"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

US$ 2 MILHÕES DE DÓLARES... COMO É FÁCIL ROUBAR NESSE PAÍS!

Mensaleiro Pizzolato já tinha acumulado U$ 2 milhões em conta na Suíça 


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Autoridades brasileiras e suíças investigam uma conta secreta de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, condenado no julgamento do mensalão.

Pizzolato fugiu para a Itália após ter prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A conta aberta em um banco na Suíça foi movimentada há dois meses, logo depois da fuga do mensaleiro, que deixou o Brasil em setembro.

O saldo inicial seria de quase 2 milhões de euros e, atualmente, a conta não está zerada, segundo revelou o jornal O Estado de S.Paulo nesta sexta-feira.

Segundo o governo brasileiro, a conta internacional confirma como foi bem orquestrada a fuga de Pizzolato. Apesar da certeza da Polícia Federal quanto à ida do condenado à Itália, a PF afirma que não tem recebido cooperação da polícia italiana – a única com poder para apurar o paradeiro de Pizzolato, que tem dupla cidadania.

Um tratado assinado entre Brasil e Itália não permite extradição de quem tem dupla cidadania.
A recém-criada coordenação de rastreamento e captura da polícia assumiu a investigação com uma equipe de seis policiais. A Interpol, organização que reúne polícias de vários países, também auxilia no caso. O assunto ainda é mantido em sigilo pela Procuradoria-Geral da República e pela PF.

A principal linha de investigação é rastrear o percurso do dinheiro. Diplomatas do Brasil afirmaram que ocorreu uma “intensa troca” de cartas e comunicações entre Brasília e Berna, na Suíça, nas últimas semanas.

17 de janeiro de 2014
Do Estadão

CAIU A CASA

Números da economia mostram que Dilma sofre de mitomania e que o desgoverno está perdido

pib_04O País de Alice – o das fabulosas maravilhas – que a petista Dilma Vana Rousseff enxerta em seus discursos mitômanos e messiânicos continua sendo obra de um imaginário golpista e doentio.

Em sua mensagem de final de ano, a presidente, que está debruçada sobre o projeto de reeleição, disse que 2013 terminou muito melhor do que começou.
O que Dilma não disse aos brasileiros onde esses mirabolantes eventos ocorreram, pois é sabido que a situação do Brasil é grave e preocupante.

Para provar que a gerentona inoperante mente de forma acintosa quando tenta convencer a parcela incauta da opinião pública, o Banco Central divulgou nesta sexta-feira (17) o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente a novembro do ano passado, quando a indicador, que prévia do PIB, registrou queda de 0,31% em relação ao mês anterior, na série sem influências sazonais. IBC-Br de novembro ficou muito aquém da expectativa dos economistas, que apostava em avanço do PIB para o mês.

A situação econômica brasileira é extremamente crítica, sem que os palacianos enfrentem a realidade com a devida responsabilidade. O cenário futuro será ainda pior, se considerarmos a recente decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juro (Selic) em meio ponto percentual, que agora está em 10,5% ao ano.
Como sabem os brasileiros de bem, qualquer aumento da taxa Selic significa elevação automática da dívida pública e desaquecimento da economia, que há muito desconhece o que é céu de brigadeiro. Em meio a essa turbulência o panorama fica mais carrancudo porque apesar de o consumo estar em queda, a inflação continua resistente. Em suma, uma bomba-relógio que já foi acionada.

Quando o ucho.info afirma que o desgoverno petista de Dilma Rousseff é avesso ao planejamento, a esquerda festiva dessa barafunda chamada Brasil entra e polvorosa. Essa situação de descontrole por parte do governo do PT é facilmente comprovada pelo mercado de trabalho.
No segundo trimestre de 2013, a desocupação no Brasil ficou em 7,4%, de acordo com os primeiros dados divulgados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A nova pesquisa substituirá, em 2015, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que atualmente funciona como índice oficial da desocupação da mão de obra no Brasil, que tem como universo de pesquisa apenas seis regiões metropolitanas. A “PNAD Contínua” terá uma segunda função, a de substituir a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que colhe informações somente sobre o mês de setembro de cada ano.

A presidente Dilma Rousseff e sua horda de incompetentes deveriam cessar o gasto de dinheiro público com campanhas publicitárias recheadas de efeitos especiais, pois esses artifícios embusteiros nem mesmo de longe refletem a realidade do País. O Brasil passa por uma grave crise, inclusive institucional, e o s cidadãos devem se preparar para pelo menos cinco décadas de esforço continuado para consertar a lambança iniciada pelo lobista Lula, o X9 da ditadura militar, e que Dilma deu seguimento. Como disse certa vez um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.

17 de janeiro de 2014
ucho.info

CARA DE PAU

Após dizer que a violência no MA é fruto da riqueza, Roseana quer saber como drogas entram em presídio

roseana_sarney_33Que o Maranhão é terra de uma dúzia de bandoleiros – meia dúzia dentro dos presídios e outra meia dúzia nos palácios – todos sabem, mas é descomunal a desfaçatez da governadora Roseana Sarney, cuja incompetência herdou do pai, José de Ribamar Ferreira de Araújo Costa, o caudilho José Sarney, acadêmico de quinta que posa de conciliador no “Bataclan” político que lidera no estado nordestino.

Depois de justificar a onda de violência que tomou conta dos presídios locais com a falácia de que o Maranhão é alvo de criminosos porque o estado enriqueceu, Roseana quer saber como drogas e outros tantos privilégios marcam o cotidiano Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

Imagens de presos consumindo drogas foram gravadas a mando do Palácio dos Leões, sede do Executivo maranhense, e repassadas à Rede Globo, à qual a empresa de comunicação da “famiglia” Sarney é filiada.

Usando o vídeo como contraponto da matéria que, na quarta-feira (15), escancarou as mazelas do Maranhão, fruto do Apartheid verde-louro inaugurado por Sarney e sua horda, a Globo divulgou as imagens no vácuo de uma operação no estilo missa encomendada, em uma tentativa fracassada de mostrar à opinião pública que Roseana Sarney é vítima.
Na verdade, se na história macabra e longeva existe vítima, a população maranhense é quem puxa uma fila quase exclusiva.

A mão de obra do Complexo de Pedrinhas é terceirizada e está a cargo da Atlântica Segurança Técnica, cujo proprietário, Luiz Carlos Cantanhede Fernandes, é sócio do marido da governadora, Jorge Murad, em uma terceira empresa – Pousada dos Lençóis Empreendimentos Turísticos. Cantanhede Fernandes é figura conhecida nos subterrâneos da política maranhense e já foi alvo do noticiário nacional por conta das trapalhadas da “famiglia” Sarney.

