Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
sábado, 13 de dezembro de 2014
NÃO É UMA BANDA DE INDIE-ROCK, É A VANGUARDA ANTI-DILMA
Um grupo de jovens 'hipster' lidera os protestos contra o Governo petista em São Paulo e pretende pautar o discurso da oposição.
Os cérebros que desde as eleições levaram milhares de pessoas à rua para berrar contra Dilma Rousseff têm entre 18 e 30 anos e bem poderiam ser confundidos com astros de uma banda de indie-rock.
Praticamente tudo que é dito por Kim Kataguiri, o mais jovem do grupo, recebe ovações por parte de manifestantes que poderiam no mínimo ser seus pais; mais de 72.000 pessoas acompanham alguma das suas páginas no Facebook, e centenas de milhares assistem aos seus vídeos num canal do Youtube onde fala sobre liberalismo econômico.
“Nós nunca vamos deixar que nosso país fique sob uma ditadura totalitária, o que é o objetivo do PT!” Aplausos.
Kataguiri, com outros quatro jovens vestidos com calças justas, sapatos de couro e camurça, camisas jeans e óculos Ray-Ban, assumiu a liderança em São Paulo do movimento Brasil Livre, que, desde 1º. de novembro, promove, organiza e financia através de doações o discurso de oposição ao PT nas ruas.
“Este não é um movimento da elite, é uma revolução de quem trabalha e paga impostos, do pipoqueiro ao cara da classe média tradicional”, argumenta Renan Santos, de 30 anos, o mais velho do grupo.
13 de dezembro de 2014
María Martín, El País
in blog do noblat
Praticamente tudo que é dito por Kim Kataguiri, o mais jovem do grupo, recebe ovações por parte de manifestantes que poderiam no mínimo ser seus pais; mais de 72.000 pessoas acompanham alguma das suas páginas no Facebook, e centenas de milhares assistem aos seus vídeos num canal do Youtube onde fala sobre liberalismo econômico.
“Nós nunca vamos deixar que nosso país fique sob uma ditadura totalitária, o que é o objetivo do PT!” Aplausos.
Kataguiri, com outros quatro jovens vestidos com calças justas, sapatos de couro e camurça, camisas jeans e óculos Ray-Ban, assumiu a liderança em São Paulo do movimento Brasil Livre, que, desde 1º. de novembro, promove, organiza e financia através de doações o discurso de oposição ao PT nas ruas.
“Este não é um movimento da elite, é uma revolução de quem trabalha e paga impostos, do pipoqueiro ao cara da classe média tradicional”, argumenta Renan Santos, de 30 anos, o mais velho do grupo.
Os líderes do Movimento Brasil Livre em São Paulo (Imagem: Victor Moriyama)
13 de dezembro de 2014
María Martín, El País
in blog do noblat
FURACÃO NO PALÁCIO
Petrolão: denúncias de gerente são motivo para Dilma demitir toda a diretoria da Petrobras
Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) cobrou da presidente Dilma Rousseff (PT), nesta sexta-feira (12), a imediata demissão da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e de toda a diretoria da empresa.Na opinião de Bueno, após a divulgação de reportagem do jornal “Valor Econômico” revelando que o esquema de corrupção era de conhecimento do comando da estatal desde 2008, não há mais qualquer desculpa para manter Foster no cargo.
As denúncias foram feitas pela ex-gerente da Diretoria de Abastecimento, Venina Velosa da Fonseca, que enviou e-mails e documentos para Foster desde a época em que ela era diretora de Gás e Energia.
Os alertas continuaram mesmo após a protegida de Dilma ter assumido a presidência da empresa.
Como mostra o “Valor Econômico”, as revelações de Venina envolviam o pagamento de R$ 58 milhões para serviços que não foram realizados na área de comunicação, em 2008, passavam por uma escalada de preços que elevou de US$ 4 bilhões para mais de US$ 18 bilhões os custos da Refinaria Abreu e Lima e atingem contratações atuais de fornecedores de óleo combustível das unidades da Petrobras no exterior que subiram em até 15% os custos.
