"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 16 de abril de 2016

BRITISH AUTHOR DORIS LESSING REACTS TO NOBEL WIN

Doris Lessing estava chegando da feira quando jornalistas tocaiados na porta da sua casa a informaram que ela havia ganho o prêmio Nobel de literatura. 
Nenhuma reação humana se compara a dela, a elegância, a humildade, e a timidez com que recebeu a notícia são marcas de gênio puro e cristalino. 


MANOBRAS

O Supremo Tribunal Federal (STF), na reunião extraordinária que entrou pela madrugada de ontem, assumiu uma postura classificada pelo ministro Luis Roberto Barroso como “deferente” às decisões do Congresso, tendo negado todos os recursos apresentados pela Advocacia-Geral da União e por membros de partidos governistas.

Mas dois ministros destacaram-se na tentativa de defender teses favoráveis ao governo: o presidente do Tribunal, Ricardo Lewandowski, e Marco Aurélio Mello. A tal ponto que Leandowski induziu, já na madrugada, a inclusão na ata de uma decisão que não fora votada, já que não estava em julgamento: “O Tribunal firmou entendimento no sentido de que a autorização advinda da votação havida na comissão especial é para o prosseguimento sob o teor da denúncia, na forma recebida pelo Presidente da Câmara dos Deputados, escoimando-se, para o efeito de apreciação ulterior em plenário da Câmara dos Deputados, o que for estranho à referida denúncia recebida”.

Ao fim da sessão, mesmo o ministro Fachin deixando claro que não cabe ao Supremo analisar a tipificação das condutas imputadas à presidente Dilma “neste momento”, Lewandowski ainda chamou atenção para a possibilidade de que a Corte volte a analisar o tema no momento adequado.
"Então isso fica proclamado o resultado, com essa explicitação, de maneira que não fechamos a porta para uma eventual contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à senhora presidente no momento adequado". Essas manobras de Lewandowski dificilmente terão conseqüência, mas certamente abriram espaço para novas contestações do governo.

Se um deputado votar pelo impeachment se referindo no microfone à Operação Lava-Jato, por exemplo, poderá servir de pretexto para uma ação da AGU. Embora ontem, no julgamento, essa tese do Advogado-Geral da União José Eduardo Cardozo já tenha sido derrotada, pois os ministros consideraram que os comentários do relator além dos pontos acatados no pedido de impeachment – pedaladas fiscais e decretos sem autorização do Congresso – foram palavras “in obiter dicta”, comentários laterais para efeito de retórica.

O momento mais extravagante da sessão foi quando o ministro Marco Aurélio detectou um empate que não houvera, e pediu que o presidente Lewandowski exercesse seu direito ao “voto de qualidade”, já que havia apenas 10 ministros no plenário, pois o ministro Dias Toffoli está no exterior em missão do TSE.

As liminares em discussão foram indeferidas sob a argumentação de que a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, determinando a alternância da chamada nominal dos deputados por bancadas de estados, começando pelo Norte, estava de acordo com o Regimento Interno da Câmara.

Mas cinco dos ministros acataram em parte, maior ou menor, detalhes da liminar, e Marco Aurélio viu aí um “empate”, cinco a favor e cinco contra a liminar. O que provocou uma reação do ministro Teori Zavascki, que ponderou: “Primeiro temos que ver se houve mesmo empate”. A seguir o ministro Celso de Mello lembrou que não há voto de minerva em mandado de segurança, pois o empate é a favor da presunção de legalidade do ato impugnado. O ministro Marco Aurélio abespinhou-se e perguntou: quando haverá o voto de minerva então?

O presidente Lewandowski declarou-se pronto a usar a prerrogativa que julgava ter, e declarou: “Tenho coragem de usá-lo”. Mas a intervenção do ministro Luis Roberto Barroso foi decisiva: “Deixa eu dizer com franqueza. Embora seja contrário o meu ponto de vista, acho que em mandado de segurança, o empate significará a preservação do ato”.

Ao que a ministra Carmem Lucia aditou: “Até pela presunção da validade dos atos administrativos”. Barroso complementou: “Acho que tecnicamente, enfim. (...) eu não quero ganhar, eu quero fazer o que é certo”.

Correção
Na coluna do dia 14 escrevi que “Lula, além disso, terá que se dividir entre Dilma e a sua própria sobrevivência nos processos a que responde”. Há nessa frase um erro factual, pois Lula não responde a nenhuma ação penal.
Os Procuradores de São Paulo denunciaram Lula no processo do triplex do Guarujá, pedindo inclusive sua prisão preventiva, mas o juiz Sérgio Moro, a quem o caso foi transferido, não se pronunciou. No momento, todos os processos relativos a Lula estão com o ministro Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal.


16 de abril de 2016
Merval Pereira, O Globo

EM DEFESA DO ESTADO

De alguns dias para cá entrou no radar da oposição a hipótese de a presidente Dilma Rousseff e seus conselheiros avaliarem a decretação de Estado de Defesa no País se o resultado de amanhã na Câmara for pelo impeachment e isso provocar graves conflitos de rua. A alegação, ameaça à ordem pública, à paz social ou à estabilidade institucional.

O tema foi posto na mesa do presidente do Senado, Renan Calheiros, por um grupo de parlamentares que se reuniu com ele na última quarta-feira. O encontro teve dois momentos: um ampliado, quando se tratou do rito na Casa caso o processo venha a ser aberto; no outro, mais reservado e com compromisso de sigilo, a preocupação foi transmitida a Calheiros e pedido a ele que “prestasse atenção” à possibilidade.

A suspeita se baseia em alguns indícios. O mais forte deles, a informação transmitida por um ministro do Supremo Tribunal Federal com acesso à cúpula do PT. Segundo ele, a edição do decreto estaria sendo cogitada como uma maneira de fortalecer o discurso do “golpe” e estratégia de fazer da presidente e do partido vítimas políticas do processo, com o olhar já voltado para o cenário da deposição.

Outro dado que alimenta a desconfiança é o teor radical do discurso petista, de ameaça de incendiar as ruas, de inviabilizar eventual governo Michel Temer, do aviso do Planalto que não vai parar de lutar (a despeito das derrotas sofridas na Justiça), de montar um “bunker” de resistência no Palácio da Alvorada _ usando a residência presidencial como aparelho partidário. O silêncio do ex-presidente Luiz Inácio da Silva nos últimos dias é também motivo de estranheza.

Um terceiro sinal passou a ser considerado a partir de recentes impressões dos ministros relatores no STF das ações decorrentes das operações Zelotes e Lava Jato, Carmen Lúcia e Teori Zavaski, a um interlocutor da área militar, segundo as quais o Brasil “não imagina a gravidade” do que está por ser revelado. Gravidade esta que estaria relacionada às circunstâncias penais de Lula e Dilma quando da perda de foro especial de Justiça decorrente da queda do atual governo. Nessa perspectiva, a eles reataria a luta no âmbito político. Não que uma eventual decretação de Estado de Defesa proporcionasse imunidade.

