"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de abril de 2015

O HUMOR DO ALPINO...

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07 de abril de 2015

LULA INSISTE EM AFASTAR MERCADANTE E VARGAS DA ARTICULAÇÃO





Preocupado com os novos protestos previstos para o dia 12, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou as cobranças sobre o governo e quer que Dilma Rousseff mude com urgência a articulação política do Palácio do Planalto, sob pena de trilhar um caminho sem volta. Para ele, a presidente não pode mais esperar e precisa mexer nos interlocutores com o Congresso, que se transformou em uma trincheira contra o governo após a Operação Lava Jato.

“Mercadante vive falando de rating para cá, rating para lá. Que rating que nada! A crise é política e o governo tem que resgatar a confiança. O resto acontece naturalmente”, disse Lula, em recente conversa com um senador do PT, numa referência ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Nos últimos dias, tanto Mercadante como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmaram que o ajuste fiscal é necessário para manter o grau de investimento no País, com uma nota de crédito (rating) elevada. Lula, porém, escolheu Mercadante como alvo das críticas.

CONTRARIEDADE
O ex-presidente não esconde a contrariedade com o fato de Dilma manter o chefe da Casa Civil no comando da articulação com o Congresso. No varejo das negociações com os parlamentares está Pepe Vargas, titular da Secretaria de Relações Institucionais, mas é Mercadante quem dá a linha política.

Em mais de uma ocasião, Lula aconselhou Dilma a transferir essa função para Jaques Wagner, hoje ministro da Defesa, e pôr no lugar de Pepe um nome do PMDB, como o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, ligado ao vice-presidente Michel Temer.
Dilma, no entanto, resiste à troca. Diante desse quadro, o PMDB entende que o atual modelo da articulação deixa o ocupante da Secretaria de Relações Institucionais como uma “rainha da Inglaterra” e não quer assumir a tarefa.

Na avaliação de Lula, a raiz da crise é política, mas, como o governo não consegue dissipar as turbulências com os aliados, o problema contamina a economia. A instabilidade se agravou com a inclusão dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB, na lista de investigados por denúncias de corrupção na Petrobrás, no rastro da Lava Jato.

07 de abril de 2015
Vera Rosa
O Estado de S.Paulo

BANDIDO TEM QUE FICAR PRESO, PARA DAR LIBERDADE À POPULAÇÃO




O Correio Braziliense divulga que a polícia de Brasília prendeu dois homens suspeitos de estuprar e matar uma jovem de 17 anos na Expansão do Setor O, em Ceilândia, em 10 de agosto. Trata-se de Sebastião Silva de Jesus, 25 anos, e Sérgio de Freitas, 30 anos, e são acusados de violentar e assassinar Leudiquele Santos da Conceição, de 17 anos, que se dirigia ao trabalho quando foi abordada.

A violência empregada no homicídio chamou a atenção dos policiais. A dupla teria usado um cordão para estrangular Leudiquele. Fizeram tanta pressão que causaram um traumatismo raquimedular, nome dado a lesões de qualquer causa externa na coluna vertebral, e quebraram a segunda cervical da adolescente, que morreu por asfixia.

Ambos são figuras conhecidas no pedaço e um acusa o outro de ser o responsável pelo bárbaro crime. O apelido de Sérgio é “Expansão”. Quando era menor, teve 19 passagens na Polícia por furto. Após atingir a maioridade, sofisticou os crimes: além de mais dois furtos, foi preso por tráfico de drogas e latrocínio. Mesmo assim, estava em liberdade condicional. Já Sebastião, o “Tiãozinho”, tem três furtos e um roubo na ficha. Após ficar um ano e quatro meses na cadeia, estava em prisão domiciliar desde janeiro.

RECUPERAÇÃO
Pode ser que alguém, depois de cometer um homicídio em um momento de ira, mude o comportamento e se arrependa. Mas não mudou porque aprendeu algo de bom ou de altruísta na cadeia. Mudou porque não era um bandido contumaz, mas apenas uma pessoa que incorreu em erro fortuito. Se tivesse sido preso em um mosteiro ou em um barracão nos fundos de casa, teria mudado da mesma forma. A pessoa se recuperou não porque esteve na cadeia, mas porque não era um bandido. Foi pego na chamada “rede de arrasto”.

Raciocine comigo e seja sincero: Se a pessoa se tornou um bandido, vivendo ao lado da mãe e ouvindo seus conselhos, tendo toda a liberdade de escolha do mundo e sendo possível, a seu desejo, viver e conviver com pessoas do bem, você acha que esse criminoso, convivendo na cadeia com o que tem de pior da espécie humana, tem possibilidade de se recuperar?

UMA VERGONHA
De resto, é preciso lembrar que nosso Poder Judiciário é vergonhoso! Se tivessem vergonha, todos os magistrados andariam de cabeça baixa, em função do conjunto da obra da classe jurídica. O próprio ministro da Justiça deveria ter vergonha de levantar o rosto em público, após ter dito que as nossas cadeias não masmorras e que preferia morrer a cumprir pena numa delas. O ministro não fez nada para mudar esta situação. Inferi-se com isso que é omisso, incompetente ou conivente com a situação.

Finalizando: Bandido tem que ficar preso, para dar liberdade à população. Nem por isso merece ser torturado e dormir em esgoto. Mas os políticos pilantras, enquanto procuram os torturados da época da ditadura, fecham os olhos aos milhões que continuam sendo torturados nas cadeias da nossa democracia.

07 de abril de 2015
Francisco Vieira

O QUE FIZERAM, E AINDA ESTÃO FAZENDO, COM O BRASIL?

Mais um Conselho da Fazenda está sob suspeita de corrupção

Conselho livrou o Santander de uma multa de 580 milhões

As denúncias de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tribunal que avalia as punições impostas pela Receita Federal, acenderam as luzes do governo para outro órgão, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro, conhecido como Conselhinho, responsável por ratificar ou derrubar multas aplicadas pelo Banco Central (BC) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Há o temor de que, também no Conselhinho, os bancos acusados de imporem perdas bilionárias aos cofres públicos tenham cometido as mesmas irregularidades para se livrarem das penas. As suspeitas ganharam força depois que técnicos do governo resgataram um caso polêmico: a liberação do Santander de pagar multa de R$ 580 milhões ao BC.

O banco espanhol está na lista dos principais acusados de lesarem a Receita ao negociar, com conselheiros do Carf, a redução de uma multa de R$ 3,3 bilhões, como mostra investigação da Polícia Federal e do Ministério Público.

O que mais assusta no benefício concedido ao Santander, no caso da punição dada pelo BC, foi o motivo que levou ao não pagamento dos R$ 580 milhões: a burocracia. A instituição se beneficiou de um jogo de empurra entre o BC, o Ministério da Fazenda e o Conselhinho. O prazo para o acerto da multa caducou. Isso mesmo: caducou.

IRREGULARIDADES
As irregularidades investigadas pelo BC começaram em 2000. A autoridade monetária encontrou falhas cometidas pelo Banco Bozano, Simonsen, no recolhimento de depósitos compulsórios, recursos que devem ser, obrigatoriamente, entregues ao BC. Como o Santander havia arrematado o controle do Bozano, cabia à instituição espanhola arcar com as responsabilidades.

Aproveitando-se da indústria de recursos, o Santander conseguiu protelar o pagamento do débito, que, em 2004, totalizava R$ 210 milhões. Em 2006, o processo chegou ao Conselhinho, que o devolveu dois anos depois para o BC. O caso só voltou ao Conselho de Recursos em 2010. Curiosamente, em janeiro de 2012, o mesmo BC que insistia na cobrança avisou que o processo havia prescrito.

Ciente da decisão da autoridade monetária, meses depois, o Santander desistiu de todos os recursos que protelavam o acerto de contas. Em janeiro de 2014, o Conselhinho decidiu que houve “perda de objeto”, e o banco espanhol se livrou, definitivamente, de pagar a multa que, naquele momento, havia chegado aos R$ 580 milhões.

