"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

AOS AMIGOS PETISTAS

Petistas inteligentes sabem que o sonho acabou, ‘game over’, zé fini, pelo baixo nível e alta voracidade dos seus quadros

Nunca perdi um amigo por causa de política. Tenho vários amigos petistas que merecem meu afeto e respeito, alguns até minha admiração, e convivemos bem porque quase nunca falamos de política, talvez por termos assuntos mais interessantes a conversar. Mas agora o assunto é inevitável. E eles estão mais decepcionados do que eu.

Também tenho amigos tucanos, comunistas, conservadores, não meço a qualidade das pessoas pelo seu time, religião ou suas crenças políticas, em que sonhos, idealismo e equívocos se misturam com ambição, desonestidade e incompetência para provocar monstruosas perdas de vidas, dignidade e dinheiro ao coitado do povo que todos eles dizem amar.

O PT está caindo aos pedaços, depois de 13 anos no poder, com grandes conquistas e imensos desastres, mas a perspectiva de ser governado pelo PMDB ou pelo PSDB não é animadora. Claro que há gente decente e competente nos dois partidos, mas a maioria de seus quadros e dirigentes não é melhor do que os piores petistas, e vice-versa.

Chegamos finalmente ao “nós contra eles” que Lula tanto queria... quando era maioria... e agora se volta contra ele, perseguido como os judeus pelos nazistas e os cristãos pelos romanos... rsrs.

Se não fosse tão arrogante e autoritária, Dilma mereceria pena, porque não é desonesta, mas é mentirosa e sua incompetência nos dá mais prejuízos do que a corrupção. Suas falas tortuosas são a expressão da sua confusão mental.

E se Lula não fosse tão vaidoso e ambicioso, tão irresponsável e inescrupuloso, não teria jogado a sua história na lama por achar que está acima do bem e do mal e que nunca descobririam que ele sempre soube de tudo.

Petistas inteligentes e informados sabem que o sonho acabou, game over, zé fini, não por uma conspiração da CIA, dos coxinhas ou da imprensa golpista, mas pelos seus próprios erros, pelo baixo nível e alta voracidade dos seus quadros, pela ganância e incompetência que nos levaram ao lodaçal onde chafurdamos.

É triste, amigos petistas, o sonho virou pesadelo, mas não foi a direita que venceu, foi o partido que se perdeu. O medo está dando de 7 a 1 na esperança.


10 de agosto de 2015
Nelson Motta, O Globo

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Dilma afunda mais depressa se Lula virar ministro



Se Dilma Rousseff cometer o desatino fatal de nomear Lula para algum ministério vai ser mandada para o esgoto da História, sem direito a tratamento. A eventual nomeação de Lula, especulação absurda que vem sendo tratada pela mídia amestrada como um fato sério, funcionaria como uma confissão antecipada de culpa. Se embarcar nesta furada, Dilma vai afundar mais rápido que o PTitanic...

Não vai colar a desculpa (esfarrapada) de que Lula iria ajudar a resolver a crise, rearticulando o governo e a base amestrada no Congresso (sem lhes pagar alguns mensalões?). Lula, que é uma das figuras mais poderosas e blindadas do Brasil, deve estar muito fragilizado psicologicamente para jogar no lixo o que seria o teórico simbolismo do Presidente da República (coisa que não existe por aqui) em troca de um nada seguro e absurdo direito a foro privilegiado, para eventuais acertos de contas com o judiciário. Lula, ministro de qualquer coisa, é uma piada de brasileiro.

Agora, vamos tratar de coisa séria! A quem pertence o mandado do Presidente da República? Ao mandatário escolhido pelo povo? Ou ao povo que o elege? No Brasil, de presidencialismo imperial, com abusivos poderes estatais capimunistas, a resposta é sempre a errada. Os eleitos sempre acham que estão acima do cidadão. No entanto, no correto raciocínio constitucional, a partir do Poder Instituinte, que deveria definir as regras do jogo democrático (a segurança do Direito), o povo é o dono do mandato presidencial.

Nossos Presidentes não pensam corretamente. Nossa Presidenta exagera na dose. Batendo recordes de impopularidade, porque demonstra ser incapaz de conduzir a coisa pública com competência, seriedade e honestidade objetiva, Dilma perdeu a legitimidade para continuar no poder. Assim, na democradura tupiniquim, um sistema que tem apenas cacoetes pretensamente democráticos, no qual o Estado interfere exageradamente na vida dos cidadãos e na atividade econômica, somos obrigados a assistir a patética cena de uma mandatária vociferando que aguenta pressão, que não vai cair, nem renunciar, embora tenha perdido a governabilidade.

Os políticos fingem não constatar que a principal crise brasileira é estrutural. Ela é a mãe das outras crises: política, econômica e moral. Por isso, não basta discutir se é preciso tirar Dilma do poder, por qualquer modo que seja: impeachment, anulação eleitoral, renúncia forçada ou algum golpismo. A meta real deveria ser uma intervenção constitucional, com prazo determinado, para mudar a estrutura estatal tupiniquim, a fim de que o Estado sirva à sociedade - e não mais se sirva dela. É o único jeito de fazer do Brasil um lugar decente, honesto, justo, democrático e produtivo.

O Alerta Total assina embaixo o que escreveu um dos defensores da Intervenção Constitucional, o jurista Antônio Ribas Paiva: "Temos que optar pelo melhor para a Nação e o Brasil. Não pelo conveniente ou menos traumático. Isto seria manter o regime do crime organizado. Como ocorre desde que o General Leônidas empossou, ilegitimamente, seu amigo José Sarney na Presidência da República. Da ilegitimidade não decorre nada legítimo. A única saída verdadeira seria uma Intervenção Constitucional, com o povo exercendo seu Poder Instituinte".

