"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

PROCURADORA COMUNISTA PASSA MAL AO SER DESMASCARADA! FORA, FORO DE SÃO PAULO!

VERDADES NÃO CONTADAS PELA ESQUERDA DA "DITADURA MILITAR"

JULGAMENTO DE BOLSONARO E JEAN WILLYS

STEVEN BRAMS DIZ: INTERVENCIONISTAS ESTÃO CORRETOS!

STEVEN BRAMS DIZ: INTERVENCIONISTAS ESTÃO CORRETOS !

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O Cientista Político Americano " Steven Brams " diz que os Patriotas que pedem uma " Intervenção Militar " no Brasil , são autênticos, Patriotas, e querem o fim do Socialismo, Comunismo no Brasil, ... 

27 de fevereiro de 2017
postado por m.americo

PATRIOTA ARRASA PROCURADORA QUE DEFENDEU O FIM DA FAMÍLIA

Patriota arrasa procuradora que defendeu o fim da família


27 de fevereiro de 2017
postado por m.americo

ALEXANDRE GARCIA FALA DE CHICO BUARQUE E PERSEGUIÇÃO A ELE

BARRACO DA BANCADA DA CHUPETA NA CASA DE NOCA

ÁUDIO REVELADOR!

TV - O IMPÉRIO DA MENTIRA

O Grande Inquisidor – personagem de Dostoiévski que condenou Jesus Cristo à fogueira quando do seu retorno ao mundo, na Idade Média – proclamou o Milagre, o Mistério e a Autoridade como elementos fundamentais para subjugação da consciência humana. Cardeal de Sevilha, na qualidade de jesuíta, considerava o conceito de liberdade disseminado por Cristo uma carga por demais pesada a ser suportada pelos seres humanos. No entender do jesuíta, os homens seriam felizes se conduzidos como rebanho, longe do ônus do livre arbítrio que traria consigo sofrimento e dor.

Bem observado, a exploração da tríade evocada pelo Grande Inquisidor se encaixa à perfeição como lei básica a reger a televisão, em nossos dias o mais formidável instrumento de lavagem cerebral criado para domesticar os indivíduos. A rigor, há décadas a TV vem avassalando as massas.

De fato, tal qual um vírus letal, tanto nas chamadas democracias liberais quanto nos regimes totalitários, a onipresente TV se infiltrou no âmago humano e se impôs, em tom de farsa, como pretenso Portal da Verdade.

Na dura realidade, gerações inteiras só tomam conhecimento dos fatos manipulados pela ótica da TV, outrora considerada uma “máquina de fazer doido”, sem perceber que ela estabeleceu, em escala planetária, o Império da Mentira.

Voltemos ao Cardeal de Sevilha e o Milagre na TV?

Antes de tudo, é preciso admitir que ela mesma é um prodígio de transmissão (em som e imagem) amoldado à existência humana. No figurino de um eletrodoméstico, a TV vive de prometer milagres que nunca se cumprem, deixando o pobre mortal à mercê de maravilhas que ninguém sabe quando virão.

Exemplos? Há mais de quatro décadas, o “Fantástico” da Rede Globo anuncia tratamentos miraculosos contra o infarto, o câncer ou a doença do Alzheimer, sempre acalentando a perspectiva de que mais dia menos dia a cura de cada um desses males estará ao alcance de todos.

Há casos mais ostensivos: no Brasil (como, de resto, mundo afora), milhares de pastores mostram na TV aberta paralíticos que passam a andar, uma vez livres dos demônios, como modelos numa passarela.

Em outras ocasiões, ao vivo, depois de abençoados, dezenas de ex-miseráveis anunciam que se tornaram milionários da noite para o dia. Ou vemos/ouvimos relatos de casais, anteriormente infelizes que, por artes divinais, passaram a viver em um mar de rosas. É a TV a serviço do miraculoso.

(Já foi dito que a televisão é um circo infestado de palhaços, programas de auditório com bailarinas e roqueiros em desbunde, atores, novelas que se repetem infindavelmente, animadores, pilantras et cétera – em suma, um show em ato contínuo exibindo corridas de auto, lutas de MMA, partidas de futebol e mil peripécias imprevisíveis, tudo, afinal, para nos livrar do “tedium vitae”.

No seu lado tido como “sério”, para sacolejar as consciências anestesiadas e preencher o vazio das almas, a TV se esmera em explorar, exaustivamente, nos seus noticiários, desastres pavorosos, atentados terroristas, hecatombes, estupros, sequestros e fatalidades as mais escabrosas, transformando a tragédia humana em horrendo espetáculo tinto de sangue.

(Mas circula na praça versão da teoria compensatória segundo a qual, com a transmissão de desgraças, a “máquina de fazer doido”, de forma subliminar, procura demonstrar que a vida do espectador, por infeliz que seja, é mais tolerável do que a das vítimas expostas na telinha. Sem esquecer, é claro, que manter a boa audiência significa a alegria do departamento comercial).

E o Mistério? Na TV, o mistério parece impenetrável à razão humana, quem sabe um enigma obscuro só decifrável por poucos iniciados que, às escondidas, manipulam a engrenagem. Para uns, trata-se de mistério maior que o da Santíssima Trindade, que envolve Pai, Filho e Espírito Santo numa só pessoa.

