"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

COMO SERÁ A POLÍTICA ECONÔMICA PROPOSTA POR AÉCIO NEVES?

O ECONOMISTA ARMÍNIO FRAGA, COTADO PARA MINISTRO DA FAZENDA, DIZ O QUE SERÁ FEITO PARA BRECAR A RECESSÃO E SALVAR O BRASIL DA BANCARROTA!
 
A Folha de S. Paulo desta segunda-feira traz uma entrevista com o economista Armínio Fraga, um dos artífices do Plano Real com o qual o governo Fernando Henrique Cardoso detonou a inflação promovendo a estabilidade econômica pelas primeira vez na história do Brasil. Se Aécio Neves for eleito Pesidente do Brasil, Armínio Fraga (foto) será o Ministro da Fazenda.
Transcrevo a entrevista na íntegra e que pode ser compartilhada nas redes sociais ou mesmo por meio do email. Essas ferramentas estão sempre no final de todos os posts do blog. 
A entrevista está boa e vale a apena ser lida. Aliás, ler e estudar com atenção o que defendem os candidatos presidenciais e os inegrantes de suas respectivas equipes é o único caminho que tem o eleitor para votar com responsabilidade, evitando a pior alternativa, impedindo que o Brasil seja lançado mais uma vez no lodaçal da recessão que está aí e poderá ser severa punindo exatamente aqueles que vivem de salário e que mais precisam da estabilidade econômica e inflação baixa, sob controle.
Esta eleição é uma oportunidade ímpar na história do Brasil de fazer o Brasil avançar economicamente pois este é o único meio de realizar o que o esquerdismo delirante qualifica de "justiça social". Sem crescimento nunca haverá a possibilidade das pessoas melhorarem de vida ou mesmo manter o seu padrão até agora alcançado. 
Sem dúvida o economista Armínio Fraga tem conhecimento e experiência. É do ramo. E uma qualidade: é discreto, claro e objetivo. Portanto, vale a pena ler:
"Nomeado" futuro ministro da Fazenda, caso Aécio Neves (PSDB) vença a eleição, Arminio Fraga, 57, reclama do aparente patrulhamento, na sua opinião, do atual debate sobre problemas econômicos.
Ele diz que precisa "fazer um discurso" antes de tratar de temas relevantes, como o reajuste do salário mínimo e as mudanças na previdência. "Senão, você é acusado de ser assassino de velhinhas, o que obviamente não é o caso."
Falar da discussão muda a fisionomia do (quase sempre pacato) economista: "Eu tenho que fazer um preâmbulo. Se não, imediatamente, o PT vai falar: Eles vão arrochar os salários, arrochar os aposentados'", afirmou.
Nesta entrevista à Folha, Arminio fala sobre uma das bases de maior apoio político de Aécio: a diminuição da oferta de empréstimos do BNDES. "O empresariado tem que se engajar numa posição mais moderna."
Para ele, sua "nomeação", sozinha, não representa um choque de confiança. "Arminio Fraga não resolve nada."
Folha - ­ Se Aécio Neves vencer, qual será a regra de reajuste do salário mínimo?
Arminio Fraga ­ O Aécio já declarou que a política de aumento real do salário mínimo continua. A regra, no mínimo, vale por um ano e a essa altura não vejo por que mudar ­a preocupação é que ele [o reajuste] fique até baixo neste momento.
Eu disse, e fui mal interpretado, que os salários em geral tinham subido muito, e que para continuar a subir, o que é totalmente desejável e alcançável, o Brasil teria que mostrar também um crescimento da produtividade. Como acredito que, com Aécio, os salários vão subir, sinceramente, não tenho problema com essa fórmula.
Economistas próximos do sr. dizem que a regra atual onera a Previdência e desequilibra as contas do governo.
O papel de um futuro ministro da Fazenda não é tanto ter uma opinião a respeito disso, mas mostrar qual é o orçamento e qual é a tendência no médio prazo. Eu acho que isso está fazendo falta, o Brasil está voando no escuro, em um ambiente de um populismo exacerbado.
Vocês são críticos à atuação do BNDES, mas o banco oferece crédito barato para parte do empresariado. Como dizer para eles que isso tem de mudar?
O empresariado hoje entende que esse mercado de crédito dual, onde alguns
privilegiados recebem crédito e a maioria não recebe, não é bom. Indiretamente põe pressão no juro, tem implicações distributivas perversas e, no fundo, existe porque outras coisas não estão funcionando. Se outras coisas forem postas para funcionar, todo esse aparato de UTI pode ser removido. Fazer uma reforma tributária que desonere a exportação, o investimento, simplifique o sistema [tributário], tem um impacto enorme. Mobilizar capital para infraestrutura e arrumar a casa para ter um juro mais baixo para todo mundo tem um impacto enorme também.
Essas políticas, não só o crédito subsidiado, mas muitas das desonerações e do aparato protecionista, não são a resposta ideal.
À medida que se possa corrigir essas falhas, será possível desfazer esse caminho que não está dando certo. Alguém acha que a indústria no Brasil está indo bem, com todo esse crédito, subsídio e proteções?
Um ajuste fiscal envolveria cortar quais gastos?
A sociedade tem que fazer opções. O nosso papel é colocar essa discussão na mesa, de uma maneira que ela possa ser concluída com mais consciência dos custos e benefícios e quais são os efeitos do ponto de vista do crescimento, da distribuição de renda. Há um imenso espaço para fazer políticas que teriam impacto redistributivo relevante. O caminho a seguir foi mapeado pelo FHC. Ele tomou a decisão de delegar áreas que naquele momento faziam parte do governo para o setor privado, sob supervisão, para focar em saúde e educação. Foi um pacto extraordinário. Essa discussão tem que ser permanente.
O sr. falou em tirar subsídios e focar na redução da desigualdade. Como os empresários reagiriam?
Eles temem que a correção dos fundamentos [da economia] não ocorra e eles fiquem no pior dos mundos. Mas acho que o empresariado tem de se engajar numa posição mais moderna. O melhor exemplo é o Pedro Passos [sócio da Natura e colunista da Folha], que com muita coragem está quebrando todos os tabus e defendendo posições muito parecidas com essas. Acho que esse esgotamento do modelo já é entendido pela maioria. Ninguém gosta de ficar indo a Brasília negociar alguma coisa. Mesmo os que se beneficiavam mais disso estão vendo o Brasil parando. Eu tenho a convicção de que arrumar a casa, fazendo ajustes, vai gerar crescimento. A recessão já chegou.
Se o crescimento se recuperar, não diminui o ímpeto por reformas?
Só vai haver choque de confiança se o governo mostrar serviço. No gogó não vai. 
O seu nome sozinho não basta para recuperar a confiança?
Arminio Fraga não resolve nada. Quem tem de resolver é o Brasil. Se o governo não atrapalhar, já ajuda bastante.
O programa do PSDB não trata de problemas da Previdência como a necessidade de aumentar a idade mínima, acabar com as pensões. Vocês vão enfrentar essas questões?
Nossa estratégia já está bem mapeada. Começar com uma reforma política, uma reforma administrativa, e colocar na mesa uma proposta já bem amarrada de reforma tributária. Fazer uma blitz na infraestrutura, mobilizar capital privado e, com isso, deslanchar uma primeira etapa do investimento no Brasil que nos parece ser urgente.
Em paralelo, acho que temos que declarar a guerra ao custo Brasil.
O tema da Previdência é importante, mas ele se presta também ao populismo. A nossa posição é que esse tema precisa ser debatido. Mas tenho de fazer um preâmbulo, se não imediatamente o PT vai falar: "Eles vão arrochar os salários, vão arrochar os aposentados". Isso tudo é mentira. Mas é, assim, nós não temos medo de discutir.
Na medida em que as pessoas vivem mais, você tem de pensar na idade de
aposentadoria e na viabilidade atual do sistema. Outra coisa estranha são as pensões. E acho que também merece ser discutido, sem prejuízo de quem já tem o benefício. E outros temas: como um país que está com desemprego baixo tem um aumento colossal no seguro­ desemprego?
São ótimos temas, mas para falar deles é preciso fazer um discurso antes, senão você vai ser acusado de "assassino das velhinhas", o que obviamente não é o caso. 
O governo diz que está fazendo um ajuste gradual e que chegaria aos mesmos objetivos sem dor.
Que ajuste? As contas fiscais estão piorando. Eles estão fazendo um desajuste gradual na área fiscal, e a inflação está em 6,5%, apesar dos preços reprimidos. Qual a credibilidade que o governo tem para dizer que vai fazer um ajuste gradual? Eu também acredito que o ajuste fiscal pode ser feito em dois anos. Eu também acredito que a meta de inflação não precisa ser reduzida da noite para o dia, mas tem que acontecer. Não é incorreto o que o governo diz, mas não corresponde ao que eles praticam.
Por que a independência do Banco Central não é bandeira do PSDB?
Esse é um tema antigo e polêmico dentro do PSDB. O partido sempre gostou da ideia de dar autonomia ao Banco Central, mas com algum mecanismo de proteção em relação a problemas extremos, como o Banco Central trabalhar mal. O Aécio deixou claro que vai dar a chamada autonomia operacional ao Banco Central e não está fechado discutir a lei.
Olhando de fora, o atual Banco Central é autônomo?
Menos do que seria desejável. Sou amigo do [presidente do BC Alexandre] Tombini, mas acho que ele vem sofrendo porque há de fato uma percepção de que ele está sob muita pressão.
Para aprovar uma reforma tributária precisa construir uma maioria. Como vocês fariam?
Precisa. Acho que o Aécio trabalharia isso.
Com quem? 
Acho que com o país todo. É tal a emergência nessa área que eu acho que tanto o Congresso quanto a sociedade, os empresários em particular, iam dar muito apoio. Acho que é algo que seria muito bacana. E, se o Executivo estiver disposto a trabalhar isso dando um mínimo de garantia para os Estados, a coisa é bem viável.
O que a proposta de reforma tributária de vocês tem de diferente?
Correndo o risco de soar um pouco agressivo, a nossa é a única. Teve proposta [do governo] de unificar as alíquotas do ICMS. Nós estamos falando em consolidar esses impostos, acabar com a cumulatividade, simplificar as regras. Estamos bem avançados nesse trabalho. Nossa ideia é abrir a discussão.
Vocês ofereceriam propostas para uma reforma em um eventual governo Marina?
Sim, sim, claro. Acho que qualquer coisa que nós façamos não é segredo.
Você participaria de um eventual governo Marina Silva?
Estou discutindo esses temas com Aécio há quase dois anos e acredito que ele é o caminho. Eu não vou. Não pretendo ir se não for com ele.