O que é o Estado de Defesa? Instrumento previsto na Constituição por intermédio do qual o presidente da República busca preservar, “em locais restritos e determinados, reestabelecer a ordem pública, a paz social, a iminente instabilidade institucional ou a alcançar áreas atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza”. Ato que obrigatoriamente precisa ter o aval do Congresso.

Se decretado, implica restrições de direitos de reunião, de sigilo de correspondência, de sigilo de comunicação (telegráfica e telefônica). Pela lei, o Executivo deve consultar os conselhos de Defesa e da República, ambos atualmente inativos. Ainda assim, se o ato for de mera propaganda sem a preocupação da aprovação do embasamento jurídico, Dilma pode editar o decreto e mandá-lo diretamente ao Parlamento, onde obviamente seria derrubado.

Mas reforçaria a argumentação de que o governo recorreu a todas às ferramentas legais e, ainda assim, foi “golpeado”. Objetivamente, trata-se de um esperneio. E por que não o Estado de Sítio? Porque não tem vigência imediata e depende de aprovação prévia (não referendo, como no Estado de Defesa) no Parlamento, onde a presidente não está numa situação que se possa considerar confortável.


16 de abril de 2016
Dora Kramer, Estadão

O BOM SENSO INTERROMPIDO

O Supremo Tribunal Federal (STF) é a instância máxima do Judiciário, mas, malgrado seu nome, não é o poder supremo do País, acima dos demais. Por essa razão – e não é preciso ser constitucionalista para saber disso –, o Supremo não pode discutir decisões soberanas do Legislativo, como o impeachment de um presidente, se estas forem adotadas segundo o mandamento constitucional. Mas não é bem isso o que pensam alguns dos ministros do STF.

Mesmo depois que a Corte concluiu, na sessão extraordinária de quinta-feira, que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff caminha totalmente dentro da legalidade, descartando-se de vez a tese petista do “golpe”, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, informou ao País que, sim, Dilma poderá recorrer àquele tribunal caso queira refutar a decisão do Congresso de destituí-la.

“Não fechamos a porta para uma eventual contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à senhora presidente no momento adequado”, afirmou Lewandowski, ao final de mais de sete horas de sessão, durante as quais os ministros do STF decidiram manter o rito de votação do impeachment estabelecido pela Câmara e também descartaram ter havido cerceamento da defesa, como alegavam os defensores de Dilma.

Ou seja, no mesmo dia em que o Supremo atestou a lisura e a constitucionalidade de todos os procedimentos relativos ao processo de impeachment até aqui, recusando-se a dar guarida às chicanas do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e de parlamentares governistas, o presidente escancarou as portas da Corte para quem quiser usar as faculdades do Judiciário para questionar, tumultuando o País, a decisão do Congresso.

Tal admissão torna-se ainda mais patética quando se observa que o julgamento de Dilma no Senado será presidido pelo próprio Lewandowski, conforme manda o rito constitucional. Ou seja: o ministro considera que mesmo uma decisão do Congresso da qual ele pessoalmente tomará parte pode vir a ser alterada no Supremo. Trata-se de evidente despautério, que reforça, por meio de um falso formalismo, uma tradição de insegurança jurídica que tanto mal causa ao País.

Até aqui, o Supremo vinha se deixando enredar pelo ativismo de alguns de seus ministros, cujas decisões mais confundiam que esclareciam. Anteontem, a Corte resolveu que, nesta hora tão dramática, era fundamental realizar uma sessão plenária para dar caráter institucional e terminativo à sua decisão. O resultado, até a infeliz intervenção do presidente Lewandowski, incentivado pela dissidência do sempre discordante Marco Aurélio Mello, foi o bom senso.

Em primeiro lugar, o Supremo entendeu que não lhe cabe decidir sobre o regimento de outros Poderes. Depois, demonstrou que não procedia a reclamação de cerceamento do direito de defesa de Dilma, porque o processo de impeachment ainda está na fase de admissibilidade.

É claro que não se chegou a esses resultados sem percalços. Dois dos ministros – o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e Marco Aurélio Mello – tudo fizeram para embaraçar a Corte. Marco Aurélio, por exemplo, sustentou que houve, sim, cerceamento do direito de defesa de Dilma. Foi também de sua lavra o argumento de que a ordem de votação do impeachment poderia desvirtuar a neutralidade do julgamento. Em resposta, teve de ouvir do ministro Gilmar Mendes o óbvio: que não se pode esperar neutralidade dos deputados, partidários por definição, e que cabia ao Supremo apenas observar se estava sendo respeitado o devido processo legal – e, sobre isso, não há até aqui nenhuma dúvida.

Coube a Lewandowski, porém, a mais preocupante intervenção. Ao mandar constar da ata a possibilidade de “reexame” da tipificação dos atos imputados a Dilma, o presidente do Supremo abriu caminho para que eventualmente se tumultue o processo de cassação, permitindo que se questione decisão soberana do Congresso.

A judicialização da crise política é um estímulo para que Dilma e os petistas coloquem em execução o único recurso que lhes resta numa disputa perdida: a procrastinação ad infinitum do processo. Essa ignomínia submeteria a Nação a uma angústia e a sofrimentos que acabariam por solapar os fundamentos sobre os quais repousa uma democracia.



16 de abril de 2016
Editorial O Estadão

FIM DE CASO

É improvável, mas Dilma Rousseff pode até sobreviver ao voto deste domingo (17) na Câmara. Ninguém, contudo, crê na subsistência de seu ex-governo.

Lula anunciou que assumiria na prática em caso de vitória, enquanto a presidente fugia de um estapafúrdio pronunciamento de TV e bolava a próxima judicialização do inevitável. Na prática, já vivemos o pós-Dilma.

Há muita gente com boas intenções que denega as pedaladas como motivo de impedimento. Fosse o processo de degola um juízo penal, a dosimetria da pena talvez não entregasse a cabeça da soberana; as mãos bastariam, digamos.

Mas impeachment é julgamento político embasado por uma lei segundo a qual quase qualquer coisa é motivo de deposição; essas são as regras hoje. Dilma só chegou onde está por encabeçar um governo nulo e uma recessão. Fim de caso.

Outro ponto dos adversários do impeachment é o ético. Argumenta-se que Eduardo Cunha é o anticristo, que as hienas famintas do PMDB e dos PPs da vida irão refestelar-se e que a Lava Jato morrerá.

O mérito sobre os atores está correto, isso é óbvio. Mas era diferente com o PT e esses mesmíssimos aliados? Mensalão e petrolão, sofisticações agigantadas de esquemas atávicos de corrupção, são invenções exógenas? A lógica do "todos são iguais" legitima Dilma na cadeira?

Mais: a Lava Jato já está sob ameaça, e pelo governo, mas sobrevive e trabalha numa rodada fatal de delações. É um trem sem freios que Temer não teria como parar, se quisesse, isso se não acabar atropelado por ele.

