"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 1 de março de 2022

REPOSTAGEM: O BRASIL É UM PAÍS DEMOCRÁTICO?

 

DISCURSO DE PUTIN CONFIRMA: VAI SER MUNDIAL!!!

 

EU SOU A LENDA: O SENTIDO DO MUNDO DE HOJE

 

HOLY GHOST STORIES: O MISTÉRIO DA LUZ AZUL

 

O PREÇO DO AMANHÃ: IMORTALIDADE ARISTOCRATA

 

A MADRUGADA DO VODU (HOLY GHOST STORIES)

 

O GRANDE FANTOCHE DO MOMENTO

 

O GRANDE FANTOCHE DO MOMENTO

01 de março de 2022

CHINA COMPRA ENSINO SUPERIOR OCIDENTAL

Original em inglês: China Buys Western Academics
Tradução: Joseph Skilnik


"A conferência inaugural garantiu a todos que o Tibete nunca foi anexado e que a intervenção chinesa de 1950 foi solicitada pelos tibetanos, lembrou Nicolas Nord, professor de direito."

O novo indicado a chefe da CIA, William J. Burns, assinalou que, se dependesse dele, fecharia os Institutos Confúcio nas universidades ocidentais.

Dezessete escolas no Reino Unido já são de propriedade de empresas chinesas e esse número só tende a aumentar. E não para por aí, o jornal The Times revelou que a Universidade de Cambridge recebeu um "generoso presente" da Tencent Holdings, uma das maiores empresas de tecnologia da China envolvida na censura estatal.

Hoje sabemos muito sobre a crueldade da China, incluindo o assassinato em massa através do Vírus de Wuhan que o Partido Comunista Chinês impôs ao mundo... resultando no assassinato de mais de 2,5 milhões pessoas.

Também sabemos acerca do número de pessoas presas no laogai, as "prisões administrativas" chinesas (estimado em 50 milhões) ...

"Lugares habitados por minorias étnicas, como Xinjiang e Tibete, têm se destacado como exemplos brilhantes do progresso nos direitos humanos na China", ressaltou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, horas antes de discursar na conferência anual do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Provavelmente, nem a União Soviética teria condições de sair com essa.



Gulbahar Haitiwaji, uma sobrevivente dos "campos de reeducação" da China em Xinjiang, recentemente revelou o que acontece por lá. "É proibido falar o idioma uigur, é proibido rezar, é proibido fazer greve de fome..." Ela tinha que fazer suas necessidades em um balde de plástico na frente dos outros. Ela ficou acorrentada à sua cama durante 20 dias. Foto: "Centro de Serviço de Formação Educacional e Qualificação Vocacional Cidade Artux," um campo de reeducação onde ficam detidas minorias étnicas, em sua maioria, a muçulmana, norte de Kashgar em Xinjiang. (Foto: Greg Baker/AFP via Getty Images)

O resultado estarrecedor de uma investigação acaba de ser publicado pelo semanário francês Le Point sobre como Pequim vem comprando favores das universidades ocidentais. Senão vejamos: Fabio Massimo Parenti, italiano, professor adjunto do Instituto Internacional Lorenzo de Medici, de Florença, foi recepcionado e patrocinado em Xinjiang, onde se estima que dois milhões de uigures estejam presos em "campos de reeducação". Além disso, muitas escolas britânicas já estão sob o radar de influência e propaganda chinesa. Nigel Farage, líder do Partido Reformador do Reino Unido da Grã-Bretanha, recentemente tuitou que "bilionários chineses ligados diretamente ao PCC (Partido Comunista Chinês) estão comprando escolas britânicas e inundando o currículo com propaganda" e listou os nomes de algumas delas no Reino Unido que se encontram "sob controle chinês":

"Abbots Bromley School
Bournemouth Collegiate
St Michael's School
Bosworth College
Bedstone College
Ipswich High School
Kingsley School
Heathfield Knoll School
Thetford Grammar
Wisbech Grammar
Riddlesworth Hall
Myddelton College
CATS Colleges"

A partir de setembro de 2019, em Urumqi, capital da região uigur de Xinjiang, no oeste da China, Christian Mestre, reitor honorário da Faculdade de Direito da Universidade de Estrasburgo participou de um "seminário internacional sobre a luta contra o terrorismo, processos para a moderação de radicais e a proteção dos direitos humanos". O seminário foi organizado pela República Popular da China. As declarações de Mestre foram transcritas tanto pela mídia estatal, pela agência de notícias Xinhua, quanto pelo jornal nacionalista Global Times.

