"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

RENAN QUER LIMITAR DOAÇÕES PARA CANDIDATO NÃO TER DONO


ELE PROPÕE LIMITAR "NANOLEGENDAS" E GARANTIR CANDIDATOS SEM DONO


O SENADOR RENAN CALHEIROS (COM A COLEGA

LÚCIA VÂNIA. DO PSDB-GO): CANDIDATO SEM PATRÃO.
(FOTO: GERALDO MAGELA)


O presidente do Senado, Renan Calheiros, defendeu, nesta segunda-feira (1º), um teto para doações de campanha como forma de impedir que o candidato "tenha dono" e o eleito "tenha patrão". Em sessão de homenagem aos 70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral, o senador pregou o fortalecimento dos partidos e a fixação de uma cláusula de barreira para impedir a proliferação de legendas.

— Urge que atuemos no fortalecimento dos partidos, com mais nitidez programática e mais vida partidária. É preciso também igualar oportunidades; fixar cláusula de barreira que iniba a proliferação das nanolegendas e colocar um ponto final na promiscuidade do público com o privado, com um teto de contribuições para que o candidato não tenha dono e o eleito não tenha patrão — afirmou.

Segundo o parlamentar, os sistemas eleitoral, político e partidário brasileiros são anacrônicos e ultrapassados, e o Legislativo tem a oportunidade de reformá-los, antes que outros o façam.

— Nossa obrigação é decidir qual a forma mais democrática de a população escolher seus representantes. Se não fizermos neste momento único de protagonismo do Poder Legislativo, outros o farão. Precisamos melhorar a política para que a política ajude a melhorar o Brasil — alertou.

O presidente do Senado destacou a importância da Justiça Eleitoral para a democracia brasileira. Segundo Renan, a democracia não se realiza na letra fria da lei e nem se concretiza sem eleições regulares. Ele lembrou que cabe à Justiça Eleitoral a responsabilidade de cuidar de todo o processo, que vai do alistamento dos eleitores à proclamação do resultado final.



01 de junho de 2015
diário do poder

PLANALTO EM ALERTA!

Adicionar legenda

01 DE JUNHO DE 2015

A PÁTRIA EDUCADORA...

                                A TAR DA PÁTRIA EDUCADORA




O dinheiro roubado de 200 milhões de brasileiros pelo estado vai para financiar bizarrices como essa: uma tese de doutorado, paga com o nosso dinheiro, sobre "tatuagens e construção de identidades em piriguetes."
Certamente um tema extremamente relevante e importante para os 200 milhões de assaltados que financiam coisas como essas.
Pra quê o estado tem que cuidar de educação mesmo?

Duvida? Link da tese:
https://www.academia.edu/12350656/TATUAGEM_E_CONSTRUÇÃO_DE_IDENTIDADE


01 de junho de 2015
in graça no país das maravilhas

BRASIL: O IMPÉRIO DA BARBÁRIE SOB O COMANDO DO PT


 

Foi um crime muito bárbaro e cruel. Eles cortaram os pulsos das meninas, furaram mamilos e olhos e depois ainda as arremessaram de cima de um morro”.
A declaração, dada ao G1, é do delegado da Polícia Civil de Castelo do Piauí, Laércio Evangelista, sobre o crime contra quatro meninas adolescentes ocorrido na noite da quarta-feira.
Cinco homens participaram. Quatro deles, todos menores de idade, já foram apreendidos.
Segundo o delegado, eles são conhecidos na cidade e – oh, s...urpresa! – já possuem diversas passagens pela polícia.
“Ainda não temos como precisar qual o instrumento usado nas agressões. Pode ter sido paus, pedras ou só socos. Há possibilidade de elas terem sido arrastadas antes de serem jogadas ou que tenham sido agredidas em um outro local e depois jogadas. Seguramente as meninas sofreram muito nas mãos dos suspeitos”, explicou o diretor do IML, Antônio Nunes.
Material genético foi encontrado nas unhas das garotas, o que para ele indica que as vítimas lutaram com os agressores.
“O estado em que essas meninas chegaram aqui nos assustou bastante. Todas foram vítimas de muitas lesões. Uma delas ainda está na UTI porque teve traumatismo craniano. Uma das meninas chegou a ficar com a face desfigurada”, relatou o diretor do Hospital de Urgência de Teresina, Gilberto Albuquerque.
Enquanto o Congresso discute reforma política, a população é violentada, estuprada, furada, cortada, arrastada, arremessada, queimada, roubada e até morta pelos inimputáveis de Maria do Rosário, Siro Darlan, Marcelo Freixo, Luciana Genro, Chico Buarque e companhia bem escoltada, que ainda posam de defensores das mulheres.
Diariamente, essa gente joga o Brasil do penhasco.