Se assumir, o vice terá de usar a janela que ele mesmo citou, de três ou quatro meses, para viabilizar-se. Como isso implica melhoria de expectativas econômicas, ajuste, manutenção de apoio entre carniceiros, acenos ao social, liberdade para a Lava Jato e suportar Lula e o PT, falamos de um cenário quase intangível.
Ruim, sim. A alternativa é melhor?



16 de abril de 2016
Igor Gielow, Folha de SP

ENTRE DILMA E A LÓGICA

SÃO PAULO - Como pensamos? Um modelo popular entre neurocientistas é o das redes neurais. Neurônios que disparam juntos formam uma conexão que se liga a outros neurônios e conexões, formando redes que podem ser ativadas por contiguidade. Se eu gosto de uma pessoa ou de uma ideia, elas integrarão um circuito em meu cérebro que, quando disparado, produzirá sentimentos positivos e inibirá o acionamento de redes concorrentes.

Isso explica por que o militante tem dificuldade em dissociar fatos de sentimentos. Numa ilustração do fenômeno, muitos comunistas se recusaram a acreditar nos crimes de Stálin, mesmo quando denunciados "de dentro" por Khrushchov. Entre uma verdade dolorosa e o investimento emocional e social que haviam feito na ideia de uma sociedade mais justa, ficaram com o segundo.

Algo parecido acontece com o impeachment. Simpatizantes do PT não conseguem ver as acusações contra Dilma como graves o bastante ou suficientemente provadas para justificar o afastamento. É uma posição compreensível do ponto de vista psicológico. Eu diria até legítima. O problema é que é difícil conciliá-la com a atitude que esses mesmos militantes adotaram em situações análogas.

Tomemos o caso Collor. Seu impeachment teve o apoio maciço da esquerda, que não parecia muito preocupada com os aspectos jurídicos do processo. Quando o caso foi avaliado de forma mais técnica pelo STF, o ex-mandatário foi absolvido por insuficiência de provas. Ora, se a lógica formalista que o PT defende hoje é a correta, então o partido participou em 1992 de um golpe contra um governo legitimamente eleito.

Se, como sustento, o impeachment é essencialmente um processo político, então o PT não precisa desculpar-se pelo que fez em 92 e, de novo, em 93 e 99, quando integrantes do partido pediram o impeachment de Itamar Franco e FHC. Entre Dilma e a lógica, fico com a lógica.


16 de abril de 2016
Hélio Schwartsman, Folha de SP

QUE SEJA APENAS O COMEÇO

O PT colhe hoje o que plantou. Quando oposição, o partido se insurgia contra a corrupção, contra acordos com a direita e a elite financeira e prometia ética na política. Ao deixar a planície e se instalar no Planalto, sofreu metamorfose estupenda. Logo no primeiro governo Lula, o mensalão escandalizou o Brasil. Até hoje, cenas de Jefferson denunciando a maracutaia - "Sai daí, Zé!" - estão frescas na memória dos brasileiros que acompanharam o desenrolar do escândalo. À época, em pronunciamento, Lula se disse traído e afirmou que o PT devia desculpas à nação.

Até hoje, o país aguarda o mea-culpa petista. Em vez disso, o que todos viram e veem é que, na prática, os condenados do mensalão foram saudados pelos bons companheiros como "guerreiros do povo brasileiro". Além disso, o partido aprofundou a guinada à direita, aliando-se a todos que acusava de corruptos e culpava pelo atraso do país. Nessa lista, encabeçada pela elite financeira, estão banqueiros, empreiteiros, Collor, Maluf, Sarney, Renan, Jucá, Jader Barbalho, Temer, Cunha e toda a banda podre do PMDB, sem exceção.

Veio, então, a descoberta do bilionário esquema de desvio de dinheiro da Petrobras e de outras estatais, de venda de medidas provisórias, de Belo Monte, de obras da Copa, da transposição do São Francisco etc., evidenciando que o assalto aos cofres públicos deixou de ser mero ponto fora da curva. Tornou-se método. Investigações apontam que a ladroagem, além de servir para enriquecimento pessoal, passou a financiar a perpetuação do partido no poder.

Tradução: quem votou no PT esperando ética na política acabou vítima de estelionato eleitoral. Falando em português claro: acabou vítima de um golpe. Mas, numa total inversão de valores, quem anda sendo chamado de golpista pelo PT são os cidadãos a favor do impeachment de Dilma. Não cola. O Brasil que exige o impedimento dela tampouco avaliza Temer ou Cunha. Sabe que são apenas sócios que brigaram e agora estão em lados opostos. O sujo e o mal lavado. Quer uma prova? Veja: pesquisa Datafolha apontou que 58% da população é igualmente a favor do afastamento de Temer. E que 80% defendem a cassação de Cunha. Ou seja: se depender dos brasileiros, a lista dos políticos a serem defenestrados é longa. Dilma figura apenas como a primeira da fila.


16 de abril de 2016
Plácido Fernandes Vieira, Cooreio Braziliense

O DIA 'D'

O Brasil viveu uma semana decisiva de sua história. O que for decidido determinará o futuro da nação para as próximas gerações. Muitos acham pouco tirar do poder o PT, Dilma e Lula. Querem mais: mil reformas, fim de todos os partidos, a prisão em massa de todos os políticos e eleições gerais. A tanto chegaram pelo desencanto com os 13 anos de poder do "lulopetismo" e suas alianças.

É de se perguntar se toda essa gente está unida e com programas coerentes de governo. Se os seus respectivos partidos estão formados. Uma coisa é a revolta justa e difusa de parte do nosso povo e, outra, bem diversa, um projeto organizado de nação. Foi por não tê-lo, alegando o contrário, que Lula, com a sua ignorância, lábia, má-fé e falta de caráter, enganou muita gente o tempo todo. Não fez as reformas estruturais e nos trouxe ao desastre ético e econômico atual, dividindo o país. E já se prepara para fazer uma oposição ferrenha ao futuro governo, brandindo a tese de que seu partido teria sido vítima de um golpe de Estado antidemocrático, "esquecido" de que patrocinou oito pedidos semelhantes contra FHC.

O primeiro requisito das mudanças radicais em nosso país passa pelo respeito à Constituição, sem delírios, utopias, casuísmos, conjecturas sem lastro legal e na realidade. Cada coisa a seu tempo e cada dia com a sua agonia.

Existem três caminhos postos: o impeachment (assume o vice, a pôr em prática um governo de transição na tentativa de evitar o desastre econômico e social em curso); a renúncia da presidente, ao que parece, descartada; e o remoto julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, com a convocação de eleições em 90 dias. Cada dia perdido, porém, são mais desempregados no mercado, fechamento de estabelecimentos, aumento do déficit na contas do governo e agravamento da recessão. Cálculos realistas nos dão conta de um déficit de R$ 300 bilhões em 2016 (ao revés de R$ 130 bilhões) caso Dilma continue no poder; e uma recessão de 4% na economia. Em qualquer circunstancia, em 2017, se houver crescimento, não será mais do que 0,2%.