A tal da Nova República, que já nasceu caduca e ilegítima, esgota-se (no sentido conotativo ou detonativo do verbo). O Brasil necessita de profundas mudanças estruturais. Elas são necessárias e urgentes não só para nós. Trata-se de uma demanda mundial. A implantação de uma democracia saudável brasileira é crucial para o equilíbrio político e econômico do planeta. O agravamento de uma crise, que cause desestruturação do País, não interessa aos poderes globalitários. Uma ruptura institucional, perto da qual estamos, tem consequências danosas e imprevisíveis, gerando desequilíbrios complicadíssimos que ameaçam a segurança e a paz na Terra.  

  
Por tudo isso, pouco adianta a "agonizanta" Mãe Dilma antecipar, de segunda-feira para às 19 horas deste domingão, no Palácio da Alvorada, a reunião que discutirá a crise política - atrapalhando o Dia dos Pais. A prioridade da reunião é cortar a cabeça de Aloísio Mercadante na Casa Civil. O PMDB deseja a queda dele. Luiz Inácio Lula da Silva, seu ex-amigo, mais ainda. Michel Temer (que está de olho na falida butique de R$ 1,99 da Dilma) comparecerá como "coordenador político do governo" (tarefa que a Dilma sem noção preferiu terceirizar, e por isso e por tantos outros motivos, toma tanta pancada). Se bobear, até Renan Calheiros, a quem Dilma recorreu na hora do extremo desespero, vai participar...

Além de detonar Marcadante, a reunião pode decidir pelo retorno oficial de Lula ao governo. Tudo apenas para lhe conceder foro privilegiado, sob o pretexto de que ele pode colaborar para a governabilidade atuando mais próximo da Dilma. Se tal insanidade for cometida, o desgoverno assina sua sentença de morte, com direito a publicação no Diário Oficial da União. Lula no Ministério da Defesa (dele mesmo?) ou nas Relações Exteriores (para fazer mais negócios?) é um golpe estúpido.

O panelaço da semana passada tirou Dilma de órbita. A pesquisa sobre sua impopularidade feriu de morte a autoestima dela. Apesar disto, a Presidenta não se emenda. Nem os demais políticos. Todos preferem viver em outra realidade. Por isso, não conseguem soluções para nenhuma crise. Aliás, nem querem resolver nada. Tirando alguma tensão, em função do medo de uma investigação redundar em prisão, todos permanecem na mesma zona - de conforto. Claro, mamando na teta do Estado Capimunista, que leva a sociedade à falência, mas não quebra.

Os banqueiros não deixam. A gastança continua. Os juros sustentam a farra. Ajudam a rolar a impagável dívida pública. O cidadão paga a conta, com mais impostos, taxas, contribuições e usura. A diferença, agora, é que os otários reclamam. Marcamos até um evento no dia 16 de agosto. Até porque manifestação, no Brasil do Carnaval, precisa ser, acima de tudo, uma grande festa. Alguns políticos até vão se preocupar com a gritaria festiva das ruas. Na visão deles, pode reclamar à vontade. Desde que se derrube a Dilma, mas nenhuma mudança radical, estrutural, aconteça...

As crises brasileiras estão longe de solução, embora tudo possa se resolver rapidamente, desde que rompamos com o modelito capimunista-rentista. É possível fazer isto. O problema é que a maioria ainda não tem clareza de que é preciso, antes e acima de tudo, ter vontade de romper com o passado, arrumar o presente e planejar um futuro viável, com juro baixo, muito trabalho produtivo, ensino de qualidade e investimento na base familiar, para formar cidadãos de verdade.

A Elite Moral acordou. Só falta definir a que horas vai sair da cama para trabalhar de verdade. Parar de especular é difícil. Fácil é organizar uma festança como a de domingo que vem. Dilma está convidada a sair. Mas ela não é a causa. É mais uma consequência do modelo equivocado de Nação, com abusos cometidos pelo poder central e sua máquina pública que rasga dinheiro.

Se o Brasil não implantar um sistema federalista de verdade, vai acabar dividido. As diferentes crises estão criando as pré-condições de violência e desprezo democrático para a eclosão de uma guerra civil por aqui. Os militares percebem o fenômeno com apreensão. No entanto, como o tenentismo foi derrotado na guerra ideológica pós-64, as Legiões não vão partir para nenhum tipo de intervenção. A não ser que sejam forçadas a agir, não só por clamor da sociedade, mas porque as crises vão tirar os oficiais da aparente zona de conforto - que tem nada de confortável.

Por enquanto, vamos seguindo em ritmo de agonia festiva. Panelaços e protestos terão reações (provavelmente violentas) de quem não deseja mudanças do status quo. Se a crise econômica se agravar - o que parece uma tendência -, a situação política se deteriora de insuportável para insustentável. Aí, na hora do pega pra capar, tudo pode acontecer. Chegaremos àquele momento do decisivo Fla-Flu - que o imortal Nelson Rodrigues relatou ter ocorrido antes da criação do mundo...

A bola está com o povo. Na marca do pênalti. É gol! Ou mais um chute para fora...O diferente, agora, é que a torcida parece disposta a entrar em campo, porque começou a entender que as regras do jogo nunca estiveram tão erradas e contra toda a galera. O craque $talinácio, que é um especialista em metáforas político-esportivas, sabe que o grande jogo final nunca esteve tão próximo de um desfecho imprevisível ou, na melhor hipótese, nunca antes visto na História (mal contada) deste País...

Uma coisa é certa. O juízo final não vai perdoar quem tirar o time de campo por covardia ou pisar na bola por incompetência... O jogo é jogado... Chega de perder de sete ou cair de quatro... É vencer ou vencer...

Pai Herói


Quem precisa muito comemorar o Dia dos Pais, mesmo que o dela esteja morto, é a mulher mais rica da Venezuela, María Gabriela Chávez.

O Diário Las Américas revela que a filha favorita e primogênita do falecido Hugo Chávez, nascida em 1980, possui nada menos que US$ 4,197 bilhões de dólares em contas correntes em Andorra e nos EUA.

