"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

AO INVÉS DE CEVADA, CERVEJAS DA AMBEV SÃO FEITAS À BASE DE MILHO. VOCÊ SABIA?



Circula com sucesso na internet uma denúncia baseada em matéria da revista Exame, mostrando a adulteração das cervejas brasileiras mais vendidas.

Entre as mais conhecidas, apenas as da marca Baden, as Colorado, a Bavária Premium, a Cevada Pura, as Eisenbahn, a Heineken, a La Brunette, a Paulistânia, a Schimitt Ale e a Therezopolis Gold são as nacionais produzidas com puro malte de cevada – ou seja, cervejas de fato.

As demais levam 45% de milho, limite máximo permitido em lei, mas querem aumentar essa percentagem.
Confira a denúncia:

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JÁ PROVOU CERVEJA DE MILHO?

Já provou cerveja de milho? Se você já bebeu Bohemia, Skol, Antárctica ou Nova Schin, por exemplo, a resposta é sim. Todas elas levam na sua receita até 45% de milho – substituto barato da cevada maltada, ingrediente da receita original desta nobre bebida.

Já se sabe dessa malandragem pelo menos desde o ano passado, quando uma pesquisa da USP e da Unicamp analisou as cervejas brasileiras e constatou que as cervejarias nacionais usam nos seus produtos quase 45% de milho, limite máximo permitido por lei.
A novidade, noticiada pela Folha, é que as cervejarias estão batalhando para colocar ainda mais milho na sua cerveja – até 50%. Seria a verdadeira cerveja de maizena.

A cerveja é a bebida mais antiga que a humanidade produziu. E ela sempre foi feita de cevada, primeiro cereal que o homem plantou e colheu. E esse pioneirismo do grão talvez não seja coincidência – estudiosos da revolução do neolítico (período em que desenvolvemos a agricultura, há de 10 mil anos), consideram a hipótese de o homem ter desenvolvido as primeiras técnicas agrícolas justamente para fabricar cerveja. Se você leu o Almanaque das Drogas, já sabe disso.

Na era medieval, a Europa começou a ter problema de intoxicação por causa de cervejas feitas com ingredientes duvidosos e monges alemães que fabricavam cerveja baixaram um decreto com os ingredientes essenciais e obrigatórios da cerveja – e lá estava o malte de cevada como único grão aceito. É dele que vem o açúcar que as leveduras usam na fermentação para produzir álcool e gás carbônico. Quando se muda o grão que as leveduras “comem”, muda também o sabor do produto final.

Os mestres cervejeiros daqui apelam para essa mistura porque a produção de cevada brasileira é pequena, e nosso know how sobre o processo de maltagem é baixo. Então praticamente todo malte usado em nossas cervejas é importado e, logo, caro. Então eles colocam milho para deixar a cerveja mais barata. Uma grande sacanagem com o consumidor. Porque cerveja com mais milho é menos cerveja. Não tem saída, ela fica diferente mesmo. Só não dá para dizer que fica pior porque tem gosto para tudo – quem sabe você não gosta mesmo é do fermentado de milho?

E O PREÇO?

A sacanagem é ainda mais cruel se levarmos em conta algumas questões econômicas. A primeira é que já pagamos um preço absurdamente caro por uma garrafa de cerveja.
Em São Paulo e Rio de Janeiro não é difícil achar um bar que venda 600 ml por R$ 8.
A outra questão é que a Ambev, produtora das marcas mais vendidas do país, é dona da 4a maior margem de lucro sobre a venda entre as empresas brasileiras. De cada R$ 100 vendidos pela cervejeira, R$ 49,80 é lucro.*

Isso quer dizer que eles não precisam piorar a cerveja para manter seu negócio lucrativo. Os donos da Ambev são os homens mais ricos do país – Jorge Paulo Leman, sócio majoritário, tem uma fortuna de R$ 38 bilhões.
Esses comerciantes de drogas poderiam ganhar um pouquinho menos por garrafa para manter nossa cerveja ruim como já é.
Não precisava piorá-la. Mas eles preferem fazer isso a ganhar alguns centavos a menos. E ainda acham que só os fabricantes de drogas ilícitas é que são malvados e gananciosos, capazes de “malhar” seus produtos.

28 de outubro de 2013
Manoel Vidal

CONFIRMADO: PARTIDO SOLIDARIEDADE, DE PAULINHO DA FORÇA, TEVE FESTIVAL DE ASSINATURAS FALSAS




Deu no Correio Braziliense

Novo levantamento realizado pelo Correio Braziliense expõe um festival de falsificações de fichas de apoio necessárias para a criação do Solidariedade e evidencia que o golpe se espalhou por vários cartórios eleitorais do Distrito Federal.

O partido alega que foi vítima de sabotagem. A tese propagada pelas lideranças é de que infiltrados tinham entregue os documentos falsos para prejudicar a criação da legenda.
No entanto, documento obtido pelo Correio desmonta a justificativa da legenda ao apontar que vários lotes de fichas com assinaturas falsas, incluindo os nomes de dois mortos, foram entregues à Justiça Eleitoral pelo motorista Luiz Carlos Moura, lotado no gabinete do presidente do Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Moura confirmou que entregou as fichas no cartório da Asa Norte e no de Águas Claras.

Nos novos lotes analisados, o ouvidor-geral do TCU, Eduardo Dualibe Murici; o presidente nacional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Haroldo Pinheiro Villar; e até o dono de um cartório em Florianópolis foram vítimas da fraude ignorada pela Justiça Eleitoral.
Há situações em que a mesma pessoa assinou mais de uma ficha de apoio. Em todos os casos, novamente, os “apoiadores” alegam que nunca assinaram absolutamente nenhum documento de apoio à nova legenda. Além disso, são ou foram filiados ao Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Diante de novas evidências de fraude na criação do Solidariedade, a Polícia Federal prorrogará a investigação iniciada no mês passado em Brasília. O ouvidor-geral do TCU afirmou que alguns colegas tinham o alertado que seu nome constava na lista de apoiadores. “Jamais apoiaria.
Nunca assinei nada. Isso pode me causar problemas”, relatou Eduardo Dualibe. O presidente da Associação dos Tabeliães de Florianópolis e dono de um cartório, Naurican Ludovico Lacerda, ficou surpreso quando foi informado de que o nome dele constava como apoiador do novo partido. Ele foi servidor do Senado até fevereiro de 2010.
O Protocolo nº 14.039 mostra que o Solidariedade entregou a assinatura falsa no cartório da Asa Norte.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Enquanto isso, o partido de Marina Silva teve rejeitadas assinaturas a mancheias, como se dizia antigamente. No TSE não vale o ditado de “pau que dá em Chico dá em Francisco”. (C.N.)

28 de outubro de 2013

A INEVITABILIDADE DA 3a. INTIFADA NA PALESTINA


 A diplomacia norte-americana, que vem sofrendo fracasso após fracasso no Oriente Médio, enfrenta agora a possibilidade de mais um fracasso gigante, que ameaça fazer ruir de uma vez toda a estratégia da Casa Branca para aquela região. Veem-se a cada dia sinais cada vez mais claros, de que o indolente processo da reconciliação palestinos-israelenses, que por hora permanece nas sombras, pode ser rompido a qualquer momento, e converter-se na fase mais quente de uma 3ª Intifada.