Enquanto isso, temos que seguir o calendário eleitoral: as eleições municipais deste ano e gerais em 2018, reorganização das forças políticas de acordo com as correntes de pensamento exibidas pela sociedade durante a crise e depois dela.

Na hipótese de não haver impeachment será o caos. Havendo - enquanto o país discutirá as muitas reformas necessárias e configuradoras de uma nação democrática e economicamente viável, a ser decidida em 2018 -, a tarefa mais urgente é a econômica. A simples notícia de êxito no impeachment faz a bolsa subir, o dólar e o euro caírem e aumenta o afluxo de capitais externos, além das consultas para aquisição de empresas no Brasil. O mundo aguarda o fim do populismo no Brasil.

As reformas da Previdência, trabalhista e tributária (simplificadora) precisam ser encaminhadas. É preciso cortar gastos, diminuir o Estado e impulsionar as concessões de ferrovias, portos, aeroportos, estradas, saneamento, linhas de transmissão, além do plano nacional de desestatização e eliminação da burocracia. Se o governo não tem como investir, que se chame o setor privado. Ao governo cabe parar de gastar mais do que arrecada e fazer o ajuste fiscal, com sangue, suor e lágrimas. Acredito que os brasileiros deviam dar um voto de confiança ao vice-presidente - que bem pode surpreender nossa sociedade descrente e desorientada.

Não podemos inventar saídas, nem teses, nem soluções não previstas na Constituição nem rejeitar tampouco as saídas nela radicadas para a resolução dos conflitos políticos que venham a ocorrer na República, mormente envolvendo o processo de impedimento do presidente da República.

Por último, uma advertência. O PT, na linha dos partidos sectários vermelhos, durante e depois do processo de impeachment, bem-sucedido, desencadeará ações legais e ilegais para enevoar o ambiente político e mobilizar suas quintas-colunas, como o MST e quejandos, como sempre fez, enquanto foi oposição. Não aprovou nem a Constituição de 1988, nem o Plano Real, para se ter uma ideia de sua indecorosa atuação no passado.

Cabe relembrar Ulysses Guimarães: "A democracia é o regime em que os governados mudam os governantes e, sem violência, fazem mudanças com ou mesmo contra a vontade dos governantes".


16 de abril de 2016
Advogado, coordenador da especialização em direito tributário das faculdades Milton Campos, ex-professor titular da UFMG e UFRJ - O Estado de Minas

AS TRÊS FASES DE LULA

Lula informa que, consumado o impeachment, "não sairá das ruas", comandando uma campanha por "Diretas Já!". Desde a inauguração do segundo mandato de Dilma, essa será a terceira fase de Lula. Tanto quanto nas duas anteriores, suas finalidades reais ocultam-se sob as motivações proclamadas.

A primeira fase, que se estendeu ao longo do ano passado, foi a da ruptura informal com o governo. Dilma 1 –de fato, o terceiro mandato de Lula– consagrou a "matriz econômica" do PT, destruindo o equilíbrio fiscal e as finanças da Petrobras e da Eletrobras. Dilma 2 tinha que consertar o estrago –ou rumar em linha reta para um "abismo argentino". O giro ortodoxo, expresso pela nomeação de Joaquim Levy, contou com o respaldo de Lula, que não divergia sobre política, mas apenas sobre nomes, preferindo Henrique Meirelles. Contudo, a ruptura nasceu ali: o capo di tutti capi seguia o impulso de se preservar das consequências do estelionato eleitoral e da política de ajuste das contas públicas.

Na saída "pela esquerda", Lula restaurou seu controle sobre a área de influência de sindicatos e "movimentos sociais", extinguindo a chama de uma oposição de esquerda ao lulopetismo. À luz do dia, o capo fustigou a casamata da Fazenda, até a queda de Levy. Na calada da noite, orientou a rebelião da bancada petista contra as medidas do ajuste fiscal. A hipótese do impedimento de Dilma foi inscrita na equação lulista como uma solução positiva da crise –desde que pudesse ser narrada como um "golpe das elites" contra o "governo popular". No fim das contas, um impeachment amparado na justificativa arcana das pedaladas fiscais transferiria para o novo governo o fardo da limpeza das estrebarias econômicas legadas por Dilma 1.

A segunda fase, que chega ao epílogo, é a da ruptura da ruptura. Do ponto de vista de Lula, o impeachment converteu-se de solução positiva em perspectiva assustadora desde que a Lava Jato avançou sobre o cipoal de suas nebulosas relações com as empreiteiras e o BNDES. A brusca correção de rota obedeceu ao impulso de buscar no Planalto um escudo de proteção contra as investigações judiciais. Sem abdicar do ataque aos andrajos da política de ajuste fiscal, o capo reatou com Dilma, tramando sua elevação ao posto de ministro plenipotenciário do governo agonizante.

Nessa fase, a fábula do "golpe" tornou-se a ferramenta vital para a subordinação das correntes de esquerda recalcitrantes à liderança lulista. A operação ilusionista alcançou o sucesso possível, disciplinando o PSOL e o MTST, que aceitaram perfilar-se ao lado do declinante "exército de Stédile". Lula dificilmente triunfará na batalha do impeachment, mas recuperou uma hegemonia ameaçada: a melancólica esquerda brasileira reunificou-se em torno do lobista das empreiteiras.

A terceira fase inicia-se amanhã e ganha tração na hora da posse de Temer. De volta à oposição, liberto da necessidade de encenar um engajamento com a governabilidade, Lula extrairá as implicações da narrativa do "golpe", clamando pela derrubada do "governo ilegítimo". À frente do cortejo das esquerdas, empunhará a bandeira das "Diretas Já!", tomando cuidado para que sua exigência não seja vitoriosa. O capo não deseja, realmente, submeter-se ao tribunal das urnas antes de colher os frutos do desgaste de um governo de "salvação nacional" enredado na dupla teia do desastre econômico e das investigações da Lava Jato.

A razão política de Lula é ditada pelo imperativo categórico do interesse pessoal.

Na primeira fase, cortejou veladamente a hipótese de um impeachment carente de fundamento político sólido. Na segunda, combate um impeachment indispensável para preservar a autonomia do sistema de justiça. Na terceira, simulará reivindicar eleições imediatas. A democracia triunfará se o TSE entregar o que, de fato, ele não quer.



16 de abril de 2016
Demétrio Magnoli, Folha de SP

TOTAL APOIO AO JUIZ MORO

Abaixo-assinado em apoio a Moro já é a maior manifestação da história da magistratura brasileira
Cerca de 1.340 juízes já assinaram





Enquanto petistas e aliados tentam de todas as formas desacreditar o trabalho do juiz Sergio Moro e da força-tarefa da Operação Lava Jato, o apoio a eles não para de crescer Brasil afora. Entre juízes e desembargadores, oabaixo-assinado em apoio a Moro, lançado em março, já tem mais de 1.340 assinaturas, um recorde histórico.

