"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

NOTÍCIAS ALVISSAREIRAS...


 Nestes tempos em que estão sendo comemoradas as conquistas do povo de Israel, em seus curtos 66 anos de vida independente, vale relacionar este
decálogo de conquistas científicas que beneficiarão, não somente aos
israelenses, mas a toda HUMANIDADE.

1 - A Universidade de Tel Aviv está perto de alcançar uma
 vacina nasal
que proteja tanto da doença de Alzheimer quanto dos derrames. As
primeiras experiências são muito encorajadoras .
bit2 - Oe Technion de Haifa, instituto dedicado à pesquisa de tecnologia
médica, desenvolveu
 um teste de sangue simples que pode detectar
várias doenças ( incluindo câncer ).
3 - O Centro Ichilov de Tel Aviv isolou uma proteína que vai substituir
a colonoscopia na detecção do câncer de cólon. Basta um simples exame
de sangue.
 O câncer do cólon mata cerca de 500.000 pessoas por ano.
Muitas dessas mortes podem ser evitadas se detectadas a tempo.
4) A acne não mata ninguém, mas gera grande ansiedade e insatisfação
a milhão de adolescentes. O laboratório CureLight criou uma maneira de
curá-la, emitindo raios ultravioleta de alta intensidade sobre as
bactérias que produzem acne, sem causar mais complicações.
5 - O laboratório Given Imaging desenvolveu uma pequena câmera na forma de comprimidos que são engolidos e passam milhares de fotos do aparelho digestivo.Estas imagens, de alta qualidade (dois por segundo,
durante oito horas), podem detectar pólipos, câncer e fontes de
sangramento. Elas são enviados a um chip que armazena e, em seguida,
descarregadas em um computador para o médico examinar.
 O paciente
expele a câmera através do reto.
6 - A Universidade Hebraica desenvolveu um estimulador elétrico por baterias que são implantados no peito dos pacientes com Parkinson, bem como marcapassos. As emissões destes sinais nervosos bloqueiam as
unidades que causam os tremores.
7 - O odor da respiração de um paciente pode ser usado para detectar se ele tem câncer de pulmão. O Instituto de Nanotecnologia Russell Berrie criou sensores capazes de perceber e registrar 42 biomarcadores que indicam a presença de câncer de pulmão sem a necessidade das invasivas biópsias.
8 - É possível fazer sem cateterismo, em muitos casos, exames que visam
clarificar o estatuto das artérias coronárias. O EndoPAT é um
dispositivo colocado nas pontas dos dedos indicadores, que pode medir
o estado das artérias e prever as chances de um ataque cardíaco
ocorrer nos próximos sete anos.

9 - A Universidade Bar Ilan está estudando um novo medicamento para
combater vírus transmitidos pelo sangue. Eles chamam a armadilha de
Vecoy, que engana o vírus para alcançar a sua auto-destruição. É
muito útil para combater a hepatite, o temido Ebola e AIDS.
10 - Os cientistas israelenses do Hadassah Medical Center podem ter
curado o primeiro caso de esclerose lateral amiotrófica, conhecida
como doença de Lou Gehrig. O tratamento foi desenvolvido com base em células-tronco e curou um rabino ortodoxo.
21 de agosto de 2015
(recebido por email)

MINISTRO DO TSE PEDE INVESTIGAÇÃO DAS CONTAS DE CAMPANHA DE DILMA


O ministro Gilmar Mendes, do TSE e do STF (Foto:
Carlos Humberto/SCO/STF)



O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu nesta sexta-feira (21) enviar à Procuradoria Geral da República e à Polícia Federal informações da prestação de contas da campanha eleitoral de 2014 da presidente Dilma Rousseff para investigação de eventuais irregularidades.

Segundo o ministro, há indícios de que foram cometidos durante as eleições do ano passado crimes de lavagem de dinheiro e de falsidade ideológica, que poderiam levar à abertura de ação penal. Para Gilmar Mendes, esses indícios podem levar à abertura de uma ação penal.

Gilmar Mendes é o relator da prestação de contas e manteve o processo aberto para apurar indícios de irregularidades em razão da Operação Lava Jato, que apura dinheiro da Petrobraspor meio de um esquema de corrupção na estatal.

As contas da campanha de Dilma foram julgadas e aprovadas com ressalvas no fim do ano passado, logo após a eleição.

Aprovação de contas foi unânime, diz ministro

Em nota, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, coordenador financeiro da campanha eleitoral de Dilma no ano passado, afirmou que as contas da presidente foram aprovadas por unanimidade.

"Todas as contribuições e despesas da campanha de 2014 foram apresentadas ao TSE, que, após rigorosa sindicância, aprovou as contas por unanimidade"; disse o ministro na nota.
O PT informou que todas as doações que o partido recebeu durante a campanha eleitoral "foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral”

Petrobras

Para Gilmar Mendes, dados apontam que dinheiro desviado de contratos da Petrobras foi devolvido em forma de propina ao PT por meio de doação de campanha ao partido e à campanha presidencial.

"O dinheiro recebido pelas empresas nos contratos mantidos com a Petrobras teria sido, supostamente, devolvido em forma de propina ao PT, travestida de doação de campanha, entregue diretamente ao seu tesoureiro, ou oculta por meio de financiamento de publicidade", destacou o ministro. "Assim, ao que parece, havia, supostamente, entrada ilegal de recursos públicos e saída de dinheiro da campanha em forma de gastos mascarados", completou.

Gilmar Mendes enviou ainda os dados da prestação de contas para que a Corregedoria Eleitoral do TSE avalie também se houve irregularidades nas informações apresentadas pelo PT ao tribunal. O ministro pediu análise de informações por parte da Receita Federal e do setor de prestação de contas do tribunal.

Mendes afirmou também que dados da investigação da Lava Jato indicam que o PT foi financiado indiretamente pela Petrobras, o que é vedado pela legislação eleitoral.
"Há vários indicativos que podem ser obtidos com o cruzamento das informações contidas nestes autos – notícias veiculadas na imprensa e documentos judiciais não sigilosos da operação policial denominada Lava Jato – de que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi indiretamente financiado pela sociedade de economia mista federal Petrobras."

De acordo com a decisão do ministro, empresas investigadas na Operação Lava Jato fizeram elevadas doações ao diretório do PT, como UTC, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, OAS e Norberto Odebrecht.

Ainda segundo Gilmar Mendes, o PT doou R$ 13,6 milhões à campanha de Dilma entre agosto e outubro de 2014. Ele aponta que empresas investigadas na Lava Jato doaram diretamente R$ 47,5 milhões para a campanha à reeleição.