Em 2002, antes do início da campanha presidencial, a Polícia Federal apreendeu R$ 1,34 milhão em dinheiro vivo na sede da Lunus, empresa de propriedade de Jorge Murad e Roseana. Na ocasião, Cantanhede disse que parte do dinheiro (R$ 650 mil) tinha como origem um de empréstimo da empresa Atlântica. Coincidência ou não, a Lunus ficava no mesmo endereço da Lençóis Empreendimentos Turísticos.

Drogas e outros privilégios chegam aos presos do Complexo de Pedrinhas porque a corrupção corre solta em boa parte do sistema prisional brasileiro. Se isso ocorre em Pedrinhas, por certo o sistema de vigilância e controle é falho, ao mesmo tempo em que é pífia a remuneração dos agentes da lei.

A corrupção só prospera quando Estado e omisso e incompetente. Roseana Sarney deveria parar de mentir e reconhecer o fracasso de um governo que só age para beneficiar os integrantes da quadrilha que ao longo de cinquenta anos transformou o Maranhão no mais miserável estado brasileiro.

O mais estranho nessa epopeia violenta e sanguinária é que os atuais ocupantes do Palácio do Planalto, começando pela presidente Dilma Rousseff, adotaram um silêncio covarde e de conveniência, pois afinal o PMDB de José Sarney e seus bandoleiros de sempre não pode ser incomodado, principalmente porque o calendário eleitoral avança com pressa.

17 de janeiro de 2014
ucho.info

PIADA DE SALÃO

Pífia como governante, Dilma se agarra ao oportunismo barato e quer discutir os “rolezinhos”

dilma_rousseff_410O Palácio do Planalto foi transformado pelos petistas em incansável usina de discursos desconexos e antagônicos.

Algo muito natural quando existe em marcha um plano totalitarista de poder, que pode esparramar pelo Brasil o “bolivarianismo” chicaneiro inventado pelo delinquente Hugo Chávez, o finado tiranete venezuelano.

No missal da semana dos palacianos tem lugar de destaque os chamados “rolezinhos”, manifestação de pessoas que usam a falácia da discriminação social para intimar os frequentadores de shopping centers da capital paulista.

É importante destacar que o Brasil é uma nação democrática e não se tem notícia de que um estabelecimento tenha proibido a entrada de alguém por questões raciais ou financeiras. Contudo, é preciso impedir que desocupados ameacem a ordem pública em qualquer lugar do País, até porque o Estado tem a obrigação de mantê-la a qualquer custo.
 
O PT sonha em tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e por isso usa de estratégias rasteiras para intimidar os políticos tucanos, que com seus punhos de renda se valem do chamado “não me toque” como forma de se esquivar da responsabilidade de eventuais medidas legais e duras.
O que o governo de São Paulo precisa fazer é aplicar a lei com o devido rigor, pois os adversários intentam levar às urnas eleitorais uma guerra social. E isso já ficou muito claro com a entrada de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no que agora é rotulado de manifestação cultural.
 
Enquanto tentam pegar carona na epopeia do “rolezinho”, disparando declarações absurdas e oportunistas acerca do assunto, a presidente Dilma Rousseff e o vigário palaciano Gilberto Carvalho deveriam se preocupar com o caos que se instalou no Maranhão, com a violência correndo desenfreada nos presídios do estado.
Até agora Dilma não pronunciou uma só palavra sobre a crise no sistema prisional maranhense, porque seu projeto de reeleição depende diretamente de um bom convívio com o PMDB, partido da incompetente Roseana Sarney, a filha mimada do caudilho José Sarney.
 
Essa disparidade que reina nos discursos oficiais mostra de maneira clara que o Brasil tornou-se um reduto de políticos inconsequentes, cuja vocação para a delinquência política chega a assustar. Haja vista os inúmeros casos de corrupção que, embalados pela rubrica estelar do PT, ganharam as páginas bandoleiras da recente história nacional.
 
O Brasil está afundado em grave crise econômica, com os preços de produtos e serviços aumentando de maneira sistemática, mas Dilma Rousseff encontra tempo para se preocupar com os “rolezinhos”, não sem antes abrir espaço na agenda para discutir o tema com alguns dos incompetentes que a assessoram em palácio.
A política jamais foi um reduto de bem intencionados, mas é preciso que alguém tome a dianteira e mostre à presidente da República e seus companheiros que em São Paulo prevalecerá a lei, independentemente das ameaças sórdidas dos petistas.

17 de janeiro de 2014
ucho.info

AECIO DESMASCARA DILMA. DE NOVO E COM FATOS.


 
Abaixo a nota publicada por Aécio Neves (PSDB), atacado indiretamente por Dilma Rousseff hoje, quando a presidente fez a enésima visita à Minas Gerais para prometer pela enésima vez a mesma coisa:
 
É importante que a presidente Dilma perceba que estabelecer uma relação republicana e respeitosa com estados e municípios não é favor e nem seria razão para autoelogio. Trata-se de obrigação elementar do governante. Mas, lamentavelmente, não é o que ocorre no governo federal. Em dezembro, o governo deixou de repassar R$ 7,1 bilhões a estados e municípios apenas para ampliar o seu superávit primário.
 
Especialmente no que diz respeito a Minas, infelizmente a presidente diz uma coisa e faz outra. Ao longo da última década, Minas foi sistematicamente prejudicada pelo governo do PT.

Em 11 anos, o Anel Rodoviário e a BR 381, a Rodovia da Morte, mataram centenas de mineiros sem que o governo federal se importasse. Em 11 anos, o metrô foi ampliado em diversas capitais, mas nem um centavo de iniciativa do governo federal foi investido na expansão das linhas em Belo Horizonte. O governo Dilma deu prosseguimento ao desrespeito com o Estado, como mostram os dados abaixo:


Às vésperas de uma nova eleição, zombando da memória e da inteligência dos mineiros, a presidente improvisa e repete diversas vezes os anúncios de liberação dos mesmos recursos que sequer vão acontecer no seu governo. Enquanto esteve no poder e pode ajudar Minas, o PT nada fez. Agora, fazem anúncios fictícios e prometem verbas que só poderão ser liberadas no futuro por outro governo.
 
Repito aqui a cobrança pública feita por parlamentares de vários partidos hoje em Minas. O Estado exige transparência sobre os anúncios de liberação de recursos que se repetem e nunca acontecem. Em 24 de outubro passado, por exemplo, a presidente informou aos mineiros que já havia enviado ao Estado R$ 5,4 bilhões para obras de mobilidade urbana. Queremos saber quando esses recursos foram enviados e qual o destino foi dado a eles. São recursos públicos. Minas quer saber!
 
Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves
17 de janeiro de 2014

MALDIÇÃO DOS JUROS

Maldição dos juros, editorial Folha de São PauloEntra governo, sai governo, a maldição continua. O Brasil permanece na inglória posição de campeão dos juros altos. Com a presidente Dilma Rousseff não será diferente, com um agravante: parece ter cessado a tendência de redução gradual que vinha de 2003.
 
O Banco Central bem que se aventurou. Foi simpático ao propósito presidencial de reduzir os juros de forma acentuada, em troca de austeridade nas contas públicas. A taxa básica, a Selic, chegou a 7,25% em novembro de 2012.
 
Mas o governo não cumpriu sua parte. Impaciente com o ritmo da economia, errou no diagnóstico de que a letargia seria superada com a expansão da demanda, sobretudo consumo e gastos públicos.
 
Forçou, ainda, uma desvalorização de 20% do real diante do dólar em 2012, justamente quando havia um choque nos preços dos alimentos. Agravou, com isso, as pressões inflacionárias; produtos importados ficaram mais caros, e os custos altos foram repassados para itens produzidos localmente.
 
A despeito das evidências, o governo insistiu em teses equivocadas: a inflação seria problema pontual, não havia exagero com gastos públicos e as críticas partiam de rentistas aninhados na oposição.
 
Além disso, adotou medidas artificiais de controle de preços administrados (tarifas de energia e combustíveis, por exemplo). Sem isso, a inflação em 2013 teria sido ainda maior que os 5,91% medidos pelo IBGE.
 
Com o resultado, a alta dos preços no ano passado ficou acima da registrada em 2012, contrariando compromisso do Banco Central. Para este ano, a expectativa ainda é elevada, perto de 6%.
 
As pressões inflacionárias são profundas e persistentes. Há pelo menos 1,5 ponto percentual escondido nos preços administrados, os serviços sobem 8% ao ano e o setor privado não crê na meta de 4,5%. O câmbio tampouco ajuda.
 
O BC, sozinho na batalha, aumentou novamente os juros em 0,5 ponto percentual, para 10,5%, em desacordo com suas indicações de que reduziria o ritmo de alta.
 
O experimentalismo da política econômica cobra sua conta. Dilma Rousseff viu uma chance histórica de acabar com os juros escorchantes, mas a desperdiçou. Seu governo pode terminar com taxa próxima da registrada há quatro anos.

17 de janeiro de 2014
Editorial Folha de São Paulo

FORUM ECONOMICO MUNDIAL ALERTA PARA AUMENTO DA DESIGUALDADE

A avaliação anual sobre os perigos globais conclui que a disparidade de renda e a tensão social compõem a questão que provavelmente mais impactará o planeta na próxima década                  
 
Uma crônica disparidade entre ricos e pobres está se ampliando, o que representa o maior risco individual para o mundo em 2014, apesar do início da recuperação de muitas economias, disse o Fórum Econômico Mundial nesta quinta-feira (16).

Reis Oluwatosin Oladunni
fórum Econômico Mundial alerta para aumento da desigualdade
 
A avaliação anual sobre os perigos globais, que fornece o contexto para a reunião do Fórum na semana que vem em Davos (Suíça), conclui que a disparidade de renda e a decorrente tensão social compõem a questão que provavelmente mais impactará a economia do planeta na próxima década.
 
O fórum alertou que há uma geração "perdida" de jovens que chegaram à maturidade na década de 2010 sem ter empregos e qualificação profissional, o que alimenta a frustração represada.
 
Isso pode facilmente desencadear uma explosão social, como já ocorreu nas recentes ondas de protestos contra a desigualdade e a corrupção na Tailândia e no Brasil.
 
"O descontentamento pode levar à dissolução do tecido social, especialmente se os jovens sentirem que não têm futuro", disse Jennifer Blanke, economista-chefe do Fórum Econômico Mundial. "Isso é algo que afeta a todos."
 
A pesquisa com mais de 700 especialistas globais identificou eventos climáticos extremos como sendo o segundo fator com maior probabilidade de provocar choques sistêmicos.
 
O risco de crises fiscais em decorrência do precário estado das finanças públicas em muitos países continua tendo o potencial para provocar o maior impacto econômico global, mas a probabilidade de implosões fiscais desse tipo é menor agora do que em anos anteriores, segundo o relatório.
 
A Europa, em particular, está fora da zona de perigo financeiro imediato -- fato que contribuiu para que a desigualdade subisse na pauta, segundo David Cole, diretor de risco da Swiss Re, que colaborou no relatório.
 
A desigualdade, aliás, vem crescendo no mundo desde a década de 1980, e, na opinião de Cole, a crescente atenção dada pela opinião pública ao problema exigirá que gestores públicos e a elite global precisarão ser cuidadosos com isso.
 
"Sou um grande apoiador do capitalismo, mas há momentos em que o capitalismo pode entrar em rotação excessiva, e é importante ter medidas em vigor --sejam elas regulatórias, de governo ou medidas tributárias-- que assegurem que evitamos excessos em termos de renda e distribuição de riquezas", disse Cole.
 
O relatório intitulado "Riscos Globais 2014", com 60 páginas, analisa 31 riscos para os próximos dez anos. O lançamento ocorre dias antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, de 22 a 25 de janeiro.
 
Todos os anos, ricos e poderosos do mundo se reúnem nessa estação de esqui da Suíça para discutir o futuro do planeta. O tema deste ano é "Reformulando o mundo: consequências para sociedade, política e negócios".

17 de janeiro de 2014
Reuters

FANTASMA DA INFLAÇÃO PODE DECIDIR ELEIÇÃO NO BRASIL - DIZ 'ECONOMIST'

Economist: inflação é 'fantasma' que pode arranhar as chances do PT

Revista britânica diz que alta dos preços pode prejudicar o partido nas eleições dos governos dos Estados e no Congresso


Economist diz que o ano "não começou fácil para Dilma Rousseff"
Economist diz que o ano "não começou fácil para Dilma Rousseff
 