Com tamanho apoio popular e institucional, fica difícil para os apoiadores do governo Dilma sustentarem a versão de que as investigações serão paralisadas e tudo terminará em pizza caso o impeachment seja consumado.


16 de abril de 2016
implicante

MERCADO PROJETA ROMBO DE MAIS DE R$ 100 BILHÕES NAS CONTAS DO GOVERNO EM 2016




Estimativa do crescimento da dívida também foi revista para pior


A estimativa do mercado financeiro para as contas públicas foi revista para baixo nesta semana. Boletim divulgado pelo Ministério da Fazenda revela que o mercado já trabalha com um déficit de R$ 100,4 bilhões para o governo central em 2016. No mês passado, essa estimativa era de cerca de R$ 80 bilhões. A previsão para 2017 também foi ajustada de R$ 71 bilhões para R$ 103,5 bilhões.

Com a revisão, a expectativa de evolução da dívida pública também foi alterada: agora, o mercado prevê que ela alcançará 80% do PIB no ano que vem.


16 de abril de 2016
implicante

DILMA CANCELA, MAS LULA VAI INSUFLAR OS MILITANTES NO ACAMPAMENTO


Lula foi dar uma força aos militantes dos movimentos sociais










Na véspera da votação da abertura do impeachment no plenário da Câmara, a presidente Dilma Rousseff cancelou a visita que faria na manhã deste sábado ao Ginásio Nilson Nelson em Brasília, onde se encontraria com representantes dos movimentos sociais que são contra o seu afastamento. Dilma quer dedicar o dia à consolidação de seus votos e por isso vai ficar recebendo, no Palácio da Alvorada, líderes de vários partidos, um a um. “A presidente achou que, neste momento, é mais importante ela receber os líderes e manter o radar para amanhã (domingo)”, disse um interlocutor de Dilma.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia decidido não ir ao evento, no entanto, vai ao acampamento dos representantes dos movimentos sociais no lugar de Dilma para animar a militância e fazer com que ela permaneça nas ruas “gritando contra o golpe”. Depois, Lula voltará ao hotel onde está hospedado para continuar recebendo deputados e tentando reverter votos ou assegurar novas ausências.
GUERRA DE NÚMEROS
Há uma guerra de números e o governo comemora o fato de ter conseguido virar alguns votos e assegurava que tinha os 172 mínimos necessários. Mas a oposição também garante diz ter os 342. O que demonstra a preocupação de lado a lado é que Dilma e seus ministros vão ficar nos palácios do Planalto e Alvorada conversando com parlamentares. Ao mesmo tempo, o vice-presidente Michel Temer, que ia ficar em São Paulo acompanhando a votação, decidiu voltar para Brasília e já desembarcou neste sábado na capital federal, segundo a sua assessoria. Lula também tinha decidido ir para São Paulo, mas acabou preferindo ficar em Brasília negociando.
Ainda neste sábado, interlocutores da presidente Dilma Rousseff vão reforçar a investida num bloco de deputados de partidos nanicos para conseguir os 172 votos necessários para barrar o avanço do processo na Câmara. Um ministro do Palácio do Planalto disse que iria se encontrar logo cedo com a deputada Renata Abreu (SP), vice-presidente do PTN. A parlamentar permaneceu no grupo dos indecisos até esta semana, quando articulou a formação de um grupo junto com PHS, PROS, PSL e PEN e anunciou 26 votos a favor do afastamento de Dilma.
16 de abril de 2016
Tânia Monteiro e Isadora PeronEstadão

DELAÇÃO DE MARCELO ODEBRECHT VAI DESTRUIR O QUE AINDA RESTA DE LULA


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Revelações de Marcelo Odebrecht são altamente explosivas









O empreiteiro Marcelo Odebrecht começou a prestar depoimentos há cerca de duas semanas aos procuradores e delegados da Polícia Federal da Operação Lava Jato, em Curitiba, como parte do acordo de colaboração premiada que pretende firmar com a Justiça.
Os depoimentos são dados na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde ele está preso na carceragem do prédio. Para que o acordo seja homologado pela Justiça, Marcelo Odebrecht precisa confessar todos os crimes que tenha praticado e revelar fatos relevantes ainda desconhecidos pela Lava Jato, cuja força-tarefa investiga há dois anos o esquema de corrupção e formação de cartel na Petrobrás.
Os procuradores esperam também detalhes sobre a corrupção em outras áreas do governo, além da estatal petrolífera. Outro ponto essencial para uma eventual homologação do acordo é que o empresário revele informações sobre pagamentos de palestras, doações e reformas feitas em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
MAIS ADVOGADOS
O escritório do criminalista José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça, está à frente das negociações do acordo de colaboração de Marcelo Odebrecht com a Justiça. Ele informou que não comenta o assunto. O advogado Theo Dias acompanha o caso pessoalmente.
O advogado Nabor Bulhões defende Marcelo e o Grupo Odebrecht nas ações judiciais que respondem na Justiça. Ele informou que não está participando das negociações da delação premiada e que vai continuar trabalhando nos processos do seu cliente.
Segundo Bulhões, não há incompatibilidade de interesses pelo fato de o empresário estar tentando colaborar com a Justiça. “Posteriormente, é preciso analisar as consequências de uma eventual homologação. Enquanto tiver ação judicial, eu serei o advogado do Marcelo e do Grupo Odebrecht” afirmou Nabor Bulhões.
DOSSIÊ CONTRA A PF
O Estado apurou que a força-tarefa questionou o empreiteiro sobre detalhes de um dossiê que, segundo a Polícia Federal, teria sido comprado pela defesa da Odebrecht, em outubro de 2014. O documento tinha informações que visavam tirar a credibilidade dos policiais que participam das investigações da Lava Jato. Na ocasião, a defesa da empreiteira negou envolvimento na compra do dossiê.
A ação, segundo a Polícia Federal, também teve a participação de um dos advogados da doleira Nelma Kodama. A força-tarefa quer que Marcelo Odebrecht fale sobre como o dossiê foi comprado, quem participou das negociações e quem são os policiais federais que venderam essas informações. Os procuradores querem também que o empreiteiro revele quem seriam as pessoas que passaram informações privilegiadas sobre a Lava Jato para ele.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As revelações de Marcelo Odebrecht são definitivas. Vão liquidar o que resta de Lula, porque ele está dizendo tudo sobre as famosas “palestras”, doações ao Instituto Lula, reforma do sítio e tudo o mais. O empreiteiro está  falando também sobre as doações ilegais à campanha de Dilma, pagamentos ao marqueteiro no exterior, uma sujeirada eleitoral. Além disso,os depoimentos se referem à corrupção em obras na Copa e em projetos para estatais, ministérios, governos estaduais, prefeituras, é um nunca-acabar. Ele vai ficar meses na cadeia, até conseguir contar tudo o que sabe(C.N.)
16 de abril de 2016
Alexandre HisayasuEstadão

CARLOS SAMPAIO DESMASCARA DILMA, CARDOZO, PT E "PEDALADAS FISCAIS

Vídeo sensacional: Carlos Sampaio desmascara Dilma, Cardozo, PT e encena o crime das “pedaladas fiscais”


Como comentei em tempo real, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) deu um dos melhores discursos da Câmara nesta sexta-feira, antevéspera da votação do impeachment.
Obtive o vídeo e fiz apenas pequenas edições. Assista.

