"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 3 de junho de 2014

CORRUPÇÃO, ROUBO, USURA E VIOLÊNCIA NA "URSB"


Já podemos proclamar que sobrevivemos na “União das Repúblicas Sindicalistas do Brazil”. Viva a Presidenta Dilma Rousseff, que num só golpe de canetada, baixou o Decreto 8243. Nossa “tovarich” instituiu a “Política Nacional de Participação Social” e o “Sistema Nacional de Participação Social”. A PNPS e a SNPS são a base soviética do Capimunismo de Estado Tupiniquim. Quem controla os movimentos sociais vai comandar o País.

O que vem por aí, se tal sistema for implantado do jeitinho que a petralhada autoritária concebeu, é a disputa pela hegemonia na tal de “sociedade civil organizada”. Quem não for aliado, será tratado como adversário e, muito provavelmente, como inimigo – de preferência, a ser eliminado ou neutralizado pela via da legislação casuisticamente aprovada pelos poderosos grupelhos de plantão e sacramentada por um judiciário submisso, ineficiente e injusto.

Se houver reação, o Brasil tende a mergulhar em uma inédita guerra civil. As pré-condições para o conflito social já estão bem configuradas. Basta constatar o crescente poderio econômico e bélico das organizações criminosas. Tudo viabilizado pela combinação cínica e delituosa entre a ação política, sua ideologia mentirosa, e governança organizada do crime. A corrupção, a violência, o terror e a ignorância da maioria dominam o País da Impunidade.

Nessa conjuntura, só prosperam organizações comparsas do capimunismo em vigor. A própria gestão macroeconômica fica submetida à delinquência sistêmica. Lucra quem especula, corrompe, rouba, abusa da usura e sonega impostos (escorchantes, aliás). Lidera o processo quem usa informações privilegiadas obtidas junto aos podres poderes estatais. A hegemonia é da minoria de gangsters mafiosos que exportam a grana que roubam aqui e, na hora certa, fazem o dinheiro voltar no formato de supostos “investimentos estrangeiros diretos”. Por isso, existem tantas dinastias políticas muito ricas – algumas bilionárias.


Não existe crise para esses privilegiados neorricaços da politicagem com o crime organizado. Mas o bicho já começa a pegar para o resto dos brasileiros, de todas as classes, que dependem de trabalhar, produzir de verdade, gerar empregos, pagar impostos e cumprir com seus deveres cívicos. A vida fica complicada para quem depende de crédito novo. Pior é a situação de quem está encalacrado para pagar as dívidas atuais. É o terror dos juros altíssimos e taxas abusivas cobradas pelos bancos que lucram emprestando o dinheiro dos outros (e não o deles). Os banqueiros tupiniquins ostentam lucros recordes graças ao modelo de usura.

A situação brasileira é surreal na comparação com o resto do primeiro mundo. “Está cada vez mais difícil para os bancos americanos gerarem lucro”. Banqueiro brasileiro deve morrer de rir do título dessa reportagem assinada por Robin Sidel e Andrew Johnson, do prestigiado The Wall Street Journal. A mesma publicação traz outra reportagem, escrita por Monica Houston-Waesch e Paul Hannon, informando o aperto bancário na Europa: “Escassez de crédito continua arrastando economias da Zona do Euro”.

Nos EUA, as instituições financeiras estão encontrando dificuldades para conseguir lucros tanto no varejo como no mercado financeiro. Uma forte queda nos empréstimos imobiliários e uma desaceleração no mercado de negociação de ativos levaram a uma retração de 7,6% no lucro líquido no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado nos 6.730 bancos comerciais e instituições de poupança. Os dados alarmantes são do FDIC, a agência norte-americana garantidora dos depósitos bancários. Na terra do Tio Sam, os juros baixos são insuficientes para estimular novos financiamentos imobiliários. O FDCI lista 411 instituições financeiras na “lista de problemas”.

Já no Brasil dos juros estratosféricos, os bancos não sabem o que fazer com tanto lucro recorde a cada resultado trimestral. Por aqui, onde sobra dinheiro, os banqueiros financiam incorporações e construções imobiliárias. O movimento eleva os preços dos imóveis. Também faz os aluguéis dispararem. Inquilinos e comerciantes sofrem pressões espúrias na hora de renovarem seus contratos. As imobiliárias, que operam como cartéis mafiosos, impõem sua vontade. Quem precisa morar ou sediar seu negócio fica sem alternativa. Uns quebram, outros tentam fugir para as periferias – onde os aluguéis também estão absurdos.

O crédito imobiliário também não anda fácil no Brasil – pelo menos para a classe média, que precisa comprovar renda alta para conseguir financiamentos para comprar imóveis com preços claramente especulativos, fora da realidade. Curiosamente, principalmente nas áreas nobres dos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo quem aparece como compradores dos imóveis cada vez mais caros?

A resposta inocente de corretores imobiliários: “investidores estrangeiros”. Na verdade, a maioria dos supostos “gringos” são “laranjas” dos bandidos políticos brasileiros – que mandam dinheiro para fora e fazem o famoso “draw-back” (retorno da grana, que a compra de imóveis e investimentos em ações ajudam a “lavar”). Se a Super Receita Federal – que tem uma área de inteligência com profissionais sérios e brilhantes – fizer uma devassa no patrimônio de políticos, nos parentes deles ou em seus parceiros de negócios, vai descobrir uma surpreendente evolução patrimonial, em renda e imóveis, totalmente incompatível com os ganhos normais das figuras com a atividade de “político profissional” (um dos absurdos institucionais tupiniquins). A Operação Lava Jato deu uma pequena demonstração de como toca tal banda de sacanagem.
 
 
O cenário é dos mais esquisitos. A “Copa do Jegue”, que a propaganda governamental promete ser a “copa das copas”, já nos deixa o legado de promessas descumpridas, com obras superfaturadas, incompletas e inacabadas, junto com aumentos especulativos de preços (dos aluguéis, vestuário, transportes, comunicação e comida). Se a Seleção Brasileira vencer, a maioria dos problemas tende a ser escondido debaixo dos tapetes – como de costume. Mas se os canarinhos não decolarem, muitas vacas vão para o brejo, junto com as bestas, os jegues, os burros e outros animais nojentos da politicagem tupiniquim.

