"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

TOYNBEE PREVIU A PRÓXIMA GUERRA ENTRE CRISTÃOS E MUÇULMANOS




Na década de 50, o historiador britânico Arnold J. Toynbee previu que a próxima guerra seria entre cristãos e muçulmanos. Vale lembrar que George W. Bush ainda usava calças curtas. Dizer que nem todo islâmico é terrorista significa o quê? Absolutamente nada! Dizer que os terroristas não são islâmicos, “se fingem de islâmicos”, significa o quê? Que além de mentirosa e ridícula, essa é uma opção covarde e equivocada. Não se vai evitar nada de ruim desse modo, uma vez que a omissão favorece a expansão do Islã em toda parte.
Hoje, com as informações que dispomos relativas ao comportamento humano, podemos concluir que as atitudes mais ou menos agressivas acabam dependendo muito da índole do indivíduo. A maioria da espécie humana parece tender à boa índole. O problema é que a minoria má é grande demais. Quando o indivíduo se sente liberado à barbárie, não só pela falta da educação, mas principalmente por causa dela ou pela sua cultura religiosa, são os atos dessa minoria altamente numerosa que vão deixar todos em perigo.
Nesse caso, o ego coletivo pode ser comparado, argumentava Toynbee, ao poderoso e mitológico monstro bíblico Leviatã. Este poder coletivo a mercê das paixões subconscientes escapa à censura pessoal que freia os baixos impulsos do ego. A má conduta, que seria condenada sem hesitação, no entanto, quando o indivíduo transita do singular para o plural, ainda mais sob a instigação de clérigos exaltados amparados por um livro sagrado (Alcorão), encontra a responsabilidade individual em recesso.
SEM CULPA ALGUMA
Então, os indivíduos de má índole chegam às barbaridades sem culpa alguma, e aqueles que não têm tal inclinação à flor da pele não os condenam. Sabem que seus irmãos de crença agiram em cumprimento do livro imutável que orienta a todos. Portanto, ideologicamente devem apoiá-los. Mesmo que essa maioria se sinta constrangida e prejudicada nos seus interesses nas sociedades ocidentais que as abrigam, se veem moralmente contidas. São as sociedades ocidentais que reclamam dos excessos dos seus e não as delas.
O Alcorão pode incitar a violência? Dizem que não. Então vejamos alguns versículos de algumas das suas suras.
Sura 2:193 “E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Allah”.
Sura 3: 85 “Quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não o islã, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados.”
Sura 5: 33 – “O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo”.
Sura 8: 12 “E quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois aos fiés! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos!”
Sura 8: 13 “Isso, porque contrariaram Deus e o Seu Mensageiro; que Deus é severíssimo no castigo”.
Sura 7: 4 “Quantas cidade temos destruído! Nosso castigo tomou-os (a seus habitantes) de surpresa, enquanto dormiam, à noite, ou faziam a sesta”.
Sura 8: 60 “Mobilizai tudo quanto dispuserdes, em armas e cavalaria, para intimidar, com isso, o inimigo de Deus e vosso, e se intimidares ainda outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece. Tudo quanto investirdes na causa de Deus, ser-vos á retribuído e não sereis defraudados”.
Sura 8:74 “Quanto aos fiéis que migraram e combateram pela causa de Deus, assim como aqueles que os ampararam e os secundaram – estes são os verdadeiros fiéis – obterão indulgência e magnífico sustento”.
Sura 9: 14 “Combatei-os! Deus os castigará, por intermédio de vossas mãos, aviltá-los-á e vos fará prevalecer sobre eles, e curará os corações de alguns fiéis”.
Sura 8: 60 “Mobilizai tudo quanto dispuserdes, em armas e cavalaria, para intimidar, com isso, o inimigo de Deus e vosso, e se intimidares ainda outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece. Tudo quanto investirdes na causa de Deus, ser-vos á retribuído e não sereis defraudados”.
Sura 9: 111 “Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos. É uma promessa infalível que está registrada na Torá, no Evangelho e no Alcorão. E quem é mais fiel a sua promessa do que Deus? Regozijai-vos, pois, a troca que haveis feito com Ele. Tal é o magnífico benefício”.
Qualquer semelhança não é mera coincidência. O Alcorão incentiva ou não a violência? Fica difícil alegar inocência do islamismo quando ele mesmo depõe contra si.

25 de novembro de 2015
Ivani Medina

O HUMOR DO ALPINO...

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25 de novembro de 2015

PASSAR O BRASIL A LIMPO

PARA BUENO "SE TIVER O MÍNIMO DE DECÊNCIA, SENADO DEVE CONFIRMAR PRISÃO"
SENADOR PETISTA TENTOU ATRAPALHAR AS INVESTIGAÇÕES DA LAVA JATO

RUBENS BUENO ACREDITA QUE NESTOR CERVERÓ DEVE TER MUITO A FALAR


Para Rubens Bueno (PPS) é fundamental que o Senado Federal aceite a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à prisão do senador Delcídio Amaral (PT), que agia para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

Para o líder do PPS na Câmara, “se tiverem o mínimo de responsabilidade e decência, os senadores vão confirmar a prisão de Delcídio. Agir de outra maneira, mandar soltar o senador, seria a desmoralização total”. E completou, “é um momento grave e, nestes momentos, é preciso responsabilidade para passar o Brasil a limpo”.

Deputado acredita que Cerveró deve ter muito que contar, já que Delcídio tentou impedir que ele firmasse acordo de delação premiada, “ele temia que o ex-diretor lhe incriminasse e também revelasse detalhes dos envolvimentos de outros integrantes da cúpula do PT no escândalo”.

Bueno acredita que a prisão do petista atinge a presidente Dilma Rousseff e o Palácio do Planalto, “o líder de seu governo agiu como verdadeiro chefe de organização criminosa. Será que agiu assim só em relação a Lava Jato, ou como líder do governo, também utilizava de prática semelhante em outras questões?”. Para o parlamentar a prisão do ex-diretor da Petrobras traz Dilma para o centro da Lava Jato.

Em relação a prisão do banqueiro André Esteves, BTG Pactual, ele avalia como importante porque se chega mais perto do caixa do esquema, “ acredito que o rastro do dinheiro desviado da Petrobras e de outras estatais vai se tornar mais claro a partir de agora”.



25 de novembro de 2015
diário do poder

PT CEDEU À CORRUPÇÃO

CORRUPÇÃO DO PT SE ALASTROU DA GESTÃO CELSO DANIEL À ESFERA FEDERAL, DIZ JUÍZA
MAGISTRADA AFIRMA: QUADROS IMPORTANTES DO PT CEDERAM À CORRUPÇÃO


JUÍZA CONDENOU O EMPRESÁRIO SÉRGIO GOMES DA SILVA, O SOMBRA, A 15 ANOS E SEIS MESES DE PRISÃO PELA MORTE DO EX-PREFEITO CELSO DANIEL (FOTO: BETO BARATA/AE)

Em sentença de 117 páginas, na qual condenou a 15 anos e seis meses de prisão o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, a juíza Maria Lucinda da Costa, da 1ª Vara Criminal de Santo André, assinalou que ‘o esquema de corrupção era tão estruturado que se ramificou’ e atingiu a administração federal. “Encontrou no pensamento coletivo corrompido terreno fértil e se alastrou inclusive para a esfera federal”, escreveu a juíza.

Sombra é um emblemático personagem do caso Santo André. Ele era muito próximo de Celso Daniel, ex-prefeito do PT executado a tiros em janeiro de 2002. Para o Ministério Público Estadual, o esquema de propinas abastecia caixa 2 do partido. Os promotores afirmam que Celso Daniel foi eliminado porque resolveu dar um fim na arrecadação ilícita em sua gestão ao descobrir que o dinheiro estaria sendo canalizado para o enriquecimento pessoal de Sombra e de outros personagens do caso.