A revista britânica The Economist publicou nesta quinta-feira um texto dizendo que a inflação é "o fantasma do Brasil". O texto distribui alfinetadas tanto na presidente Dilma Rousseff como no presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Segundo a revista, a alta dos preços pode ser crucial para transformar em fiasco o desempenho do PT nas eleições estaduais e legislativas.
As críticas são construídas com base em indicadores recentes, como a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013, o déficit recorde no fluxo cambial e a desvalorização do real frente ao dólar. A revista lembra que o IPCA ficou em 5,91% no ano passado, acima do esperado pelo mercado financeiro, e que Tombini rapidamente tentou usar a desvalorização do real frente ao dólar como uma explicação plausível para o cenário inflacionário.
A alfinetada à presidente vem logo nas primeiras frases da reportagem, que diz que o ano "não começou bem para Dilma Rousseff". A Economist diz que o governo tem adotado as medidas possíveis para tentar conter os preços, mas que o IPCA, mesmo assim, preocupa. "A presidente Dilma tem feito o que ela pode para manter os preços baixos", diz a publicação. São citadas logo em seguida medidas como o congelamento dos preços das passagens, desoneração da cesta básica e a redução das tarifas de energia
A reportagem entrevistou o analista Tony Volpon, da Nomura Securities, que comentou o resultado do IPCA, mostrando que os preços administráveis subiram 1,5%, enquanto os preços livres tiveram alta de 7,3% em 2013. Segundo o analista, a discrepância é "insustentável". Ele chama atenção para o controle de preços e diz que se o governo não deixar as estatais ajustarem suas tarifas, elas podem caminhar para a falência. Volpon comenta ainda que o governo não pode ajudar essas empresas controladas pelo estado "sem causar danos irreparáveis para as já frágeis contas públicas".
Eleições — Ao comentar os custos da inflação, a revista diz que eles vão além da corrosão da renda das famílias, citando que o custo político também é elevado devido à memória do país da onda de hiperinflação dos anos 1990
Sobre o impacto da inflação nas eleições deste ano, a The Economist avalia que, mesmo que Dilma seja a candidata favorita, a alta dos preços pode arranhar as chances do PT nas eleições dos governos dos estados e no Congresso. 
17 de janeiro de 2014
VEJA

O SORRISO DO LAGARTO...

MARANHÃO TEM A PIOR INFRAESTRUTURA DE ENSINO DO PAIS

Oito em cada dez escolas maranhenses não têm nenhum computador. Só 0,11% dos colégios possuem condições avançadas. Pará, Amazonas, Acre e Piauí também têm mais de 70% das escolas com estrutura elementar
 
Priscilla Borges - iG
17 de janeiro de 2014

Mais de 80% das escolas maranhenses não oferecem computadores a seus professores e alunos. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra que grande parte dos colégios brasileiros só possui condições mínimas de funcionamento (44,5%).

Alan Sampaio / iG Brasília
Distrito Federal é o Estado com melhor infraestrutura de ensino do País

O Maranhão é o Estado que possui a infraestrutura escolar mais precária do País. Oito em cada dez dos mais de 13 mil colégios maranhenses (80,7%) oferecem apenas água, sanitários, cozinha, energia elétrica e esgoto aos funcionários e alunos que os frequentam. Não há salas para diretores, TV, DVD, computadores ou impressoras nessas unidades.
 
Se oferecessem esses equipamentos, as escolas entrariam em outra categoria, avaliadas com infraestrutura básica. Apenas 16,2% das unidades escolares se encontram nessa situação. Por outro lado, as instituições “adequadas” – que possuem, além da infraestrutura básica, sala de professores, biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, parque infantil e acesso à internet – são mínimas (2,96%, que representam 404 colégios) e as avançadas, 0,11%.
 
As condições avançadas foram definidas pela oferta de laboratório de ciências e ambientes adaptados para o atendimento de alunos com necessidades especiais. Em todo o Brasil, o cenário se repete: somente 0,6% dos colégios brasileiros podem ser considerados dentro dessa categoria. No Maranhão, há apenas 15 escolas – entre públicas e privadas – nessa condição.
 
Os pesquisadores criaram uma escala de avaliação da infraestrutura escolar a partir de dados do Censo Escolar 2011 sobre estrutura e equipamentos dos colégios. O iG apresentou os resultados do estudo no ano passado. Agora, os estudiosos fizeram a análise por Estado.
 
Ao todo, foram avaliadas 194.932 escolas das redes pública e privada. No Censo, havia dados sobre 263.833, mas as que estavam com atividades paralisadas ou inativas e as que não haviam preenchido corretamente o censo foram excluídas da amostra. Os pesquisadores utilizaram a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método estatístico usado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para criar a escala de avaliação.
 
As quatro categorias foram criadas a partir de 22 itens: abastecimento de água, energia elétrica, esgoto sanitário, sala de diretoria, sala de professor, laboratório de informática, laboratório de ciências, sala de atendimento especial, quadra de esportes, cozinha, biblioteca, parque infantil, sanitário (para educação infantil e deficientes físicos), dependências para deficientes físicos, TV, DVD, copiadora, computadores, impressora e internet.
 
Desigualdades
Os responsáveis pela pesquisa – Joaquim José Soares Neto, Girlene Ribeiro de Jesus e Camila Akemi Karino (todos da UnB) e Dalton Francisco de Andrade, da UFSC – pretendem acompanhar a evolução da infraestrutura ano a ano e medir o impacto das estruturas no aprendizado do aluno.
 
Para eles, as análises por Estado mostram que há muitos problemas de investimento nos locais mais pobres do País. Situação que não melhorou em 2012, de acordo com as primeiras análises feitas por eles a partir do último Censo Escolar (ainda em análise por eles).
 
Depois do Maranhão, Pará, Amazonas, Acre e Piauí aparecem entre os que possuem a infraestrutura mais precária. As redes desses Estados possuem, respectivamente, 77,3%; 75,97%; 75,92% e 70,4% das escolas em condições elementares. As regiões Norte e Nordeste aparecem no topo da lista dos mais precários.
 
No outro extremo, estão Estados da região Centro-Oeste, Sul e Sudeste. O Distrito Federal possui a melhor infraestrutura escolar do Brasil. Apenas 0,98% dos colégios da capital têm condições elementares e 60,11%, adequadas. Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo têm menos escolas em situação elementar. No entanto, concentram a maior parte das escolas em situação básica (veja tabela abaixo).
 
Antonio Augusto Gomes Batista, coordenador do Desenvolvimento de Pesquisas do Centro de Estudos em Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), ressalta que a qualidade de ensino depende de uma boa estrutura, porque os professores e os alunos precisam se sentir bem no ambiente para ensinar e aprender.
 
“As instalações são fundamentais para desenvolver um trabalho pedagógico adequado. A qualidade depende desse ambiente. A escola tem de ser um lugar agradável e ter todos os equipamentos necessários para o professor fazer seu trabalho e a criança aprender. Não são duas coisas distintas”, afirma.
 
Batista lembra que, na década de 1970, a grande preocupação dos gestores era a construção de escolas para o atendimento da demanda por vagas. “Eles se preocupavam com os aspectos mais visíveis. Depois, passaram a falar da qualidade apenas, como se ela não estivesse ligada às instalações adequadas”, lamenta.
 