01 de setembro de 2014
in aluizio amorim

A VERDADE É A VERDADE

MARINA SILVA É MAIS UMA EMBUSTEIRA. SUA SUPOSTA "NOVA POLÍTICA" É UM ATENTADO À DEMOCRACIA E À LIBERDADE E EM TUDO IGUAL AO PT!
Na maioria das vezes discordo de Elio Gaspari. Todavia, como já afirmei aqui em outras ocasiões, Gaspari possui um dos melhores textos da imprensa brasileira. E quando acerta em sua análise, como é o caso de sua coluna na Folha de S. Paulo deste domingo, o faz com maestria, justificando a transcrição aqui no blog.

O artigo de Gaspari desnuda Marina Silva. Calma! Refiro-me ao fato de que na verdade faz um exegese do palavreado que se conhece por "marinês", ou seja, uma versão de um "dilmês" rebuscado e com, digamos assim, pitadas de um certo viés exotérico ou seja lá o que for.

Passando tudo isso numa peneira fina, e é o que faz Elio Gaspari com competência, as promessas eleitoreiras de Marina Silva combinam-se perfeitamente com as intenções do PT, ou seja, detonar a democracia representativa. Aliás, revelei com exclusividade aqui no blog, já que os jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto não viram nada, ou seja, o extraordinário aparato técnico e tecnológico erguido pelo PT para golpear as instituições democráticas. E, como se vê, os planos de Marina encaixam-se perfeitamente nos "participatórios" criados pelo Gilberto Carvalho, preparados para dar sequência prática ao Decreto 8.243, o já denominado "decreto bolivariano".