A condenação de Sombra é a primeira imposta pela Justiça no episódio que se transformou em um pesadelo para o PT. Além de Sombra, a juíza condenou o empresário do setor de transportes e de comunicação em Santo André Ronan Maria Pinto (10 anos e 4 meses de pena) e o ex-secretário municipal Klinger Luiz de Oliveira Souza (15 anos e seis meses). Todos poderão recorrer em liberdade.

A Promotoria atribuiu a Sombra, Ronan e Klinger a liderança de um esquema de arrecadação de propinas no setor de transporte público da cidade do Grande ABC.

A suspeita sobre o suposto caixa 2 do PT surgiu com o depoimento do médico oftalmologista João Francisco Daniel, irmão mais velho de Celso Daniel. Ele revelou que a propina ia para o partido, na ocasião presidido por José Dirceu, mais tarde ministro-chefe da Casa Civil no primeiro governo Lula.

“Os réus, especialmente Klinger e Sérgio (Sombra), ligados que são ao Partido dos Trabalhadores, ocuparam posição de destaque no partido, em uma cidade que congregava a liderança partidária”, assinalou a juíza Maria Lucinda da Costa. 
“Da administração de Celso Daniel saíram pessoas que ocuparam cargos no primeiro escalão do governo federal petista, como Miriam Belchior e Gilberto Carvalho. Portanto, tinham eles condições de, em fazendo uma administração limpa, fazer frutificar frutos bons. Mas, não, optaram por ceder à corrupção, o que possibilitou a proliferação do esquema maléfico, como depois se tornou público e notório.”

A juíza cita na sentença uma ‘testemunha sigilosa’. “Ouvida no procedimento preparatório, (a testemunha) relatou que soube pela ex-mulher de Celso Daniel que as empresas contratadas pela Municipalidade desviavam recursos dos cofres públicos para o Partido dos Trabalhadores, para utilização em campanhas eleitorais e que os valores eram entregues em mãos do presidente do Partido, José Dirceu.”

A juíza destaca que ‘no caso específico dos autos, não se pode ignorar, ainda, que a estrutura criminosa se instalou em torno de serviço público essencial, utilizado pela camada mais sofrida da população que, não obstante seja a menos favorecida economicamente, foi a que mais sofreu com o aumento dos custos dos serviços impostos para suportar o pagamento da verba ilícita’.

“Como se não bastasse, são atos da espécie que prejudicam a evolução social, o crescimento da economia, a estruturação do Estado Democrático de Direito e, na medida em que causam o descrédito do administrador público, comprometem a imagem de todas as autoridades públicas e toda a estruturação dos entes federativos”, alerta a magistrada.

A juíza cita João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel. “Relatou que após o falecimento do prefeito Celso Daniel, soube por Miram Belchior, ex-esposa do alcaide, que havia um ‘caixa 2′, cuja receita era destinada ao Partido dos Trabalhadores. Ocorre que pouco antes do falecimento de Celso, cogitou-se que parte deste dinheiro estava sendo desviada em proveito próprio de Klinger, Ronan e Sérgio, tanto que Celso confidenciou ao irmão que estava fazendo um dossiê contra os réus. Posteriormente, Miriam teria relatado à testemunha que “…Klinger direcionava as licitações, o denunciado Ronan seria o beneficiário dessas licitações….e por fim o denunciado Sérgio era o responsável para manter o contato com os empresários de Santo André….Sérgio era um homem violento e responsável pela arrecadação junto aos empresários…”, inclusive, exibindo-lhes arma de fogo durante as reuniões. Finalmente, o dinheiro seria encaminhado ao PT, na pessoa de José Dirceu, por Gilberto Carvalho.”

Perante a CPI que se instalou na Câmara municipal de Santo André, João Francisco disse que ‘o esquema lhe teria sido relatado também por Gilberto Carvalho’.

Tais informações foram desmentidas por Miriam Belchior e por Gilberto Carvalho, segundo a própria sentença da juíza de Santo André. “Também não se ignora que, ouvida pela CPI, Miriam desmentiu o ex-cunhado, assim como Gilberto Carvalho o fez. Entretanto, ainda que não se tenha provado o conhecimento de Miriam e de Gilberto acerca do esquema criminoso, certo é que os depósitos, documentalmente comprovados, são mais que suficientes para provar a existência do grupo criminoso. As demais testemunhas, embora não contribuam para confirmar a acusação, também não bastam para afastar as robustas provas produzidas.”

A juíza cita, ainda, Ivone de Santanta, viúva de Celso Daniel. “Descreveu que no primeiro mandato de Celso, Sérgio trabalhou no gabinete do Prefeito e Klinger era funcionário da Prefeitura. No segundo e terceiro mandatos, Sérgio, por não residir em São Paulo, não ocupou cargo na Prefeitura Municipal e Klinger passou a Secretário. Asseverou que o relacionamento do falecido Prefeito com o irmão João Francisco não era próximo, porque Celso não gostava de ser procurado para atender interesses pessoais do irmão, cujo filho era patrocinado no basquete pela família Gabrilli (proprietária de uma empresa de transportes). 
Enfatizou que João Francisco pressionava o prefeito para interceder na Administração em favor de Gabrilli. Por outro lado, Ivone negou que Celso estivesse fazendo um dossiê contra Klinger, Ronan e Sérgio. Ao contrário, sustentou que a relação de amizade entre Celso e Klinger nunca foi abalada.”


25 de novembro de 2015
diário do poder

TERRORISMO TUPINIQUIM

Sinceramente, não sei por onde começar. Pela prisão do amigão do Lula que recebeu milhões do BNDES para uma empresa inativa, aquele que sabe das coisas? Pelo jogo bruto do Eduardo Cunha para se safar no Conselho de Ética? Pela chegada de Mauricio Macri na Argentina para ameaçar a liderança do Brasil na região? Pelos 739 casos de microcefalia provavelmente causados por Zika vírus? Ou pela tragédia pessoal, social, ambiental e econômica do rompimento criminoso da barragem em Mariana?

Some-se a esse rol a crise que corrói o crescimento, produz inflação e gera nove milhões de desempregados e chega-se, assim, a uma constatação dolorosa: é muita tragédia para um país só, num ano só, de uma vez só, às vésperas do Natal, do Ano Novo e das férias escolares (onde não houve meses de greve...). Será que são coisas totalmente isoladas, ou será que há um nexo entre elas?

Mesmo os mais otimistas ou os que têm horror a análises catastrofistas têm de fazer muito esforço para achar – e defender – que está tudo bem e que tudo isso, ao mesmo tempo, é apenas obra do acaso, de uma nuvem carregada, da ira dos deuses ou de uma conjunção pérfida de “fatores externos” – tanto quanto o desastre da economia seria resultado da “crise internacional”.

Quem sabe, tudo não passa de maquinação de uma direita capaz de qualquer coisa para prejudicar o PT, o Lula, o governo Dilma Rousseff e o Brasil? Vai ver estamos sob o ataque de uma espécie de Estado Islâmico tupiniquim que degola a cúpula do partido, uma Al Queda que infiltra o Eduardo Cunha para destruir o governo, um Boko Haram que dizima barragens e prolifera mosquitos Aedes aegypti, uns Jihadistas que manipulam as mentes de procuradores, policiais e juízes, um grupo xiita que elege Mauricio Macri para atacar o bolivarianismo no continente.