Em vez de receber o agradecimento pelos alertas, a gerente foi afastada do cargo, transferida para uma sede da Petrobras em Cingapura e, ao voltar ao Brasil, foi ameaçada de morte no Rio de Janeiro, com arma da cabeça. Era sua vida em troca do silêncio.
“É um enredo estarrecedor. Não há mais qualquer desculpa para a permanência de Graça Foster na Presidência da Petrobras. Se tiver o mínimo de juízo, a presidente Dilma tem a obrigação de demitir sua protegida e toda a diretoria da empresa.
Se não o fizer, vai sinalizar que também faz parte da quadrilha que saqueou a Petrobras”, cobrou o deputado Rubens Bueno.
Ele também defende que a força tarefa da Operação Lava Jato tome o depoimento de Venina Velosa da Fonseca e lhe dê proteção. “Estamos falando de uma quadrilha que não tem limites. O fato de Graça Foster já saber das denúncias não nos surpreende. Isso já havia ficado claro nos depoimentos de Paulo Roberto Costa. No entanto, o depoimento de Venina pode agregar novos detalhes aos processos que já estão em andamento na Justiça, fortalecendo as provas contra agentes públicos e políticos que sequestraram a Petrobras”, afirmou o líder do PPS.
Para Rubens, as revelações da ex-gerente mostram claramente como é o modus operandi da quadrilha do PT. “Ao receber denúncias, em vez de mandar apurar e afastar os envolvidos, eles passam a perseguir e ameaçar aqueles que zelam pelo bem público, não é a toa que o procurador geral da República, Rodrigo Janot, ficou assombrado com a corrupção na Petrobras e propôs que toda a direção da empresa fosse afastada. Espero que Dilma faça alguma coisa além de ficar irritada”, cobrou Rubens Bueno.
Para o deputado, o depoimento de Venina será fundamental para os trabalhos da nova CPMI da Petrobras, que deverá ser aberta no próximo ano.
13 de dezembro de 2014
ucho.info
CASA DA LUZ VERMELHA
Lava-Jato: parte do dinheiro desviado da Petrobras financiou amantes e contratou prostitutas
A Operação Lava-Jato ainda está no começo, com vem afirmando o UCHO.INFO nos últimos meses e confirmou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas alguns detalhes do carrossel de corrupção que funcionava na Petrobras podem apimentar ainda mais o maior escândalo da história nacional.Além das propinas pagas a partidos políticos, parlamentares e operadores financeiros, parte do dinheiro sujo serviu para financiar noitadas para os integrantes da organização criminosa que saqueou os cofres da estatal.
Muitos dos envolvidos, em especial políticos e executivos de empreiteiras, gastavam parcialmente o dinheiro da propina com festas frequentadas por mulheres de programa, as famosas moças que dormem à tarde, enquanto ouros custeavam as despesas de amantes em várias cidades brasileiras.
Documentos em poder das autoridades comprovam a destinação de recursos do esquema de corrupção para esses fins, sendo que em alguns casos as orgias eram oferecidas pelos executivos das empreiteiras às autoridades como forma de recompensa pelos contratos superfaturados.
No caso de esses documentos vazarem, os executivos que encontram-se presos na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, terão muito a explicar às respectivas esposas, que enquanto os maridos estão encarcerados batem pernas em shoppings elegantes da capital paulista.
Em outro vértice dessa rocambolesca epopeia, que mescla corrupção, roubalheira, traição e lenocínio, há um grupo de políticos bandoleiros que usam as tribunas da Câmara dos Deputados e do Senado federal para discursos moralistas em defesa da família, mas, longe do Parlamento, a reboque do dinheiro imundo, financiam as despesas de amantes de longa data.
