"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

AÇÃO CONTRA A PETROBRAS NÃO POUPA DILMA E NEM PT

AÇÃO CONTRA A PETROBRAS NA JUSTIÇA DOS EUA CITA PROPINA A MEMBROS DO PT
Na justificativa do veto, Dilma destaca que o projeto é anterior à Emenda das Domésticas FOTO: (André Dusek/AE)
A presidente Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores também estão citados na ação contra a Petrobras em Nova York. FOTO: (André Dusek/AE)
 
A ação civil coletiva proposta por acionistas da Petrobras nos Estados Unidos, na Justiça de Nova York, atesta que o esquema de corrupção conhecido no Brasil como Petrolão “pagou propina a membros do Partido dos Trabalhadores (PT), partido da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.”
 
Uma das provas apresentadas é o testemunho do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa à Justiça Federal.
Graça Foster e os ex-diretores da Petrobras Sérgio Gabrielli, Renato Duque e Paulo Roberto Costa também são citados na ação.
 
A ação sustenta que a Petrobras não cumpre há pelo menos 5 anos o Exchange Act e as regras do mercado de ações nos EUA.
Os executivos enrolados no assalto à Petrobras tinham autoridade para dar contratos superfaturados às empreiteiras que queriam, diz a ação.
 
29 de janeiro de 2015
in Claudio Humberto

AÇÃO NOS EUA CITA ODEBRECHT E GRAÇA FOSTER

AÇÃO BILIONÁRIA NOS EUA RESPONSABILIZA A PRESIDENTE DA PETROBRAS

Por ora, a avaliação isenta a presidente de eventuais punições em processos administrativos Foto: Antônio Cruz/ ABr
Graça Foster e o antecessor Sergio Gabrielli são responsabilizados na ação judicial (Foto: Antônio Cruz/ ABr)
Ação civil coletiva (class action suit) é movida na Justiça de Nova York contra a Petrobras por acionistas nos Estados Unidos, e pode fazer a estatal e seus executivos pagarem indenização. De acordo com a ação judicial movida pelo escritório de advocacia americano Wolf Popper, à qual esta coluna teve acesso, o esquema de roubalheira do Petrolão foi abastecido por tipos como a presidente Graça Foster e o ex Sérgio Gabrielli, para beneficiar fornecedores como a empreiteira Odebrecht.
Além de indenização por dano material, a ação coletiva pede reparação por “dano moral”: agora, pega mal ser portador de ações da Petrobras.
A ação acusa a Petrobras de emitir relatórios falsos e seus executivos de “maquiar” fatos e resultados financeiros para esconder a corrupção.
Entre os pedidos da ação está investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em todos os relatórios emitidos pela Petrobras.
A ação coletiva pode ter milhares de autores, já que a Petrobras vendeu 768 milhões de ações na Bolsa americana entre 2010 e 2014.
29 de janeiro de 2015
in Diário do Poder

PETROBRAS PERDE R$ 16,6 BI EM 48 HORAS


 
(O Globo) A Petrobras viu seu valor de mercado derreter em apenas dois dias 12,9%, ou o equivalente a R$ 16,663 bilhões. Essa queda reflete a menor confiança na companhia, agravada nos dois últimos pregões da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) pela falta de clareza em relação às perdas contábeis - baixas que devem ser registradas em balanço para atualizar o valor dos ativos afetados pelos atos de corrupção na estatal.

Na terça-feira, o valor de mercado da companhia era de R$ 128,718 bilhões. Com a forte queda no valor das ações ocorridona quarta-feira e nessa quinta-feira, a estatal passou a valer R$ 112,055 bilhões, segundo dados da Bloomberg. Só no pregão de hoje, as ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras caíram 3,10%, para R$ 8,75, e as ordinárias recuaram 1,85%, a R$ 8,47.

DIVIDENDOS
 
Além da falta de informações sobre as perdas ocasionadas pelos escândalos de corrupção, os investidores repercutiram ainda a afirmação do diretor de investimento da estatal, Almir Barbassa, de que a empresa pode deixar de realizar os pagamentos de dividendos relativos a 2014. Em 2013, a companhia distribui R$ 9,3 bilhões em dividendos aos acionistas.

— Temos que ver a alternativa (que será usada pela companhia). Poderia fazer uma declaração de dividendos de não pagamento e ficaria como pagamento futuro. Mas isso tem que ser julgado. Não sei se posso declarar zero na condição de stress. Eu tenho (ainda) a alternativa de não pagar — afirmou o diretor a analistas, durante teleconferência realizada na tarde desta quinta-feira.
 
29 de janeiro de 2015
in coroneLeaks

DILMA ROUSSEFF FEZ DA FARSA E DA MENTIRA UM MODO DE VIVER


Presidente Dilma Rousseff

Foram 26 dias de um silêncio sepulcral. Ayn Rand, filósofa que influenciou uma geração de poetas e mesmo economistas, parece ter decifrado antecipadamente a esfinge do Planalto Central que nos devora:
“Quando você perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Dilma está condenada. Na reunião com o ministério, um pastiche da peça de Pirandello, havia 39 personagens à procura de uma autora. Assim é se lhe parece…
Ou seriam os rinocerontes de Ionesco? Qual absurdo é mais desconcertante?
Dilma é o absurdo personificado. Nós somos a plateia de uma comédia que troca o humorismo pelo drama assustador.
Na Granja da Torta (mantendo o gênero exigido pela presidanta), Dilma falou para quem? Para quê?  Quem lhe dará crédito?
Foi um discurso do nada focando o vazio. A piada – nervosa e envergonhada – que não faz rir.  A farsa renovada. O mundo é culpado da desgraça que herdou de si mesma.
O importante é pagar – na boca do caixa – o ingresso claramente falsificado.
O PT acabou. Lula ignora Dilma. Zé Dirceu quer derrubá-la. Marta bate mais do que apanhou quando  prefeita ou ministra. Os ministros da Casa são Pepe “Legal” Vargas e suas ferraduras, Aloísio Mercadante e o poder que nunca basta, ou um Berzoini que gostaria de empunhar uma bazuca contra o Charlie Hebdo. A alternativa é o controle social da mídia.
Pirandello sempre esteve certo mesmo sem ter conhecido Dilma: “É próprio da natureza humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos desastres e das nossas desventuras”.
Com uma diferença:. Dilma não sente – jamais sentirá – culpa nenhuma por seus desastres e desventuras. Ela É o desastre. E também a nossa desventura! Infelizmente, não se dá conta do quão infeliz é! Nem entende que fez da farsa e da mentira o seu modo de viver.
 
29 de janeiro de 2015
Reynaldo Rocha
in Augusto Nunes, Veja online

PEDOFILIA LEGALIZADA

 
É um crime abominável que causa repulsa aos observadores humanos do bem: O casamento pedófilo legalizado por países islâmicos é uma homenagem ao Profeta que já passara dos 50 anos quando transformou em esposa uma menina com menos de 10

“O Profeta Maomé é o modelo que seguimos”, informa no vídeo o saudita Ahmad Al Mu’bi. “Ele tomou Aisha como sua esposa quando tinha 6 anos, mas só fez sexo quando ela tinha 9″. O maridão já passara dos 50, dispensou-se de lembrar o oficiante de casamento.
Também lhe pareceu irrelevante ressalvar que, enquanto esperava que Aisha chegasse ao ponto, Maomé não teve de estrangular a libido. O harém que abrigava o time de reservas de Aisha estava ali para que jamais faltasse companhia noturna.
“Qual é a idade apropriada para a primeira relação sexual?”, interroga-se Ahmad Al Mu’bi no meio do falatório. “Isso varia de acordo com o ambiente e as tradições”, desconversa, caprichando na pose de doutor em aberrações nupciais.
Eis aí uma bom tema para devotas de Lula.
De longe, marilenas chauís e marias-do-rosário contemplam com olho rútilo e lábio trêmulo os turbantes engajados na guerra contra os infiéis em geral e o Grande Satã americano em particular. Se tivessem nascido por lá, conheceriam o abismo que separa um macho de uma fêmea.
Ele pode tudo e tudo decide, saberiam as companheiras da seita lulopetista. Ela obedece sem queixas. Ele é dono. Ela é propriedade. É estuprada na infância, vira mãe na adolescência e se torna avó quando ainda confere no espelho como é a aparência de uma balzaquiana recentíssima.
O modelo saudita, adotado em grande parte do mundo islâmico, permite que qualquer adulto de qualquer faixa etária transforme em esposa, e inicie sexualmente. meninas em idade de brincar com bonecas. Em lugares menos primitivos, esse tipo de assassinato da inocência dá cadeia. Até no Brasil.
Naquelas paragens, o casamento pedófilo é uma homenagem ao Profeta que amava criancinhas.
 