Tudo é possível, o que não resolve nada é Lula sair fantasiado de Dom Quixote de La Mancha, apontando sua lança contra inimigos abstratos, quando todas as tragédias são bem concretas. Também não adianta nada a competição entre Lula e Dilma para decidir quem é mais culpado. Lula acusa Dilma de destruir a economia e o seu legado. E Dilma rebate, com um indisfarçável ar de deboche: “A Lava Jato não foi no meu governo...”.

Quando a inflação, o desemprego e a queda de renda batem à porta, a culpa é do estrangeiro, dos países ricos que exportaram a crise para o mundo. Quando o mensalão atinge em cheio o PT, a culpa é do caixa dois e do Joaquim Barbosa, que não foi posto cordialmente no Supremo para fazer esse papelão com o PT. Quando a Lava Jato e a Zelotes se aproximam de Lula e de seus filhos, a culpa é do Sergio Moro e da Polícia Federal. E, claro, em qualquer caso a imprensa é sempre culpada.

Uma coisa, porém, a gente aprende com esse conjunto de crises: não são geladeiras e fogões novinhos em folha nem viagens para a Disney que garantem desenvolvimento, bem estar, saúde, educação, fiscalização e o futuro. E, se não houver uma profunda reforma nas campanhas e na forma de fazer política, o País vai ficar cada vez mais nas mãos dos Eduardo Cunha, as boas intenções serão vencidas pelas tentações e os melhores partidos serão engolidos pelas facilidades.

Quem paga? Os de sempre: o que trabalha, o que estuda, o que tem o azar de morar no caminho das barragens mal fiscalizadas e as grávidas sujeitas às picadas mais cruéis. Ainda bem que as instituições resistem, firmes e fortes. Só elas para nos salvar – inclusive de um incômodo pessimismo.

Máquina de versões. Tal como a Petrobrás fazia lá atrás, quando ainda havia tempo para depurar e salvar a maior companhia brasileira, o BNDES parece estar instalando uma máquina de desmentidos com o objetivo de negar os detalhes para desqualificar o principal. Nada pior para a saúde de pessoas e de empresas do que mascarar os sintomas.


25 de novembro de 2015
Eliane Cantanhede

OURO DE TOLO

Os procuradores que explicaram as razões da prisão do pecuarista José Carlos Bumlai foram bastante cuidadosos nas referências a possível envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio da Silva nas tramoias do amigo, assim como o juiz Sérgio Moro, ao salientar que não existem provas contra Lula.

Nem por isso descartaram essa hipótese liminarmente, o que significa que a levam em conta e que a citação ao nome do ex-presidente deixou de ser um tabu. Natural que assim seja, pois aos investigadores compete chegar ao topo da cadeia de comando do esquema de corrupção montado para, segundo eles, abastecer os cofres de pessoas jurídicas e os bolsos de pessoas físicas.

Disseram ontem que os empréstimos fraudulentos obtidos por Bumlai, ao que tudo indica, tinham esse objetivo e repetem o método empregado por Marcos Valério de Souza no caso do mensalão. Por esse raciocínio, o pecuarista amigo com passe livre (não por acaso o nome da operação em curso) no Palácio do Planalto à época do governo Lula seria o operador substituto de Valério.

Ainda de acordo com os procuradores, ao menos uma dessas transações foi comprovadamente feita sob os auspícios de Delúbio Soares e José Dirceu à época em que um era tesoureiro do PT e, o outro, chefe da Casa Civil, braço direito do presidente.

De onde tem fundamento a avaliação do atual governo de que a Lava Jato tem por objetivo chegar a Lula. Mas, não a fim de persegui-lo, como prefere enxergar o Planalto, mas com o objetivo de esclarecer se o mandatário supremo do partido e do governo onde tudo se passou tinha, ou não, o domínio dos fatos.

Caso tudo tenha se dado à sua revelia, Lula não tem o que temer. A Lava Jato chegará a ele. Para acusá-lo ou inocentá-lo. Ainda que na última hipótese fique assentado que fez papel de tolo na Presidência.

Responsabilidade moral. Os partidos no Brasil têm, por força da Constituição, caráter nacional. Portanto, não há questões que possam ser consideradas alheias às direções como quer fazer crer a cúpula do PMDB ao tentar tratar dos casos de Eduardo Cunha e do secretário de Governo da prefeitura do Rio, Pedro Paulo Carvalho, como episódios de natureza pessoal desvinculados do partido.

Da conduta dos indivíduos é que se firma a opinião do público sobre o conjunto, conforme atesta o desgaste do PT. Até agora a Executiva Nacional não se manifestou sobre a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O partido não o defende, mas também não diz o que pensa sobre as denúncias que o cercam, as manobras regimentais para tentar postergar o processo no Conselho de Ética, as versões inverossímeis sobre as acusações ou sobre sua permanência no cargo que tanto repúdio desperta em toda parte. Inclusive na sociedade à qual o PMDB pretende se mostrar como alternativa confiável e competente de governo.

Da mesma forma, o partido faz questão de ignorar o que se passa no Rio de Janeiro, onde ocupa o governo do Estado e a prefeitura da capital. Ali, as autoridades pemedebistas acabam de reafirmar seu apoio à candidatura de um homem violento e, além de tudo, mentiroso. Ao qualificar de “balelas” e “fofocas” as ocorrências de agressão devidamente registradas e comprovadas cometidas por Pedro Paulo, o PMDB fluminense faz opção preferencial pelo machismo e desrespeito à lei.

Se a direção nacional acha que nada disso tem importância e que, principalmente, não tem nada a ver com isso, é porque não está entendendo nada do que se passa a seu redor. Fala em modernização, mas atua de maneira obsoleta.



25 de novembro de 2015
Dora Kramer

A JIHAD PETISTA

Não bastasse a devastação que o partido hegemônico – o PT – vem produzindo na política e na economia do Brasil ao longo dos últimos dez anos, temos agora um novo fator de desestabilização de nossas instituições democráticas. Trata-se do surgimento no seio dessa agremiação de um novo grupo radical, a Juventude do PT, facção jihadista do partido cujo ideário veio à luz no seu terceiro congresso, reunido em Brasília no último dia 20.

Conforme amplamente noticiou a edição de 21/11 deste jornal, naquele conclave a Juventude do PT mostrou todas as suas características fundamentalistas. Para começar, contesta a autoridade e as diretrizes do próprio chefe supremo do petismo, o mitológico Lula, que até esse fatídico dia 20 nunca fora questionado no interior de sua grei.

Acontece que, na presença augusta do amado e temido condottiere, os aguerridos jovens petistas negaram a sua autoridade para prosseguir com sua política de alianças político-partidárias e sua legitimidade para intervir na composição do Ministério. Para os jovens jihadistas, o PT não pode mais se apoiar nos “infiéis” de qualquer espécie ou origem, na medida em que representam os interesses da elite opressora: “Nem Meirelles nem Levy. É hora de parar de recuar. Fora já/ fora já daqui/ o Eduardo Cunha junto com o Levy”.

Para que ninguém duvide da radicalização de seus propósitos e de suas ações a Juventude do PT passa a cultuar heróis do povo brasileiro. E quem são eles? Nada mais, nada menos que notórios petistas condenados no mensalão e processados e julgados pela Operação Lava Jato. Para demonstrar a sua reverência à trupe de condenados afixaram uma enorme faixa com as figuras heroicas de João Vaccari Neto, Delúbio Soares, José Genoino, João Paulo Cunha e José Dirceu, encimados com os dizeres: “Heróis do povo brasileiro”.

Para os jovens revolucionários petistas os proclamados próceres condenados, não o foram por prática de crime de corrupção, mas por serem líderes do povo. Inscrevem-se esses heróis no conceito típico do jihadismo, o do sacrifício. Somente os líderes que experimentam a prisão são dignos de inspirar o movimento de redenção do povo brasileiro, não importando a natureza do crime que cometeram.