DECISÃO INACEITÁVEL
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do BC, Daro Piffer, é inaceitável que uma multa tão grande tenha deixado de ser honrada por causa da burocracia. “Com o Carf sob suspeição, não há como não fazer alguma inferência ao Conselhinho”, diz. No entender dele, nada justifica o jogo de empurra, pois se acredita que os processos preparados pela área de fiscalização do BC sejam bem fundamentados.

“Caso as falhas estejam na elaboração dos processos feitos pelo BC, que se corrija isso o mais rapidamente possível, porque, senão, continuaremos vendo vários casos sendo arquivados e irregularidades, não punidas”, destaca Piffer. Ele cobra mais transparência sobre as decisões do Conselhinho. “Hoje, não se sabe o que está sendo julgado e as decisões tomadas. Não há publicidade.”

Piffer conta que ele e alguns colegas tentaram ter acesso a processos originários do BC julgados pelo Conselhinho. Apesar da insistência, não conseguiram. A mesma burocracia que favoreceu o Santander impediu a liberação das informações. É o mais claro sinal de que há muito de errado nesses tribunais, que deveriam defender os interesses públicos, mas se curvam aos que cometem delitos.

07 de abril de 2015
Vicente Nunes
Correio Braziliense

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...

                                                     MAR DE LAMA...
 
 
07 de abril de 2015

A HORA E A VEZ DOS GRANDALHÕES

EMPREITEIROS GRANDALHÕES DO PETROLÃO SENTAM NO BANCO DOS RÉUS EM MAIO E RESPONDERÃO AOS QUESTIONAMENTOS DO JUIZ SERGIO MORO E MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
NO BANCO DOS RÉUS - Preso desde novembro, o engenheiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, prestará depoimento à Justiça no dia 4 de maio (Foto do site de Veja)
A Justiça Federal agendou os interrogatórios dos executivos de empreiteiras presos pela Operação Lava Jato. Detidos desde novembro, dirigentes de Camargo Corrêa, UTC Engenharia, OAS, Mendes Júnior, Engevix e Galvão Engenharia vão sentar pela primeira vez no banco dos réus e responder em audiências aos questionamentos do juiz federal Sérgio Moro e do Ministério Público Federal.
 
Os empreiteiros foram presos no dia 14 de novembro de 2014, quando a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram a sétima fase da Operação Lava Jato, conhecida como Juízo Final e focada no braço empresarial do esquema de corrupção que desviou mais de dois bilhões de reais da Petrobras.
Os executivos serão interrogados na Justiça nos dias 4, 6, 8, 11 e 13 de maio.

João Ricardo Auler, presidente do conselho de administração da construtora Camargo Corrêa, será o primeiro a responder os questionamentos do MPF e do juiz Sérgio Moro. Ele será ouvido às 9h30 do dia 4 de maio. No mesmo dia, o dono da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, prestará depoimento às 14 horas. Todos os executivos presos serão escoltados da carceragem da Polícia Federal em Curitiba ou do Complexo Médico-Penal em Pinhais para a sede da Justiça Federal no Paraná.
 
Os dois principais delatores da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, vão prestar depoimento nos dias 28 e 29 de abril. Ainda vão ser ouvidos o ex-diretor de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró e Fernando Antônio Falcão Soares, o principal lobista do PMDB na estatal.
 
Também serão interrogados até o fim de maio os executivos Dalton Avancini e Eduardo Leite, da Camargo Corrêa, que foram libertados recentemente, beneficiados por acordo de delação premiada acertado com o Ministério Público.
Desde o início das ações penais, foram ouvidas dezenas de testemunhas de defesa em outros Estados, a maioria por videoconferência. O interrogatório dos acusados é o último ato de instrução no processo penal, sendo seguido pelos debates entre as defesas dos acusados e o Ministério Público. Em seguida, ocorre o julgamento.

 Do site da revista Veja

07 de abril de 2015
in aluizio amorim

NOCAUTEARAM OS FUNDOS DE PENSÃO


 

Administrar um fundo de pensão é muito diferente de um fundo de investimento. Enquanto este tem objetivo estratégico maximizar a sua rentabilidade, o fundo de pensão deve buscar a consolidação das obrigações legais, garantidoras do pagamento das aposentadorias e pensões dos seus participantes.

Isso não é fator impeditivo de os seus gestores buscarem aplicações nos fundos de investimentos, com responsabilidade e espartana disciplina, visando rentabilidade para o atendimento dos compromissos futuros, demandados pelos seus associados. Buscar ativos financeiros seguros e rentáveis é da sua essência.

Ao captar recursos dos participantes e das empresas onde prestam serviços, passa a acumular considerável valor monetário que ao longo de anos formatará o seu patrimônio.

No Brasil, a poupança voluntária administrada pelos fundos de pensão é alavanca para o desenvolvimento. A poupança interna tem na riqueza dos fundos poderoso instrumento na maximização da prosperidade em alguma das maiores empresas e empreendimentos na economia.

O fator segurança nesses investimentos é fundamental e decorre da visão de longo prazo para o seu fluxo de caixa em um universo temporal de 35 a 50 anos. Essa longevidade é decorrente do tempo futuro de vida dos seus integrantes. A complexidade da sua administração exige que os seus gestores tenham clara percepção operacional de curto, médio e longo prazo, estando sempre presente o objetivo de gerar recursos para o cumprimento das obrigações futuras.

No curto prazo, o gestor do fundo de pensão deve ter disponibilidade de recursos para atender as necessidades decorrentes dos pagamentos dos seus aposentados e pensionistas, mensalmente.

Lamentavelmente, nos últimos anos, os principais fundos de pensão brasileiros passaram a frequentar o noticiário político e policial de maneira preocupante. Instituições que administram vários bilhões de reais foram capturadas por partidos políticos, majoritariamente pelo PT.

O DNA do aparelhamento e desprezo pela competência passou a ser o padrão na administração desastrosa dessas entidades. A sua captura política partidária não é saudável para o desenvolvimento nacional. O patrimônio formado pela poupança voluntária de milhões de trabalhadores não pode ser administrado ignorando os critérios de competência técnica no seu gerenciamento.

A dilapidação desse extraordinário patrimônio vem sendo realidade comprovada. Não apenas pela desvalorização dos ativos financeiros, mas pelo acúmulo de perdas bilionárias que atingiu os fundos Previ, do Banco do Brasil; Petrus, da Petrobrás; Funcef, Caixa Econômica, que constituem o “filet-mignon” do setor. Perdas oriundas de péssimos investimentos, onde “preferencialidades suspeitas” garantiram bilhões para empresas e negócios que não primam pelos valores éticos.

Para agravar essa trágica realidade, a Secretaria de Previdência Complementar, agregada ao Ministério da Previdência, que deveria ser o poder fiscalizador, ser omissa e passiva. O que vem acontecendo com Fundo Postalis, dos Correios, é de fazer frade chorar de vergonha. Aplicou partes dos seus recursos nos Bancos Cruzeiro do Sul e BVA que quebraram.

Igualmente nas empresas do grupo X, do notório Eike Batista, que viraram pó. E o mais impressionante: aplicou em papéis da dívida pública na Argentina e na Venezuela. Operações com graus variáveis, mas muito semelhantes, estão presentes na administração dos principais fundos de pensão das estatais.

Hoje o Portalis tem um déficit de R$ 5,6 bilhões. A origem do rombo decorre de dívida de R$ 1,1 bilhão do próprio Correios, cobrada na Justiça. Já os R$ 4,5 bilhões se origina de gestão irresponsável. A solução encontrada vem revoltando os funcionários dos Correios: os contracheques dos aposentados e pensionistas vem tendo um corte de 25,98%.

Já os servidores da ativa, de acordo com a faixa de ganho, são descontados nos salários de 1,71% a 24,28%, dependendo do valor contratato no plano de aposentadoria. Verdadeiras administrações temerárias infestaram o setor descapitalizando os fundos e consolidando prejuízos na escala de bilhões. Ameaçando a complementação da aposentadoria, no futuro. O que acontece com o Portalis não é um fato isolado.