http://veja.abril.com.br/…/o-horror-maria-do-rosario-menor…/ Ver mais


01 DE JUNHO DE 2015
IN GRAÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS

O PAÍS É ESSE MESMO


Reprodução/TV Record
Dilma preferiu a bicicleta, ao invés de pedalar contas públicas




A grande maioria parlamentar optou apenas pelo fim da reeleição e talvez, esta semana, por marcar para 10 de janeiro, nos anos eleitorais, as posses dos presidentes da República, governadores e prefeitos eleitos no ano anterior. O restante do sistema político-eleitoral continuará na mesma, ou quase. Não adianta lamentar que deu em nada a fantástica reforma política, panacéia nacional cantada em prosa e verso pelos políticos e pela mídia. Era tudo jogo de cena, pois deputados e senadores preferiram apostar nos mecanismos para a reeleição. Manter as regras do jogo, com raríssimas exceções.
Para os que pensam em deixar acesa a chama da esperança de as reformas virem a ser aprovadas em novas votações ainda este ano, e nos próximos, vai um alerta. A menos que sobrevenham inusitadas crises, como a falência do Brasil ou a rebelião dos oprimidos e desassistidos, nada feito. Reforma política, adeus. Nem parlamentarismo, nem voto distrital. Muito menos financiamento apenas público das campanhas eleitorais, com o fim das doações empresariais.
Diminuição do número de partidos, nem pensar. Redução ou ampliação dos mandatos de senador, nunca. Extinção dos suplentes de senador, também não. Proibição de coligações partidárias? Jamais. Unicameralismo, sem chances, assim como qualquer das outras propostas aventadas no reino da fantasia, do tipo constituinte exclusiva para as mudanças constitucionais. Mandatos fixos para ministros dos tribunais superiores, só se vaca tossir, da mesma forma como cotas para mulheres se candidatarem.
Saiu tudo pelo ralo, ou quase tudo. Prevaleceu o interesse imediato dos legisladores. O Brasil não vai mudar de nome, nem de práticas e de costumes adotados ao longo das décadas.
Quem mais percebeu esse resultado foi o Lula, apesar de seu relativo mutismo. Quer voltar em 2018, possibilidade que apenas nos Estados Unidos seria impedida pela lei. Nosso país é esse mesmo, mas ao menos uma   vantagem isolada decorre do imobilismo: estamos vacinados contra golpes e alterações violentas no regime. Não há lugar para aventuras extemporâneas, a menos, é claro, no caso das duas hipóteses acima referidas, da falência do Estado brasileiro ou da rebelião das massas. Dizer “melhor assim” parece uma temeridade, mas é verdadeiro.
PEDALADAS PERIGOSAS
Madame comprou uma bicicleta, desde que o dono da fábrica não se tenha decidido a doá-la, coisa que não costuma acontecer com outros objetos de cunho pessoal. A conclusão será de que, de preferência, vai pedalar nos jardins do palácio da Alvorada, ainda que possa, como no sábado, arriscar uma incursão além das grades. O episódio revela que mesmo aos trancos e barrancos, a presidente se dispõe a seguir adiante, sem renúncia nem impeachment. O diabo são os tombos e as escorregadelas.

01 de junho de 2015

AS PEDALADAS DA DONA DILMA...

              Ninguém "pedala" melhor do que Dilma.


Alvo de ação penal protocolada pela Oposição junto à Procuradoria Geral da República, pelas famigeradas e criminosas "pedaladas fiscais", quando usou dinheiro de bancos públicos para pagar gastos do Tesouro, Dilma resolveu andar de bicicleta, mostrando que "pedalar" virou uma prática em todos os sentidos.  Ontem pela manhã, ela ultrapassou os jardins do Palácio do Alvorada e, acompanhada por seguranças, pedalou uma bicicleta verdadeira pelas ruas do entorno. Recentemente, Dilma comprou uma nova, escolhida por um assessor, que não se sabe se foi o Arno Augustin ou o Guido Mantega, especialistas na área,  em uma loja de Brasília. Do entorno do Palácio não saiu, porque não se ouviram panelas na Vila Planalto.