As características típicas do jihadismo são encontradas nessa surpreendente rebelião dos jovens petistas. Eles não aceitam mais lideranças fracas, como a do Lula, uma vez que este não logrou, em mais de uma década de poder, a instauração da revolução permanente, voltada para a redenção do povo brasileiro, nos estritos moldes bolivarianos.

Os grandes passos de destruição das instituições democráticas previstos na Carta de São Paulo não lograram nunca ser implementadas pelos frouxos governos petistas. Assim, nem Lula nem Dilma Rousseff conseguiram acabar com a imprensa livre por meio da malograda Lei de Controle Social. Não conseguiram também os dois sucessivos presidentes unificar as Polícias Militares estaduais sob o controle do partido. E ainda fracassaram vergonhosamente na imposição do decreto que submetia o quadro de promoções e de nomeações nas Forças Armadas ao crivo do Partido dos Trabalhadores.

Impõe-se desde já a revolução bolivariana. Para que isso se realize no Brasil – como já o foi, com grande sucesso, na Venezuela – inicialmente há que desmoralizar as instituições e as leis democrático-burguesas, de que resultou a condenação, entre nós, de líderes do povo, aprisionados e condenados sob o odioso pretexto de serem corruptos. E não se aceita mais a transigência dos líderes aburguesados do PT que ainda não foram presos e agora fogem covardemente desse sacrifício depurador.

As automotivações da Juventude do PT são, com efeito, tipicamente jihadistas. Primeiro: rompimento com as antigas lideranças petistas por terem contato com “infiéis”, o que é incompatível com a regra moral da revolução. Segundo: consagração de novos líderes espirituais que possam, por seu exemplo de sacrifício e de notória criminalidade contra o Estado burguês, justificar, por sua vez, todos os delitos que cometerão também contra a ordem pública os jovens petistas, visando à implantação no Brasil da República Socialista Bolivariana do século 21.

O clima desse 3.º Congresso da Juventude do PT foi de tal ordem constrangedor para os eternos e decadentes líderes do partido presentes (Lula, Rui Falcão et caterva) que o ex-presidente percorria, durante a sua arenga, toda a extensão da longa mesa dirigente dos trabalhos – indo e vindo sem parar –, num movimento típico de quem procurava uma porta dos fundos pela qual pudesse escapulir dos jihadistas enfurecidos. Durante o palavrório de Lula, os jovens ostentavam faixas e repetiam refrãos revolucionários que abafavam a fala do septuagenário líder, isso enquanto ele pedia o apoio deles ao combalido governo da sua sucessora.

Diante da nenhuma repercussão de seu pedido, Lula apelou para o perigo de o PT perder o poder em 2018 se não ganhar as eleições municipais de 2016. Acontece que o jovem núcleo jihadista do PT, inspirado em seus guerreiros do povo brasileiro – Vaccari, Delúbio, Genoino, João Paulo e Dirceu –, não está interessado em nenhuma eleição, próxima ou remota, mas sim na “revolución”, por meio de ações que pretende realizar para obstruir o funcionamento das instituições no País.

Eis mais um produto que o Partido dos Trabalhadores gerou para o País. Que desde já tomem precauções as autoridades constituídas no que se refere aos movimentos e às ações desse grupo, tendo em vista que se propõem a sacrificar a própria liberdade – e a dos outros – em prol de suas verdades revolucionárias, inquestionáveis e absolutas.



25 de novembro de 2015
Modesto Carvalhosa

SUANDO FRIO

O pecuarista José Carlos Bumlai é amigo do ex-presidente Lula. Mais do que amigo: quando Lula ainda era presidente, Bumlai foi uma das raras pessoas autorizadas a entrar no gabinete do chefão petista “em qualquer tempo e circunstância”, conforme dizia um aviso colocado na portaria principal do Planalto. Assim, a prisão desse empresário, na manhã de ontem, no âmbito da Operação Lava Jato, tem todos os predicados para, no mínimo, embaraçar Lula.

O próprio nome da ação da Polícia Federal, “Passe Livre”, diz tudo: trata-se de uma referência explícita ao amplo acesso que Bumlai tinha a Lula quando o petista mandava no País. E os motivos que levaram as autoridades a prender o pecuarista indicam que, cedo ou tarde, Lula terá de dar explicações mais convincentes a respeito dos volumosos escândalos de corrupção em seu governo, dos quais Bumlai é um dos pivôs, em vez de simplesmente atribuí-los a uma perseguição da imprensa ou à perfídia de magistrados mal-intencionados, como tem feito há anos.

Mais do que isso: a Polícia Federal suspeita que Bumlai possa ter alguma ligação com o escândalo do mensalão, dando força à conjectura de que o esquema de rapinagem do Estado é um só, com diferentes ramificações. No caso específico do pecuarista, elas incluiriam até mesmo o pagamento de suborno para calar um chantagista que teria ameaçado Lula no caso do assassinato do prefeito petista Celso Daniel, em 2002.

Bumlai foi preso em Brasília sob a acusação de ter participado de um esquema para fraudar a licitação para a contratação de um navio-sonda da Petrobrás. Ele foi citado por vários delatores do escândalo da estatal. Segundo os depoimentos, Bumlai tomou um empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin em 2004. Esse dinheiro nunca foi devolvido ao banco, que tampouco se esforçou para cobrá-lo. Os recursos, aponta a investigação da Lava Jato, teriam sido encaminhados ao PT, conforme teria dito o próprio Bumlai aos executivos do banco na ocasião. Salim Schahin, um dos donos do banco, disse à Justiça que, segundo Bumlai, “havia uma necessidade do PT que precisava ser resolvida de maneira urgente”.

O banco aceitou a transação porque abriria oportunidade de negócios dentro do governo petista para o Grupo Schahin, conforme declarou o próprio Salim, que mencionou ter recebido visitas de Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, e de Marcos Valério, operador do mensalão, além de ter feito contato com João Vaccari Neto, ex-tesoureiro petista preso na Lava Jato. O ex-ministro José Dirceu também foi citado.

O tal negócio esperado pelo grupo logo apareceu: em janeiro de 2009, Schahin ganhou um contrato de US$ 1,6 bilhão para operar o navio-sonda Vitória 10000. Um dia antes, o empréstimo que o banco havia feito a Bumlai foi “quitado” com a simulação de um repasse de embriões de gado de elite, no valor de R$ 12 milhões, para empresas agropecuárias do Grupo Schahin.

No despacho em que ordenou a prisão de Bumlai, o juiz Sergio Moro chamou a atenção para as diversas inconsistências dessa transação, a começar pelo fato de que o empréstimo foi concedido tendo como garantia apenas uma nota promissória. Além disso, ao longo de cinco anos o banco não tratou de executar a dívida e aceitou a quitação pelos mesmos R$ 12 milhões, sem cobrança de juros. A fraude é evidente.

Bumlai parece ser apenas o elo de um esquema de ramificações cuja extensão ainda é desconhecida. Certamente, muitos detalhes ainda emergirão à medida que outros depoimentos forem tomados. E há a expectativa, natural, sobre o que o próprio pecuarista possa falar, especialmente em relação a Lula. O juiz Sergio Moro afirma que, por enquanto, “não há nenhuma prova” de que o ex-presidente esteja “envolvido nesses ilícitos”.

É um bom sinal que a Justiça, em meio a tantas evidências do assalto promovido por petistas aos cofres públicos, tenha o cuidado de salientar que nada há contra Lula. Mas será compreensível se o ex-presidente passar as próximas noites em claro.