29 de janeiro de 2015
Por Augusto Nunes - Veja Online

FOSTER ADMITE QUE NOVAS DENÚNCIAS PODEM SOMAR PERDAS

Foster afirma que as perdas com a roubalheira podem ser ainda maiores
            
 (Foto:  Antonio Augusto/Camara)
Graça Foster disse, ainda, que recomendou ao conselho de administração que não fosse utilizada a metodologia de valor justo para calcular o efeito da corrupção em seu patrimônio Foto: Antônio Augusto/Câmara

A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou na tarde desta quinta-feira, 29, em teleconferência com analistas e investidores, que as perdas com corrupção, estimadas pela empresa em R$ 4 bilhões, podem ser maiores, caso novas denúncias de desvios de recursos apareçam.

O cálculo do rombo da corrupção no patrimônio da companhia considerou os projetos firmados com empresas investigadas pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato. Do total orçado dos projetos, foram descontados 3%, que seria o pagamento de propina, segundo denúncia feita pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa à Polícia Federal.

De acordo com Graça, a companhia poderá reavaliar os dados apresentados em seu balanço quanto aos valores imobilizados e contratos relacionados às empresas sob investigação da Polícia Federal. Segundo a executiva, a companhia poderá ampliar o escopo dos contratos sob análise, os períodos e também o valor dos ajustes estimados inicialmente no balanço.

“Novas informações oriundas das investigações em curso podem causar novos ajustes, ampliação do escopo dos contratos e empresas e também do período analisados”, disse.
“É importante frisar que o período analisado não foi escolhido pela companhia, mas extraído dos depoimentos recebidos como “prova emprestada” pela Petrobras”, acrescentou.

Preço justo

Graça Foster disse, ainda, que recomendou ao conselho de administração que não fosse utilizada a metodologia de valor justo para calcular o efeito da corrupção em seu patrimônio. Isso porque considera essa metodologia – em que o valor contábil é corrigido pelo valor de mercado – falha, por utilizar inúmeras variáveis.

Entre as variáveis utilizadas que podem comprometer o resultado da análise dos ativos, Graça cita mudanças de preços e margens de insumos, dos equipamentos, salários, deficiência no planejamento de projetos, contratações de bens e serviços antes da conclusão dos projetos básicos das obras – além da “cartelização de fornecedores, corrupção e sobrepreços”.

“Recomendamos ao conselho de administração que não utilizaríamos essa metodologia, por ser uma composição de muitas variáveis”, afirmou a presidente da Petrobras. Em seguida, ela acrescentou que, agora, “o trabalho é fazer uma limpeza dedicada em tudo o que tivermos que fazer”. E que a intenção é “ter uma avaliação correta para o patrimônio líquido e o ativo imobilizado”. Graça disse também que o esquema de corrupção na empresa não afetou a posição de caixa da petroleira.(AE)

Mais artigos sobre:
29 de janeiro de 2015
in diário do poder

ANGOLA É O PRIMEIRO PAÍS DO MUNDO A PROIBIR O ISLÃ



As autoridades de Angola proibiram a religião islâmica e começaram a fechar mesquitas, em um esforço para frear a propagação do "extremismo" muçulmano, segundo meios de comunicação africanos.

De acordo com a ministra angolana da Cultura, Rosa Cruz e Silva, "o processo de legalização do Islã não foi aprovado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos de Angola, e portanto as mesquitas em todo o país serão fechadas e demolidas".

Além disso, os angolanos decidiram proibir dezenas de outras religiões e seitas que, segundo o governo, atentam contra a cultura da nação, cuja religião majoritária é o Cristianismo (praticado por 95% da população).

Por sua vez, o jornal angolano O País informa que cerca de 60 mesquitas já foram fechadas, enquanto os representantes da comunidade muçulmana denunciam que estas medidas foram tomadas sem consulta e que eles não constituem uma pequena seita.

Não obstante, as autoridades de Luanda entendem esumiram que "os muçulmanos radicais não são bem-vindos no país e que o governo angolano não está preparado para legalizar a presença de mesquitas em Angola", nação que se converteu na primeira do mundo a proibir o Islã.

Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_11_26/Angola-vira-o-primeiro-pais-do-mundo-a-proibir-o-Isla-5003/
 
29 de janeiro de 2015
in graça no país das maravilhas

DILMAOMÉ

IMIGRAÇÃO

AS CONTAS DA DILMA NÃO PRESTAM...

AGORA É O GABRIELLI NA PARADA! SE CUIDA LULA...

REINAÇÕES DE GILBERTINHO

 

Faz tempo que estão no terreno das fábulas as tentativas petistas de desvincular a imagem do partido dos sucessivos escândalos nos quais diversos potentados da legenda se envolveram até a medula, na última década. Contra todas as evidências, essas versões zombam da inteligência alheia quando atribuem as bandalheiras a conspirações de entidades diabólicas como “a mídia” e “os rentistas”, todos, claro, inimigos do “povo” – aquele que os líderes do PT julgam encarnar.
Mas, como a provar que a capacidade petista de fantasiar não tem limites, o ex-ministro Gilberto Carvalho conseguiu criar uma versão que deixaria constrangida até a criativa boneca Emília – personagem de Monteiro Lobato que, quando tinha de justificar suas travessuras, abria a “torneirinha de asneiras”.

Segundo Carvalho disse a militantes do PT, em uma reunião testemunhada pelo jornal O Globo, as diversas evidências de que o monumental esquema de corrupção na Petrobrás foi urdido para abastecer os cofres do partido e de outras legendas governistas não passam de uma tentativa de criminalizar os petistas com vista a prejudicar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2018.
Em sua cândida versão, esse complô serve para esconder o fato de que os verdadeiros protagonistas do escândalo da Petrobrás não são os petistas nem os funcionários da estatal que serviram ao esquema, e sim as grandes empreiteiras.
O despudorado desvio de dinheiro para os partidos que lotearam a Petrobrás – chamado singelamente por Carvalho de “contribuição política” – não passa de um “pequeno capítulo do grande crime que é todo o processo do acerto entre as empresas que fazem seu cartel, como fizeram no Metrô de São Paulo e fazem na Petrobrás”. Assim, os únicos criminosos no caso são as “empresas que se unem e corrompem funcionários de uma estatal para auferir lucros, fazer lavagem de dinheiro”.
 
Para entender o que quer Gilbertinho, como Lula o chama carinhosamente, é preciso lembrar que o ex-ministro nunca fala por si, pois sempre foi porta-voz do ex-presidente. Portanto, é Lula quem se manifesta quando Carvalho fabula – razão pela qual tudo deve ser visto na perspectiva da eleição presidencial de 2018, pois, como se sabe, a única coisa que importa para o PT e para Lula é a manutenção do poder.
 