A mocinha supera a fortuna do grande oligarca de comunicação venezuelano Gustavo Cisneros, que só tem US$ 3,6 bilhões - segundo levantamento da Forbes.

Formada em Relações Internacionais (pela Universidade Central de Venezuela) e em Comunicação (pela Universidade Bolivariana de Venezuela), María Gabriela Chávez, desde agosto do ano passado, foi nomeada pelo presidente Nicolas Maduro para ocupar o cargão de"representante permanente alterna de Venezuela ante Naciones Unidas".

Conclusão: Como é bacana viver em um País no qual o Pai, poderoso, consegue ajudar seus filhos a ficarem bilionários...   

Inverdades Secretas


Pronta Entrega


Faroeste Caboclo do Petrolão


Nem o imortal Renato Russo conseguiria compor uma breve história do Petrolão como esta paródia do clássico "Faroeste Caboclo"...

Quem pagou a conta?



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

10 de agosto de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

FRASES PARA GUARDAR: UMAS PARA RIR, OUTRAS PARA CHORAR...




Recentemente, Carlos I. S. Azambuja republicou em três partes uma série de frases. Pedi autorização ao insigne brasileiro para editá-las reunindo-as em blocos. Seguem. (Lúcio Wandeck)

Resumo: Uma série de frases demonstra como o velho ditado "nada como um dia depois do outro" permanece mais adequado do que nunca.

BLOCO 1 - FRASES DO LULA:
“A grande maioria de nossas importações vem de fora do país” (descoberta científica!) (presidente Lula).

- “Eu gostaria de ter estudado latim, assim eu poderia me comunicar melhor com o povo da América Latina” (fantástico!) (presidente Lula).

- “Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos” (gênio!) (presidente Lula)

- “O Holocausto foi um período obsceno na história de nossa Nação. Quer dizer, na história deste século. Mas todos vivemos neste século. Eu não vivi nesse século” (raciocínio surpreendente!) (presidente Lula)

- “Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E essa palavra é estar preparado” (Nobel pra ele, rápido!) (presidente Lula)

- “O futuro será melhor amanhã” (gênio!) (presidente Lula)

- “Nós temos um firme compromisso com a OTAN. Nós fazemos parte dela. Nós temos um firme compromisso com a Europa. Nós fazemos parte da Europa” (coitada da geografia!) (presidente Lula)

- “Um número baixo de votantes é uma indicação de que menos pessoas votaram” (grande!) (presidente Lula)

- “Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possam ocorrer” (coitada da gramática!) (presidente Lula)

- "Para a NASA o espaço ainda é uma alta prioridade" (fenomenal!) (presidente Lula)

- "Não é a poluição que está prejudicando o meio ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso" (a Marina Silva sabe disso?) (presidente Lula)

- "É tempo para a raça humana entrar no sistema solar" (como é que é?) (presidente Lula)

- “Se um cortador de cana tem que trabalhar 60 anos para se aposentar, por que um professor universitário se aposenta com 53?” (presidente Lulaaposentado com 50 anos)

- "Não me pergunte o que é ainda, que eu não sei, e não me pergunte a solução, que eu não a tenho, mas vou encontrar, porque o país precisa crescer" (presidente Lula, em novembro de 2006) (Deixa o homem trabalhar!)

- “Roberto Marinho não faz outra coisa a não ser mentir para o povo” (Lula, em 1987).

- ”O Brasil perde um homem que passou a vida acreditando no Brasil. Como dizia nosso amigo Carlito Maia, tem gente que vem ao mundo a passeio. Tem gente que vem ao mundo a serviço. Roberto Marinho foi um homem que veio ao mundo a serviço. Quase um século de vida de serviços prestados à comunicação, à educação e ao futuro do Brasil. À família, aos amigos e aos funcionários das Organizações Globo, rendo as minhas homenagens póstumas. Declaro três dias de luto oficial”. (presidente Lula, em  2003)

- “E, para nossa felicidade, muitos companheiros que eram militantes de esquerda na década de 80 estão se transformando em governo. Então, nós passamos a ter uma relação privilegiada com presidentes e com ministros que eram militantes, junto conosco, do Foro de São Paulo, tentando encontrar uma saída democrática para a esquerda na América Latina”. (presidenteLula, em 1 de setembro de 2005, na formatura dos novos diplomatas, no Instituto Rio Branco).

- Em 12 de dezembro de 2006, em reunião com a Coordenação de Movimentos Sociais (CUT, MST, UNE, MTST, UBES, CONAM, etc) no Palácio do Planalto, Lula elogiou a obediência na China: “na China é que é bom. Não tem partido, e quando o presidente manda, todo mundo obedece. Aqui, eu mando e nem o PT me obedece” (O Globo, 14 de dezembro de 2006)

-“Naquela época, se houvesse eleição, Médici ganhava. E foi no auge da repressão política mesmo, o que a gente chama de período mais duro do regime militar. A popularidade de Médici no meio da classe trabalhadora era muito grande. Ora por que? Porque era uma época de pleno emprego” (Luiz Inácio Lula da Silva depoimento a Ronaldo Costa Couto, in Memória Viva do Regime Militar).

- “Essas coisas acontecem. A democracia não é só coisa limpa” (Lula, em comício com Humberto Costa, seu ex-Ministro da Saúde, indiciado por corrupção)

- “Se a gente não cumprir, é porque houve fatoresextraterrestres que não permitiram que cumpríssemos” (Lula, renovando promessas para um segundo mandato).

- "Democracia é bom, mas tem hora" (Lula, referindo-se à expulsão de Paulo de Tarso Venceslau, do PT, por ter denunciado corrupção no partido, revista Isto É, 25 de março de 1998).

- "Não sou e nem nunca fui socialista. Como posso ser a favor de um regime no qual quem produzir oito garrafas de cerveja ganhará o mesmo que quem produz dez?" (Lula, revista VEJA, 13 de agosto de 1997).