Investimentos e gestão
O Maranhão precisa de mais recursos para investir em infraestrutura, acredita Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Para sanar os problemas, ele acredita que o repasse de verbas da União para as redes municipais e estadual teria de ser maior. Mais dinheiro, porém, não seria útil sem aprimoramento de gestão.
 
“O Maranhão faz muita renúncia fiscal, por isso acaba dependendo mais da União do que outros Estados. Mas, além de deixar de arrecadar, há problemas de gestão lá. O governo federal precisaria participar mais da gestão da educação básica no Estado. Não adianta transferir dinheiro se os gestores não executarem os projetos”, afirma.
 
Para Cara, mais do que impacto na qualidade de ensino, a infraestrutura dá “dignidade” aos alunos e profissionais de educação. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, ele ressalta, financia inúmeros projetos para melhorar a estrutura das escolas. “No fundo, falta vontade política para isso. E o pior é que a situação do Maranhão não é exceção”, critica.
 
De 13.639 escolas maranhenses avaliadas no estudo, 11.007 têm infraestrutura elementar. Quase todas estão localizadas em áreas rurais (9.244). Nessas regiões, há apenas um colégio considerado avançado e 20 adequados. Na área urbana, o cenário melhora pouco. Quase a metade (1.763 de 3.924 colégios) possui estrutura elementar, outros 1.763 são básicos, 384 adequados e 14 avançados.
 
Dados da Secretaria de Educação do Maranhão comprovam que a estrutura oferecida a alunos e professores precisa melhorar. Em 2012, havia 259 escolas funcionando em templos ou igrejas, outras 16 em salas de empresa e 310 nas casas dos próprios professores (a maioria em área rural). Mais de 2 mil escolas funcionam em galpões, ranchos, paios ou barracões. As bibliotecas só existem em 1.716 escolas.
 
Em nota enviada ao iG, a Secretaria de Educação do Maranhão afirmou ter feito um convênio, no ano passado, com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Educação (MEC) para definir “padrões mínimos das salas de aula, laboratórios, sanitários, bem como demais ambientes das escolas de ensino médio da rede estadual de educação do Maranhão”.
 
Até 2015, 1.233 colégios estaduais serão adequados ao projeto de funcionamento. “A meta é melhorar o ambiente físico das escolas, que serão dotadas de equipamentos e mobiliários padronizados e modernos. Essas escolas selecionadas serão climatizadas, reformadas, ampliadas e receberão carteiras e iluminação padronizadas”, diz a nota.

ESTADOSELEMENTARES (%)BÁSICA (%)ADEQUADA (%)AVANÇADA (%)TOTAL
MA80,71%16,22%2,96%0,11%13638
PA77,30%18,78%3,77%0,15%11918
AM75,97%17,69%6,04%0,30%5614
AC75,92%16,33%7,52%0,23%1715
PI70,40%23,74%5,65%0,21%6602
PB68,01%26,36%5,49%0,14%6214
BA66,65%27,92%5,14%0,28%20492
RR64,16%26,95%8,34%0,55%731
AL60,32%30,64%8,89%0,15%3329
PE59,01%31,41%9,25%0,33%10153
AP58,43%30,14%10,70%0,74%813
SE56,68%32,46%10,52%0,34%2320
RN53,24%33,34%13,05%0,36%4130
CE47,87%38,36%13,25%0,52%8953
TO44,06%40,02%15,60%0,32%1859
ES39,28%37,80%21,33%1,59%3450
RO38,28%45,91%14,70%1,12%1429
MG33,53%44,32%21,45%0,70%17384
MT28,44%50,23%20,65%0,68%2658
SC24,65%49,29%24,38%1,68%6502
RS20,35%48,34%29,70%1,62%10015
GO18,71%57,20%23,39%0,71%4528
SP16,50%67,72%15,67%0,12%27781
RJ15,92%55,86%27,17%1,05%10749
PR15,63%51,92%30,83%1,62%9193
MS8,63%49,20%40,88%1,29%1634
DF0,98%36,17%60,11%2,75%1128
BRASIL44,50%40,04%14,89%0,57%194932

PAIS PERDE ESPAÇO



A participação do Brasil nos estoques globais de investimentos caiu nos últimos anos, aponta estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A fatia brasileira, que era de 1,96%, em 1990, recuou para 0,99%, em 2012, quando as empresas nacionais tinham no exterior ativos de US$ 266,2 bilhões. Na avaliação da entidade, a queda é resultado da falta de políticas coordenadas pelo governo para incentivar a internacionalização das companhias.

Enquanto as transnacionais brasileiras reduziram os investimentos lá fora, outras economias elevaram a participação no estoque global. No mesmo período, a China aumentou de 0,21% para 2,16%, a Rússia passou de zero para 1,75%, e o Chile, de 0,1% para 0,41%. “O Brasil está na contramão do que tem ocorrido com outros emergentes”, afirmou o especialista em política e indústria da CNI, Fabrizio Panzini.

Entre as sugestões apresentadas no estudo, a CNI defende que o Brasil deve fechar acordos para evitar a dupla tributação com países como Estados Unidos, Colômbia, Austrália, Alemanha e Reino Unido. O documento também afirma que é preciso acabar com a insegurança jurídica do modelo brasileiro de tributação dos lucros obtidos no exterior e negociar acordos de proteção a investimentos, para reduzir o risco político, com Argentina,
 China, 
México, 
Moçambique e Angola. 

Motivação

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o acesso a novos mercados é apontado pelas empresas como principal motivação para investimento no exterior. Isso dá a elas a oportunidade de diversificar o risco quanto ao ciclo econômico no Brasil, reduzir custos de produção para enfrentar a concorrência internacional, acessar novas tecnologias de produção e gerenciamento, ter acesso a insumos mais baratos, e alcançar mercados com os quais o país de destino tem acordos de livre comércio, além de driblar barreiras comerciais.
A pesquisa também indica que os Estados Unidos são o país prioritário para a celebração de acordos para evitar a dupla tributação. Em seguida, aparecem Austrália e Colômbia. Foram ouvidas 28 empresas, responsáveis por um terço das exportações do país em 2012. 

ANTONIO TEMÓTEO Correio Braziliense
17 de janeiro de 2014

SECRETARIO DA BA AFIRMA TER FALADO POR CELULAR COM DIRCEU NA PRISÃO DA PAPUDA

Secretário da BA afirma ter falado por celular com Dirceu na prisão da Papuda
17/01/2014 10:01

Amigo diz que falou com Dirceu na prisão por celular

Alô, Papuda Um secretário do governo da Bahia afirma ter conversado por celular com José Dirceu na semana passada.
O ex-ministro está preso há dois meses na Papuda. O autor da ligação foi James Correia, titular da Indústria, Comércio e Mineração na gestão Jaques Wagner (PT).