Em outras palavras, tanto os projetos do PT como os planos formulados pela Rede de Marina Silva, são como peças de um puzzle que se encaixam perfeitamente materializando um golpe de Estado comunista, igualzinho ao que aconteceu na Venezuela, no Equador e na Bolívia.

O texto de Elio Gaspari não diz isto como todas as letras como estou a fazer aqui, mas o seu artigo deve ser lido com atenção pois vai diretamente ao ponto expondo as falácias marinóides, na verdade um cipoal de contradições escamoteadas ardilosamente. Marina Silva é mais do mesmo, ou seja, uma embusteira! Por isso mesmo que numa eventualidade de um segundo turno entre Dilma e Marina Silva, anulo o meu voto sem maiores delongas.

Quem vota em Marina Silva, ou é um idiota ou um oportunista que, de alguma forma, supõe levar algum tipo de vantagem com a destruição da democracia e, consequentemente, da liberdade. Claro, em regimes bolivarianos é muito mais fácil se locupletar com negócios escusos. O título original do artigo de Gaspari não poderia ser mais perfeito: "As bolsas Plebiscito de Dilma e Marina". Leiam:

Unha e carne do PT: Marina Silva veste o boné vermelho do MST e agora tentar enganar os trouxas com seu discurso enigmático.
Marina Silva merece todos os aplausos. Anunciou em seu programa o que pretende fazer se for eleita. Ela quer criar uma "democracia de alta intensidade". O que é isso, não se sabe. Lendo-a vê-se que, sob o guarda chuva de uma expressão bonita –"democracia direta"–, deseja uma nova ordem constitucional.
 
Apontando mazelas do sistema eleitoral vigente, propõe outro, plebiscitário, com coisas assim: "Os instrumentos de participação –mecanismos de participação da democracia representativa, como plebiscitos e consultas populares, conselhos sociais ou de gestão de políticas públicas, orçamento democrático, conferências temáticas e de segmentos específicos– se destinam a melhorar a qualidade da democracia."
 
Marina parte da premissa de que "o atual modelo de democracia (está) em evidente crise". Falta provar que esteja em crise evidente uma democracia na qual elegeu-se senadora, foi ministra e, em poucas semanas, tornou-se virtual favorita numa eleição presidencial. Ela diz que nesse país em crise "a representação não se dá de forma equilibrada, excluindo grupos inteiros de cidadãos, como índigenas, negros, quilombolas e mulheres".

Isso numa eleição que, hoje, as duas favoritas são mulheres, uma delas autodefinida como negra.
Marina quer "democratizar a democracia". O jogo de palavras é belo, mas é sempre bom lembrar que na noite de 13 de dezembro de 1968, quando os ministros do marechal Costa e Silva aprovaram a edição do Ato Institucional nº 5, a democracia foi a exaltada dezenove vezes. Deu numa ditadura de dez anos e dezoito dias. A candidata, com sua biografia, é produto da ordem democrática. Ela nunca a ofendeu, mas seu programa vê no Congresso um estorvo. Se o PT apresentasse um programa desses, a doutora Dilma seria crucificada de cabeça para baixo.
 
Marina não está sozinha com seu projeto de reestruturação plebiscitária. Durante o debate da Band, Aécio Neves criticou a proposta de Dilma de realizar uma reforma política por meio de um plebiscito, rotulando-a de "bolivariana", numa alusão às mudanças de Hugo Chávez na Venezuela. Ela respondeu o seguinte:

 "Se plebiscitos forem instrumentos bolivarianos, então a Califórnia pratica o bolivarianismo".

 
Que todos os santos de Roma e D'África protejam a doutora. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Desde janeiro de 2010, a Califórnia fez 338 plebiscitos e aprovou 112 iniciativas. O mais famoso deles ocorreu em 1978 e tratava do congelamento do imposto sobre propriedades, associado à exigência de dois terços das assembleias estaduais para aprovar aumento de impostos. Tratava-se de responder "sim" ou "não". Deu 65% a 35% e atribui-se a esse episódio um dos maiores sinais do renascimento do conservadorismo americano (em 1980, Ronald Reagan foi eleito presidente dos Estados Unidos).
 
No Brasil já se realizaram três grandes plebiscitos. Em 1963 e 1993 o povo escolheu entre parlamentarismo e presidencialismo. Ganhou o presidencialismo. Em 2005, a urna perguntava: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?" O "não" teve 64% dos votos.
 
A sério, um plebiscito é simples: "Sim" ou Não"? "Parlamentarismo" ou "Presidencialismo"? Essa é uma prática da democracia direta porque é simples.
A proposta de encaminhamento plebiscitário de uma reforma política só não é bolivariana porque vem a ser um truque muito mais velho que a bagunça venezuelana. Em 1934, Benito Mussolini fez a reforma política dos sonhos dos comissariados. Os eleitores recebiam uma lista de nomes com a composição do Parlamento e podiam votar "sim" ou "não". Il Duce levou por 99,84% a 0,15%.

A República brasileira não está em crise, pelo contrário. Seus poderes Executivo e Legislativo serão renovados numa eleição em que Marina vê vícios profundos, ainda que não os veja na possibilidade de ser eleita. Sua proposta de reordenamento do Estado pode encarnar a vontade do eleitorado mas, na melhor das hipóteses, dá em nada. Na pior, em cesarismo plebiscitário.

Da Folha de S. Paulo deste domingo
 
01 de setembro de 2014
in aluizio amorim

MUDANÇA NECESSÁRIA


 
 O PT nunca teve princípios, mas fins. Nunca teve um projeto de País, mas um projeto de Poder. O maior exemplo disso foi que, no governo Lula, especialmente no primeiro, com ventos mundiais extremamente favoráveis, preços elevados de nossas commodities e grande maioria no Congresso, o dono do partido nunca se empenhou em realizar as tão necessárias reformas estruturais, a política, trabalhista, previdenciária e tributária, que estão impedindo o País de se modernizar e, pior, enquanto não são feitas, sangram fiscalmente o Estado e o próprio povo, com seus gastos exorbitantes e impostos escorchantes. Não as fez para não criar atritos, pois não queria tempestades, nada que ameaçasse seu projeto de poder eterno.