O UCHO.INFO tem detalhes dessas bandalheiras, como nomes das amantes, endereços e outros registros. O que serve como ingrediente extra e explosivo para uma receita criminosa e aparentemente sem fim.
Até o momento, o máximo que as mulheres traídas conseguiram fazer foi criticar o árduo e necessário trabalho da imprensa e lamentar o fato de seus parceiros (maridos, amantes, namorados e outros quetais) estarem atrás das grades, onde por certo estão a refletir sobre a bandalheira que protagonizaram.
As festas típicas de final de ano se aproximam com impressionante celeridade, mas é quase nula a chance de os quadrilheiros presos serem liberados para os festejos natalinos com as respectivas famílias. Terão de se contentar com a rápida visita de parentes e desejos de feliz Natal através do sistema de voz do parlatório instalado na PF, sempre acompanhados à distância pelos policiais.
O grande enigma que surge no vácuo da Operação Lava-Jato, além da pena a que cada um será sentenciado, é saber quantos casamentos resistirão aos detalhes sórdidos e covardes das farras de alguns executivos com prostitutas e amantes. Certamente dirão que são inocentes, com direito a declarações de amor eterno e incondicional, mas quem conhece os bastidores da Lava-Jato sabe que isso não passa de balela de alarife experimentado.
13 de dezembro de 2014
ucho.info
HORA DA VERDADE
Lava-Jato: juiz aceita denúncia contra quatro executivos da Engevix e palacianos entram em desespero
O juiz federal Sérgio Fernando Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, aceitou nesta sexta-feira (12) denúncia do Ministério Público Federal contra nove pessoas acusadas de participação em crimes de corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.A partir de agora, com a aceitação da denúncia por parte de Moro, os nove denunciados são réus em ação penal. Outros 27 denunciados pelo MPF aguardam decisão do magistrado.
Para facilitar o trabalho, o MPF dividiu os 36 denunciados em cinco ações distintas. Sérgio Moro aceitou, nesta sexta-feira, as denúncias contra o doleiro Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras), Waldomiro de Oliveira (dono da MO Consultoria), Carlos Alberto Pereira da Costa (representante da GFD Investimentos), Enivaldo Quadrado (ex-próprietário da corretora Bônus-Banval), Gerson de Mello Almada (vice-presidente da empreiteira Engevix), Carlos Eduardo Strauch Albero (diretor da Engevix), Newton Prado Júnior (diretor da Engevix) e Luiz Roberto Pereira (diretor da Engevix).
Desse primeiro lote de denunciados que agora são réus, três estão presos preventivamente: Paulo Roberto Costa (cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro), Alberto Yousseff e Gerson Almada (ambos detidos na carceragem da PF em Curitiba).
Moro destaca em sua decisão que, além do crime de organização criminosa, há indícios de crimes de formação de cartel; frustração à licitação; lavagem de dinheiro; corrupção ativa e passiva; evasão fraudulenta de divisas; uso de documento falso; e sonegação de tributos federais. Isso significa que em caso de condenação as penas serão pesadas, ou seja, os condenados passarão bom tempo na prisão.
No documento, o juiz da Lava-Jato marcou para o dia 3 de fevereiro de 2015 o depoimento dos réus acima citados. No mesmo dia serão ouvidos a contadora Meire Bonfim da Silva Poza, que trabalhou com Youssef; João Procópio, acusado de ser “laranja” do doleiro”; Leornardo Meirelles, um dos proprietários do laboratório-lavanderia Labogen; e os executivos da empresa Toyo Setal, Augusto Ribeiro Mendonça e Júlio Camargo. Ambos, Mendonça e Camargo firmaram acordo de delação premiada com a Justiça Federal.
É possível perceber que neste bloco de denunciados há uma predominância de executivos da empreiteira Engevix, detalhe que acendeu a luz vermelha no Palácio do Planalto. Como noticiou o UCHO.INFO em 14 de novembro deste ano, a Engevix tem ligações umbilicais com o governo do PT, o que tem tirado o sono de muitos palacianos.