Na avaliação do ministro, é de "duvidosa consistência" a prestação de contas apresentada.
"Não bastasse o suposto recebimento pelo partido e pela candidata de dinheiro de propina em forma de doação eleitoral, há despesas contabilizadas na prestação de contas da candidata de duvidosa consistência. [...] A candidata despendeu grandes valores em contratos com fornecedores com incerta capacidade de cumprir ou entregar os respectivos objetos.”

Um dos exemplos apontados é o da Focal, segunda maior fornecedora da campanha e para a qual foram repassados mais de R$ 24 milhões.

Mendes citou em sua decisão diversos depoimentos dados em colaboração premiada dentro da Operação Lava Jato e que apontam também doações não contabilizadas pelo PT.
"Os elementos conhecidos até agora indicariam, em tese, mais de uma forma de entrada de recurso ilícito – como doação legal de campanha, mas também diretamente como doação em dinheiro ao tesoureiro do partido", afirmou. 

21 de agosto de 2015
G1, Mariana Oliveira, in movcc

DESMANDOS LEGALIZADOS


Consta que, na reunião com aliados, logo depois de a manifestação popular tomar conta das ruas, a presidAnta Dilma Roussef (PT) afirmou:
“-O Brasil tem alguma coisa em torno de 200 milhões de habitantes. Portanto, vamos considerar que dois milhões estavam ontem nas ruas. Isso significa que os cerca de 198 milhões que ficaram em casa estão me apoiando.” O pensamento de sua excelência é completamente enviesado.

A mulher mais despreparada de que se tem notícia nesta República de picaretas e calhordas só sairá da cadeira presidencial se o Palácio for invadido e ela se vir arrancada do assento. É inacreditável o descaso de nossas figuras públicas com o povo que os sustentam. Despreparada, inculta, semialfabetizada, e seriamente suspeita de ter o cérebro danificado, Dilma Roussef é a mesma que deu conselhos à chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a melhor maneira de conduzir a economia de sua nação.

Enquanto isso, o ex-presidente FHC, amavelmente chamado “Boca de Tuba”, aquele que quando era senador pavão transformou seu gabinete numa espécie de motel, já descobriu que o seu partido de salafrários deve pegar carona definitiva na onda popular e tentar se instalar novamente no poder para que a roubalheira continue a mesma. Boca de Tuba é aquele que comprou a reeleição presidencial, lembram?

A literatura existente sobre os assaltos praticados pelo PSDB no governo FHC faria sua ex-excelência meter a viola no saco e a língua no baú, não fosse também um desqualificado moral que não se preza e age como canalha. Quem começou a maior parte da bandalheira que hoje presenciamos foi Boca de Tuba com o seu PSDB. Basta pensar no tal “Foro Especial” e nos cartões corporativos, para início de conversa.

As quadrilhas que nos governam não enxergam um palmo adiante do nariz e só ouvem o tilintar de moedas. O país se encontra inteiramente desmontado e basta apenas ouvir parte do noticiário do dia, com os programas anunciando o fim do mundo e mostrando que o mais recomendado é não abrir a porta nem colocar o pé na rua. O desespero que faz parte do cotidiano das pessoas é relegado a segundo plano. Ele não é percebido nos tapetes macios por onde transitam assaltantes dos cofres públicos.

Mesmo na Rede Globo de Televisão, que transformou o Brasil num bordel de quinta categoria, já se abre espaço para denunciar misérias e absurdos inacreditáveis, nos intervalos de programação pornográfica que forjou gerações de párias desacreditados. A banalização de desmandos e maus costumes vêm sendo solidificados há anos pela Rede Globo de Televisão e as emissoras que a copiam.

Mas isso, os que detêm o poder de mando na emissora não se preocupam em considerar, porque têm certeza de que mais adiante é só pedir desculpas a um monte de anestesiados, como fizeram no episódio referente ao regime ditatorial (1964-85) que alegremente estimularam e apoiaram.
Regime que certamente terá de voltar, mais cedo ou mais tarde, porque ninguém vai conseguir colocar este país novamente nos eixos sem disciplina e sem uma tropa bem organizada.

A questão é saber se vai dar certo, porque, da última vez, não deu! O Brasil precisa, antes de tudo, de educação, e a primeira providência é mudar a grade de programação das emissoras de televisão, pois ninguém conseguirá governar com tanta pornografia e infâmia.

Ah, e é preciso, também, construir presídios e tratar de modificar a legislação penal, porque gatunos como Paulo Maluf, Lula da Silva, FHC e assemelhados não têm como ficar solto, oferecendo os piores exemplos às novas gerações, principalmente no que diz respeito à impunidade. Eles são a causa e princípio de nossa derrocada.

21 de agosto de 2015
Márcio Accioly é Jornalista.

O HUMOR DO SPONHOLZ...

21 DE AGOSTO DE 2015

O CERCO SE FECHA: TSE PEDE INVESTIGAÇÃO DA CAMPANHA DE DILMA

Segundo o ministro Gilmar Mendes, há indícios de que a campanha de Dilma recebeu dinheiro do petrolão. 


O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu a investigação de suposta prática de atos ilícitos na campanha que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em 2014. Em relatório encaminhado hoje à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Polícia Federal, o ministro indica "vários indícios" de que a campanha da petista teria sido financiada por recursos desviados da Petrobrás.

O ministro, que relatou as contas de campanha do PT e da candidata no ano passado, encaminhou ainda o despacho ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, João Otávio de Noronha, para que sejam tomadas providências em relação a um artigo da Lei dos Partidos Políticos que veda o financiamento de campanhas por empresas de capital misto, como a Petrobrás.

"Assim, tenho por imprescindível dar conhecimento às autoridades competentes sobre os indicativos da prática de ilícitos eleitorais e de crimes de ação penal pública ressaltados neste despacho", escreveu o ministro. 
No despacho, Gilmar Mendes utiliza informações reveladas pela Operação Lava Jato, como trechos da delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que disse a investigadores ter doado R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma Rousseff. (Estadão).