O cenário político também é tétrico e apavorante. Tanto que o PT resolveu antecipar seu pacotinho de maldades com o Decreto 8243 – para consolidar o aparelhamento da máquina estatal, nos moldes que fazem inveja aos velhos camaradas soviéticos. O PT tem tudo para perder a eleição presidencial. O problema é que, até agora, a “oposição” – com Eduardo Campos e Aécio Neves - ainda não mostrou o que pretende fazer de diferente dos petistas. Nessa inércia, os eternos governistas do PMDB só aguardam a hora de escolher em que Titanic vão embarcar para a próxima gestão...

O Alerta Total insiste na tese clara e objetiva. Não existe previsão de mudança do modelo político e econômico brasileiro, no curto e médio prazos. Com tudo mudando de mentirinha, para ficar a mesma coisa na verdade, o Brasil não cresce o suficiente. Não permite a evolução da mentalidade cultural produtiva, realmente geradora de emprego e renda, superando a especulação financeira ou o clientelismo das “bolsas-assistencialistas”.

O que pode acontecer, com a derrota eleitoral do PT, é um processo violento de conflitos na máquina estatal – infestada pelos parasitas do partido trambiqueiro e dominada pela governança do crime organizado. Quem vencer terá toda sorte de dificuldades para desalojar a petralhada do sistema de poder. O próximo ocupante (menos chance para uma  ocupanta) do Palácio do Planalto terá sua governabilidade bastante prejudicada. Desenha-se um cenário de “guerra civil” no horizonte perdido do Brasil. Depois dela, pode ocorrer uma onda de separatismos...


Se a taça do mundo será nossa, ainda não dá para ter certeza. Mas que, em 2015, não há quem possa com os baderneiros, é uma hipótese a ser levada a sério. O risco institucional nunca foi tão alto. Quem apostar que vai se dar bem a partir do caos instaurado corre o alto risco de se dar mal no final das contas.

A incompetência petista, em parceria com a governança do crime, estuprou a Nação. O Brasil precisa, urgentemente, de um modelo político, econômico e social diferente do atual. O novo paradigma precisa ser focado na gestão eficiente, na honestidade, na produção, no trabalho, no ensino de qualidade, e no desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo a recuperação do poder de dissuasão militar. Enfim, temos de implantar um Capitalismo de verdade por aqui.

Se o Brasil, mesmo tirando o PT no poder, continuar no mesmo caminho do passado, com o “Capimunismo de sempre”, nosso futuro próximo será uma mera continuidade da corrupção, roubo, usura e violência que agora domina a “URSB”. Nem o mais FDP dos brasileiros merece um regime tão desqualificado.

Por enquanto, a seleção da máfia vence a Copa do Jegue, de goleada. O consolo é que, no juízo final da competição, os mafiosos não poderão levar o que roubaram para seus túmulos. Então, que a terra lhes seja leve – como diria o velho Machado de Assis.
 
Vamos ter amor, fé e esperança que seremos capazes de mudar o Brasil para melhor. Já passou da hora de agir. Quem se omitir pagará caro no juízo final – cada vez mais próximo. Não merecemos acabar no saco de lixo da História!

Por isso, “avante, brasileiros, sempre avante” – como está escrito naquela primeira estrofe do Hino Nacional Brasileiro, propositalmente omitida da canção tradicional. Avante! 

Todos na Torcida

 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
03 de junho de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

BRASIL 8243



 
Tendo falhado na tentativa de comprar todo Congresso Nacional o PT entrou, desde 2013 e até antes, numa nova fase: a fase do “golpe constitucional”. Trata-se de emitir decretos e mais decretos, medidas provisórias e mais medidas provisórias que vão, aos poucos, mudando todo regime de governo sem que ninguém perceba.

Aproxima-se agora, com a Copa do Mundo, um período em que nove entre cada dez brasileiros vão estar pensando em futebol. O décimo; talvez se preocupe com greves e ônibus incendiados mas não haverá um só, apenas um, capaz de se lembrar de acompanhar, no próprio Diário Oficial da Revolução, aquilo que o partido estará encaminhando para votação e aprovando na frente das câmeras de televisão e de todo país.

A mais recente de todas as barbaridades protagonizadas pela Presidência da República chama-se “Decreto 8243”. Não é preciso ser formado em Direito ou Ciência Política para entender do que se trata. O PT simplesmente rasga a Constituição Federal e, com um palavreado digno de uma reunião de Diretório Central de Estudantes, amplia de uma maneira como “nunca antes na história desse país” os mecanismos do chamado “controle social”.

Sobre esse último termo melhor seria dizer tratar-se de “controle socialista” do que aceitar goela abaixo a ideia de que a sociedade civil encontra-se ali representada já que, sem pudor algum, o próprio Partido-Religião aceita, no segundo artigo do decreto, a existência de movimentos “não institucionalizados” na sua composição.
Não vou aqui descrever todas as barbaridades e consequências trazidas pelo Decreto 8243. Digo apenas ser necessário deter-se sobre breves menções feitas nele, pelo partido, às democracias representativas, participativas e diretas pois é na diferença entre elas que está a chave para entender a intenção do PT. Resumidamente, eu diria a vocês que a diferença fundamental entre elas dá-se em relação àquilo que o PT mais urgentemente precisa destruir no Brasil: a institucionalização da sociedade.

Desde a representação formal através de deputados e senadores até movimentos que sobem a rampa do Congresso Nacional o que se perde é isso: a institucionalização. A organização formal da sociedade através de pessoas, forças ou movimentos que, possuindo personalidade jurídica, podem tornar-se alvos do devido processo legal. E é isso que o PT, cada vez mais, precisa evitar construindo um mundo das sombras. Uma espécie de área livre de sinal de radar onde navio ou avião algum pode ser detectado.