A estratégia é atribuir a “criminalização” do PT aos interessados em eximir os empreiteiros e em enxovalhar dirigentes petistas com o objetivo de atingir a candidatura de Lula. Com o conhecimento de quem integra um partido que se especializou em destruir reputações, Carvalho denunciou a existência de um plano concreto da oposição para esse fim.
“Tem uma central de inteligência disposta a fazer o ataque definitivo ao PT e ao nosso projeto popular”, disse Carvalho aos militantes, acusando os conspiradores de pretender indispor o partido com a classe média.
“Não vamos subestimar a capacidade deles para nos criminalizar, nos identificar com o roubo, para nos chamar de ladrões.” Para o ex-ministro, a intenção “deles” é isolar o PT e “inviabilizar a candidatura do Lula, seja judicialmente, seja politicamente”.
Carvalho disse que faz parte da operação que visa a levar o PT para “as barras dos tribunais” a recente inclusão do ex-ministro José Dirceu nas investigações da Operação Lava Jato. O petista, que cumpre pena por ter protagonizado o caso do mensalão, recebeu pagamentos de empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobrás em troca de “consultoria”.
Para Carvalho, “o envolvimento do Zé agora, de novo, é tudo na mesma perspectiva”, isto é, tem o objetivo de colocar “na cabeça do povo” que “a corrupção nasce conosco e, por isso, não temos condição de continuar governando o País”.
Considerando que a derrota do partido seria a derrota “dos mais pobres, dos excluídos” – o que dá a exata dimensão da arrogância lulopetista -, a palavra de ordem de Lula, vocalizada por Carvalho para a tigrada, é “não baixar a cabeça” e não se “acadelar” – senha inequívoca para partir para o ataque, usando as armas que os petistas manejam muito bem. Afinal, como não se cansa de afirmar o nosso personagem, “nós não somos ladrões”.
 
29 de janeiro de 2015
Editorial d'O Estadão

CINCO NOTAS DE CARLOS BRICKMANN

 

Lula está na muda. Silenciou quando sua invisível aliada Rose Noronha deixou de ser invisível e incomodamente apareceu no noticiário. Mais silente ficou quando viu que seus aliados no Governo foram decepados por Dilma.

Dilma está na muda. Silenciou quando teve de adotar as medidas que acusava Aécio de planejar. Mais silente ficou ao descobrir que seus caros aliados, a quem dedicou tanto carinho, confiáveis não são. E que seu próprio PT está rachado.

A Fundação Perseu Abramo, Lula desde criancinha, a acusa de aprofundar as tendências recessivas da economia com medidas conservadoras e ortodoxas – isso, em linguagem petista, é um insulto e tanto.
Marta Suplicy, articuladora do movimento Volta, Lula, abriu fogo pesado contra Dilma. Maria do Rosário, que foi ministra de Dilma até outro dia, não se manifestou; mas seu marido, o também petista gaúcho Eliezer Pacheco, prefeito de Canoas, disse que Dilma enfrenta a crise achacando os assalariados, “como sempre fizeram os governos de direita”. E completa: “Sou PT, mas não sou cordeiro nem omisso (…) Não foi nisso que votamos (…) Não trairemos nosso projeto nem que a vaca tussa”.

E todos esses são petistas que, se encontrarem Lula em pessoa, terão de fazer enorme esforço para não cair de joelhos e, testa encostada no chão, voz embargada pela emoção, gritar beatificamente “Caramuru! Caramuru!”
O petista-mor José Dirceu, em seu blog, bateu duro em Dilma. Seu filho Zeca Dirceu fez pesado discurso na Câmara contra a corrupção. A vaca anda tossindo.

Dirceu sim, Lula não
Este colunista não gosta de coincidências. Há dias, soube-se que José Dirceu está ouvindo outros grão-petistas que não gostam de Dilma e estão sem voz no Governo. O processo pode levar à criação de nova tendência interna no PT, para assumir o comando do partido, que hoje não é exercido por Rui Falcão.

Pois não é que, em seguida, o Ministério Público pede (e obtém) a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Dirceu, de seu irmão e sócio e da sua empresa? Dirceu recebeu pouco mais de R$ 3,5 milhões de três empreiteiras investigadas no caso Lava-Jato.
OK – mas se é para investigar quem prestou consultoria às grandes empreiteiras, há um profissional ainda mais famoso, cujo relacionamento com as empresas vai a ponto de usar seus jatinhos e de ajudar a fechar negócios internacionais. É o ex-presidente Lula. Ou só Dirceu interessa à investigação? E por que?

A morte é a resposta
Dois atentados terroristas em Buenos Aires, ambos sem solução, eram investigados pelo promotor federal argentino Alberto Nisman. Um, contra a Embaixada israelense, em 1992, com 29 mortos; outro, contra a AMIA, entidade beneficente judaica, matou 85 pessoas. Em ambos os casos, houve acusações a grupos terroristas iranianos.
Um dos acusados chegou a ministro da Defesa do Irã, embora com prisão determinada pela Interpol.

O Governo argentino preferiu deixar pra lá, e o promotor Alberto Nisman chegou à conclusão de que tanto a presidente Cristina Kirchner quanto seu chanceler, Héctor Timerman, haviam trocado a impunidade do ministro da Defesa do Irã por petróleo e financiamentos. Nisman faria a denúncia no dia em que morreu com um tiro na testa.

Há duas possibilidades, ambas terríveis: a primeira, que o promotor, mesmo com policiais guardando seu apartamento, tinha sido assassinado; a segunda, que por algum motivo, bem no dia em que concluiria um trabalho de dez anos apresentando publicamente suas conclusões, suicidou-se. Nesse caso – e lembrando a pergunta do jornalista Alberto Dines, quando os militares insistiram na tese do suicídio de Vladimir Herzog – que é que lhe fizeram para que ele preferisse se suicidar? A que ameaças e pressões terá sido submetido?

O triste caso Timerman
O ministro das Relações Exteriores Hector Timerman, apontado como um dos responsáveis pelo acobertamento do caso, tem uma história interessante. Seu pai, Jacobo Timerman, era um dos mais importantes jornalistas da Argentina. Foi sequestrado pela sinistra polícia da ditadura e desapareceu. Hector, 23 anos, procurou o auxílio do rabino Marshall Meyer. O rabino Meyer decidiu procurar diretamente o temido comissário Miguel Etchecolatz, diretor de Investigações da Polícia. Num duro diálogo, ameaçado de morte por Etchecolatz, disse-lhe que era o pastor que procurava uma ovelha de seu rebanho, e sabia que Etchecolatz era o ladrão que a tinha levado.

Final da história: a Polícia reconheceu que Jacobo Timerman estava vivo e em seu poder. Ele acabou sendo libertado e advertido de que, se ficasse na Argentina, morreria. Foi morar em Israel, que lhe deu asilo, e escreveu um livro clássico: “Prisioneiro sem nome, cela sem número”. Hector Timerman virou político e chegou a chanceler – apenas para entregar ao Irã o direito de investigar os membros de seu próprio Governo acusados da morte de 114 pessoas.

Triste destino: seu pai, corajoso ao extremo, sobreviveu à ditadura. Ele, que tentando a subida desceu, pode ser derrubado pela voz de um morto.

Sugerir não ofende
O ministro do Trabalho, Manuel Dias, prevê demissões “em alguns setores”. Que tal começar as demissões por ministros e amigos que não trabalham?