21 de agosto de 2015
in orlando tambosi

kkkkk... A LOROTA DE MAIS QUATRO ZEROS A DIREITA

21 de agosto de 2015
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DENNIS PRAGER ARGUMENTA A FAVOR DA PENA DE MORTE


Créditos de Imagem: Wikipedia
Créditos de Imagem: Wikipedia
Radialista, colunista, palestrante, autor de sete livros traduzidos em seis línguas e com artigos publicados no Wall Street Journal, Los Angeles, Commentary e em sites como Townhall e National Review; você já deve ter visto Dennis Prager ou algum vídeo didático da Prager University no YouTube falando de tópicos políticos e culturais polêmicos na voz dele ou de diversos especialistas cujo motto é “nos dê 5 minutos, nós lhe damos um semestre”.
Uma das matérias que dividem conservadores é a pena de morte. Mas Prager comenta que “é um dos raros temas que mais conhecimento e mais experiência de vida não me alteraram nem um pouco emocionalmente ou intelectualmente sobre ele”. Também diz que os argumentos contra a pena capital raramente mudam, e são facilmente refutáveis.
Existe uma razão pela qual estupro não é punido com uma multa de quinhentos reais: nenhuma estratégia racional no combate ao crime irá negar o valor da severidade da pena na redução dos crimes. Não é a toa que a esquerda pediu para encerrar Levy Fidelix na cadeia (seletivamente essa rigidez evanesce quando menores incendeiam dentistas, estes últimos parecem que têm mais chances de serem reintegrados à sociedade). Qualquer um compreenderá que se a pena não está proporcional ao crime os criminosos que uma vez se sentiram na autoridade de tirar vidas, estuprar, torturar estarão legitimados e os direitos violados de suas vítimas ficaram desvalorizados, assim como a dignidade das vítimas indiretas: as famílias, que vêem seus entes queridos serem perdidos a troco de nada e toda a sociedade que porta esses mesmos direitos.
Os marginais assim percebem que a principal mensagem que a ausência da pena capital passa: a vida deles tem maior valor que a vida de suas vítimas. O direito à vida do assassino para a lei é sagrada, mas não a dos inocentes que ele seleciona. E também a sociedade sente a consequência cultural dessa anomia: a banalização da morte e da violência criminosa, paranóia e desconfiança com o próximo.
Pessoas que são contra a pena de morte raramente são por motivos passionais, mas as as razões para a pena de morte são muito mais sólidas. Da mesma forma que não se pune estupro com multa de quinhentos reais pois isso não só baratearia o crime de estupro e a dignidade das vítimas como aumentaria os crimes de estupro, homicídios, com ou sem teor de sadismo, por exemplo contra idosos, deficientes e menores não podem receber uma mera pena de prisão devido à sua gravidade. Se valorizamos as vidas destes inocentes indefesos temos de demonstrar que estamos dispostos a tirar o que o agressor tem de maior valor.
Quem defende a pena de morte o faz sabendo da possibilidade de haver inocentes que possam ser executados. Se a pena capital trata-se de um bem natural irrecuperável, a vida, a prisão trata-se de outro direito natural irrecuperável, a liberdade. O tempo não pode ser devolvido e não somos contrários à pena de prisão por razão de, indesejável até pelos defensores da pena de morte, falibilidade judiciária. Se a pena capital é rejeitada por ser falível, qual é a razão de haver punição? O argumento é emocionalmente eficiente, mas irracional. Se o sistema processual é ruim, conserte-o.  A questão é que os oponentes da pena capital o fazem mesmo em caso de absoluta certeza processual, mesmo com réu confesso e com todos os indícios necessários, assim desviam o assunto de ter de defender o que realmente acreditam: assassinos não devem nunca serem mortos.
Lógico, como cristãos conservadores já estamos acima da confusão pacifista pelo conhecimento da diferenciação exegética entre matar e assassinar, já lemos Romanos 13 e conhecemos que o papel do governo com o crime não é o de um Irenista.
Prager diz que não há bem social que não tenha levado à morte de inocentes. Carros causam acidentes, montanhas-russas também, contudo quem é contra a pena de morte não pede que carros sejam obrigados a andar a 40 quilômetros por hora ou é pela abolição de montanhas-russas, mas o bem da velocidade e do lazer ficam acima desses riscos sociais. Quem é contra a pena de morte aceita um bom número de políticas públicas que terminam causando a morte de inocentes.
A idéia também é falha quando se percebe que muito mais inocentes morrem quando se mantém assassinos vivos, a possibilidade de matar alguém ao escapar da prisão compete com a possibilidade de assassinar alguém de dentro da cadeia como é comum no Brasil de rebeliões sangrentas e guerra de facções. Quem é contra a pena de morte se responsabiliza por essa multidão de vidas perdidas da mesma forma como pedem responsabilidade de quem defende a pena de morte por quem é executado sendo inocente?
Aos que preferem a prisão perpétua à pena capital, não percebem que farão o Estado punir com a morte indiretamente pelo processo natural da velhice, manter certos presidiários vivos gera mais insegurança que causa mais morte de inocentes, pois eles podem matar guardas e prisioneiros que nenhuma adição à pena será relevante, além de coordenar esquemas de dentro da prisão. Punições de cento e vinte anos (Beira-Mar) e trezentos anos (Serial Killer de Goiânia) são claramente ridículas pois sabemos da impossibilidade da punição abranger satisfatoriamente todos os crimes.
É compreensível, senão completamente justo, que haja revolta com o uso da pena máxima para punir crimes banais ou crimes políticos como fazem os heróis da esquerda, não se deve respeito algum a leis que desrespeitam a proporcionalidade da pena. Contudo, o mal uso não tolhe o uso: a pena de morte continua sendo não só um instrumento eficiente para coibir o crime, mas a única justa punição para conter crimes de alta malignidade.
Prager diz que a pena capital ensina a sociedade que assassinato é um mal que nenhuma pena de prisão pode dizer. Que os Estados Unidos executa assassinos os deixa únicos diante das maiores democracias do mundo. E eles o fazem porque odeiam o mal mais que essas democracias.  No Brasil em que presos aproveitam o indulto de Natal para cometer assassinatos, a pena de morte é uma absoluta necessidade para devolver a sanidade espiritual de um modo que só a justiça é capaz de fazer. É hora de odiarmos o mal da mesma forma.
21 de agosto de 2015
in Charles Gomes, Reaçonaria

RELEMBRE A ENTREVISTA QUE DEU INÍCIO A REVELAÇÃO DO MENSALÃO

“Contei a Lula do Mensalão, diz deputado”

