"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

A 6a. EXTINÇÃO EM MASSA TERÁ O SER HUMANO COMO VÍTIMA

 Nove espécies humanas andaram na Terra há 300 mil anos atrás. Hoje existe apenas uma. Os neandertais eram caçadores atarracados adaptados ao clima frio da Europa. 

Os denisovanos habitavam a Ásia, enquanto os Homo Erectus mais primitivos vivam na Indonésia e o Homo Rhodesiensis na África Central.

Várias espécies baixas e de cérebro pequeno sobreviveram ao mesmo tempo: Homo Naledi na África do Sul, Homo Luzonensis nas Filipinas, Homo Floresiensis na Indonésia e os misteriosos “homens da caverna” na China. Dada a rapidez com que estamos descobrindo novas espécies, é provável que haja mais para serem encontradas.

Há 10 mil anos atrás, todos eles foram embora. 
O desaparecimento dessas outras espécies se assemelha a uma extinção em massa. Não há nenhuma catástrofe ambiental óbvia, erupções vulcânicas, mudança climática ou impacto de asteroides impulsionando-a. Em vez disso, o momento das extinções sugere que elas foram causadas pelo aparecimento de uma nova espécie, evoluindo entre 260 a 350 mil anos atrás na África Austral, o Homo Sapiens. 
A sexta extinção em massa pode ter como vítima, o próprio ser humano.

A disseminação de seres humanos modernos fora da África causou uma outra extinção em massa, um evento que ocorreu há 40 mil anos que se estende desde o desaparecimento de mamíferos da Era do Gelo até a destruição de florestas tropicais pela civilização nos dias atuais.

Somos uma espécie extremamente perigosa. Nós levamos mamutes, preguiças gigantes e moas, aves de 3,6 metros de altura, à extinção. Destruímos planícies e florestas para agricultura, modificando mais da metade da área terrestre do planeta e alteramos o clima. Mas somos mais perigosos para outras populações humanas porque competimos por recursos e terras.

Os otimistas pintaram os primeiros caçadores como pacíficos, nobres selvagens e argumentaram que nossa cultura, não nossa natureza, cria violência. Mas estudos de campo, relatos históricos e arqueologia mostram que a guerra nas culturas primitivas era intensa e letal. Armas neolíticas, como clavas, lanças, machados e arcos, combinadas com táticas de guerrilha, ataques e emboscadas foram devastadoramente eficazes. A violência foi a principal causa de morte entre os homens nessas sociedades, e as guerras tiveram níveis mais altos de vítimas por pessoa do que Primeira ou a Segunda Guerra Mundial.

A existência de violência cooperativa entre chimpanzés machos sugere que a guerra é anterior à evolução dos seres humanos. Esqueletos neandertais mostram padrões de traumas compatíveis com guerras. Mas armas sofisticadas provavelmente deram ao Homo Sapiens uma vantagem militar. O arsenal do início do Homo Sapiens provavelmente incluía armas de projeteis, como lança e dardos.
Ferramentas e culturas complexas também teriam nos ajudado a coletar com eficiência uma ampla variedade de plantas e animais, alimentando tribos maiores e dando à nossa espécie uma vantagem estratégica em número.

15 de setembro de 2021
redação - olhar digital

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