29 de janeiro de 2015
Carlos Brickmann

UM RECADO DO DONO DA UTC PARA A CÚPULA DO PETISTA

Ou: o risco do “Big One”. Ou ainda: Escândalo começa a revelar a sua real natureza


Aos poucos, o escândalo do petrolão começa a revelar a sua real natureza. A defesa de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, arrolou como suas testemunhas cabeças coroadas do petismo, deste governo e de outros. Estão na sua lista o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, ex-governador da Bahia; Arlindo Chinaglia, candidato do PT e do governo à presidência da Câmara, e Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações. Ele foi além: resolveu  chamar também, vamos dizer assim, uma bancada suprapartidária de deputados: Paulinho da Força (SD-SP), Arnaldo Jardim (PPS-SP), Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) e Jutahy Magalhães (PSDB-BA).
 
Pessoa está preso desde novembro. Ele é apontado como coordenador do que foi chamado “Clube das Empreiteiras”. Em um manuscrito de sua autoria, revelado pela revista VEJA, o empresário deixa claro que o escândalo que veio à luz é de natureza política. Não se trata apenas de um conluio de empresas assaltando o erário. Nas entrelinhas, fica claro que o coordenador da festa é o PT. Tanto é assim que o autor afirma que o Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma, está “preocupadíssimo”.
 
Está escrito lá: “Edinho Silva está preocupadíssimo. Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”. Segundo ele, a bandalheira que passou pela diretoria de Paulo Roberto Costa é “fichinha” perto de outros negócios da Petrobras que também teriam servido à coleta de propina.
 
Pois é… Um réu só chama como testemunha de defesa pessoas que ele acredita possam fazer depoimentos que lhe são favoráveis. Então juntemos as duas pontas: Pessoa deixa claro que o esquema de corrupção é muito maior do que se investiga até agora, sugere que o tesoureiro da campanha de Dilma está preocupado e, em seguida, chama uma penca de petistas para falar em seu favor. A UTC, uma empreiteira baiana, chamou Jaques Wagner, ex-governador da… Bahia! Wagner é aquele que levou para seu governo José Sérgio Grabielli, o baiano que presidiu a Petrobras durante o período da esbórnia. Dois mais dois continuam a ser quatro mesmo no governo do PT.
 
Sim, ele está disposto a ir fundo, parece — caso não recue, como recuou Nestor Cerveró, que chamou Dilma e depois desistiu —, e chamou ainda a bancadinha suprapartidária. O também baiano Jutahy Jr., do PSDB, está na lista, além de Paulinho da Força (SD-SP), Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP). Mas a tensão do momento, nesse grupo parlamentar, fica para Arlindo Chinaglia, candidato à presidência da Câmara.
 
Os petistas, não é segredo, fazem um esforço enorme para ligar ao escândalo Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o outro candidato. Parece que Pessoa tem outros planos para Chinaglia.
Conversei ontem com uma fonte que conhece parte dos bastidores dessa investigação e de seus desdobramentos. Estima-se, atenção!, que até 80 deputados e 20 senadores possam ser engolfados. Parece que os terremotos havidos até aqui são apenas antecipações do “Big One”.
 
29 de janeiro de 2015
Por Reinaldo Azevedo

IMAGINA NA SUÉCIA...

 

O paraíso mora ao lado
por Leonardo Pinto Silva
 
O verão “espetacular”, com picos de temperatura que ultrapassaram os 25 graus centígrados, se insinuou pelo outono e reforçou as gorjetas dos garçons de Oslo. Tudo muito incomum, inclusive pelo fato de que esses rapazes e moças são majoritariamente suecos. E não só eles. Vagas no comércio varejista, nos serviços e até na pujante indústria pesqueira norueguesa vêm sendo ocupadas por cidadãos do país vizinho, onde a taxa de desemprego ronda os 9% – contra meros 3,5% na Noruega.

Pierre Sjalin deixou Karlstad, 260 quilômetros a oeste de Estocolmo, há seis anos, logo depois de concluir o ensino médio. “As perspectivas aqui pareciam melhores”, explicou o jovem de 25 anos. Em Oslo, ele trabalha como vendedor de uma multinacional de vestuário. Dois anos de emprego foram o bastante para que comprasse um apartamento. Voltar à Suécia nem lhe passa pela cabeça. “Meus amigos todos também se mudaram. Sinto falta da família, mas ganho 380 mil coroas norueguesas (140 mil reais) por ano. Posso visitá-los.”

Segundo o governo norueguês, há 50 mil imigrantes suecos em Oslo, uma das poucas capitais europeias com menos de 1 milhão de habitantes. Como em qualquer metrópole globalizada, veem-se pessoas de toda parte, inclusive de países pobres. A novidade são escandinavos deixando a terra natal por ocupações de menor qualificação.

Nunca antes na história da Suécia (renda per capita: 57,9 mil dólares) registrara-se algo parecido. O país que, no Brasil (renda per capita: 11 mil dólares), é metáfora de paraíso social-democrata não chega a aparecer mal na foto, mas já viveu dias melhores. A entrada na União Europeia, há dezenove anos, coincidiu com o apogeu econômico sueco. De lá para cá, a situação ficou um pouco pior.

Seus vizinhos a oeste (renda per capita: 100 mil dólares) foram consultados em dois plebiscitos e, ainda que por margem estreita, preferiram manter distância da Eurolândia. Os noruegueses haviam encontrado reservas gigantescas de petróleo no mar do Norte, e o que já era um idílio socioeconômico tornou-se paroxismo: 5 milhões de almas, o maior Índice de Desenvolvimento Humano do mundo, dinheiro sobrando no fundo soberano e, de vez em quando, até um verão para chamar de seu.

“Paira a impressão de que os jovens noruegueses não querem mais trabalhar porque acham que não precisam”, disse Gard Sveen, consultor do Ministério da Defesa da Noruega e autor de O Último Peregrino, romance policial que será lançado no Brasil em 2015. “Em parte é verdade. Os pais enriqueceram tanto que muitos não trabalham – não porque estudem, mas porque preferem viver no vai da valsa”, disse.

Na busca por empregos em Oslo, os imigrantes suecos levam vantagem. Além das semelhanças linguísticas e culturais com os vizinhos, são qualificados e, em geral, mais polidos do que o norueguês médio, cujas maneiras assaz “objetivas” – uma secura que flerta com a rispidez – podem soar descorteses. “Não há quem reclame dos suecos”, disse Sveen.
“Existe uma cultura profissional mais sólida na Suécia”, atestou Karina Jämtoft, natural de Estocolmo e gerente de um restaurante de frutos do mar em Oslo. Ela não emigrou por razões econômicas – casou-se com um norueguês e tem um filho de 11 meses –, mas, tal como o vendedor Sjalin, não pensa em voltar. Karina não declinou quanto ganha, mas contou que os garçons faturam em torno de 5 mil coroas (quase 2 mil reais) por semana, sem contar as gorjetas. É o bastante para um mês frugal na cidade mais cara do mundo segundo o Índice Big Mac, que mede o poder de compra em relação ao dólar.

Na Suécia e na Noruega não há um salário mínimo definido por lei – cada categoria faz seus acordos coletivos. Os impostos podem passar de 50%, e a contrapartida são serviços públicos de excelência. O dinheiro que se ganha é usado para, por exemplo, viajar. Karina já tinha rodado o mundo com o marido – então namorado – antes de baixar acampamento na terra dele.
O reverso da bonança para os suecos é o enxugamento de vagas especializadas e temporárias para os noruegueses. O sommerjobb, marco da iniciação dos jovens nativos no mercado, já escasseia; até vagas de enfermeiros vêm sendo preenchidas por médicos suecos. Com a economia de vento em popa, isso pode ser um detalhe com o qual nem cabe se preocupar.