01 de junho de 2015
in coroneLeaks

AMIGO DE FÉ, IRMÃO, CAMARADA... E 'CUMPANHERO'

AMIGO DE PIMENTEL MENTIU EM DEPOIMENTO À POLÍCIA FEDERAL


Bené disse que não era filiado a partido
O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, preso pela Polícia Federal na última sexta-feira, 29, por suspeitas de desvio de recursos públicos para campanhas do PT, mentiu em depoimento que prestou à PF em 2014, quando a polícia apreendeu R$ 113 mil no avião particular em que ele voou de Belo Horizonte a Brasília.
Segundo documentos obtidos pelo Estado, Bené afirmou não ser filiado a partido político em depoimento prestado em 7 de outubro do ano passado, quando o avião onde estava o dinheiro foi fiscalizado. No entanto, de acordo com registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bené é filiado PSB do Distrito Federal desde 2 de outubro de 2009.
Uma das empresas de que Bené é sócio, a GMB Comércio de Vinhos Ltda doou R$ 3 mil à campanha de Jofran Frejat (PR-DF) ao governo do DF e outros R$ 3 mil à campanha de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que foi eleito governador.
A PF vê indícios de que Bené seria o operador de uma organização criminosa que desviava recursos públicos por meio de contratos não executados e/ou superfaturados com entes federais. Os contratos, segundo a Polícia Federal eram feitos principalmente nas áreas de eventos e serviços gráficos e o dinheiro era lavado por ele.

01 de junho de 2015
Daniel Carvalho, Talita Fernandes e Fausto Macedo
Estadão

O HUMOR DO DUKE

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01 de junho de 2015

EM MEIO A DESEMPREGO E INFLAÇÃO, AUMENTA CALOTE NO "MINHA CASA, MINHA CASA"



(Folha) A queda na renda do trabalhador brasileiro e o aumento do desemprego já se refletem na elevação da inadimplência no Minha Casa Minha Vida, maior programa habitacional do país. Números do Ministério das Cidades mostram que os atrasos acima de 90 dias, período a partir do qual o cliente é considerado inadimplente pelo sistema bancário, atingiram em março 21,8% dos financiamentos concedidos na faixa 1 do programa, destinada às famílias com renda mensal de até R$ 1.600. Em abril de 2014, eram 17,5%. 

Esse grupo paga prestações mensais entre R$ 25 e R$ 80 por um período de dez anos, o que corresponde apenas a cerca de 5% do valor do imóvel que vão receber. Nesse caso, o valor não pago pelo mutuário é bancado pelo Tesouro Nacional. Nas faixas 2 e 3 do programa, que inclui famílias com renda de até R$ 5.000, a inadimplência também subiu, de 1,9% para 2,2% nesse intervalo. Apesar de bem inferior ao da faixa 1, o dado está acima da média do mercado, que no mesmo período caiu de 1,8% para 1,7%. 

As perdas nessas faixas são assumidas pelo banco que concedeu o empréstimo ao mutuário, como em qualquer financiamento imobiliário. O aumento dos atrasos entre esses mutuários também levou a Caixa a suspender, em fevereiro, o programa Minha Casa Melhor. Tratava-se de uma linha para compra de móveis e eletrodomésticos com prestações de pouco mais de R$ 100. 

"As pessoas de menor renda são mais suscetíveis a mudanças na economia. Com o aumento do desemprego e a inflação elevada, a tendência é mais inadimplência até essas pessoas conseguirem ajustar o orçamento", afirma o presidente em exercício do Secovi-SP (sindicato da habitação), Flavio Amary. 

O coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, Lauro Gonzalez, afirma que o cenário econômico favorece a inadimplência, pois essas famílias gastam mais com água, luz e condomínio. Há ainda a perda de renda com a inflação e o desemprego. 