Há exatos 10 anos o aliado Roberto Jefferson, em entrevista bombástica a Renata Lo Prete, dava início à revelação do gigantesco esquema de corrupção no governo Lula. O mensalão, como descobriríamos depois, envolvia ministros do gabinete presidencial, presidentes de 4 partidos da base lulista e até mesmo o presidente da Câmara, que hoje está preso.
LulaDirceuJefferson
Como celebração a este momento, trazemos aos amigos a entrevista publicada no dia 06 de junho de 2005 (link) na Folha de São Paulo:
Jefferson afirma que foi “informando a todos do governo” sobre a mesada a deputados paga por Delúbio e que Lula chorou ao saber do caso
Contei a Lula do “mensalão”, diz deputado
DO PAINEL
Em sua entrevista à Folha, Roberto Jefferson afirma que levou a questão do “mensalão” a vários ministros do governo Lula e ao próprio presidente. Ele acredita que a prática só foi interrompida após Lula ser informado por ele, o que teria acontecido em duas conversas no princípio deste ano.
(RENATA LO PRETE)
Folha – Na tribuna da Câmara, o sr. disse ter sido procurado por pessoas que lhe pediam para resolver pendências nos Correios, que teria se recusado a traficar influência e que interesses contrariados estariam na origem da denúncia da revista “Veja”. Por que o sr. não denunciou essas pessoas?
Roberto Jefferson – 
Não se faz isso. Se você for denunciar todo lobista que se aproxima de você, vai viver denunciando lobista.
Folha – O consultor Arlindo Molina, uma das pessoas que o procuraram para tratar dos Correios, afirma que, ao contrário do que o sr. disse no pronunciamento, o conhece há anos. Essa versão procede?
Jefferson – 
A entrevista dele está completamente equivocada, até nas datas. Eu o conheci em março de 2005. Não é verdade que nos conhecíamos antes disso.
Folha – O sr. fala em guerra comercial. Mas não está em curso nos Correios, também, uma guerra por espaço entre os partidos?
Jefferson – 
Não. Mas eu entendo o Fernando Bezerra [senador pelo PTB e líder do governo no Congresso] porque, na primeira matéria da “Veja”, está dito que ele indicou o Ezequiel Ferreira para a diretoria de Tecnologia dos Correios. Mas o Ezequiel nunca assumiu. Por que não mostraram quem está no cargo, se 60% daquela fita [a que registra a cobrança de propina] se refere às operações da diretoria de Tecnologia? Esconderam o atual, indicado pelo Silvio Pereira [secretário-geral do PT]. O Policarpo [Júnior, repórter de “Veja”] protegeu o PT.
Folha – Na contramão do que declarou à PF, o ex-presidente do IRB Lídio Duarte diz em gravação [divulgada pela “Veja”] que, enquanto esteve no cargo, foi pressionado a destinar mesada de R$ 400 mil ao PTB. O que o sr. tem a dizer?
Jefferson – 
É algo que ele terá de esclarecer à PF. Eu tenho dele uma carta em que ele nega ter dado a entrevista. Em carta à “Veja”, disse que não disse. Na PF, sob juramento, disse que não disse. Quem tem de decidir é a Justiça.
Conheci o doutor Lídio no princípio de 2003, na casa do José Carlos Martinez [presidente do PTB morto em outubro daquele ano em acidente aéreo]. Sabendo que o PTB indicaria o presidente do IRB, ele veio para se apresentar. Tive excelente impressão.
Depois da morte do Martinez ele se distanciou completamente do PTB. Por volta de agosto de 2004, eu o chamei ao meu escritório no Rio e disse: quero que você me ajude, procurando essas empresas que trabalham com o IRB, para fazerem doações ao partido nesta eleição, porque estamos em situação muito difícil. Ele ficou de tentar. Em setembro, ele voltou a mim e disse: deputado, não consegui que as doações sejam “por dentro”, com recibo; querem dar por fora, e isso eu não quero fazer. Eu falei: então não faça.
Na conversa, o Lídio avisou que estava perto de se aposentar. Eu então avisei que iniciaria um processo para substituí-lo. Levei aos ministros José Dirceu [Casa Civil] e Antonio Palocci [Fazenda] o nome do doutor Murilo Barbosa Lima, diretor técnico do IRB. O nome ficou meses em aberto. A imprensa começou a dizer que havia dossiê contra ele. E o doutor Lídio, que dissera que iria se aposentar, se agarra com o doutor Luiz Eduardo de Lucena, que é o diretor comercial indicado pelo José Janene [líder do PP na Câmara], para ficar na presidência.
Aí se instala uma queda-de-braço entre o PTB e o PP. O Palocci conversa comigo e diz o seguinte: Roberto, vamos fazer uma saída por cima. Nós temos o diretor administrativo, um homem de altíssimo gabarito, o Appolonio Neto, sobrinho do Delfim Netto, fez um dos melhores trabalhos de modernização do IRB. A gente passa o Appolonio como sendo do PTB, e ele sendo sobrinho do Delfim, que é do PP, e a gente resolve a situação. Eu falei: não sou problema, está dada a solução. O doutor Appolonio foi uma indicação salomônica do ministro Palocci.
Folha – O sr. considera correta, legítima, essa forma de partilha dos cargos do governo?
Jefferson – 
Você entrega aos administradores dos partidos que compõem o governo a administração do governo. O PT tem participação muito maior que a dos outros partidos da base. Tem 20% da base e 80% dos cargos.
Mesmo o IRB: o PTB tem a presidência, mas todos os cargos abaixo são do PT. A Eletronorte: o presidente, doutor Roberto Salmeron, é um dos melhores quadros do PTB. Mas, de novo, toda estrutura abaixo é do PT. O diretor mais importante, o de Engenharia, é o irmão do ministro Palocci. O doutor Salmeron é uma espécie de rainha da Inglaterra. A ministra [Dilma Rousseff, das Minas e Energia] despacha com o irmão do Palocci. Tudo isso foi construído lá atrás, com o Silvio Pereira, o negociador do governo.
Folha – Qual é a sua relação com Henrique Brandão, da corretora de seguros Assurê?
Jefferson – 
Pessoal. Meu amigo fraterno há 30 anos. Era um homem pobre. Por seu mérito, transformou-se no maior corretor privado do Brasil. O Henrique é grande há muito tempo. Está em Furnas há 12, 15 anos.
Folha – De volta à gravação, o sr. rejeita a afirmação de que Henrique Brandão pedia contribuições em seu nome no IRB?
Jefferson – 
Nunca foi feito tal pedido. Volto a dizer: a única coisa que houve foi um pedido, feito por mim ao Lídio, de ajuda para o PTB na eleição. E eu compreendi as razões de ele não poder ajudar.
Eu quero contar um episódio. Na véspera de eu fazer meu discurso no plenário da Câmara, havia uma apreensão muito grande dos partidos da base, em especial o PL e o PP, e do próprio governo.