Desde 2013 até agora, a Presidência da República, por decreto, trouxe ao Brasil os escravos e agentes cubanos, abriu as portas do país para polícias estrangeiras durante a Copa, igualou as profissões da saúde no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, e agora – através da Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do chamado Sistema Nacional de Participação Social (SNPS) – praticamente cria um governo paralelo no Brasil através de mecanismos de controle que vão entregar toda máquina administrativa nas mãos do partido.

Pergunto-me quanto tempo vai levar para que a nação entenda o que escrevi...Lembro-me, pois, de Maquiavel afirmando que “quando as coisas mais graves são percebidas pelas pessoas mais simples; aí já é tarde demais” e que um brasileiro médio não seria capaz de reconhecer um regime comunista nem que nevasse em Manaus. Nem que ele fosse obrigado a beber vodca ou ter outras pessoas dormindo na sua casa.

Meus amigos, na madrugada do dia 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu do radar e até hoje não há explicação alguma sobre o que aconteceu... Afirmo a vocês que coisa semelhante vai acontecer com o que resta de democracia no Brasil depois do último decreto de Dilma Rousseff... Nossa liberdade embarcou num Boeing pilotado pelo PT. Nosso voo é o Brasil ..Brasil 8243.

Dedicado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)..Vocês serão as “entidades médicas” amanhã.

03 de junho de 2014
Milton Simon Pires é Médico

CARTA ABERTA AO ABÍLIO DINIZ


 

Pois é, senhor Abílio Diniz, acabo de ler um belíssimo artigo, atribuído à sua pessoa e divulgado na Folha de São Paulo.

Qualquer ser humano, com um mínimo de bom senso, reconhece o valor de sua grandeza, capacidade e dedicação ao engrandecimento de seus negócios e, consequentemente, de nosso País.

Em determinados trechos o senhor faz colocações como: (sic)

 “.. vejo a bola rolando quadrada no País do futebol...”;

“É possível que mais gente saia às ruas do País para protestar contra o torneio do que para apoia-lo”;

“A intenção deste artigo não é desestimular ninguém a protestar”

“...o Estado Brasileiro deve urgentemente serviços mais eficientes e mais ética na gestão pública.”

E ainda, com brilhante visão comercial e realizadora, afirma que:

“Atrairemos mais recursos realizando uma copa ordeira, que revele um País dinâmico...”

“Mas a bola, afinal, vai rolar”.

“Está na hora de mostrar o nosso amor por este país - de começar cantando “sou brasileiro, com muito orgulho” e encerra-la com “we are the champions”“.

Quem se interessar pela leitura da publicação supra citada, na íntegra, é só acessar o link abaixo. Vale a pena, boa leitura, bons argumentos, colocações bem feitas, texto bem escrito.
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/05/1452343-abilio-diniz-o-brasil-e-a-copa.shtml

Senhor Diniz, reconheço que suas colocações são sensatas, equilibradas e, em curto prazo, porém, apenas em curto prazo, produtivas.

Mas, pensando em longo prazo, certamente um perfil que o colocou, e às suas corporações, no ponto em que chegaram, sabemos que, ao mentir ao mundo que estamos bem, estamos apenas colocando a sujeira debaixo do tapete. Sabemos também que “mentira tem perna curta”.

Concordo totalmente com o senhor quando afirma que “está na hora de mostrar o nosso amor por este país”.
Porém discordo, também totalmente, de que a forma de demonstrarmos este amor é fechar os olhos para a caótica situação brasileira, ignorarmos o sofrimento de nossa gente e festejarmos algum tipo de vitória, no campo de futebol.

Considero que incentivar a população a aproveitar o momento, já que vai mesmo haver copa, é algo como dizer a um filho: - "Júnior, você não deveria ter roubado este aparelho de som, mas já que roubou, vamos ouvir musica e promover uma festa".

De que valeria o "conselho"?

Em minha visão não temos o que festejar neste momento que o País vive uma corrupção sem precedentes na historia, mas sim o que lamentar.

Temos motivos de sobra para chorar, motivos inúmeros para nos manifestar contra tudo isto que estamos vendo, vivendo e sofrendo. Não para “correr inocentemente” atrás de uma bolinha lançada em gramado superfaturado.

Senhor Diniz, sabemos que a corrupção é a forma mais cruel de crime, uma vez que subtrai violentamente do pobre, para dar ao rico.

Corruptos e corruptores são verdadeiros Robin Hood às avessas.

A classe privilegiada, em que, felizmente, me incluo, porém não no seu nível de competência, capacidade, energia, produtividade, inteligência, e patrimônio, tem algum conforto.

Ela conta com equipe própria de segurança e proteção, tem acesso à educação de qualidade em escolas particulares e no exterior, desfruta de transporte digno tais como veículos blindados com motoristas ou, no seu caso, helicóptero, possui moradia digna e cuida de sua saúde em hospitais de primeiro mundo. (Einstein, Sírio, ou mesmo no hemisfério norte).

Acontece, senhor Diniz, que isto ocorre porque nós, empresários, temos como nos defender dos impostos, absurdos, uma vez que os incrementamos no preço final de nossos produtos.

No entanto, os assalariados, trabalhadores de carteiras assinadas, que se matam no calor de suas moradas sem lajes, que madrugam para esperar por um ônibus mal cuidado, que se espremem nas filas, que vêm suas esposas e filhas assediadas, desrespeitadas e espremidas neste imundo transporte público, que deixam seus filhos em casa sem segurança e sem escola, que assistem à  morte de seus pais abandonados nos corredores dos hospitais públicos sem nada poder fazer,  estes sim, são aqueles que, na verdade, pagam com seus sofrimento toda esta conta de um governo absurdamente caro.

Pois todos nós pagamos impostos quando compramos e pegamos nossos produtos nas prateleiras.

Toda a população paga igualmente, todo o imposto está inserido ali.

Ou a empresa iria à falência, claro!

Alguém tem que pagar a conta, e é a maioria que paga ao comprar uma lata de óleo e pagar duas, uma para o próprio consumo e outra para o governo, mas que vai para os governantes.

Tenho pena de ver centenas de mães que, nos caixas de supermercados, são obrigadas a negar um saquinho de gomas às suas crianças porque não lhes sobram recursos para mais esta compra.