Outros exemplos não faltam, como o alinhamento, e elogios, a notórias e vergonhosas figuras da política brasileira, e um mais recente, recente, a presidente devolver um de seus 40 ministérios e secretarias, o dos Transportes, a um partido reconhecidamente corrupto, só para obter, em troca, alguns minutos a mais de propaganda na TV. É como se tivesse dito: “o País que se dane, eu preciso do tempo pois quero ser reeleita, eu e o PT queremos o poder eterno”!!!

O PT institucionalizou a corrupção, e seu maior exemplo foi o mensalão, outra prova de que só mirava o poder, aliás, uma gravíssima prova, pois, mais do que um ato de corrupção, foi uma tentativa de golpe institucional branco, sem tanques ou fuzis, de dominar o Congresso, tornando-o caudatário, um mero apêndice dos desejos autoritários do Executivo. E, não satisfeito, voltou à carga, com o famigerado Decreto 8.243! Isso sem falar na imprensa, sempre alvo de mordaça, com o sempre presente desejo de “regulação da mídia”.

O PT adotou uma política externa perigosa no que tange à democracia e liberdade, ao cortejar regimes comunistas autocráticos, e, absurda com respeito aos interesses do País, sublimando o comércio multilateral e curvando-se a um terceiro-mundismo-mercosulista-bolivariano, nada mais do que um conglomerado de países populistas e andrajosos. E, à revelia do Congresso Nacional, usar nosso dinheiro para financiar obras nesses países, quando poderiam ser empregadas em obras de saneamento e infraestrutura aqui, mais do que necessárias.

São vários os exemplos do mal que o PT causou ao País, votando contra o plano Real, contra a lei da responsabilidade fiscal, no uso da máquina pública, no parasitismo e copioso aparelhamento do Estado com gente incompetente, em detrimento do mérito, na destruição da Petrobras e Eletrobras, no gosto amargo do tempo desperdiçado, das esperanças despedaçadas, das melhorias frustradas...... Mas, o pior de tudo, é a herança maldita, pois, nos seus governos, o Brasil se apequenou, ficando muito, mas muito menor, ética e moralmente.

O País cansou dessa orgia de terras quilombolas e indígenas, com índios de tênis e bermudas de grifes, em motos e pick-ups, praticando violências e cobrando pedágios em estradas, sem reação do governo!

O País cansou dessas obras prometidas, nem começadas, ou, se começadas, se arrastando, ou, se concluídas, desmoronando, sempre com a corrupção e o desperdício de dinheiro público como pano de fundo!

O País cansou desses movimentos sociais que, à revelia da lei, propagam violência e destruição, como um estado islâmico, e que ainda recebem, não só recursos, como a leniência do governo do PT!

O país cansou desses impatriotas, e o que se vê é a presidente terminar seu governo deixando o País muito pior do que recebeu, com recessão, inflação no limite, crescimento zero ou mesmo negativo, comércio parado, perdas na indústria, emprego baixando, déficit fiscal, investimentos recuando,....... E, pasmem, essa gerente de araque, essa gerente multiplicada por menos um, ainda quer se reeleger, quando deveria é se retirar, e pela porta dos fundos!

O País cansou de tanta desfaçatez, desses índices econômicos maquiados, dessas desculpas desrespeitosas, a última de que “a culpa foi dos feriados da Copa”...

O país, finalmente, cansou do PT, e em todos os níveis, pois, o que se vê, pelas pesquisas, é que Dilma perde, quem sabe até no primeiro turno, e que, nos dez maiores colégios eleitorais, para governo do estado, o PT só está na frente em Minas Gerais, pois nos outros estados seus candidatos estão lá para trás! Outra derrota contundente, não de 7X1, pior, de 9X1!

Considero que Aécio seria a melhor opção, pela experiência política, por estar num partido grande, que privilegia os fundamentos da política econômica, e por poder dispor de apoio no Congresso e de quadros experientes para gerenciar o País.

Concordo, também, que Marina é uma incógnita. Alguns comentaristas dizem “uma aventura”. Mas Lula também não foi? E Dilma, uma ex-guerrilheira, partidária de movimento revolucionário que queria implantar o comunismo no Brasil?

Sobre Marina, dizem que foi cria do PT. Mas saiu, como outros, entre eles, Gabeira, Cristovam Buarque, Heloísa Helena, Luiza Erundina, Chico Alencar, Flávio Arns,... cada um com seus motivos, o que, no fundo, não diz nada, tantas são as mudanças de partidos, seja por discordância de programas ou pedras no sendero das aspirações políticas de cada um.

Mais preocupante,  parece-me, é por estar num partido socialista, a porta de entrada para o comunismo, ou por não dispor de retaguarda partidária e apoio no Congresso para promover as reformas indispensáveis ao País. Mas, convenhamos, é uma pessoa íntegra, e, quando muda o chefe, todos se alinham e formam atrás, pelos motivos que sejam, nobres ou não, o que faz parte do caráter da humanidade. Se ganhar, os partidos vão se chegar, entre eles o sempre adesista PMDB, e também os mais sensatos do PSDB e os menos insensatos do PT.

O importante é que suas entrevistas passam confiança e esperança. E uma sensação de decência. Não quer, como o PT, o poder – fala em acabar com a reeleição -, mas melhorar o País, especialmente na questão da justiça social. Quem de nós é contra isso? Quem de nós não quer erradicar a pobreza e a miséria, desde que os pobres façam como os ricos, reduzam a natalidade, especialmente a irresponsável?

Diferentemente do triste avião, a arremetida de Marina é meteórica e estimulante, pois as pesquisas carregam, parte pela rejeição a Dilma, um claro recado do povo: Fora PT! Está na hora de mudar! Pode ser que seja até para pior, mas por que não poderá ser para melhor?

Lamentavelmente, foi preciso Eduardo Campos morrer tragicamente para as esperanças de mudança começarem a se concretizar.

Poder-se-ia dizer, citando o aforismo, que “vox populi, vox Dei”. Mas que Deus é esse, que levou o Eduardo, jovem, saudável, idealista, corajoso, com futuro político pela frente - também ex-ministro de governo do PT, e nem por isso perigoso -, com excelente desempenho e aprovação no governo de Pernambuco, e deixou outros notórios, como Lula, velho, cansado, descabelado, desmoralizado, desmotivado, destemperado, fora da realidade, incapaz de sair às ruas, doente de corpo e alma? Agora, sim, faz jus ao epíteto de “filho do Brasil”, pois está tão mal quanto o pai....