Ele é empresário na área de gás e petróleo, na qual Dirceu atuava como consultor. Correia diz que o amigo está bem disposto e animado por trabalhar na biblioteca do presídio. "Ele está fazendo o que gosta", contou.

Amizades A conversa ocorreu no dia 6. Correia diz ter falado com Dirceu pelo celular de um amigo em comum que visitava o ex-ministro na Papuda, onde a entrada de celulares não é permitida. Ele não quer identificar o dono do telefone.
 
Versões O secretário confirmou à coluna que conversou com Dirceu. Em um segundo contato, disse que o petista não falou diretamente com ele, mas respondeu às suas perguntas por meio do amigo misterioso que entrou na cadeia com o celular.
 
Regalias Para Correia, não houve privilégio ao petista. "Ele é uma das pessoas mais vigiadas na questão de não ter regalias. Não houve nenhuma irregularidade", diz. "Em breve, ele poderá falar o dia inteiro ao telefone, porque estará trabalhando."
 
Praia Antes da prisão, Dirceu era hóspede frequente da ampla casa do secretário na Praia do Forte (BA). Orgulhoso da propriedade, o secretário costuma descrevê-la como "pedaço do paraíso".
 
Defesa O advogado José Luís de Oliveira Lima disse que não poderia comentar o episódio. "Não sei se o fato é verdadeiro ou não. Vou conversar com meu cliente amanhã [hoje], e aí saberei."
 
De fora Nem o onipresente Aloizio Mercadante (Educação) entrou nas reuniões de Dilma Rousseff com presidentes de partidos, na terça. Com Gilberto Kassab (PSD) e Michel Temer (PMDB), a única testemunha foi o chefe de gabinete Giles Azevedo.
 
Bigode de molho A ausência instigou petistas que não se dão com Mercadante a sugerir que a presidente desista de promovê-lo e nomeie Paulo Bernardo (Comunicações) para a Casa Civil.
 
Dr. Aécio O tucano Aécio Neves convidou Barjas Negri, ex-ministro de FHC, para coordenar seu plano de governo na saúde. Ontem eles já se reuniram com Giovanni Cerri, da Faculdade de Medicina da USP, e Gonzalo Vecina, do hospital Sírio-Libanês.
 
Cartão de visita Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, começou na semana passada um giro de conversas com empresários e banqueiros. Ele está encarregado de apresentar as ideias de Aécio para a economia.
 
Velinhas Na reunião de ontem no Palácio dos Bandeirantes, o senador e Geraldo Alckmin (PSDB) acertaram sua próxima agenda conjunta em São Paulo: o aniversário do deputado e sindicalista Paulinho da Força (SDD).
 
Cinto apertado Alckmin congelou cerca de 20% das despesas de custeio previstas no Orçamento paulista deste ano –quase R$ 1 bilhão. O tucano também congelará parte dos investimentos.
 
Frio na espinha O governador convocou todo o seu primeiro escalão para reunião na segunda, às 8h. Não disse o tema do encontro. Os secretários esperam ouvir quem sai e quem fica.
 
Em nome do pai Emissários do Planalto ao Maranhão se espantaram com o tom de Roseana Sarney (PMDB) em relação ao pai, José Sarney. Ela se diz vítima de perseguição política "por herança do sobrenome".
*
TIROTEIO
Os tucanos duvidam da solidariedade da militância do PT com Genoino. É porque essa palavra não existe no dicionário do PSDB.
 
DO PRESIDENTE DO PT-SP, EMIDIO DE SOUZA, sobre as críticas de tucanos ao site que arrecada dinheiro para pagar a multa de José Genoino pelo mensalão.
*
CONTRAPONTO
 
Convite de mineiro
Nos anos 70, Tancredo Neves saudava os estreantes no Congresso com entusiasmo. Um dia, disse a um novato:
 
-Assim que tiver tempo, passe no meu gabinete. Temos grandes temas a discutir!
 
Horas depois, o estreante visitou o então senador, que demonstrou surpresa ao vê-lo. O encontro foi frustrante.
 
-Era convite de mineiro, para você se sentir bem. Não era para ir, ele só queria mostrar que gosta de você -ouviu o calouro de um colega mais experiente.
 
A história foi coletada pelo jornalista Plínio Fraga, que lançará uma biografia de Tancredo em 2015.

17 de janeiro de 2014
BERNARDO MELLO FRANCO - Folha de São Paulo
Com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

ELEGER DILMA ´´E "FUNDAMENTAL" A CONDENADOS DO MENSALÃO, DIZ JOÃO PAULO

 
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) afirmou ontem que a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014 é "fundamental" para os petistas condenados no processo do mensalão.
 
"Para nós, da Ação Penal 470 [mensalão], eu, José Dirceu, José Genoino e o companheiro Delúbio Soares, é fundamental ganhar a eleição, porque queremos mostrar que toda essa armação em torno da nossa ação penal é política", disse o petista durante ato de desagravo organizado por aliados que reuniu 300 pessoas em Osasco (SP), seu reduto eleitoral.
 
Nenhum petista da alta cúpula compareceu.
 
Condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato, João Paulo aguarda a expedição de seu mandado de prisão pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, que saiu em férias na semana passada sem assinar o documento.
 
"Joaquim Barbosa é cruel. Acha que não tenho mãe, mulher, filhos? Acha que sou um bandoleiro que anda pelo Brasil?", disse o deputado.
 
João Paulo recorreu ao bom humor e disse que não pretende "dividir a escova de dentes com Delúbio" e que os correligionários presos no complexo da Papuda, em Brasília, afirmaram que "tem um lençol sobrando".
 
O deputado pediu para que amigos e familiares escrevam cartas para ele enquanto estiver preso. "Quero que vocês fiquem firmes aqui fora. E se alguém acha que vou parar, pode tirar o cavalo da chuva. A luta continua."

17 de janeiro de 2014
MARINA DIAS - FOLHA DE SÃO PAULO

GOVERNO SEGURA REPASSES DO SUS EM DEZEMBRO E AJUDA SUPERAVIT PRIMARIO

Recursos destinados aos Estados no mês passado recuaram R$ 2,66 bi ante mesmo período de 2012 e tiveram forte alta nos primeiros dias de janeiro; Ministério da Saúde nega represamento  
 
 
 
O governo federal reduziu os repasses financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) a Estados e municípios na virada do ano, revelam dados levantados pelo Estado. O expediente, que "poupou" R$ 2,66 bilhões do Tesouro Nacional em dezembro de 2013 na comparação com mesmo mês de 2012, ajudou o governo Dilma Rousseff a cumprir a meta de economia para pagar juros da dívida pública, o chamado superávit primário.
 