Tenho pena de toda este gente humilde que, sem o saber, desperdiça metade de seus insuficientes salários na forma de tributo a ser dilapidado por uma gentalha que se farta.

Esta gente sofrida, senhor Diniz, merece nossa compaixão e nosso respeito. Não nossas mentiras ao mundo através de uma comemoração pífia, vazia, sem sentido e sem significado real.

Desculpe-me a sinceridade, empresário Abílio Diniz, mas o senhor está sendo simplório e, sem que talvez o sinta, até mesmo malvado.

Em honra a esta gente humilde e em respeito à minha dignidade eu me recuso terminantemente a "aproveitar esta oportunidade" para mentir ao mundo e tirar proveito próprio de toda esta indecência.

Eu estou de luto porque estão matando minha gente e meu País.

Vou seguir sua recomendação e cantar sim, “sou brasileiro, com muito orgulho com muito amor”.

Com o orgulho de saber que não estarei contribuindo para fechar os olhos de nossa gente distraindo-os com futilidade.

E com o amor que me leva a respeitar os meus compatriotas que vejo extorquidos impiedosamente por governantes cruéis e desonestos.

O senhor é um empresário de sucesso e respeito. Homem influente. Por favor, peço-lhe que reflita, visando agir não apenas como um grande empresário, bom anfitrião e ótimo negociador, mas que procure servir a seu país nesta hora, como parte integrante da maioria.

Procure tirar um pouquinho os olhos de seu conforto e se apiede dos injustiçados, afinal, somos todos iguais e irmãos no amor.

Os estrangeiros irão entender nossa indignação, talvez parar de rir de nossa gente e quem sabe, até mesmo, passar nos respeitar como Nação.

Não tenho a honra de possuir seu contato direto, porém espero que esta mensagem lhe chegue, o faça refletir e a agir com a retidão que lhe é peculiar e que o momento exige.

A bola está quadrada sim, Sr. Diniz.

Não irei chuta-la...

Não vai rolar!

Sinceramente;

03 de junho de 2014
John Simão é Brasileiro, engenheiro e empresário em São Paulo, SP 

O QUE MAIS PRECISAMOS SABER OU DIZER?

 

Caros amigos: Quem não sabe que a situação do Brasil, em todos os campos do poder, é muito ruim, caminhando para o caos? Quem não sabe que o mau exemplo das autoridades, particularmente das autoridades governamentais, estimula a desordem, a desobediência e a indisciplina?

Qual é a novidade em dizer que a proximidade da Copa do Mundo - enlameada por mazelas, malfeitos e roubalheira - e a certeza da impunidade estimulam o oportunismo de classes, grupos, movimentos, sindicatos e até de instituições que impõem à Nação a condição de refém e estabelecem como resgate o atendimento de seus interesses corporativos, justos ou não?

Quem, no mundo, ainda não sabe que a Cavalaria da Polícia Militar da Capital Federal foi recebida a flechadas e a golpes de borduna por índios amotinados da tribo dos ridículos, patrocinados pelas ONG que se apoderam da Amazônia e de suas riquezas sob a custódia da ONU e a conivência de políticos e diplomatas brasileiros?

O que mais falar sobre a situação da outrora rica, pujante e orgulhosa Petrobras, hoje pobre, depauperada e desmoralizada? O que resta falar sobre Pasadena e Abreu e Lima? Quem ainda não sabe que foram e ainda são péssimos negócios para a empresa e falcatruas para encher, descaradamente, os bolsos da “corruPTralha” e seus aliados, dentro e fora do Brasil?

Quem ainda não se deu conta da manobra da “base aliada” no Congresso para “melar” a CPI e a CPMI instauradas para investigar as causas e as responsabilidades pela queda de mais de 50% do valor de mercado da Empresa Brasileira de Petróleo? Só não sente nojo quem é causa da nojeira ou não tem mais estômago!

Dizer mais o quê sobre a falência da saúde pública e o engodo do “mais médicos”? O que mais comentar, denunciar e lamentar sobre a péssima qualidade do ensino público no Brasil, em todos os níveis?

Quem ainda não tomou conhecimento de que mais de 50 mil brasileiros são assassinados por ano, ou que a lei do desarmamento dos cidadãos de bem estimula o alargamento desse número? Quem ainda não sabe que para a Comissão Nacional da Verdade e suas congêneres esses 50 mil não têm nenhum significado?

Quem não sabe que a incompetência e a desonestidade campeiam no governo e que a inflação está sendo escamoteada e reprimida para enganar os trouxas que ainda pensam em votar no PT?

Quem não põe em dúvida a lisura com que se desenrolará a apuração das eleições de outubro, quando a Justiça Eleitoral, entregue aos cuidados de um Juiz petista, insiste em não agregar à auditagem do resultado final a simples impressão do voto?

O que mais falta dizer sobre a importância do “endireitamento do rumo sinistro" que tem sido dado à Nação, haja vista a novíssima Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS) a serem impostos, goelas abaixo, por decreto da Governanta?

O que mais precisamos saber ou dizer?

A Nação está ciente de tudo isto e de muito mais, resta saber é se está ou não conivente e contente com a situação em que vive e com o futuro que lhe reserva o atual governo!

Em outubro, apesar das urnas, saberemos...

03 de junho de 2014
Paulo Chagas é General, na reserva.