Certa vez, um executivo do ramo revelou que o segredo enigmático da TV é que ela, nivelando tudo por baixo, descobriu a “igualdade”, eterna aspiração de espíritos acadêmicos. Pelo “tubo mágico”, dizia ele, todos seriam transformados em “escravos da igualdade”. Por ironia, em paralelo, um destrutivo escritor americano, Norman Mailer, declarou que o mistério da TV é ela manter audiência “apresentando tão baixo nível de qualidade”. O paradoxo de Mailer decifrou, na bucha, o Mistério nada misterioso da TV – uma descoberta mantida em sigilo sepulcral pelos seus mentores.

De todo modo, na sua homilia o Grande Inquisidor jamais tornou claro o papel desempenhado pelo Mistério na busca da felicidade terrena, salvo considerá-lo fundamental para subjugação da consciência humana.

Já o papel da Autoridade, para ele, era tudo. Segundo pontificou, a autoridade deveria se impor pela força legal (no seu caso, o castigo da fogueira na Santa Inquisição), ou na maciota, pelo poder da palavra, da dissuasão e do engodo. Esta, tudo indica, tem sido a estratégia adotada pela gente da TV, especialmente na área do jornalismo (onde despontam, em circuito interno, figuras como Bonner e William Waack), assunto que abordaremos no próximo artigo.

27 de fevereiro de 2017
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

A ÉTICA DA BANDIDAGEM

1 de janeiro de 2017. Em penitenciárias de Manaus (AM) a Família do Norte (FDN), facção que comanda o tráfico de drogas na fronteira com a Bolívia e é ligada ao Comando Vermelho (CV), esquartejou, decapitou, arrancou corações e vísceras de 60 homens, a maioria ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Tudo foi devidamente filmado e enviado para redes sociais, cujos frequentadores consumiram avidamente a selvageria digna do Estado Islâmico.

Houve mais mortes e fugas em outros Estados, além de uma carta do PCC. Alguns trechos foram publicados na Folha de S. Paulo, de 6 de janeiro, e curiosamente neles os bandidos se referiam ao seu “código de ética” rompido, pois “a meta sempre foi lutar contra o Estado corrupto e não contra nossos irmãos mesmo que de outras organizações fossem”.

A carta terminava com o lema da poderosa organização criminosa: “paz, justiça e liberdade”, algo de tom ideológico e cínico tratando-se de degoladores, daqueles que desgraçam famílias, dos que são fonte da violência que infelicita e aterroriza cidadãos honestos.

O gigantismo dos lucros e a organização impecável do PCC e do CV são também a prova mais cabal do fracasso do Estado. Onde estavam o Executivo, o Legislativo, o Judiciário enquanto as organizações criminosas se expandiam?

Com relação ao Executivo cito excelente artigo do professor Ricardo Vélez Rodríguez, publicado no O Estado de S. Paulo de 22/10/2016. No texto Rodríguez relembra que “o empurrão inicial dado pelo brizolismo ao narcotráfico veio a ser potencializado, em nível nacional, pelos 13 anos do populismo lulopetista que simplesmente abriram as portas para o mercado de tóxicos no Brasil”.

O professor também recorda “foto de Lula, no palanque em Santa Cruz de La Sierra, com Evo Morales, ambos ostentando no peito colares feitos de folhas de coca”. A imagem simbolizou um “liberou geral” para a produção e distribuição das drogas. “Rapidamente o Brasil viu aumentar de forma fantástica a entrada da pasta-base da coca boliviana”.

Após as chacinas, demonstração de quem de fato comanda o sistema prisional, busca-se o que fazer. Algumas soluções raiam à imbecilidade como o direito de fuga e a soltura de presos. Também, para palpiteiros inconsequentes não se deve prender os que cometeram cries menores (o que seriam crimes menores?), liberar as drogas e não construir mais prisões.

Ninguém sugeriu ao Judiciário o julgamento dos 40% dos detentos em prisão provisória. Parcerias público-privadas, diferentes de terceirizações, nas quais, a iniciativa privada constrói as prisões e administra de acordo com parâmetros estabelecidos em contrato com o poder público. Reforço considerável das Forças Armadas nas fronteiras para impedir a entrada de drogas e armas, lembrando que o papel do Exército não é o de fazer revista em presídios.

Enquanto o crime lucra e domina o país temos assistido a espetáculos dignos de uma republiqueta das bananas. Citando pouquíssimos exemplos para não alongar o artigo recordemos a cena de Renan Calheiros, então presidente do Senado e do Congresso, ao lado do na época presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, ambos rasgando a Constituição ao manter os direitos políticos de Dilma Rousseff mesmo depois desta ter recebido o impeachment.

Calheiros, que tem processos adormecidos no STF desde 2007, recentemente foi denunciado ao Supremo por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas o senador zombou da Justiça ao se recusar a sair do cargo por ser réu. Lá permaneceu salvo por uma gambiarra jurídica feita pelo próprio STF. Seu sonho ainda deve ser a aprovação da Lei de abuso de autoridade, que o livraria junto com quase 100 políticos envolvidos na Lava Jato. Se duvidar, Renan vira ministro da Justiça.

Na verdade, há um temor infundado dos que possuem foro privilegiado, porque enquanto o juiz Sérgio Moro, brilhante e rara exceção no mundo jurídico, tem cumprido a lei e mandado para a cadeia um número impressionante de figurões, o Supremo até agora não julgou ninguém da quase centena de políticos envolvidos na Lava Jato. E não se sabe quando isso acontecerá dada a morosidade da Justiça brasileira. Pode levar os anos suficientes para a prescrição dos crimes.

