"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

QUESTÃO DE CLASSE

Uma das crenças mais resistentes do pensamento que imagina a si próprio como o mais moderno, democrático e popular do Brasil é a lenda da inocência dos criminosos pobres. Por essa maneira de ver as coisas, um crime não é um crime se o autor nasceu no lado errado da vida, cresceu dentro da miséria e não conheceu os suportes básicos de uma família regular, de uma escola capaz de tirá-lo da ignorância e do convívio com gente de bem. 
De acordo com as fábulas sociais atualmente em vigência, pessoas assim não tiveram a oportunidade de ser cidadãos decentes - e por isso ficam dispensadas de ser cidadãos decentes. Ninguém as ajudou; ninguém lhes deu o que faltou em sua vida. Como compensação por esse azar, devem ser autorizadas a cometer delitos - ou, no mínimo, considera-se que não é justo responsabilizá-las pelos atos que praticaram, por piores que sejam. 
Na verdade, segundo a teoria socialmente virtuosa, não existem criminosos neste país quando se trata de roubo, latrocínio, sequestro e outras ações de violência extrema - a menos que tenham sido cometidos por cidadãos com patrimônio e renda superiores a determinado nível. E de quem seria, nos demais casos, a responsabilidade? Essa é fácil: "a culpa é da sociedade".

Toda essa conversa é bem cansativa quando se sabe perfeitamente, desde que Moisés anunciou os Dez Mandamentos, que certas práticas são um mal em si mesmas, e ponto-final; não apareceu nas sociedades humanas, de lá para cá, nenhuma novidade capaz de mudar esse entendimento fundamental.

Um crime não deixa de ser um crime pelo fato de ser cometido por uma pessoa pobre, da mesma forma que ser pobre, apenas, não significa ser honesto. Mas e daí? Em nosso pensamento penalmente correto, a ideia de que as culpas são sobretudo uma questão de classe é verdade científica, tão indiscutível quanto a existência do ângulo reto. 
Por esse tipo de ciência, um homicídio não é "matar alguém", como diz o Código Penal brasileiro; para tanto, é preciso que o matador pertença pelo menos à classe média. Daí para baixo, o assassinato de um ser humano é apenas um "fenômeno social". 
Fim da discussão. No mais, segundo os devotos da absolvição automática para os criminosos que dispõem de atestado de pobreza, "somos todos culpados". 
Nada como as culpas coletivas para que não haja culpa alguma - e para que todos ganhem o direito de se declarar em paz perante sua própria consciência.

Embora não faça parte dos programas de nenhum partido ou governo, esta é a fé praticada pela maioria das nossas altas autoridades - junto com as camadas superiores da Ordem dos Advogados do Brasil, juristas de renome e estrelas do mundo intelectual, artístico e sociológico. 
A mídia, de modo geral, os acompanha. Há aliados de peso nos salões de mais alta renda da nação, onde é de bom-tom deplorar a "criminalização da pobreza"; é comum, quando se reúnem, haver mais seguranças do lado de fora do que convidados do lado de dentro. A moda do momento, para todos, é escandalizar-se com a proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, em caso de crimes graves. 
Não se trata de uma questão de ideologia, ou de moral. A punição pela prática de crimes tem, obrigatoriamente, de começar em algum ponto, e 16 anos é uma idade tão boa quanto 18 - é impossível, na verdade, saber qual o número ideal. Mas o tema se tornou um divisor entre o bem e o mal - sendo que o mal, claro, é a redução, já declarada "coisa da direita selvagem".

Alega-se que o número de menores de 18 anos que praticam crimes violentos é muito pequeno, e que a mudança não iria resolver o problema da criminalidade no Brasil. Ambas as afirmações são verdadeiras e sem nenhuma importância. Quem está dizendo o contrário? 
O objetivo da medida é punir delitos que hoje ficam legalmente sem punição - e nada mais. Também é verdade que pessoas de 60 anos cometem poucos crimes, e nem por isso se propõe que se tornem livres de responder por seus atos. Também é verdade que os crimes não vão desaparecer com nenhum tipo de lei - e nem por isso se elimina o Código Penal.

Talvez esteja na hora de pensar que existe alguma coisa profundamente errada com a paixão pela tese de que a desigualdade social é a grande culpada pela criminalidade no Brasil. Segundo o governo, a redução da pobreza está passando por um avanço inédito na história; nesse caso, deveria haver uma redução proporcional no número de crimes, não é? Mas o crime só aumenta. Ou não houve o progresso que se diz, ou a tese está frouxa. Como fica?



05 de junho de 2015
J. R. Guzzo

OS DESAJUSTADOS

A orientação do comando petista aos esperados no congresso do partido, para que não façam críticas a Dilma por sua política de "ajuste fiscal", não é a mais justa. Dilma não merece silêncio, merece muito aplauso. E seu parceiro Joaquim Levy não pode ser esquecido.

Em apenas quatro meses, a política de retração econômica adotada por Dilma e traçada por Levy conseguiu chegar ao fim de abril, como divulgado ontem pela IBGE, com a taxa de desemprego elevada a 8%. Quase, faltando muito pouco, o dobro de outra taxa já obtida pelo atual governo, quando Dilma repudiava a política neoliberal que Levy já rezava.

E olha que o novo índice está atrasado. Com perto de um milhão a mais de desempregados entre fevereiro e abril, há ainda, para o total, o contingente dos desempregados de maio. E quando os petistas se reunirem, a partir do dia 11, a defasagem do dado e o desemprego feito por Dilma e Levy serão ainda maiores.

O mesmo se pode dizer da queda de consumo das famílias, basicamente o alimentar. Da classe média para cima, não há essa redução. Já se vê quem compra menos alimentos. E assim, na conexão de aumento do desemprego e queda do consumo alimentar, o governo acha que está fazendo combate à inflação.