Considerando que o Ministério Público Federal há de avançar nas investigações, até porque o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a Operação Lava-Jato ainda está no começo, a situação do governo por certo ficará mais complicada. Isso porque para conseguir bom trânsito nas esferas federais a Engevix sempre recorria a duas conhecidas figuras da República: Silas Rondeau e Erenice Guerra.
Ex-ministro de Minas e Energia, cargo que deixou às pressas, em 2007, debaixo de sérias acusações de corrupção, Silas Rondeau conseguiu, à época, manter suas ligações com a máquina federal: preservou os cargos de conselheiro da Petrobras, que ocupava desde 2006, e da BR Distribuidora, subsidiária da estatal.
Ligado ao ex-presidente e lobista Lula, amigo da presidente Dilma Rousseff e um dos apaniguados do ainda senador José Sarney, o caudilho maranhense, Rondeau atuava como uma espécie de elo entre o governo federal e a empreiteira. Como se não bastasse, Rondeau conta com a incondicional amizade de Erenice Guerra, ex-ministra-chefe da Casa Civil e pessoa de confiança de Dilma, a quem substituiu na pasta. Erenice deixou a Casa Civil no rastro de graves denúncias de tráfico de influência.
Em 2008, um ano após ser escorraçado do Ministério de Minas e Energia, Rondeau foi contratado pela Desenvix, empresa do grupo Engevix. Em novembro de 2010, não por acaso, a Engevix foi contratada pela Petrobras para construir oito cascos de plataformas para a exploração de petróleo na Bacia de Santos. Valor do negócio à época: US$ 3,4 bilhões. Esse contrato bilionário foi o que faltava para Silas Rondeau ser guindado ao Conselho de Administração da Desenvix.
Esse detalhe, nada pequeno, mostrou à época que o engenheiro Silas Rondeau era um executivo no estilo “cobra de duas cabeças”, pois defendia simultaneamente os interesses da Petrobras e do grupo Engevix. No contraponto, não por coincidência, Erenice Guerra integrou o Conselho Fiscal da Petrobras, cliente da Engevix, que contratou Rondeau.
Com quase cinquenta anos de existência e atuando em diversos países, a Engevix tem entre seus principais clientes as estatais Eletrobras, Furnas e Eletronorte. Apesar de um currículo desse porte, o que lhe garante participar de licitações com grandes possibilidades de vitória, a empreiteira aguçou a curiosidade daqueles que acompanham o cotidiano da política nacional ao recorrer aos contatos do engenheiro Silas Rondeau, que por sua vez apelava para Erenice Guerra.
Como o no universo político nacional não é usina de coincidências, mas é um nascedouro de malandros profissionais, UCHO.INFO sugere às autoridades da Operação Lava-Jato que Silas Rondeau e Erenice Guerra sejam convocados para ao menos explicar essa amizade enorme e fraternal que os une.
13 de dezembro de 2014
ucho.info
ATAQUE DE NERVOS
Lava-Jato: documentos aprendidos pela PF contêm referências a doações e políticos conhecidos
A etapa mais esperada da Operação Lava-Jato deve acontecer depois do recesso do Judiciário, com a divulgação dos nomes dos políticos envolvidos no maior escândalo de corrupção da história brasileira, apenas no âmbito da Petrobras.Como noticiou o UCHO.INFO, perto de sessenta parlamentares e autoridades foram acusados de participação no carrossel de corrupção que funcionava em algumas diretorias da estatal com a conivência expressa do Palácio do Planalto.
A exemplo do que divulgou a imprensa nacional, os principais partidos beneficiados pelo desvio de dinheiro da petrolífera são PT, PMDB e PP, mas outras legendas também receberam recursos do esquema criminoso.
Durante a Operação Juízo Final, sétima etapa da Lava-Jato, quando foram presos executivos das maiores empreiteiras do País, a Polícia Federal apreendeu na sede da Queiroz Galvão e da Engevix anotações com nomes de políticos que receberam dinheiro do cartel.