Tendo arrogantemente posto de lado o “quarteto” de mediadores, Washington nada obteve em termos de reconciliação, e isso pode levar a mais dores e dificuldades no novo Oriente Médio. Para vários especialistas, ao fazer do processo de paz no Oriente Médio sua absoluta prioridade, o secretário de Estado Kerry elevou de tal modo a aposta que, “se seus esforços derem em nada, demorará muito tempo para que outro volte a tentar”.
 
Elliott Abrams, por exemplo, que foi alto funcionário do Conselho de Segurança Nacional do governo do presidente George W. Bush, disse que não vê possibilidade realistas de que, agora, se possa alcançar qualquer tipo de acordo. “Só espero que haja duas equipes do Departamento de Estado: uma para manter as conversações; e a outra para planejar o que fazer quando as conversações derem em nada” – disse ele.
 
ÚNICO MEDIADOR
 
As ações do “único mediador” deliberadamente condenaraM  as negociações ao fracasso.
Os EUA usaram um truque simples: prometeram aos dois lados que atenderiam todas as respectivas “demandas legítimas”, e ofereceram cartas de garantia a israelenses e palestinos.
Os EUA prometeram aos palestinos que negociariam usando, como base, as fronteiras de 1967; e prometeram a Israel que as fronteiras finais não seriam as de 1967.

Os palestinos reclamam que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, lhes garantiu a inviolabilidade das fronteiras de 1967; e que só por isso aceitaram retomar o processo de paz. Agora, os norte-americanos refutam essa informação. Netanyahu também nega a existência de tais cartas de garantias.

Washington concordou, essencialmente, com o que o primeiro-ministro israelense exigiu (que não se discutissem, nas negociações, as questões das fronteiras de 1967 nem a divisão de Jerusalém.
Como Noam Sheizaf escreveu no jornal israelense Maariv, os esforços de John Kerry para mostrar algum tipo de resultado de suas atividades no Oriente Médio levaram-no a trair os acordos fundamentais firmados durante o doloroso processo de negociação (que começou com o programa de Clinton e terminou com o “mapa do caminho”).

Segundo especialistas, “Netanyahu também enganou os americanos (quem pagará o preço dessa vitória de Pirro é outra história). Depois de três anos de obstinação, o governo Obama cedeu e aceitou que se anulassem todos os acordos já firmados antes entre as partes, durante as negociações em Taba e Annapolis”.

No momento, Netanyahu não está tão preocupado com a posição de Washington, mas com as ações independentes da negociadora israelense oficial, a ministra da Justiça Tzipi Livni, indicada por insistência dos norte-americanos e que tende a tomar posições mais suaves que as do primeiro-ministro.

Tzipi Livni apóia a ideia de dividir Jerusalém; Netanyahu opõe-se totalmente. Livni pode vir a aceitar a demolição parcial das construções israelenses em territórios palestinos ocupados; Netanyahu insiste em que as construções nas colônias são intocáveis.
Livni está disposta a aceitar o uso de forças internacionais no vale do Jordão; Netanyahu insiste na presença de forças israelenses.

Mas os medos do primeiro-ministro de Israel são muito exagerados.
Livni tem de conseguir aprovação do chefe de governo, para as posições que defenda, o que implica que o governo tem a palavra final. Além disso, Yitzhak Molcho, representante pessoal de Netanyahu, participa de todas as negociações e monitora as ações de Livni.

SEM PERSPECTIVAS
 
No campo palestino, ninguém, tampouco, conta com alguma possibilidade de sucesso. “Decidimos reagir positivamente aos pedidos infindáveis dos EUA para que se reiniciasse o tal ‘processo de paz’, para satisfazê-los e evitar possíveis acusações de que estaríamos fazendo alguma política de recusa eterna” – admitiu um dos negociadores da OLP.

Os palestinos sabem que, na atual situação, “Israel jamais concordará em devolver a terra que roubou na guerra de 1967, nem, e muito menos, em admitir o retorno dos refugiados palestinos”.
Os palestinos, sobretudo, entendem que, levando-se em conta os sentimentos que hoje predominam em Israel, “qualquer governo israelense que aceite devolver a Cisjordânia e retirar-se de volta para as fronteiras de 4/6/1967 estará cometendo suicídio político.”

É verdade que, resultado de muitos anos de propaganda, a grande maioria dos israelenses não estão inclinados a apoiar qualquer concessão aos palestinos.

A diplomacia norte-americana, que vem sofrendo fracasso após fracasso no Oriente Médio, enfrenta agora a possibilidade de mais um fracasso gigante, que ameaça fazer ruir de uma vez toda a estratégia da Casa Branca para aquela região. Veem-se a cada dia sinais cada vez mais claros, de que o indolente processo da reconciliação palestinos-israelenses, que por hora permanece nas sombras, pode ser rompido a qualquer momento, e converter-se na fase mais quente de uma 3ª Intifada. Tendo arrogantemente posto de lado o “quarteto” de mediadores, Washington nada obteve em termos de reconciliação, e isso pode levar a mais dores e dificuldades no novo Oriente Médio. Para vários especialistas, ao fazer do processo de paz no Oriente Médio sua absoluta prioridade, o secretário de Estado Kerry elevou de tal modo a aposta que, “se seus esforços derem em nada, demorará muito tempo para que outro volte a tentar”. Elliott Abrams, por exemplo, que foi alto funcionário do Conselho de Segurança Nacional do governo do presidente George W. Bush, disse que não vê possibilidade realistas de que, agora, se possa alcançar qualquer tipo de acordo. “Só espero que haja duas equipes do Departamento de Estado: uma para manter as conversações; e a outra para planejar o que fazer quando as conversações derem em nada” – disse ele.[1]

As ações do “único mediador” deliberadamente condenara  as negociações ao fracasso. Os EUA usaram um truque simples: prometeram aos dois lados que atenderiam todas as respectivas “demandas legítimas”, e ofereceram cartas de garantia a israelenses e palestinos.
Os EUA prometeram aos palestinos que negociariam usando, como base, as fronteiras de 1967; e prometeram a Israel que as fronteiras finais não seriam as de 1967.
Os palestinos reclamam que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, lhes garantiu a inviolabilidade das fronteiras de 1967; e que só por isso aceitaram retomar o processo de paz. Agora, os norte-americanos refutam essa informação. Netanyahu também nega a existência de tais cartas de garantias.

Washington concordou, essencialmente, com o que o primeiro-ministro israelense exigiu (que não se discutissem, nas negociações, as questões das fronteiras de 1967 nem a divisão de Jerusalém. Como Noam Sheizaf escreveu no jornal israelense Maariv, os esforços de John Kerry para mostrar algum tipo de resultado de suas atividades no Oriente Médio levaram-no a trair os acordos fundamentais firmados durante o doloroso processo de negociação (que começou com o programa de Clinton e terminou com o “mapa do caminho”).