Entre o silêncio e o aplauso para mascarar a opinião, não há diferença no autoritarismo de quem ordena e na sujeição de quem se submete. Se a política neoliberal e o consequente desajuste social não são criticáveis, são aceitos. Se aceitos, aplaudir a veloz e progressiva conquista dos seus objetivos é o lógico e o justo.

O PT quer um congresso com censura prévia. Não há por que não a fazer até o fim. Já que não admite sequer crítica, cabe-lhe aplaudir de uma vez o ajuste fiscal que não passa de maior desajuste social.

IDEM

Arnaldo Madeira é seguido por Alberto Goldman na reprovação às votações do PSDB, na Câmara, contra criações e teses do partido, como a reeleição e o fator previdenciário, ou a favor do distritão. Ambos (Goldman em carta a dirigentes peessedebistas) apontam a falta de debates no partido, opinião também de vários outros.

Mas que debate? Debate permanente era a ideia de Franco Montoro e Mário Covas, assim como o revezamento na presidência partidária a cada três meses, ao fundarem o partido promissor de uma linha social-democrata. Nunca mais houve debate, de coisa alguma. Nada mais claro, nesse sentido, do que a decisão pela candidatura de José Serra à Presidência da República, tomada por Fernando Henrique, Tasso Jereissati, Sérgio Guerra e Aécio Neves em um restaurante em torno de garrafas de vinho. E depois a de Aécio, em circunstâncias idênticas.

Enquanto os interesses eram os mesmos, o PSDB pôde passar a aparência de unidade nas votações. Quando Eduardo Cunha semeou interesses diversos, os deputados peessedebistas mostraram-se iguais às bancadas de conhecida suscetibilidade.

Só o PSDB não sabe que nada mais tem de PSDB. Não é por engano que está em entendimentos para com o PMDB para algo como uma aliança estratégica. É, partindo de posições muito semelhantes, pelas semelhanças a que chegaram depois das diferentes deformações.



05 de junho de 2015
Janio de Freitas

OS TRÊS EIXOS DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA

É notório que o Brasil vem num processo de transformação rápido, que tem sido produzido pela revolução socialista que está em curso. Esta revolução quer ser silenciosa e tem passado desapercebida para a maioria dos brasileiros. Poucas vozes se levantaram para denunciar e falar sobre o assunto. Quero aqui explicitar como esse movimento revolucionário tem sido implantado em nosso país.

São três eixos revolucionários que caminham em paralelo, mas mantendo os mesmos objetivos estratégicos e frequentemente se intercruzando. O primeiro deles é a chamada revolução gramsciana, que entrou em pauta com o maior dos seus estrategistas,Fernando Henrique Cardoso, quando da fundação do Cebrap, no final dos anos sessenta. 
O Cebrap virou um think thank e logo foi imitado por outros, basicamente para realizar a formação de quadros e a produção de ciências sociais comprometidas com a revolução. É claro que o Cebrap levou FHC à presidência da República, três décadas depois. 
A revolução gramsciana se consolidou com a posse de Lula e do PT na Presidência da República.

Basta ver uma breve lista de pesquisadores que passaram pelo Cebrap para se perceber como o organismo espalhou esporos por toda parte: Boris Fausto, Cândido Procópio Ferreira de Camargo, Carlos Estevam Martins, Elza Berquó, Fernando Henrique Cardoso,Francisco Weffort, Francisco de Oliveira, José Arthur Giannotti, José Reginaldo Prandi,1 Juarez Rubens Brandão Lopes, Leôncio Martins Rodrigues, Luciano Martins, Octavio Ianni, Paul Singer e Roberto Schwarz. 

Muitas das cabeças coroadas da academia e da imprensa nunca deixaram de ser agentes propagadores da revolução gramsciana, como se vê. Foram produtores de falsa ciência, a serviço da transformação social. Se você, leitor, fez algum curso universitário provavelmente saiu dele intoxicado com o veneno ideológico produzido por essa gente, que é autora da maior parte da literatura recomendada.

Os agentes formados por esses falsos gurus pouco a pouco foram tomando conta do Estado, de modo a transformar seus organismos em "aparelhos ideológicos", a serviço da causa revolucionária. Tomaram conta primeiro da Educação e da Saúde. Depois de todo o resto.

Essa revolução ganhou força quando dominou do pensamento universitário brasileiro, ao longo dos anos setenta e oitenta (e depois, já que nunca parou). Os professores e alunos passaram a ser divulgadores e doutrinadores das ideias revolucionárias e também cabos eleitorais quando as eleições aconteciam. 
A eficácia política foi total, a ponto de a direita ter desaparecido da cena política, só retornando agora, de forma embrionária e dispersa, com as eleições de 2014. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, será talvez a maior expressão política dessa nova direita. O Brasil está ainda hemiplégico, voado politicamente apenas com seu lado sinistro.

O segundo eixo da revolução é a cultural, que recebeu grande impulso depois da posse de FHC como presidente e ainda maior quando o PT o sucedeu. Políticas de cotas, de aborto, pró movimento gay, causa ambientalista, a busca obsessiva pela igualdade de gêneros no limite do ridículo, liberação do uso de estupefacientes, tudo tem sido feito nessa direção, naturalmente inspirado da Escola de Frankfurt. 

O objetivo derradeiro é destruir a família cristã e o Brasil como unidade, fragmentado em múltiplos "movimentos sociais". Essa perna da revolução sofreu agora profundo revés porque Eduardo Cunha assumiu a presidência da Câmara de Deputados e, como primeira medida, decidiu retirar de pauta os pontos da agenda revolucionária.

