O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a quebra de sigilo telefônico do atual governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), de seu predecessor no cargo, Sérgio Cabral, em inquérito da Operação Lava Jato na qual os dois são investigados junto do ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner.
Segundo Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema de corrupção na Petrobras, ele arrecadou R$ 30 milhões em caixa dois para a campanha de Sérgio Cabral na eleição de 2010, quando era diretor de abastecimento da estatal. Ainda de acordo com a delação, esse dinheiro também beneficiou Pezão, que era vice na chapa. O ex-secretário era o operador do esquema de repasses. Todos negam as suspeitas.
A Polícia Federal quer então analisar as ligações trocadas entre outubro de 2009 e o fim de 2010. A Justiça também autorizou a quebra de sigilo de sigilo de executivos de empreiteiras suspeitos de participação no esquema de corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras. Após a coleta de provas, a Procuradoria Geral da República poderá pedir abertura de ação penal, se contar com a autorização da Assembleia Legislativa do Estado ou poderá arquivar o caso.
Segundo o G1, Pezão afirmou em ofício apresentado ao STJ que sua campanha não foi beneficiada com dinheiro desviado da Petrobras e pediu um arquivamento dos inquéritos abertos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, o STJ não aceitou os argumentos de Pezão e quer seguir com as investigações. Dificilmente ele será processado, porque a Assembleia Legislativa, quase totalmente dominada, não dará permissão. Quanto a Sergio Cabral não tem mais foro privilegiado e o processo pode seguir na primeira instância, se as provas materiais surgirem. (C.N.)
05 de junho de 2015
Deu na Época
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