FALSO PARTIDO

 
 

O PT não age como um partido político regular; movem-no outros interesses. É um núcleo onde se concentram cabeças comprometidas com o processo de sufocamento do Estado, pelo método da falência moral das instituições fundamentais que o sustentam: a Família, a Escola, a Igreja.
Esses três pilares já estão minados nas suas bases, sem que pais, professores e sacerdotes saiam na defesa de suas fundações. A acomodação é gêmea da covardia.
Não há como negar que esse suposto partido seja um centro onde se desenvolvem e se determinam maquiavélicas medidas de prostituição dos Órgãos que dinamizam a vida do País, como obstáculos a seu natural avanço em direção aos planos intelectual, ético, tecnológico e científico, forçando-o a manter-se no marasmo de um gigante apedeuta.
A demolição do Estado, por vias do esfacelamento institucional, torna-se aparente paradoxo, quando se sabe que o objetivo é centralizar nas mãos desse núcleo o poder absoluto, tendo em vista que a velha ideologia de esquerda se aliou à filosofia de fragmentação do Sistema para consolidar a concentração do poder. Jacques Derrida* não me deixa mentir.
Temos que nos lembrar de que o PT já pôs em execução, como norma legal do partido, a anarquia, que institui a negação de qualquer princípio de autoridade, principalmente, o referente às Forças de Segurança.
É no seio da filosofia da negação dos valores; da Constituição; da hierarquia; mas, pela manutenção da impunidade; do código penal em desacordo com o alto grau de delinquência, e da permissividade dos atos de vandalismo, que foram criadas as diretrizes desse centro antinacional para a tomada do poder. Portanto, o paradoxo não existe.
A prática dos ‘cubanoides’ contra a Nação brasileira, apesar de conhecida, tenta, pela reiteração de seus atos, de suas mentiras, fazer crer à população soterrada de benesses populistas que, se há repetição, há verdade. Prática alimentada pela ‘oposição’ prevaricadora.
Para quem vive da produção de filhos, mantendo-se à custa do contribuinte, de posse de um cartão social com o nome fantasia de “bolsa-família”, desde que não tenha que ir à luta para devolver aos cofres públicos o que foi desviado do coletivo para favorecê-lo, pouco importa de que lado esteja a verdade dos fatos.
Foco de traidores; de corrupção da linguagem, marca do travamento intelectual de seus agentes; de repúdio às datas magnas; do apagamento de qualquer vestígio de ligação ao passado, remoto ou recente; esse centro deve ser destruído nas suas bases como um dever que cabe a todo brasileiro digno que não se deixou contaminar pelos excrementos doutrinários e filosóficos dessa máfia de escroques sadomasoquistas.
É dever de todos os que estejam enquadrados nessa faixa de conscientização política e de respeito ao País, unirem-se em favor desta Pátria já nos últimos estertores.
O PT não é um partido, é um centro de manipulação de consciências que torna inviável a salvação da geração que está chegando, por encontrar não um País que a acolherá, mas um território devastado pela corrupção, doença inoculada no Estado, sem ainda um antídoto eficaz, mas conhecida como meritocracia petista.
*Filósofo desconstrutivista, idos de 1960.

03 de junho de 2014
Aileda de Mattos Oliveira é Doutora em Língua Portuguesa e membro da Academia Brasileira de Defesa.

SER DE ESQUERDA É BOM... EM PARIS!

 

Assim fica mais fácil defender o socialismo igualitário, não é mesmo? Enquanto o brasileiro deve ir de jegue para o estádio, pois metrô na porta é “babaquice”, segundo o ex-presidente Lula, camarada de Chico Buarque, o próprio prefere ver os jogos do conforto de Paris.

E que conforto! Aproveita para ir a um tradicional e sofisticado café local, que como tudo que é tradicional e bom, custa caro. Segundo um crítico, o café não sai por menos de 5,60 euros (quase R$ 17), e um pequeno copo de suco de laranja fica pela bagatela de 7,20 euros (quase R$ 22). É para quem pode, não para quem quer.

Sou o primeiro a defender o direito de os ricos usufruírem suas fortunas como lhes aprouver, especialmente quando é dinheiro honesto, ganho no livre mercado por mérito próprio. Mas convenhamos: quando se trata de um socialista que prega a igualdade, condena o capitalismo e a ganância individual, e chega a elogiar o modelo cubano, e cuja fortuna em parte se deve a benesses estatais, aí fica um pouco diferente, diria até um tanto hipócrita, não é verdade?

Sim, Paris é uma festa. Para alguns, incluindo nossos artistas socialistas. Só “acho” que não vão querer deixar 75% de seus polpudos ganhos com direitos autorais nas mãos do governo socialista de Hollande. Ah, isso eu duvido!

03 de junho de 2014
Rodrigo Constantino é Economista.

O TERROR COMUNISTA - FINAL

 

 
Em 29 de janeiro de 1937, em Moscou, 13 supostos membros de uma conspiração trotskista foram condenados à morte e 200 mil pessoas, deslumbradas pela propaganda da luta de Stalin contra o terror, reuniram-se na Praça Vermelha, apesar da temperatura de -27 graus Celsius, carregando estandartes que diziam: "O veredicto da corte é o veredicto do povo". Kruschev falou para a massa, denunciando o "Judas Trotsky", expressão que implicava fortemente que Stalin era o Jesus metafórico. "Ao erguer a mão contra o camarada Stalin", disse Kruschev à multidão, "eles levantaram a mão contra tudo que há de melhor na humanidade, porque Stalin é esperança (...). Stalin é nossa bandeira. Stalin é nossa vontade. Stalin é nossa vitória" .
Nikita Kruschev, como se sabe, posteriormente, em fevereiro de 1956, no XX Congresso do PCUS condenou por seus crimes o kamarada Stalin, que assim, 19 anos depois, não era mais "a nossa bandeira, a esperança, a nossa vontade e a nossa vitória".

A regra no mundo de Stalin era a de que, quando um homem caía, todos os que tinham ligação com ele, fossem amigos, amantes ou protegidos, cairiam junto. Seu cunhado e seu sogro foram fuzilados. Sua esposa, sua irmã e seus pais foram exilados.
Nas Forças Armadas o terror atingiu três dos cinco marechais, quinze dos dezesseis comandantes de Unidades e os dezessete comissários políticos. Todos foram fuzilados. Eles não foram mortos pelo que haviam feito, mas pelo que poderiam fazer. Ou seja, foram mortos por uma traição em potencial.

Politburo nem especificava os nomes. Simplesmente fixava cotas de morte aos milhares. Em 2 de julho de 1937, o Politburo ordenou que os secretários locais prendessem e fuzilassem "os elementos anti-soviéticos mais hostis", que deveriam ser sentenciados por troikas, tribunais de três homens que incluíam usualmente o secretário do partido, o Procurador e o chefe local do NKVD. Os "elementos anti-soviéticos mais hostis" eram apontados pelo secretário do partido na região.