O terceiro eixo é mais antigo e é caudatários de intelectuais que produziram ficção e não ficção desde o século XIX. A literatura e a filosofia foram postas a serviço da transformação. A Semana de Arte Moderna é expressão maior dessa tentativa revolucionária. Nossos grandes escritores, em alguma medida, fizeram da sua obra um veículo de propaganda da revolução.

Dos três eixos, o mais pernicioso e o mais profundamente arraigado é o terceiro. Contra ele só pode agir um processo de produção cultural em volume equivalente àqueles produzido pelas esquerdas, convencendo a inteligência brasileira, sua elite cultural bem como econômica, do erro que é abraçar a revolução. 

É um processo que levará décadas, por isso um partido político ou alguma liderança contrarrevolucionária não pode fazer muito, exceto aquilo que Eduardo Cunha fez. É preciso reescrever os livros didáticos, que surjam novos escritores comprometidos com a causa da verdade, que os jornais saiam das mãos dos comunistas, que os professores deixem de ser agentes da transformação para serem os portadores da moralidade. Um movimento assim nem começa e nem acaba em partidos políticos, pois exige o engajamento de uma elite pensante que ainda não existe.

Eu vejo aqui e ali sintomas de vitalidade. É preciso fazer germinar um novo tipo de homem, comprometido com a verdade e o Bem. Vai demorar, mas, se serve de consolo, penso que essa reação está em curso, de forma espontânea. A esquerda deixou de ter o monopólio da mídia e da produção de ideias. 
A internet deu voz àqueles que, isolados, nada podiam fazer para interferir no processo. O simples fato de se discutir o assunto é já trabalhar para a sua superação.
Quem viver verá.


05 de junho de 2015
Nivaldo Cordeiro

BRASIL, O FILHO PRÓDIGO CAIU EM SI?

Quando decidi renovar meu velho blog, dando a ele o formato atual em www.puggina.org, escolhi duas frases para aparecerem intermitentemente na “testa” do site: “O bom liberal sabe que há princípios e valores que se deve conservar” e “O bom conservador deve ser um defensor das liberdades”.

Creio nisso e me vejo, como católico, identificado com as duas vertentes. A liberdade é um dom esplêndido, que Deus respeita como atributo de suas criaturas muito mais do que elas mesmas costumam respeitar. E as responsabilidades que obviamente advêm da liberdade recaem sobre os indivíduos, sobre as pessoas concretas e não sobre grupos sociais, coletivos ou sistemas como alguns querem fazer crer.

É aí que entram os valores que balizam as condutas individuais e, por extensão, a ordem social e os códigos. É socialmente importante saber conservar o que deve ser conservado e mudar o que deve ser mudado. O bom conservador rejeita a revolução, a ruptura da ordem, a substituição da política pela violência, reconhece o valor da tradição e aprecia a liberdade como espaço para realização digna dos indivíduos e dos povos.

Não é por outro motivo que o movimento revolucionário e os que com ele colaboram atacam vigorosamente uns e outros. Liberais e conservadores são identificados, corretamente, como os adversários a serem vencidos. Essa batalha se trava no mundo da cultura. 
Gramsci descobriu isso e fez escola. Seus discípulos brasileiros, ditos intelectuais orgânicos, em poucas décadas tomaram o sistema de ensino das mãos dos educadores cristãos, inclusive na maior parte das instituições confessionais.

Nos anos setenta, incorporaram-se a essa tarefa inúmeros novelistas, diretores e produtores de programas de televisão em canal aberto. Tratei deles em meu artigo anterior “Acabou! Acabou! ”
http://www.puggina.org/artigo/puggina/acabou-acabou/3234). 
Enquanto o comunismo era propagandeado como expressão sublime da bondade humana (!), coube àqueles profissionais a tarefa de destruir os valores da sociedade, em ação de lago espectro. 
Assim, foram zombando do bem, exaltando o mal, pregando a libertinagem e depreciando tudo que merecesse respeito. Foi um longo e bem sucedido processo de destruição moral do qual a corrupção que hoje reprovamos é mero subproduto. A população de patifes, canalhas e sociopatas aumentou em proporções vertiginosas.
Houve um relaxamento até mesmo entre as consciências bem formadas. Gravíssima a omissão de quantos a isso deveriam resistir, nas famílias, nas escolas, nas igrejas e nas instituições! Devemos reconhecer, então: há muito mais culpados entre os omissos do que entre os efetivos agentes do processo de destruição dos valores. 
As liberdades recuaram simultaneamente porque esse era o objetivo final do projeto de dominação cultural: estabelecer a hegemonia política, com o Estado avançando sobre as autonomias dos indivíduos, das famílias e da sociedade e das liberdades econômicas. Foi assim que assistimos, durante décadas, sucessivas derrotas dos conservadores e dos liberais, tão numerosos quanto acomodados.

Felizmente, a cada dia que passa, cresce o número de brasileiros conscientes das causas da desgraça que acometeu a sociedade brasileira. São as pesquisas que o indicam com clareza. Foi tamanha a lambança, tão generalizada a degradação moral, tão impertinentes os abusos do Estado, a cascavel, enfim, tanto agitou seu chocalho que acabou despertando as consciências de sua letargia. A nação dá claros sinais de estar refletindo sobre o que fez de si mesma.

05 de junho de 2015
Percival Puggina

OS DESAVERGONHADOS... ELES SÃO OS MAIS IGUAIS PERANTE A LEI...

DINHEIRO PÚBLICO É USADO SEM LICITAÇÃO OU TOMADA DE PREÇOS

Enquanto o assalariado brasileiro recebe o Vale Alimentação de R$ 13,48, como é o caso dos funcionários do comércio vinculados ao Sindivarejista no Distrito Federal, há deputados pagando com o dinheiro público R$ 15,90 por UMA água de coco e até refeições completas que ultrapassam R$ 240,00.

