações nos devidos lugares nos estádios, vocês vão dizer que nós somos os piores organizadores e que este foi o pior evento. Mas, para instalar o equipamento em um estádio, precisa-se de, no mínimo, 90 dias”, afirmou.
O jornal também destacou o fato de apenas sete dos 12 estádios da Copa no Brasil terem sido entregues até agora à Fifa, além dos imprevistos como as mortes de seis operários em obras e o acidente que destruiu parte da cobertura do estádio do Corinthians. O diário reproduziu a insatisfação de Valcke a respeito da evolução das obras,
 Estamos a quase 100 dias para que o primeiro jogo comece em um estádio em São Paulo, que não estará pronto até 15 de maio. Isso não tem sido fácil, é claro. Sempre que você recebe algo com atraso, se torna um desafio deixá-lo pronto a tempo”, afirmou.
O Mundo Deportivo colocou Curitiba, uma das sedes que se cogitou tirar do Mundial pelos atrasos, como a maior dor de cabeça para a Fifa da Copa do Mundo no Brasil. O jornal também trouxe reclamação do secretário Jérôme Valcke sobre o prazo apertado para realizar instalações para a imprensa e chamou atenção para a “jornada de protestos populares originados pelos que criticam os gastos milionários destinados às obras”.
O diário destaca a “contradição” entre o discurso otimista do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, com a real situação da organização para a próxima Copa do Mundo.
Mas, além dos pontos negativos, o veículo catalão também traz o recorde positivo desta administração: a venda de ingressos para mais de três milhões de pessoas para jogos do torneio.
 
11 de março de 2014
in movcc

PROFESSORA ANA CAROLINE FAZ GRAVES REVELAÇÕES. ASSISTA O VÍDEO.


É assustador! Pense em seus filhos e netos.. A Doutrinação gramsciana na Escola Pública.
 

Published on Mar 7, 2014
 
 A idealizadora do Canal VLOGOTECA é Ana Caroline Campagnolo Bellei. Catarinense, 23 anos, cristã, professora de História, graduada em História pela Unochapecó e mestranda em Culturas Políticas e Sociabilidades pela Universidade do Estado de Santa Catarina.
A idéia para um canal no youtube surgiu início do ano 2013 e pretendia expor vídeo-aulas de história.
 Amadurecendo um pouco mais decidiu-se criar um espaço para exposição resumida e sistematizada de obras de literatura, história, filosofia, teologia e educação em geral.

O primeiro vídeo foi lançado em agosto de 2013 e o canal possuía apenas a participação e apresentação de sua idealizadora.
A partir dos últimos meses de 2013 o canal Vlogoteca abriu espaço para outros apresentadores, dos quais destaca-se a apresentação de Zack Cabral e Marcela Gomes.
Os vídeos dividem-se em duas cateogorias gerais: 

1. Exposição de obras gerais; 
2. Exposição da obra do jornalista e professor Olavo de Carvalho.

Nossos dois vídeos de maior sucesso abordam a temática educação e são, respectivamente: "Dez maneiras de destruir a imaginação do seu filho" e "Maquiavel Pedagogo".
 

 
11 de março de 2014
in movcc