O Congresso Nacional não pode contemplar com passividade os vultosos prejuízos, destacadamente entre 2003 e 2015, que estão nocauteando os Fundos de Pensão, oriundos das empresas estatais. A defesa do patrimônio dos assalariados e trabalhadores é imperativa. Debatendo, investigando e aprovando uma legislação rigorosa para maior fiscalização dessas entidades, impedindo insolvências que afetaria a vida de milhões de brasileiros no futuro.

É inadiável a instalação de CPI, objetivando salvar das garras da incompetência e aparelhamento político de aventureiros que não tem nenhum respeito pelo patrimônio de milhões de trabalhadores.

07 de abril de 2015
Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.

ASSESSOR DE DILMA DIZ QUE VACCARI DEVERIA SE AFASTAR DO PT

 


Marco Aurélio Garcia conta que foi insultado na rua

Assessor especial da Presidência da República desde o governo Lula e fundador do PT, Marco Aurélio Garcia afirma que, no lugar do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, já teria deixado o cargo. Chamado de professor pelos colegas de partido, ele lamenta que o PT não tenha construído uma narrativa em defesa de seu legado. Na sua opinião, a sigla vive um cerco e cometeu erros estratégicos após o escândalo da Petrobras, deflagrado pela Operação Lava Jato. “Não consigo entender como deixamos que se jogue em cima de nós o episódio da Petrobras”, afirma nesta entrevista.

JOÃO VACCARI
Acho que ele deve se afastar porque é bom para ele e bom para o PT. É uma decisão pessoal. Se fosse eu, já teria pedido licença. Naquele episódio da TAM [em 2007, quando foi filmado fazendo um gesto com as mãos em que parecia comemorar uma reportagem sobre um acidente aéreo], que acho bastante menos grave do ponto de vista de apuração, a primeira coisa que fiz foi entregar o cargo [de assessor ao ex-presidente Lula]. A licença facilitaria a vida dele e do PT. Se dissesse que ele não cria problema, estaria mentindo. Mas se [Vaccari] fosse o grande problema que o PT está enfrentando, que maravilha.

DIFICULDADES
O fracasso da presidente Dilma é um fracasso de todos nós. De Lula, meu, do PT e de uma parcela importante da sociedade. Voltaria a velha elite. Muito ruim. Estamos vivendo uma situação muito particular. Há uma interdependência [entre a deterioração da imagem do governo e a do PT] muito forte. Temos que sair juntos dessa situação. Estamos numa situação econômica difícil. Não trágica. Mas que pode ter implicações do ponto de vista de desemprego e renda, que temos que reverter no momento atual. E temos um problema político que, não resolvido, alimenta a crise econômica.

ÉTICA E CORRUPÇÃO
Uma coisa é dizer que pessoas no PT se envolveram em malfeitos. Outra é tentar qualificar o PT como uma organização criminosa. Não estou de acordo. Não me considero criminoso. Não tenho nada a ver com isso. Essa é uma das razões pelas quais temos que tomar medidas concretas, como a recusa do financiamento empresarial. Temos que chamar todos os partidos a fazer a mesma coisa. Aí vamos ver quem é quem. Não é possível que o PT, com 1,5 milhão de filiados, não seja capaz de se financiar. Pago R$ 1 mil por mês ao partido.

HOSTILIDADE
No domingo, uma pessoa passou de carro e me insultou. Num restaurante um senhor idoso veio fazer críticas. Mas este foi muito educado, tive a oportunidade de conversar com ele por dez minutos. Fico chateado. É uma consequência de um conservadorismo muito agressivo de um setor. Nunca insultei ninguém. Nunca me vali de uma situação que pudesse ser favorável para fazer igual ao que está acontecendo.

CORRUPÇÃO
Não consigo entender como deixamos que se jogue em cima de nós o episódio da Petrobras. Outros episódios tão graves não têm a mesma incidência ou não recaem sobre aquelas pessoas que têm a autoria. O que é toda a questão do Metrô de São Paulo? O tema da corrupção é fácil de ser difundido, sobretudo quando a economia não está bem.
Não há transigência com a corrupção. Mas ela é apropriada politicamente por setores de oposição e tem um trânsito fácil na classe média. É o pega-ladrão. Em 1954 o Brasil vivia uma dificuldade econômica mas estava passando por um momento de mudanças importantes.
O tema da corrupção pegou de uma forma violentíssima. O mar de lama surge naquela época. Depois o Aécio restabeleceu. Fiquei me perguntando o que o doutor Tancredo estaria pensando.

FRENTE AMPLA
A frente ampla [a proposta de se apresentar na eleição por meio de uma coalizão de partidos, ONGs e sindicatos] não seria um biombo por trás do qual o PT se ocultaria. O PT tem suficiente peso, mesmo a despeito dos problemas, para mostrar sua cara. Não é meia dúzia de pessoas que expressam de forma brutal seu antipetismo que vai intimidar o PT. A frente se impõe pensando no que se fez em outubro [de 2014], quando setores amplos se mobilizaram de uma forma muito intensa quando viram o risco de perdermos a eleição e reversão de programas. Houve uma sintonia muito grande entre esse movimento e a candidata [Dilma].

REGULAÇÃO DA MÍDIA
Deveríamos fazer uma regulação de natureza econômica. Fico estarrecido quando se procura apresentar isso como um processo de censura. Propostas estão sendo implementadas nos EUA, no Reino Unido. Agora, acho extraordinário que um partido que obteve dezenas de milhões de votos não tenha sido capaz de instrumentalizar um meio de comunicação consistente. Criar. Não digo comprar, embora existam alguns à venda. Mas podia ter jornal, revista, seu canal de TV, rádio. É preocupante. Porque queremos uma sociedade plural

07 de abril de 2015
Catia Seabra
Folha

NÃO MATARÁS: OS EUA E O MITO DO AMERICAN SNIPER




Se o Egito Antigo deixou as pirâmides e Atenas e Roma seus templos e anfiteatros, o império norte-americano sobreviverá, talvez, mais pela memória dos sóis instantâneos de Hiroshima e Nagasaki, e pelo brilho evanescente de seus mitos, criados à sombra das salas de cinema, do que pela arquitetura de aço e concreto de seus arranha-céus.

Louis Wiznitzer, brasileiro, correspondente de jornais francófonos nos Estados Unidos, nos anos 1960 e 1970, gostava de citar uma frase que ficou famosa, atribuída ao membro dos Panteras Negras H. Rap Brown: “Este país nasceu da violência. A violência é tão norte-americana como a torta de maçã”, para explicar que os negros deveriam libertar-se da opressão por “todos os meios”, violentos ou não.

Autor de biografia famosa, com o nome de Morra, Negro, Morra!, H. Rap Brown foi condenado pela morte, no ano 2000, de um policial negro, Ricky Kinchen, e cumpre pena de prisão perpétua.

VIOLÊNCIA
A violência encontra-se historicamente enraizada, no entanto, não apenas dentro do seu território, mas também na relação da república dos Estados Unidos da América com outros países, e talvez seja essa a razão do fascínio que ela exerce em sua sociedade, na política e na cultura.

A violência também caracteriza o cinema típico norte-americano, das “séries” de TV aos westerns e filmes de gângster e de guerra, que retratam a relação da sua população com cada época, e a visão que ela tem de si mesma, e do restante do mundo.

Esse é o caso do filme American Sniper, campeão de bilheteria deste início de 2015, nos Estados Unidos, baseado em best-seller de Chris Kyle, um ex-membro de “forças especiais” na Guerra do Iraque.

CONTRADIÇÃO
Branco, cristão e republicano, incensado pelos radicais do Tea Party, Chris Kyle não foi, ironicamente, morto por um terrorista contrário às intervenções norte-americanas no Afeganistão ou no Oriente Médio. Mas por um soldado compatriota, “branco” e “convencional”, o ex-marine Eddie Ray Routh, condenado também à prisão perpétua pela morte de Kyle e de outro ex-soldado, Chad Littlefield.