Com a morte em acidente de avião do ministro Teori Zavascki não se sabe o que acontecerá com as 77 delações premiadas da Odebrecht. Zavascki, com todo respeito pelo luto da família, não foi um herói, mas um ativista político como seus demais pares do Supremo. Por essa característica ele podia demorar anos a fio para homologar as delações, mas agora a situação está mais turva na medida em que tem que ser definido seu sucessor. Seguiremos com nossa tradicional insegurança jurídica? Nesse caso prevalecerá a ética da bandidagem.


27 de fevereiro de 20-17
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, professora, autora entre outros livros do “Voto da Pobreza e a Pobreza do Voto – a ética da malandragem” e “América Latina – em busca do paraíso perdido”.

BUFÃO ACINTOSO

No clássico romance “Os Irmãos Karamazov”, Dostoievski nos fala de um personagem abjeto, Fiodor Pavlovitch, o Karamazov pai, sujeito que embute na alma corrompida a “volúpia de mentir”. O gigante russo, abarcando como nenhum outro os abismos da alma humana, considera, com agudo senso psicológico, que o sujeito que mente a si próprio e que mergulha na própria mentira, acaba por não poder mais discernir a verdade, nem em si mesmo, nem em torno de si, deixando, portanto, de respeitar a si próprio e aos outros.

Dostoievski tem o velho Karamazov, assassinado pelo próprio filho (Smerdiakov), na conta de um debochado contumaz e lança suas luzes sobre o tipo: “Os embusteiros calejados, que passam a vida inteira mentindo, têm momentos que tomam o seu papel tão a sério que chegam a chorar e a tremer de emoção, embora nesse mesmo instante (ou um segundo depois) possam dizer a si próprios: – Mentes, velho sem-vergonha; não passas de um palhaço, apesar de toda tua ‘santa’ ira e do teu ‘santo’ minuto de cólera”.

Tudo bem medido e pesado, não há diferença básica entre o tragicômico personagem do romancista russo e a figura farsesca de Lula. No caso do vosso velho sindicalista, o exercício diuturno da mentira, para além de manifesta degeneração de caráter, revela uma forma voluptuosa de prazer: no frigir dos ovos, Lula da Silva goza mentindo – e eis a explicação pertinente encontrada pelo escritor russo, que, ademais, no romance, associa o vício incontrolável de mentir à histeria compulsiva do Karamazov pai.

Muito bem. Desde o episódio em que o Ministério Público Federal, baseado em fatos, denunciou o líder do PT como “comandante máximo” do esquema de corrupção montado para saquear a nação, armou-se, em pífia resposta, a encenação de lastimável ópera-bufa. Nela, como emulo do Karamazov pai, saracoteia a figura de Lula da Silva, a um só tempo, patética e burlesca.

Com efeito, sem argumentos válidos para contestar a denúncia sobre os milhões subtraídos dos cofres públicos, o milionário do ABC, no centro do picadeiro habitual, depois de beijar a camisa vermelha, chorar, bufar, esganiçar e se comparar a Getúlio Vargas, JK, Jango e ainda, num ato de estúpida bravata, ao próprio Jesus Cristo – terminou por jurar que, uma vez comprovada sua culpa, “ia a pé”, de São Bernardo a Curitiba, “para ser preso”.

Pior: mais tarde – mesmo sabendo que a mulher de Guido Mantega fazia simples exame de colonoscopia, considerado procedimento de rotina pela filha do ex-ministro preso – Lula vociferou, roufenho de tanto mentir, que a prisão do encalacrado petista era uma falta de “humanitarismo” da PF, silenciando, no entanto, quanto ao achaque de Mantega ao trêfego Eike Batista, o empresário “forte” do governo petista cevado na grana manipulável do BNDES.

Como todos sabem, os comunistas vivem da e para a mentira. Fidel Castro, o Vampiro do Caribe, por exemplo, se jactava de mentir em discursos enfadonhos nos quais castigava o povo cubano (a ouvi-lo de pé) por mais de 12 horas; Stalin, genocida por vocação, mentia sem pestanejar, em especial quando promovia jantares para homenagear camaradas do PC que mandava fuzilar no dia seguinte; por sua vez Lenin, carniceiro-mor, mentia de forma consciente quando iludia o povo com promessas de fortuna igualitária nunca estabelecida na malfada Rússia dos Sovietes; e Mao, o grande pedófilo, sacrificou literalmente 75 milhões de chineses com a campanha do “Grande Salto Para Frente”, mentindo que iria melhorar a vida da população em tempo recorde.

E Lula? Bem, este mente por convicção. Certa vez escrevi que Lula mente até quando diz a verdade – se isto é possível. Mário Morel, autor da biografia “Lula, o Metalúrgico”, narra episódio em que um jovem aprendiz de torneiro mecânico pede ao patrão para fazer hora extra, aos sábados, pois precisa de dinheiro. O dono da fábrica de autopeças resiste, depois cede e avança algum dinheiro ao aprendiz, que não cumpre o trabalho. Cobrado pela falta, Lula, em resposta, diz que estava mentindo e, no deboche, pelas costas, manda o patrão “tomar no cu”.

O “Comandante máximo”, que se acha um sujeito “safo” na sua eterna permissividade, é um péssimo exemplo que nos leva à desídia e à dissolução. Nunca se matou tanto, nunca se roubou tanto, nunca se mentiu tanto no Brasil.