E que povo é esse, que coloca Arruda à frente nas pesquisas para governador do DF, depois de ter sido filmado, e visto por todo Brasil, recebendo maços de dinheiro da corrupção?

Assim, na dúvida sobre os reais desígnios de Deus (por que impediu Marina de ir no avião?) e as idiossincrasias do povo, em vez de esse aforismo, prefiro usar, esperançoso, o lema do Tiririca:

Com Marina, “pior do que está não fica”....

01 de setembro de 2014
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO - 3

Campanha de Marina condena gastos publicitários e desmandos na Petrobras para arrasar Dilma


Apenas no primeiro semestre deste ano reeleitoral de 2014, a Petrobras torrou R$ 181.706.865,77 em publicidade. O valor de seis meses é superior ao montante total gasto durante o ano de 2013: 169.137.320,32. Tamanha gastança agora é uma arma da campanha de Marina Silva para desmoralizar, completamente, a gestão petista de Dilma Rousseff na Petrobras.

Curiosamente, os números oficiais que serão usados e abusados na campanha socialista contra os petistas foram passados, oficialmente, pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, uma das melhores amigas de Dilma. Graça enviou tais informações ao deputado socialista Júlio Delgado, membro da CPMI da Petrobras, no último dia 10 de julho, através do ofício “Pres 036-2014”, com cópia também passada ao senador Vital do Rêgo, que preside a comissão parlamentar de inquérito.

O vazamento do documento no Senado é mais um capítulo para colocar Graça em desgraça perante a amiga que perde a graça no comando do imperial do Palácio do Planalto. A campanha de Marina já definiu que um dos pontos para ataque direto, sem defesa, ao PT é a gestão sobre as empresas estatais (de economia mista). Os socialistas já pregam, em documentos de campanha, que não vão reeditar prejuízos na Petrobras e Eletrobras, usando-as como instrumento de política macroeconômica, para segurar preços de tarifas de combustíveis e energia.

Depois da bem sucedida ação de levou Marina a alçar voo – depois da queda trágica do avião de Eduardo Campos (que, em breve, só os amigos e familiares lembrarão de quem se tratava) -, agora o foco é atacar os pontos mais frágeis do governo petista. Petrobras e Eletrobras estão eleitas como “alvos preferenciais”. A mídia amestrada, aliada de Marina, vai começar a detonar “bombas” contra as estatais. A CPMI da Petrobras, que parecia esfriada, pode ser aquecida pela tática de guerrilha dos socialistas para, se possível, derrotar Dilma já no primeiro turno.

A campanha de Marina também vai jogar pesado na questão da política econômica – calcanhar de Aquiles de Dilma. A intenção é conseguir mais apoio político e financeiro do “deus mercado” (do qual Marina se transformou em seguidora fidelíssima, assim que se tornou viúva política do neto de Miguel Arraes). Marina vai insistir na toada de que fará a “independência do Banco Central do Brasil”, vai trabalhar com “metas de inflação críveis”, vai liberar geral o câmbio, promoverá um sistema de superávit primário sem contabilidade criativa.

A petralhada anda mais apavorada que nunca. O principal temor é que a “onda” Marina se transforme em um “tsunami”. Na avaliação petista, o comando de campanha do adversário Aécio Neves já jogou a toalha. Por isso, a ordem agora é bater forte em Marina e poupar Aécio. Se o neto de Tancredo Neves perder mais eleitorado, que migra para Marina, a reeleição de Dilma fica inteiramente sob risco. Por isso, a marketagem petralha já começou a atacar as “palestras e consultorias milionárias” recebidas por Marina em eventos empresariais.

O perigo é que Marina devolva o ataque na mesma moeda. Afinal, o chefão Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidentro da Dilma, também capta recursos da mesma forma... Assim, no fogo contra fogo, petistas e socialistas podem sair chamuscados. Mas o prejuízo maior fica, certamente, com o PT – que já tem saída agendada do poder. A Oligarquia Financeira Transnacional, e seus tentáculos tupiniquins, já decidiram que Marina será a vencedora.

Marina é uma incógnita de alto risco. Acima de tudo, sempre foi uma radical chic de esquerda, com discurso ambientalista. Marina não tem experiência administrativa, além de ter sido ministra de Lula – hoje seu “amigo-inimigo”. Seu eventual governo terá de negociar com a mesma base aliada e com a máquina aparelhada pelos petistas. Os acordos custarão muito caros. O risco de uma reedição de instabilidades, iguais ou piores que no governo Collor de Mello, é uma hipótese factível.

Trocar Marina por Dilma é substituir a coisa ruim por uma que pode ser pior. No entanto, péssimo tem tudo para virar realidade, graças ao eleitorado “ávido por mudanças” e induzido pela pesquisa que convence a “votar no vencedor”. 
 
Induções decisivas

O espetáculo das pesquisas que induzem o eleitorado a votar em algum cavalo vencedor tem suas edições esta semana.

Na terça, o Ibope deve divulgar mais um levantamento, restrito ao Estado de São Paulo, tentando mostrar a “consistência” da chamada “Onda Marina”.

Na quarta-feira, sai mais uma pesquisa nacional que pode até indicar o risco (para os petistas) de perderem para a Marina já no primeiro turno...

Medinho da Silva


“Neca de Pitibiribas”

Virou gozação entre a alta e endinheirada elite paulistana que a candidata Marina Silva seria vítima de um vírus mais destrutivo que o Ebola.

Trata-se do vírus “Neca de Pitibiribas” – transmitido pelas redes sociais, veículos de comunicação ligados a banqueiros e por pesquisas que já prenunciam a vitória antecipada da Marina.

Na verdade, o termo “Neca de Pitibiribas” é uma alusão maldosa e indelicada a uma grande amiga e apoiadora de Marina: a mi ou bilionária Maria Alice Setúbal, educadora e herdeira do Itaú-Unibanco, conhecida na alta sociedade pelo apelido de “Neca”...

PF na berlinda


Vídeoartigo do João Vinhosa coloca Dilma na maior saia justa com a Polícia Federal.

Sacanagem petralha


Enquanto morrem de medo da Marina, os petistas aproveitam para fazer gracinhas de ironia escrota com o inimigo Aécio Neves.