SEGURANÇA DE LULA SACA ARMA CONTRA MANIFESTANTES NO HOTEL GOLDEN TULIP, O BUNKER DE LULA EM BRASÍLIA



O professor Allan dos Santos, do Grupo Terça Livre, que por meio da sua página no Facebook transmite por vídeos o que está ocorrendo neste sábado em frente ao Hotel Golden Tulip, em Brasília, que hospeda o bunker de Lula.


Neste vídeo Allan dos Santos relata que um dos seguranças de Lula sacou sua arma contra ele. Foi no momento em que Lula chegou ao hotel escoltado por um grupo de seguranças.

Toda a cobertura em vídeo e fotos do que está ocorrendo em frente ao Hotel Golde Tulip pode ser vista na página do Facebook Terça Livre de Allan dos Santos. Clique AQUI para ver tudo


GRANDE MÍDIA MORTADELA

A GRANDE MÍDIA MORTADELA, TODA ELA, NÃO ESCAPA NADA! 
SONEGAM INFORMAÇÃO, ENCHEM SEUS SITES COM FOTOS DE LULA. 
QUEREM SER IMPARCIAIS? COMO SE PODE SER IMPARCIAL QUANDO O BRASIL ESTÁ SENDO DILAPIDADO PELA CANALHA COMUNISTA; QUANDO À LUZ DO DIA SE PROMOVE A CORRUPÇÃO E A ROUBALHEIRA?


16 de abril de 2016
in aluizio amorim

PREPARANDO-NOS PARA O PIOR

Por via das dúvidas, melhor esperar amanhã. As indicações são de que a maioria dos deputados votará pelo impeachment da presidente Dilma. Certeza não há, mas as oposições contavam ontem com 349 votos, sete a mais do que o número necessário. As bancadas do governo fazem contas diferentes, esperam que apenas 308 se tenham comprometido com o afastamento de Madame.

O vento sopra no rumo dos adversários dos detetores do poder, mas o vento costuma mudar, não obstante as tendências.

A pergunta é sobre o que acontecerá neste domingo, entre o início da coleta de votos e o final da sessão, marcada para as 14 horas. Antes ou depois da meia noite, já na segunda-feira, lamentos e comemorações ocuparão Brasília e o resto do país. Vai quebrar o pau, seja de que lado for.

Não se supõe os manifestantes invadindo o palácio do Planalto, no caso, para expulsar a presidente da República. Ou sequer para carregá-la em triunfo, na outra hipótese. Ela mesmo terá tomado suas precauções, ou seja, buscado abrigo no palácio da Alvorada, residencia que ficará à sua disposição como moradia, enquanto durar o entrevero. Mesmo afastada da chefia do Executivo pelo máximo de 180 dias, ela aguardará o pronunciamento do Senado, a palavra final. Caraterizada a defenestração, sairá da História. Confirmada a permanência, precisará encontrar nova imagem para enfrentar a mais áspera de suas funções, de mudar o país de alto a baixo sob violenta rejeição.

O fenômeno que agora se desenvolve à vista de todos revela múltiplas faces. A primeiro, de que Madame não deu certo. Seus planos e programas de governo deram em nada na medida em que o desemprego multiplicou-se, as oportunidades minguaram, as fábricas fecharam, a atividade econômica escafedeu-se e os serviços públicos foram para o brejo. Há quem julgue exagerada essa visão e até faça parte de uma trama engendrada pelos economicamente poderosos para recuperarem seus privilégios. Afinal, certas iniciativas no campo social, estabelecidas pelo governo Lula, prejudicaram a vida das elites. Elas aproveitaram a oportunidade do fracasso na economia para tirar a forra. Claro que impulsionadas pela incompetência. Junte-se a isso a avalancha da corrupção, estimulada pelos que se imaginaram donos do poder, leia-se PT, Lula e penduricalhos.

Aí está o resultado: quase todos envolvidos nas facilidades de um sistema podre, de um lado, e outros em cobrar o tempo perdido. No meio, o cidadão comum. Será esse o que vai para as ruas, exigindo compensações? Pode ser que não, preparando-nos ainda para o pior...



16 de abril de 2016
Carlos Chagas

BALCÃO DOS CORRUPTOS: OPOSIÇÕES ENTRAM COM QUEIXA-CRIME CONTRA LULA E DILMA POR COMPRA DE DEPUTADOS

Dilma e Lula: o abraço dos afogados.

Além de ser vergonhoso para o país, o uso de recursos públicos para corromper deputados é ato criminoso, praticado a céu aberto pelo tiranete Lula - que não tem cargo no governo - e por Dilma. Isto jamais aconteceu em países civilizados. No Brasil, de fato, o lulopetismo instalou a barbárie:

Liderados pelo DEM, partidos de oposição vão protocolar neste sábado uma queixa-crime na Polícia Federal contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula por compra de votos de deputados. Governadores de Estados do Nordeste que defendem Dilma e passaram a pressionar parlamentares também devem ser acusados na peça.

"Você não pode usar recursos públicos para converter votos de deputados. Isso é uso da máquina pública em benefício próprio. É desvio de finalidade, uma repetição do método petista que levou ao mensalão e ao petrolão, mais um escândalo para ganhar na mão grande", disse o deputado Mendonça Filho (DEM-PE). "Um crime praticado contra atuação legítima dos parlamentares, que têm o direito e o dever de votar livres, não sob um processo de intimidação patrocinado pelo governo Dilma Rousseff."

O deputado disse que o governo promove nomeações, demarcação de terras e liberação de recursos para Estados e municípios como "moeda de troca" pelo voto.

O DEM acusa como indícios de crimes, por exemplo, a recente transferência de terras da União ao Estado do Amapá, governado por Waldez Góes (PDT), aliado do clã Sarney. Em uma síntese da representação distribuída a jornalistas pelo DEM, a transferência é apontada como corrupção ativa e teria o objetivo de garantir oito votos da bancada ao Planalto. Antes, diz a legenda, havia seis indecisos e dois contrários ao Planalto.

A transferência era um antigo pleito do Estado, um dos últimos que deixou de ser território federal, e foi assinada nesta sexta-feria no Palácio do Planalto, na presença de parlamentares do Estado e de Waldez Góes. Segundo o DEM, o Diário Oficial da União deste sábado não traz a publicação do decreto.

Eles afirmam que não representaram ao Ministério Público Federal porque a Procuradoria-Geral da República está sem plantão. "Queremos saber se as autoridades constituídas vão assistir de camarote a compra de votos perpetrada pelo Palácio do Planalto", diz o documento de uma página.