Segundo especialistas, “Netanyahu também enganou os americanos (quem pagará o preço dessa vitória de Pirro é outra história). Depois de três anos de obstinação, o governo Obama cedeu e aceitou que se anulassem todos os acordos já firmados antes entre as partes, durante as negociações em Taba e Annapolis”.

No momento, Netanyahu não está tão preocupado com a posição de Washington, mas com as ações independentes da negociadora israelense oficial, a ministra da Justiça Tzipi Livni, indicada por insistência dos norte-americanos e que tende a tomar posições mais suaves que as do primeiro-ministro. Tzipi Livni apóia a ideia de dividir Jerusalém;
Netanyahu opõe-se totalmente. Livni pode vir a aceitar a demolição parcial das construções israelenses em territórios palestinos ocupados; Netanyahu insiste em que as construções nas colônias são intocáveis. Livni está disposta a aceitar o uso de forças internacionais no vale do Jordão; Netanyahu insiste na presença de forças israelenses.
Mas os medos do primeiro-ministro de Israel são muito exagerados. Livni tem de conseguir aprovação do chefe de governo, para as posições que defenda, o que implica que o governo tem a palavra final. Além disso, Yitzhak Molcho, representante pessoal de Netanyahu, participa de todas as negociações e monitora as ações de Livni.

No campo palestino, ninguém, tampouco, conta com alguma possibilidade de sucesso. “Decidimos reagir positivamente aos pedidos infindáveis dos EUA para que se reiniciasse o tal ‘processo de paz’, para satisfazê-los e evitar possíveis acusações de que estaríamos fazendo alguma política de recusa eterna” – admitiu um dos negociadores da OLP.
Os palestinos sabem que, na atual situação, “Israel jamais concordará em devolver a terra que roubou na guerra de 1967, nem, e muito menos, em admitir o retorno dos refugiados palestinos”.
Os palestinos, sobretudo, entendem que, se se levam em conta os sentimentos que hoje predominam em Israel, “qualquer governo israelense que aceite devolver a Cisjordânia e retirar-se de volta para as fronteiras de 4/6/1967 estará cometendo suicídio político.” 

É verdade que, resultado de muitos anos de propaganda, a grande maioria dos israelenses não estão inclinados a apoiar qualquer concessão aos palestinos. Resultados de pesquisa feita no país, com 4.774 respondentes, são desanimadores. 70% dos pesquisados, por exemplo, sentem que não faz sentido algum assinar qualquer tratado de paz com o governo de Mahmud Abbas. Apenas 17,5% dos respondentes entendem o contrário disso.
Mais de 87% creem que não será possível chegar à assinatura de um tratado de paz entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina, como resultado das atuais negociações. Só 2% creem que tal resultado seja possível. 73% entendem que o conflito Israel-Palestino jamais terá solução. 14,5% entendem que, sim, chegará ao fim; mas só depois de 2030.
Uma das perguntas dessa pesquisa foi: “Que concessões você considera aceitáveis, em nome de alcançar-se um acordo de paz com o governo da Autoridade Palestina?”
Cerca de 48% responderam “Nenhuma”. 1,5% consideram aceitável a volta dos refugiados palestinos ; 2,4% consideram aceitável a completa evacuação de toda a população de judeus da Cisjordânia; 3,1% consideram aceitável o retorno às fronteiras de 1967; e menos de 7% dos entrevistados consideram aceitável dividir Jerusalém.

Essas reações e pensamentos são alimentados por argumentos doutrinários dos estrategistas israelenses. Merece destaque um relatório preparado pelo Centro Begin-Sadat (BESA) para Pesquisa Estratégica, que leva o característico título de “O Tempo corre a favor de Israel”.
O relatório argumenta que a vantagem de Israel sobre os adversários regionais, em termos de medidas agregadas de poder nacional, jamais foi tão ampla quanto hoje, e que essa tendência continuará no longo prazo. Em vasta medida, essa situação foi consequência da desestabilização de países vizinhos, depois da “Primavera Árabe”.
Os argumentos do campo da esquerda em Israel, para um rápido acordo da questão palestina, podem ser considerados sem substância. Não há qualquer real ameaça contra Israel e, assim, não se vê qualquer necessidade, para Israel, de fazer concessões.

O desacordo entre os países árabes e o Irã cresceu ao ponto de que a preocupação deles com a questão palestina foi deslocada para o fundo da cena, e eles vão-se tornando potenciais aliados de Israel. Essa é a razão pela qual Telavive insiste tanto sobre ‘a ameaça iraniana’.
Depois de 65 anos de existência, Israel já pode confiar que superará os desafios que apareçam pela frente. “Por mais que a paz seja desejável, não é condição necessária para a sobrevivência” – conclui Efraim Inbar, autor do relatório do BESA Center.[2]

Não surpreende que algumas das sugestões de Israel, nesse ponto das negociações, sejam deliberada e acintosamente inaceitáveis, para não dizer que são acintosamente zombeteiras.
Por exemplo, segundo informação do jornal Maariv, nas negociações com os palestinos, os israelenses têm planos de oferecer um acordo parcial, sob o princípio da “anexação em troca de anexação”.
Na essência, Israel oferecerá anexar parte da Cisjordânia ao sul (Gush Etzion), em troca de Israel transferir parte do território da Cisjordânia ao norte (na área de Shechem), hoje sob controle dos israelenses da Autoridade Palestina. Em outras palavras, Israel oferece aos palestinos não território israelense, como definido nos acordos de Camp David em 2000 e de Annapolis em 2008, mas… território palestino! O próprio Ariel Kachane, autor do artigo, admite que há poucas chances de os palestinos aceitarem essa oferta.

O jornal pan-árabe Al-Hayat noticia que Israel insiste em manter o controle e a presença de soldados israelenses no vale do rio Jordão; quer criar estações de alerta ao longo do rio; monitorar a movimentação de pessoas entre a Cisjordânia e a Jordânia; e preservar as bases militares nos pontos mais altos da Cisjordânia.
O vale do Jordão seria parte do futuro estado palestino, mas será transferido a Israel, em ‘empréstimo’ de longo prazo. Os israelenses continuam a insistir que toda a fronteira com a Jordânia permaneça sob controle do exército de Israel.

Naturalmente, todas essas sugestões são absolutamente inaceitáveis para os palestinos. Na Assembleia Geral da ONU, o presidente palestino [Abbas] disse claramente que só há acordo possível, nas fronteiras de 1967.
Os palestinos recusam-se a “entrar no sorvedouro de um novo acordo provisório que vai eternizando” – disse Abbas. “Nosso objetivo é obter acordo amplo e permanente, e um acordo de paz entre os estados da Palestina e de Israel que decida todas as grandes questões e responda todas as perguntas; que nos permita declarar oficialmente o fim do conflito e das exigências.”
E alertou que essa, provavelmente, é a última oportunidade para que Israel e Palestina decidam o conflito pela via pacífica.[3]

Nos dois campos vai-se instalando a conclusão de que é cada dia mais inevitável o início de uma terceira Intifada. O jornal israelense Haaretz escreveu que “Se o processo de negociação desandar completamente, por causa da inabilidade de Netanyahu, incapaz de enfrentar a pressão dentro de seu partido, começarão os tumultos nos territórios, que podem converter-se numa nova Intifada”.