O objetivo era "acabar de uma vez por todas" com todos os inimigos e com aqueles impossíveis de educar no socialismo, de modo a acelerar o desaparecimento das barreiras de classe e, portanto, a instauração do paraíso para as massas. Essa solução final era um massacre que fazia sentido em termos da fé e do idealismo do bolchevismo, que era uma religião baseada na destruição sistemática das classes. O princípio de ordenar o assassinato como cotas industriais do Plano Qüinqüenal era, portanto, natural. Os detalhes não importavam: se a destruição dos judeus por Hitler foi um genocídio, então aquilo foi um democídio (*), a luta de classes se transformando em canibalismo.

A 30 de julho de 1937, Iejov, chefe do NKVD, encaminhou a Ordem 00447 ao Politburo propondo que, entre 5 e 15 de agosto, as regiões deveriam receber cotas para duas categorias: Categoria Um, fuzilamento; Categoria Dois, deportação. Sugeriu que 72.950 deveriam ser fuzilados e 259.450 presos. Não havia como deixar de cumprir uma sugestão do NKVD confirmada pelo Politburo do partido. As regiões deveriam apresentar mais listas. As famílias dessas pessoas deveriam ser também deportadas.

Politburo confirmou essa Ordem no dia seguinte.

Não demorou para que esse moedor de carne adquirisse tal impulso que, conforme a caça às bruxas se aproximava de seu auge e os ciúmes e as ambições locais se atiçavam, cada vez mais gente era jogada no moedor.

As cotas foram logo cumpridas pelas regiões que pediram então números maiores: entre 28 de agosto e 15 de dezembro, o Politburo concordou com o fuzilamento de outras 22.500 pessoas e, depois, com mais 48 mil. As regiões estavam matando rápido demais: Nikita Kruschev, líder de Moscou, ordenou efetivamente o fuzilamento de 55.741 funcionários, mais do que estipulava a cota original do Politburo, que era de apenas 50 mil. Em 10 de julho de 1937, Kruschev escreveu a Stalin pedindo o fuzilamento de 2 mil ex-kulaks, a fim de cumprir sua cota. Os arquivos do NKVD mostram-no dando entrada em muitos documentos propondo prisões. Na primavera de 1938, ele já supervisionara a prisão de 35 dos 38 secretários provinciais e municipais, o que dá uma idéia do moedor de carne. Kruschev, uma vez que estava em Moscou, levava as listas diretamente a Stalin. "Não pode haver tantos!", exclamou Stalin, certa vez. "Na verdade, há mais", retrucou Kruschev. "Você não pode imaginar quantos existem". A seguir, a cidade de Stalinabad recebeu uma cota de 6.277 para fuzilar, mas executou 13.259.

grande terror, todavia, foi diferente dos crimes de Hitler que destruíram sistematicamente um alvo limitado: judeus e ciganos. Na Rússia, ao contrário, a morte era aleatória: o comentário esquecido há muito tempo, o flerte com a oposição, a inveja do emprego, da mulher ou da casa de outro homem. Vingança ou simplesmente pura coincidência causaram a morte de famílias inteiras. Isso pouco importava: "Melhor ir longe demais do que não ir longe o suficiente", disse o chefe do NKVD, Iejov, aos seus homens, enquanto a cota original de prisões da Ordem 00447 inflava para 767.307 prisões e 386.798 execuções.

Ao mesmo tempo, Iejov atacava contingentes nacionais, ou seja, a execução por nacionalidades, contra poloneses e alemães que viviam na Rússia, entre outros. Em 11 de agosto, ele assinou a Ordem 00485, para liquidar "diversionistas e grupos de espionagem poloneses", Ordem que consumiria a maior parte do Partido Comunista Polonês, a maioria dos poloneses no interior da liderança bolchevique, qualquer um que tivesse "contatos consulares" ou sociais e, é claro, também suas esposas e filhos. Cerca de 350 mil pessoas (das quais 144 mil poloneses) foram presas nessa operação, com 247.137 fuzilados (110 mil poloneses). Um minigenocídio. Poloneses foram os mais atingidos mas a operação incluiu a deportação de curdos, gregos, finlandeses, estonianos, letões, chineses e romenos. Na Mongólia, o NKVD fuzilou 6.311 padres, lordes e funcionários comunistas, cerca de 4% de sua população.
"Batam, destruam sem escolher!", ordenou Iejov a seus capangas. Aqueles que mostravam "inércia operacional" na prisão de "formações contrarrevolucionárias dentro e fora do partido", seriam eles mesmos destruídos mas a maioria da capangada tentava ultrapassar uns aos outros com relatórios com números gigantescos de pessoas presas. Iejov chegou a especificar que "se, durante a operação, umas mil pessoas a mais forem fuziladas, não é um grande problema". Uma vez que Stalin e Iejov aumentavam constantemente as cotas, uns mil a mais aqui e ali eram inevitáveis...

Uma vez iniciado o massacre, Stalin quase sumiu da vida pública, aparecendo apenas para saudar crianças e delegações. Espalhou-se o rumor de que ele não sabia de nada (no Brasil também existiu um governante que não sabia de nada).

Em 1937 falou em público apenas duas vezes e em 1938 apenas uma. Stalin era o mentor, mas não estava sozinho. Com efeito, não é correto e nem útil pôr a culpa do terror em um único homem, uma vez que o assassinato sistemático começou logo depois de Lênin ter assumido o poder, em 1917, e só parou depois da morte de Stalin. Aquele era um "sistema social baseado no derramamento de sangue". O terror, assim, não foi apenas uma conseqüência da monstruosidade de Stalin, mas com certeza se formou, expandiu e acelerou graças ao seu caráter peculiarmente dominador, refletindo seu rancor e seu espírito vingativo. "A maior delícia", disse Stalin a Kamenev - um dos que não escaparia do moedor de carne - "é marcar o inimigo, preparar tudo, vingar-se por completo e depois ir dormir".