FALHAS NO PROGRAMA
Autor de estudos sobre o programa, o professor diz que o nível elevado de atrasos na faixa de menor renda é um problema persistente e que reflete falhas no programa. Gonzalez afirma que o fato de as pessoas não pagarem uma prestação relativamente baixa, no caso da faixa 1, comprova algo que é verificado pela experiência internacional em microfinanças. "Quando se cobra um valor muito inferior à capacidade de pagamento, a pessoa enxerga aquela obrigação como um compromisso menos importante", afirma. 

Elas priorizam, portanto, o pagamento de outras despesas. Há ainda o fato de que, até hoje, não foram retomados imóveis na faixa 1 por falta de pagamento. "As pessoas têm pouco comprometimento com o pagamento e pouco incentivo para fazê-lo." Em um momento de aperto de renda, portanto, o programa entra na lista de despesas a serem cortadas. 

Gonzalez afirma que a nova fase do programa, prometida pelo governo para este ano, deveria considerar o aumento do comprometimento de renda com as prestações por parte dos que podem contribuir mais (quase 80% das pessoas estão adimplentes), em conjunto com medidas que estimulem o pagamento em dia, para que isso não se reverta em mais atrasos. 

O presidente do Secovi-SP diz que a alta inadimplência na faixa de menor renda, mesmo em momentos melhores para a economia, já era esperada. Para ele, a nova fase do programa deve manter a política de altos subsídios pelo governo para cumprir o objetivo de reduzir o deficit habitacional nessas famílias.

01 de junho de 2015
in coroneLeaks

CRIMES CONTRA O TESOURO NACIONAL

BNDES subsidia obras no exterior com juros três vezes menores e com dinheiro do FAT.


NO DIA 22 DE MAIO ESTE BLOG DENUNCIAVA, JUNTO COM O ANTAGONISTA, OS JUROS COBRADOS DA REPÚBLICA DOMINICANA. LEIA AQUI!  E PUBLICAVA O LINK DO CONTRATO

LEIAM ABAIXO A MATÉRIA DO ESTADÃO. 

Desde 2007, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reforça o apoio ao que se chama de “exportações de serviços”, especialmente nos financiamentos para que grandes empreiteiras brasileiras pudessem fazer obras no exterior. O ‘Estado’ teve acesso ao primeiro de um desses contratos de crédito. Segundo avaliação de profissionais do mercado financeiro, nessa operação o banco só não teve prejuízo porque usou, em condições muito especiais, o dinheiro barato do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, que banca benefícios sociais como o seguro-desemprego.

O BNDES nunca divulgou quanto emprestou para as empreiteiras fazer obras lá fora, nem em que condições ou a que taxas. O sigilo é questionado e gera polêmica. Por ironia, um contrato se tornou público ao ser divulgado no site do governo da República Dominicana. O BNDES se comprometeu a emprestar US$ 249,6 milhões (R$ 786 milhões, pela cotação atual) para o governo daquele país tocar as obras do Projeto Múltiplo Monte Grande, que conta com uma barragem para abastecimento de água e fornecimento de energia. A construtora é a Andrade Gutierrez.

O empréstimo foi fechado em 2013, com prazo de pagamento de 12 anos, e o BNDES tem quatro anos para fazer o primeiro repasse. Ainda não fez nenhum. Mas chamou a atenção os juros: o país estrangeiro vai pagar 2,3%, mais a Libor – uma das taxas mais baixas do planeta. Em 2013, a Libor mais cara, para 12 anos, foi de 0,8%. Hoje está em 0,75% para este prazo.“ Pela primeira vez sabemos as condições e as taxas aplicadas: temos uma pista de como podem ser os financiamentos para outras construtoras”, diz o professor do Insper Sérgio Lazzarini, que estuda o BNDES há 10 anos.

Segundo análises de profissionais do mercado financeiro, feitas a pedido do Estado, o empréstimo à República Dominicana tem três detalhes que chamam a atenção. Primeiro: o BNDES deu subsídio, pois a taxa de juros cobrada foi inferior àquela que a República Dominicana conseguia no mercado (veja box). Segundo: a taxa concedida ao país foi bem menor do que a oferecida no próprio Brasil. O financiamento mais barato dado pelo BNDES aos brasileiros na área de infraestrutura foi para o Programa de Investimento em Logística (PIL): 7% (2% de spread, mais a Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, que na época estava a 5%. Hoje está em 6%). Terceira conclusão: se tivesse usado o seu próprio fôlego financeiro e feito o empréstimo com dinheiro de suas emissões, o BNDES teria prejuízo.