O atual governo de Israel está convicto de que se se mantiver irredutível, acabará por conseguir impor-se. De fato, não há dados de realidade que justifiquem toda essa autoconfiança; afinal, os desafios que aguardam Israel podem ser mais assimétricos. Um novo levante palestino é perfeitamente capaz de complicar muito a situação em toda a região e de gerar graves perdas econômicas e diplomáticas para Telavive.

Como alerta o Haaretz, Netanyahu está pondo seu país em risco. Tradicionalmente, o fracasso de negociações sempre foi o gatilho para o início de mais uma onda de violência no Oriente Médio. O fracasso dessa específica rodada de negociações, escreve o jornal, “comprometerá ainda mais o status de Israel. O mundo está farto de ocupações, e nenhuma explicação, nunca mais, conseguirá eximir Israel de sua responsabilidade.”

28 de outubro de 2013
Dmitry Minin


Strategic Culture
 

MUITA GRAVATA, POUCO MIOLO

 

1 – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, ordenou a retirada de abrigos de ônibus com cobertura e assentos para passageiros e sua substituição por postes de madeira, sem lugar para sentar, sem proteção contra o tempo.

Para isso, está pagando R$ 146 milhões – e de onde o engravatado tiraria tanto dinheiro para confiscar o conforto dos passageiros, a não ser aumentando impostos?

Este colunista, em todo seu tempo de jornalismo, já viu de tudo – inclusive obras desnecessárias, a preços absurdos. Mas tirar o que existe e funciona e trocá-lo por um pedaço de pau pintado, e ainda pagar por isso, é a primeira vez.

2 – O cartel de empresas multinacionais para superfaturar equipamentos do Metrô e dos trens metropolitanos de São Paulo começou no Governo Mário Covas, do PSDB, e sobreviveu, sempre próspero e viçoso, aos sucessivos Governos tucanos, inclusive o de Geraldo Alckmin, o atual governador.

Há denúncias de pagamento de propinas a altos funcionários. CPI na Assembléia? Nem pensar: a maioria tucana a rejeita. CPI no Congresso? Nem pensar: sabe-se lá por que motivo, o PT e seus aliados não querem nada com ela.
Então, o governador Geraldo Alckmin resolveu agir: sancionou a Lei 15.170/13, que cria o Dia Estadual do Ovo. O engravatado decidiu comemorá-lo na segunda sexta-feira de outubro.

Mas ninguém pense que o petista Haddad e o tucano Alckmin são iguais. Ambos amam a pompa do poder. Mas Haddad se preocupa em manter o penteado na moda. Alckmin não tem essa preocupação, por falta de matéria-prima.
Industrial industrioso

Por falar em matéria-prima, preste atenção no presidente da Federação das Indústrias e candidato do PMDB ao Governo paulista, Paulo Skaf: na continuação da testa, onde havia amplo aeródromo para mosquitos bem-postos na vida, foi manufaturada uma bela cabeleira.
Em termos econômicos, ganha a indústria de pentes. E perde a de pó compacto usado na TV para tirar reflexos.
Acredite se quiser

Marina Silva deu entrevista ao vivo no Roda-Viva, da TV Cultura. A TV Brasil, oficial, que retransmite Roda Viva, teve problemas técnicos bem nessa hora, veja! e acabou passando um programa antigo.
Ah, esses problemas técnicos!
O lado de lá

O general Newton Cruz, chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações no Governo Figueiredo, quer publicar sua biografia. Segundo o portal gaúcho Espaço Vital (www.espacovital.com.br), busca uma editora. Este colunista já entrevistou o general na Rede Bandeirantes de TV.
Na ocasião, embora tenha tido tratamento gentil, o general saiu furioso com as respostas que não deu.
Os donos…

O bicheiro João Arcanjo Ribeiro, “Comendador Arcanjo”, foi condenado nesta semana a 19 anos de prisão, pelo assassínio de Sávio Brandão, do jornal Folha do Estado, de Mato Grosso. O crime ocorreu em Cuiabá, em 2002.
O detalhe: quem deu o título de comendador ao assassino foi a Assembleia Legislativa.
…do poder

O Conselho Nacional de Justiça determinou a aposentadoria do desembargador Bernardino Lima Luz, de Tocantins. Segundo o CNJ, “o desembargador incidiu em violação do dever de manter conduta irrepreensível na vida pública e particular”. Usou o cargo de corregedor-geral de Justiça para obter vantagens, favoreceu interesse próprio ou alheio, patrocinou interesses privados diante da administração pública, participou de associação para praticar atos ilícitos e ameaçar autoridades.
E em que consiste a dura pena que lhe foi imposta? Ele não precisará trabalhar e receberá salário proporcional ao tempo de atividade.
Ministra Gleisi!

Eduardo Gaievski, assessor da Casa Civil da Presidência, chefiada pela ministra Gleisi Hoffmann, cotadíssimo para coordenar a campanha da chefe ao Governo do Paraná, foi preso pela acusação de abusar sexualmente de menores. Agora foram presos seu filho, André, e seu advogado, Fernando Borges, acusados de coagir testemunhas. A Polícia testemunhou a entrega de dinheiro por ambos às mães de duas das jovens citadas como vítimas de Gaievski, e prendeu-os.
Gleisi, apesar dos aliados, mantém a candidatura ao Governo do Estado pelo PT.
A política de verdade

César Maia, DEM, bom analista, ex-governador do Rio e candidato a retornar, avalia o lançamento do goiano Ronaldo Caiado à Presidência – não para ganhar, mas para marcar posição. As vantagens: a candidatura interessa a todos. A Dilma, por evitar que o tempo de TV do DEM vá para os outros candidatos. A Aécio, por aumentar a probabilidade de segundo turno. Ao DEM, por colocar seu número na TV e assim eleger mais deputados.
As desvantagens: a candidatura prejudica também a todos. A Aécio, por perder a oportunidade de crescer na área do agronegócio e de ganhar mais tempo na TV. A Eduardo Campos, pois Caiado é bom de debate e poderia atingir sua aliança com Marina. E ao DEM, que perderia a chance de indicar o vice na chapa de Aécio. Aí é balancear vantagens e desvantagens e agir em consequência. É assim que se faz o cálculo na política.

28 de outubro de 2013
Carlos Brickmann é jornalista e consultor de comunicação.

FIM DO CAMINHO

Líder dos “Black Blocs” admite pertencer ao grupo as bananas de dinamite apreendidas em SP

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, precisa tomar pulso e agir com firmeza e dentro do que determina a legislação vigente contra os baderneiros de aluguel que se autodenominam “Black Blocs” e têm destruído a maior cidade brasileira durante manifestações.