Enquanto as regiões cumpriam suas cotas anônimas, Stalin também matava milhares que conhecia bem. Em um ano e meio, 5 dos 15 membros do Politburo, 98 dos 139 membros do Comitê Central e 1.108 dos 1.966 delegados do XVII Congresso foram presos. Iejov entregou ao Politburo 383 listas específicas dessas vítimas, com o pedido: "Peço sanção ao Politburo para condená-los todos dentro da Primeira Categoria".
 
Foi isso que diferenciou Lênin de Stalin: Lênin matou todos os seus inimigos; Stalin matou os inimigos e os amigos.

A maioria das listas foi assinada por Stalin, Molotov, Kaganovitch e Vorochilov. No dia 12 de dezembro de 1938, por exemplo, Stalin e Molotov assinaram 3.167 execuções. Em geral, escreviam simplesmente: "A favor". Molotov admitiu: "Assinei a maioria - na verdade, todas - listas de prisão. Debatemos e tomamos uma decisão. A pressa dominava. Seria impossível entrar em todos os detalhes? (...) Às vezes, gente inocente era presa. É óbvio que um ou dois em cada dez eram presos erradamente, mas o resto está certo". Como disse Stalin: "É melhor uma cabeça inocente a menos do que hesitações numa guerra". Kaganovitch lembrava o frenesi da época: "Que emoções!"

A 5 de julho de 1937, o Politburo mandou o NKVD "confinar todas as esposas dos traidores condenados (...) em campos por cinco, oito anos" e tomar sob a proteção do Estado as crianças com menos de quinze anos: 18 mil esposas e 25 mil crianças foram levadas embora. Isso, porém, não foi suficiente. Em 15 de agosto, Iejov decretou que as crianças entre um e três anos de idade seriam confinadas em orfanatos, mas "crianças socialmente perigosas, com idade entre três e quinze anos, poderiam ser aprisionadas, dependendo do grau de perigo". Quase um milhão dessas crianças foi criada em orfanatos e, com freqüência, não viram suas mães durante vinte anos. Tudo isso atingiu um clímax quando sessenta crianças com idades entre dez e doze anos foram acusadas de formar "um grupo contrarrevolucionário terrorista" e ficaram presas durante oito meses.

Em 8 de outubro de 1938, uma comissão do Politburo denunciou "erros muito graves no trabalho dos órgãos do NKVD" (trabalhos que ele, Politiburo, sempre convalidou) As troikas mortíferas que alimentavam o moedor de carne foram dissolvidas. Iejov, renunciou à chefia do NKVD em 23 de novembro de 1938, permanecendo, no entanto, como Comissário do Transporte de Água e membro candidato ao Politburo.

Dois dias depois, em 25 de novembro, Laurenti Beria, a quem Stalin apelidou de "Promotor", foi nomeado chefe do NKVD, trazendo seus capangas georgianos para Moscou. Nessa mesma data, Stalin e Molotov assinalaram o fuzilamento de 3.176 pessoas. Estiveram, portanto, muito ocupados.

Beria logo começou a trabalhar. Entre 24 de fevereiro e 16 de março de 1939, comandou a execução de 439 prisioneiros importantes, entre os quais o marechal Iegórov e os ex-membros do Politburo Kosior, Póstichev e Tchubar. Quando dessa execução, ele já estava morando na datcha de Tchubar.

Finalmente, em 10 de março de 1939, os 1.900 delegados ao XVIII Congresso se reuniram para declarar o fim de uma carnificina que fora um sucesso, ainda que levemente prejudicada pelos excessos maníacos de Iejov. Nesse Congresso, Nikita Kruschev tornou-se membro do Politburo, enquanto Beria era eleito candidato a ele. Essa liderança governou o país por toda a década seguinte sem nenhuma baixa. Afinal, o Congresso não havia declarado o fim da carnificina?

A morte de Stalin, em 8 de março de 1953, provocou consternação nacional. O novo grupo de dirigentes que assumiu o poder - Malenkov, Molotov, Bulganin e Kruschev - tratou logo de dar um fim em Laurenti Beria, o policial-chefe de Stalin, determinando sua prisão e o pronto fuzilamento, o que ocorreu em setembro de 1953.

Três anos depois, em fevereiro de 1956, no XX Congresso do PCUS, Kruschev lançaria as suas famosas denúncias contra Stalin, indicando que a nova sociedade soviética, dos engenheiros, dos técnicos, dos intelectuais, dos trabalhadores qualificados, do satélite e da bomba atômica, não mais podia conviver com as práticas estigmatizadas que Stalin deixara como herança. Mais tarde, Kruschev iria admitir que a era Stalin "deixou todos com sangue até os cotovelos".

A verdade é que o grande terror não teria acontecido sem Stalin. Contudo, ele também refletiu os ódios provincianos da incestuosa seita bolchevique, em que os crimes fervilhavam desde muito antes, desde os anos de exílio e guerra. A responsabilidade, no entanto, ficaria com as centenas de funcionários - os capangas de Iejov e, depois, de Béria - que ordenaram o perpetraram as mortes. Stalin e seus assessores mataram com entusiasmo, inconseqüência, quase com alegria e, em geral, assassinaram mais do que lhes foi pedido. Ninguém jamais foi processado por esses crimes, mesmo depois do desmonte do socialismo real e do desaparecimento da União Soviética.

A matéria acima é um resumo das páginas 245 a 269 do livro "Stalin, a Corte do Czar Vermelho", Simon Sebag Montefiore, editora Companhia das Letras, 2003.
(*) Democidio é um termo criado pelo investigador político R. J. Rummel com a intenção de criar um conceito mais amplo que a definição legal de genocidio. O democídio se define como o assassinato de qualquer pessoa ou pessoas por parte de um governo, incluindo genocidio, assassinatos políticos e assassinatos massivos.

03 de junho de 2014
Carlos I. S. Azambuja é Historiador. 