16 de abril de 2016
in blog do orlando tambosi

UM LÍDER BUFÃO

Brasília - O vídeo gravado por Lula mostra claramente o desespero de um homem derrotado, de um líder bufão, que ocupou por mais de uma semana um apartamento de luxo de um hotel em Brasília para convencer ($) deputados de que a Dilma não poderia desocupar o Palácio do Planalto, que o impeachment é golpe. A voz gasguita é de quem cansou de falar em vão, porque o resultado certamente será desfavorável ao seu partido e, a Dilma, que nunca governou o país, simplesmente deixa o palácio pela porta dos fundos.

Lula, se a decisão deste domingo for desfavorável, vai desocupar o apartamento de luxo, mas a gerência do hotel precisa ficar de olho com a conta, pois os antecedentes dele e de seus parceiros que ocuparam os imóveis, não são recomendáveis. Se a hospedagem foi paga com dinheiro do governo, o Ministério Público deverá investigar porque o contribuinte não pode pagar a conta de um bando de gente que ocupou um hotel cinco estrelas para fazer lobby político.

Lula chegou a Brasília há dias como um super-homem da política. Falou aos ventos das suas qualidades e da sua habilidade de convencimento. Recebeu parlamentares diariamente, confabulou, e ofereceu ministérios e cargos públicos em todos os órgãos do governo, mas se frustrou. Falava em nome de um partido natimorto, desqualificado e acusado de corrupção. Perdeu a credibilidade e a confiança para continuar argumentado a favor da Dilma. Cansou e entregou as armas quando a Dilma, numa entrevista, jogou a toalha dizendo-se “carta fora do Trabalho” depois da votação do impeachment.

No vídeo que divulgou à população, Lula tem dificuldade de falar, mostra uma expressão de desespero porque sabe, como ninguém, que o afastamento temporário da Dilma pode deixá-lo desprotegido e nas garras do juiz Sergio Moro que, desde o início da semana, colhe com precisão cirúrgica, o depoimento da delação premiada de Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, que tenta reduzir a sua pena entregando as maracutaias petistas.

Com o afastamento da Dilma Lula perde todos os “privilégios” que o STF outorgou sem nenhuma base jurídica legal, quando avocou o seu processo à Corte Suprema.

A preocupação do Lula procede porque ele sabe que envolveu sua família no escândalo, deixando-a vulnerável às investigações da Lava Jato. Além disso, abandonou centenas de amigos quando não os defendeu publicamente, a exemplo de Zé Dirceu, Vaccari e tantos outros que amargam cadeia.

Depois deste domingo, se a Dilma for impedida de governar, Lula perde o poder que tinha no governo da amiga. A caneta seca e, com ela, evapora-se o poder do homem que mandou e, principalmente, desmandou no país. Assistirá também a redução dos movimentos sociais nas ruas, porque os líderes vão entender que seus direitos sociais não serão mexidos com o novo governo porque são constitucionais, baseados em leis. Quanto as centrais sindicais, estas aos poucos vão se integrar ao novo governo, com exceção da CUT, sob o risco de desaparecem sem o dinheiro do FAT que as alimentam e as alienam.

Resta ao Lula e a Dilma uma aposentadoria confortável como ex-presidentes e anistiados, o que não acontece com os brasileiros comuns que veem desaparecer o seu minguado dinheiro corroído pela inflação e pela estagnação da economia, herança maldita que os dois deixam ao povo brasileiro.


16 de abril de 2016
Jorge Oliveira

BBB AEROWYLLYS NÃO QUER QUE CUNHA VOTE NO IMPEACHMENT

JEAN WYLLYS PEDE QUE SUPREMO IMPEÇA CUNHA DE VOTAR NO IMPEACHMENT
DEPUTADO CITA REGIMENTO INTERNO E AFIRMA QUE VOTO DO PRESIDENTE SÓ POR ESCRUTÍNIO SECRETO OU EM EMPATE


AO ANUNCIAR PUBLICAMENTE QUE IRÁ VOTAR O IMPEDIMENTO DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF, O PRESIDENTE DA CÂMARA MOSTRA UMA NÍTIDA INTENÇÃO DE VIOLAÇÃO DAS REGRAS REGIMENTAIS.”, ARGUMENTA (FOTO: WILSON DIAS/ABR)



O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) entrou na sexta-feira, 15, com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de votar na sessão que vai decidir, domingo, 17, sobre aceitação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

Na ação, o deputado alega que, de acordo com o Artigo 17 do regimento interno da Casa, Cunha não pode votar, exceto em votações por escrutínio secreto ou em caso de empate.

“O dispositivo regimental transcrito acima é claro ao lecionar que o presidente da Casa Legislativa não pode votar, salvo nos casos de escrutínio secreto, ou havendo empate em votação ostensiva. Ao anunciar publicamente que irá votar o impedimento da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara mostra uma nítida intenção de violação das regras regimentais.”, argumenta o parlamentar.

A ação é relatada pelo ministro Celso de Mello. (ABr)



16 de abril de 2016
diário do poder

OPOSIÇÃO TEME TENTATIVA DE GOLPE USANDO O STF

MUY AMIGOS
PRESENÇA DE LEWANDOWSKI EM BRASÍLIA SERIA MAU SINAL PARA OPOSIÇÃO


PRESENÇA DE LEWANDOWSKI EM BRASÍLIA SERIA MAU SINAL PARA OPOSIÇÃO. FOTO: LULA MARQUES/PT

Líderes de oposição estão apreensivos com manobras do governo, com ajuda do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para “melar” a votação do impeachment. “Esse governo é capaz de tudo”, advertiu um senador, procurando confirmar se Lewandowski estaria em Brasília domingo. “Se ele estiver na cidade, é mau sinal”, disse. Teme uma liminar-surpresa impedindo a votação.

O temor da oposição decorre das relações de amizade e simpatia que unem o ministro Lewandowski e o ex-presidente Lula, que o nomeou.

Fora de Brasília no domingo, Lewandowski, não poderá decidir nada oficialmente, e sim a vice-presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

Nos julgamentos de quinta (14), Lewandowski poderia não votar, como presidente, mas fez questão de registrar voto favorável ao governo.

Lewandowski “plantou” pulga atrás da orelha da oposição ao dizer, no final do julgamento, que caberia recurso do impeachment ao STF.



16 de abril de 2016
diário do poder

"MORTADELÃO" INFLÁVEL É USADO POR MANIFESTANTES EM BRASÍLIA

BALÃO FOI LEVANTADO EM FRENTE AO HOTEL EM QUE LULA SE HOSPEDA

MANIFESTANTES CONTRA E A FAVOR DE DILMA QUASE ENTRAM EM CONFRONTO EM BRASÍLIA (FOTO: REPRODUÇÃO)


Manifestantes pró-impeachment inflaram um “mortadelão” de dez metros de altura na manhã de sábado em frente ao hotel em que o ex-presidente Lula está hospedado em Brasília.