"Espero que a França e demais países europeus adotem as soluções apresentadas por Xinjiang", salientou o professor Mestre durante uma visita a um dos "centros de educação vocacional", nome dado por Pequim aos campos de reeducação. "Essas pessoas não estão presas", asseverou o professor, "são enviadas para formação compulsória". Desse mato não sai coelho, como se diz por aí.

Foi o início de uma impressionante investigação do semanário francês Le Point sobre como a China comprou os favores de muitas universidades ocidentais. "É digno das viagens de Aragão à União Soviética ou dos colaboradores da Alemanha nazista", ressaltou Marie Bizais-Lillig, colega de Mestre. A referência diz respeito a Louis Aragon, escritor francês que visitou a União Soviética na era Stalin e voltou convencido da autenticidade do sistema comunista, passando a se dedicar à sua defesa.

Uma sobrevivente dos campos de reeducação da China em Xinjiang recentemente revelou o que acontece por lá. Gulbahar Haitiwaji morou na França durante dez anos. Seu marido e suas filhas tinham status de refugiados políticos, mas Gulbahar preferiu usar seu passaporte chinês para visitar sua mãe idosa. Em novembro de 2016, ela comprou uma passagem para a China, lá chegando, zás-trás se viu deportada para um campo de reeducação para o seu povo, os uigures. Ela ficou detida por dois anos e só foi libertada devido à pressão da França. No início deste ano publicou um relato arrepiante, "Rescapée du goulag chinois". ("Sobrevivente de um Gulag Chinês")

Gulbahar é a primeira uigur a ser libertada e repatriada para a França. "Xi Jinping, sintetiza ela, "quer Xinjiang sem uigures".

Ela foi transferida de um centro de detenção para outro. Primeiro foi o centro de prisão preventiva, as regras estavam penduradas na parede: "É proibido falar o idioma uigur, é proibido rezar, é proibido fazer greve de fome..." Ela tinha que fazer suas necessidades em um balde de plástico na frente dos outros.

Em 2017, ela ficou acorrentada à sua cama durante 20 dias. Foi levada para um desses novos "centros de formação vocacional", nome dado pelo regime chinês aos gulags chineses. O Campo de Baijintan, composto por três edifícios "do tamanho de pequenos aeroportos" nos confins do deserto, é cercado por cercas com arame farpado no topo. Os prisioneiros não veem mais a luz do dia, somente neon. Câmeras de segurança acompanham cada movimento dos detentos.

"Obrigado ao nosso grande país. Obrigado ao nosso querido presidente Xi Jinping", são frases que os detentos devem repetir do amanhecer ao anoitecer.

Após receberem novos nomes (Gulbahar virou "Número 9"), suas roupas são retiradas e os cabelos raspados. A reeducação chinesa começa então a tomar conta de suas mentes. Um guarda do campo mostra ao grupo de presidiários uma parede: "de que cor é esta parece?", pergunta ele. "Branca", respondem eles. "Não, é preta diz o guarda. Sou eu quem decide de que cor ela é".

Na sequência, vêm aquelas "vacinas" estranhas. "As mulheres param de menstruar. Assim que voltei para a França, senti a verdadeira existência da esterilização..."

Nos últimos 15 anos foram abertos na França 18 Institutos Confúcio, com a clara intenção de lecionar chinês e promover a cultura chinesa. Em 2019, em plena Europa, a Bélgica expulsou o reitor do Instituto Confúcio da Universidade Livre Flamenga de Bruxelas, após os serviços de segurança o acusarem de espionagem.

Françoise Robin, especialista em Tibete, do Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais (Inalco),chama esses institutos de "armas de propaganda". Em 2016, o Inalco convidou o Dalai Lama a uma conferência. "Recebemos um ofício da embaixada chinesa pedindo que não o recebêssemos", salientou Robin.

Em setembro de 2014, a faculdade de direito onde Mestre leciona na Universidade de Estrasburgo, sediou uma série de eventos sobre o Tibete, com palestras, exposições, danças e concertos organizados "a pedido do Consulado Geral da China em Estrasburgo", de acordo com os termos de um e-mail enviado pelo reitor. "A conferência inaugural garantiu a todos que o Tibete nunca foi anexado e que a intervenção chinesa de 1950 foi solicitada pelos tibetanos", lembrou Nicolas Nord, professor de direito.