Na última sexta-feira (25), os marginais depredaram o terminal de ônibus Parque Dom Pedro II, destruíram dez ônibus, assaltaram comerciantes locais e agrediram o coronel Reynaldo Rossi, da Polícia Militar, comandante do Comando de Policiamento de Área Metropolitana 1. Rossi teve a clavícula quebrada pelos baderneiros e foi levado por policiais ao Hospital das Clínicas.

O movimento anarquista Ação Direta informou que são do grupo as 119 bananas de dinamite apreendidas pela polícia paulista em Guarulhos, na última quarta-feira (23).
O jornalista Leonardo Morelli, que se apresenta como líder e porta-voz do grupo, afirma que elas foram fabricadas artesanalmente. A Ação Direta promete um “dia de fúria” em novembro, informa o jornalista Leonel Rocha da revista “Época”.

Há algumas semanas, integrantes do movimento cooptavam jovens na capital paulista para treinamento no estado de Mato Grosso, ministrado por milicianos bolivarianos e membros das Farc. Se o governo de São Paulo, como um todo, não der uma resposta à altura da ousadia dos manifestantes, a mais importante cidade brasileira será transformada em palco de guerra.
Os paulistanos não mais suportam a onda de violência patrocinada por esses criminosos, que agem a mando de poderosos que se interessam pela instalação do caos.

28 de outubro de 2013
ucho.info

UM BOM PAPO ENTRE CONSTANTINO E LOBÃO


Quando tiverem tempo - são quase duas horas de papo - vale a pena assistir. Não há nada de novo que ainda não tenha sido dito, mas é confortante ver que as vozes racionais da direita liberal são cada vez mais ouvidas e principalmente respeitadas como ameaças concretas à hegemonia dessa falsa elite intelectual esquerdopata que se arvora em dona da verdade e que tomou de assalto o país.
 
Como bem diz o Full, é fundamental para quem é de oposição ecoar à exaustão as boas alternativas ao que aí está como poder constituído e não ficar inutilmente tentando achar pelos em ovos, discutindo se Marinas e que tais que se apresentam por aí, tão medíocres e mentirosos quanto ela, são opções que valem a pena, porque, definitivamente, não valem nada: ou são farinhas do mesmo saco ou são covardes que se borram de medo de assumir posições de uma oposição de fato e perder prestígio junto ao podre poder vigente. São caçadores de "boquinhas".

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=NQRY7vh5cls

28 de outubro de 2013

BRASIL, ESTRANHO BRASIL...


Deu no Ancelmo que depois da polêmica na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, onde a delegação oficial do Brasil tinha um único escritor negro, Paulo Lins, vem aí de 15 a 17 de novembro, em São Paulo, a Flink Sampa Afroétnica.
Além de Paulo Lins, a festa literária negra terá, entre outros, Ana Maria Gonçalves, Nei Lopes, Joel Rufino dos Santos e Joel Zito Araújo. Seu curador literário, Uelinton Farias Alves, diz que o evento quer dar visibilidade aos escritores negros, sem espaço para preconceito.
- Se há algum escritor não negro que produza algo de valor na nossa temática, então ele está integrado.
Aliás, participarão os escritores brancos Margarida Patriota, autora de uma biografia do poeta negro Cruz e Souza, e Péricles Prade, presidente da Academia Catarinense de Letras, que tem Cruz e Souza (negro) como patrono.
Isso pode, mas se eu quiser organizar a Flato (Feira do Livro Arianoétnico e Todos os Outros), eu sou preso sem direito a fiança...
 
28 de outubro de 2013

OPOSIÇÃO AVANÇA NA ARGENTINA E DEFLAGRA O PRIMEIRO CAPÍTULO DO FIM DA ERA KIRCHNER

 

(DPA)

Situação difícil – A oposição argentina foi a grande vencedora das eleições legislativas do domingo (27). O principal candidato oposicionista, Sergio Massa, da coligação peronista-conservadora Frente Renovadora, venceu com ampla vantagem na província de Buenos Aires, a mais populosa do país.

O também conservador Proposta Republicana (PRO), partido do prefeito da capital, Mauricio Macri, saiu vitorioso na cidade de Buenos Aires e elegeu senadores pela primeira vez. Logo após a divulgação dos primeiros resultados, ainda na noite de domingo, Macri anunciou que é candidato à presidência em 2015.

Massa não foi tão longe, mas seu discurso após a convincente vitória da sua coligação estava permeado de alusões que levam a crer que ele também concorrerá à Casa Rosada.

No total, o “kirchnerismo” perdeu em 15 dos 24 distritos (incluindo os cinco mais importantes), mas conseguiu manter-se como principal força no Congresso. As eleições renovaram metade da Câmara dos Deputados (127 assentos) e um terço do Senado (24 cadeiras).
Em termos percentuais, 68% dos argentinos votaram contra os candidatos da presidente Cristina Fernández de Kirchner.

Nesse novo cenário político a presidente argentina não perdeu a maioria no Congresso, mas a vantagem tornou-se ainda mais apertada. Isso obrigará Cristina de Kirchner a negociar de forma mais intensa para tentar aprovar matérias de seu interesse, como a mudança na Constituição que lhe garanta um terceiro mandato.
Mesmo antes das eleições parlamentares, a mandatária argentina já vinha recorrendo a alguns integrantes da oposição para conseguir aprovar no parlamento alguns projetos de interesse do governo.
Governo vê vitória

Kirchner filia-se à tradição de Juan Domingo Perón, um dos políticos mais importantes da história do país. Nos anos 1940, ele colocou-se à frente de um movimento de forte apelo popular, criando um estilo político desde então conhecido como peronismo. Este caracteriza-se por ter um líder – ou uma líder – populista, de amplo apoio popular, e que atua em favor das “pessoas simples”.

As eleições primárias em agosto produziram uma amarga derrota para a coalizão de governo. No domingo, a tendência se confirmou, e o “peronismo de esquerda” da Frente para la Victoria (FPV) sofreu outro duro golpe. Ainda assim, a coalizão governista mantém uma frágil maioria nas duas casas do Parlamento, o suficiente para o governo interpretar o resultado das eleições como uma vitória.

O vice-presidente Amado Boudou fez questão de expressar euforia ao falar no comitê central de campanha da FPV. “É com alegria que constatamos ser a principal força política do país, antes e depois destas eleições”, afirmou. Ele admitiu derrotas significativas em algumas províncias, mas disse que a FPV vai recuperá-las.

Trata-se de uma visão bem otimista, já que os “kirchneristas” foram derrotados nas cinco principais províncias do país: a capital, a província de Buenos Aires e as províncias nortistas de Córdoba, Mendoza e Santa Fé.

Fim da era Kirchner

Com o resultado das eleições, uma coisa é certa: Kirchner não terá um terceiro mandato. A FPV não possui mais a maioria necessária para propor uma emenda constitucional que permitiria uma segunda reeleição.