“Mas eu meio que me preocupo”, disse a norueguesa Aina Berg, de 28 anos. Formada em educação física, ela ralou durante anos em diferentes bicos. Agora que concluiu o mestrado em psicologia do esporte, não pretende renovar o aluguel até conseguir um emprego fixo. Em último caso, cogita retornar para a casa dos pais em Molde, cidade costeira de 26 mil habitantes.
Enquanto estudava, Aina recebeu bolsa do governo. Tinha um padrão de vida superior ao da classe média brasileira. “Eu fiz escolhas: vendi o carro porque era caro mantê-lo e, em vez de sair à noite, preferi economizar para viajar”, contou. Só neste ano foi a dois resorts no Mediterrâneo, o último deles all inclusive.

Há um componente simbólico no fato de os noruegueses estarem hoje por cima do salmão defumado. Neste ano, celebraram-se 200 anos da constituição própria da Noruega. Historicamente, o país foi o patinho feio da Escandinávia: mais empobrecido, mais religioso, mais rural e menos industrializado. O oposto da Suécia, cuja “neutralidade” na Segunda Guerra não a impediu de consolidar seu parque industrial exportando armas para os nazistas, a quem abriu o território para que ocupassem o vizinho – uma cicatriz na relação bilateral. Mas a roda da história girou. “Já não temos mais medo do nosso irmão mais velho. Crescemos e o encaramos de igual para igual”, resumiu o norueguês Sveen.

Enquanto embrulhava as roupas de uma cliente, Pierre Sjalin parecia alheio a tais refregas geopolíticas. Disse que um dia pretende ingressar na universidade, mas não tem pressa. Como a diferença de classes virtualmente inexiste na Noruega, a situação poderia muito bem ser inversa: ele no papel de freguês. “Me sinto muito bem fazendo o que faço.”

29 de janeiro de 2015
Piauí

ROUBALHEIRA NOS ENVERGONHA


A comitiva brasileira no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, têm sido questionada sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, a mais global das grandes empresas brasileiras.
 
Funcionário do governo alemão até pediu a um diplomata brasileiro para confirmar a informação de que há políticos de partidos governistas que, se não forem presos, poderão até virar ministros do governo Dilma Rousseff.
O funcionário alemão curioso referia-se a Henrique Alves (PMDB-RN) e Ciro Nogueira (PP-PI), que ainda podem virar ministros.
 
Suisse 12
 
Além da expressão de espanto, diplomatas brasileiros ainda têm de enfrentar sorrisos dissimulados ridicularizando a corrupção no Brasil.
Joaquim Levy deixou boa impressão em Davos, mas diplomatas acham que a tarefa – insubstituível – de atrair investidores era de Dilma.
 
29 de janeiro de 2015
in José Horta Manzano
(*) Excerto de artigo do jornalista Cláudio Humberto, publicado no Diário do Poder.

TABACARIA

 

 
Fãs de charuto e a notícia do ano
por Audrey Furlaneto
 

Quinze homens fumavam na centenária Davidoff of Geneva, na avenida Madison, a quatro quarteirões da Trump Tower, em Nova York. Um sujeito roliço e careca entrou esbravejando: “Liguei para meu advogado e perguntei se já podia comprar charutos em Cuba. Ele disse que de jeito nenhum. É tudo uma grande piada!”
Os demais clientes, como prega o código de ética dos fumadores de charuto, ignoraram o desabafo e continuaram a encarar jornais, celulares ou quaisquer distrações que os protegessem do entediante contato humano.

O anúncio histórico de que os Estados Unidos iriam normalizar as relações diplomáticas com Cuba fora feito horas antes, ao meio-dia daquela quarta-feira, 17 de dezembro, pelo presidente Barack Obama.
Representava o início do fim de mais de cinquenta anos de hostilidade americana em relação à ilha socialista e encerrava um dos últimos capítulos da Guerra Fria. Para os homens da tabacaria, no entanto, o que estava em jogo era a possibilidade de comprar (legalmente) charutos cubanos.

“Comemorar é uma palavra forte para descrever minha reação”, disse o executivo do Wall Street Journal Chris Colla, acomodado em uma das poltronas de couro da diminuta sala para fumantes da loja. “Essa história tomou só alguns minutos do meu tempo. Logo soube que o limite para gastar em charutos é muito pequeno”, completou.

Ele apontou para a televisão sintonizada na Fox News, canal fetiche do público republicano. Naquela hora, uma apresentadora loura tratava justamente da nova regra para os apreciadores dos habanos: um americano vindo de Cuba poderá trazer minguados 100 dólares em tabaco – sendo que uma caixa com 25 unidades de Montecristo custa três vezes mais, enquanto a dos cobiçados Cohibas pode chegar a 500 dólares.
“Isso é a mesma coisa que nada”, lamentou Colla, sorvendo um My Father, modelo da Nicarágua, de menos de 20 dólares. Mais tarde, o site da emissora resumiria seu ponto de vista sobre o momento que estava sendo festejado em todo o mundo: “Vitória de Fidel.”

Para piorar, até que o fim do embargo econômico seja aprovado no Congresso – o que pode demorar, dada a reação furibunda dos líderes da maioria republicana no Legislativo –, a compra e venda de charutos cubanos segue ilegal nos Estados Unidos.
Obama fez o máximo que lhe permitia a autoridade presidencial e ampliou consideravelmente os casos em que seus concidadãos estarão autorizados a viajar a Cuba, mas a liberdade ampla e irrestrita de ir à ilha ou de fazer comércio com Havana depende, ainda, de uma decisão parlamentar. Voos charter lotados de turistas com a intenção declarada de charutear estão, por enquanto, fora de cogitação.

Enquanto isso, os apreciadores dos legítimos cubanos terão de continuar burlando a lei e obtendo como podem seus objetos de desejo – em geral chegam aninhados em meias e cuecas escondidas em fundos de malas. “Quem quer consegue”, desdenhou Colla. “Compra-se sobretudo no Canadá”, explicou seu companheiro de fumódromo, Arnab Karmakar, jovem banqueiro que degustava um Camacho – fabricado em Honduras – de 18 dólares.

Elegante numa camisa de listras azuis, suspensórios de bolinhas e gravata com estampa de planetas, um homem de cabelos brancos comentou em voz baixa, como se não quisesse ser ouvido pelos demais: “Esse é um dia maravilhoso, embora esteja cinquenta anos atrasado.

Os charutos? Ah, eu os fumo há 35 anos. Que diferença faz?” Kevin Talley, um dos diretores da International Premium Cigar & Pipe Retailers, principal associação de vendedores de charutos dos Estados Unidos, resumiu: “Infelizmente, o embargo criou um mercado negro.”

O próprio John F. Kennedy, que em 1962 decretou o embargo total a Cuba – ampliando restrições iniciadas pelo presidente anterior, Dwight D. Eisenhower –, tinha suas artimanhas. Segundo o New York Times, teria pedido a seu secretário de Imprensa que garantisse quantos charutos cubanos fossem possíveis horas antes de assinar a medida; amealhou, assim, 1 200 exemplares de H.
Upmann, uma das mais antigas marcas da ilha de Fidel. O democrata Bill Clinton, como se sabe, também é afeito a charutear. Prefere os da marca Gurkha – que podem chegar a custar mil dólares a unidade –, originários da República Dominicana.

O país caribenho vizinho de Cuba tem de fato se destacado na produção. No último ranking anual dos melhores charutos do mundo, divulgado pela revista Cigar Aficionado no dia seguinte ao anúncio de Barack Obama, marcas dominicanas ocupam cinco das dez primeiras posições (contra um único cubano).