A revista The Economist frisou recentemente o que o regime chinês está realmente fazendo no Tibete: erradicando a influência do budismo da mente do povo.

Pode ser que seja por isso que o novo indicado a chefe da CIA, William J. Burns, tenha assinalado que, se dependesse dele, fecharia os Institutos Confúcio nas universidades ocidentais. Na Grã-Bretanha, ao que tudo indica, também há preocupação, e com propriedade. De acordo com o jornal Daily Mail, centenas de escolas independentes que apresentaram sérias dificuldades financeiras devido à pandemia do Vírus de Wuhan foram desde então visadas por investidores chineses. A China está flagrantemente buscando expandir sua influência no sistema educacional britânico, a exemplo da sua atuação nos Estados Unidos. Dezessete escolas no Reino Unido já são de propriedade de empresas chinesas e esse número só tende a aumentar. E não para por aí, o jornal The Times revelou que a Universidade de Cambridge recebeu um "generoso presente" da Tencent Holdings, uma das maiores empresas de tecnologia da China envolvida na censura estatal.

Isso nos faz lembrar do "Cambridge Five", a rede de espionagem britânica, Anthony Blunt, Donald Maclean, Kim Philby, Guy Burgess e John Cairncross, a serviço da União Soviética, também sediada na famosa universidade britânica. Kim Philby, que morreu no exílio na União Soviética, jamais se arrependeu da traição ao Reino Unido: "Foi só no final da minha estada em Cambridge que tomei a derradeira decisão de dedicar minha vida ao comunismo".

Naquela época, muitos no Ocidente poderiam, com toda a sinceridade, dizer que não sabiam quantas pessoas foram mortas ou presas pelo regime soviético. Hoje sabemos muito sobre a crueldade da China, incluindo o assassinato em massa pelo Vírus de Wuhan que o Partido Comunista Chinês impôs ao mundo, primeiro mentindo que o vírus não era transmissível de pessoa a pessoa e, em seguida, interrompendo voos domésticos de Wuhan, contudo permitindo que voos internacionais continuassem. Como consequência, todos os países do planeta foram infectados, resultando no assassinato de mais de 2,5 milhões de pessoas.

Também sabemos acerca do número de pessoas presas no laogai, as "prisões administrativas" chinesas (estimado em 50 milhões). Sabemos do número de meninas chinesas que o regime chinês impediu de nascerem quando a "política de um filho" estava em vigor (estimado em 30 milhões). Sabemos do número de pessoas assassinadas na Praça Tiananmen, a última vez que o regime foi abertamente desafiado por seus cidadãos (estimado em 10 mil).

"Lugares habitados por minorias étnicas, como Xinjiang e Tibete, têm se destacado como exemplos brilhantes do progresso nos direitos humanos na China", ressaltou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi horas antes de discursar na conferência anual do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Provavelmente, nem a União Soviética teria condições de sair com essa.


01 de março de 2022
Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.
1 de Abril de 2021

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SUICÍDIO MULTICULTURAL DA ALEMANHA

Original em inglês: Germany's Multicultural Suicide
Tradução: Joseph Skilnik


"Vou continuar tendo uma postura crítica àqueles... que usam a estrutura liberal e a tolerância da constituição para impor visões totalitárias do estado que minam as normas do Estado de Direito usando doutrinação antiocidental...Não vou adaptar a minha visão de liberdade de expressão... 'Todos têm o direito de expressar livremente sua opinião desde que não seja contrária à lei da Sharia." Ralph Giordano, FAZ.net.

Depois que uma barragem se rompe, é um salve-se quem puder para ver quem cede mais rápido.

A cidade também está mudando o nome de suas praças para dar espaço ao Islã. "Moscheeplatz" ("Praça da Mesquita"), nome almejado pelo prefeito Marcel Philipp, acordado com o Departamento de Assuntos Religiosos da Turquia...

A despeito disso, diz-se que a "Grande Substituição" e a islamização da Europa não passam de teorias da conspiração. Será que realmente estamos cientes de como será a Europa do amanhã?



As mesquitas da cidade de Colônia, a quarta maior cidade da Alemanha, obtiveram licença para transmitir todas as sextas-feiras o chamado às orações pelos sistemas de alto-falantes dos minaretes. Para alguns residentes de Colônia, o chamado muçulmano às orações representa o mesmo grito de conquista que os cristãos do Oriente Médio e da África ouvem cinco vezes todos os dias e todas as noites nas portas das igrejas e casas. Agora é a vez da Alemanha. Foto: Mesquita Central de Colônia. (Foto: Andreas Rentz/Getty Images)

"A hegemonia do Ocidente acabou,"ressaltou recentemente o presidente turco Recep Tayyip Erdogan. "Durou séculos, mas já era".