25 de novembro de 2015
Estadão

MARXISMO CULTURAL, A JIHAD VERMELHA



Na peça “Macaquinhos”, os atores exploram os ânus uns dos outros

















A atração da peça, por falta de coisa melhor a apresentar, é proporcionada pela nudez dos atores, dedicados a entreveros e diversidades… Eles giram pelo palco, se enroscam e desenroscam, se movimentam em círculos e chegam ao clímax: o círculo se fecha e os “atores”, uns nos outros, metem o dedo exatamente lá onde você está pensando. E esse “lá” é o sentido de todas as cenas. A mais recente apresentação do dito espetáculo ocorreu na 17ª Mostra Sesc Cariri Culturas, em Juazeiro do Norte, no último dia 18.
A apresentação contou com patrocínio do Sesc, que recebe recursos do governo federal, que se lambuza com os frutos do suor do nosso rosto. Chamado às falas, o Sesc cearense informou que a peça, em virtude de seu conteúdo sexual, foi interditada para menores. Pela linguagem da manifestação se pode identificar a ideologia de quem aprovou e promoveu o evento. A nota oficial – veja só, leitor – informa que a entidade tem como seu dever o incentivo ao “fazer artístico, respeitando a pluralidade e a formação crítica e autônoma do ser”. Fazer cultural, formação crítica e autonomia do ser, aplicados a Macaquinhos, valem por assinatura da Jihad cultural vermelha que assola o país.
TAMBÉM EM SÃO PAULO
Há mais informações no jornal A Tribuna do Ceará. Recomendo a leitura da matéria com imagem para saber até onde vai o deboche. Também vale buscar alguns registros no Google sobre a apresentação da peça durante o Festival Mix Brasil, ao custo de R$ 1,00, no centro municipal de cultura de São Paulo, em 2011, gestão Haddad.
A ostentação pública do despudor, a vulgarização do humano, a tentativa de tomar os valores pelo avesso e a estratégia que transforma aberrações em atos de exaltação da liberdade, estão a serviço de uma causa: destruição das barreiras que esses valores ainda antepõem à penetração do movimento comunista internacional no Ocidente. É o humanismo desumano do materialismo e do relativismo. Eles podem existir por si mesmos, claro. No entanto, quando se transformam em “causa” e ocupam espaços públicos, é porque estão alinhados com algum objetivo político, com algum projeto de poder.
Não é apenas o terrorismo islâmico que pretende destruir o Ocidente. Também o marxismo cultural tem sua Jihad. O fato de que ela, politicamente, vá noutra direção, não lhe reduz a periculosidade. Afinal, seu longo braço, em nome do “fazer cultural”, não poupa nem a terra do Padre Cícero.

25 de novembro de 2015
Percival Puggina

OKAMOTO TENTA DEFENDER LULA, MAS ACABA DANDO MANCADA

Já houve tempo em que a corrupção na política brasileira era investigada e discutida na casa dos milhares de reais, mas hoje só se fala em milhões e até bilhões de reais ou dólares, vejam como em poucos anos os políticos brasileiros evoluíram e se especializaram nessa arte de enriquecer ilicitamente fazendo uso dos recursos públicos. Em 2005, por exemplo, ainda no primeiro mandato do presidente Lula, a grande discussão se concentrava na modesta quantia de R$ 29 mil, que o chefe do governo havia tomado por empréstimo ao PT.

Segundo a prestação de contas do PT encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral, Lula tinha feito uma dívida com o partido por conta de “adiantamento a empregados” e “adiantamento a terceiros”. Na época, foi um escândalo, e o então presidente da República afirmou ter encarregado seu procurador, Paulo Okamotto, de explicar o pagamento do tal empréstimo.

Foi uma festa. Na época, Okamotto era presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e se enrolou todo ao dar as explicações. Informou que a dívida de Lula foi gerada por uma passagem emitida antes de 2002 à mulher dele, Marisa Letícia, para uma viagem à China, na qual ela acompanhou Lula, que então era presidente de honra do partido, além de incluir “adiantamentos em moeda estrangeira” para viagens de Lula a China, França, Portugal e Itália, e também “adiantamentos a funcionário que teriam ocorrido em 1997”, ou seja, oito anos antes, evidenciando uma confusão bancária digna de comédia.

Em nota divulgada à imprensa, Okamotto afirmou ter sido nomeado procurador em dezembro de 2002 exclusivamente para tratar da demissão de Lula do cargo de assessor do PT, mas acabou cuidando também da dívida, que teria sido paga em quatro parcelas, entre dezembro de 2003 e março de 2004. Apertado pelos jornalistas, inicialmente disse não poder comprovar com recibos ou outro documento ter entregado ao PT dinheiro próprio para quitar a dívida de R$ 29 mil de Lula. Depois, mudou a versão e afirmou que o partido “deve ter dado recibos”.

Por fim, declarou que, para pagar a dívida, fez saques de suas contas bancárias pessoais, em agências de Brasília, em datas não coincidentes com os pagamentos das parcelas. Não deixou claro como o dinheiro foi repassado a um funcionário do partido (sem pegar um recibo), no valor correto da parcela. Okamotto também não detalhou como o dinheiro foi enviado para São Paulo – onde os depósitos teriam ocorrido em quatro agências diferentes do Banco do Brasil.

“Eu estou em Brasília, eu ia ao caixa eletrônico e ia sacando”, disse Okamotto, que não sacava apenas no caixa eletrônico, segundo ele próprio admitiu.

Indagado sobre o motivo pelo qual usou dinheiro para quitar as parcelas, e não um simples cheque ou uma transferência bancária, Okamotto afirmou à Folha: “Tem que ser em espécie. Se eu faço em cheque, quem pagou foi Paulo Okamotto, não foi Lula. Ia lançar como na contabilidade?”.
Okamotto foi ficando cada vez mais confuso e disse que, além do dinheiro sacado de suas contas, ainda teria recorrido a US$ 3.500 “que sobraram dos gastos das viagens internacionais e que estavam em poder da Secretaria de Relações Internacionais do PT”.

Oito anos depois, agora na condição de presidente do Instituto Lula, Okamotto foi novamente encarregado de defender o amigo e deu entrevista tentando minimizar a proximidade entre Lula e o pecuarista José Carlos Bumlai, preso pela Polícia Federal.

“O Bumlai frequentava as festas e aniversários, mas não era ‘aquele’ amigo do Lula que todo mundo está falando”, afirmou Okamoto, que logo começou a se enrolar, ao dizer não acreditar que Bumlai tivesse passe livre no Palácio do Planalto. “Isso foi amplamente divulgado pela imprensa mas acho difícil de acreditar. Eu sou mais amigo do Lula do que o Bumlai e precisava me identificar toda vez que ia ao Palácio. Essa história não é crível”.

Caramba! Quer dizer que Okamotto desconhece que na portaria principal havia um aviso oficial de “Atendimento Específico”, com três fotos de Bumlai, permitindo a entrada dele no Palácio “em qualquer tempo e em qualquer circunstância”. Não sabe que o aviso foi fotografado pela Veja na época e desde então faz um sucesso enorme na internet. Desse jeito, como é que ele pretende defender Lula?

Segundo o repórter Ricardo Galhardo, do Estadão, depois da mancada Okamotto foi evasivo ao comentar se Bumlai estaria usando indevidamente o nome de Lula para fazer negócios. “Quem usa o quê? O jornalista usa a fonte. A polícia usa a testemunha. A pessoa que quer abrir portas usa o nome de uma pessoa importante”, tentou justificar.