Chegou a hora de trancafiá-lo.

27 de fevereiro de 2017
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

RELEMBRANÇAS....

Quem tem pena do cidadão comum?


Todos são solidários a Gleisi, mas ninguém o é às vítimas do furto de que o marido é acusado


Desde que a reputação de herói começou a forjar a armadura com a qual a opinião pública nacional protege a condição incólume da ação do juiz federal paranaense Sergio Moro, a inveja, o ciúme e o instinto de sobrevivência de alguns colegas de ofício dele passaram a maldizê-la com fervor. 

A primeira arma dessa luta vã é retórica: o comandante da Operação Lava Jato “não é nem pode ser o único juiz honesto do Brasil”. Isso não basta para convencer o cidadão comum a abrir mão da “república de Curitiba”, amada pelos representados e temida pelos representantes de nossa democracia cabocla, pois esta preserva um raro resquício do conceito basilar do Estado Democrático de Direito, até segunda ordem vigente entre nós: a igualdade de todos perante a lei. 
Em seguida a esse desafio, a esperança de mantê-la, ressurgida nos dois mensalões, o tucano e o petista, começou a plantar êmulos de Moro pelo País afora. Colegas menos expostos à luz dos holofotes se dispuseram a mostrar que há juízes em Berlim. E até mesmo fora do Paraná.

Na semana passada, emergiu do noticiário outro desses exemplos de que nem tudo é procrastinação no Judiciário pátrio. Chama-se Pedro Bueno de Azevedo, tem 38 anos e chefia a 6.ª Vara Criminal em São Paulo. 
De suas decisões emergiu a Operação Custo Brasil, que revela uma das maiores ignomínias perpetradas por criminosos de colarinho branco na História de nossa República: o pagamento de propinas ao partido político que capitaneia o time que governou o Brasil durante 13 anos, quatro meses e 12 dias, até o impeachment de Dilma Rousseff. Não é o maior no volume de furto. 

Mas o mais indecente na natureza do butim: o pagamento de propina para políticos fiéis a esse desgoverno e a seu partido, o PT, tungando sem anuência da folha de pagamento de um ministério, o do Planejamento, a cada mês e em taxas módicas, o suficiente para passar em brancas nuvens e “sair na urina”. Paulo Bernardo, duas vezes ex-ministro, despontou no alto da ponta desse iceberg.

O fio da meada da devassa, feita pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) sob a égide de um juiz isento e insuspeito, foi puxado do depoimento do vereador Alexandre Romano, de Americana, na Operação Lava Jato. 

Não há, contudo, como estabelecer conexão com um laivo de perseguição do implacável Moro e seus intocáveis. Tornada notória na mesma ocasião em que o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, cunhou o lema do caráter devastador do roubo generalizado do dinheiro público no Brasil – “a corrupção é um serial killer sorrateiro” –, a operação jurídico-policial carrega a denominação mais exata do que qualquer outra antes empreendida. Custo Brasil diz tudo.

Os funcionários que tomaram empréstimos consignados de 2010 a 2015 pagaram R$ 1,25 pelos serviços da consultoria Consist, que, na verdade, custaram R$ 0,30, ou seja, um quarto. Do restante foram originados os R$ 100 milhões entregues aos ex-tesoureiros do Partido dos Trabalhadores João Vaccari Neto e Paulo Ferreira. 

Ex-deputado federal pelo PT do Paraná, o ministro do Planejamento de Lula e de Comunicações de Dilma ficou, segundo os investigadores, com R$ 7 milhões. Isso parece lana-caprina se comparado com os bilhões furtados de Petrobrás, BNDES e fundos de pensão.

Mas o procurador Andrey Borges de Mendonça, ao descrever o furto, lembrou que “a corrupção não é um privilégio da Petrobrás”, ela “está espraiada como um câncer”, e “o coração do governo estava agindo por esse mal”. 
Esse vício maligno, descrito por Dallagnol como “uma assassina sorrateira, invisível e de massa… que se disfarça de buracos de estradas, de falta de medicamentos, de crimes de rua e de pobreza”, acabou flagrado ao sair do bolso dos contribuintes para rechear contas bancárias de bandidos, passando pela folha de pagamento de servidores enganados de forma fria e cruel.

A Custo Brasil desnuda ainda uma expressão funesta da representatividade de nossa democracia: o corporativismo nefasto de “representantes” dos cidadãos, que mimam parceiros da corporação política e esquecem os representados. 

O PT, fundado para pôr fim à politicagem e à corrupção, não se solidarizou com os servidores, dos quais 46% dos sindicatos são filiados à CUT, nem com os mutuários de “sua” Bancoop ou os acionistas de “nossa” Petrobrás. Mas, sim, com ex-tesoureiros e mandatários vassalos do desgoverno afastado.

O Senado, por decisão do presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), exigiu do Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da busca e apreensão na casa de Bernardo, pedida pelos promotores, autorizada pelo juiz e efetuada pelos policiais. Motivo: o preso é casado com uma ex-chefe da Casa Civil de Dilma, Gleisi Hoffmann, que, senadora, tem direito a impunidade seletiva, vulgo foro privilegiado. 
Assim, o “direito alagoano” reescreve o romano e o anglo-saxônico ao instituir o puxadinho do privilégio, garantido no foro de Murici, em que os dois gozam o benefício de um pelo tálamo de ambos.