Dez minutos antes de eu sair para falar chega aqui, esbaforido, Pedro Corrêa (PE), presidente do PP: “Bob, cuidado com o que você vai falar. O governo interceptou uma fita de você exigindo do Lídio dinheiro para o PTB”. Eu dei um sorriso e disse: “Pedrinho, se era essa a sua preocupação, pode ficar tranqüilo, essa conversa nunca existiu. Não sou assim, nem o doutor Lídio é assim”. Aí ele rebateu: “Mas pode ter sido seu genro [Marcus Vinícius Ferreira]”. Eu falei: “Meu genro é um homem de bem. E eu vejo, Pedrinho, que você não tem convicção de fita nenhuma. Fica calmo que eu não vou contar nada do que eu sei a respeito de “mensalão'”.
Folha – E o que o sr. sabe?
Jefferson – 
Um pouco antes de o Martinez morrer, ele me procurou e disse: “Roberto, o Delúbio [Soares, tesoureiro do PT] está fazendo um esquema de mesada, um “mensalão”, para os parlamentares da base. O PP, o PL, e quer que o PTB também receba. R$ 30 mil para cada deputado. O que você me diz disso?”. Eu digo: “Sou contra. Isso é coisa de Câmara de Vereadores de quinta categoria. Vai nos escravizar e vai nos desmoralizar”. O Martinez decidiu não aceitar essa mesada que, segundo ele, o doutor Delúbio já passava ao PP e ao PL.
Morto o Martinez, o PTB elege como líder na Câmara o deputado José Múcio (PE). Final de dezembro, início de janeiro, o doutor Delúbio o procura: “O Roberto é um homem difícil. Eu quero falar com você. O PP e o PL têm uma participação, uma mesada, eu queria ver se vocês aceitam isso”. O Múcio respondeu que não poderia tomar atitude sem falar com o presidente do partido.
Aí reúnem-se os deputados Bispo Rodrigues (PL-RJ), Valdemar Costa Neto [SP, presidente do PL] e Pedro Henry (PP-MT) para pressionar o Múcio: “Que que é isso? Vocês não vão receber? Que conversa é essa? Vão dar uma de melhores que a gente?”. Aí o Múcio voltou a mim. Eu respondi: “Isso desmoraliza. Tenho 22 anos de mandato e nunca vi isso acontecer no Congresso Nacional”.
Folha – O sr. deu ciência dessas conversas ao governo?
Jefferson – 
No princípio de 2004, liguei para o ministro Walfrido [Mares Guia, Turismo, PTB] e disse que precisava relatar algo grave. Conversamos num vôo para Belo Horizonte. “Walfrido, está havendo essa história de “mensalão”.” Contei desde o Martinez até as últimas conversas. “Em hipótese alguma. Eu não terei coragem de olhar nos olhos do presidente Lula. Nós não vamos aceitar.”
E eu passei a viver uma brutal pressão. Porque deputados do meu partido sabiam que os deputados do PL e do PP recebiam.
As informações que eu tenho são que o PMDB estava fora. Não teve “mensalão” no PMDB.
Fui ao ministro Zé Dirceu, ainda no início de 2004, e contei: “Está havendo essa história de mensalão. Alguns deputados do PTB estão me cobrando. E eu não vou pegar. Não tem jeito”. O Zé deu um soco na mesa: “O Delúbio está errado. Isso não pode acontecer. Eu falei para não fazer”. Eu pensei: vai acabar. Mas continuou.
Me lembro de uma ocasião em que o Pedro Henry tentou cooptar dois deputados do PTB oferecendo a eles “mensalão”, que ele recebia de repasse do doutor Delúbio. E eu pedi ao deputado Iris Simões (PTB-PR) que dissesse a ele: se fizer, eu vou para a tribuna e denuncio. Morreu o assunto.
Lá para junho eu fui ao Ciro Gomes. Falei: “Ciro, vai dar uma zebra neste governo. Tem um “mensalão”. Hoje eu sei que são R$ 3 mi, R$ 1,5 mi de mensal para o PL e para o PP. Isso vai explodir”. O Ciro falou: “Roberto, é muito dinheiro, eu não acredito nisso”.
Aí fui ao ministro Miro Teixeira, nas Comunicações. Levei comigo os deputados João Lyra (PTB-AL) e José Múcio. Falei: “Conte ao presidente Lula que está havendo o “mensalão'”. Nessa época o presidente não nos recebia. Falei isso ao Aldo Rebelo, que então era líder do governo na Câmara.
Folha – A quem mais no governo o sr. denunciou a situação?
Jefferson – 
Disse ao ministro Palocci: “Tem isso e é uma bomba”. Fui informando a todos do governo a respeito do “mensalão”. Me recordo inclusive de que, quando o Miro Teixeira, depois de ser ministro, deixou a liderança do governo na Câmara, ele me chamou e falou: “Roberto, eu vou denunciar o “mensalão”. Você me dá estofo?”. Eu falei: “Não posso fazer isso. Vamos abortar esse negócio sem jogar o governo no meio da rua. Vamos falar com o presidente Lula que está havendo isso”. Me recordo até que o Miro deu uma entrevista ao “Jornal do Brasil” denunciando o “mensalão” e depois voltou atrás.
No princípio deste ano, em duas conversas com o presidente Lula, na presença do ministro Walfrido, do líder Arlindo Chinaglia, do ministro Aldo Rebelo, do ministro José Dirceu, eu disse ao presidente: “Presidente, o Delúbio vai botar uma dinamite na sua cadeira. Ele continua dando “mensalão” aos deputados”. “Que “mensalão’?, perguntou o presidente. Aí eu expliquei ao presidente.
Folha – Qual foi a reação dele?
Jefferson – 
O presidente Lula chorou. Falou: “Não é possível isso”. E chorou. Eu falei: É possível sim, presidente. Estava presente ainda o Gilberto Carvalho [chefe-de-gabinete do presidente].
Toda a pressão que recebi neste governo, como presidente do PTB, por dinheiro, foi em função desse “mensalão”, que contaminou a base parlamentar. Tudo o que você está vendo aí nessa queda-de-braço é que o “mensalão” tem que passar para R$ 50 mil, R$ 60 mil. Essa paralisia resulta da maldição que é o “mensalão”.
Folha – Isso não existia também no governo passado?
Jefferson – 
Nunca aconteceu. Eu tenho 23 anos de mandato. Nunca antes ouvi dizer que houvesse repasse mensal para deputados federais por parte de membros do partido do governo.
Folha – O que, em sua opinião, levou a essa situação?
Jefferson – 
É mais barato pagar o exército mercenário do que dividir o poder. É mais fácil alugar um deputado do que discutir um projeto de governo. É por isso. Quem é pago não pensa.
Folha – O que fez o presidente Lula diante de seu relato?
Jefferson – 
Depois disso [da conversa] parou. Tenho certeza de que parou, por isso está essa insatisfação aí [na base parlamentar]. Ele meteu o pé no breque. Eu vi ele muito indignado.
Pressão, pressão, pressão, pressão. Dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro, todo mundo tem, todo mundo tem. Acho que foi o maior erro que o Delúbio cometeu.
E o presidente agora, desde janeiro, quando soube, eu garanto a você [que o “mensalão” foi suspenso]. A insatisfação está brutal porque a mesada acabou.
Serenamente eu já tenho o caminho traçado: não me preocupa mais o mandato, não vou brigar por ele. Só não vou sair disso como um canalha, porque não sou.
21 DE AGOSTO DE 2015
 in arca reaça