Dados do Fundo Nacional de Saúde (FNS), agente financeiro do SUS vinculado ao Ministério da Saúde, evidenciam o recuo, em dezembro, nas transferências cujo repasse é automático pelo modelo "fundo a fundo": em 2012, foram repassados R$ 8,6 bilhões. Em 2013, R$ 5,94 bilhões. As principais reduções ocorreram nas parcelas de procedimentos de média e alta complexidade, atenção básica e gestão do SUS.
 
São recursos para financiar ações como saúde da família, agentes comunitários, saúde bucal, serviço de atendimento móvel de urgência, pronto atendimento, cirurgias, radioterapias, transplantes, próteses e aquisição de medicamentos, além de monitoramento e auditoria do sistema.
 
Em seu programa como candidata à Presidência em 2010, Dilma Rousseff prometeu universalizar a saúde e garantir a qualidade de atendimento do sistema. "Acredito que o SUS é uma estrutura ainda incompleta, com falhas, que nós temos obrigações de sanar, até porque, apesar das suas limitações, é uma conquista inestimável da democracia brasileira", disse, em março de 2011.

Secretários estaduais da Fazenda e da Saúde apontam a redução da parcela de dezembro como uma tática para adiar gastos e reforçar a meta de superávit de R$ 75 bilhões, cujo anúncio de cumprimento foi antecipado de maneira inusual pelo ministro Guido Mantega, no início de janeiro.
 
O represamento da parcela tem sido "compensado" nestes primeiros dias de janeiro. Até esta quinta-feira, R$ 3,82 bilhões foram transferidos aos Estados - 80% para média e alta complexidade. Em todo o mês de janeiro de 2013, a conta somou R$ 1,209 bilhão, segundo o FNS. Essa diferença de R$ 2,61 bilhões repõe quase todo o valor represado.
 
Nos últimos 15 anos, em valores atualizados pelo IGP-DI, só houve registro de redução substancial de transferências automáticas em relação a dezembro do ano anterior em 2000 e 2009, ambos períodos pós-crise econômica, mostram estatísticas do FNS compiladas pela ONG Contas Abertas.
 
O mais afetado pelo represamento no fim do ano passado foi São Paulo, que recebeu R$ 538,4 milhões abaixo da parcela de 2012. Em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro, foram R$ 200 milhões a menos nos cofres. Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Paraná tiveram "perda" acima de R$ 150 milhões no período.
 
Explicação. O Ministério da Saúde atribui a "diferença nas transferências" nos meses de dezembro à antecipação do pagamento no último mês de 2012. Em 2011, informa o ministério, houve procedimento semelhante. Foram antecipados R$ 1,8 bilhão em 2011 e R$ 3,1 bilhões em 2012. No ano passado, teria havido retorno ao fluxo normal de repasses.

Consultada, a Secretaria do Tesouro Nacional informou que o tema deveria ser tratado pelo Ministério da Saúde.
 
As estatísticas do FNS mostram elevação nas transferências de dezembro, em valores correntes, em quatro ocasiões - 2007, 2008, 2011e 2012. Nas demais, os pagamentos foram distribuídos de maneira uniforme ao longo do ano. "É uma nova face: a contabilidade postergada, irmã da criativa", avalia Gil Castelo Branco, do Contas Abertas, em referência às reiteradas manobras fiscais batizadas de "contabilidade criativa" pelos críticos do governo.
 
Em nota, a Saúde rejeitou relação entre represamento e afirmou ter cumprido "obrigação legal". "O Ministério da Saúde esclarece que não houve demora no pagamento dos repasses a Estados e municípios para compor o superávit primário e que cumpriu a obrigação legal de efetuar o repasse de 12 parcelas anuais."
 
O ministério admite as diferenças, mas ressalva o crescimento das transferências. "Pode haver diferença quando se compara meses, mas não há, de forma alguma, redução de valores do conjunto do ano. Isto porque, se comparado janeiro a dezembro de 2013 com o mesmo período do ano anterior, os repasses cresceram em R$ 1,9 bilhão", afirmou a nota.
 
E faz referência aos resultados do investimento federal na saúde pública, cujo valor "mais que dobrou na última década", para R$ 92,7 bilhões em 2013. "Entre 2010 e 2012, o Ministério da Saúde executou R$ 325,4 bilhões em ações e serviços públicos de saúde."

17 de janeiro de 2014
Mauro Zanatta - O Estado de S. Paulo

DILMA "TRAMBIQUE" DEFENDE JOVENS QUE FAZEM "ROLEZINHOS"

Dilma já usa ‘rolezinho' contra a oposição

Estratégia também prevê a aproximação de jovens das periferias e nas redes sociais






















Em mais uma tentativa de se contrapor ao PSDB, o governo Dilma saiu em defesa dos jovens que promovem "rolezinhos" nos shoppings e tentou acusar os adversário de fazer discriminação social. Na avaliação do Palácio do Planalto, o apoio à manifestação não apenas serve de antídoto a possíveis atos de vandalismo como ajuda a aproximar a presidente Dilma Rousseff de jovens da periferia, nas redes sociais, neste ano de eleições.
 
 
Entrada principal do Jardim Sul ficou lotada de manifestantes - Márcio Fernandes/Estadão
Márcio Fernandes/Estadão
Entrada principal do Jardim Sul ficou lotada de manifestantes
 
 
Responsável pelo diálogo com os movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, criticou a repressão policial aos "rolezinhos" em São Paulo e a concessão de medidas liminares, por parte da Justiça, a lojistas de shoppings, receosos com o movimento dos jovens da periferia.
 
Gasolina no fogo. "Mais uma vez, a ação inadequada da polícia acabou botando gasolina no fogo", afirmou Carvalho, que esteve nesta quinta-feira, 16, no Recife, onde participou de dois encontros com jovens de Pastorais da Juventude da Igreja Católica. "Eu não tenho dúvida de que a concessão dessas liminares (para proteger os shoppings contra os rolezinhos) também é um erro. Para mim é, no mínimo, inconstitucional." O ministro disse que "os conservadores deste País" devem se conformar que os direitos vieram para todos. "Qual o critério que você vai selecionar uma pessoa da outra? É a cor, é o tipo de roupa que veste? Tudo isso implica preconceito, no prejulgamento de uma pessoa e fere a Constituição", insistiu Carvalho.
 