Se a história de H. Rap Brown e de Ricky Kinchen reflete as contradições da luta pelos direitos civis e a questão racial, a de Chris Kyle, Chad Littelfield e Eddie Ray Routh é emblemática da espetacularização e “patriotização” das relações exteriores norte-americanas.

Em seu livro American Sniper, Chris Kyle afirma ter matado, no Iraque, 160 pessoas, entre elas uma mulher que carregava em um braço uma criança e, no outro, uma granada. Quem é o herói? O invasor que ataca o território alheio, ou a mulher que é atingida ao proteger sua pátria, colocando em risco a vida do próprio filho? Em tempos em que as crianças aprendem a matar em jogos de computador, nunca é demais lembrar que, por mais eficaz que seja militarmente, o sniper é basicamente um covarde, combate de longe, em condição de desigual vantagem contra o inimigo.

EM STALINGRADO
Por essa razão, para nossa geração, o maior franco-atirador da história continuará sendo não o herói de American Sniper, o “O Diabo de Rahmadi”, mas Vassili Zaitsev, o soviético que matou 242 soldados e oficiais alemães na Batalha de Stalingrado.

Camuflado em uniforme branco, que naquele inverno de 1942 se confundia com a neve, e armado com um rifle Mosin-Nagant com mira telescópica, Zaitsev matou soldados aos quais se opunha ideologicamente, que haviam, com armas potentes e modernas, invadido o seu país, e que ao sair do território da União Soviética, escorraçados e perseguidos pelo Exército Vermelho, deixaram rastro de tortura, estupros e 20 milhões de mortos, a imensa maioria civis.

No Antigo Testamento, Jeová pede a Moisés que grave, nas Tábuas da Lei, em quinto lugar, um mandamento que deveria ter sido o primeiro. Afinal, se Deus fez o Homem à sua imagem e semelhança, a melhor maneira de amá-lo sobre todas as coisas é amar e respeitar o Deus que reside nos outros seres humanos. “Não matarás”, poderiam dizer alguns, talvez, a não ser que o faças quando em defesa da tua pátria.

DIFERENÇAS
Chris Kyle, que afirma ter “cumprido seu dever”, matou 160 seres humanos não para defender seus filhos, seu sangue, ou a sua terra, mas sob uma desculpa hipócrita, de que havia armas de destruição em massa no Iraque, jamais encontradas até hoje.
Ferido no final da guerra por um morteiro, o capitão Vassili Zaitsev, um pastor das montanhas que, depois do conflito, trabalhou em uma fábrica como operário, nunca foi atingido por outro soldado russo.
Morreu em 1991, em sua cama.


07 de abril de 2015
Mauro Santayna
Revista do Brasil

12 ABRIL: ALVORECER DE UM CHOQUE DE VALORES



O Movimento Cívico em 15 de março de 2015 levou milhões de brasileiros às ruas e evidenciou o sentimento de revolta da maioria da Nação, como mostraram as pesquisas de confiança no governo após as gigantescas manifestações. O mais grave é que Dilma e as lideranças políticas não têm vontade nem credibilidade para realizar as mudanças, mais morais do que econômicas, que o Brasil tanto precisa. Daí, fingirem não entender o brado das ruas. Portanto, em 12 de abril, é preciso um tsunami popular muito maior.

O contexto assemelha-se aos idos de 1964, como se constata adiante, mas o desfecho tem de ser outro. Naquela época, em um Brasil politicamente imaturo, mergulhado em um caos político, econômico e social e com instituições fracas, o presidente Jango aliara-se ao ilegal PCB, subordinado ao Partido Comunista da URSS, para implantar uma ditadura socialista-sindicalista.

O líder do PCB dissera que o partido estava no governo e só lhe faltava o poder e que o Brasil disputava a glória de ser o segundo país do continente a implantar o socialismo. Em uma sociedade religiosa e conservadora, isso gerou desconfiança, insegurança e reação, afastando do governo a classe média, Igreja, imprensa, Forças Armadas (FA) e a maioria dos políticos e da população.

As gigantescas Marchas da Família em todo País exigiram a intervenção das FA, únicas instituições então capazes de impedir uma guerra civil revolucionária. Jango tivera forte respaldo nacional para tomar posse em 1961, mas não teve nenhum apoio das instituições, dos partidos e do povo em 1964.

Hoje, as instituições de maior credibilidade ainda são as FA, mas não se quer uma volta ao passado. A Nação há de mostrar maturidade e vontade para impor a moralidade e defender a liberdade, mantendo a democracia. Se necessário, as FA cumprirão sua missão constitucional, protegendo os brasileiros da violência de bandos como o exército de stedile, convocado por Lula em declaração pública inconsequente e inaceitável de um ex-presidente da República. Nesse emprego, as FA enfrentarão resistências no próprio governo, mas seus comandantes, embora saibam que devem obediência e respeito a escalões superiores, têm consciência de que silêncio e omissão são injustificáveis se propiciarem graves danos à Nação, esta sim credora da lealdade das FA.

Ao PT não importa a derrocada moral, econômica e política do País desde que mantenha o poder, como reza a doutrina socialista. A corrupção sugou exponencialmente a riqueza nacional após a ascensão de governos petistas.

O PT faliu o País, não assume a culpa e cobra do povo a conta pelo prejuízo causado. Lula e Dilma não investiram em programas de longo prazo na infraestrutura, educação, ciência e tecnologia, saúde e produção de bens de alto valor agregado, bases seguras de desenvolvimento.

Dilapidaram recursos em programas populistas eleitoreiros, calcados em recursos de valor variável, oriundos de commodities que não garantem o progresso sustentado. Aplicam a estratégia gramcista para manter o poder, conduzindo o Programa Nacional de Direitos Humanos pelo qual buscam enfraquecer a família, as FA, os poderes Legislativo e Judiciário, amordaçar a mídia e controlar a sociedade por meio de órgãos (soviets tropicais) aparelhados pelo PT, criados no Decreto nº 8.243/2014, ainda não derrubado no Senado.

Querem transformar o País em uma ditadura socialista, macaqueando a república bolivariana da Venezuela, obedientes ao Foro de São Paulo, que pretende ressuscitar na América Latina o vampiro vermelho que sugou a Europa Oriental por décadas e cujo triste resultado só os cérebros hermeticamente programados da (des)intelligentsia esquerdista não entendem ou não reconhecem.

Um longo processo de relativização de valores anestesiou a sociedade, que se omitiu e assumiu ou aceitou a falta de ética e o desprezo aos valores tradicionais. O cidadão contentou-se com a satisfação de necessidades básicas e a falsa noção de liberdade, que usa sem responsabilidade e disciplina, tornando-a um bem ilusório. Essa doença moral não será curada por partidos políticos desmoralizados ou por eleições incapazes de aperfeiçoar, por si só, a democracia como se tenta iludir a Nação.

Porém, a dose do remédio para domesticar a Nação foi além do suportável e os efeitos colaterais nos campos da moralidade e da economia geraram a reação popular que abalou o processo liberticida de socialistização do País. Um grande obstáculo ao êxito da reação moral e democrática é o amplo poder político de lideranças do Executivo e do Legislativo, carcomidas seja pelo radicalismo, seja pelo patrimonialismo e corrupção.

Usurpam os bens públicos como se fossem de sua propriedade e escarnecem da Nação mentindo sobre as manobras imorais com que assaltam impunemente o tesouro nacional. Em altos escalões do Judiciário, o aparelhamento político compromete a credibilidade para julgar escândalos como o do petrolão, onde estão envolvidas lideranças de peso.

Em 2015, o que levou a população à revolta? A crise moral (corrupção, mentira, engodo), o amor à democracia ou a dor no bolso (inflação, recessão, desemprego)? Se o último motivo for o decisivo, equacionada a crise econômica, a Nação abandonará as ruas, permitindo a consolidação do projeto socialista do PT.

Assim, o choque de valores terá de vir da sociedade, ser aplicado nela própria, assimilado pelas famílias e por um sistema educacional moral e profissionalmente recuperado, capaz de formar cidadãos cientes de que liberdade sem disciplina e integridade é anarquia que esgarça o tecido social.