A Câmara Federal, assim como o Senado, criou a CEAP em 2009 para unificar despesas antes dividas em Verba Indenizatória, Cota de Transporte Aéreo e Cota Postal-telefônica. Atualmente a CEAP disponibiliza mensalmente a cada um dos 513 deputados federais, valores que variam de R$ 30.416,80 (deputados eleitos pelo Distrito Federal) à R$ 45.240,67 (deputados eleitos por Roraima). Despesas como: Locação de veículos, de aeronaves, de embarcações e imóveis, contratação de consultoria jurídica, de assessoria de comunicação, além de serviços gráficos e despesas com alimentação, entre outros.

No caso específico da alimentação, o parlamentar pode gastar o quanto quiser, pois não há limite para este gasto, desde que não excedam o teto da CEAP (também pudera!).
Com essa brincadeira toda, apenas na legislatura passada, o deputado Dr. Adilson Soares, que por sorte nossa não faz mais parte do parlamento, torrou R$ 137 mil apenas com alimentação. 
Fazendo uma conta bem simples e desconsiderando feriados, férias e dias de folga, podemos concluir que o pobre funcionário do comércio de Brasília levaria quase 28 anos para almoçar com seu ticket-refeição o que o Dr. Adilson Soares se alimentou em apenas 4.

O pior disso tudo é que a “Farra da Alimentação” não se restringe a este e mais alguns deputados. São inúmeros os senhores de paletó e gravata que deixam de lado os princípios básicos da administração pública e se fartam com lagostas, camarões, e tantos outros pratos que terei imensa dificuldade em conhece-los até antes do fim da minha existência.

Entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2015 (54ª Legislatura), os “representantes do povo” deixaram em restaurantes e bares do país, a módica quantia de R$ 6.462.003,45. 
Não querendo ser repetitivo, mas sendo movido pelo impulso da curiosidade, com esta quantia seria possível distribuir mais de NOVE MIL cestas básicas a famílias carentes.

O Ato da Mesa 43/2009, que é o conjunto de regras que norteia o uso da CEAP, determina que apenas o deputado pode ter sua alimentação paga com dinheiro público. Sendo assim, parentes, amigos, assessores, secretários, puxa-sacos e afins não podem ter suas despesas alimentícias pagas com o nosso dinheiro. 
Mas, de acordo com a OPS – Operação Política Supervisionada, organização da qual sou fundador e coordenador, especialista na arte de fiscalizar o uso do dinheiro público da CEAP, vem mostrando que esta norma nem sempre (lê-se “quase nunca”) é respeitada.

Valores astronômicos e muitas vezes divergentes com o que é cobrado nos estabelecimentos podem ser encontrados aos montes com uma simples pesquisa no Portal de Transparência da Câmara Federal. E é assim que a OPS e seus colaboradores espalhados por todo o país vêm levantando informações que mostram nitidamente o uso abusivo e desrespeitoso do dinheiro público.
Estes são alguns exemplos:

No dia de sua posse em 01/02/2015, o nobre deputado Zeca Dirceu (PT/PR) nos fez pagar uma conta de R$ 279,34. Porém, neste estabelecimento bastante conhecido da capital federal, o jantar é servido à lá carte e seu custo não passa de R$ 140,00 servindo tranquilamente duas pessoas famintas.




Mais cedo neste mesmo dia, ele esteve no Bar do Ferreira, às margens do Lago Paranoá, e mesmo com o valor médio das refeições oscilando em R$ 35,00 e R$ 55,00, o ávido deputado conseguiu a proeza de deixar por lá R$ 230,00.



O mês de fevereiro deste ano foi gastronomicamente espetacular para o deputado paranaense que foi reeleito com mais de 155 mil votos. No Bar e Restaurante Dudubar em Brasília, a sua fome nos fez pagar R$ 164,54. Porém, este estabelecimento tem pratos individuais que variam de R$ 39,00 à R$ 99,00. A única despesa que mais se aproxima ao valor da nota é o prato com camarão para TRÊS pessoas ao custo de R$ 140,00.



No mês de março, Zeca Dirceu comeu “feito um boi”, como no dito popular. Em Maringá, no dia 09/03, o que chama a atenção não é o valor da conta, mas sim a quantidade de comida ingerida. Considerando a média de consumo do brasileiro por refeição (500gr.), o nobre deputado comeu o que até mesmo uma pessoa que faz esforços físicos pesados diariamente teria dificuldades de ingerir. Foram 1,426Kg de comida.



No restaurante Avenida Paulista especializado em pizzas, mas que também serve refeições à lá carte, o custo por pessoa varia entre R$ 50,00 e R$ 70,00. Porém, como parece ser uma regra própria e cumprida fielmente pelo nobre parlamentar, o valor pago COM DINHEIRO PÚBLICO foi de R$ 191,18.




Eu poderia continuar mostrando outras despesas “diferentes” com refeição realizadas pelo deputado Zeca Dirceu (assim como ocorre com uma centena de outros deputados federais), mas a lista é muito grande e o que já foi mostrado até aqui é mais que o suficiente para que todos nós saibamos que o uso do dinheiro público da CEAP é desmedido, irresponsável e ultrapassa a barreira do que é tolerável.
A Câmara Federal se vê engessada para realizar este tipo de fiscalização, pois está limitada a apenas proceder a conferência da validade fiscal das notas apresentadas e se a despesa é uma das inúmeras passíveis de reembolso ao parlamentar. Diante deste caótico quadro de desrespeito ao bem público, deputados se aproveitam para bancar COM DINHEIRO PÚBLICO, despesas de terceiros.