Concomitantemente, as mesquitas da cidade de Colônia, a quarta maior cidade da Alemanha, obtiveram licença para transmitir todas as sextas-feiras o chamado às orações pelos sistemas de alto-falantes dos minaretes.

"Muitos residentes de Colônia são muçulmanos", salientou a prefeita Henriette Reker, "e na minha opinião é um sinal de respeito permitir a chamada do muezim (encarregado que chama os muçulmanos às orações do alto dos minaretes)."

Para outros, o chamado muçulmano às orações representa o mesmo grito de conquista que os cristãos do Oriente Médio e da África ouvem cinco vezes todos os dias e todas as noites nas portas das igrejas e casas. Agora é a vez da Alemanha.

Há dezesseis anos, o Papa Bento XVI fez sua primeira visita papal à cidade de Colônia. Ele convidou os jovens da Europa a voltarem às suas raízes numa peregrinação ao túmulo dos Reis Magos. Um ano depois, em Regensburg, ele soou o alerta em relação à violência intrínseca do Islã. Colônia agora virou o palco onde a Alemanha acabou de assinar a rendição ao Islã político.

O jornalista Daniel Kremer, escreveu no jornal Bild, lembrando que muitas das mesquitas de Colônia são financiadas pelo governo turco e administradas por Erdogan, "um sujeito que se opõe aos valores liberais de nossa democracia" e salientou:

"é errado equiparar os sinos da igreja ao chamado para a oração. Os sinos representam um sinal sem palavras que também ajuda a dizer as horas. Mas o muezim grita 'Alá é Grande!' e 'eu atesto que não há outro Deus a não ser Alá.' É uma enorme diferença."

Os sinos das igrejas não proclamam que o deus cristão é o único deus e que Jesus é seu filho.

Ahmad Mansour, especialista em integração, também refutou a posição da prefeita Recker. "Não se trata de 'liberdade religiosa' ou 'diversidade', como quer fazer crer a prefeita Reker," ressaltou Mansour. "A mesquita quer visibilidade. O muezim é uma demonstração de poder".

No ano passado, um tribunal da cidade de Münster deliberou que uma mesquita local seja autorizada a realizar o chamado às orações em público na sexta-feira pelo sistema de alto-falantes. A mesquita é administrada pela União Turco-Islâmica para Assuntos Religiosos (DITIB). Sendo a maior organização pai de mesquitas da Alemanha, a DITIB providencia imãs e financiamento, além de administrar cerca de 900 mesquitas na Alemanha, contando com aproximadamente 800 mil membros.

Pouco depois da decisão, o governo estadual de Hesse deliberou que as chamadas do muezim para as orações por meio dos alto-falantes da minarete estão autorizadas sem a necessidade de licença.

Oito das 100 cidades mais populosas da Alemanha, observou a revista Der Spiegel, já deram luz verde para a transmissão de chamadas islâmicas para orações em público. Em Düren, a mesquita turca Fatih chama os fiéis para as orações três vezes ao dia. A professora de etnologia Susanne Schröter, da Universidade Goethe em Frankfurt, esclarece que os muçulmanos veem as chamadas para as orações como triunfo do "Islã forte" em cima do "cristianismo fraco" e, ao que tudo indica, acompanhado pelo anseio do crescente islâmico substituir as estrelas da União Europeia.

"Será que o chamado do muezim será ouvido em toda a Alemanha?" perguntou o Bild, jornal de maior circulação da Alemanha. O chamado do muezim já pode ser ouvido em Munique. Desde abril de 2020, cinco mesquitas estão transmitindo o chamado às orações pelo sistema de alto-falantes. "A chamada do muezim não necessita licença," ressaltaram as autoridades de Hanover, onde há 27 mesquitas. "Lembra o som dos sinos das igrejas, da liberdade da prática religiosa que é protegida pela constituição".

Uma resposta na mesma linha veio de Dresden: "nós nos vemos como uma sociedade urbana diversificada e cosmopolita".

De Frankfurt, domicílio de uma mesquita que acomoda até 6 mil fiéis, o prefeito declarou: "a lei não prevê a necessidade de licença para a oração do muezim, a exemplo dos sinos das igrejas".