Neste vazio de lideranças políticas patrióticas, a quem confiar o futuro do Brasil? Como ninguém tem a resposta, a pressão não pode cessar. Desperta Brasil! É a Nação que tem que salvar-se a si mesma. Em 12 de abril, ela ecoará: "a nossa Bandeira jamais será vermelha!"; e "Vem prá rua!".

Compareça de verde-amarelo e em paz, mas com firme atitude e inabalável decisão.

07 de abril de 2015
Luiz Eduardo da Rocha Paiva é General de Divisão na reserva.

MANTEGA MUDOU REGRA PARA COLOCAR CARTAXO NA CART...



O corrupto Cartaxo foi beneficiado pela nova regra

O ex-secretário da Receita Federal Otacílio Dantas Cartaxo só assumiu o comando do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) em 2011 porque o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, alterou o regimento interno do órgão para permitir que a presidência fosse ocupada por um auditor fiscal aposentado. Antes disso, a norma só permitia o acesso a servidores da ativa.

Cartaxo foi grampeado pela Polícia Federal, que apura um esquema de pagamento de propinas a integrantes do Carf, espécie de “tribunal” que analisa recursos dos contribuintes autuados pelo Fisco.

O ex-secretário da Receita substituiu Caio Marcos Cândido em abril de 2011. Na mesma época, o Diário Oficial da União exonerou Leonardo Manzan, genro de Cartaxo, da função de conselheiro do Carf. Manzan fazia parte da Câmara Superior do Carf, órgão máximo do conselho, e passou a atuar para clientes com interesses no Carf, segundo a Polícia Federal.

E FOI SECRETÁRIO DA RECEITA…
Antes de ser nomeado para o Carf, Cartaxo ocupou a secretaria da Receita Federal também pelas mãos do ex-ministro Mantega. Ele substituiu Lina Vieira em 2009, que deixou o cargo após acusar a presidente Dilma, então chefe da Casa Civil, de pedir a interrupção de investigações do Fisco sobre a família do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).

Procurado, o ex-ministro Mantega informou que “rejeita qualquer tipo de insinuação envolvendo o nome dele nesse tipo de episódio”. Ele lembrou que foi em 2013, na gestão dele à frente do Ministério da Fazenda, que foi criada uma corregedoria para investigar irregularidades, inclusive no Carf.

07 de abril de 2015
Deu no Estadão

"O PETRÓLEO ERA NOSSO..."

O PETRÓLEO ERA NOSSO. PT VAI PRIVATIZAR UM PEDAÇÃO DA PETROBRAS PARA TAPAR O BURACO DA ROUBALHEIRA DO PETROLÃO.


O Antagonista continua furando e pautando os jornalões.
Pegou bem essa jogada do PT que deverá privatizar um pedação da Petrobras.
Pelo que se vê está sendo montada um delicada engenharia financeira destinada a solucionar o buraco gerado pelo petrolão.
Neste caso, o velho slogan da Petrobras sob o comando do PT deverá ser a partir de agora grafado assim: "O petróleo era nosso". 

Transcrevo a nota de O antagonista:

"No papel, a Sete Brasil foi criada para ajudar a construir sondas para a exploração do pré-sal. Na realidade, demonstrou ser uma invenção de Lula para roubar dinheiro em águas rasas e profundas. Resultado: está quebrada depois de ter quebrado os estaleiros que contratou.
 
Ainda assim, operou-se um aparente milagre: os bancos que cobram um centavo que seja do pobre do cliente que entra no cheque especial decidiram prorrogar por 90 dias o empréstimo-ponte de 12 bilhões de reais que concederam à Sete Brasil. O anúncio foi feito por Luiz Carlos Trabuco, o presidente do Bradesco que negociou pessoalmente com a máfia do Carf e ainda se dá ares de patrão do ministro da Fazenda, seu ex-funcionário.
 
Como essa prorrogação deve afetar os balanços dos bancos no curto prazo, a pergunta a ser feita é o que eles vão ganhar com isso no médio e longo prazo? Pela conversa mole de Luiz Carlos Trabuco sobre a importância da Petrobras e de tudo o mais associado à estatal, O Antagonista desconfia de que bancos brasileiros vão comprar a preço de banana -- ou intermediar a venda a preço de ouro -- não só a Sete Brasil, como boa parte da própria Petrobras.

Possíveis interessados em parcerias? Em primeiro lugar, os chineses, que emprestaram 3,5 bilhões de dólares à estatal brasileira, em condições misteriosas explicáveis apenas por Murilo Ferreira, presidente da mineradora Vale, com fortes interesses na China, e novo presidente do Conselho de Administração da petrolífera.
 
Ou seja, são fortes as indicações de que um pedação da Petrobras será privatizado pelo governo do PT. O problema é que, por causa da roubalheira, isso está sendo feito em condições muito menos favoráveis do que há 20 anos."

07 de abril de 2015
in aluizio amorim

COMO DIZIA AQUELE CÔMICO "AÍ TEM!!!"

COM A ECONOMIA NO FUNDO DO POÇO, DILMA CONTRATA EMPRESA DE FESTAS POR R$ 49 MILHÕES.

A realeza fez em 1889 a mais luxuosa festa da história, às vésperas da proclamação da república. (Fotos: óleo de Francisco Figueiredo, do acervo do museu histórico nacional, e foto da Agência Brasil)
A economia está em frangalhos, o governo aplica calote até em programas sociais, mas a presidente Dilma contratou por R$49 milhões a empresa “Shows Serviços de Festa”, com o objetivo de tornar mais festivos os seus eventos. O caso guarda certa semelhança com o Baile da Ilha Fiscal, em 1889, quando a realeza se divertia na mais luxuosa festa da história do Império às vésperas da Proclamação da República.
 
Os R$ 49 milhões da empresa de festas contratadas por Dilma seriam suficientes para construir 530 casas populares ao custo de R$ 93 mil.
Pago com verba reservada ao socorro a flagelados da seca no Ceará, o Baile da Ilha Fiscal foi marcado pelo excesso e pela extravagância.
 
O Baile da Ilha Fiscal consumiu 10% do orçamento do Rio de Janeiro. A empresa de festas, o equivalente a 1,4 milhão de bolsas família.

07 de abril de 2015
in diário do poder

LULA MANDA PT APOIAR PROTESTOS DE RUA CONTRA TERCEIRIZAÇÕES




Sob orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cúpula do PT declarou apoio à série de manifestações organizadas por centrais sindicais e movimentos sociais nesta terça-feira em algumas cidades. O Planalto, por sua vez, vai monitorar o alcance dos atos à distância, admitindo nos bastidores que a maior preocupação será com os protestos de domingo, dia 12, contra o governo Dilma Rousseff.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e outras centrais sindicais e movimentos sociais vão às ruas em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador, entre outras capitais, para protestar contra a aprovação do PL 4330, que regulamenta a terceirização em contratos de trabalho.

No Rio, ainda não há local nem horário para os atos, que são também em defesa da democracia, da Petrobras e dos direitos dos trabalhadores.

Durante as manifestações de 13 de março, também organizadas pela CUT e outras entidades, os petistas preferiram não declarar apoio oficial aos protestos, que eram críticos ao ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Com isso, argumentavam dirigentes do partido, evitariam qualquer tipo de constrangimento.

ERRO DO PT
Em conversas reservadas, porém, Lula avaliou que foi “um erro” o PT não estar ao lado da CUT e dos movimentos sociais, a base histórica do partido, e encorajou a sigla a apoiar e ainda convocar a militância para as manifestações desta terça, mesmo com o risco de haver discursos críticos ao governo.

Os sindicalistas reconhecem o que chamam de “conquistas dos últimos anos” do governo petista, mas não admitem “retrocessos ou perdas dos direitos conquistados”.

“Não vamos aceitar que o aumento da luz e o ‘tarifaço’ recaiam na nossa conta”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, em evento com centrais sindicais na semana passada. Na ocasião, afirmou que, sem mudança na política econômica, o trabalhador ficará “bravo” e poderá não defender mais o governo.