Infelizmente ainda não é possível verificar o uso da CEAPS (Senado Federal) da mesma forma que é possível fazê-lo na Câmara, pois o Senado não cumpre a Lei de Acesso à Informação ao NEGAR o acesso às cópias dos comprovantes de despesas apresentados pelos senadores.

Enquanto toda esta balbúrdia segue indefectivelmente na “casa do povo”, o vendedor varejista do Distrito Federal deve continuar a se contentar com os seus R$ 13,48 diários de Vale-Refeição, que para quem conhece Brasília, insuficiente para pagar uma refeição minimamente decente.
Meu nome é Lúcio Big – Sou jornalista, mas acima de tudo um brasileiro.

05 de junho de 2015
Lúcio Big

TUDO DENTRO DA LEI...

Somos legalizantes, legalistas, legalóficos e legalomaníacos. Cremos que a vida social e seus costumes mais arraigados; ou os seus laços mais sagrados, mudam com a lei. Mudamos a lei para não mudar o nosso conforto e a nossa perene má-fé. 
Em outras palavras, para não segui-la.

Vivemos recessão, inflação e depressão causadas pelos nossos projetos onipotentes, mas tudo dentro da lei. Ficamos imensamente ricos roubando contratos e emitindo notas falsas, mas de acordo com um programa e, é lógico, dentro da lei. Ultrapassamos todos os limites dos nossos papéis de administradores temporários dos bens públicos e confundimos nossas vidas com instituições do partido e do Estado, mas de acordo com a lei.

A mentira em nome do povo tem sido a nossa moeda corrente, mas tudo dentro da lei. Preferimos dar cargos públicos a gente nossa, gente boa, gente do nosso coração, alijando pessoas capacitadas, mas tudo dentro da lei. Encorajamos a confusão entre o pessoal e o público, o local e o nacional, o nacional e o internacional, mas tudo dentro da lei. Tentamos controlar a maquina pública naquilo que ela pudesse nos prejudicar e em tudo que ela pudesse nos ajudar, mas tudo dentro da lei.

A lei nos agasalha, protege, guia e nos ajuda a acusar, a patrulhar e a perseguir os nossos inimigos.

Somos, acima de tudo, legais.

Bons companheiros e camaradas. Amigos de cofre e de mesa, de boa arte e comidas. Tudo dentro da lei. Transformamos interesses pessoais e partidários em leis e instituições, dentro da lei.

Combatemos o bom combate eleitoral usando tudo o que estava e não estava ao nosso alcance, mas dentro da lei. Rigorosamente dentro da lei. Nossa agremiação recebeu propinas pagas a obras não realizadas e contratos superfaturados, mas tudo dentro da lei. Tudo impecavelmente aprovado pelos tribunais da Terra e dos céus.

Aliás, antes de existir o mundo, as pessoas, os bichos, o vasto oceano, as montanhas, as tempestades; os terremotos, as cheias e as secas; a neve, a chuva e o sol de rachar. Antes da praia e do mar azul que poluímos; antes do arroz com feijão, da pipoca, do pirão, do peixe frito e da empada. Antes do cachorro-quente, do circo, da novela, da bossa nova e do carnaval. Antes da guerra, das grandes e pequenas batalhas, inclusive as de confete. Antes da tortura e da Abolição da Escravatura. Aliás, antes mesmo da Linha de Tordesilhas que dividia o mundo entre Espanha e Portugal; e antes do Brasil, havia a lei.

Ela nasceu de um buraco negro e criou a realidade. Construindo-a, ela permite desfazê-la. A nosso gosto e prazer, é claro. Sem amor ou ódio, sem proposito ou alvo, pois a lei é paras todos. Mas, como diz a própria lei, ela é mais para nós do que para eles.

Nossa fraternidade — há quantos anos eu te conheço? — é melhor e, sejamos legais, muito mais honesta e correta do que a deles. A lei pende sempre para o nosso lado, mesmo que ela tenha essa mania estúpida e liberal de ser para todos.

Seria ilegal tratar o querido companheiro como todo mundo. Como reza a lei, a igualdade não é possível. A honestidade, então, nem é bom falar. Ambas são um ardil liberal-capitalista desenhado pelo mercado. Ouça uma coisa e espalhe outra. Assim criaremos um mundo mais justo e perfeito. A boa-fé e a verdade são para o outro mundo.

No mundo do poder pode-se até mesmo esquecer e anular os crimes e a História, desde que seja dentro da lei. A prescrição como figura legal é uma engenhosa máquina do tempo. Com ela, fazemos o tempo retornar para anular crimes. Até Hitler teria sua prescrição especial e compreensiva entre nós.

Lei, lei, lei e lei. Contra a verdade, a lei. Contra a ingenuidade, a lei. Contra o outro, a lei. Contra a boa vontade, a lei. Não insistam: nosso maior adversário não são o crime e a ausência de responsabilidade pública encapsulados imbecilmente como um moralismo barato e de direita: é a lei. Vamos revoga-la? Jamais. Vamos, isso sim, reformá-la e usá-la em nosso benefício como sempre temos feito. O legal é maior que o justo e o real. Adoramos a lei em sua majestade paragrafada, subdividida em sentenças claras, escrita por linhas tortas, mas sempre certas quando nós a temos nas mãos e a aplicamos. Na mentira, na hipocrisia e, acima de tudo, na desfaçatez, fiquem sempre com a lei e pela lei. Somos por todas as legalidades, inclusive e sobretudo pela legalidade da ilegalidade.

Somos um dos países mais corruptos, injustos e desiguais do mundo, mas temos um orgulho: estamos sempre dentro da lei!