A ordem do alto comando petralha de marketagem é espalhar, nas redes sociais, uma frase de duplo sentido contra o tucano:

“Será que a candidatura de Aécio Neves pode virar pó rapidamente”?

Exclusão Maçônica ou burrice?

O Soberano Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, Marcos José da Silva, baixou um ato proíbindo as Lojas federadas ao GOB de receberem visitas de irmãos pertencentes aos Grandes Orientes Independentes e aqueles pertencentes à algumas Grandes Lojas que não figuram na “List of Lodges”, versão 2014, emitida pelas Grande Loja Unida da Inglaterra.

Em reação, o advogado e Mestre Maçom Pedro Marcelino, membro da Loja Constância 1147, de Campinas (SP) entrou com um mandado de segurança, com pedido de liminar, no Superior Tribunal Maçônico, em Brasília, para cassar o ato absolutamente fora das Lei Maior da Maçonaria – chamada de Landmarks.

O Soberano Marcos da Silva comete a ilegalidade de passar por cima do 14º Landmark (que obedece ao princípio de “Nolumus est leges mutari” - Leis imutáveis) e assegura o pleno direito de um maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja maçônica...

Jornal Nota Mil


Recado relevante do Carlos Volnei, para você não embarcar, feito otário, nos fichas sujas...

E aproveito para mandar uma sugestão ao jornalista Douglas Tavolaro, vice-presidente de Jornalismo da Rede Record: aproveite melhor o Carlos Volnei na empresa que você dirige...

Recado sexual-eleitoral importante

Mensagem urgente os homens da terceira idade, na interpretação de receitas dos médicos e nutricionistas:

“Não confunda comer aveia de três em três horas com comer a véia a cada três horas”

O efeito estupral pode ser o mesmo que descarregar o tesão de votos na Marina sob o único pretexto de violentar a Dilma...

Fenômeno explicado


01 de setembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO - 2

Pesquisas induzem opinião pública a aceitar vitória eleitoral de Marina – ungida pela Oligarquia globalitária


 
Como de mau costume no Brasil, os meios eletrônicos de comunicação de massa são usados por quem detém a hegemonia real do poder para induzir o eleitorado a acreditar, piamente, em questionáveis pesquisas de opinião (com amostragens ínfimas para um universo de 142 milhões de eleitores) que preparam o terreno para o resultado final que as máfias desejam plantar no sistema eletrônico de votação – inseguro, fraudável e sem chance de contestação. Eis o fenômeno que “consolida”, no imaginário da opinião pública, a provável e surpreendente vitória da Marina Silva para a Presidência da República.

Os estrategistas de Marina já apostam que ele possa liquidar a eleição ainda no primeiro turno. Embora não possam cometer a heresia de admitir publicamente, os estrategistas do PT também trabalham com este mesmo cenário ultrapessimista para eles. Os estrategistas tucanos parecem apalermados diante da “imagem mítica de santa guerreira vitoriosa” que o eleitorado, induzido por lendas urbanas, lorotas virtuais e pesquisas manipuladas, começa a consolidar da viúva política de Eduardo Campos - na verdade a herdeira oportunista da desgraça de um jatinho que caiu do céu para infernizar o cenário político brasileiro.

Desde 16 de dezembro de 2013, este Alerta Total adverte que a Oligarquia Financeira Transnacional e seus tentáculos no Brasil já tinham sacramentado a derrota reeleitoral de Dilma Rousseff e do esquema petralha-peemedebosta. Muitos intelectuais céticos da internet não levaram muita fé na avaliação que era objetivamente comprovável: o mercado financeiro, na hora decisiva, apostaria em qualquer um capaz de destronar o atual esquema do Palácio do Planalto.

O acordo é direto. Não importa quem seja o substituto. Quem se mostrasse mais viável, perto da eleição, para dar continuidade ao eterno modelo neocolonial sobre o Brasil acabaria “ungido” para o poder pelos comandantes globalitários. Na semana que passou Marina Silva já se reuniu com a cúpula mundial do HSBC – um dos braços fortes da oligarquia anglo-americana que controla as finanças e o comércio mundial para receber sua “coroa imperial”. Agora, só um novo “desastre” lhe tira a vitória.

Cenário esquisito


Marina Silva é apresentada midiaticamente como a mais cotada para vencer a eleição que Dilma já tinha perdido de antevéspera, apesar do domínio e do aparelhamento sobre a máquina pública. O problemaço é que a vitória de Marina, na atual conjuntura, se assemelha bastante com as condições que, em 1989, elegeram Fernando Collor de Mello. Como já sabe disto, a “santificada” Marina começa a costurar diabólicos acordos políticos e econômicos para ter a mínima condição de governabilidade.

Quem deve tirar grande proveito disso é outro cabra mais apavorado que os tucanos. Luiz Inácio Lula da Silva espera que a “velha amiga” Marina faça o mesmo que ele fez com o “velho amigo” FHC. Ou seja: não use o imperial poder presidencial para se vingar do esquema antecessor, apoiando a enxurrada de processos judiciais que podem e devem estourar como fruto das operações Porto Seguro, Lava Jato ou qualquer uma que surgir até o afundamento do PTitanic. O PT já se articula nos bastidores para que “consiga sair com um pouco de honra” do governo – conforme o ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, tem falado com interlocutores.

O próximo governo pegará um Brasil destroçado em seus fundamentos econômicos. Se quiser sobreviver politicamente, terá de conter a carestia generalizada. Tal fenômeno é resultado não só da especulação ou da voracidade comercial por lucros fáceis. O mal é consequência do autodestrutivo “Custo Brasil”: impostos absurdos, juros elevadíssimos e falta de infraestrutura em um sistema de negócio comandado pela governança do crime organizado, com corrupção, cartelização e cartorialismo. O Brasil não cresce – ao contrário do resto do mundo – por causa deste sistema Capimunista que prefere deixar o País sempre à margem do mundo, e não como protagonista internacional.

Todos perdidos


Procurando Crise Militar?

Os militares receberam pessimamente o parecer do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, favorável a derrubar, na prática, os efeitos da Lei de Anistia de 1979.