As bandeiras “em defesa da democracia”, “em defesa da Petrobras” e “pela reforma política”, dizem petistas, deixam o PT mais à vontade para ir às ruas sem parecer afronta ao governo Dilma.

PROJETO
A CUT defende o projeto de lei apresentado pelo deputado Vicentinho (PT), que propõe a regulamentação da terceirização desde que haja igualdade de direitos entre funcionários efetivos e terceirizados, além da proibição da terceirização na atividade-fim e da responsabilização da empresa tomadora de serviços quando a terceirizada deixar de cumprir normas.

07 de abril de 2015
Marina Dias e Gustavo Uribe
Folha

GOVERNO FAZ NOVA TENTATIVA DE AMORDAÇAR A POLÍCIA FEDERAL



Novo Código de Ética surpreendeu os policiais federais

Com a Operação Lava Jato a pleno vapor, a cúpula da Polícia Federal lançou um Código de Ética para delegados e agentes da instituição. As novas regras foram publicadas no boletim interno e surpreenderam policiais. Para delegados e agentes, o código reforça a mordaça imposta pelo governo federal aos policiais e fere garantias constitucionais como o direito à liberdade de expressão.

As restrições surgem em momento no qual o governo federal tenta controlar as informações divulgadas sobre a Operação Lava Jato, que motivou a abertura de investigações contra 50 políticos no Supremo Tribunal Federal (STF) depois de revelar um megaesquema de corrupção na Petrobras.

O texto prevê punição a servidores se concederem entrevistas a jornalistas sem acompanhamento da assessoria de imprensa da Polícia Federal. Menciona também proibições genéricas, como impedir o policial de “divulgar manifestação política ou ideológica conflitante com o exercício das suas funções”.

DELEGADOS PROTESTAM
“O Código de Ética é um reforço na tentativa de amordaçar o policial. Reflete uma preocupação muito grande do órgão com a pressão política”, afirmou o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio Ribeiro.

Se for “conivente” com uma entrevista desacompanhada da assessoria de imprensa ou com uma manifestação ideológica, o servidor responde por “solidariedade”. Outro dispositivo que preocupa policiais é a proibição de “expor, publicamente, opinião sobre a honorabilidade e o desempenho funcional de outro agente público”.

Para o diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flávio Werneck Meneguelli, o código limita ainda mais o direito do policial de “expor opinião” e vai na contramão da “democratização” das forças policiais brasileiras. “Dificulta ainda mais o fornecimento de informações”, critica.

CENSURA ÉTICA
As regras foram decididas pelo Conselho Superior de Polícia (CSP), em reunião do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, com sete diretores, cinco superintendentes regionais e um adido policial.

Procurada, a Polícia Federal afirmou que uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) exigia que cada órgão federal montasse uma comissão de ética. A corporação policial diz ainda que a única punição para quem desrespeitar o Código de Ética será a “censura ética”.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, o código apenas repete normas internas da Polícia Federal e proibições do Código de Ética dos Agentes Públicos do Ministério da Justiça e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

AUTONOMIA
Policiais avaliam que as restrições da corporação surgem pelo fato de o diretor-geral da PF ser nomeado pelo ministro da Justiça. Ribeiro, da ADPF, defende a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 412/2009, que foi desarquivada neste ano na Câmara dos Deputados, para que a Polícia Federal tenha orçamento autônomo e o diretor da instituição tenha um mandato de atuação como o presidente do Banco Central. “O diretor-geral precisa ter mandato, para que não possa ser exonerado a qualquer instante por desagradar o político A ou B”, afirmou Ribeiro.

(texto enviado por José Guilherme Schossland)

07 de abril de 2015
Daniel Haidar
Veja

A MORTE DO PT EM CÂMARA LENTA


 
Da coluna do Lauro Jardim no site de Veja, um resumo do desgaste irremediável do governo do PT. Quanto mais o PT tentar consertar mais piora a situação do governo. Falta apenas uma cutucada final para varrer o PT do Brasil para sempre. Leiam

O governo até que tinha começado uma semana em situação menos pior que as últimas, mas a terça-feira nem bem iniciou direito e, pronto, está lá Dilma Rousseff enrolada novamente em problemas políticos.
 
A recusa de Eliseu Padilha em aceitar o convite para assumir a Secretaria de Relações Institucionais é prova contundente – como se precisassem outras – da fragilidade política do governo.
 
Dizer “não” a um chamado deste tipo é inusual. Deixar um presidente da República na mão, ainda mais já sendo ministro, menos usual ainda. Mas é a confirmação de que a autoridade de Dilma segue derretendo.
 
É preciso ressaltar ainda a trapalhada de deixar vazar um convite feito pela própria presidente. E recusado em menos de 24 horas.
 
O protocolo manda que convites deste tipo sejam precedidos por uma sondagem feita por um auxiliar do presidente, para preservar sua autoridade em caso de um “não”.
 
Desde ontem, com a cara amarrada de Eduardo Cunha para o convite (leia mais aqui ), o fracasso da operação já se prenunciava. 

07 de abril de 2015
in aluizio amorim

SOB PRESSÃO

Mirando o Congresso Nacional, centrais sindicais ligadas ao PT protestam contra a terceirização

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Nesta terça-feira (7), as centrais sindicais e os movimentos sociais vinculados ao PT fazem uma série de protestos contra a terceirização e pró-Dilma. As ações terão como alvo principal Congresso Nacional, justamente enquanto a presidente Dilma Rousseff tenta se acertar com os aliados do PMDB. As centrais miram o Legislativo, comandado pelo PMDB, embora as últimas mudanças em regras de direitos trabalhistas tenham sido iniciativa do Palácio do Planalto. Vale ressaltar que o PT está dando suporte às manifestações.

Os atos foram marcados em doze capitais brasileiras. Além de serem contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, entidades como a CUT, CTB e o MST vão protestar contra o projeto de lei que pode ser votado nesta terça na Câmara dos Deputados e altera o sistema de contratação de profissionais terceirizados.

À tarde, uma reunião de líderes definirá se o Projeto de Lei 4330/04 será ou não votado em plenário. Além da pressão nas ruas, representantes dos trabalhadores estarão em Brasília para tentar convencer os deputados e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a não votar o projeto. “Estaremos focados no PL 4330 que, na nossa avaliação, é 1 milhão de vezes mais prejudicial aos trabalhadores que as MPs 664 e 665”, revelou Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores, referindo-se às medidas provisórias da presidente que restringiram o acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego e pensão por morte.

As MPs foram de autoria do Executivo e causaram constrangimento na relação entre o governo e as centrais. Inclusive, foram consideradas um estelionato eleitoral, já que na campanha presidencial Dilma prometeu que não mudaria direitos trabalhistas. Freitas ainda afirmou que nesta terça as bandeiras pró-Dilma não serão prioritárias, embora estejam presentes nos atos. “Vamos focar no Congresso porque é lá que hoje estão as maiores ameaças aos direitos dos trabalhadores”, ressaltou o presidente da CUT.
Lula
Ao avaliar a repercussão dos protestos anti-Dilma de 15 de março, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na semana passada que o PT errou ao não apoiar os atos organizados dois dias antes pela CUT, CTB e MST.

Um novo protesto nacional contra Dilma está agendado para o próximo domingo (12).
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), revelou que, apesar de o foco do protesto nacional ser o projeto de lei da terceirização, o desconforto com o governo ainda persiste, porque Dilma não recuou das MPs que restringem os benefícios trabalhistas. “Não ficou clara qual foi a flexão que o governo fez”, afirmou Araújo. “Será uma contraposição à agenda regressiva de um Congresso mais conservador que na legislatura passada.”