Cidades como Dortmund, Hamm, Siegen, Düren e Oldenburg também permitiram que mesquitas transmitissem o chamado islâmico à oração por intermédio do sistema de alto-falantes. Em Nuremberg, sede de uma dozena de mesquitas, permitir a chamada do muezim aparentemente "não é nenhum problema".

O ex-presidente do Tribunal Constitucional da região do Reno, Norte da Westphalia, Michael Bertrams,fala de um "triunfo político" do presidente da Turquia, já Hamed Abdel-Samad, um sociólogo que vive protegido por seguranças armados por conta de ameaças de morte dos islamistas, meteu o dedo na ferida:

"o chamado às orações começa com 'Allahu Akbar', também é o grito de guerra dos muçulmanos. Isso significa que Alá é o maior. Maior que o inimigo, maior que o povo, maior que a vida, maior que a Alemanha, maior que tudo. E como ele é maior que tudo, ao fim e ao cabo só vale a sua lei, a sharia".

Malte Kaufmann, membro do Bundestag escreveu:

"doravante, em todas as sextas-feiras em Colônia, 'não há outro deus a não ser Alá!' Mas a islamização não deveria tomar forma na Alemanha... Estamos alertando há anos! O clamor do muezim é uma asseveração de poder. Passo a passo, o Ocidente cristão está sendo traído".

"A história da Mesquita Central de Colônia documenta a ingenuidade das autoridades alemãs no trato com as organizações islâmicas", relata da Suíça o Neue Zürcher Zeitung, o jornal no idioma alemão mais antigo da Europa.

"Antes do início da construção, a Associação Turca prometeu ao então prefeito de Colônia, Fritz Schramma, que os sermões seriam realizados em alemão e que a mesquita se tornaria um ponto de encontro de membros de diferentes religiões. O ex-prefeito, um dos maiores patrocinadores da mesquita, não foi convidado para a inauguração. Eles queriam construir uma casa para encontros interculturais nos quais o Islã fosse pregado em alemão. No estado de espírito de Erdogan, foi criado um centro nacionalista islâmico. Depois dessa chicana, quem acredita que o muezim vai parar por cinco minutos sequer está sendo embalado no mundo dos contos de fadas ".

O que dá a impressão é que há uma atmosfera infantil, gritantemente aberta de capitulação. "Quem diz sim aos campanários também deve dizer sim aos minaretes", disse o Cardeal Rainer Maria Woelki, arcebispo de Colônia. Parece que as igrejas alemãs estão cometendo suicídio. A arquidiocese de Colônia, a maior da Alemanha e uma das mais ricas do mundo, planeja reduzir suas paróquias de 500 para 50 até 2030. Em Colônia, Erdogan veio para a inauguração da maior mesquita e foi recebido pela chanceler alemã Angela Merkel, filha de um pastor prussiano. Este gesto de boa vontade não impediu o presidente turco, em 2020, de transformar a grande basílica bizantina de Hagia Sophia em mesquita. A Igreja Católica de São Teodoro em Colônia até contribuiu para a islamização da cidade ao financiar a mesquita, em nome de algum quimérico diálogo inter-religioso.

Ralph Giordano, escritor judeu que escapou do Holocausto, criticou a decisão de Colônia, o "islã político" e a "megalomania da grande mesquita", é ao seu ver "uma espécie de declaração de guerra". Em um artigo para o jornal FAZ, Giordano escreveu:

"Vou continuar tendo uma postura crítica aos imãs que usam a estrutura liberal e a tolerância da constituição para impor visões totalitárias do estado que minam as normas do Estado de Direito usando doutrinação antiocidental para incutir a lei da Sharia..."

"Quero ter o direito de dizer que não quero ver burcas ou xadores nas ruas alemãs, assim como não quero ouvir os chamados dos muezins dos minaretes. Também não vou adaptar a minha visão de liberdade de expressão a um demônio que a interpreta da seguinte forma: todos têm o direito de expressar livremente sua opinião desde que não seja contrária à lei da Sharia'. Não e três vezes não!".

Depois que uma barragem se rompe, é um salve-se quem puder para ver quem cede mais rápido. Até o chefe da Chancelaria Alemã, Helge Braun, que ao que consta gostaria de se tornar o líder do partido CDU de Angela Merkel, se manifestou favorável que as mesquitas transmitissem a chamada às orações.