- "Como meu adversário tem 9 minutos no programa eleitoral e eu apenas 3, ele pode mentir 3 vezes mais" (candidato Lula, JB, 15 de setembro de 1994).

- "O presidente FHC não tem autoridade moral para criticar os que fazem saques no Nordeste, pois é um saqueador profissional (...) FHC é mentiroso e demagogo" (Lula, em Fortaleza/CE O Globo, 6 de maio de 1998).

- "Não tomei Viagra, mas estou com um tesão da porra. Vamos fazer campanha para ganhar" (candidato Lula, 28 de maio de 1998, em Petrolina/PE, O Globo, 29 de maio de 1998).

- "Com uma canetada só, vou resolver o problema da reforma agrária no Brasil" (candidato Lula, Folha de São Paulo, 2 de junho de 1998).

- "Ele (Celso Daniel) se encontrará com Marighela, Guevara, Paulo Freire, Henfil, Betinho, Chico Mendes, Toninho e os sem terra" (Declaração de Lula sobre a morte do prefeito Celso Daniel, jornal Correio do Povo, Porto Alegre, 16 de janeiro de 2002, página 2).

- “Não é um simples comício. É uma aula de pós-graduação de sociologia política” (Lula, no comício em que beijou a mão de Jader Barbalho)

BLOCO 2 - FRASES FILOSÓFICAS DO PRESIDENTE LULA

- "Não é mérito, mas, pela primeira vez na história da República, a República tem um presidente e um vice-presidente que não têm diploma universitário. Possivelmente, se nós tivéssemos, poderíamos fazer muito mais" (Primeira Leitura 13/09/2003 e Radiobrás).

- "Estou vendo aqui companheiros portadores de deficiência física. Estou vendo o Arnaldo Godoy sentado, tentando me olhar, mas ele não pode me olhar porque ele é cego. Estou aqui à tua esquerda, viu, Arnaldo! Agora, você está olhando pra mim..." (Site da Radiobras, 27/06/2003).

- "Há males que vêm para bem". Ao agradecer ao presidente da Rússia pelo apoio que seu país estava dando às investigações do acidente de Alcântara, quando morreram 19 técnicos (Citação reproduzida por vários jornais).

- "Tem lei que pega e tem lei que não pega. Essa do Primeiro Emprego não pegou" (www.estadao.com.br/ext/politica/palavra.htm)

- "Eu sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta.”(falando no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2004 - Radiobrás da data e vários jornais).

 “Um brinde à felicidade do presidente Al Assad". O presidente sírio não se levantou nem ergueu a taça porque os muçulmanos não ingerem bebidas alcoólicas (Tribuna da Imprensa, 4 de dezembro de 2003)

- "Daqui a dois ou três anos possivelmente não estaremos aqui, talvez sejam outros. E nem será o Tony Blair que estará convidando, será outra pessoa". Em reunião de Chefes de Estado em Londres, onde o regime é parlamentarista e o mandato do primeiro-ministro não tem prazo para acabar (O Globo, 15/07/2003 e jornais do mundo inteiro)

- "Um país que constrói um monumento daquela magnitude tem tudo para ser mais desenvolvido do que é atualmente”. Na Índia, referindo-se ao Taj Mahal, em 29 de janeiro de 2004 (Citado por Miriam Leitão, em O Globo de 01/05/2004)

- "O governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil”, na 1ª Conferência Nacional do Esporte, em 17 de junho de 2004 (Folha de São Paulo, 18/07/2004).

- "O Atlântico é apenas um rio caudaloso, de praias de areias brancas, que une os dois países”. Falando no Gabão sobre a aproximação entre o Brasil e aquele país (O Estado de São Paulo, 27 de julho de 2004).

- "O continente sul-americano e o continente árabe (???) não podem mais, no século XXI, ficar à espera de serem descobertos”. Falando na Síria, em 04 de abril de 2004 (Diário de Notícias, 04 de abril de 2004).

- "O Brasil só não faz fronteira com Chile, Equador e Bolívia”. Falando a empresários, em Nova Iorque, no dia 23/06/2004, sem saber que temos 3 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia (Revista Veja, 30 de junho de 2004).

- "Eu fui agora ao Gabão aprender como é que um presidente consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição". Em conversa com o presidente da Costa Rica, Abel Pacheco, 17/08/2004 (Folha On Line, 22 de agosto de 2004).

- “Não tem outro jeito. Se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista é porque ela está com problema. Mas se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, também está com problema“ (Lula, jornal Zero Hora, 12 de dezembro de 2006).

Considerando a reação negativa dos velhos kamaradas, no dia seguinte Lula disse ter falado por “brincadeira”...

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 27 abr 2014 em vários jornais, transcrevendo entrevista à RTP, em Lisboa: “O tempo vai se encarregar de provar, que no mensalão, você teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”, frase imediatamente rebatida por vários ministros do STF.

10 de agosto de 2015
Carlos I.S. Azambuja é Historiador.