PENSANDO O DIA SEGUINTE


Foram precisos 35 anos de existência do PT e pouco mais de 12 anos de petistas como donos do poder, mas hoje enfim compreendemos, expomos e combatemos as falácias ideológicas desse partido e seus satélites, sejam eles partidos, veículos de comunicação, ONGs ou acadêmicos. Também sabemos identificar e descrever a pilantragem de seus métodos políticos, origem de toda a bandalheira que hoje chega a embotar nosso sentidos, tamanha a extensão e profundidade da pilhagem empreendida nos cofres públicos em nome de um projeto de poder autoritário, travestido de fenômeno popular.
Os discursos cheios de palavras vazias já não comovem, tampouco mobilizam; os ataques lançados contra os adversários são rechaçados ou viram motivo de chacota; outrora aplaudidos e incensados, petistas hoje são ridicularizados, hostilizados e vaiados em qualquer ambiente público que não esteja rigidamente controlado. O petismo hoje é sinônimo de ladroagem e motivo de vergonha para os que nele acreditaram sem contar com incentivos fiscais, subsídios, contratos ou cargos públicos.
E daí?
Este governo é um cadáver adiado, que pode procriar se seus opositores, especialmente os que estão à direita, não se organizarem para ocupar espaços de discussão, análise, gestão, criação de saber e valor. Saber identificar e combater as mentiras e incoerências esquerdistas é apenas um primeiro passo.
Há que se dar os passos seguintes, e rapidamente. Caso contrário, toda esta mobilização e energia hoje dedicada a denunciar e combater o petismo se dispersa e resulta em nada.
Seguem algumas propostas do que considero essencial para que este embrião de movimento conservador venha a ter alguma influência concreta na política nacional.
1 – Reconhecer a necessidade e importância da composição
Embora seja frequente dizermos e ouvirmos que o Brasil é um país conservador, o conservadorismo é discurso marginal no cenário político brasileiro, e assim vai continuar por muito tempo. Os interditos criados às pautas conservadoras foram eficazes o suficiente para criar um abismo entre os valores mais profundos do brasileiro e seu pensamento político, de forma que a transposição desses valores morais para a decisão do voto é vista, ainda que instintivamente, como algo errado.
Para mudar isso, os conservadores devem reconhecer o tamanho das dificuldades hoje existentes e começar a buscar composições, com liberais, sociais democratas, democratas cristãos e outras tendências hoje melhor estruturadas partidariamente.
A criação de um partido novo de direita é o caminho mais longo para a frustração e o fracasso. Marina, com muito mais capital político e financeiro, até hoje não conseguiu tirar a rede do papel. O NOVO, projeto de partido de direita mais avançado no país, continua patinando e, se não houver uma grande mudança de rumos, corre o risco de ser uma contradição quando enfim conseguir seu registro, pois já velho.
Mais sensato e prudente seria se alguns conservadores, os mais propensos e aptos à lide política, filiassem-se em algum dos partidos já existentes e, dentro deles, começassem a incutir pautas e valores conservadores, sempre em composição com outros interesses, desde que legítimos e honestos.
Para que isso ocorra, é necessário que os “reaças” ou conservadores abandonem desde já a pretensão de transformar o conservadorismo em ideologia. Ser conservador não significa construir um repertório de valores que esgota uma visão de mundo passada, presente e futura, mas sim ser um analista, crítico e defensor dos valores, convenções e costumes construídos, testados e aperfeiçoados ao longo da experiência civilizatória humana. É, como diz Russel Kirk, “acreditar que há uma ordem moral duradoura” e perseverar em prol desta ordem, seja lá dentro de qual contexto e estrutura você esteja.
2 – Construir pautas relevantes e abrangentes
Os governos Lula e Dilma nos acostumaram com uma das situações mais perversas: o presente eterno. Não há um horizonte em vista, um objetivo de longo prazo, uma ambição concreta que estimule as pessoas a correr riscos, assumir sacrifícios e perdas em nome de uma mudança estrutural da realidade cotiana, nada. É apenas a busca do dia seguinte, e salve-se quem puder.
Se hoje Dilma renunciasse ou fosse destituída pelo Congresso, qual seria o plano dos que assumiriam o poder? Mais especificamente, qual seria o plano da direita? Redução da maioridade penal? Revogação do estatuto do desarmamento? São pautas importantes, mas residuais em termos de transformação da realidade do país.
Somos um país de selvagens. Matamos intencionalmente mais de 55 mil pessoas por ano (contabilizadas). Somos o 112º país no ranking mundial de saneamento básico, com mais de 32 milhões de residências sem coleta e tratamento de esgoto. Sangue e merda são matérias-primas abundantes e vistas com absurda naturalidade por aqui.
Pessoalmente, considero estas as duas pautas primordiais para o país: conter a selvageria dos homicídios e expandir a rede de saneamento básico drasticamente. Deixo para o prefeito de São Paulo, o descoladíssimo Fernando Haddad e seus acólitos, sonharem com emulações de Amsterdam, Nova York ou Londres.
Para uma mudança efetiva da nossa realidade, reduzir em pelo menos 50% o número de homicídios do país e em 70% o número de casas sem saneamento básico seria algo bem mais necessário e efetivo.
Há demandas e pautas aguardando planos para todos os gostos e especialidades, seja na educação, saúde, transportes, na pesquisa e tecnologia, na logística, no planejamento tributário, mas é necessário que os vários ramos da direita comecem a discutir e qualificar sua posição em relação a estes temas. Apenas apontar o engodo petista não nos levará muito longe, e essas discussões não ocorrem nas redes sociais. Para construir estas pautas e elas tornarem-se planos, é necessário muito estudo, muita conversa presencial, estrutura organizacional, e aí vem o ponto seguinte.
3 – Organizar-se Formalmente
Uma das grandes desgraças no petismo no poder foi o aparelhamento e a destruição da credibilidade do conceito de “sociedade civil organizada”. Antes vistas como sopro renovador nas ações e organizações sociais, as ONGs, em sua grande maioria cooptadas ou subservientes à pauta esquerdista, tornaram-se sinônimos de governismo, adesismo, oportunismo. Claro que esta conotação negativa afastou deste tipo de organização todos aqueles contrários ao petismo e ao esquerdismo em geral.
É hora de corrigir este equívoco. As estruturas jurídicas que dão suporte às ONGs são ideologicamente neutras e muito úteis para estruturar grupos com foco e objetivos definidos. Fazer parte da sociedade civil organizada é uma tarefa à qual a direita não pode mais se furtar, sob pena de continuar patinando num vitimismo estóico que só beneficia as esquerdas.
Novamente valendo-me das palavras de Russel Kirk, é princípio conservador “defender comunidades voluntárias, da mesma forma que opor-se a um coletivismo involuntário”. São as associações de bairro, os grupos de interesse específico, as organizações de classe, os sindicatos, os institutos e organizações de mobilização e pressão que dão à sociedade um mínimo direcionamento e dimensionamento para a multiplicidade de interesses e fluxos de conhecimento, poder e dinheiro que compõem o tão falado “interesse público”.
A direita, seja ela de caráter liberal ou conservador, não pode furtar-se a participar dessa dinâmica, criando associações que reúnam seus acadêmicos, empresários, estudantes, em torno de questões específicas. Só a partir desta formalização é possível captar e direcionar os recursos humanos e materiais necessários para a construção das pautas e planos mencionados no item anterior.
Os reaças já descobriram que não estão sozinhos, graças à internet. Também descobriram, à custa de muita briga e desgaste, como combater o discurso e a ação esquerdista. Falta agora organizarem-se para levar esta combatividade a um novo patamar. Estamos atrasados.
21 de agosto de 2015
in penso estranho

POR QUE, EM SEU PRÓPRIO PAÍS, O BRASILEIRO É CONSIDERADO LADRÃO?