(Por Danielle Cabral Távora)

07 de abril de 2015
in ucho.info

À BEIRA DO CAMINHO

Contrariando convite de Dilma, PMDB barra ida de Padilha para o comando da articulação política

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No início da tarde desta terça-feira (7), o PMDB decidiu não aceitar a transferência do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, para o comando da articulação política do Palácio do Planalto.
O convite foi feito na segunda-feira (6) pela presidente Dilma Rousseff, que acatou uma sugestão do ex-presidente Lula, aconselhando-a a abrir mais espaço para o PMDB no governo federal.

Com a decisão do PMDB, a presidente da República deverá decidir se mantém Pepe Vargas na Secretaria de Relações Institucionais, que tem sido alvo de críticas de integrantes da base governista desde a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados, na qual o candidato apoiado pelo Planalto foi derrotado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Dilma ainda terá de decidir se troca o comando do Ministério do Turismo, substituindo Vinicius Lages, afilhado político do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O intento de levar Eliseu Padilha para a articulação política foi ironizada pelos peemedebistas do Congresso Nacional, chamando-a de “Operação Tabajara”.
Em resposta a essa operação, o PMDB vai desengavetar na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita a 20 o número de ministério na administração pública federal.

Essa ideia tem sido defendida amplamente por Renan Calheiros e Eduardo Cunha, embora ambos tenham seus respectivos afilhados na máquina do governo federal.
A negativa

O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, havia sido convidado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a Secretaria de Relações Institucionais.
Porém, desde o início, Padilha havia demonstrado resistência para mudar de pasta.
Essa informação foi passada por alguns integrantes da cúpula do PMDB, que acompanharam as reuniões realizadas na noite desta segunda-feira (6), em Brasília, após o aceno de Dilma. Os encontros para discutir o tema vararam a madrugada.

Na primeira reunião, no gabinete do vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, o ministro teria hesitado sobre o convite e ressaltado que está satisfeito na atual pasta. Padilha também integra o chamado núcleo político estendido, criado por Dilma para acomodar a legenda, o PSD e o PC do B nas discussões de propostas do governo.

No PMDB, prevalece o sentimento de que o modelo adotado por Dilma na SRI não é o ideal. Peemedebistas alegaram que o ministro da pasta não tem nenhuma autonomia para tomar decisões, e que por isso, é alvo constante de ataques dos “aliados”.

Diante o cenário, segundo relatos de integrantes do partido, no encontro no gabinete de Temer, o ministro Eliseu Padilha chegou até a comparar a SRI a um “cemitério de políticos”.
Nas negociações da ida de Eliseu Padilha para a SRI também estava inclusa a busca por uma cadeira na Esplanada para o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Caso Padilha aceitasse ir para a articulação, a Aviação Civil ficaria vaga. Mas, Henrique Alves deseja ir para o ministério do Turismo, que está ocupado por Vinicius Lages, apadrinhado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Vale ressaltar que o presidente do Senado também esteve presente na reunião do PMDB na noite de segunda-feira. Calheiros tem dito a pessoas próximas que não vê problemas em Henrique Alves ocupar o Turismo, assim como a resistência ao nome do ex-deputado para ocupar um cargo na Esplanada dos Ministérios está em Dilma, não nele.

 (Por Danielle Cabral Távora)
07 de abril de 2015
 

A "CONSULTORIA" DO DIRCEU CAMINHA PARA O BREJO DAS PROPINAS...

JUIZ FEDERAL SERGIO MORO, RESPONSÁVEL PELA OPERAÇÃO LAVA JATO, DEFENDE A QUEBRA DE SIGILO DA CONSULTORIA DE JOSÉ DIRCEU.
O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato (Foto: Veja)
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba (PR), defendeu, em ofício encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a legitimidade da quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), condenado no mensalão, e da JD Assessoria e Consultoria, empresa utilizada por ele para receber propina de empreiteiras envolvidas com o escândalo do petrolão, conforme disseram executivos presos pela Polícia Federal.
 
A empresa de Dirceu faturou, conforme a Receita Federal, 29,2 milhões de reais com a prestação de serviços de consultoria de 2006, depois de ele deixar o governo Lula, a 2013, quando começou a cumprir pena pela condenação no julgamento do mensalão. Em verdade, Dirceu ganhou mais no período: 39,1 milhões de reais - os 9,9 milhões de reais a mais vêm de pagamentos feitos por empresas estrangeiras, que não constam da Receita.
 
Em análise dos dados da Receita anexados ao processo do petrolão, é possível verificar que nenhum ano foi tão lucrativo para Dirceu quanto 2012: ele amealhou 7 milhões de reais. Foi neste ano que o ex-chefe da Casa Civil e homem-forte do governo Lula recebeu pena de dez anos e dez meses de prisão, depois revertida para sete anos e onze meses no mensalão.
Em 2013, nova enxurrada de dinheiro para a JD Consultoria: foram 4,159 milhões de reais.
 
"Nas quebras de sigilo fiscal e bancário das empreiteiras, o que foi judicialmente autorizado, foram identificados vários pagamentos de contratos de consultoria para a JD Assessoria e Consultoria Ltda., empresa de titularidade de José Dirceu de Oliveira e Silva", relata Moro, que informa ainda que o acesso aos dados sigilosos do ex-ministro era "imprescindível" para se investigar se os serviços de consultoria, na verdade, eram uma das formas de as empreiteiras pagarem propina no esquema criminoso.
 
NOTÓRIA INFLUÊNCIA
 
"Diante da notória influência de José Dirceu de Oliveira e Silva no Partido dos Trabalhadores e da prévia verificação de que as empreiteiras teriam se valido de consultorias fictícias para pagamento de propinas, razoáveis as razões para a decretação da quebra de sigilo bancário e fiscal diante dos lançamentos de pagamentos identificados", defendeu Moro. "Imprescindível para a investigação a quebra de sigilo fiscal e bancário, não havendo outro meio menos gravoso para esclarecer os fatos. Em investigações por corrupção e lavagem de dinheiro, imprescindível o rastreamento do fluxo financeiro e patrimonial", completou ele.
 
A manifestação do juiz Sergio Moro sobre a validade da suspensão dos sigilos como método de investigação ocorreu após despacho do desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos do petrolão na segunda instância. Dirceu recorreu ao tribunal contra a suspensão dos sigilos no dia 17 de março por considerar que a decisão que autorizou o acesso aos dados bancários e fiscais seria "ilegal".

Em decisão individual, tomada em 24 de março, o desembargador já havia rejeitado os argumentos de Dirceu de que parte das investigações da Operação Lava Jato teria sido direcionada para incriminá-lo. "O curso da denominada Operação Lava Jato demonstra que a atuação judicial não toma em conta pessoas, mas sim fatos.
A tese de que o impetrante Jose Dirceu de Oliveira e Silva está servindo de instrumento de expiação dos males do país não se sustenta quando confrontada com a dinâmica da própria Operação Lava Jato", disse Gebran Neto na ocasião.

Do site de Veja

07 de abril de 2015
in aluizio amorim

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...

                                     Limpando o cofre e mentindo!
 
 
 
 
 
07 de abril de 2015

FORA DILMA!


 
 
 
As redes sociais continuam fervendo. É como uma onda gigante, um verdadeiro tsunami anti-PT. Tanto n Twitter como o Facebook são uma amostragem relevante, uma verdadeira pesquisa revelando que os brasileiros não querem mais saber do PT e seus satélites de maneira nenhuma. 

É dentro desse clima que crescem as adesões de grupos em mais de duas centenas de cidades brasileiras que se preparam para tomar as ruas para pedir o impeachament da Dilma e, mais ainda, a proscrição do PT e de todos os partidos de viés comunista revolucionário.

Neste momento estou fazendo um lanche num dos locais que costuma bombar todas as noite aqui em Florianópolis. O gerente desse restaurante veio até a minha mesa, enquanto tomo café e escrevo estas linhas, para lamentar que o movimento caiu brutalmente. Aliás, isso ocorre em todo o Brasil e pega em cheio principalmente a classe média que dá o tom na economia de qualquer país. Refiro-me à classe média verdadeira, não essa classificada pelo PT.