RETRATO 3X4 DA ATUAL SITUAÇÃO DA VENEZUELA

NA VENEZUELA COMUNISTA, PAÍS ADORADO POR LULA, AS PESSOAS RECORREM AOS MEDICAMENTOS DE USO VETERINÁRIO.
Farmácia com as prateleiras vazias em Caracas, na Venezuela. 
Foto do site de Veja
Este é o maravilhoso socialismo do século XXI, que o PT queria implantar no Brasil. Na Venezuela, o irmão siamês do PT, o PSUV chavista, já conseguiu atingir os objetivos do Foro de São Paulo.
Aliás, Lula é um entusiástico defensor da ditadura de Nicolás Maduro e gravou vídeos de apoio ao chavismo em todas as campanhas eleitorais naquele país.
Portanto, é urgente não só o impeachment da Dilma, como também a proscrição do PT e demais partidos de viés comunista. O registro partidário do PT tem de ser cassado imediatamente.
O que está ocorrendo na Venezuela é a execução da estratégia do Foro de São Paulo, ou seja, um regime totalitário comunista que utiliza a escassez de alimentos e medicamentos, para imobilizar os cidadãos. Igualmente usam a inflação, com a desvalorização da moeda, para transformar o país numa imensa prisão, como ocorre em Cuba há mais de meio século. Sem dinheiro ninguém pode fugir das garras do regime comunista.
Na falta de medicamentos as pessoas agora estão usando remédios destinados aos animais, ou seja, de uso veterinário, como último recurso para escapar da morte. As pessoas estão desesperadas. Sem comida e sem medicamentos.
Leiam esta matéria que acaba de ser postada no site da Veja.
Entretanto, quem tem de tomar remédio de animais são os jornalistas da Folha de S. Paulo, para ver o que é bom para tosse. O ideal é a vacina de burro.
Além da escassez de alimentos e produtos básicos, os venezuelanos também enfrentam dificuldades pela falta de remédios nas prateleiras das farmácias e em hospitais. Segundo cálculos da Federação Farmacêutica da Venezuela, o país sofre de 70% de escassez de remédios. Para driblar a carência, pacientes estão recorrendo a medicamentos veterinários que possuem os mesmos princípios ativos que os remédios para seres humanos.
Kevin Blanco se declara humilhado por ter de aceitar tomar remédio veterinário após um transplante de rim. A Prednisona e o Cellcept - imunossupressores que evitam a rejeição de órgãos transplantados - desapareceram das farmácias públicas e privadas. Isso colocou em uma situação crítica centenas de pacientes que não podem suspender a medicação um dia sequer, sob o risco de perder o órgão transplantado pelo qual esperaram por anos. "Quando a prednisona humana acabou, todo mundo começou a procurar a canina", afirma o presidente da Federação Farmacêutica, Freddy Ceballos.
"Estas pessoas estão correndo risco de vida", afirma por sua vez Francisco Valencia, presidente da Fundação Amigos Transplantados, que apoia esses pacientes. Blanco, de 47 anos e transplantado há 15, esteve sem os dois medicamentos por um mês até a última terça-feira, quando voltou a receber os remédios, mas durante esse período precisou consumir prednisona para animais.
"É humilhante saber que tua vida depende de um medicamento para animais", afirma Blanco, 47 anos, acrescentando que seu médico alertou que o uso do remédio veterinário seria "por sua conta e risco". A crise da saúde também se vê na falta de insumos hospitalares, como reativos para exames, o que levou à suspensão de várias cirurgias, em um país onde os marcapassos já são reutilizados - aparelhos de pessoas mortas são retirados para serem usados em outros pacientes.
O governo de Nicolás Maduro - que não divulga cifras oficiais da falta de remédios desde fevereiro de 2014 - nega a falta de Prednisona, indicando que em julho Cuba enviou um lote de 1,2 milhão de pílulas. Mas, segundo o presidente da Federação Médica Venezuelana, Douglas León Natera, muitos pacientes estão comprando não só Prednisona, mas antibióticos, esteroides e medicamentos tópicos em pet shop. 

Do site da revista Veja


10 de agosto de 2015
in aluizio amorim

REPORTAGEM-BOMBA DE "VEJA" DECODIFICA O TILINTAR NERVOSO DAS PANELAS E CONSTATA QUE O CICLO PETISTA TEM SEUS DIAS CONTADOS

A edição da revista Veja que chega às bancas neste sábado e já está disponível para assinantes digitais faz o caminho contrário da maioria dos veículos da grande imprensa nacional. Enquanto a Folha de S. Paulo anuncia uma reportagem bundalelê tentando desqualificar o mega movimento anti-PT que se levanta em todo o Brasil e o Estadão velho de guerra escala dois repórteres para cobrir um festim comunista no cafofo de Lula, a revista Veja decidiu ouvir o rufar das panelas e a partir daí decodificar o tilintar nervoso surgido nas brumas da noite da última quinta-feira. Como se fosse uma espécie de código Morse, o tim-tim-tim intermitente de milhões de panelas avisou que a esmagadora maioria dos brasileiros de todas as classes sociais exige que Lula seja preso imediatamente, que Dilma seja impichada e que o PT seja proscrito, o mesmo acontecendo com as demais siglas de viés comunista revolucionário.

Embora a capa de Veja seja eloquente, de certa forma ainda suaviza a verdade que pulsa insistente nos corações e mentes. Os brasileiros não estão apenas pedindo socorro. Estão, sim, determinados a varrer o PT do poder. É isto que está nas ruas, nas fazendas ou numa casinha de sapé com diz a letra daquela música.

Seja como for, resta a revista Veja que, aliás, acabou dando coragem para outras publicações similares que muitas vezes se referiam à Dilma como "presidenta" e que agora começam também a reportar a verdade dos fatos. Como diz o velho e sábio adágio, gato escaldado tem medo de água fria. De alguma forma essas publicações que se limitavam a tecer loas ao Lula, Dilma e a seus sequazes, devagarinho vão ajustando o discurso e as pautas, porque ninguém engole mais a laudatória asquerosa eivada de louvaminhas à camorra petista e sua linha auxiliar, vejam só, os mega empresários brasileiros.

A reportagem-bomba de Veja desta semana merece por tudo isso ser lida, principalmente no que diz respeito ao fim do ciclo populista e corrupto inaugurado pelo PT. De quebra, Veja também traz uma ótima matéria revelando os bastidores das denominadas "delações premiadas", que vieram para ficar e ao mesmo tempo mostra que outros países têm se valido da mesma estratégia para detonar os saqueadores do erário, os lavadores de dinheiro público, os propineiros desavergonhados, enfim, essa camorra de psicopatas que se especializou em sugar o dinheiro público e que vem mantendo até agora Lula e seus sequazes no poder.