Em um dos documentos encontrados pela PF há referências a políticos conhecidos, como Padilha (Alexandre Padilha – PT), Lindinho (supostamente Lindbergh Farias – PT), Picciani (possivelmente Leonardo Picciani – PMDB), Pé Grande (Pezão, governador reeleito do Rio de Janeiro – PMDB), R. Jucá (suspeita-se de Rodrigo Jucá, filho do senador Romero Jucá).
Em outro documento apreendido aparecem nomes de conhecidos petistas, como Maria do Rosário (deputada e ex-ministra dos Direitos Humanos), Bittar, Jilmar Tatto (secretário municipal de Transportes de São), além de Milton Leite (PMDB), Rodrigo Garcia (DEM) e Police Neto (PSD).
Suspeita-se que os dois documentos referem-se a pagamentos de propina feitos aos políticos citados, pois na lista, ao lado dos nomes, há valores. No documento, “Pé Grande” aparece ao lado de “2000”, que supõe-se ser R$ 2 milhões.
Na mesma lista, as letras SC estão acompanhadas de “8140”. No caso de “Padilha”, o número que faz par à inscrição é “750,00”.
As autoridades que integram a força-tarefa da Lava-Jato ainda não se pronunciaram sobre o capítulo dedicado aos políticos, pois a legislação determina que nesse caso específico a competência é do Supremo Tribunal Federal, por causa da prerrogativa de foro privilegiado a que têm direito os parlamentares (deputados federais e senadores).
Em relação aos políticos que não exercem mandatos eletivos, o juiz Sérgio Moro poderá se pronunciar a respeito. É o caso do ex-governador que é citado em uma das listas com as iniciais “SC”. Há também no documento duas menções que chamam a atenção: “2100 – PMDB Nacional” e “1.000 – PR Nacional”.
No furacão em que promete se transformar a denúncia contra os políticos do Petrolão será também alvejado o Partido Progressista, até porque o esquema criminoso que foi a base da Lava-Jato começou com o finado José Janene, um dos próceres do PP e que nos últimos anos de vida ficou conhecido como o “Xeique do Mensalão”.
Janene operava o sistema financeiro do Petrolão, juntamente com seu amigo de fé e irmão camarada, o compadre e doleiro Alberto Youssef. Foi a partir da lambança comandada por Janene e sua turba que o editor do UCHO.INFO e o empresário Hermes Magnus levaram as primeiras denúncias sobre o caso à Procuradoria da República em São Paulo, que repassou aos procuradores federais do Paraná.
ucho. info
INQUIETAÇÕES...
Já tinha batido super mal em meus ouvidos essa história dos promotores do Paraná descreverem como “vítima” essa Petrobras que se deixa gostosamente roubar na denuncia oferecida ontem contra 36 envolvidos na roubalheira do século. Essa Petrobras que deixa-se roubar mas é implacável com todos quantos traem a “omerttá” que se exige dos “da casa” e ousam denunciar de dentro essa bandalheira, como foi o caso dessa Venina Velosa da Fonseca, demitida em 19 de novembro, agora, que está hoje no Valor mostrando farta documentação que prova que todo mundo foi avisado na atual diretoria blindada por dona Dilma desde pelo menos 2008, não só das falcatruas já conhecidas graças à Lava Jato mas também de outras que ela teve oportunidade de descobrir no exílio que pagou em Cingapura por ter insistido candidamente em pedir providências contra a ladroagem a Sérgio Gabrielli, Graça Foster e, finalmente, o fresquíssimo Jose Carlos Cosenza, substituto de Paulo Roberto Costa.