Essa comiseração corporativista inspirou a desfaçatez dos maganões. Com o tom exaltado com que execra Dilma, mas sem mais autoridade para manter a exaltação ao impeachment, o líder tucano na Casa, Cássio Cunha Lima, vociferou contra a violência de juiz, promotores e policiais, que “humilharam” a coleguinha casada com o indigitado. Sem levar em conta que o juiz tinha vedado na busca a coleta de quaisquer pertences ou documentos da esposa do procurado. 

O insigne líder do partido, que jura fazer oposição, não fez justiça aos funcionários furtados, mas aderiu ao coro mudo dos omissos, em que petroleiros calam quanto à bancarrota da Petrobrás, bancários ignoram o uso desavergonhado do BNDES e sindicalistas, o arrombamento dos fundos de pensão.

Na algaravia geral brasileira não se ouve uma só voz que se apiede do cidadão comum ou zele pela Pátria, mãe gentil.


27 de fevereiro de 2017
José Nêumanne Pinto é jornalista, poeta e escritor.

TRUMP E A CANALHICE MIDIÁTICA

A calhordice da mídia amestrada pelo ativismo esquerdista não se mede aos palmos: incomensurável, ela não pode ser medida por número inteiro ou fracionário. Para se ter uma ideia do abismo, nos Estados Unidos jornais como o New York Times e o Washington Post, manipulados por profissionais da empulhação engajada, há décadas distorcem os fatos mais evidentes ao sabor de suas taras ideológicas, na pretensão mórbida de transformar a verdade na deslavada mentira, e a mentira deslavada, na paralaxe dos homens.

O ativismo roxo que se aboletou nas redações é formado por exércitos de fanáticos que operam noite e dia na distorção criminosa dos fatos, fazendo do ato de informar um instrumento da desinformação (ou contrainformação, conforme o caso) em escala estratosférica. Na prática, para subverter a realidade e construir um “novo senso comum”, a corja ativista batalha na tarefa doidivana de pensar, sentir e falar pelo leitor, tratando-o como simples cobaia ou manuseável massa de manobra. Um horror.

(Se quer saber, essa canalha não faz jornalismo, faz militância rasteira e, como tal, deveria ser execrada em praça pública ou multada e presa por fraude, sonegação da verdade e propaganda enganosa).

Em âmbito interno, Folha de São Paulo e O Globo, notadamente, lideram o rol de jornalões e jornalecos que procuram embotar a cabeça do leitor, na corrida frenética pela distorção preconcebida dos fatos.

Neste ano de 2016, entretanto, eles estão se ferrando de verde-amarelo, a começar pela cobertura do referendo que tratava da permanência – ou não – do Reino Unido na União Européia, entidade parasitária da burocracia socialista que levou o “velho mundo” ao atual quadro de insolvência. Suas redações torceram adoidadas pelo “sim” – e deu, como previsível, um rotundo “não”, o voto pelo Brexit.

Outra derrota contundente da mídia militante se deu com o famigerado “acordo de paz” tramado em Havana pelos irmãos Castro para livrar a cara das Farc, braço armado do Partido Comunista que há mais de cinco décadas explora o narcotráfico, sequestra, mata, rouba, ocupa terras, cobra pedágio e aterroriza o povo colombiano. Que, naturalmente, em resposta, votou pelo “não” no plebiscito arranjado, pois ele, como sabem todos, guarda fundo horror aos comunistas e seus asseclas narcotraficantes.

Fato também vergonhoso se deu na cobertura tendenciosa dos veículos da Globo durante as eleições para a prefeitura do Rio de Janeiro. Nela, a militância global resolveu demonizar o candidato Crivella e promover o psolista Freixo, profissional da parolagem revolucionária, referência número um entre integrantes dos black blocs, bando encapuzado que leva o terror às ruas do Rio, responsável, entre inúmeros delitos, pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes. Para influenciar o eleitor, O Globo, no dia da votação, tascou em manchete: “Crivella cai e Freixo sobe nas intenções de voto”.

Resultado: o pastor desmoralizou o ativismo global e ganhou as eleições por mais de meio milhão de votos.

O ativismo da mídia esquerdista atingiu o paroxismo, aqui e lá fora, no embate eleitoral dos Estados Unidos. Numa campanha sórdida, em favor da pusilânime Hillary Clinton (uma Dilma Rousseff de 5ª categoria), a “cumpanheirada de viagem” vendeu ao leitor indefeso a imagem de Trump como um racista xenófobo, populista misógino e isolacionista que poria em risco a estabilidade do mundo (imaginado por ela, claro).

Resultado: deu Trump na cabeça, conforme esperado por qualquer mente livre que se preze. A grande imprensa – televisões, jornais e seus institutos de pesquisas fajutos – foi fragorosamente derrotados pelo misógino que recebeu 66% dos votos femininos e o xenófobo maçiçamente votado por mexicanos, mulçumanos e minorias raciais.

Agora, após a derrota, temerosa de que Trump esvazie o corrupto welfare state dos obamacares eleitoreiros (fonte do pior populismo) e isole os EUA da praga social-democrata representada por tipos funestos como François Hollande ou confronte o terceiromundismo da falida ONU e detone, entre outras mazelas, o terrorismo islâmico financiado pelo petróleo asiático, a camarilha midiática pretende acuar o novo presidente. Histérica, quer que Trump traia o seu vitorioso eleitorado e adote a agenda “politicamente correta” da derrotada Hillary – vale dizer, a liberação da droga, a descriminalização do aborto, a permissividade gay e a avalanche do multiculturalismo para triturar os princípios da civilização ocidental e cristã inspirados nos conceitos de Deus, pátria e família.