05 de junho de 2015
Roberto DaMatta

AS PROVAS DE QUE QUEM GARANTIRÁ O LASTRO DAS OBRAS DO BNDE3S EM CUBA É O NOSSO BOLSO...

Quero provar que Cuba não vai pagar os investimentos feitos lá, a mando e tutela do BNDES. Vou provar que a conta astronômica vai ser exclusividade nossa, como a jabuticaba.

Vamos começar com a revista Veja: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cobrou taxas de juros menores do que as aplicadas em operações brasileiras para financiar obras de infraestrutura em países da América Latina e da África. Levantamento do site de VEJA feito com base nos dados divulgados nesta terça-feira mostra que 70% dos 11,9 bilhões de dólares emprestados entre 2007 e 2014 foram operações a juros abaixo de 5% ao ano. Isso equivale a 58% dos 516 contratos firmados no exterior neste intervalo.


A revista Veja escreveu: “No período em que os empréstimos internacionais foram concedidos, os juros praticados pelo BNDES para grande parte das operações no Brasil variaram de 5% a 6,5%, acrescidos de uma taxa que leva em conta o risco país. 
Do total de 682 milhões de dólares que a instituição liberou para a construção do Porto de Mariel, na ilha dos irmãos Castro, 400 milhões de dólares foram cedidos a um custo entre 4,4% e 4,8% ao ano - abaixo da TJLP e do custo de captação do FAT. 
Ou seja, o BNDES pagou mais para obter recursos junto ao fundo dos trabalhadores do que recebeu dos clientes cubanos. No caso da Venezuela, a operação foi semelhante”. 

Isto posto, vamos ao seguinte ponto, sobre o qual ninguém falou.
O BNDES afirma que os empréstimos a Cuba têm garantia: mas a garantia (o que Dilma não conta) é do Tesouro do Brasil. O empréstimo feito a Cuba tem um fundo garantidor que é gerido pelo BNDES com dinheiro do nosso Tesouro, repito.


Entrei no site do BNDES Transparência e chequei o seguinte: os empréstimos a Cuba são tutelados por esse fundo garantidor, que é do Ministério da Fazenda do Brasil.
Cuba não pagará nada: nós sim!
Tem mais: com esse lance de Cuba, não exportamos nada: nem mão de obra, que é deles…


Veja você mesmo as provas disso nos links abaixo, de onde retirei minhas afirmações.
Aqui estão os textos que comprovam que banca dos empréstimos é do nosso BNDES:

um sobre seguro de crédito para exportação, um sobre a transparência do BNDES, e outro de consulta a financiamentos de exportação para obras no exterior.
Economia Cubana


No período de entre 1994 e 1999 a economia cubana cresceu uma média anual de 4,5%. Em 1995 o crescimento foi de 6,2%. Durante o “Período Especial” houve uma recessão provocada pela retirada dos subsídios da URSS(cerca de 4 a 6 bilhões de dólares anuais entre 1989 e 1993), o que representou uma perda de 35% em relação ao pico de seu PIB. No ano 2000 o crescimento atingiu 5,6%, em 2001 foi de 3%, a média do crescimento econômico mundial esteve em torno 1,3% e em nível latino-americano atingiu somente 0,5%.


Em 2005 o crescimento foi de 5% e em 2006 Cuba teve o maior crescimento econômico de sua história. Nesse ano seu crescimento teria sido de 11.1%.
Mas em 2014 Cuba pediu a empresas internacionais para investir mais de US $ 8 bilhões na ilha como incentivo inicial.
O país diz agora que precisa de investimento estrangeiro de US $ 2 bilhões por ano para ajudar a levantar uma taxa de crescimento econômico que não deverá ser superior a 1 por cento este ano em 2015.

É nesse quadro que botaram a nossa grana.
Ou seja: assim como no Paraguai, em Cuba la Garantía Soy Yo: Yo y Nosotros, todos del BNDES!!!


05 de junho de 2015
Claudio Tognoli

PLENÁRIO VOTA NO DIA 17 A REDUÇÃO DA MAIORIDADE


LAERTE BESSA ACHA QUE COMISSÃO ESPECIAL APROVARÁ SEU RELATÓRIO


O DEPUTADO LAERTE BESSA É O RELATOR DA PEC QUE
REDUZ A MAIORIDADE PENAL.


O deputado Laerte Bessa (PR-DF), relator dA comissão que analisa a proposta de emenda constitucional de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, confirmou que vai apresentar seu parecer na próxima quarta-feira (10). A proposta deve ser votada até o dia 17.

Bessa acredita que o colegiado deve ser favorável à redução da maioridade. “Uma coisa é certa: será dada uma resposta imediata para a sociedade brasileira, que está clamando pela redução da maioridade”, declarou.

Diversos deputados, como Arnaldo Jordy (PPS-PA), Glauber Braga (PSB-RJ), e Darcísio Perondi (PMDB-RS), entretanto, afirmaram que o tempo da comissão estava sendo “atropelado”. Eles criticaram a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de colocar a proposta em votação no plenário ainda este mês.

O relator rejeitou a ideia e ressaltou que a decisão de apresentar o relatório no dia 10 foi dele mesmo, e não do presidente da Câmara. O deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) considerou a medida acertada. Para ele, não haverá consenso mesmo que o colegiado trabalhe por mais muitos meses.



05 de junho de 2015
diário do poder

ABRINDO A CAIXA DE PANDORA


MPF DEVASSOU MAIS DE 50 CONTRATOS DO BNDES
MAIS DE 50 CONTRATOS DO BNDES NO PAÍS E EXTERIOR FORAM DEVASSADOS



O BANCO ABRIU SEUS CONTRATOS "SECRETOS" NUMA 
TENTATIVA FRUSTRADA DE IMPEDIR AÇÃO DO MPF.