“Estamos aqui protestando contra o balcão de negócios que o Lula transformou o Brasil”, afirma Carla Zambelli, do movimento Nas Ruas. “O mortadelão representa os impostos do povo brasileiro que o PT fatia para comprar apoio”.

Fabricado em São Paulo, o mortadelão custou R$ 5 mil, segundo Carla, e o valor foi pago com doações entre R$ 50 e R$ 500 de membros dos movimentos “Nas Ruas” e “Acorda Brasil”.

Alimento foi distribuído em algumas manifestações a favor da presidente Dilma Rousseff e virou símbolo dos anti-impeachment.

Durante a chegada de Lula ao hotel, alguns manifestantes pró-impeachment entraram em confronto com os seguranças do ex-presidente. Segundo o Capitão Michelo, da PM, a polícia precisou intervir, mas conseguiu controlar a situação. Ninguém foi preso. A política orientou os manifestantes a se retirarem do local, já que três ônibus da CUT se dirigiam ao hotel. A sugestão foi acatada e não houve outros conflitos.



16 de abril de 2016
diário do poder

NOMEAÇÕES EM MASSA CONFIRMA BALCÃO DE NEGÓCIOS NO PLANALTO

DILMA PUBLICA NOMEAÇÕES NO DIÁRIO OFICIAL PARA SALVAR MANDATO

A SEDE DO PODER EXECUTIVO FOI TRANSFORMADA EM FEIRÃO DE CARGOS PARA SALVAR MANDATO DE DILMA. (FOTO: RAFAEL CARLOTA)


A publicação de deenas de nomeações para cargos públicos federais em edição extra do Diário Oficial da União, neste sábado, confirma e até documenta a utilização da máquina pública a serviço da manutenção da presidente Dilma Rousseff no car.

As nomeações ocorrem na véspera da votação que abre caminho definitivo para o processo de impeachment, As nomeações foram feitas sobretudo para cargos de segundo e terceiro escalões do governo.

Além de dezenas de remanejamentos, há ainda cerca de 50 nomeações para postos no governo e a exoneração de cerca 90 servidores ligados a parlamentares que declararam apoio ao afastamento de Dilma.

Márcio Endles Lima Vale foi nomeado para o cargo de presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), vinculada ao Ministério da Saúde, em substituição a Antonio Henrique de Carvalho Pires, ligado ao vice-presidente Michel Temer.

A exoneração de Pires deu início à desocupação de cargos que estavam com o PMDB, sobretudo àqueles pertencentes a alas ligadas a Temer. Outra nomeação na Funasa foi de José Inácio da Silva Filho. Ele será o superintendente da Fundação no Estado da Paraíba.



16 de abril de 2016
diário do poder

"É MENTIRA RASTEIRA" - REBATE TEMER SOBRE FIM DO BOLSA FAMÍLIA

ATAQUES DO IMPEACHMENT
ELA GRAVOU VÍDEO DIZENDO QUE TEMER ACABARIA PROGRAMAS SOCIAIS

"LEIO HOJE NOS JORNAIS AS ACUSAÇÕES DE QUE ACABAREI COM O BOLSA FAMÍLIA. FALSO. MENTIRA RASTEIRA. MANTEREI TODOS PROGRAMAS SOCIAIS", ESCREVEU TEMER NO TWITTER (FOTO: MARCELO CAMARGO)



A um dia da votação do impeachment, o vice-presidente Michel Temer usou uma rede social nesta manhã de sábado para desmentir que irá acabar com programas sociais, como o Bolsa Família, caso ele assuma o governo.

"Leio hoje (sábado) nos jornais as acusações de que acabarei com o Bolsa Família. Falso. Mentira rasteira. Manterei todos programas sociais", escreveu em sua conta pessoal no Twitter, por volta das 7h30.

Em vídeo divulgado nas redes sociais na madrugada deste sábado, Dilma Rousseff afirmou que Temer vai revogar os programas sociais, símbolos das gestões petistas, se chegar ao poder.

"Vejam quem está liderando esse processo e o que propõem para o futuro do Brasil. Os golpistas já disseram que se conseguirem usurpar o poder será necessário impor sacrifícios à população brasileira. Querem revogar direitos e cortar programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Ameaçam até a educação", afirmou.

A presidente faria um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na sexta-feira. No entanto, o governo decidiu suspender a transmissão e divulgar o vídeo apenas nas redes sociais por medo de interpelações jurídicas.

Temer decidiu voltar a Brasília sexta à noite, alterando seu plano inicial de passar o fim de semana em São Paulo. O vice-presidente marcou uma reunião de trabalho às 12 horas, no Palácio do Jaburu. Apesar de seus aliados demonstrarem confiança na vitória do impeachment, ainda há o receio de que o governo possa evitar os 342 votos em favor do impeachment.

A notícia de que três deputados do PP voltaram atrás na decisão de apoiar o impeachment acionou o alerta no grupo de Temer. Ainda assim, o ex-ministro Eliseu Padilha, que integra o núcleo duro do vice, classificou como "piada" a suposta reação. Também numa conta de rede social, Padilha ressaltou o pedido de demissão do presidente do PSD, Gilberto Kassab, do Ministério das Cidades.

Repercussão. Deputados do PT que participam da sessão de debate no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara reagiram neste sábado às publicações do vice Michel Temer em que nega a intenção de acabar com os programas sociais, o que chama de "mentira rasteira". Em discurso no plenário, o deputado Paulo Pimenta (RS) afirmou que Temer falou como presidente, antes mesmo da votação sobre a admissibilidade do processo.

"Temer, o Breve, anunciou medidas como se presidente da República fosse", afirmou Pimenta, em tom irônico. "O vice-presidente superou seu intuito conspirador", discursou o petista.

O deputado gaúcho se disse satisfeito com o clima de "vira, virou" que fez o governo garantir novos votos contra o impeachment, mas ressalvou que "a oposição nunca teve os votos necessários para aprovar sua proposta de golpe."

Em entrevista, Wadih Damous (RJ), reiterou a acusação de que em um possível governo Temer haveria pressão para dificultar as investigações da Operação Lava Jato. "Todos sabem que Temer disse que conseguiria brecar a Operação Lava Jato. Não sei como, porque o Minisitério Público é autônomo e a Polícia Federal não pode atuar contra a investigação", afirmou. Damous afimou que "a ação de Temer sempre foi para brecar os programas sociais".

O deputado carioca reforçou a tese de que a oposição não tem garantidos os 342 votos necessários para aprovar o impeachment da presidente. Segundo Damous, os deputados indecisos, desde sexta-feira, tendem a votar contra o impeachment ou optar pela abstenção, o que favorece o governo, pois tira possíveis votos a favor do afastamento da pesidente. O governo não tem que garantir votação mínima contra o impeachment, enquanto a oposição precisa de pelo menos dois terços dos 513 deputados. (AE)



16 de abril de 2016
diário do poder