Indagado se Lula é o alvo da PF, ele respondeu: “Acho que não. O que a PF está fazendo é investigar. É natural. Cada um sabe o que fez, mas a gente não sabe o que as outras pessoas fazem”, admitiu Okamotto, que no final da entrevista parece que já estava tirando o corpo fora, como se dizia antigamente.



25 de novembro de 2015
Carlos Newton

NADA É PARA SEMPRE

Nenhuma onda é definitiva. Mais dia, menos dia, todas elas passam, como acaba de descobrir a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Na América do Sul foi sempre assim. Tivemos a época dos grandes caudilhos – Getúlio e Peron, entre outros -, das ditaduras militares, da redemocratização e, por último, a onda do bolivarianismo nas suas variadas vertentes – chavismo, kirchnerismo e sua face mais moderada, o lulopetismo.

Uma onda que começou a bater nas pedras, entrar em refluxo, como já indicou a disputa presidencial brasileira do ano passado e confirma agora o resultado eleitoral da Argentina.

Cada caso é um caso, ou melhor, cada crise tem a sua própria história. Mas o esgotamento da atual fase do populismo na Argentina, Brasil e Venezuela tem um mesmo pano de fundo: o fim da bolha das commodities. Foram as exportações de bens primários que financiaram os modelos econômicos e políticos destes três países.

Como eles não aproveitaram o bom momento para trilhar o crescimento sustentado ruíram as próprias bases objetivas de uma via que se anunciava como salvacionista, mas que, ao final, aprofundou o atraso da América Latina.

O populismo - fórmula equivocada de responder à secular desigualdade social que a globalização não equacionou -, obviamente deixou de entregar a prosperidade prometida, muito menos criou condições para a emancipação social e a universalização dos direitos básicos do cidadão.

Ao contrário, ampliou a dependência das massas em relação ao Estado, criou currais e bolsões facilmente manipuláveis, muitas vezes por projetos autoritários, como aconteceu com maior agudez na Venezuela. Quando veio a crise econômica, a pobreza voltou com toda a força.

É sobre as costas dos pobres que hoje recai o fardo pesado da recessão, do desemprego, da inflação, da violência. Aqui, na Argentina ou na Venezuela.

A onda populista parece então estar perdendo seu charme. Mas seu fetiche dura a um bom tempo, embalado por um verniz ideológico de uma esquerda que sempre cultivou um anti-imperialismo pueril e viu-se órfã, de uma hora para a outra, de muitos de seus ideais, depois da queda do muro de Berlim, do fim da União Soviética e da virada da China. Parte desta esquerda, registre-se, mandou os princípios às favas e chafurdou-se na lama, ora em nome da causa, ora para usufruir benefícios pessoais.

Deixando o jurássico de lado é possível mirar no futuro. Felizmente a Argentina, com a eleição de Maurício Macri, dá sinais de que uma nova brisa pode soprar sobre “nuestra América”. Ela pode romper a camisa de força do Mercosul e permitir a superação do terceiro-mundismo que nos levou a ficar de costas para o mundo.

Vivemos o tempo das cadeias produtivas globais. Quem nelas não se integrar ficará para trás, perderá o bonde da história. O Chile, a Colômbia e o Peru entenderam muito bem a direção dos ventos e buscam sua integração em megablocos como o Transpacífico. Tão somente por aí se pode conquistar o verdadeiro crescimento, condição indispensável para a justiça social.

Neste novo tempo que se anuncia, o populismo não será apenas um anacronismo. Será uma aberração. Os argentinos parecem ter entendido isto, com seu recado das urnas. Quem sabe os venezuelanos não serão os próximos?

As ondas são assim. Vem e passam. Para o alívio da maioria dos brasileiros e dos demais sul-americanos, delas, nem o bolivarianismo escapa.



25 de novembro de 2015
Hubert Alqueres

NELSON FALANDO DO CÉU


Quando me bate a confusão mental, eu ligo para o Nelson Rodrigues. Ele me atende lá do céu de papelão azul, com estrelas de purpurina e nuvens de algodão, como um cenário de teatro de revistas.

– Rapaz... você me ligando como um telefonista de si mesmo? Achei que você tinha me esquecido.
– Você está sempre presente, Nelson... Mas é que entrei em parafuso com a história humana...
– Para com isso, rapaz; a História não existe, ela não flui... A História está sempre recomeçando. Há um momento de esperança... Depois, tudo se degrada em dramas, e chega, então, a tragédia... Depois, nos acostumamos à desgraça, e aí vem nova esperança... Esse é o ciclo... Não existe vida sem tragédia.

A História com H maiúsculo nunca existiu. Ela foi uma invenção daquele alemão, o tal do Hegel, que achava que o mundo marchava para uma grande realização do Espírito e, de repente, descobre que meia dúzia de malucos cheirando a banha de camelo está transformando a vida humana num sinistro pesadelo humorístico. Aliás, ele está sentado numa nuvem aqui perto, chorando lágrimas de esguicho, exalando uma cava depressão.

– Mas, Nelson, alguma lógica deve haver...

– Você também achava que a vida era movida pelas “relações de produção” e coisa e tal... Mas a única coisa que existe mesmo é a loucura humana... O homem não é superior aos outros animais. Ele é inferior, ele veio com defeito de fábrica... O Nietzsche, aquele cara esquisito que também anda por aqui, bigodudo, muito sério, falando sozinho, escreveu que na Terra os animais inteligentes inventaram o Conhecimento. Foi o instante mais arrogante e mentiroso do universo...

Aliás, ele me disse que aquele papo do Hegel tem de se inverter e ficar assim: “Tudo que achamos que é real é irracional, tudo que achamos irracional é real”. O Nietzsche é um craque... Sempre que eu posso, tomo um cafezinho com ele.

– Mas a loucura humana não pode vencer... E a Razão?

– A Razão é um luxo dos franceses...

– Você está culto, hein, Nelson?

– Aqui tenho tempo para ler, mas a eternidade é chata...

– Nunca vimos tanta crueldade...

– Rapaz, o problema é o seguinte: o sujeito vive no deserto, passando fome, é analfabeto, vê Paris, Londres, Nova York e enlouquece de inveja e parte para o terror...

O mundo nunca foi feliz; esse negócio de paz e felicidade global é invenção do comércio norte-americano... Os terroristas jogaram a gente de volta para dentro da tal “história”. Isso tinha de acontecer... Como eles iam suportar aquela “paz norte-americana”, com tudo arrumadinho como um supermercado?

A loucura é a revolta do animal domesticado. Esse papo da humanidade dando milho para os pombos é lero-lero. Deus não quer isso. Deus é violento. Vai olhar a Bíblia, a Torá; é tudo no “olho por olho”. Lembra-se da Inquisição? (Estou falando baixo porque Ele está aqui perto consolando o Hegel).

– Mas como chegamos a isso?

– Ao contrário, como isso chegou a nós? Os esquerdofrênicos esculhambaram aquele livro “Choque de Civilizações” e querem sempre botar a culpa no Ocidente. “Ah... fomos cruéis no passado, imperialistas etc...”. Mas não é só isso. Há um choque, sim. Grande parte do islã apoia, sim, os assassinos. Na Turquia, num jogo de futebol, vaiaram até o minuto de silêncio em homenagem aos mortos...

– Mas precisamos fazer alguma coisa...

– Esse negócio de “precisamos” é outra ilusão. Não há quem faça o que “precisamos”. O Ocidente achava que estava tudo certinho, confortável, tudo resolvido. E surgiram os homens-bomba... Como evitar terremotos? Temos de aceitar o “insolúvel”. É isso...

– Mas é a barbárie total!