Em meio ao ar enfumaçado da tabacaria, apenas uma pessoa seguia atenta à televisão que, ao entardecer, ainda comentava o inesperado gesto diplomático de Obama. Filho de cubanos que deixaram a ilha antes do bloqueo americano, o gerente Luis Miguel Torres celebrava a notícia, ainda que discretamente. “É um dia histórico, mas o embargo ainda está valendo e vai demorar algum tempo para que isso mude”, disse.

Naquela quarta-feira, Torres recebera mais clientes do que o usual – quase todos em busca do fruto proibido. Como bom vendedor, tentou convencê-los a levar os da casa, dentre eles os exemplares de Cohiba, Montecristo e Romeo y Julieta made in República Dominicana. São homônimos dos cubanos, feitos por uma empresa dos Estados Unidos que em 1978 registrou os direitos de usar os nomes.

“Cuba produz charutos maravilhosos. São como os relógios suíços ou os vinhos franceses. Só que existem ótimos relógios também no Japão, ou bons vinhos na Itália”, disse Torres. Minutos depois, distante dos clientes, completaria: “Há muito mito em torno do charuto cubano. Mas isso não quer dizer que eu não vá vendê-lo tão logo seja liberado.” O gerente da tabacaria sorriu.

29 de janeiro de 2015
Piauí

GRAÇA FOSTER REAGE A DENÚNCIAS: "PERGUNTE NO POSTO IPIRANGA".

Graça Foster reage a denúncias: "Pergunta no Posto Ipiranga"
Graça Foster reage a denúncias:

Graça Foster apontou para o fundo do poço a ser explorado

PETROMANIA - Questionada sobre denúncias de corrupção na Petrobras, Graça Foster reagiu com indiferença: "Pergunta no Posto Ipiranga", disse, de forma pausada, mascando capim, enquanto apontava para o horizonte.

Ao ser pressionada sobre a participação de deputados, senadores e ministros no desfalque do caixa da estatal, a presidenta da Petrobras refletiu por longos segundos antes de responder, mais uma vez serena:

"Melhor perguntar lá no Posto Ipiranga". Em seguida, cedeu 3% do merchandising ao PMDB.

Animada com a descoberta de uma enorme bacia fisiológica no seio da Petrobras, Dilma Rousseff convocou a imprensa para fazer um anúncio histórico: "Meus filhos e minhas filhas, quero informar a vocês que, apesar dos pessimistas de plantão, o Brasil será autossuficiente na exploração de contratos aditivados até 2018", garantiu, abraçada a Lula, com as mãos lambuzadas de óleo.

À noite, a cúpula do PMDB se reuniu com Dilma e Graça Foster para celebrar mais um acordo. "Somos os pioneiros na técnica de exploração apurada em burocracias profundas e descobrimos uma concessão ainda inexplorada", gabou-se Renan Calheiros.
"Trata-se do contrato para o fornecimento do cafezinho no segundo andar de uma empresa terceirizada. Ele ainda vigora com valores de mercado e não foi aditivado", comemorou.
Ao que todos, em coro, responderam: "O cafezinho é nosso."

29 de janeiro de 2015
in The i-Piaui Herald

MÁSCARAS DE GRAÇA FOSTER PARA O CARNAVAL PODERÃO CUSTAR ATÉ 430 REAIS


Máscaras de Graça Foster para o carnaval poderão custar até 430 reais

Máscaras de Graça Foster se tornaram item indispensável nos Bailes Mais Chiques da Cidade

SAARA - O Governo do Estado do Rio de Janeiro abriu uma licitação para selecionar empresas aptas a produzir máscaras para o Carnaval 2015. "Precisamos organizar esse troço para ninguém sair processado pelo Cerveró. Chega de amadorismo", discursou Pezão, enquanto nomeava Aparecida Cabral, tia-avó de Sérgio Cabral, para tocar a empreitada.

O resultado da concorrência saiu em poucas horas: o vencedor foi o consórcio composto pelas irmãs Bertoltbrecht, Camargo & Camarguinho e Kairós Galvão. "Produziremos máscaras de Graça Foster confeccionadas de um papelão especial, antiaderente, à prova de tudo", explicou Max Cabral, concunhado de Sérgio Cabral que preside o consórcio.

"Se tudo der certo, as peças ficarão prontas em novembro. Estamos negociando uma taxa de urgência com o BNDES", ressalvou Claudinho Cabral, diretor de vendas.
"Caso não seja possível um subsídio federal, teremos de cobrar 430 reais por unidade", argumentou. Ainda assim, segundo Claudinho, o consórcio já recebeu consideráveis encomendas para o Baile de Abreu e Lima.

29 de janeiro de 2015
in i-Piauí Herald

EU E MAIS UM ZILHÃO TAMBÉM ACHAMOS...

Por que achamos bom dar calote na ONU  

Leitores perguntam a O Antagonista o que o jornal acha do calote do Brasil a orgãos da ONU. 
Antes de dizer o que pensamos, vamos resumir para quem está por fora da história.
O governo brasileiro não vem pagando as contas a vários organismos internacionais  dos quais é membro e, por causa disso, perdeu o direito a voto e a ter representantes ativos em boa parte delas. 
No total, são cerca de 660 milhões de reais em atrasados. Veja quais são os credores e o tamanho das dívidas:
 
a) Tribunal Penal Internacional: 15,4 milhões
 
b) Agência Internacional de Energia Atômica: 90,2 milhões
 
c) Unesco: 61,3 milhões
 
d) Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial: 30 milhões
 
e) FAO: 38,6 milhões
 
f) Fundo da ONU para Operações de Paz: 224,3 milhões
 
g) Secretaria-Geral das Nações Unidas: 198 milhões

A opinião de O Antagonista: como o Brasil está sempre do lado errado nas questões internacionais, sustentamos que, ao deixar o país de fora de decisões e votações, o calote é uma boa coisa para o mundo.
Além disso, possibilita que reivindiquemos com mais vigor aquela que deveria ser a nossa posição permanente no Conselho de Segurança da ONU:  a de servir cafezinho e água aos embaixadores das potências do planeta.



Tira rápido esse café, que o Conselho está nervoso...

29 de janeiro de 2015
in o antagonista

NA GOELA DO PT...

Defesa de Yousseff vai na jugular do PT e afirma que doleiro foi apenas instrumento de uma organização criminosa a serviço de um projeto de poder
 
(Estadão) A defesa do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Operação Lava Jato, comparou o esquema de corrupção e propinas na Petrobrás ao mensalão, escândalo que abalou o primeiro governo Lula e culminou com a condenação do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu.
Em defesa prévia entregue à Justiça Federal do Paraná, base da Lava Jato, os advogados de Youssef refutaram a acusação de que ele foi o líder da organização criminosa que se instalou na estatal petrolífera e afirmaram que “o domínio da organização criminosa estava nas mãos de agentes políticos”.

“Sua participação foi subsidiária às ordens de agentes políticos e públicos os maiores responsáveis pelo esquema que desviou fabulosas quantias dos cofres da Petrobrás visando a manutenção de um projeto de poder bem definido, a vontade de submeter partidos, corromper ideias e subverter a ordem constitucional”, afirma o criminalista Antonio Figueiredo Basto, que coordena o núcleo de defesa do doleiro.

“Embora esse projeto de poder não seja novo, haja vista já ter sido implementado antes em outros órgãos públicos conforme restou provado no julgamento da Ação Penal 470/MG, conhecido como ‘mensalão’, no caso vertente foi superlativo quer pelo requinte dos malfeitos quer pela audácia e desmedida ganância dos agentes políticos, que incrustados no poder fizeram movimentar a máquina pública para atender suas exigências desviando valores vultosos da maior empresa do País a Petrobrás”, sustenta Basto.