Janot deu força à Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 320), ajuizada pelo PSOL, que reclama que, há quatro anos, o Brasil não cumpre a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos que manda investigar e punir os responsáveis por crimes cometidos na Guerrilha do Araguaia, na década de 70.

Como a nova “presidente eleita pelas pesquisas”, Marina Silva, é inteiramente a favor das investigações e pela flexibilização da Lei de Anistia (Lei 6.683, de 1979), quem procurar tem tudo para achar uma crise militar programada para o próximo governo...

Crise real

 
 
01 de setembro de 2014
Jorge serrão

DEVANEIO

 

Atenção eleitores: Não se deixem enganar pelas performances midiáticas dos candidatos nos debates e entrevistas. 

Só significam o quanto cada um sabe lidar com as câmeras e os microfones, resultado de seus talentos naturais de oratória ou de suas experiências anteriores com o ambiente de comunicação. 

Não se iludam também em demasia com as propostas de cada um. 

No nosso enlouquecido sistema de representação - aguardando por uma ansiada reforma política - onde a continuidade hereditária e o toma lá da cá é que imperam, elas têm poucas chances de serem implementadas pois invariavelmente esbarrarão em interesses opostos e intransponíveis, dificilmente harmonizados por maiores que sejam as qualidades de liderança dos candidatos. 

Em vez disso apelem para uma espécie de misticismo: procurem aproveitar as passagens fugazes dos holofotes pelos olhos dos candidatos e aprendam a ler neles o quanto o desempenho das respectivas falas e apresentações representa o que lhes vai no íntimo de suas almas. 

Embora não exista receita para tal, tentem descobrir se o olhar traduz um mero objetivo de escalada de poder a qualquer custo ou se exprimem uma sensibilidade honesta em relação à necessidade de crescimento, à enorme porcentagem da população que não tem acesso a saneamento básico, à triste marca de analfabetismo e às condições melancólicas das emergências públicas, entre outras angústias. 

Não é fácil interpretar os olhares mas vale a pena tentar o exercício na certeza que só com essa força interior os vencedores terão chance de mudar os paradigmas da política brasileira e realizar algo de realmente edificante em benefício desse sofrido povo, iniciando um processo de saudável realimentação positiva que deverá durar gerações. 

Devaneio utópico? 

É provável, mas talvez funcione onde todos os métodos convencionais até agora decepcionaram.

01 de setembro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Ofício urgente e sigiloso do MPF questiona FAB se Vant Acauã bateu no jato que matou Eduardo Campos


 
Exclusivo - As especulações sobre o acidente de jatinho que matou Eduardo Campos em 13 de agosto ganham um novo elemento com o documento classificado como “urgente e sigiloso”, no envelope com o código PRM-STS-SP 2535/2014, enviado pelo Ministério Público Federal em Santos ao Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro-do-ar Juniti Saito, no último dia 25 de agosto. O documento, que vazou, gera polêmica no governo e na FAB.

No ofício 2111/2014, o Procurador da República Thiago Lacerda Nobre questiona Saito sobre a real possibilidade de um Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant) ter contribuído como uma das causas para a queda da aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA (que agora se sabe pertencer ao próprio Eduardo, comprada via leasing). O Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa vão querer saber o que Saito vai informar ao MPF – que cumpriu seu papel legal e constitucional de questionar.

No material enviado ao comandante da Força Aérea, o Ministério Público Federal em Santos anexou uma fotografia e uma imagem captada por câmeras de televisão no local em que o avião caiu. Nelas aparecem as rodas semelhantes às usadas em um Vant do modelo Acauã. Por isso, o Procurador Thiago Nobre faz cinco questionamentos bem específicos ao Brigadeiro Saito pedindo que se confirme ou não que se a FAB, em tese, poderia estar realizando algum sobrevoo com Vant na hora e região do acidente, no raio da precária Base Aérea de Santos.

Incisivamente, o Procurador pergunta: quantos Acauãs a FAB tem. Indaga, também, se alguma destas aeronaves estaria perdida, por força de algum acidente. Pede que a perícia da Aeronáutica confirme se as “rodas” que aparecem nas fotos seriam, realmente, de um Vant modelo Acauã.  


Vant Acauã desenvolvido pela FAB

De concreto sobre o acidente fatal com Eduardo Campos tem-se apenas uma constatação: mudou completamente o jogo da corrida presidencial, e pode fazer a viúva política Marina Silva alçar o sonhado voo rumo ao Palácio do Planalto.

Planejando a saída

O PT já prepara sua saída do governo, com o alto risco de vitória da ex-petista Marina Silva, avaliado pelo Palácio do Planalto.

Prova disto é o recado do ministro Aloísio Mercadante, a um interlocutor recente:
 
“Já estamos pensando como vamos sair com um pouco de honra”.

Suprema Campanha salarial

O Globo informa que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram ontem o envio de um projeto de lei ao Congresso Nacional aumentando o salário deles mesmos.

Se aprovado, o valor que serve de teto para o funcionalismo público, pularia de R$ 29.462 para R$ 35.919.

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, defende um aumento de 22% para repor as perdas inflacionárias entre 2009 e 2013.

Efeito cascata

Tal reajuste aos proventos do STF tem efeito cascata no Judiciário.

O salário de ministro de tribunais superiores corresponde a 95% dos salários de ministros do STF.

O salário de presidentes de Tribunais de Justiça corresponde a 95% do valor pago a ministros de tribunais superiores.

Western Union com nova fachada
 
Líder em serviços globais de pagamento, a Western Union adota sua identidade visual padrão em toda a rede de lojas adquiridas do grupo Fitta, seis meses atrás, no Brasil.

O diretor presidente da Western Union Brasil, Felipe Buckup, avalia as vantagens da nova ação de marketing:

“Isso permitirá o crescimento da rede e a oferta de mais produtos e serviços de qualidade ao consumidor brasileiro. Já atuávamos fortemente no segmento de remessas internacionais e, com o acordo,  passamos a contar com novos produtos como câmbio de moeda, cartões pré-pagos e soluções de negócio para empresas. Nosso foco agora está na ampliação deste novo portfólio”.

No Brasil, a Western Union tem 22 lojas próprias e 41 correspondentes que atuam com câmbio e transferência, 112 correspondentes do produto câmbio, além de um canal telefônico para envio e recebimento de dinheiro.