É sobre essa parte da reportagem-bomba que transcrevo um resumo a respeito dos psicopatas enjaulados pela Lava Jato e que cantam agora feito passarinho na gaiola o que ajuda a eviscerar o ventre da besta da estrela vermelha que ameaça devorar tudo para se eternizar no poder. Como aconteceu em Cuba. É tudo igualzinho. 
Leiam:



SENTENÇA MAIOR - O boliburguês Léo Pinheiro, ex-OAS, o amigão de Lula, ao ser preso, em 2014: ele calcula que aguentaria até dois anos em regime fechado. Acaba de ser condenado a mais que isso.

CANTANDO NA GAIOLA

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No começo, era apenas um despiste. "Espalhamos que já tinha gente na fila para colaborar, mas a gente ainda não tinha nada." A confissão, divulgada meses atrás, é do procurador Carlos Fernando Lima, considerado o cérebro da força-tarefa de Curitiba, quando lembrava como ele e os colegas conseguiram atrair os primeiros suspeitos da Lava-Jato para inaugurar os hoje tão famosos, tão temidos e tão aguardados acordos de delação premiada. Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, abriu a fila. Seu acordo foi homologado pelo juiz Sergio Moro em 27 de agosto de 2014, uma quarta-feira. Daí em diante, um carrossel virtuoso começou a girar com uma delação puxando a outra, e alguns acusados apressando-se para assinar a delação antes que não houvesse mais novidades a revelar. Na semana passada, a Lava-Jato tinha 25 acordos homologados. Mas, como se tornou habitual nesse escândalo, as expectativas sempre se voltam para o próximo acordo.
Na mira dos procuradores está o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, preso há nove meses. Desde o primeiro contato com o Ministério Público, seus advogados estão negociando os termos de uma delação cujo potencial explosivo é medido em escala atômica. A princípio, o empreiteiro resistia à delação na esperança de pegar até dois anos de prisão em regime fechado, limite que dizia suportar. Na semana passada, o juiz Sergio Moro condenou Pinheiro a dezesseis anos de prisão, dos quais pelo menos dois e meio terão de ser cumpridos em regime fechado. A condenação, um pouco maior do que o esperado, pode quebrar suas últimas resistências a abrir o bico. Outros dois, ambos ex-diretores da Petrobras, ainda não assinaram acordo, mas já estão em estágio avançado conversas para informar os procuradores sobre o que podem oferecer em troca de redução de pena. São eles: Renato Duque, homem do PT na direção da Petrobras, e Nestor Cerveró, o propineiro de Pasadena.
O volume de acordos de delação premiada na Lava-Jato é algo jamais visto em qualquer investigação criminal no país. Resulta da confluência de um acontecimento de 1990 com outro de 2004. Em 1990, o instituto da delação premiada apareceu pela primeira vez na legislação brasileira, na nova lei dos crimes hediondos. Foi ampliado nove anos depois para todos os demais crimes, deixando de se restringir aos hediondos. Em 2004, quando trabalhava no caso Banestado, escândalo de remessa ilegal de dinheiro para o exterior, um jovem juiz homologou uma das primeiras delações feitas nos moldes atuais. Era Sergio Moro. O delator era o mesmo Alberto Youssef de agora, o doleiro que se tornou talvez o único brasileiro a ter feito não uma, mas duas delações premiadas. Juntando a lei de 1990, o juiz de 2004 e a megarroubalheira na Petrobras, produziram-se as condições para o recorde: 25 acordos de colaboração, e a conta ainda não terminou.
ANTÍDOTO CONTRA A GLOBALIZAÇÃO DO CRIME
A delação premiada surgiu como um antídoto contra a globalização do crime. Com organizações criminosas transnacionais cada vez mais sofisticadas, os legisladores, sobretudo na Itália e nos Estados Unidos, passaram a pensar em instrumentos capazes de chegar aos chefes desses mamutes do crime: as máfias, os cartéis da droga, os grupos terroristas, as quadrilhas de corruptos. A colaboração de um acusado em troca da redução da pena surgiu como o único meio de quebrar o código de silêncio dos criminosos e pôr as mãos no alto-comando. Nos últimos trinta anos, os Estados Unidos acumularam vasta experiência nesse campo. Desde a Operação Mãos Limpas, na década de 90, uma gigantesca ação contra políticos corruptos, a Itália também avançou. O relativo sucesso da delação premiada no combate ao crime organizado levou a ONU a lançar uma convenção anticorrupção cujo texto sugere explicitamente que os países-membros adotem algum tipo de recompensa aos criminosos que denunciam comparsas.
Assim, a delação premiada começou a proliferar pelo mundo. O Brasil assinou a convenção no ano do seu lançamento, em 2003, e promulgou-a três anos depois. A novidade, no entanto, está longe de ser consensual. Os advogados, em geral, e os criminalistas, em particular, consideram a delação premiada um instrumento antiético e imoral porque a negociação da pena corrompe o processo penal, cuja essência é comprovar, ou não, a culpa do réu, e não colocá-la numa barganha. Também lhes desagrada o fato de a delação premiada levar o acusado a renunciar a um direito fundamental - o direito a um processo justo -, pois a sentença é previamente acertada. As reservas são mais fortes em países como o Brasil, cujo ordenamento jurídico vem da tradição romana, em contraposição ao de tradição inglesa. Em 2003, quando o governo da França propôs uma reforma jurídica que copiava parte do sistema dos Estados Unidos, houve uma gritaria geral. Mesmo na pátria mundial da cidadania, os franceses acabaram se rendendo à dureza da realidade do crime. A Assembleia Nacional aprovou as mudanças, inclusive a delação premiada. Hoje, um francês pode ficar até quatro dias preso sem acusação formal, algo impensável até uma década atrás. 