"Procurado, por meio de sua assessoria de imprensa, o banco declarou que a operação deu retorno porque ele usou uma fonte barata, o dinheiro do FAT. O BNDES fica com 40% dos recursos do fundo. Dessa parcela, por lei, 80% devem ser usados no Brasil – e o banco precisa devolver ao FAT pagando a TJLP. Os demais 20% podem ser usados em operações de exportação. Nesse caso, o dinheiro é corrigido pela Libor – a taxa pequenininha.Uma resolução do Conselho Deliberativo do FAT, porém, autoriza o banco a destinar até metade dos seus recursos vindos do FAT em crédito a exportações. Se isso for feito, significa que 20% do total do dinheiro do trabalhador vai render menos de 1% para que o BNDES banque exportações.

Em abril, o banco tinha R$ 202 bilhões do FAT. O fundo financia várias políticas públicas e mesmo com arrecadações recordes tem déficit. Nem as recentes mudanças aprovadas na Câmara, que reduzem o acesso do trabalhador ao seguro-desemprego e abono salarial, aliviam o rombo. Estima-se que o Tesouro terá de injetar quase R$2 bilhões no FAT em 2015. No ano passado, um relatório do Tribunal de Contas da União concluiu que parte do problema está no fato de o BNDES reter um volume elevado de recursos do fundo e determinou a devolução, pois a prioridade do FAT é dar assistência ao trabalhador. O banco alega que precisa do dinheiro para manter os seus programas.

De 2007 a 2014, o BNDES desembolsou recursos para 425 operações de exportação – pouco mais de 130 delas, o equivalente a um terço, beneficiaram seis construtoras: Odebrecht e sua subsidiária em Cuba, a Companhia de Obras e Infraestrutura, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e OAS. Todas agora são investigadas na Operação Lava Jato, que apura crimes de corrupção na Petrobrás. O dinheiro bancou rodovias, em Angola, estruturas portuárias em Cuba, hidrelétrica no Equador.

A assessoria de imprensa, em nota, negou que o BNDES dê subsídio e disse que o crédito a exportações é pago, em reais, para as empresas no Brasil, com benefícios para o País. Seus números: entre 2007 e 2013, o banco liberou US$ 54 bilhões para financiamentos à exportação que mobilizaram uma cadeia de 3.528 fornecedores.

O economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas, vê diferente: “É um absurdo que o BNDES dê subsídio com sigilo e sem detalhar os ganhos por projeto. Com dinheiro público, por princípio, deve haver transparência e boa gestão: o que não está claro no caso do BNDES.” A Andrade Gutierrez destacou, em nota, que a linha de crédito aprovada pelo Banco para o governo da República Dominicana (que é o devedor) é para financiar a exportação de bens e serviços de engenharia produzidos no Brasil, com custos compatíveis com os padrões praticados no mercado internacional". Banco teria prejuízo se não usasse o FAT.

Pelas simulações realizadas a pedido do ‘Estado’ por profissionais do mercado financeiro, o negócio com a República Dominicana é “muito ruim”. Primeiro, porque o subsídio foi relevante – 13% do valor do empréstimo, sem que seja claro o ganho para o Brasil. Em 2013, quando assinou com o BNDES, a República Dominicana fez captação de 10 anos pagando a taxa Libor mais 3,44%, mas o BNDES emprestou pela Libor mais 2,3%. Se usasse o próprio dinheiro, e não o do FAT, teria prejuízo. Em 2013, o banco fez uma captação em 10 anos, pagando Libor mais 2,77% – 0,47 ponto porcentual acima da taxa do empréstimo. “É maluquice: o que estão fazendo lá?”, disse um dos executivos consultados.