Para a chefe da Secretaria da Igualdade Racial, Luiza Bairros, declarações como as do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que chamou os manifestantes de "cavalões", podem acirrar os ânimos. Para ela, a intenção dos jovens da periferia é totalmente pacífica, mas a reação "preconceituosa" das pessoas brancas tende a causar problemas.
 
Na terça-feira, Dilma chamou ao Palácio do Alvorada os ministros Carvalho, Luiza Bairros, José Eduardo Cardozo (Justiça) e Marta Suplicy (Cultura). "Ela nos alertou a ter cuidado ao tratar do assunto", contou o secretário-geral da Presidência. "Não dá para embarcar nessa história de repressão."
 
A ordem do Planalto é para tratar o assunto com naturalidade e, sempre que possível, criticar a posição de parlamentares do PSDB e do governador Geraldo Alckmin, candidato ao segundo mandato. É em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, que o PT vai disputar com Alckmin a agenda da segurança.
 
Dilma, porém, não quer que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo - em férias a partir desta sexta-feira, 17, - entre nesse tema. Motivo: o Planalto fará de tudo para não passar a impressão de que a presidente está preocupada com depredações e com mais uma crise de segurança, em uma reedição dos protestos de junho.
 
Monitoramento. Na prática, a orientação do Planalto é apenas para que ministros monitorem atentamente os "rolezinhos", principalmente na internet, com o objetivo de evitar que as manifestações sejam apropriadas por vândalos e black blocs. "A gente tem de ter a humildade de observar primeiro, de acompanhar e procurar entender mais profundamente do que se trata", disse Carvalho. "Todos nós precisamos ter cuidado para não querer dar uma de sábios."

17 de janeiro de 2014
Fábio Guibu, Tânia Monteiro e Vera Rosa - O Estado de S. Paulo

POLICIA INVESTIGA SAQUE DE 1,6 MILHÃO E SEISCENTOS MIL EUROS DE POSSIVEL CONTA DE PIZZOLATO

Polícia investiga saque de € 1,6 mi de conta que pode ser de Pizzolato

A Polícia Federal está investigando um saque de € 1,6 milhão feito em uma conta na Suíça que as autoridades acreditam ser do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.

Condenado no julgamento do mensalão, Pizzolato está foragido desde a decretação de sua prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em novembro de 2013.

Sua família diz que ele está na Itália, país do qual tem cidadania –o que impossibilita sua extradição segundo as leis locais; no máximo, ele poderá ter um segundo julgamento na Itália.

A investigação foi revelada na edição de hoje do jornal "O Estado de S. Paulo". Segundo o jornal, autoridades suíças auxiliam a PF no rastreamento da movimentação da conta.

O período do saque também não está determinado. Segundo a Folha apurou, a PF trabalha com a hipótese de que Pizzolato preparou a sua fuga durante meses, uma vez que sua condenação inicial foi conhecida no fim de 2012 –a prisão só ocorreu após a análise de seus recursos, e foi ordenada pelo STF no dia 15 de novembro.

FUGA
Condenado a 12 anos e 7 meses de detenção em regime fechado, o próprio Pizzolato divulgou por meio de seu advogado, um dia após a expedição de seu mandado de prisão, uma nota dizendo que havia fugido para a Itália com o objetivo de escapar das consequências de um "julgamento de exceção".

Além disso, alegou que gostaria de ver seu caso sendo novamente analisado pela Justiça italiana, onde não haveria pressões "político-eleitorais". Devido à sua cidadania, ele estaria em relativa segurança na Itália, uma vez que o país europeu não extradita seus nacionais.

Pizzolato só poderia ser preso se o Brasil conseguisse fazer com que a Justiça italiana abrisse um processo relativo aos crimes do mensalão e, após novo julgamento, o condenasse. Isso tudo, porém, seria algo extremamente difícil de acontecer, segundo especialistas em direito internacional ouvidos pela Folha.

Tão logo sua carta foi divulgada, a Polícia Federal incluiu o nome de Pizzolato na chamada difusão vermelha da Interpol, deixando-o na lista internacional de criminosos procurados.

Henrique Pizzolato

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Sérgio Lima - 9.set.03/Folhapress
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Henrique Pizzolato com os produtos publicitários dos projetos patrocinados pelo Banco do Brasil
ROTA
Amigos do ex-diretor disseram que, para chegar à Itália, Pizzolato teria seguido de carro do Rio de Janeiro até a fronteira com o Paraguai, cruzando-a a pé. Em outro carro teria ido até a fronteira com a Argentina, ingressando também à pé naquele país.

De lá, com um documento provisório, que pode ser emitidos por consulados a alguém que teve seu passaporte extraviado, teria voado para a França e, por fim, sempre segundo informações de seus amigos, teria seguido por terra para a Itália.

Oficialmente, a PF não se manifesta sobre as investigações. No começo do mês, o diretor-geral da corporação, Leandro Daiello, afirmou em audiência na Câmara dos Deputados que o paradeiro de Pizzolato ainda era desconhecido da PF e que ele estava sendo procurado dentro e fora do Brasil.

Segundo policiais ouvidos pela Folha, de lá para cá não houve grandes mudanças na investigação. Dentro da PF há pelo menos duas visões distintas sobre o processo de localização do ex-diretor.

Um grupo entende que falta um empenho maior nas investigações. Alega que encontrar Pizzolato não é uma das prioridades da instituição e que, caso fosse, seria possível ter chegado ao paradeiro do condenado 43 dias após a expedição do mandado de prisão.

Outro grupo entende que, passados os primeiros dias da fuga, o melhor a fazer é dar liberdade ao fugitivo para que ele se descuide e acabe por deixar um rastro detectável pelas autoridades, o que possibilitaria a descoberta de seu paradeiro. Policiais alegam, contudo, que a espera de um escorregão normalmente é demorada –e um descuido pode eventualmente nunca chegar a acontecer.

 Editoria de Arte/Folhapress 
*
CONDENADO
CRIMES Corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro

PENA 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, mais uma multa de R$ 1,3 milhão

O QUE ELE FEZ Em 2003 e 2004, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil autorizou o repasse de R$ 73,8 milhões que a instituição tinha no fundo Visanet para a DNA, agência de publicidade do empresário Marcos Valério que tinha contrato com o BB e foi usada para distribuir dinheiro a políticos. Pizzolato recebeu R$ 336 mil do esquema

O QUE ELE DISSE Pizzolato afirmou durante o julgamento que o dinheiro que recebeu era destinado ao PT e foi entregue a um emissário do partido. Ele se queixou do fato de que outros executivos do banco autorizaram repasses de recursos do Visanet e não foram processados. Ele nega que o dinheiro tenha sido desviado para o mensalão

17 de janeiro de 2014
Folha S.Paulo