O Ministério Público Federal (MPF) realizou uma minuciosa devassa em cerca de 50 contratos de financiamentos do BNDES com empreiteiras brasileiras, sendo metade relativa a contratos de obras no exterior em condições consideradas demasiado vantajosas. Essa investigação levou o MPF a formular mais de 60 pedidos de prisão, ainda sob exame de força-tarefa de cinco juízes federais de Brasília.

A recente decisão do BNDES de “abrir” contratos secretos é uma tentativa de evitar uma aguardada operação contra suas malfeitorias.

Levantamento desta coluna, há 4 meses, foi confirmado pelo jornal O Globo: a Odebrecht faturou 70% dos negócios do BNDES no exterior.

O ex-presidente Lula foi denunciado por suposto lobby para conseguir obras bilionárias para Odebrecht no exterior, financiadas pelo BNDES.

As relações do BNDES com empresas como o grupo JBS/Friboi estão no centro das prioridades da investigação do MPF.



05 de junho de 2015
dia´rio do poder

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Governo espera conter ira de zelites rentistas subindo os juros ainda mais, para alegria dos banqueiros



Com a usura oficial chegando aos cabalísticos 13,75% ao ano (a maior taxa de juros desde janeiro de 2009), tendem a ficar maiores os gastos do governo com a impagável dívida interna "trilionária". Em compensação, especuladores do chamado "capital motel" pode trazer seus rico dinheirinho para aplicar aqui, faturando alto. Assim, ninguém tira o Joaquim Levy... E o sistema de usura segura a Dilma Rousseff - cada vez mais acuada pela dupla Renan-Calheiros/Eduardo Cunha.

Pedala, Dilma... O tal do "Esforço Fiscal", mais com jeitinho brasileiro de arrocho, é de mentirinha. Só ferra o cidadão-eleitor-contribuinte que trabalha e produz. Ao subir ontem em mais meio ponto percentual a taxa básica de juros Selic, o ortodoxo Comitê de Política Monetária do Banco Capimunista do Brasil, mais conhecido pela sigla BC do B, fez duas sinalizações ao mercado em sua "decisão unânime".

A primeira indicação é que o desgoverno está obrando e andando para os efeitos trágicos de uma recessão ou estagflação - termos do economês que o povão entende como desemprego, carestia, queda no consumo, dificuldade de crédito e mais inadimplência e dificuldade para pagar contas com a mesma merreca que ganha trabalhando.

A segunda é que o sistema dá mais uma proteção aos rentistas, que ganham dinheiro especulativamente, sem fazer muita força, ao mesmo tempo em que viabiliza lucros ainda mais recordes aos bancos, compensando o calote (já previsto no seguro dos empréstimos) que tende a aumentar. A terceira dica é que vem mais aumento de juros por aí...


Tirando alguns economistas críticos e quem está efetivamente se ferrando com o modelo rentista-especulativo, só alguns segmentos políticos reagiram a mais um aumentinho dos juros já estratosférico. Um deles foi Paulo Pereira da Silva, presidente do partido Solidariedade, que representa a Força Sindical. Paulinho meteu o pau e o dedo na ferida: "Ao elevar a taxa básica de juros de 13,25% para 13,75% ao ano, o Banco Central do Brasil dá mais um sinal de que pretende sufocar a economia do Brasil sob o pretexto de controlar a inflação. É mais do que sabido que os juros altos só beneficiam o sistema financeiro e quem vive de aplicações bancárias. A taxa básica de juros, chamada de Selic, é só uma referência para um sistema que cobra taxas de juros de mais de 20% ao mês, ou mais de 200% ao ano".

Paulinho segue na bronca: "Quem será ainda mais prejudicado será o trabalhador, que perderá em dose dupla, e quem investe em uma atividade produtiva. O trabalhador, além de perder o emprego, não terá como pagar mais os bens que financiou. E quem investe na produção não terá mais como pegar um empréstimo". O deputado federal e líder sindical aproveita para implodir a Presidenta: "O governo Dilma Rousseff apresenta aos brasileiros uma perspectiva sombria. Ao mesmo tempo em que leva a população para o olho da rua, corta o seguro-desemprego e o abono do PIS. A única alternativa é tirar do poder Dilma e toda a sua equipe e colocar no governo quem apresente políticas para estimular o crescimento econômico e estancar a corrupção que se espalhou por toda a estrutura do governo".

O problema é que Dilma não será tirada tão facilmente pela via política tradicional... E, problema maior ainda, o modelo capimunista-rentista não tem data para acabar no Brasil. Muito pelo contrário, fortalecendo ainda mais o banco e dando um cala-boca nos investidores, que faturam com os juros altos, o desgoverno vai ganhando uma consistente sobrevida. A pretensa "oposição" não será financiada pelos rentistas... E tudo ficará como dantes no cofrinho do Abrantes...

A não ser que os endividados do quartel do Abrantes, cada vez mais proletarizados que antes, comecem a ensaiar algum grito de guerra...


Freud explica?

Diante da conjuntura econômica e do excesso de corrupção sistêmica, com alto teor de impunidade, dá para entender por que Luiz Inácio Lula da Silva foi vaiado, no último dia 1 de junho, ao embarcar em um voo de carreira para a Itália, conforme mostram as imagens?


No avião, diante da insatisfação dos passageiros (aquele turma que o grande líder afirma pertencer às zelites), $talinácio foi obrigado a ser refugiado na cabine do piloto...

Surpresa nenhuma

Alguém se surpreendeu com o levantamento de O Globo indicando que cinco empreiteiras concentram 99,4% do valor de US$ 11,9 bilhões contratado pelo BNDES em exportação de serviços de engenharia entre 2007 e 2015?