Essa (quase) incrível operação Lava Jato, que ainda nos proporcionará inúmeras outras surpresas, me fez recordar história sobre notável designer alemão, casado com uma modelo brasileira. Criador, na televisão, de logotipos e vinhetas realmente geniais, sempre que podia, manifestava a enorme e sincera admiração que nutria pelo nosso país, especialmente pelo seu povo. Todavia, apesar dessa admiração (que tem razões de sobra), ao mesmo tempo em que nos elogiava, inquiria intrigado: “Mas por que motivo o brasileiro gosta sempre de algum ‘por fora’?”, referindo-se, sem o saber, ao “pixuleco”, novo nome da propina.

A propósito, na semana passada, três sobrinhos-netos (um rapaz, de 26 anos, e duas mocinhas, de 20 e 19), que nasceram e vivem na Holanda, depois das férias de mais de um mês em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, seguiram de ônibus-leito para a capital paulista, onde embarcaram para Amsterdã.

Na rodoviária, antes do embarque, em conversa franca, em minha companhia, com o motorista do ônibus – um homem de 55 anos de idade, mais ou menos –, a mais nova, depois de lhe dizer que reside na Holanda, ouviu dele, gratuitamente, o seguinte: “Você, então, nasceu na Holanda? É verdade? Pois eu sou uma mistura de várias raças: meu pai nasceu na Alemanha, e minha mãe, na Itália. Desculpe-me a franqueza, mas desejo que você volte logo para a Holanda. Neste país só tem ladrão!”. Preocupado, interferi na conversa para dizer que não se podia generalizar, malfeitos e crimes ocorrem no mundo todo. Não satisfeito, o sorridente motorista, voltando-se para ela, foi mais enfático: “É verdade, aqui todos roubam”.

Dois dias depois do embarque dos meus sobrinhos-netos, pesquisa do Instituto Data Popular, realizada entre os dias 1º e 4 deste mês, com 3.000 eleitores, em 152 municípios, obtida e divulgada por “O Globo”, concluiu que 92% dos eleitores brasileiros consideram “todo político ladrão” e 71% dos partidos de oposição à presidente Dilma, segundo esses mesmos eleitores, “agem em seu próprio interesse e não pensando no bem do país”. O mais interessante é que, em pesquisa recente, de instituto igualmente confiável, quando se indagou desses mesmos eleitores se eles fariam o mesmo que os políticos, mais de 90% responderam afirmativamente, ou seja, fariam exatamente o mesmo.

Lembro-me, antes de encerrar, do que disse um motorista de táxi, depois de afirmar que, no Brasil, “só o idiota não tira vantagem da situação”. E concluiu: “Um jovem roubar é coisa normal. Ele tem que pensar no futuro. Mas um velho roubar é pouca-vergonha”. Referia-se a alguns dos acusados da Lava Jato.

Depois que os três jovens holandeses, filhos de mãe brasileira, deixaram Belo Horizonte, rumo à Holanda, quedei-me pensativo: que dizer a eles? Como explicar o que se passa na política do nosso país? As nossas duas Casas legislativas – Câmara Federal e Senado –, outrora reservas morais e políticas do país, são presididas por políticos prestes a serem denunciados pela Procuradoria da República por crime de corrupção. O presidente do Senado, de ferrenho opositor da presidente até ontem, volta a apoiar Dilma hoje com o objetivo claro de ser ajudado na avalanche judicial que ameaça voltar-se contra ele.

Que as manifestações do dia 16 (escrevo antes delas) desmintam as histórias (reais) que contei e, depois, me renovem a chance de ainda viver num país melhor. Ou estou querendo demais?

21 de agosto de 2015
Acílio Lara Resende

O BONECO DE LULA

Nos protestos de domingo, além de pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, os manifestantes intensificaram as críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa do envolvimento do PT no esquema de corrupção da Petrobras. Um boneco inflável de Lula vestido de presidiário dominou a cena na Esplanada dos Ministérios, imagem que correu o mundo. Era inimaginável algo parecido até então.

Dezenas de bonecos de Lula já foram atração nas campanhas do PT pelo Brasil afora, mas aquele da manifestação de Brasília, que todos puderam ver no noticiário de televisão, é o mais duro golpe que a imagem do ex-presidente da República sofreu até agora. É o sinal de que sua figura pública, de líder operário que chegou à Presidência, começa a ser “desconstruída”, principalmente pelo avanço da Operação Lava-Jato, que investiga o escândalo de corrupção da Petrobras.

O marqueteiro João Santana, que cuida da imagem da presidente Dilma Rousseff, após as manifestações de março e abril, já havia revelado que as pesquisas qualitativas relacionavam o ex-presidente às falcatruas na Petrobras. A imagem de Lula seria a de “poderoso chefão”; em contrapartida, Dilma era vista como uma “mulher honesta”, não envolvida no escândalo. Toda a estratégia de defesa do governo em relação à ameaça de impeachment foi traçada levando em conta essa pesquisa.

Com níveis de popularidade baixíssimos, Dilma exerce o mandato para o qual foi eleita em condições muito adversas, a maioria consequência das próprias decisões. Como não surgiram provas de que tenha se envolvido diretamente no escândalo e, constitucionalmente, não pode ser investigada no exercício do mandato, até agora, a oposição não reuniu condições legais para o afastamento dela. Dilma só poderia ser afastada por crime de responsabilidade (impeachment), pelo Congresso; ou abuso de poder econômico e crime eleitoral (cassação de mandato), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Essa blindagem legal, porém, não é suficiente para manter em torno da presidente da República o bloco de forças que hoje garante a sustentação política dela. O poder de agregação do governo, com seus cargos e verbas, também não é o bastante. O que vem sendo decisivo para manter a sustentação política e social de Dilma Rousseff é a expectativa de poder que ainda é gerada por uma eventual candidatura de Lula em 2018, caso o governo retome o crescimento econômico até 2017.

