Antes de sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff teria facilitado a concessão de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em favor da empreiteira Andrade Gutierrez – no valor de US$ 320 milhões – para a construção de uma barragem em Moçambique. A informação foi publicada em uma reportagem da revista “Época” nessa sexta-feira (8).
Segundo a publicação, Dilma Rousseff e o então presidente de Moçambique, Armando Guebuza, se encontraram em março de 2013, em Durban, na África do Sul, durante uma reunião de países com economia emergente. Dilma e Guebuza trataram de um empréstimo de US$ 320 milhões e, na ocasião, o presidente do país africano teria afirmado que as exigências impostas para a liberação de crédito estavam travando as obras de infraestrutura em Moçambique.
Armando Guebuza não concordava com o fato de que os recursos só poderiam ser liberados mediante a abertura de uma conta bancária de Moçambique num país de economia com baixo risco de calote. Ciente da frustração do presidente, Dilma teria resolvido se colocar à disposição para “resolver o assunto”.
PIMENTEL CONCORDOU
Ainda de acordo com a reportagem da revista Época, um mês depois do encontro, o então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, hoje governador de Minas Gerais, teria concordado com a flexibilização das exigências para fazer o empréstimo para Moçambique.
Depois da liberação do financiamento para a construção da barragem, a empreiteira Andrade Gutierrez doou R$ 20 milhões para a campanha de reeleição de Dilma Rousseff.
A revista questionou o governo sobre a negociação e recebeu, por meio de uma nota enviada pela assessoria de comunicação da Presidência da República, informando que “as doações feitas à campanha de 2014 não tem nenhuma relação com as ações de governo”. Já o BNDES afirmou que o controle na concessão dos créditos à exportação se baseia em critérios técnicos e tem permitido apoio às empresas brasileiras com uma inadimplência extremamente baixa. Para a Andrade Gutierrez, o procedimento todo foi regular e obedeceram è legislação.
“CRITÉRIOS LEGAIS”
Já o governador Fernando Pimentel afirmou que o empréstimo seguiu rigorosamente os critérios legais. Leia na íntegra a nota enviada pela assessoria de imprensa do governador:
“Os financiamentos aprovados pelo Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (COFIG) e pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) têm como objetivo estimular e dar competitividade às empresas brasileiras nas suas vendas de bens e serviços ao exterior. Ao alavancar a exportação de bens e serviços nacionais, o Governo Federal gera emprego e renda no Brasil e contribui para o desenvolvimento tecnológico das empresas brasileiras. Esta é uma prática internacional que foi seguida, rigorosamente dentro do previsto nos critérios legais, em relação ao financiamento para a construção da barragem de Moamba Major, em Moçambique”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Dilma é uma espécie de “Soninha Toda Pura”, personagem de Nelson Rodrigues. Quer aparentar que é “honesta”, em meio a um governo de estelionatários. Quem quiser que acredite. Perguntem à primeira-amiga Erenice, que ficou milionária fazendo “consultorias” em Brasília. (C.N.)
09 de janeiro de 2016
Deu em O Tempo
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