Do site da revista Veja


10 de agosto de 2015
in aluizio amorim

CAIXA PRETA DOS CONTRATOS SECRETOS PODE EXPLODIR: LULA NA MIRA DA CPI DO BNDES


Resultado de uma batalha política entre a Câmara e o Planalto, a CPI do BNDES foi instalada na semana em que a crise no governo foi aprofundada com o esfacelamento da base, as derrotas no Congresso e o cenário econômico cada vez mais complicado. 
Nos próximos 120 dias, o colegiado deve ser um novo componente para incendiar a crise ao jogar luz sobre os contratos secretos firmados pelo banco entre 2003 e 2015 e sobre os financiamentos cedidos a empresas de fachada investigadas na operação Lava Jato. Indicado pelo PMDB para comandar a CPI, o deputado Marcos Rotta (PMDB-AM) diz que não vai proteger nem perseguir ninguém, e destaca que o ex-presidente Lula também pode ser alvo do colegiado.
"Eu acho difícil que isso não seja tratado. Eu fiz, inclusive, um apelo para que a gente pudesse deixar as nossas bandeiras, as nossas cores e as nossas ideologias o mais distante possível", disse o peemedebista. Deputado de primeiro mandato, Rotta nega que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá influência sobre o colegiado. "Penso que ele, com a inteligência que tem, haverá de saber que a CPI, para apresentar resultados, precisa de algo chamado autonomia". Leia a entrevista ao site de VEJA.
Rotta, do PMDB, presidente da CPI
O que motivou o senhor a buscar o comando da CPI do BNDES? Eu recebi um convite da bancada do PMDB e sobretudo do líder, Leonardo Picciani. Aceitei esse desafio e recebi como uma missão da minha bancada. 
O líder me chamou, mostrou a gravidade do problema e a necessidade de que tenhamos um comportamento sereno, tranquilo e profundo, mas ao mesmo tempo sendo duros e firmes na condução de uma CPI que nasce já com alguns fatos de conhecimento público, mas a maioria dos fatos passará a ser pública no decorrer das investigações. 
A minha posição será de encontrar o ponto de equilíbrio, porque do outro lado nós temos uma instituição extremamente importante para o Brasil. Uma instituição com 60 anos, que já financiou muita coisa no país e que é importantíssima para a sociedade.
A CPI pode atrapalhar o funcionamento do banco? Tomara que não. Isso quem vai dizer serão as investigações, as oitivas, os depoimentos. O que eu quero fazer é ligar os fios. Nós vamos iluminar o BNDES e aclarar tudo que envolve as questões de financiamento secreto a outros países e da pouca transparência.
O senhor defende a quebra de sigilos dos contratos feitos pelo BNDES? Eu acho que esse será o startda CPI. Vamos começar por aí. Quem vai definir tudo serão os integrantes. Eu acho que se for necessário para começar o processo investigatório, sim. Mas vamos ter muita prudência. Não vamos tomar nenhum tipo de medida açodada, por pressão de quem quer que seja. Não vai passar por mim a questão de tentar esconder nada. Se isso for necessário para que a gente chegue ao objetivo de dar resposta à sociedade, a CPI faz.
O BNDES é hoje uma caixa-preta. Essa questão do sigilo vai ficar muito em baila porque as pessoas não conseguem entender como uma instituição pública promove financiamentos secretos. Mas existem regras de mercado. Nós precisamos investigar a motivação de tudo isso e sobretudo o amparo legal do que foi feito.
Quem deve ser ouvido pelo colegiado? Há uma corrente majoritária que já defende o nome do presidente do BNDES [Luciano Coutinho] para ser o primeiro a ser ouvido. Mas vai depender do plenário. Vamos colocar os requerimentos em votação.
O MP investiga um suposto tráfico de influência de Lula para a concessão de empréstimos do BNDES à Odebrecht. Isso também será tratado pelo colegiado? Eu acho difícil que isso não seja tratado. Eu fiz, inclusive, um apelo para que a gente pudesse deixar as nossas bandeiras, as nossas cores e as nossas ideologias o mais distante possível das ações da CPI. Porque se a gente contaminar com defesas, ataques, posição e situação, os trabalhos da CPI vão ficar muito complicados. Sei que isso é extremamente difícil de ser conseguido, mas foi um apelo que eu fiz. Nós estamos em uma Casa política, existem muitos interesses de um lado ou de outro, mas acho que a CPI não é nem de situação nem de oposição. Ela foi criada para investigar um fato determinado e passar uma instituição a limpo.
A CPI da Petrobras começou com uma expectativa muito grande, mas pouco avançou nas investigações. O que podemos esperar dessa nova comissão de inquérito? A gente não pode comparar as duas CPIs, são situações extremamente diferentes. O que nós vamos defender é que haja um processo sério de investigação. Da minha parte, o compromisso que eu tenho é de tentar dotar a comissão de todos os instrumentos legais possíveis para que os membros possam desempenhar bem as suas funções. Se houve desvio, se houve desmando e se houve crime, que os responsáveis sejam denunciados, julgados e penalizados de acordo com a legislação. A questão vai ser muito simples: vai responder quem cometeu algum tipo de crime. A CPI, no que depender do seu presidente, não vai perseguir ninguém, mas, ao mesmo tempo, não vai proteger ninguém.
Há um sentimento de que o presidente da Câmara tem dominado as comissões comandadas por aliados. O senhor considera que terá autonomia? Essa foi uma das condições que eu coloquei para aceitar a presidência. O Eduardo Cunha talvez seja uma das pessoas mais preparadas, qualificadas e inteligentes que temos hoje no cenário político. Exatamente por conta dessas qualidades, ele tem a sensibilidade de saber que não pode interferir nessas questões, sobretudo nas CPIs. Até agora, não tive nenhum tipo de contato com ele ou de condicionamento para que pudéssemos prosseguir com os trabalhos da CPI. Penso que ele, com a inteligência que tem, haverá de saber que a CPI, para apresentar resultados, precisa de algo chamado autonomia.
Mas, de qualquer forma, o senhor está ciente do forte componente político que a CPI carrega? Eu acho que o cenário politico é muito ruim para o governo. Não é só o caso do rompimento do Cunha. PDT e PTB, que eram da base, simplesmente saíram. De uma maneira geral, o cenário politico interfere nessas questões. Nós somos entes políticos, partidários e temos bandeiras ideológicas. Mas eu acho que tudo isso deveria ficar distante dos trabalhos da CPI.
O senhor vai disputar a prefeitura de Manaus em 2016? Eu sou do PMDB, que deve ter candidatos. Nós tivemos uma conversa há alguns meses com o presidente Michel Temer. O PMDB quer realmente disputar a presidência em 2018 e se esse processo se concretizar, penso que antes passa pelas eleições dos prefeitos no ano que vem. É um processo que nós vamos discutir, mas no momento certo. A minha vida está focada na CPI. 