Alguém ficou surpreso que o grupo Odebrecht tenha sido o mais beneficiado, com US$ 8,4 bilhões ou 70% do total?

As cinco empreiteiras que concentram o crédito à exportação são Odebrecht (US$ 8,2 bilhões, incluindo sua subsidiária em Cuba, a Companhia de Obras e Infraestrutura), Andrade Gutierrez (US$ 2,6 bilhões), Queiroz Galvão (US$ 388 milhões), OAS (US$ 354,2 milhões) e Camargo Corrêa (US$ 258,8 milhões).

Mandracaria

No financiamento de obras públicas no exterior, o BNDES concede o crédito a um país, que repassa os recursos à empresa que executará as obras.

Oficialmente falando, ao menos na teoria, a escolha da empreiteira fica a cargo do governo daquele país.

Se os de fora escolhem as maiores empreiteiras do Brasil, grandes financiadores de campanhas eleitorais, é porque devem ser muito bonzinhos...

Aí tem...

De Dalmo Accorsini, no Facebook, sobre a recente viagem de Eduardo Cunha à Israel:

"Eu sempre estou atento a tudo o que acontece no Brasil! E posso com certeza levantar uma hipótese aqui com a viagem do Cunha a Israel! Alguma coisa vai acontecer em breve! Essa visita foi Presidencial! Aqui esta minha teoria! O Cunha visitou Israel, porque sabe que Dilma e Temer estão já com os dias contados, ele, Cunha assumira a Presidência mesmo que interinamente, para conquistar apoio Internacional porque o MIMIMI vai ser imenso é necessário o reconhecimento da comunidade internacional, caso contrario você seria um PARIA! Israel será o primeiro pais a reconhecer a legitimidade de Cunha! Senhores preparem seus motores! Vem BOMBA ai!"

Da mesma forma, o Alerta Total indaga: Não seria muita coincidência que Joaquim Barbosa também tenha recebida esta semana o título de Doutor Honoris Causa concedido pela Universidade Hebraica de Jerusalém, com direito a diploma entregue pelo presidente da entidade, o Professor Menachem Ben Sasson?

Retornando

O Tribunal Administrativo Regional do Lazio negou o recurso da defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que tentava impedir a extradição do mensaleiro.

Com a decisão, a ser publicada nesta manhã de quinta-feira pela justiça italiana, o petista condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão pode ser extraditado para o Brasil.

Aqui, Pizzolato cumprirá pena no Presídio da Papuda.

Triste constatação

Do jornalista e professor universitário de Jornalismo Cal Francisco, uma dura e concreta comparação entre administrações municipais que ganharam fama de caóticas na cidade de São Paulo:

"Observando tanto congestionamento, somado as bobagens feitas na cidade, Fernando Haddad me faz sentir saudades do ex-prefeito Celso Pita. Parece que São Paulo está sem administração. Eita, PT".

Gozadores não perdoam


O mais triste é que o preço da roupinha é, literalmente, de enfiar a faca...

Coisas da Cornualha

Do apresentador de tevê Marcos Hummel, também no Facebook, sobre o escândalo que faz a alegria dos tablóides sensacionalistas britânicos, uma profunda reflexão popular:

"Camila Parker traiu o Príncipe Charles. Como dizia meu sábio pai: nunca faltará um chinelo velho para um pé doente".

Caro Marcos Hummel: esperar o que do pessoal lá da Cornualha?

Piada de Brasileiro nos EUA?


Resumindo a notícia anedótica acima, que tem verossimilhança com a conjuntura atual, mas que é falsa, embora valha como uma piada de altíssimo nível para criticar a ignorância reinante:

Um professor foi preso no Aeroporto JFK, sob acusação de tentar embarcar com armas para instruções de matemática: régua, transferidor, um compasso, uma régua de cálculo e uma calculadora...

O mestre foi acusado pelo general Eric Holder de pertencer ao grupo terrorista Al-Gebra...

A piada se torna séria quando, o "general" termina advertindo: "Ensinar nossos filhos processos de conhecimento e equipá-los para resolver problemas é perigoso e põe em risco o nosso governo".

EncaFIFAdo

Do professor, jornalista e botafoguense doente João Baptista de Abreu, também no terrível face, uma indagação relevante sobre o Fifagate:

"Uma pergunta que não quer calar. Depois das falcatruas que acarretaram a prisão de sete dirigentes e a renúncia do presidente, qual a moral da FIFA para punir o atacante Jobson, do Botafogo, com quatro anos de suspensão por se recusar a fazer exame antidoping no Oriente Médio? Quantos anos deveriam pegar estes dirigentes e Josef Blatter?".

Rotina macabra rubro-negra

O Flamengo segue firme na conquista da passagem para a segunda divisão em 2016, com a terceira derrota seguida.

Mais desastroso só ter perdido justamente para o Cruzeiro que começou a ser treinado pelo Vanderlei Luxemburgo que fora demitido, em atitude completamente idiota, pela visão rentista do tal "Conselho Gestor" rubro-negro.

Por isso, segue a pergunta já feita: Será que o recém contratado técnico Cristóvão resiste a mais um tropeção?

Nome técnico adequado?

Do delegado Romeu Tuma Júnior, atraindo a ira da turma LGBT e afins, com o seguinte comentário noticioso:

"Motorola vai oferecer Wi-Fi de graça durante a 19º Parada do Orgulho Gay. Vai chamar "conexão fio terra"...

"Deus é amor mas a cachaça é universal"


Saída mercadológica criativa e estratégica encontrada pelo dono de um boteco, diante da concorrência religiosa ao seu lucrativo negócio...

05 de junho de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.