A história dela é de longe a mais arrasadora publicada até agora pois dá provas de como os criminosos não apenas perseveraram no crime como desdobraram-se em mais e mais manobras para seguir praticando-os enquanto a polícia corria atrás deles, o Ministério Público estava enfiado dentro da empresa e o país “se convulsionava”, para usarmos a expressão do Procurador Geral, Rodrigo Janot, com o que lhe ia sendo dado a conhecer.
Para a denunciante, abordagens na rua, à noite, "arma na cabeça", ameaças à sua vida e às de suas filhas...
Não ha limites para essa gente e nada autoriza ilusões quanto a que tipo de afronta às instituições e ao próprio regime eles serão capazes de recorrer para continuar eternamente em condições de se lambuzar.
Daí o grau de alarme que me sobe ao constatar que todos os vícios e mentiras fundamentais do “sistema” que roubou o futuro à minha geração aparecem reafirmados, de alguma forma, neste que tantos querem que venha a ser o ataque que finalmente lhe quebrará as pernas.
Estão lá, indisfarçavelmente presentes, não só no que vem das autoridades judiciárias envolvidas mas também no modo como a imprensa descreve o que se tem passado, um ranço primitivo de “luta de classes” no tratamento inversamente “privilegiado” dispensado aos empreiteiros ladrões face aos políticos e funcionários ladrões ainda que estejam todos democraticamente irmanados no mesmíssimo crime; está lá a intocabilidade dos amigos do rei transfigurada no absoluto silêncio em relação aos políticos de cujos proventos os empreiteiros faturam meras comissões; está lá o privilégio dos amigos dos amigos do rei na persistente blindagem dos funcionários envolvidos, exceção feita aos “traidores” que denunciam a roubalheira que, estes sim, são execrados.
Resume todos esses maus sinais a severidade dos juízes e procuradores autorizados a lidar com a “gentalha” aqui de fora do Estado posta ao lado do silêncio obsequioso, só interrompido por ordens de soltura e proibições de acesso aos fatos, dos juízes encarregados de julgar e acusar as “excelências”, ou seja, os pau-mandantes sem o comando dos quais rigorosamente nada desse monumento ao escracho poderia sequer sonhar com instalar-se no seio da República e em todas as intersecções dela com o dinheiro grosso.
E tudo isso apesar de já nem os “da casa” merecerem o perdão dos ladrões pois há ramos da quadrilha situados nas mais altas instâncias do partido no poder especializados em roubar a poupança dos funcionários aposentados depositadas em fundos de pensão, em golpear empregados do Estado cooperados para comprar casa própria e até, em tungar antigos “sem-terra” contemplados com lotes que hoje estão no meio de áreas valorizadas.
Tudo isso o país e sua imprensa tragam, não direi já sem o escândalo que seria de esperar, mas sem sequer identificar tais “nuances” claramente como o que são, o que autoriza os criminosos a negar o crime diante da prova do crime ou até, a apresentar a prova do seu próprio crime como uma espécie de álibi, como se estivéssemos vivendo um sonho sem sentido.
Sim, ok, dizem que a coisa virá por etapas sucessivas e que chegará a vez das matrizes depois da execração pública e das condenações das filiais, e eu acredito mesmo que entre os supostos paladinos do MP haja paladinos de fato. Mas a persistência desse “respeito” a essa hierarquia dos bandalhos não me desce pela garganta sem engasgar.
Não é tanto a defesa intransigente dos diretores que se deixaram roubar porque isso é bandido segurando as pontas de bandido. Mas é o condenado que continua sendo “excelência” até durante as seções de acusação e a leitura da sentença; é essa rigorosa “ordem na fila” dos bandidos segundo a sua “estirpe”, como nos tempos do feudalismo, que me dizem que os poucos meses de prisão para os zés dirceus e genoínos contra os 40 anos dos marcos valérios podem não ser a última bofetada na cara dos brasileiros que ganham o pão com o suor do seu rosto.
Queira deus, mesmo não sendo brasileiro como já provou que não é, que desta vez eu esteja errado!
13 de dezembro de 2014
vespeiro
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