O criminalista assegura que Youssef “não tinha poder para determinar o favorecimento de qualquer empresa ou pessoa junto à Petrobrás, somente atuava quando os acertos entre políticos, agentes públicos e empresas já haviam sido premeditados e executados”. “Sua função era fazer o dinheiro chegar aos corruptos e irrigar contas de partidos políticos, conforme ele mesmo informou em seu interrogatório”, destaca a defesa.
“Podemos afirmar sem qualquer margem de erro que as propinas somente existiram por vontade dos agentes políticos.” 

Basto invoca a delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. “A questão esta cifrada na gestão da Petrobrás. Conforme dito por Paulo Roberto Costa, “réu colaborador”, ele foi “colocado” na Diretoria de Abastecimento com as funções de atender aos pleitos dos partidos da base aliada do governo, PT, PP e PMDB, sendo certo que esses partidos dividiam os valores arrecadados pelo esquema de corrupção na base de 1% a 3%.”

O advogado do doleiro vai além. “Não é preciso grandes malabarismos intelectuais para reconhecer que o domínio da organização criminosa estava nas mãos de agentes políticos que não se contentavam em obter riqueza material, ambicionavam poder ilimitado com total desprezo pela ordem legal e democrática, ao ponto do dinheiro subtraído dos cofres da Petrobrás ter sido usado para financiar campanhas políticas no legislativo e executivo. Agentes políticos das mais variadas cataduras racionalizaram os delitos para permanecer no poder, pois sabiam que enquanto triunfassem podiam permitir e realizar qualquer ilicitude, na certeza que a opinião pública os absolveria nas urnas.”

Ao final do documento de 86 páginas anexado aos autos da Lava Jato , a defesa do doleiro pede ainda a unificação de todas as ações penais e a nulidade das escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal.

29 de janeiro de 2015
in coroneLeaks

 http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2015/01/na-goela-do-pt.html
 

LICITAÇÃO ABERTA: APRESENTE O SEU PROJETO...




Aberta licitação para a construção de uma máquina de chutar desonestos...
(Uma boa idéia seria uma guilhotina...)

29 de janeiro de 2015
in o antagonista

A NOTÍCIA MAIS IMPORTANTE DO DIA (ATÉ O MOMENTO)

Até o momento, a notícia mais relevante do dia não é manchete de nenhum grande portal. Foi dada pelo Globo: a brava moçada do Ministério Público Federal solicitará à Justiça, nos próximos dias, que as empreiteiras do Petrolão sejam proibidas de fazer novos contratos com o poder público. É o exato contrário do que querem, com desinteresse e desprendimento, a presidente Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira de esquerda, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

29 de janeiro de 2015
in o antagonista

UM BRASIL INCRÉDULO... UMA NAÇÃO DESCRENTE... UM POVO SEM ESPERANÇA.

FALTA DE REAÇÃO INSTITUCIONAL À ROUBALHEIRA DO PETROLÃO DETONA A CONFIANÇA DA SOCIEDADE NA INTEGRIDADE DA LEI E DA JUSTIÇA

Juiz Sérgio Moro, que preside o inquérito do petrolão (Foto: revista Veja)
Dois egressos da grande mídia, Diogo Mainardi e Mario Sabino.
O primeiro, ex-articulista da revista Veja; o segundo ex-chefe de redação também de Veja, e isto não é coincidência, haja vista que a revista Veja se tornou o único veículo da grande imprensa brasileira que faz jornalismo de verdade.
 
O resto gosta de ouvir advogados de criminosos nas antessalas dos tribunais. Não que eles não devam ser ouvidos. Mas não só eles, mormente quando, no caso, preside o inquérito do petrolão, a maior roubalheira da história do Brasil, o Juiz Federal Sérgio Moro.
 
Diogo Mainardi e Mario Sabino dirigem, editam e escrevem o site jornalístico O Antagonista. Já me referi em outra oportunidade a eles aqui no blog. Pela notoriedade e competência de Mainardi e Sabino, O Antagonista já nasce grande e pode ser considerado um veículo da grande mídia. Em menos de um mês disponível na internet já é um sucesso. 
 
Econômico nos textos e oferecendo a possibilidade de leitura rápida e agradável, O Antagonista diz tudo o que nenhum escrevinhador e/ou falador postado em jornalões e grandes redes de televisão diz. Não que não saibam. Não dizem porque há muito tempo já são penas alugadas de Lula e seus sequazes.
 
Alguns em troca de caraminguás oficiais, outros porque cumprem missão do Foro de São Paulo nas redações. E é bom que se diga, até mesmo na redação da revista Veja esses infelizes estão infiltrados. Se revelam naqueles textos e reportagens onde são introduzidos os conceitos da ideologia do pensamento politicamente correto, quando fatos são relativizados.
 
Por tudo isso, O Antagonista surge como um oásis no meio desse deserto de inteligência. Por isso mesmo é que há algum tempo, conforme podem notar os leitores, me recuso a transcrever qualquer reportagem, artigos, notas e editorais de coisas como Folha de S. Paulo, Estadão e O Globo e similares ou oferecer links endereçando os leitores a esses veículos de mídia. 
 
Quando regressava à sede do blog ouvi no meu carro a rádio CBN passando a mão na cabeça de Cerveró, ex-chefete na Petrobras. O noticiário reproduzia justamente entrevistas com os advogados do indigitado Cerveró envolvido no petrolão.
 
Como os antagonistas Mainardi e Sabino, este modesto blog também está enojado com esse lamaçal de roubalheiras e mentiras.
E mais enojado ainda como os ditos “coleguinhas”, (como jornalista com mais de 40 anos de profissão, sempre deplorei esse dimininutivo “coleguinhas”) alguns velhos guerra e para os quais a história vivida não valeu nada, a provar que a velhice não traz nenhuma sabedoria a ninguém.
 
Tanto é que a maioria desses (argh!) “coleguinhas”, continua com as quatro patas no chão.
Se mentem desabusadamente para sugarem caraminguás estatais ou fazem isso por ideologia, tanto faz, estão fornecendo a prova de todas as minhas afirmativas.
Sobra então muito pouco ou quase nada da grande imprensa brasileira.
 
A chegada de O Antagonista, a par da competência de seus editores, é digna de nota. Além disso também contribui para convalidar centenas de textos que já escrevi denunciando o desmantelamento do jornalismo brasileiro coisa que ficou escancarada depois que a bandalha do PT e seus acólitos, aí incluídos banqueiros e mega-empresários, se adonaram do Estado brasileiro.
 
E, como informei em parágrafo acima, enquanto a CBN, o sistema nacional de rádio da Rede Globo passava a mão na cabeça de Cerveró e suas moscas varejeiras esticavam os microfones em direção aos advogados do ex-chefete da Petrobras, O Antagonista publicava o seguinte texto que transcrevo a íntegra e assino embaixo. Diz tudo
 
SÉRGIO MORO FALA NOS AUTOS... E COMO FALA!
 
Um juiz só deve falar nos autos: o bordão deveria ser seguido à risca, mas no Brasil só se seguem as linhas tortas. Sergio Moro, contudo, é exceção. Imperturbável, técnico, avesso ao histrionismo, ele é o exato contrário de Joaquim Barbosa, que perdeu a admiração de boa parte dos brasileiros com a mesma velocidade com que a ganhou.
 
À frente de um bravo pelotão da Justiça Federal do Paraná, Sergio Moro vem desenrolando o maior escândalo da história do Brasil, inclusive a futura, arriscaríamos dizer, com alguma esperança. Por isso mesmo, vem sendo bombardeado por advogados, no interior do Judiciário venal (O Antagonista sabe e um dia dará os nomes) e pela imprensa petista, tanto a comprada com o dinheiro público como a vendida à ideologia.
 