Portanto, estamos assistindo a quebradeira geral do Brasil sem que haja qualquer liderança política ou empresarial que se levante contra a bandalha do PT. O maior feito do PT foi apodrecer o Brasil. Lamentável que os empresários e banqueiros tenham se aliado a esse bando de gafanhotos vermelhos que destruiram o Plano Real, trouxeram de volta a inflação e esfarelaram o poder de compra dos assalariados.
 
07 de abril de 2015
in aluizio amorim

MEGA PROTESTO PARA A MUDANÇA: 12 DE ABRIL! POR UMA NOVA REPÚBLICA!



 
 
Motivos não faltam para o mega protesto de 12 de Abril.
 
07 de abril de 2015

SOCIAL-DEMOCRACIA APÓS A QUEDA DO MURO DE BERLIM

 


A derrubada do Muro de Berlim e o ocaso final do socialismo realmente existente ocorreu em 9 de novembro de 1989. Todavia, desde os anos 70, uma crise já se ocultava nos porões das datchas utilizadas pela nomenklatura das democracias populares dos países do Leste-Europeu e da União Soviética. Essa crise agravou-se conduzindo ao colapso do comunismo e dando fim ao Estado soviético.

O desmantelamento geral parecia ter deixado o caminho aberto para a Social-Democracia, que 30 anos antes, em 1959, havia feito, em Bad Goldesberg, sua opção histórica pelas reformas por via constitucional.  A Social-Democracia, defensora do Estado do bem-estar, do pleno emprego, de programas para reduzir o desemprego, de uma economia mista, parece agora impotente, pois todos esses elementos foram eclipsados pelo fenômeno da globalização da economia.

O pleno emprego desapareceu, trazendo maiores custos para a previdência social; o ensino público transformou-se em fonte de insatisfação, pois, incapaz\ de atender a todos; a autoridade dos governos e parlamentos vem sendo enfraquecida com a transferência de poder para conselhos intergovernamentais, para os mercados de capitais, que gozam da extraterritorialidade e, em alguns lugares, até mesmo para ONGs com sedes no exterior; e o espaço político deslocou-se dos comícios e contatos com os eleitores para os shows de TV, em horários certos e em dias determinados.

Em alguns poucos países, o marxismo-leninismo sobrevive, todavia tendo no horizonte um futuro incerto, pois o grau em que a esquerda rompeu com a doutrina e a disciplina ortodoxa, a partir de 1989, varia enormemente e não tem volta.

Entre nós, o Partido Comunista Brasileiro, já a partir do 9º Congresso, em 1991, dava mostras de sua opção em direção à Social-Democracia. Menos de um ano depois, no teatro Záccaro, abandona a denominação de comunista e, finalmente, no 11º Congresso, em 1996, transformava-se num partido social-democrata, como comprova a Resolução Política então aprovada.

Enquanto isso, a postura de outros partidos comunistas, como o Português e o Cubano, por exemplo, permanece basicamente inalterada. O PC Francês, assolado por um sem número de dissidências internas, continua uma versão do que sempre foi. O PC Italiano transformou-se rapidamente no Partido Democrático de Esquerda (Partido Democrático de La Sinistra), deixando, no entanto, como viria a ocorrer no Brasil, um resíduo ativo à sua esquerda, a Refundação Comunista. E o Partido Socialista Italiano, que governou o país por vários anos, simplesmente deixou de existir, desmoralizado pela corrupção de seus dirigentes após a descoberta dos “acordos de cavalheiros” concretizados com a máfia.

Embora em todos os países permaneça existindo uma esquerda além dos limites da Social-Democracia, ela pouco tem contribuído para a autocrítica que se tornou indispensável no sentido de superar os dilemas programáticos que Lenin anexou à doutrina.

É forçoso reconhecer, no entanto, que em época alguma os partidos da III Internacional, ou seus sucedâneos após a II Guerra Mundial, se assentaram em uma base social homogênea, embora até o final dos anos 60 o proletariado industrial manual ocupasse o centro de toda e qualquer coalizão social que os partidos de esquerda pudessem conformar, pois sempre foi o melhor organizado estruturalmente.

Atualmente, o proletariado declina progressivamente e é um pouco mais de um quarto da população ativa, já sendo superado, em quase todos os países, pelo número de empregados no setor terciário. Malgrado isso, a produção aumenta. Com a queda das taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida, aumentou o peso dos idosos no conjunto da população e cerca de um terço da vida do adulto médio se passa atualmente após a sua saída do mercado de trabalho, sobrecarregando enormemente os sistemas de previdência e de assistência médica. Isso faz com que a força de trabalho assalariada, que diminui em todo o mundo, fique também sobrecarregada pelas necessidades previdenciárias da “terceira idade”.

Essa tendência, aliada à diminuição dos postos de trabalho, em todo o mundo, tende a desagregar o proletariado e outros trabalhadores, outrora um mercado cativo para as investidas dos partidos de esquerda, tornando a cada dia mais difícil  a tarefa de mobilização para qualquer mudança política radical, e sobretudo para a contestação do status quo.

Hoje, é impensável a antiga palavra-de-ordem da ortodoxia comunista de “colocar as massas na rua”, tornando-se básico que as esquerdas ultrapassem“conceitos clássicos como a centralidade da classe operária no movimento de transformação” (Roberto Freire, Folha de São Paulo de 15/06/97).

Na Europa Ocidental, desde os anos 80 e fundamentalmente após os Acordos de Maastrich, a perda da autonomia nacional sobre a política monetária vem se tornando, em geral, cada vez mais pronunciada; a política fiscal vem sendo afetada pela globalização da economia e do capital, e a antiga opção da Social-Democracia, na Europa Ocidental, onde historicamente ela sempre foi forte, de impor taxas elevadas aos empresários e ao capital, provoca, hoje, reações de retração. Recorde-se que, no período do pós-guerra, o nível geral de impostos cresceu, nos países da OCDE, ao longo do tempo, por cerca de 30 anos, período que correspondeu ao aumento constante dos gastos públicos.

Mas, na verdade, é que o peso desses gastos se tornou mais elevado, com o aumento do número de aposentados e desempregados e mais o peso dos direitos adquiridos, tornando a situação insuportável. Hoje, propor aumento de tributos equivale a um suicídio eleitoral. Além disso, não há como ignorar a presença do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, desde um certo tempo, nos vestíbulos dos Estados nacionais, monitorando as economias.

A aversão a impostos colocou, em toda a parte, a esquerda na defensiva e a Social-Democracia imprensada entre uma base social em mutação e um horizonte político em contração, e parece ter perdido sua bússola. É sabido que,nos primeiros anos da II Internacional, ela orientava sua ação para a superação do capitalismo, empenhando-se depois por reformas parciais, consideradas passos gradativos em direção ao socialismo. Finalmente, hoje, parece contentar-se com o bem-estar-social e o pleno emprego dentro dos marcos ditados pelo capitalismo.

Ora, já que passa a admitir, onde quer que esteja governando, uma diminuição do bem-estar e desiste do pleno emprego em que tipo de movimento se transformará a Social-Democracia? A necessidade de competir se transforma na obrigação de podar e se ajustar e, nessa lógica, o culto ao talento empresarial, centralidade da empresa e ao dinamismo que proporciona lucros crescentes, tende a deslocar cada vez mais o antigo vocabulário da redistribuição, justiça e equidade social.

Nesse sentido, muitos partidos social-democratas transformaram-se em uma força francamente comprometida com o capitalismo, abandonando os ideais do socialismo, mas insistindo em manter uma desbotada noção de esquerda. Ao Partido Popular Socialista, portanto, resta a luta para resgatar e manter vivos os postulados originais definidos pela doutrina.

Nota da redação: Este artigo fora escrito por um “membro do PPS no Estado do Rio de Janeiro”, conforme os diligentes membros partidários publicaram na Tribuna de Debates do 12* Congresso do  PPS, fevereiro de 1998). Seguiu a mesma linha de "O Partido que Queremos". Foi publicado no Caderno de Debates do PPS, em 1998, como se eu fosse um militante do Partido. Não era nem nunca fui...

07 de abril de 2015
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.