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Humor reeleitoral fica afetado por 1/5 das famílias com mais da metade da renda comprometida com dívidas

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Os Partidários da Trambicagem têm um motivo tão ou mais consistente que os efeitos colaterais da aposentadoria do Super Joaquim Barbosa para aumentar significativamente o risco de derrota reeleitoral de Dilma Rousseff. Os números confirmam que o pirão de economia desandou, e a mexida no bolso da população tende a comprometer o desempenho da Presidenta nas dogmáticas urnas eletrônicas sem direito à conferência de voto por amostragem.

Cada vez que o Banco Central do Brasil aumenta (ou mantém nos estratosféricos 11%) a Taxa Selic, as famílias gastam muito mais com o pagamento de juros. Só nos primeiros quatro meses do ano, os brasileiros jogaram fora (contribuíram, compulsoriamente, para os lucros recordes dos bancos) R$ 87,9 bilhões só com a usura. Pelos números de março, divulgados ontem pelo BC do B, 21,37% da renda das famílias está comprometida com dívidas – que tendem a se tornar impagáveis, em curto e médio prazos.

Pior que a numerologia do BC do B é a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgada ontem. O estudo indica que um quinto das famílias revelou ter mais de 50% de suas rendas comprometidas com dívidas. A amostragem é realizada mensalmente com 18 mil pessoas em todas as capitais do Brasil.

Nem dá para comemorar o drible que os brasileiros tentam dar na alta da taxa Selic, recorrendo mais ao crédito consignado, que tem juros menos altos (em torno de 25,3% ao ano). As dívidas dos correntistas no cheque especial cresceram 7,4%. A extorsiva taxa anual paga nesta modalidade chega a 161,8% ao ano. Esta é a turma de encalacrados que anda meia PT da vida com o desgoverno Dilma e sua desastrada condução da economia, com aumentos do desperdício com dinheiro público e com medidas que provocam a alta real do custo de vida, gerando a famigerada inflação.

Outros números do caos

Nos quatro primeiros meses deste ano, o governo informou que recebeu R$ 8,23 bilhões em dividendos de estatais, contra R$ 1 bilhão em igual período de 2013.

Sem os R$ 7,22 bilhões a mais em dividendos, que equivalem a um incremento de 716% frente aos quatro primeiros meses do ano passado, a meta fiscal próxima de R$ 28 bilhões não teria sido atingida.

Ou seja, os acionistas minoritários (ou, como alguns pejorativamente chamam, “minorotários”) de empresas estatais de economia mista são os grandes lesados do capimunismo petralha que assalta o Brasil, junto com a fúria especulativa e improdutiva da banqueiragem.

Saideira

O Alerta Total insiste: a nada surpreendente aposentadoria de Joaquim Barbosa, da Presidência e do emprego vitalício no Supremo Tribunal Federal, terá impactos altamente negativos sobre a campanha reeleitoral do PT.

Assim que Ricardo Lewandowski assumir, mandará soltar os mensaleiros, e esta noção imagética de impunidade representará um altíssimo desgaste para o partido.

Além disso, Barbosa de palestrante franco-atirador vai alvejar a petralhada mais que índio doido nos protestos contra a Copa do Jegue.

Balança, mas não cai?

Barbosa pode ser o fiel da balança na eleição, pois deve tirar o time após a Copa ou perto do final do torneio, até o meio de julho.

Se Barbosa resolver apoiar algum candidato, principalmente no segundo turno, vai ferrar o PT.

Mesmo que assuma uma pretensa neutralidade, a imagem consolidada de Barbosa como o super herói inimigo supremo da petralhada já causa um baita estrago na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff.

Vai falar?

Será que Dilma Rousseff manterá o segredo sobre o teor da conversa privada que teve, por 15 minutos, com Joaquim Barbosa, no Palácio do Planalto?

Barbosa teria pedido que a Presidenta mantivesse reserva sobre os assuntos tratados por ambos.

O certo é que Dilma foi a primeira a saber, oficialmente, da própria boca do Barbosa, sobre sua saideira do STF...

Em família


Leia a primeira Edição de ontem do Alerta Total: Efeito do Medinho: Grandes advogados quedefendem petralhas ameaçam abandonar o PTitanic

Pura falsidade

Renan Calheiros, com o lamento sobre a saída do Barbosão, merece um Oscar de efeitos especiais:

“Sentimos muito porque é uma das melhores personalidades do país. Estamos muito tristes”.

Será que o próprio Cabeleira acreditou no que ele mesmo falou?

Igual, porém diferente...

De um senador, muito malvado, da oposição, comentando a irônica declaração de Joaquim Barbosa de que, com a aposentadoria, vai fazer que nem Lula: dar palestras mundo afora:

“Tomara que o Barbosa apenas dê palestras e, justamente, não faça que nem o Lula, fazendo outras coisas além disso”.

Restauração


Interpretação

De um veterano analista de segurança sobre a aposentadoria do Super Barbosa:

"Sutilmente manda os adversários à PQP, preserva-se como figura de autoridade moral visualizada interna e externamente para, eventualmente, ser lembrado para servir a Pátria em previsíveis  conjunturas da Nação ameaçada em sua Paz Social."

Medo do Romário

O ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB) teve um motivo muito forte para desistir de concorrer ao Senado.

Pesquisas indicavam que Cabralzinho tomaria uma goleada, nas urnas, do seu ex-ídolo futebolístico Romário.

Franco favorito agora para uma vaga ao Senado, o Baixinho também é favorito para tirar o lugar de Eduardo Paes na Prefeitura do Rio, na próxima eleição.

E tem mais: Romário seria hoje o único nome capaz de derrotar Antony Garotinho na disputa pelo Palácio Guanabara...

Branca na Preta

Data venha

O clima de violência nas grandes cidades é assustador e todo paulistano tem medo de assaltos no Morumbi.

O que deveria ser indagado é: por que a ex-mulher e a filha do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que foram vítimas de uma tentativa de assalto anteontem, contam com a mordomia de uma segurança particular feita com dinheiro público, pela Polícia Federal, e os reles mortais que moram no Morumbi não têm o mesmo privilégio?

Aliás, por que o excesso de pretensa segurança para as tais autoridades, enquanto falta segurança para o resto da população?

A Batalha Final


Significado do avião


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

03 de junho de 2914
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.