Um juiz só deve falar nos autos, e Sergio Moro o fez hoje, naquela que foi a declaração mais importante do dia. Depois de Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira de esquerda, dizer de maneira atabalhoada e oblíqua que as empreiteiras envolvidas no escândalo precisam ser preservadas, o comandante da Operação Lava Jato lavou a nossa alma ao responder ao Supremo Tribunal de Justiça sobre a necessidade de manter presos os executivos da OAS. Extraímos dois momentos da fala de Sergio Moro, sempre nos autos: 
 
a) "A falta de reação institucional diante de indícios da prática sistemática e duradoura de graves crimes contra a Administração Pública mina a confiança da sociedade na integridade da lei e da Justiça. Os problemas se avolumam e os custos para sua resolução se tornarão cada vez mais maiores."
 
b)  "A única alternativa eficaz para afastar o risco à ordem pública seria suspender os atuais contratos da OAS com a Petrobras e com todas as outras entidades da Administração Pública direta ou indireta, em todos os três âmbitos federativos. Somente dessa forma, ficaria afastado o risco de repetição dos crimes. Entretanto, essa alternativa não é provavelmente desejada pelo acusado ou por sua empresa e teria, sem cautelas, impactos negativos para terceiros, como demais empregados e para aqueles dependentes ou beneficiados pelas obras públicas em andamento."
 
Sereno, irônico, direto, sem prosopopeias — assim é Sergio Moro.
 

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...


                                       O balanço da Petebras.

 
29 de janeiro de 2015

PESQUISA DO TSE: 76% DOS BRASILEIROS QUEREM O FIM DO VOTO OBRIGATÓRIO E METADE NÃO CONFIA NAS URNAS ELETRÔNICAS


(Valor) Uma pesquisa encomendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou o clima de ceticismo do eleitor em relação ao processo político. Clique aqui e baixe a apresentação completa.

O levantamento, feito pela empresa Checon, teve 1.964 entrevistas feitas em dezembro e teve caráter tanto qualitativo quanto quantitativo.

De acordo com a sondagem, disponível desde ontem na página do TSE na internet, 76% dos pesquisados se disseram contra o voto obrigatório e 55% se mostraram favoráveis às candidaturas avulsas, sem filiação partidária, o que evidencia a descrença na representatividade dos partidos.

O levantamento mostra também que é expressiva a desconfiança do eleitor em relação à segurança das urnas eletrônicas. Dos pesquisados, 38% avaliaram a confiabilidade do sistema com notas de zero a 4. Outros 27% afirmaram que a confiabilidade oscila entre 5 e 7. E apenas 35% afirmaram que a confiabilidade das urnas está acima de 8.

A pesquisa encomendada pelo TSE registrou indícios de que a compra de votos ainda é expressiva. Dos pesquisados, 28% afirmaram ter testemunhado ou tido notícias de compra de votos, enquanto outros 8% preferiram não responder a pergunta. Esta foi parte específica da pesquisa que teve o resultado antecipado pelo jornal "Folha de S. Paulo".
A pesquisa busca segmentar o resultado para todos os Estados pesquisados. Na Paraíba, o percentual foi de 39%, com 101 entrevistas locais. No Rio de Janeiro, com 105 entrevistas, ficou em 23%. O caso extremo foi Roraima, com 71%, mas com amostragem extremamente reduzida, de apenas dezessete entrevistas.

Ao responderem a um questionário sobre qual "o recado" que gostariam de mandar para o TSE, 14% apontou o fim do voto obrigatório, 7% pediram mais controle sobre a segurança da urna e 5% reivindicaram transparência na apuração e aplicação da Lei da Ficha Limpa.

A eleição presidencial no ano passado, a mais acirrada desde o retorno da redemocratização, teve pela primeira vez um pedido de auditoria na contagem de votos por parte da candidatura perdedora no segundo turno.
O PSDB, tendo por base notícias esparsas em redes sociais, levantou dúvidas sobre a totalização dos votos, que deram a vitória para a presidente Dilma Rousseff por três pontos percentuais de diferença. O TSE autorizou o partido a ter acesso às urnas do segundo turno.

No dia da diplomação da presidente como reeleita, representantes do PSDB pediram formalmente a cassação do registro de candidatura de Dilma, alegando irregularidades durante a campanha e solicitaram que o perdedor fosse proclamado presidente eleito.
O presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, em um pronunciamento contundente horas mais tarde, afirmou que não iria permitir "um terceiro turno". "As eleições de 2014, para o Poder Judiciário, são uma página virada. Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral. Que os especuladores se calem", disse na ocasião Dias Toffoli.

A finalidade principal da pesquisa era medir o grau de "recall" das campanhas publicitárias feitas pelo TSE para estimular o eleitorado a comparecer às urnas. O grau de lembrança das peças publicitárias foi alto, acima de 70%.

UM DOM QUIXOTE LUTANDO NA PLANÍCIE CONTRA O DRAGÃO DO PLANALTO

Enquanto Dilma defende as empreiteiras corruptas, o juiz Moro adverte que só o rompimento de todos os contratos pode impedir a continuidade da roubalheira.

SÈrgio Fernando Moro
Ontem Dilma defendeu que as empresas não devem ser punidas. Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato, tem posição diametralmente oposta.

(Estadão) Em ofício ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no qual sustenta a necessidade de manter o decreto de prisão preventiva dos executivos da empreiteira OAS  o juiz federal Sérgio Moro (foto), que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, disse que “a única alternativa eficaz” para afastar o risco à ordem pública seria suspender todos os contratos com a Petrobrás e com todas os outros setores da administração pública.

Ao todo, cinco executivos da OAS estão preso na carceragem da PF em Curitiba (PR). A empreiteira é suspeita de integrar cartel que tomou o controle de contratos bilionários na Petrobrás. Ao decretar a prisão dos executivos, o juiz Moro alegou risco à ordem pública. Os advogados dos empresários entraram com habeas corpus no STJ pedindo revogação da ordem de prisão, alegando que eles se afastaram do comando da empresa. 

Nos ofícios encaminhados ao STJ referentes a cada réu, Moro assinala que “não é suficiente” o afastamento do acusado da empreiteira. Para o magistrado da Lava Jato, “não há como controlar ou prevenir a continuidade da interferência dele na gestão da empresa ou dos contratos”. 

“A única alternativa eficaz para afastar o risco à ordem pública seria suspender os atuais contratos da OAS com a Petrobrás e com todas as outras entidades da administração pública direta ou indireta, em todos os três âmbitos federativos. Somente dessa forma, ficaria afastado, de forma eficaz, o risco de repetição dos crimes”, assinalou o juiz. 

“Entretanto, essa alternativa não é provavelmente desejada pelo acusado ou por sua empresa e teria, sem cautelas, impactos negativos para terceiros, como demais empregados e para aqueles dependentes ou beneficiados pelas obras públicas em andamento”, anotou Sérgio Moro em  relação a cada um dos réus.

O juiz federal adverte que “grande parte do esquema criminoso permanece ainda encoberto, sem que se tenha certeza de que todos os responsáveis serão identificados e todo o dinheiro desviado recuperado”.

“A prisão cautelar do paciente se impõe, lamentavelmente, para prevenir a continuidade do ciclo delituoso, alertando não só a ele, mas também à empresa das consequências da prática de crimes no âmbito de seus negócios com a administração pública”, observou o juiz.

“Necessário, infelizmente, advertir com o remédio amargo as empreiteiras de que essa forma de fazer negócios com a administração pública não é mais aceitável – nunca foi, na expectativa de que abandonem tais práticas criminosas”, argumentou Sérgio Moro.
 
29 de janeiro de 2015
in coroneLeaks