Em Aachen, cidade do imperador Carlos Magno e sua maravilhosa catedral e seus arredores, o chamado do muezim não só se sente em casa. A cidade também está mudando o nome de suas praças para dar espaço ao Islã. "Moscheeplatz" ("Praça da Mesquita") é o novo nome de uma praça pública em Aachen. Evidentemente, trata-se da mudança almejada pelo prefeito Marcel Philipp, que de acordo com a DITIB turca salientou: "estou muito contente na qualidade de prefeito por termos uma Praça da Mesquita", ressaltou o prefeito.

Em 11 de novembro, o muezim chegou em Raunheim, uma cidade nos arredores de Frankfurt, a primeira em Hesse a permitir oficialmente orações por meio de alto-falantes todas as sextas-feiras e, durante o Ramadã, todos os dias antes da oração antes do pôr do sol.

"O princípio da equanimidade também se aplica à religião numa sociedade democrática", explicou o prefeito Thomas Jühe. E também há a questão demográfica: 70% da população de Raunheim é formada por migrantes. "Aqui há mais muçulmanos do que cristãos", enfatizou Jühe.

A despeito disso, diz-se que a "Grande Substituição" e a islamização da Europa não passam de teorias da conspiração. Será que realmente estamos cientes de como será a Europa do amanhã?

Em uma entrevista com Boulevard Voltaire, Thilo Sarrazin, ex-presidente do banco central da Alemanha e autor de dois best-sellers sobre multiculturalismo e islã que sacudiu o debate na Alemanha, diz que a decisão de Colônia está perfeitamente alinhada com o futuro demográfico da Alemanha:

"se esta a tendência não esfriar, a população alemã, chegará ao fim nos próximos 100 anos. No último capítulo do Germany is Disappearing, esbocei o rumo que a situação tomará nos próximos anos... A decisão de Colônia não me surpreende em nada. Corresponde à minha imagem de como as coisas vão evoluir nesta área. Na França, descobri que Michel Houellebecq diz o mesmo em seu livro Soumission".

Até os dois principais jornais do establishment alemão criticaram a crescente tendência.

O Frankfurter Allgemeine Zeitung tomou partido contrário à decisão de Colônia de autorizar a oração do muezim em 50 mesquitas da cidade. Ronya Othmann escreveu:

"contrastando com o Adhan, a chamada islâmica às orações, o badalar dos sinos é apenas um som, não uma mensagem. 'Tolerância' é uma palavra como 'diversidade' e 'respeito', um chiclete velho mascado até não ter mais gosto. Se Erdogan acarpetou aldeias Alevis e Yazidi com mesquitas e as fez ressoar a fé islâmica cinco vezes por dia, é um ato de submissão islamista e não podemos permitir que isto aconteça em Colônia".

O jornal Süddeutsche Zeitung de Munique também foi duro:

"o chamado às orações não é novidade na Alemanha. Ele já é ouvido em dezenas de cidades há muito tempo. O Ocidente Cristão, se é que ainda existe, não cairá de sopetão. Mas Recep Tayyip Erdoğan uma vez citou um poema: 'minaretes são baionetas, cúpulas são capacetes,... crentes são soldados. Uma coisa é inegável: o islamismo está em ascensão há décadas. A ascensão ao poder do Talibã no Afeganistão é saudada pelos islamistas como triunfo abençoado com o poder da fé. Então a transformação de Hagia Sophia em mesquita... Isso pode ter pouco a ver com as ideias e pensamentos da maioria dos muçulmanos na Alemanha. Mas para um islamista, o Adhan é a confirmação diária do mandato político".

Agora temos música alta ecoando de uma tenda acima da Willy-Brandt-Platz de Leipzig, enormes banners verdes com letras em árabe e jovens distribuindo panfletos aos transeuntes. O Bild nos diz que o aniversário de Maomé está sendo comemorado em uma grande cidade alemã. Se a França é o país da agressão islamista, a Alemanha é o país da rendição. O Pew Research Center estima que em 2050, a população muçulmana da Alemanha atingirá 17,5 milhões, 20% da população. Hoje ela é de apenas 8%. A "cidade dos Três Magos" será renomeada de "cidade dos muezins"?

"Prepare-se para o muezim diário..."alertou Henryk Broder no jornal Die Welt. "Já é uma realidade em Estocolmo, Londres, Bruxelas e Amsterdam..
. "

01 de março de 2022
Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.