Do site da revista Veja


10 de agosto de 2015
in aluizio amorim

AUTORIDADE LEGAL E AUTORIDADE LEGÍTIMA

A corrupção no Brasil tem uma longa trajetória, que aliada à impunidade nos infelicitou ao longo dos séculos. Sem me alongar sobre o tema recordo que o Estado brasileiro teve desde seu início ação centralizadora e tuteladora da Nação. Tudo dependia do governo e, assim, o comércio e a indústria estavam atados às autorizações, às tarifas protecionistas, às concessões, o que facilitava o suborno. Em essência nada mudou.


Em 2002, o PT chega à presidência da República jactando-se de ser único partido ético que vinha para acabar com as mazelas da política brasileira. E melhor: à frente do partido havia um “pobre operário” capaz de salvar a pátria, um padroeiro dos pobres e oprimidos.
Contudo, pode-se dizer que nunca antes nesse país houve um partido tão corrupto quanto o PT. Os petistas institucionalizaram a corrupção e convidaram aliados políticos e a inciativa privada para abrir franquias de roubalheira.
A força e a impunidade do PT se deveram basicamente a três fatores: a ilusão gerada pela propaganda, através da qual Lula da Silva foi endeusado. A inexistência de oposições, tanto partidárias quanto institucionais. A falta de cultura cívica do povo sempre dependente do Estado paternalista e indiferente aos escândalos de corrupção dos poderosos.
Além da corrupção o governo petista expandiu os males do Estado Brasileiro: o patrimonialismo, o nepotismo, a burocratização e, sobretudo a incompetência. Tudo sob a imagem da perfeição, das maravilhas que o magnânimo pai Lula prodigalizava aos desvalidos salvando-os da miséria.
Nos porões do poder, porém, muito mais lucravam os que Lula, para efeitos externos, chama de elites, várias das quais se associaram em contubérnios com a companheirada de modo nunca visto. E, assim, roubou-se em milhões, em bilhões, em avantajadas cifras no país do dá-se-um-jeito.
Primeiro, articulou-se o mensalão ou compra de congressistas como forma de sustentar o projeto de poder do PT. Inabalável, mesmo sob o efeito das condenações do STF onde se notabilizou o ministro Joaquim Barbosa que logrou enviar para a cadeia maiorais do PT como José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, além dos auxiliares dos criminosos, Lula logrou eleger uma mulher que não consegue sequer proferir um pensamento coerente.
Com ela deu-se o terceiro mandato de Lula da Silva. Foi o tempo do descalabro com todos os possíveis erros que se pode cometer em economia.  Mesmo assim, Rousseff, com pouca margem de votação se reelegeu montada nas mentiras e no terrorismo politico do marqueteiro João Santana, que atribuiu ao adversário o apocalipse brasileiro que se vê agora é da autoria da criatura de Lula e dele próprio.
O presidente de fato seguiu inimputável, sempre a repetir que não viu nada, não sabia de nada, não ouvia nada, enquanto a inflação, o desemprego, a inadimplência vão infelicitando eleitores e não eleitores do PT.
O megaescândalo do petrolão estilhaçou a Petrobrás, orgulho nacional, tomada de assalto pelo aqui citado contubérnio. Mas, assim como o ex-ministro Joaquim Barbosa surgiu alguém que fez a diferença, o juiz Sérgio Moro, destacando-se também o trabalho da Polícia Federal e de procuradores na 0peração Lava Jato. Nesta ação inédita no Brasil estão indo para cadeia não só doleiros e auxiliares da rapina chamados de operadores, mas também presidentes das maiores empreiteiras, seus diretores e ocupantes de altos cargos na Petrobras.
Possivelmente, o povo tomaria conhecimento desses fatos com indiferença se não fosse o esboroar da economia, pois é certo que não há governo que resista quando a economia vai mal. Junte-se a isso a inconformidade popular que não aceita pagar pela incompetência governamental e temos o resultado da última pesquisa Datafolha, na qual Rousseff aparece como a pior presidente que o Brasil já teve, com 71% de reprovação e só 8% de aprovação.
É dito, falseando a questão, que um impeachment da inoperante presidente levaria ao caos institucional. Quando Collor, com grande participação do PT, sofreu o impeachment por muito menos do que hoje ocorre, as instituições ficaram intactas.
Falso também a presidente dizer-se intocável porque foi eleita pelo voto. Uma coisa é autoridade legal, outra é autoridade legítima. No momento ela não é mais legitimada pela população e o que se chama de crise política pode ser traduzida por crise de representatividade. Ela não representa mais o povo cansado de seu estelionato eleitoral e de sua incompetência.
O PT legou ao Brasil uma crise política de representatividade, uma crise econômica e uma crise de valores. A saída de Rousseff da presidência, dentro dos trâmites legais não é golpe. Golpe é sua permanência. Afinal, a emblemática segunda prisão de Jose Dirceu demonstrou que o PT nunca agiu em nome da causa, mas em causa própria. Não dá para suportar mais um governo assim. A causa caiu.


10 de agosto de 2015
Maria Lucia Victor Barbosa