– Rapaz, nunca saímos da barbárie: duas guerras mundiais num século, holocausto, sem contar Vietnã e coisa e tal... Se os alemães fizeram aquilo tudo, se os norte-americanos derreteram 150 mil em 30 segundos em Hiroshima, imagine aqueles cretinos... Ficamos chocados porque eles descobriram o “indivíduo”, o nosso orgulho renascentista... O Stálin lá do inferno disse: “A morte de milhões é uma estatística. A morte de um indivíduo é uma tragédia”. Aí, a gente fica com medo... Reparou que os islamitas parecem um homem só? Todos calmos, com a certeza da verdade a lhes iluminar a fisionomia... A loucura é calma, o louco não tem dúvidas... Por isso, eles vão ganhar sempre...

– Como assim? – pergunto como nos filmes de mau diálogo.

– O negócio é que eles estão gozando de um prazer incrível. Eles não estão se vingando mais de ninguém... Eles têm a paixão do mal, de fazer o inominável... Eles querem conhecer o Mal absoluto. É um desejo de horror, é a volúpia do crime. A delícia da impiedade. O Hitler gostava de olhar por um buraco a câmara de gás matando os judeus. É o mal sublime... Isso. Esses caras querem desmoralizar o demônio que, me disseram, está humilhadíssimo lá em baixo.

– Eles acham que o martírio leva ao paraíso... Aliás, você viu algum por aí?

– Olha, a gente vai para o céu em que acredita. Os árabes não vêm para cá; se bem que o paraíso deles não é longe... Outro dia, eu resolvi dar uma espiadinha... Parecia o baile do “Bola Preta”, rapaz.

Vi os terroristas dando autógrafos, cheios de macacas de auditório em volta.

O Muhammed Atta, aquele chefe do 11 de Setembro, estava deitado numa cama de ouro, com odaliscas do Catumbi rebolando a dança do ventre – tudo que eles não tinham no deserto têm aqui, em cima...

Pois agora, rapaz, vou te dizer uma coisa política séria: os reis da Arábia Saudita, Catar, estão dando grana para eles e ficam felicíssimos que os inimigos sejam a Europa e a América, porque vivem em seus palácios com cascatinhas artificiais e filhotes de jacaré nadando dentro, enquanto os miseráveis batem cabeça para Alá. São os otários de Maomé. Isso é que é o haxixe do povo!

– Nelson, você ficou marxista aí, no céu?

– O Marx me chama de reacionário, mas me ouve muito. E ele anda chateadíssimo com as bobagens que escrevem sobre ele na academia. Aí, eu disse para ele: “Olha, Marx, a burrice é uma força da natureza, feito o maremoto”. Ele vive repetindo isso. Achou uma graça infinita... Bom sujeito, o Marx...


25 de novembro de 2015
Arnaldo Jabor

PF CONFIRMA QUE EMPRESA DO FILHO DE LULA É APENAS FACHADA

Na mesma representação, a PF também pediu a prisão do lobista Francisco Mirto Florêncio da Silva, um "colaborador" de Marcondes, que teria, segundo uma anotação descoberta pela PF, realizado "investigação" clandestina sobre um dos procuradores da República que atuam no caso Zelotes, José Alfredo de Paula Silva. 

A anotação é datada de abril de 2010, época em que José Alfredo investigava, em inquérito civil, as negociações para a compra, pelo governo Lula, de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), ao custo de até US$ 10 bilhões, segundo o Ministério Público. Mirto foi preso por ordem judicial nesta terça-feira. 

A LFT Marketing pertence ao filho do ex-presidente e os R$ 2,5 milhões foram pagos por Marcondes na mesma época em que o lobista recebeu dinheiro de duas empresas automotivas interessadas em obter benefícios fiscais do governo Lula. 

No depoimento que prestou à PF, Luis Claudio alegou que os recebimentos se deviam a serviços prestados por ele na área de marketing esportivo. 

Na representação entregue à Justiça, o delegado da PF responsável pela Zelotes, Marlon Cajado, afirmou que as declarações prestadas por Luis Claudio e Marcondes em vez de "elucidar os reais motivos dos pagamentos" na verdade serviram "para gerar mais celeuma, já que não há uma definição precisa sobre quais e quantos serviços foram de fato contratados, quais eram os reais objeto de estudos e ao que eles se destinavam". 

Segundo o delegado, não foi encontrada nenhuma documentação, nas buscas e apreensões realizadas pela PF nas sedes da LFT e da Marcondes e Mautoni, "que desse mínimo lastro ao serviço contratado". 

Na representação, o delegado solicitou ordem judicial para novas buscas na sede da Marcondes & Mautoni a fim de "aprofundar a investigação acerca da contratação da empresa LFT Marketing e outros contratos escusos". 

O pedido foi corroborado pelo Ministério Público Federal em manifestação dos procuradores Frederico Paiva e Raquel Branquinho Nascimento. "A realização de busca e apreensão apresenta-se, nesta ocasião, como uma medida urgente e extremamente necessária para se materializar os vínculos espúrios evidenciados no material já arrecadado", escreveram os procuradores. 

De acordo com os procuradores, na primeira busca e apreensão realizada nos endereços de Marcondes "o foco da investigação era outro", ou seja, eventuais fraudes cometidas no Carf, conselho vinculado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de empresas multadas pela Receita Federal. 

O juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, determinou a prisão de Mirto e a expedição de mandado de busca e apreensão para novas investigações da PF na sede da Marcondes e Mautoni. 

De acordo com o juiz, a nova busca e apreensão na sede da Marcondes e Mautoni "se mostra imprescindível para que sejam coletados novos elementos sobre os ilícitos investigados, especialmente sobre a espionagem clandestina mencionada". 

Segundo o juiz, há indícios de que Francisco Mirto recebeu R$ 500 mil da Marcondes & Mautoni por serviços ainda não esclarecidos. Também não estão claros os meios pelos quais Francisco Mirto iria investigar o procurador José Alfredo. 

O juiz também decretou a prisão preventiva de Mauro Marcondes, que já está preso em Brasília desde outubro, também por iniciativa da Operação Zelotes.

25 de novembro de 2015
in coroneLeaks


ISIS ENTERRA EM VALA COMUM MULHERES MAIS VELHAS NÃO-MUÇULMANAS QUE NÃO QUISERAM ESTUPRAR



Essas mulheres não eram consideradas úteis como escravas. Elas não seriam úteis para um jihadista buscando "adorar" a Allah por meio do estupro das não-islâmicas, autorizado pela doutrina islâmica. Então, foram assassinadas.

Esta é, infelizmente, uma conseqüência da visão islâmica sobre os não-muçulmanos e sobre as mulheres praticada pelo ISIS. Essas mulheres iazidis foram desafortunadas o suficiente para serem ambos. Elas também eram um pouco mais velhas. Então elas não tinham nenhuma utilidade para seus captores do ISIS e foram assassinadas.
Tufos de cabelos e fragmentos de ossos saiam grotescamente para fora da vala. Estima-se que quase 80 mulheres estejam enterradas nesta vala comum, com idade entre 40 e 80 anos de idade. Os corpos são de mulheres Yiazidis, assassinadas pelos açougueiros do Estado islâmico.
Enquanto o mundo orava por Paris, a mais de três mil milhas a leste outra atrocidade estava sendo revelada...
Durante o ano passado, as forças do Estado islâmico sequestraram milhares de jovens mulheres iazidis para usar como escravas sexuais. Agora sabemos o que aconteceu com aquelas que não eram consideradas "bastante atraentes" para eles.
As mulheres mais jovens da cidade foram levadas para a escravidão sexual, mas as mais velhas foram deixadas para trás e pouco tempo depois tiros foram ouvidos.