01 de junho de 2015
in coroneLeaks

DEL NERO FUGIU ANTES DE O FBI ATERRISAR NA SUIÇA PARA PRENDÊ-LO


A constatação do que motivou a repentina decolagem de Marco Polo Del Nero da Suíça para retornar imediatamente ao Brasil. deixando até de participar da eleição na FIFA, é óbvia: com a explosão internacional do escândalo marcado pela corrupção no futebol, que incluiu a prisão de José Maria Marin pelo FBI, o atual presidente da CBF temeu sofrer destino igual. Apressou-se, portanto, em deixar Zurique, sede da Federação Mundial, e retornar ao Rio de Janeiro, Barra da Tijuca, depois de retirar o nome de Marin do edifício. Del Nero, vale acentuar, foi vice-presidente da Marin na CBF até há poucos meses.
As reportagens de Jailton de Carvalho, Luiza Damé e Miguel Cabalero, no Globo, e de Leandro Colón e Marcel Rizo, na Folha de São Paulo, edições de sexta-feira, iluminam a cena e, ao mesmo tempo, eliminam sombras ainda existentes que tanto preocuparam (e preocupam) Del Nero. Afinal de contas, vice de Marin e por ele apoiado para sucedê-lo, não poderia ignorar o que se passava ao longo de mais de vinte anos na Confederação Brasileira e também as pontes existentes entre o esporte no Brasil e competições internacionais realizadas através do tempo.
Pois se José Hawilla, um ex-repórter, agora coloca à disposição da Justiça dos EUA, para confisco, 151 milhões de dólares, como a imprensa revelou, algo fora do esquadro das possibilidades ocorreu. De onde nasceu tal fortuna? Claro que, da mesma forma que Kleber Leite, outro ex-repórter, o enriquecimento surgiu de suas ligações com direções da CBF que se sucederam ao longo do tempo. Venda de direitos de transmissão e publicidade através de comissões que só podem incluir, a exemplo do que aconteceu no assalto à Petrobrás, superfaturamentos de preço. Alguém foi fortemente lesado, pois não existe débito sem crédito e vice-versa.
FRAUDES E SONEGAÇÃO
Fica no ar a dúvida, como admitiu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se as operações financeiras executadas com a participação da Traffic e da Kefler envolveram também – o que não parece impossível – fraudes fiscais e sonegação do Imposto de Renda. Isso porque, como está evidente no caso de José Hawilla, comissões eram pagas no exterior, atravessando estados da América do Norte, daí a participação do FBI nas investigações e nas prisões daqueles que considera culpados da prática de crimes financeiros.
José Maria Marin está preso na Suíça, aguardando desfecho de um processo de extradição para os Estados Unidos. José Hawilla, pelo que se interpreta da delação premiada que ofereceu junto com a devolução de 151 milhões de dólares, encontra-se nos EUA. Mas Kleber Leite está no Brasil. Teme naturalmente, agora, a Polícia Federal, mas não a extradição. A Constituição de nosso país proíbe a extradição de brasileiros. Se vier a ter seu nome incluído na lista do FBI, Del Nero passa à mesma situação de Kleber leite: não pode ser extraditado, assim escapa à perspectiva de ser preso nos Estados Unidos.
Por isso – claro – tratou de conseguiu passagem para antecipar seu retorno. Praticou assim, o que se pode considerar uma confissão, por ação tácita, de seu comprometimento, tenha sido este por participação ou por omissão diante de um plano sequência que se estendeu por vinte anos, segundo o FBI, numa versão confirmada pelo segredo e pelo silêncio.
ERRO COLOSSAL AO ATACAR O EUA
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, como se constata por sua entrevista, publicada na edição de ontem de O Globo, cometeu um erro colossal ao acusar o governo dos Estados Unidos de ter agido por questões políticas no caso da denúncia sobre a corrupção no futebol e a prisão de dirigentes da própria Federação Internacional, pelo FBI, na Suíça.
Blatter, ao acusar o governo de Washington de revanchismo pelo fato de o país não ter sido escolhido para sediar a Copa de 22, esqueceu das denúncias, inclusive confirmadas pelo brasileiro José Hawilla, que confessou a existência de subornos e se dispôs a devolver 151 milhões de dólares. Blatter abriu caminho para ser processado pela justiça americana e ter aprofundadas as investigações quanto a sua atuação. Pelo menos foi omisso em apurar os fatos, uma vez que não seria possível não ter conhecimento das articulações feitas à sombra do futebol internacional.
EDMUNDO BARRADO
As influências e os interesses de empresas na comercialização dos espetáculos eram bastante visíveis, como escreveu Carlos Heitor Cony na edição de ontem, domingo, da Folha de São Paulo. Ele lembrou o episódio da final da Copa de 98, em Paris quando depois de anunciar a escalação de Edmundo no lugar de Ronaldo, que não teria passado bem, o técnico Zagalo foi obrigado a mudar sua decisão, por determinações que recebeu dos dirigentes brasileiros, que não desejavam contrariar uma grande empresa patrocinadora. Este é um fato que em si confirma os interesses extra esportivos que envolveram e envolvem o futebol. Blatter não podia ignorá-los. Tampouco esquecer a entrevista de José Hawilla publicada na revista Veja. Errou pelo menos por dupla omissão.