Turma do ET




Este filminho promete ser bem chato...

Flamengueira



Nome do terceiro uniforme do Mengão, em homenagem à planta Acalypha Wilkesiana, que começa a ser vendido hoje.

Briga para ficar no jogo



Distorcida




01 de setembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

A SOCIEDADE - SEGUNDO MARINA


 

No registro do lugar-comum, Dilma Rousseff é associada com qualificativos como rude, ríspida, mandona e autoritária. No mesmo registro, atribui-se a Marina Silva qualidades opostas: suavidade, doçura, flexibilidade, reflexão.
A gerente tecnocrática, de um lado; a filósofa da “nova política”, do outro.
O lugar-comum é a notação do mundo das aparências. Os primeiros passos de Marina como candidata presidencial oferecem indícios de que o contraste é uma má caricatura — e, ainda, de uma similitude fundamental entre as duas candidaturas.

Marina rejeitou participar das campanhas de Lindbergh Farias (PT-RJ), Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Beto Richa (PSDB-PR), apoiados pelo PSB, sob o curioso argumento de que sua ausência desses palanques fora previamente acordada com Eduardo Campos.
O gesto equivale a selecionar exclusivamente os produtos que lhe interessam: da prateleira do presente, ela fica com a posição de candidata presidencial; da prateleira do passado, com um acordo aplicável apenas a uma postulante à vice-presidência. Das fagulhas da manobra oportunista acendeu-se uma fogueira no PSB. Mas a luz desse fogo ilumina algo mais relevante: a crença de Marina de que uma pureza singular proporciona-lhe liberdades políticas excepcionais.

Na réplica à pergunta de um jornalista encontram-se pistas na mesma direção. Indagada sobre sua permanência no PSB caso triunfe na corrida ao Planalto, Marina saiu-se com uma não resposta, articulada na forma de um longo desvio em torno das balizas da “nova política”.
Ao sonegar a informação, a candidata circunda uma dúvida legítima de todos os eleitores: afinal, o voto nela tem o potencial de sagrar uma presidente do PSB ou da Rede? Contudo, para além da constatação de que Marina refugia-se em ambiguidades dignas da “velha política”, a não resposta contém um elemento mais esclarecedor.

À pergunta, a candidata replicou, hieraticamente: “Nós não devemos tratar o presidente como propriedade de um partido. A sociedade está dizendo que quer se apropriar da política. E as lideranças políticas precisam entender que o Estado não é o partido, e o Estado não é o governo.”
Em tudo isso, há um sopro de justa aversão à putrefata elite política brasileira — e uma crítica pertinente à indistinção lulopetista entre Estado, governo e partido. Entretanto, o núcleo do raciocínio situa-se na palavra “sociedade”, traduzida de modos diversos pelas diferentes correntes de pensamento político. O que é a “sociedade”, segundo Marina?

Segundo Margaret Thatcher, “essa coisa de sociedade não existe”. De acordo com o polo ultraliberal, existem apenas indivíduos que realizam intercâmbios no mercado. No extremo oposto, encontra-se o polo neocorporativista, que define a sociedade como um conjunto de “coletivos” legitimados por um selo estatal.
O lulopetismo coagulou essa concepção pelo Decreto 8.243, que institui a “democracia participativa” e normatiza os “conselhos de políticas públicas”.
No fundo, o governo está dizendo que a sociedade é uma extensão do Estado, o ente responsável pela seleção dos “movimentos sociais” convidados a se sentar à volta das mesas de negociação.

Mas, e Marina? Dois meses atrás, a então candidata a vice defendeu a substância do Decreto 8.243, que ressurge numa versão preliminar de seu programa de governo. A vida política de Marina organizou-se ao redor de suas relações com uma coleção de ONGs. Seu partido chama-se Rede para marcar uma distância com o sistema político-partidário. Teia de movimentos, de ONGs — eis o sentido do nome cunhado pelos “marineiros”. Na sentença “a sociedade quer se apropriar da política”, não é abusivo ler que o Estado deve estabelecer uma relação preferencial com as ONGs “marineiras”.

À primeira vista, a Marina “doce”, “flexível” e “reflexiva” concorda com um princípio caro ao lulopetismo — ou seja, à “ríspida”, “mandona” e “autoritária” Dilma. Tanto uma quanto a outra, ao que parece, imaginam-se portadoras da prerrogativa de falar pela “sociedade”.
A diferença residiria no detalhe: os “movimentos sociais” do lulopetismo não são os mesmos que os do “marinismo”. Nessa linha de raciocínio, não é casual que Marina sinta-se à vontade para ignorar as alianças do partido cuja sigla ostenta diante dos eleitores e para desdenhar da indagação sobre sua filiação partidária na eventualidade da vitória.

Todo o poder às ONGs! — é isso a “nova política” cantada no verso difícil de Marina? O lulopetismo degradou as instituições da democracia representativa, especialmente o Congresso, em nome de uma “democracia participativa” que funciona como metáfora de seu próprio poder. Nessa moldura, o projeto de uma “nova política” vertebrada pelos movimentos “marineiros” significaria mais continuidade que ruptura — e o “novo” seria tão somente um disfarce eleitoral do “velho”.

É cedo demais, porém, para formular diagnósticos definitivos. Marina é uma obra aberta, no sentido positivo da expressão. A evolução do pensamento “marineiro” expressou-se, em 2010, por uma narrativa avessa ao sectarismo, capaz de tecer elogios paralelos à estabilização econômica de FHC e às políticas contra a miséria de Lula. 

Hoje, na candidata comprometida com a restauração da credibilidade do tripé de política macroeconômica, há poucos traços da senadora petista que votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Um sintoma da abertura à mudança apareceu em suas últimas declarações, segundo as quais “aprofundar a democracia significa a valorização das instituições”, e no alerta de que a versão preliminar do programa não passou pelo seu crivo.

A candidatura de Marina surfa na onda imensa de indignação popular contra a “velha política” — ou seja, a ordem de coisas que estimula o consumo privado sem produzir bens públicos. Nem por isso ela deve ser autorizada a utilizar o refrão da “nova política” como instrumento de prestidigitação.

01 de setembro de 2014 Demétrio Magnoli é sociólogo. Originalmente publicado em O Globo em 29 de agosto de 2014.