Só no inferno!

27 de fevereiro de 2017
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

FENOMENOLOGIA DA MENTIRA

A esta altura dos acontecimentos, penso que seria necessário traçar uma fenomenologia da mentira. Não se discute mais que ela (a mentira) é uma constante em todos os planos da existência e que, no nosso caso, domina inelutável os setores da vida social, política e econômica da nação.

Também não se discute mais – e isso já se fez consenso – que nossas instituições estão dominadas pela impostura, com muitos pontos de vantagem para os poderes executivo, legislativo e judiciário – sem falar nas organizações partidárias, com destaque para as siglas da esquerda (que sempre navegam impávidas nas águas poluídas da mendacidade).

Por que uma fenomenologia? Bem, já no Século das Luzes (ele próprio um século de grandes impostores), a “Encyclopèdie” a define em verbete como o mais adequado instrumento para se distinguir a verdade da aparência e, em paralelo, destruir as ilusões que turvam o espírito humano.

(A propósito: para Kant, filósofo do imperativo categórico, a preguiça e a covardia, de acordo com sua “fenomenologia geral”, são as causas que podem levar o homem ao comprazer da mentira. Outro filósofo, Husserl, mais sutil, encara a fenomenologia como método para se chegar às leis puras da “consciência intencional”, sem omitir, todavia, que todo método científico se baseia numa verdade que só é verdadeira até que um fato demonstre o inverso).

Comecemos, então, pela meia verdade, artifício de uso constante para o mentiroso deturpar a verdade. Ela nada tem a ver com o duplipensar nem e a novilíngua de Orwel (na qual a corrupção da linguagem promove a corrupção da vida). Seu objetivo é tão somente dar uma aparência de veracidade a mentira mais sórdida que se possa articular. Certas profissões, em particular, se refinam na manipulação da meia verdade, com supremacia para o jornalismo, a política, a diplomacia, a publicidade, a advocacia e a atividade acadêmica – sem que elas, óbvio, em conjunto ou isoladamente, deixem de se curvar à Grande Mentira Ideológica.

Antes, é preciso esclarecer que o exercício da Mentira Ideológica não é só privilégio dos governantes, líderes carismáticos, ditadores, pensadores revolucionários, cientistas sociais, etc. Ela é um constructo utópico vocalizada em prosa e verso por indivíduos fraudadores e corporações fraudulentas que se esmeram em transformar a verdade na mentira e a mentira na paralaxe (niveladora) dos homens.

Quem é do ramo sabe: aqui e lá fora, a mídia amestrada vive de cozinhar em banho-maria o engodo consensual. Quem nunca embarcou, por exemplo, nas mentiras que se alastram em nome do “aquecimento global”, “Estado do bem-estar social”, “desenvolvimento sustentável”, “ajuste fiscal”, “Teologia da libertação”, “comissão da verdade” e patranhas de igual teor, cujo objetivo final, bem camuflado, é manter à tripa forra milhares de parasitas que se vendem como paladinos da boa causa?

É preciso lembrar que o sistema coercitivo imposto pela mídia, a nos bombardear com somas colossais de falsas informações, estabeleceu formas de manipulação tão avançadas que poucos ou ninguém sabe mais distinguir a verdade da mentira. Em decorrência, surgiu na guerra da desinformação em vigência uma espécie de buraco negro na mente do homem comum que, em meio ao caos, implora atordoado: “Ah, meu Deus, quando terei um momento de paz?”

Diz a tradição que o Diabo é o pai da mentira. Faz sentido. Mas a mentira ideológica que assaltou o mundo moderno encontra teto, sem dúvida, nas elucubrações teóricas de Karl Marx, charlatão de inegável talento para vender ilusões e promover embustes (dentre eles, a “mais-valia”, falácia da falsa ciência econômica que dá azo à “luta de classes”, a mobilizar, ainda hoje, o sujo ativismo esquerdista),

Exemplos? Sem o amparo do trololó da teologia da libertação, fermentada em marxismo tardio, como ficaria a figuraça de D.
Paulo Evaristo Asno, o falso cristão que descobriu o Reino de Deus na tirania sanguinária de Fidel Castro?

Ou o tredo revisionismo de Ferreira Gullar, o guru do CPC da UNE, movimento primário da baixa agitação comunista patrocinado pelo fazendeiro Jango? E ainda a rede criada por tipos como FHC para se mobilizar contra a prisão de Lula, mentiroso contumaz e ladrão comum que tomou como seus, sabe-se agora, jóias e talheres de ouro doados à Presidência da República ainda no tempo de Costa e Silva?

Ia concluir falando sobre a TV, aparato eletrônico que mente sem remorsos e seus astros na escamoteação da verdade do porte de Bonner, Jô Soares, William Waack e seus convidados a serviço da mentira única, mas faltou espaço.

Fica pra depois.

27 de fevereiro de 2017
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

TELEVISÃO A SERVIÇO DA MENTIRA

Como disse antes, a Televisão, seguindo ditames do Grande Inquisidor descrito por Dostoievski, adotou o Milagre, o Mistério e a Autoridade como elementos fundamentais para subjugar a consciência humana. Solerte, a máquina de fazer doido se fez o mais formidável instrumento de lavagem cerebral por ventura imaginado. Onipresente, ela se infiltrou no cotidiano de cada um e se impôs, sub-repticiamente, como pretenso “Portal da Verdade”, criando uma espécie de segunda realidade onde os fatos importam menos que a versão.

Circo sem nenhum pão (substância), a TV opera em tempo contínuo, em geral exibindo programação de “baixíssima qualidade” (ponto para Norman Mailer!), quase sempre indigente, repleta de novelas apelativas, talk shows descartáveis, roqueiros desbundados, transmissões esportivas, corridas de auto, lutas, chulos esquetes humorísticos com palhaços, pilantras e outros que tais – tudo com o objetivo de faturar alto e, segundo teóricos da praça, nos livrar do “tedium vitae”. Como se sabe, o lado considerado “sério” da TV é exposto em “horários nobres” nos chamados noticiosos, cuja característica principal tem sido espetacularizar a tragédia do cotidiano em flashes tintos de sangue.

É ai que a televisão exerce sua “Autoridade” e, no relativismo da informação em cascata, procura condicionar a mente e fazer a cabeça do telespectador. Não se discute: para manutenção do poder a informação significa controle – e controle quer dizer Autoridade. Neste aspecto, faz sentido afirmar que a TV integra a administração paralela do Estado (à margem o fato de que é um serviço de concessão pública).

Mas o papel nefasto da televisão vai muito além. Dominada totalmente pelas esquerdas e, curiosamente, pela elite do Clube de Bilderberg, onde pontificam megaespeculadores tipo George Soros e sua Open Society Foundation, a TV incorporou e propaga full-time a agenda da Globalização (ou “Nova Ordem Mundial”) que objetiva liquidar com a legitimidade do Estado-nação e impor a supremacia do Globalismo – este, tal como a falida União Europeia, a ser controlado por uma burocracia totalitária.

(Os comunistas e a banca internacional, em nome de um utópico mundo de paz e felicidade, sempre adiado, intuíram que a civilização ocidental e cristã e os princípios conservadores – contrários, por exemplo, ao casamento gay, à liberação da droga e às fronteiras abertas para a imigração terrorista – representam o grande obstáculo para o domínio de um governo Global sob a tutela de figuras como Barack Obama, Soros, o tarado Bill Clinton e a caterva parasitária da ONU coletivista).

Assim – desesperados pelo renovado avanço das forças conservadores, representadas pelo Brexit, pela Frente Nacional de Marine Le Pen e o avanço da Alternativa para a Alemanha e a direita italiana, mas, sobretudo, em definitivo, pela vitória e também a postura desafiadora de Donald Trump, resta aos ativistas do Globalismo, diante do espectro da derrota, o apelo de odiar, espernear, inventar, caluniar, distorcer e insistir na mentira deliberada. Além de partir para a guerra total e sem fronteiras da desinformação.

Nos Estados Unidos, salvo a Fox News, 90% das cadeias televisivas (entre elas, CNN, CBS, ABC, NBC) estão a serviço da Globalização e seus interesses “hegemônicos”, nos quais a patuleia ignara, segundo o mote do Grande Inquisidor, “entra como rebanho manso no jardim do Éden… sem, contudo… deixar de trabalhar”.

No Brasil, o índice de sujeição da mídia esquerdista ao projeto Global sobe para 100%. Emissoras como SBT, Record, Bandeirantes e, com unhas e dentes, a Rede Globo, são, sem margem de erro, completos aparelhos de difusão das resoluções da ONU – o que significa propagar o receituário globalista que abarca o abortismo, a legalização da droga, a ideologia “de gênero”, o ativismo gay, desarmamentismo, cotas raciais, marxismo cultural – ou seja, tudo aquilo que fere valores individuais, tradições e costumes consagrados no universo de um caráter nacional.

A minoria desvairada se comporta como se maioria fosse. Isto mesmo: para os fanáticos da Globalização a ordem é destruir a todo custo os princípios e crenças que dão sentido à vida das pessoas normais, aquelas que acreditam nos Dez Mandamentos e nos valores transmitidos de pai para filho.

O exemplo vivo dessa mixórdia, percebi assistindo ao programa “Globo News Painel”, conduzido com extrema desonestidade intelectual por William Waack, sobre as medidas que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou para restituir a América aos americanos depois da “razzia” mulçumana de Barack Hussein Obama – que Waack e seus entrevistados entendiam, com visão Globalista (no duplo sentido da palavra), como a “era de incerteza”.

Sem conceder espaço para um representante do “outro lado”, convenção do jornalismo honesto, Waack tinha como convidados três “espíritos acadêmicos”. Um deles, Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco, posto pra fora do cargo por motivos éticos. (para quem não lembra, em entrevista à própria TV Globo, pensando que estava fora do ar, a figura revelou sua norma de conduta: “No governo, o que é bom se divulga, o que é ruim a gente esconde debaixo do tapete”.

Outro “fazedor de opinião” do Painel era Eduardo Viola, professor da UnB, figura prolixa, confusa, falando aos borbotões, e que jamais deveria desinformar em publico antes de concluir breve curso de califasia, arte de falar com boa dicção e elegância. O terceiro convidado, Eduardo Gianetti, economista, também se empenhou em demonizar Donald Trump, sem contextualizar as medidas justas do novo Presidente dos EUA.

Todos eles, em uníssono, compunham uma espécie de tribunal de acusação, digno do concebido pelo Grande Inquisidor para levar Cristo à fogueira.

Voltaremos ao assunto.

27 de fevereiro de 2017
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

COMO SERÁ O AMANHÃ?

As duas pesquisas que indicam Lula em primeiro lugar dizem tudo, mas não dizem nada. Dizem que denúncias de corrupção não impedem a vitória de ninguém (quantos acusados já não foram eleitos em nosso país?) Não dizem, por mais que os lulodilmistas o proclamem, que Lula será eleito presidente em 2018. A eleição é daqui a dois anos, muito longe para que as pesquisas indiquem agora um eventual vencedor. Não levam em conta o derretimento do PT, o que reduz a força de seu candidato. Mas demonstram que o antipetismo não tem hoje nenhum candidato viável. Tem vários candidatos, mas caso se abracem é melhor separá-los, porque é briga. Ai do aliado que não proteger as costas quando estiver entre os amigos.

A prova de que os adversários do PT não têm candidato é que, na pesquisa da Confederação Nacional do Trabalho, quem se saiu melhor foi Jair Bolsonaro, encostando em Marina Silva, à frente de Aécio. É difícil imaginar Bolsonaro numa final presidencial, mas o exemplo Trump mostra que tudo é possível. No trabalho da Paraná Pesquisas, quem surpreende é João Dória, que vem se saindo bem mas não tem nem dois meses de exercício do mandato. Dória está tecnicamente empatado com Marina, Bolsonaro e Joaquim Barbosa, pouco mais de dez pontos atrás de Lula.

A pesquisa diz mais de uma coisa: quem quiser Lula fora tem de se esforçar para que seja condenado e preso. Solto, é um candidato temível.

Inscrito nos anais

A decisão é da juíza Eliana Cassali Tosi, da 30ª Vara Criminal de São Paulo: chamar Lula de “chefe de quadrilha” não é calúnia nem injúria. Por isso, absolveu o historiador Marco Antônio Villa no processo que lhe foi movido pelo ex-presidente. Villa, no mesmo comentário, pela TV Cultura, SP, acusou Lula de dirigir esquemas de propina dentro do Poder Público.

O vento levou


Lembra da Operação Hurricane (“Furacão”), contra autoridades acusadas de comprar e vender decisões judiciais para liberar máquinas caça-níqueis? Já lá se vão nove anos. A pena de João Sérgio Leal Pereira, do Ministério Público Federal, prescreveu, e ninguém mais, entre os acusados, tem foro privilegiado. Resultado: por ordem do STJ, o processo vai para a primeira instância. E se faz tudo de novo – agora, pela terceira vez. Na primeira, a questão estava no STF. Um dos acusados no processo era o ministro Paulo Medina, do STJ. Este foi rapidamente punido, pela acusação de vender decisões e receber propina de R$ 1 milhão), com aposentadoria e vencimentos proporcionais ao tempo de serviço – hoje, seus R$ 25 mil mensais. Com Medina condenado a ignorar a maldição bíblica, de ganhar o pão com o suor de seu rosto, a questão foi enviada ao STJ, e lá refeita. E daqui a algum tempo será julgada.

Já viu tudo?


O excelente portal jurídico Espaço Vital (www.espacovital.com.br) traz uma notícia notável: o STF decidiu que o Estado tem a obrigação de indenizar presos em razão de danos morais causados pela falta das condições legais de encarceramento. É uma decisão de repercussão geral, a ser obrigatoriamente aplicada em casos semelhantes. O caso analisado foi o do presidiário Anderson Nunes da Silva, que dormia com a cabeça encostada na privada, no Mato Grosso do Sul, por falta de espaço na cela.

OK: o Estado, quando prende alguém, se obriga a protegê-lo e a dar-lhe condições corretas de alojamento. Mas não há nenhuma referência na sentença às vítimas de quem foi preso. Há alguma compensação às vítimas do crime ou apenas aos acusados que foram presos e condenados?

A volta de Rose


Rosemary Nóvoa de Noronha, que até 2015 foi chefe de Gabinete da Presidência da República em São Paulo, aliada próxima do ex-presidente Lula, é alvo, ao lado de 12 outros réus, de uma petição do Ministério Público Federal à Justiça, para que receba ação civil pública contra todos. A ação foi ajuizada em abril de 2015, mas ainda não foi recebida. A soma das vantagens recebidas por Rose durante o período investigado é minúscula, comparada com as cifras bilionárias a que nos acostumamos: são R$ 140 mil. Se não houver nada mais, é caso de dumping.

Contra tudo

As grandes centrais sindicais decidiram promover, em 15 de março, o Dia Nacional de Lutas com Greve e Paralisações contra a “Reforma” da Previdência Social Pública. Apesar das divergências entre as centrais, todas concordaram em, unidas, defender sua posição com o mote Resistir a Todo Custo contra a Retirada dos Direitos.

Deve ser a primeira grande manifestação de março. No dia 26, as entidades que promoveram as passeatas contra Dilma devem voltar às ruas para defender a Lava Jato e protestar contra quem tenta reduzir seu ímpeto.

27 de fevereiro de 2017
Carlos Brickmann é jornalista e consultor de comunicação. Diretor da Brickmann & Associados, foi colunista, editor-chefe e editor responsável da Folha da Tarde; diretor de telejornalismo da Rede Bandeirantes; repórter especial, editor de Economia, editor de Internacional da Folha de S. Paulo; secretário de Redação e editor da Revista Visão; repórter especial, editor de Internacional, de Política e de Nacional do Jornal da Tarde.