O principal candidato governista, Martín Insaurralde, fracassou nas eleições. Ele concorria como principal deputado na Província de Buenos Aires.
A presidente não pôde tomar parte na campanha, pois submeteu-se a uma cirurgia de emergência e precisou ficar em repouso absoluto. Kirchner não pôde nem mesmo viajar até seu domicílio eleitoral em Rio Gallegos, na Patagônia, para votar.

A saúde debilitada da chefe de Estado e o mau resultado nas urnas levaram alguns observadores a decretar o fim da era Kirchner. Ela e seu falecido marido e antecessor, Néstor Kirchner, governaram o país durante dez anos.
O “modelo” dos Kirchner, uma combinação de intervencionismo estatal e protecionismo feroz, não é mais atraente para muitos argentinos.
Uma nova classe média, que não se sente ligada ao peronismo, busca alternativas. Massa e Macri, os vencedores do pleito do domingo, beneficiaram-se dessa tendência.
Próxima campanha já começou

Sergio Massa, de 41 anos, usou um discurso marcado por declarações típicas de um estadista. Ele enfatizou que “o futuro é mais importante do que o passado, por isso convoco todas as forças políticas a pensar numa política nacional.
Deixemos para trás as discórdias e pensamentos mesquinhos e nos voltemos para projetos concretos que estejam além dos interesses partidários”.

No entanto, ainda é incerto até que ponto as duas forças estarão de fato dispostas a trabalhar juntas. Após as eleições, Macri não perdeu a oportunidade de provocar seus potenciais adversários, e anunciou que nenhum político que já fez parte do governo concorrerá em 2015 pelo seu partido, o PRO. “Não iniciamos essa trajetória para manter os mesmos elementos que aí estão.
Queremos uma mudança verdadeira”, afirmou, em alusão ao fato de Massa ser um antigo integrante do governo Kirchner.

(Com informações da DW)

28 de outubro de 2013
ucho.info

MUNDO, ESTRANHO MUNDO...


 
 
28 de outubro de 2013

MARINA SILVA, ALÉM DE SER CHATA, QUER ENGANAR QUEM...

 
Quiuspariu! Se algum dia Marina Silva for eleita presidente haverá suicídios em massa de brasileiros, por desespero, a cada pronunciamento dela. Como é chata a pequenina!
 
Eu sabia que não devia, mas acabei não resistindo à tentação de tentar assistir o vídeo da entrevista que Marina deu ao Jô Soares. Não aguentei dez minutos, dos quais durante sete deles ela não parou de falar, com aquela voz de taquara rachada monocórdia que lhe é característica e leva qualquer um à exasperação.
 
Mas o pior não é a voz irritante, que fica ainda mais chata pelo português excessivamente formal que ela usa - parece que ela está sempre lendo uma sentença escrita por algum juiz prolixo -, e sim o absurdo da sua argumentação. A pergunta do Jô que deu ensejo a esses sete minutos de sofrimento foi por que ela havia escolhido o PSB, só isso. E não é que durante todo esse tempo ela conseguiu citar um só motivo - o Código Florestal -, e furado? Basta ver a destruição da natureza proporcionada pelo governo de Eduardo Campos em Pernambuco para concluir que, mais uma vez, Marina quer fazer todo mundo de trouxa dando uma de joão-sem-braço.
 
De mais a mais, um candidato que só tem um objetivo, digo, uma obsessão, no caso dela, as florestas e suas implicações, só pode, no máximo, almejar ser eleito pajé de alguma tribo perdida.
 
Limitada, sente-se que Marina faz um esforço danado através dessa formalidade na linguagem para parecer inteligente e palatável. Em vão, pelo menos para mim, até porque esse discursinho decorado e furado não consegue encobrir suas ligações com poderosos grupos estrangeiros que querem transformar o Brasil em quintal do mundo enquanto enchem o bolso com a produção e venda sem concorrência das suas commodities agrícolas.
Sem contar seu marido, Fábio Vaz de Lima, que é suspeito de um desvio de R$ 44,2 milhões da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para a construção, em São Luís, de uma fábrica de autopeças que nunca saiu do papel.
O processo, que tem também Roseana Sarney e seu marido Jorge Francisco Murad Júnior como réus,  foi resultado de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal e denunciado em 2004.
 
28 de outubro de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
 
28 de outubro de 2013


TÁ TUDO DOMINADO


 Os bandalhos fingem fazer o que o povo quer e continuam na maior gandaia, certos de sua impunidade.

Tá bom a gente sabe que os black bostas conseguiram aquilo para o que são contratados: afastar a população indignada das ruas. Tá bom, pero no mucho.

Lá no Senado a canalhice continua a mesma de sempre. Os bandalhos fingem fazer o que o povo quer e continuam na maior gandaia, certos de sua impunidade.

Sabe aqueles cortes nas despesas, anunciados com pompa e circunstância? Pois foi só jogo de cena. estão contratando a torto e direito a gentalha que lambe suas botas por salários muito mais altos.

Botando conversa fora, discursando que estavam cortando gastos, os senadores resolveram demitir 512 terceirizados - gente sem qualificação outra que não seja ser capacho e cabo eleitoral - que tinham carga horária de oito horas. A explicação era que estavam enxugando gastos.

Agora, na surdina,  sem a mesma pavonice de antes o Senado começou o plano de recontratação dos mesmos funcionários exonerados. E de mão cheia: No ato de realocar 65 funcionários na Casa, o pernicioso Renan Calheiros permitiu que os salários fossem aumentados e a carga horária, reduzida.

Assim é que os mesmos profissionais voltam às atividades — o retorno começou no dia 18 de outubro — com salários maiores e jornada de trabalho bem menores. É só o começo. Logo eles chegarão aos 513 pobres demitidos na época em que o povo invadiu o Congresso e simbolicamente cuspiu na cara deles. Mas isso, se você está lembrado, foi antes dos black blocs entrarem em ação. Hoje, tá tudo dominado.
 
28 de outubro de 2013
sanatório da notícia

"A VARINHA MÁGICA DE DILMA

 

Ao longo da última semana, a presidente Dilma Rousseff declarou ao menos três vezes que seu governo está cumprindo os “cinco pactos” que ela propôs durante as manifestações de junho passado. Não é, portanto, algo casual. Dilma quer fazer o eleitor acreditar que o Brasil, graças à varinha mágica de seu governo, está hoje muito melhor do que há quatro meses.

Em uma das declarações, Dilma sublinhou que sua avaliação é “absolutamente baseada em fatos, em dados, objetiva”. A ênfase da presidente na solidez de sua argumentação parece ter a intenção de desmentir o fato, notório, de que seu governo habitualmente fantasia sobre suas ações e tortura números para que eles reflitam o cenário idealizado.

Mas a realidade, como sempre, desmente a ficção criada pelos marqueteiros do Planalto. O primeiro “pacto” que Dilma disse estar “sistematicamente” cumprindo é o da responsabilidade fiscal, que ela classificou como “a mãe dos outros pactos”. A presidente voltou ao assunto diversas vezes, afirmando que “é impossível fazer pactos e ao mesmo tempo quebrar o controle da inflação, a estabilidade fiscal e o montante de reservas”.