Lula sabe disso e trabalha para se manter como candidato competitivo, agora mais do que nunca. Ocorre que a imagem dele está sendo corroída pelas revelações da Operação Lava-Jato, principalmente por causa das delações premiadas, que acusam o envolvimento profundo da cúpula do PT, sobretudo por seus tesoureiros, nos escândalos ocorridos no seu período de governo. A mais nova ameaça, nesse sentido, é o possível acordo do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que foi condenado, pela segunda vez, a 12 anos de prisão. A primeira condenação foi a 5 anos de cadeia.

Os responsáveis pela Operação Lava-Jato são os primeiros a dizer que o ex-presidente da República não está sob investigação, porém, Lula já não esconde dos aliados que está com as barbas de molho e pronto para reagir aos ataques. No caso do boneco de domingo, o petista acusou o golpe e divulgou uma nota repudiando a afronta que sofreu dos manifestantes. Usou o argumento de que foi prisioneiro, sim, mas na época da ditadura, por defender os interesses dos trabalhadores e a volta da democracia.



21 de agosto de 2015
Luiz Carlos Azedo

VÍDEOS FLAGRAM MILITANTES DA MARCHA DO PT RECLAMANDO DE DILMA E DA CONTA DE LUZ: "NÓS ESTAMOS CONTRA ELA".

 
 


Vídeos flagram militantes da marcha do PT reclamando de Dilma e da conta de luz: “Nós estamos contra ela”

 Dilma Rousseff é tão ruim, tão péssima, que não tem apoio nem de militantes da marcha da mortadela.

Veja o que eles disseram durante o ato do PT em Belo Horizonte:

 
https://youtu.be/5PE8vH4tgi4


21 de agosto de 2015
in graça no país das maravilhas

"A PRAÇA PÚBLICA É MAIOR QUE AS URNAS".


Na atualidade a palavra impeachment tornou-se o veredito das multidões que encheram as ruas do Brasil no histórico dia 16 de agosto.  Foi o maior julgamento popular de um presidente da República, no caso, da presidente Dilma Rousseff.

Av. Paulista, 16 de Agosto de 2015.

O movimento, como os dois anteriores foi espontâneo, consciente, apartidário, ordeiro, pacífico, com objetivo claro e definido: Fora Dilma. Fora Lula. Fora PT. Grandes faixas com a palavra impeachment exibiram a tônica do “plebiscito”, pedindo a saída da governante que quebrou o País e jogou a conta nas costas do povo depois de tê-lo enganado nas eleições com mentiras.
Emblematicamente, em Brasília, o gigantesco balão com a cara de Lula da Silva, vestido de presidiário e com o número dos Irmãos Metralha no peito, indicava que o presidente de fato já não passa de um Pixuleco das falcatruas.Neste cenário soou falso o discurso do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, que do alto do seu pomposo e inútil cargo acusou o povo de intolerante e pediu otimismo. O ministro esqueceu que as pessoas costumam ir aos supermercados onde a realidade da inflação e da queda de renda é inequívoca.
Edinho Silva também mandou recado para a oposição, que nunca existiu, declarando numa linguagem lulesca: “Só esperamos que, quando os interesses são do País, que, em vez de ficarmos cultivando questões partidárias, a gente possa enxergar aquilo que é do interesse nacional”.
Portanto, o ministro pede aos outros o que nunca foi feito por seu partido, o PT e, ao mesmo tempo, não tem noção de um fato básico: Não tem governo que resiste quando a economia vai mal. Tampouco, Edinho Silva leu “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, onde está escrito: “Os homens esquecem mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio”. Mas ler, ainda mais “O Príncipe”, seria pedir demais ao ministro.
Sobre a oposição, que na linguagem petista significa PSDB, o PT pode ficar sossegado. O ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, sempre foi o maior defensor de Lula e do PT, no que foi seguido por seus correligionários. Aguentou oito anos ouvindo “Fora FHC” e, depois de ter entregado ao recém-eleito presidente Lula um governo sem inflação, seus melhores quadros e políticas sociais que o PT imitou, ouviu por mais 12 anos indo para 13 que sua herança era maldita. E tem mais: em agosto de 1999, Lula da Silva disse: “Renúncia é um gesto de grandeza e FHC não tem essa grandeza”. O pedido de renúncia depois pareceu pouco e o PT passou também a encampar uma campanha pelo impeachment de Fernando Henrique Cardoso. Naquela ocasião não era golpe.
Agora foi dito que FHC unificou o PSDB em torno do pedido de renúncia da Presidente. Um mimo dado a Rousseff, que jamais irá renunciar. E assim, entre impeachment, novas eleições ou cassação de Rousseff, o PSDB aceitou, por enquanto, que pedir a impossível renúncia da presidente é melhor. E se Eduardo Cunha, a única oposição real pedir o impeachment, os tucanos aprovam. Pelo menos é o que é dito agora. Se bem que os tucanos já estão com a bandeja pronta para entregar a cabeça de Cunha depois que o Procurador-geral, Rodrigo Janot, o denunciou.
Enquanto isso, a classe dirigente petista conta com Renan Calheiros para salvar a pele da presidente e, é claro, a sua própria, no tapetão institucional. Também aumentam as performances da presidente diante de públicos selecionados que a aplaudem. E não poderia faltar um contra-ataque dos ditos movimentos sociais sustentados pelo governo e que foram realizados dia 20 deste a favor de Rousseff e, paradoxalmente, contra o ajuste fiscal e a Agenda Brasil.
Os “exércitos” de Stédile, Boulos e da CUT, com exceção de São Paulo onde houve mais gente, nas demais capitais não passaram de grupelhos do pixuleco. Mesmo porque, os manifestantes chapa-branca fazem parte dos 8% que apoiam Rousseff contra os 70,1% da população, uma quantidade descomunal de coxinhas, de conservadores da classe média de direita e, como disse Lula da Silva, de nazistas.
O PT, que também participou do impeachment do ex-presidente Collor, hoje chama de golpistas os que querem se ver livre do pior governo presidencial de nossa história. Isso lembra uma entrevista de Ulysses Guimarães antes da queda de Collor.
Disse o deputado, que a praça pública era maior que as ruas e que Collor não era mais presidente. Teria este se tornado um fantasma, mas um fantasma que provocava inflação, desemprego, queda da bolsa e que devia ser exorcizado. O cidadão havia votado em Collor, mas acordara e estava nas ruas. Na Câmara, se não votassem o impeachment seriam considerados cúmplices.
Agora não temos governo, mas um fantasma que provoca um cortejo de desgraças para o País. Os cidadãos acordaram.  É hora do Congresso relembrar que a praça pública é maior que as urnas. Caso contrário, os parlamentares serão cúmplices.

21 de agosto de 2015
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga