"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 9 de janeiro de 2016

POLÍTICA CRIMINOSA


A prisão do senador Delcídio Amaral, ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, e, depois, confirmada pelo Senado suscita uma série de questões que dizem respeito ao desenlace da atual crise. Agora, um fato novo vem à tona. Ele recoloca com força o problema de um governo que já acabou, embora a presidente relute em reconhecer esse fato que se impõe a todos os que pretendem ver a realidade. Parece que o país petista conseguiu ir além de qualquer limite, como se a impunidade e a corrupção fossem simples “regras” que deveriam ser seguidas.
O que imediatamente salta aos olho é uma imensa crise de valores do mundo político e de setores do empresariado, em franca dissonância com os anseios da sociedade brasileira. O lulopetismo estabeleceu a corrupção como modo mesmo de governar, fazendo da impunidade um tipo de conduta que deveria ser seguido por todos. Os valores estão se esfacelando, como se não fossem mais fatores essenciais de coesão social.
Não seria, pois, de espantar o descrédito de que hoje goza a classe política,descrédito esse amplificado pelo fato de o PT, antanho “partido da ética”, simplesmente afirmar que essas coisas são “naturais”. Imaginem as pessoas que vivem com poucos salários-mínimos ou estão desempregadas vendo-se diante de um quadro de corrupção que consome milhões e, mesmo, bilhões de reais. A indignação e a desconfiança são, então, meras consequências.
A política petista pertence, hoje, à crônica policial. Uma política desprovida de qualquer pudor e sem nenhum valor moral tomou conta da cena pública, como se tudo fosse simplesmente válido para a conservação do poder. Limites éticos foram simplesmente desconsiderados. Ser “progressista” significaria, nada mais, do que ser conivente com o crime, incentivador deste, em nome dos “valores” superiores da esquerda e do socialismo.
Ora, o resultado de tal política carente de moralidade é o crime como modo mesmo de governar. A política tornou-se criminosa por sua completa ausência de ética, uma política sem freios de qualquer espécie. Note-se que os escândalos da época petista simplesmente se repetem e ganham novas dimensões. O senador Delcídio Amaral somente escancarou o caráter propriamente mafioso desta política, com a franqueza de uma conversa voltada para a obstrução da Justiça, que possibilitaria a fuga de um profundo conhecedor da política criminosa. Ele não seria o único beneficiário.
O senador procurou salvar-se, procurou salvar o seu banqueiro financiador.A presidente foi também citada por estar supostamente envolvida no escândalo de Pasadena. Pensou, sobretudo, nele, porém sem esquecer os desdobramentos políticos dos casos em que esteve envolvido. A política criminosa está se aproximando da própria presidente, além de já ter atingido o ex-presidente Lula, por intermédio de pessoas próximas como o empresário/amigo José Carlos Bumlai. Em um país que primasse pela moralidade pública e pela acepção mais elevada da política, a presidente já teria renunciado e seu criador, desde já, estaria prestando contas à Justiça.
Neste contexto de política criminosa, não deixa de surpreender a votação do Senado, de 59 votos contra 13 e 1 abstenção, pela manutenção da prisão do senador Delcídio Amaral. Isso porque vários destes senadores possuem investigações em curso no próprio STF, investigações essas que podem vir a comprometer os seus respectivos mandatos.
Ocorreu um fenômeno semelhante quando do impeachment do ex-presidente Collor, em que parlamentares com problemas com a Justiça terminaram por votar favoravelmente à sua saída. Não o fizeram por virtude ou por moralidade, mas premidos pelas circunstâncias, ciosos de conservar a sua própria imagem, por mais desfigurada que estivesse. Há, aqui, uma espécie de contribuição que o vício paga à virtude.
Isto, contudo, só foi possível graças à ampla repercussão obtida pelo áudio da gravação nos diferentes meios de comunicação. Criou-se um ambiente público de maior intolerância com a corrupção e com os políticos, fazendo com que os senadores pensassem duas vezes antes de tentarem empreender uma qualquer absolvição do senador Delcídio Amaral.
Senadores comprometidos com a moralidade, seja em foro íntimo, seja por imposição das circunstâncias públicas, terminaram se decidindo pelo voto aberto neste julgamento. Trata-se, aqui, de uma condição da maior relevância, na medida em que obriga os senadores a uma prestação de contas pública de seus mandatos, devendo se justificar perante os seus eleitores. Neste sentido, a votação preliminar pelo voto aberto foi da maior importância, oferecendo aos cidadãos brasileiros uma transparência política que contrasta tão flagrantemente com o caráter “oculto” da política criminosa.
Um dado particularmente surpreendente de todo esse episódio foi a nota da presidência do PT, na pessoa de Ruy Falcão, dessolidarizandose com o senador Delcídio Amaral. Vaccari, Delúbio, Zé Dirceu e João Paulo Cunha, entre outros, são considerados até hoje “guerreiros do povo brasileiro” por terem cometido atos criminosos em nome do partido. Reconheceram a política criminosa por eles mesmos inventada. Ora, o senador nada mais fez do que os outros fizeram, repetindo um comportamento padrão, em que os interesses partidários e pessoais se misturam tão intimamente. Resta saber se permanecerá calado, sofrendo em sua solidão. Se falar, concluirá o trabalho de desmoronamento da República petista.
O ex-presidente Lula não ficou atrás. Ao tomar conhecimento da gravação do Senador Delcídio Amaral, declarou que este seria “imbecil”, teria feito uma “burrada”. Não fez qualquer juízo moral, porém se contentou em dizer que não seguiu a habilidade própria da política criminosa, baseada no acobertamento. Considerou-o como não inteligente e não como imoral, injusto ou criminoso. Eis o seu padrão da “política”.
O Brasil é o que menos importa para ele e para os seus companheiros.
09 de janeiro de 2016
*Texto por  Denir Lerrer Rosenfielvia Álvaro Pedreira de Cerqueira  
in blog do mario fortes

CLASSIC ROCK - THE GREATEST HITS

METAL BALLADS COLLECTION

MOÇAMBIQUE 2015

U$ 69 milhões de importações do Brasil. Nome da obra: Moamba Major. Valor BNDES: U$ 320 milhões, em 2013. Doação Andrade Gutierrez: R$ 20 milhões, nove dias depois. Nome deveria ser muamba.


É vergonhoso o empréstimo feito por Dilma e operado por Fernando Pimentel, o ministro que "vendia" até mesmo a mulher para fazer negócios, em 2013, ano pré-eleição, para o Moçambique. Segundo a revista Época, foram U$ 320 milhões pedidos pelo paiseco que, uma semana depois, viraram R$ 20 milhões que Edinho Silva recolheu para os cofres da campanha de Dilma nos escritórios da Andrade Gutierrez. 
A matéria pode ser lida aqui.

Vale registrar que a obra financiada é uma  barragem chamada Moamba Major. Mas pode ler "muamba". E o mais impressionante: em 2015, o Brasil exportou U$ 69 milhões para Moçambique, o equivalente a quase cinco "moambas". 
E importou apenas U$ 19 milhões. Só quem ganhou foi a Andrade Gutierrez. E a campanha da Dilma, obviamente. 

09 de fevereiro de 2016
in coroneLeaks

VEJA DESCREVE O MERECIDO DIA A DIA DOS CORRUPTOS DO PAVILHÃO 6


Para Marcelo Odebrecht, é mais um de seus 205 dias em prisão cautelar, situação em que aguarda o desenrolar do processo a que responde por corrupção, fraude e lavagem de dinheiro no escândalo do petrolão. Ele e os outros presos da Lava-­Jato são as estrelas do Pavilhão 6, com suas celas, em geral de 12 metros quadrados, ocupadas por três pessoas. São, portanto, 4 metros quadrados para cada uma - metragem acima dos padrões humanitários da União Europeia e aceitos no Brasil, sem os quais eles estariam sendo submetidos a tratamento degradante.

Caneca de plástico numa mão, tubo de pasta na outra, o interno 118065 tem apenas mais dois colegas de cela. Ele escova os dentes enquanto os outros dois se levantam para usar o "boi", como é chamada no dialeto da cadeia a latrina rente ao chão que fica ao lado do tanque, separada das camas por uma meia parede. Antes que o ralo café da prisão seja servido, o interno 118065 planeja seu dia: exercícios físicos, leitura e anotações.

Desde que a Operação Lava-Jato eclodiu, revelando aos brasileiros o maior esquema de corrupção da história, dezenas de empresários poderosos e alguns dos políticos mais influentes da República enfrentam uma realidade incomum. A tradição de impunidade foi trancafiada. É uma realidade sem precedentes. Marcelo Odebrecht está em companhia de outros catorze presos em sete celas de uma galeria antes reservada apenas a policiais que cometeram crimes. 

São grandes empresários como ele, executivos, ex-­diretores da Petrobras, lobistas, dirigentes partidários e políticos. Corruptos e corruptores. Tubarões e peixes pequenos envolvidos nos bilionários desvios de dinheiro da Petrobras durante os governos do ex-­presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff dividindo o mesmo espaço e compartilhando a mesma rotina.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (foto) é o interno número 119526. Ele divide a cela 602 com o ex-deputado Luiz Argôlo. Preso há 160 dias, Dirceu fez fortuna traficando influência no petrolão. Já Argôlo era um cliente contumaz do esquema. Dirceu passa as horas mergulhado em livros, sendo o mais recente a obra que retrata os primeiros anos de governo do ex-­presidente Fernando Henrique Cardoso. 

Seus amigos explicam que a leitura de Diários da Presidência é uma forma de estudar os adversários tucanos. Pode até ajudar na formação de caráter, mas a motivação intelectual do ex-­ministro é outra. Dirceu lê e produz resenhas para abater os dias de pena. Condenado a sete anos e onze meses de prisão no escândalo do mensalão, ele sabe que se avizinha uma nova e pesada condenação. Aos 69 anos, o "capitão do time" de Lula intui que suas chances de absolvição são remotas. Deve passar mais um bom tempo atrás das grades. Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, "o cadeieiro", como ele mesmo se define, embolsou 39 milhões de reais em propinas.

Já Luiz Argôlo nunca foi muito afeito a assuntos acadêmicos. Ele até tentou, mas não conseguiu, concluir um curso de administração. Em alguns ramos do conhecimento, a prática de fato suplanta a teoria. Durante anos, ele administrou como poucos a coleta de propina. Era tão eficiente que ganhou da quadrilha um helicóptero de presente. Os 275 dias de prisão, porém, afloraram o seu lado intelectual. 

Em Pinhais, além de ler livros para abreviar os dias na cadeia, o ex-­deputado se dedica a um curso profissionalizante do Senai. Está aprendendo técnicas de automação. Pensando no futuro, ele se inscreveu no Enem, fez as provas e, na semana passada, aguardava ansioso o resultado. Caso tenha se classificado, a Justiça poderá autorizar sua saída da penitenciária para assistir às aulas em uma faculdade do Estado - dependendo, claro, do comportamento.

09 de janeiro de 2016
in coroneLeaks

BOMBA! BOMBA! MARCOS VALÉRIO QUER FAZER DELAÇÃO PREMIADA


A defesa de Marcos Valério Fernandes de Souza propôs aos procuradores da Operação Lava Jato, em Curitiba, um acordo de delação premiada em troca de benefícios em eventuais novos processos e mesmo redução da pena de 37 anos de prisão que cumpre por participação no esquema do mensalão. Valério, por meio de seu advogado Marcelo Leonardo, afirma que está disposto a revelar elos entre os dois escândalos.

Leonardo levou a proposta aos procuradores do Paraná nos últimos dias do ano passado, mas o caso terá de ser analisado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pois todos os réus do mensalão foram julgados pelo Supremo Tribunal Federal, inclusive os que não possuíam foro privilegiado.

Ao pedir a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, a força-tarefa da Lava Jato citou um trecho do depoimento prestado por Valério em setembro de 2012 à Procuradoria-Geral da República. 
Na ocasião, na reta final do julgamento no STF, o empresário mineiro tentou, sem sucesso, um acordo de delação premiada – um mês depois a Corte o condenou a 40 anos de prisão, pena que foi reduzida posteriormente com a anulação da sentença pelo crime de quadrilha.

CASO CELSO DANIEL

Valério afirmou na época que foi informado pelo ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira que o pecuarista havia captado empréstimo de R$ 6 milhões no Banco Schahin e depois ficou sabendo que esse montante foi transferido para Ronan Maria Pinto, empresário de Santo André (SP) que estaria chantageando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho no episódio envolvendo o assassinato do ex-prefeito da cidade Celso Daniel (PT), em 2002.

Após ser preso, em novembro do ano passado, Bumlai admitiu em depoimento que o empréstimo de R$ 12 milhões captado em 2004 no Banco Schahin foi repassado para o caixa 2 do PT e metade desse valor transferido para Ronan Maria Pinto.

OUTRA CONFIRMAÇÃO

Valério havia relatado também que a “dívida” com o Banco Schahin teria sido viabilizada por meio da aquisição de sondas de petróleo alugadas pela Petrobrás.

Em dezembro, o Ministério Público Federal denunciou Bumlai e outros 10 investigados – incluindo a cúpula do grupo Schahin, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, os ex-diretores da Petrobrás – por corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. 
Eles foram acusados de participar de um esquema de propinas na contratação da Schahin Engenharia, em 2009, como operadora do navio-sonda Vitória 10000.

“Ele de fato fez um depoimento que coincide com coisas que agora foram apuradas e que já poderiam ter sido apuradas desde 2012 porque ele já tinha narrado”, disse Leonardo, garantindo que seu cliente – que cumpre pena em regime fechado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG) – pode “avançar” nas informações já prestadas. “Agora só se tiver efetiva disposição do Ministério Público de fazer acordo de colaboração. Se não tiver, ele não tem interesse em colaborar com nada.”

EFEITO MARCOS VALÉRIO

A Lava Jato já contabiliza ao menos cinco dezenas de contribuições premiadas entre as já homologadas e em processo. 
O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba, atribuiu o alto número de delações ao que chamou de “efeito Marcos Valério”. 
O ex-sócio das agências de publicidade SMPB e DNA, apontado durante as investigações como o principal operador do mensalão, recebeu a maior pena ao final do processo.

“As pessoas viram que um caso de repercussão gerou punição severa ao Marcos Valério e nós obtivemos o efeito Marcos Valério. Ninguém quer ser um segundo Marcos Valério”, disse o procurador em setembro, durante evento em São Paulo.

Para Dallagnol, mensalão e Lava Jato são parte de um mesmo esquema de corrupção sistematizado no governo federal a partir de 2004, durante a gestão Lula.

DELAÇÃO A QUALQUER MOMENTO

Rubens Glezer, professor da FGV Direito SP especialista na área constitucional, afirma que há previsão legal para Valério firmar acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, ainda que julgado e condenado em outro processo.

A lei que define as organizações criminosas (12.850, de 2013) estabelece que a colaboração com a Justiça pode ser feita a qualquer tempo e independe de uma condenação anterior, desde que a colaboração resulte em resultados como a identificação de coautores e partícipes da organização criminosa e dos crimes; revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização, entre outros. 
“Ele pode fazer a delação tanto depois de ser condenado quanto tratar de um processo que não tenha sido dele, desde que, sendo uma delação, ele fale sobre a organização criminosa”, disse Glezer.

“Eu já conversei sobre isso (contribuição premiada) com membros da força-tarefa em Curitiba. Eles se interessaram pelo depoimento e eu disse que eles tinham de conversar com o procurador-geral (da República). Isso foi na virada do ano”, afirmou o advogado de Valério.

09 de janeiro de 2016
Eduardo Kattah, Ricardo Brandt, Valmar Hupsel FilhoEstadão


DILMA FACILITOU EMPRÉSTIMO DO BNDES À ANDRADE GUTIERREZ



Dilma e presidente de Moçambique
Dilma e Guebuza se reuniram na África do Sul

Antes de sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff teria facilitado a concessão de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em favor da empreiteira Andrade Gutierrez – no valor de US$ 320 milhões  – para a construção de uma barragem em Moçambique. A informação foi publicada em uma reportagem da revista “Época” nessa sexta-feira (8).
Segundo a publicação, Dilma Rousseff e o então presidente de Moçambique, Armando Guebuza, se encontraram em março de 2013, em Durban, na África do Sul, durante uma reunião de países com economia emergente. Dilma e Guebuza trataram de um empréstimo de US$ 320 milhões e, na ocasião, o presidente do país africano teria afirmado que as exigências impostas para a liberação de crédito estavam travando as obras de infraestrutura em Moçambique.
Armando Guebuza não concordava com o fato de que os recursos só poderiam ser liberados mediante a abertura de uma conta bancária de Moçambique num país de economia com baixo risco de calote. Ciente da frustração do presidente, Dilma teria resolvido se colocar à disposição para “resolver o assunto”.
PIMENTEL CONCORDOU
Ainda de acordo com a reportagem da revista Época, um mês depois do encontro, o então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, hoje governador de Minas Gerais, teria concordado com a flexibilização das exigências para fazer o empréstimo para Moçambique.
Depois da liberação do financiamento para a construção da barragem, a empreiteira Andrade Gutierrez doou R$ 20 milhões para a campanha de reeleição de Dilma Rousseff.
A revista questionou o governo sobre a negociação e recebeu, por meio de uma nota enviada pela assessoria de comunicação da Presidência da República, informando que “as doações feitas à campanha de 2014 não tem nenhuma relação com as ações de governo”. Já o BNDES afirmou que o controle na concessão dos créditos à exportação se baseia em critérios técnicos e tem permitido apoio às empresas brasileiras com uma inadimplência extremamente baixa. Para a Andrade Gutierrez, o procedimento todo foi regular e obedeceram è legislação.
“CRITÉRIOS LEGAIS”
Já o governador Fernando Pimentel afirmou que o empréstimo seguiu rigorosamente os critérios legais. Leia na íntegra a nota enviada pela assessoria de imprensa do governador:
“Os financiamentos aprovados pelo Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (COFIG) e pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) têm como objetivo estimular e dar competitividade às empresas brasileiras nas suas vendas de bens e serviços ao exterior. Ao alavancar a exportação de bens e serviços nacionais, o Governo Federal gera emprego e renda no Brasil e contribui para o desenvolvimento tecnológico das empresas brasileiras. Esta é uma prática internacional que foi seguida, rigorosamente dentro do previsto nos critérios legais, em relação ao financiamento para a construção da barragem de Moamba Major, em Moçambique”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Dilma é uma espécie de “Soninha Toda Pura”, personagem de Nelson Rodrigues. Quer aparentar que é “honesta”, em meio a um governo de estelionatários. Quem quiser que acredite.  Perguntem à primeira-amiga Erenice, que ficou milionária fazendo “consultorias” em Brasília. (C.N.)

09 de janeiro de 2016
Deu em O Tempo

FALTA DE LIDERANÇA COMPETENTE NA CÂMARA PREOCUPA DILMA



Bancada do PT é um deserto de homens e ideias
Enquanto a oposição entra em 2016 articulada e disposta a não facilitar a vida da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment em tramitação na Câmara dos Deputados, o PT sinaliza mais uma vez que o governo deverá enfrentar dificuldades com a falta de uma liderança aguerrida e capaz de barrar o movimento dos seus adversários.
A menos de um mês para a escolha dos novos líderes das bancadas, falta consenso no Partido dos Trabalhadores para a definição de quem será seu representante — em um ano que tende a ser o mais difícil para o Palácio do Planalto. Somente em 2 de fevereiro, os petistas se reunirão para eleger o novo representante da bancada, enquanto o PSDB fechou 2015 com Antônio Imbassahy (BA) à frente dos tucanos na volta do recesso parlamentar.
No PT, o acertado era que a corrente Mensagem ao Partido faria a próxima indicação, que no ano passado foi exercida por Sibá Machado (AC). Mas, como os próximos meses deverão ser de enfrentamento e de grande resistência do governo frente à oposição, deputados da legenda defendem nos bastidores a quebra desse acordo e a construção de um nome com real poder de articulação entre a própria bancada, o Palácio do Planalto e, principalmente, os movimentos sociais. Tudo isso na tentativa de minar a força da oposição focada em aniquilar o PT do poder do país. Mas o problema é: quem?
TUDO TRANQUILO?
“Temos bons nomes e não estamos retardados na escolha desse articulador, está tudo tranquilo”, desconversa o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), um dos parlamentares cotados para disputar a vaga de líder. Além dele, são citados Reginaldo Lopes (MG) e Afonso Florence (BA).
Serão os novos líderes os responsáveis por apresentar os nomes que vão compor a comissão especial do impeachment — daí a importância de o governo estar bem articulado na sua base para impedir que o processo vá para a frente e chegue aprovado ao Senado. Além do PSDB, que passou por um processo apertado de eleição do novo líder no fim de dezembro, o PR decidiu, por unanimidade, na bancada, reconduzir Maurício Quintella (AL) ao cargo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como diria o grande ministro Oswaldo Aranha (grande mesmo, inclusive na estatura), a bancada do PT na Câmara tornou-se um deserto de homens e ideias. O líder do PT hoje é o acriano Sibá Machado, um parlamentar inexpressivo e despreparado, e o líder do Governo é o cearense José Guimarães, que ficou nacionalmente conhecido como o deputado dos dólares na cueca. Sem comentários. (C.N.)
09 de janeiro de 2016
Hédio Ferreira Jr.Correio Braziliense

STANLEY JORDAN TRIO THE PARIS CONCERT-SONG FOR MY FATHER