Dilma tem razão quando diz que todos os compromissos que ela assumiu dependem, em primeiro lugar, da responsabilidade fiscal. Trata-se de uma grande conquista do País, após décadas de gastança desenfreada e perda de credibilidade internacional. Aliás, foi justamente graças ao equilíbrio das contas públicas, obrigatório por lei a partir do ano 2000, que os governos petistas puderam incrementar os programas de transferência de renda que tanta popularidade lhes trouxeram.

Para provar que está cumprindo o “pacto” pela responsabilidade fiscal, Dilma afirmou que a inflação está “sob controle” e que o orçamento está “equilibrado”. Mas não é possível, por nenhum parâmetro razoável, dizer que uma inflação de 6% esteja “sob controle”. Dilma costuma dizer que essa variação de preços está “dentro da meta”, mas a meta é 4,5%, e a inflação está no limite da margem de tolerância – e só não subiu mais porque os combustíveis estão com seus preços represados.

Sobre as contas públicas, falar em “equilíbrio” é zombar da inteligência alheia. A contabilidade criativa da equipe econômica já ganhou fama mundo afora. Além dos truques, são cada vez mais necessários, para fechar as contas e cumprir as metas, os dividendos pagos por estatais e as receitas extraordinárias, como o bônus do leilão do Campo de Libra.

Assim como no caso da responsabilidade fiscal, os demais compromissos assumidos durante as manifestações de junho só estão sendo cumpridos no palanque. Dilma mencionou o “pacto” pela reforma política e tornou a defender a realização de um plebiscito sobre as eventuais mudanças – uma proposta que sua própria base no Congresso já rejeitou.

Outro “pacto” que Dilma disse ter cumprido é a melhoria da saúde. Para provar, citou o Programa Mais Médicos – um remendo eleitoreiro destinado a turbinar a candidatura do ministro Alexandre Padilha (Saúde) ao governo de São Paulo. Enquanto isso, o Ministério da Saúde investiu, até agosto, apenas 26,5% dos R$ 10 bilhões que estavam reservados para equipamentos e obras.

A presidente citou ainda, como compromisso cumprido, a melhoria da mobilidade urbana, algo que afinal estava no centro das reivindicações de junho. Na época, ela anunciou uma injeção de R$ 50 bilhões em projetos de transporte público. Mas seus próprios ministros agora admitem que essa meta não será cumprida, principalmente porque faltam projetos viáveis.

Por fim, Dilma mencionou o “pacto” pela educação e disse que este também está sendo obedecido, porque seu governo conseguiu destinar 75% dos royalties do petróleo para a melhoria desse setor. Um dos problemas é que essa destinação só vale para os contratos novos – e, na melhor das hipóteses, o dinheiro só começará a irrigar as salas de aula na próxima década. No entanto, o maior empecilho, como se sabe, não é a falta de recursos, e sim a má gestão das verbas existentes. E isso não se resolve no gogó.

28 de outubro de 2013
Editorial do Estadão

"REVOLTA DOS RESERVAS"

 

     Depois de três mandatos presidenciais como dono das regras de funcionamento da aliança partidária montada em 2003 e consolidada em 2006 com a entrada oficial do PMDB na coligação de governo, o PT enfrenta uma espécie de rebelião dos reservas.

Continua sendo o protagonista, mas seus aliados já não se conformam com o papel de coadjuvantes passivos. Por uma razão simples e objetiva: eles precisam sobreviver, o que significa disputar eleições locais para se fortalecer no Congresso e no jogo político como um todo, além de trabalhar com a hipótese de um plano B no âmbito federal.

É o que provoca essa movimentação toda nos partidos ditos governistas, cuja adesão é cobiçada pelos oposicionistas que lhes oferecem em troca espaço que os petistas imaginavam em seu projeto inicial ocupar paulatinamente até se tornarem irremediavelmente hegemônicos. Na política e na sociedade.

Como a banda não toca nesse ritmo e ninguém espera o aniquilamento de braços cruzados, cada um dá o seu jeito na base do salve-se quem puder. A boa posição da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas nessa altura não é garantia de nada. Nem de vitória nem de parceria leal nos Estados, de modo a que os outros integrantes da aliança possam fugir do destino que coube a partidos de oposição esmagados pela fortaleza governista.

Foi isso que moveu o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a se afastar do PT a partir da eleição municipal de 2012 – quando percebeu que o combinado com o ex-presidente Lula em relação à disputa em Recife não era “à vera”; apenas uma maneira de ganhar tempo, levá-lo na conversa e mantê-lo atrelado ao governo com a vaga promessa de uma candidatura presidencial de 2018.
“Tem gente ainda esperando o cumprimento de acordos feitos em 2002″, comentou Campos com amigos no início do processo de decisão de se candidatar ou não em 2014.

A desconfiança também é o pano de fundo da rebelião que se avoluma no PMDB, onde a cada dia aparece uma seção estadual querendo sair do jugo do PT. Há ainda a tentativa de antecipar a convenção que decidirá sobre a aliança presidencial para 2014. Já são 11 os Estados que reivindicam liberdade para voar.

E mesmo que não haja convenção antecipada, na data oficial o PMDB pode até não romper, mas não ficará unido a reboque do projeto alheio.

Água benta. Se o combinado entre Marina Silva e Eduardo Campos era não dar espaço para que se disseminasse a cizânia entre os dois, a ex-senadora foi a primeira a quebrar o acordo.

Ao dizer — no programa Roda Viva — que a aliança com a Rede permitiu a Campos ganhar “um pouquinho mais de substância” para fugir à construção de uma candidatura “no diapasão” da velha política.
Ou seja, considera-se uma espécie de salvação da lavoura sem cuja presença o pernambucano ficaria entregue à própria inconsistência e obsolescência.

28 de outubro de 2013
DORA KRAMER, Estadão

REINALDO AZEVEDO x ONBUSWOMAN DA "FALHA DE SP" E REDES SOCIAIS


Reinaldo Azevedo é o novo articulista da Falha de São Paulo....Não se sabe até quando....

Bem, a notícia da contratação do jornalista para escrever artigos para o infame jornal causou comoção no ninho dos ratos vermelhos e redes sociais.

Não tenho o habito de ler Reinaldo Azevedo, afinal, o que tem de blogueiro que vive em postar seus artigos é uma enormidade e vez por outra acabo me pegando a ler alguns de seus artigos por rebote.

Vejo Reinaldo como um  Alexander Soljenítsin Tupiniquim. Sorte que ainda não temos Gulags por aqui, senão....

Bem, o jornalista é um cara super bem informado trabalha em um veículo isento,  e tem algo de bom, é um ferrenho combatente ao DESgoverno dos ratos vermelhos, e isso no Brasil aparelhado das redações de jornais é a sentença de desqualificação e morte profissional para o cidadão. 

Mas...se até o ex presidente Defuntus Sebentus tem uma coluna no NiuIórqueTaimis, pq Reinaldo não pode ir para a Falha, não é?