Na teologia do Estado Islâmico, as mulheres não-muçulmanas estupradas por dez homens muçulmanos se tornam muçulmanas. 
Noor (não é seu nome real) foi vendida como escrava depois que o ISIS invadiu sua aldeia na província iraquiana de Sinjar. A jovem de 22 anos diz que o militante que a pegou, a estuprou – mas não antes de tentar se justificar.

"Ele me mostrou uma carta e disse: Isso mostra que qualquer mulher capturada vai se tornar muçulmana se 10 combatentes do ISIS a estuprarem. Havia uma bandeira do ISIS e uma foto de Abu Bakr Al Baghdadi”.
Depois de abusar dela, passou-a para 11 de seus amigos, que também a estupraram.

O ato de estupro é considerado um ato de culto islâmico.

Toda vez que ele vinha me estuprar, rezava”, disse F, uma menina de 15 anos que foi capturada nas encostas do Monte Sinjar há um ano e foi vendida para um combatente iraquiano de 20 anos.
"Ele ficava me dizendo que isso é ibadah", disse ela, usando um termo das escrituras islâmicas, que significa adoração.
"Ele dizia que me estuprar é a sua oração para Allah.
Nos momentos antes de estuprar a menina de 12 anos, o combatente do Estado Islâmico levou algum tempo para explicar que o que ele estava prestes a fazer não era um pecado. Porque a menina pré-adolescente praticava uma religião diferente do Islã, o Alcorão não só lhe dava o direito de estuprá-la – mas o estimulava e encorajava, ele insistiu.
Ele amarrou suas mãos e a amordaçou. Em seguida, ele se ajoelhou ao lado da cama e prostrou-se em oração antes de deitar sobre dela.

Quando acabou, ele se ajoelhou para orar novamente, intercalando o estupro com atos de devoção religiosa.
"Eu permaneci dizendo-lhe ‘isso dói, por favor, pare’", disse a menina, cujo corpo é tão pequeno que um adulto poderia circundar a cintura com as duas mãos.

"Ele me disse que de acordo com o Islã, ele está autorizado a estuprar uma infiel. Ele disse que me estuprando, ele está chegando mais perto de Deus”, disse ela em uma entrevista ao lado de sua família em um campo de refugiados aqui, para o qual ela escapou após 11 meses de cativeiro.

Uma vez que estas mulheres não-muçulmanas não foram separadas para serem escravas, eles não seriam tornadas "muçulmanas" nem serviriam como um canal para o horrível "ato de adoração" praticado pelos supremacistas muçulmanos do ISIS. E assim o ISIS fez com elas o que faz com os não-muçulmanos. Matou-as. Assim como fez às pessoas em Paris.
Para entender isso, ajuda conhecer duas coisas sobre o Islã:
1 - Mohammed disse: "Foi-me mostrado o fogo do inferno e a maioria dos seus habitantes são mulheres."
2 - Sua ordem final foi a limpeza étnica dos cristãos e judeus. Iazidis, que são considerados ainda menores do que cristãos e judeus são consideradas politeístas e simplesmente mortos. Como o Alcorão diz: "Matar os idólatras onde quer que você os encontre".
Isso é tudo que o ISIS está fazendo. Ele inovou em algumas áreas, mas o assassinato em massa de não-muçulmanos sempre foi uma característica do Islã. O estupro em massa de mulheres não-muçulmanas sempre foi característica do Islã. A escravização de mulheres não-muçulmanas também, sempre foi uma característica do Islã. Essas mulheres não eram consideradas úteis como escravas. Elas não seriam úteis para um jihadista buscando "adorar" a Allah.
Então, elas foram assassinadas. Como incontáveis inocentes não-muçulmanos tinham sido assassinados antes delas por mais de mil anos pelos exércitos conquistadores do Islã. Até que o mundo acorde.


Publicado no The FrontPage Magazine.
DANIEL GREENFIELD
Tradução: William Uchoa

STF AFIRMA QUE DELCÍDIO E ESTEVES AGIRAM COMO MAFIOSOS

STF REFERENDA PRISÕES DE DELCÍDIO E DO BANQUEIRO DO BTG PACTUAL

'ESCÁRNIO VENCEU O CINISMO (DO MENSALÃO)', AFIRMOU CARMEN LÚCIA (FOTO: CARLOS HUMBERTO/SCO/STF)
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) homologou nesta quarta-feira, 25, os mandados de prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), de seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual e do advogado Edson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Durante a sessão, os ministros revelaram perplexidade. Para os magistrados, há “o componente diabólico” digno de “organização mafiosa” na tentativa do senador de impedir as investigações da Operação Lava Jato.

A ministra Carmen Lúcia disparou: “Criminosos não passarão”. “Houve um momento em que maioria de brasileiros acreditou num mote em que a esperança tinha vencido o medo. No mensalão descobrimos que o cinismo tinha vencido a esperança. Agora parece que o escárnio venceu o cinismo", disse.

Relator da Lava Jato na Corte, o ministro Teori Zavascki afirmou que a conduta dos quatro presos na manhã de hoje "é um comportamento digno de integrante de máfia".

Segundo ele, houve uma “atuação concreta e intensa” de Delcídio e André Esteves para evitar a delação premiada de Cerveró. Segundo as investigações do Ministério Público Federal, o filho do ex-diretor informou que recebeu R$ 50 mil de Delcídio para que o pai não o citasse em delação premiada, com promessa de receber novos pagamentos. O petista ainda teria oferecido uma rota de fuga pelo Paraguai a Cerveró.



25 de novembro de 2015
diário do poder

AMIGOS EM APUROS, MAS NADA AINDA CONTRA LULA...



Devagar e sempre, o juiz Moro vai chegando em Lula















Os policiais que batizaram a nova fase da Lava Jato não poderiam ser mais explícitos. A expressão Passe Livre resume a desenvoltura com que o pecuarista José Carlos Bumlai circulava pelo Palácio do Planalto durante o governo Lula. 
O amigo do ex-presidente foi preso nesta terça-feira. De acordo com o juiz Sérgio Moro, “há prova de seu envolvimento” em crimes de corrupção na Petrobras. 
A decisão também cita empréstimos fraudulentos e repasses milionários ao PT.
Segundo três delatores da Lava Jato, a trama começou em 2004, quando Bumlai captou R$ 12 milhões com o banco Schahin. O dinheiro, diz Moro, “tinha por destinatário final o Partido dos Trabalhadores”. Cinco anos depois, o repasse teria sido quitado com verbas da Petrobras.
A PF investiga ainda empréstimos de R$ 518 milhões do BNDES a empresas de Bumlai. Enquanto o pecuarista era preso em Brasília, policiais recolhiam documentos na sede do banco estatal, no Rio.
A prisão do amigo de Lula não preocupa o governo apenas pelo novo desgaste na imagem do ex-presidente. Os petistas temem que ele se desespere na cadeia e negocie um acordo de delação premiada com os procuradores de Curitiba.
MORO, O ESTRATEGISTA
Moro foi cauteloso ao se referir a Lula. Disse que Bumlai usou seu nome “de maneira indevida” e que “não há nenhuma prova” nos autos contra ele. Para os aliados mais céticos do ex-presidente, o pecuarista teria sido preso justamente para ajudar na produção dessas provas.
O juiz da Lava Jato usou uma justificativa curiosa ao determinar a preventiva do empresário. Disse que Bumlai tinha o “comportamento recorrente” de usar a proximidade com Lula para “obter benefícios”, e poderia manchar o nome do amigo caso continuasse em liberdade.
“Fatos da espécie teriam o potencial de causar danos não só ao processo, mas também à reputação do ex-presidente”, escreveu.
Moro é um estrategista.

25 de novembro de 2015
Bernardo Mello Franco
Folha