A Falha de São Paulo é uma espécie de nada sobre o porra nenhuma em matéria de isenção política. Serve aos propósitos do DESgoverno vermelho descaradamente. A contratação de Reinaldo pela Falha me causou um certo espanto, mas eu já imaginava que iria dar alguma merda nessa relação.

E em um tempo muito menor do que se esperava, a própria OMBUDSWOMAN da Falha fez o serviço podre ideológico de tentar cagar sobre o jornalista, partiu para a agressão desnecessária e abriu claramente sua posição de "quatro com o cú para cima" diante dos poderosos. E deitou sua falação e verborragia esquerdofrênica anti Reinaldo para agradar a mão estatal que a alimenta. Isenção em nome da verdade.... ZERO!!!
Mas era de se esperar, eram pedras cantadas a oposição de dentro do próprio pasquim contra o jornalista, afinal, ele é um infame que não vendeu sua pena ao poder.
Faz oposição sistemática e tem uma legião de seguidores por isso. Coisa que causa muita incomodo em pequenos jornaleiros sem talento que o máximo que conseguem na vida é servirem com fidelidade canina à ideologia de plantão. pois, venderam a alma ao diabo.

Então, a ordem é desconstruir a reputação do infame herege com as bençãos do desgoverno que compra corações e mentes das redações pocilga à fora. E viva a liberdade de imprensa!!!! Desde que seja em favor do DESgoverno...

Bem, o que mais me causou estupefação foi ler nas redes sociais, principalmente entre aos que se opõe ao DESgoverno e entre eles alguns de meus contatos no Feicebuqui a condenação ao jornalista. 

Gente que até uns dois dias antes de pipocar a notícia de sua ida para a Falha, não deixavam um dia sequer de ler e replicarem seus textos do blog.

A patetice toma proporções inimaginaveis nas redes sociais, começaram a acusar Reinaldo de vendido e outras aberrações. E do nada, o cara que era unanimidade de 11 entre dez opositores ao regime, virou vilão por presunção.
 
Impressionante até onde vai a idiotia da "briga entre torcidas" crônica em que este povo vive dia e noite.

Dá uma preguiça desse pessoal que chega a ser triste. Os humores e os apoios em redes sociais são tão liquidas como água. O povo vai e vem de acordo com o politicamente correto do momento ou pelo modismo de ocasião. E a mediocridade continua a se espalhar pela rede feito vírus.

Reinaldo pode continuar, ou não, como articulista da Falha, afinal, ele tem que pagar as contas de sua casa, e cá entre nós, trabalho é trabalho, Desde que se consiga manter a conduta e opiniões intactas. 

Pois, quando saimos de nós mesmos, caímos na vala comum da perda de credibilidade, e esse é o maior prejuízo moral do homem.
 
28 de outubro de 2013
omascate

BRASIL AGORA COBRA "CALOTES" DA VENEZUELA

Atraso nos pagamentos de exportações feitas neste ano por empresas brasileiras chega a quatro meses
 
Governo estimulou vendas de produtos ao mercado venezuelano, que vive um momento de grande escassez
 
 
Depois de estimular negócios com a Venezuela, o governo do Brasil agora cobra do país vizinho "calotes temporários" de exportações de empresas brasileiras feitas neste ano.
 
Em alguns casos, o atraso nos pagamentos de produtos vendidos ao mercado venezuelano, que vive um momento de escassez, chega a quatro meses.
 
A situação já preocupa os empresários brasileiros, especialmente os que começaram a negociar mais recentemente com a Venezuela, e levou o governo a enviar uma missão ao país para tentar solucionar o problema.
 
Na segunda-feira passada, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e o assessor especial da presidente para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, viajaram a Caracas para conversar com autoridades venezuelanas sobre os atrasos, segundo apurou a Folha.
 
Oficialmente, a missão brasileira teve como objetivo reforçar a disposição brasileira de ajudar o parceiro comercial a superar sua crise de abastecimento, mas os pagamentos atrasados foram um dos temas principais.
 
Nesta semana, a Venezuela informou que terá de importar 400 mil toneladas de alimentos de países latino-americanos em novembro e dezembro, sendo que 80 mil toneladas de carne e grãos virão do Brasil.
 
O calote temporário está sendo provocado principalmente pela crise econômica na Venezuela, que faz o governo local exercer forte controle sobre a saída de dólares, o que tem atrasado o pagamento de suas importações.
 
O total dos pagamentos em atraso não é revelado, mas o montante em jogo é significativo: o Brasil exportou para a Venezuela US$ 3,1 bilhões até setembro.
 
Segundo um empresário ouvido reservadamente, o maior problema está na exportação de alimentos, setor que recebeu estímulo do governo brasileiro para aumentar as vendas à Venezuela diante do quadro de escassez.
 
Folha apurou que os atrasos no pagamento de exportações de carnes bovinas e de frango estão na casa de quatro meses. Até setembro, as vendas destes produtos à Venezuela somaram US$ 737 milhões. A BR Foods e a JBS são algumas das empresas que exportam para lá.
 
Há um histórico de atrasos. Eles, entretanto, nunca foram tão grandes. O problema começou com o setor de construção pesada.
 
Neste ano, representantes das empreiteiras reclamaram às autoridades venezuelanas e os pagamentos, que estavam suspensos, foram parcialmente retomados.
 
A Odebrecht, que possui obras importantes no país, como as do metrô de Caracas, já enfrentou problemas no passado recente.
 
A relação Brasil/Venezuela ganhou impulso no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e seguiu no mesmo ritmo no de Dilma Rousseff, estimulando parcerias e defendendo politicamente a administração de Hugo Chávez (1954-2013) e de seu sucessor Nicolás Maduro.
 
Parcerias que nem sempre foram bem-sucedidas, como a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O negócio era para ser uma sociedade entre a Petrobras e a venezuelana PDVSA, que até hoje não colocou dinheiro no projeto.
 
VIÉS
 
Casos como esse levaram críticos da oposição a apontar o viés ideológico do favorecimento à Venezuela. Lula e Chávez foram expoentes da guinada à esquerda na América Latina nos anos 2000.
 
A Venezuela inclusive foi integrada ao Mercosul justamente quando o país que se opunha à sua entrada, o Paraguai, estava suspenso do bloco aduaneiro.
 
Em 2012, as exportações brasileiras para a Venezuela foram de US$ 5 bilhões. Este ano, apesar das vendas totais à Venezuela terem caído 17%, os cinco principais produtos exportados pelo Brasil cresceram quase 30%.
 
São produtos essenciais em tempos de crise de abastecimento: carne bovina, bois vivos, carne de frango, açúcar e medicamentos. Produtos como preparação para elaboração de bebidas também deram um salto de 93%.
 
Uma crise com os fornecedores brasileiros não interessa aos venezuelanos, já que o Brasil é o quarto principal fornecedor, atrás de EUA, China e Reino Unido. No ano passado, o país forneceu quase 10% de tudo o que a Venezuela comprou.
 
28 de outubro de 2013
VALDO CRUZ e RENATA AGOSTINI - Folha de São Paulo