01 de junho de 2015
Pedro do Coutto

LULA JÁ FALA EM DESISTIR DE SER CANDIDATO EM 2018






















Preocupado com a crise política que atinge o governo de sua sucessora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que só terá condições de ser o candidato do PT nas eleições de 2018 se a avaliação da presidente Dilma Rousseff melhorar e ele tiver um legado para defender para seus eleitores.
A Folha ouviu relatos de amigos que conversaram com Lula antes de seu último encontro com Dilma, na semana passada, em Brasília. Segundo eles, o ex-presidente citou a derrota sofrida pelo ex-governador Leonel Brizola (1922-2004) nas eleições presidenciais de 1994, quando perdeu para o nanico Enéas Carneiro (Prona) e terminou em quinto lugar, para ilustrar o medo que tem de perder seu capital político em uma empreitada fracassada.
Segundo um interlocutor, Lula afirmou que não adianta pensar que o povo votará nele só porque decidiu se candidatar. Brizola era “Deus” nas eleições de 1989, mas em 1994 perdeu até para Enéas, disse Lula, que ficou em segundo lugar nas duas vezes.
O ex-presidente faz esse tipo de análise para pouquíssimas pessoas. Nas demais ocasiões, prefere usar o PT como sujeito. Costuma dizer que, se o governo não melhorar até 2018, será difícil para a sigla.
Segundo o petista, a população não vota por gratidão, olhando para o passado, mas, sim, de olho no futuro.
CAUTELA
Lula avalia que, caso o governo não esteja pelo menos com avaliação “regular” às vésperas de 2018, poderá ser necessário escolher outro nome no PT para disputar a Presidência. Interlocutores do ex-presidente afirmam que ele já apresentou esse diagnóstico à própria presidente.
Depois da reeleição de Dilma, em outubro do ano passado, Lula disse pela primeira vez aos mais próximos que seria candidato em 2018. A partir dali, o PT começou a tratar a candidatura como oficial.
No entanto, com o agravamento da crise que atingiu o governo, seu afastamento dos movimentos sociais na base petista, e a queda da popularidade de Dilma, alvo de protestos desde a reeleição, Lula passou a reavaliar o cenário.
AGENDA POSITIVA
O ex-presidente espera que, após o lançamento do plano de concessões prometido pelo governo para 9 de junho, Dilma organize uma agenda positiva e melhore sua imagem desgastada.
Por outro lado, aliados dizem que Lula tem se colocado como o responsável pelo projeto petista e, por esse motivo, a possibilidade de ver seu legado terminar de maneira “melancólica” mexe com ele.
Por isso, dizem petistas, uma candidatura de Lula diante de um cenário ruim é bem difícil mas, avaliando pesquisas de intenção de voto diante de um contexto político e econômico “regular”, ele pode apostar novamente.

01 de junho de 2015
Andréia Sadi e Marina Dias
Folha

DIVALDO FRANCO: ENFOQUES SOBRE A REENCARNAÇÃO

Palestra Espírita - Divaldo Franco - Enfoques sobre a Reencarnação?

POR QUE PADRES E PASTORES SEMPRE DETESTARAM A REENCARNAÇÃO?



12
Muitos padres e pastores acreditam e querem que a salvação dos seus fiéis tem que passar por eles, o que não é novidade, pois eles, como todos nós, são seres humanos ainda muito imperfeitos e, portanto, egoísticos.
Assim, apesar de os líderes religiosos falarem muito na doutrina paulina da graça, segundo a qual a salvação nos é dada de graça, eles dão a entender que seus fiéis têm que estar unidos a eles, sem o que não haveria salvação. Daí que muitos dizimistas dão-lhes vultosos valores em dinheiro e em outros bens materiais para conseguir ficar bem com eles, o que, psicologicamente, faz os fiéis se sentirem falsamente seguros diante de Deus e até com certa tranquilidade para adquirirem a salvação, como se ela pudesse ser comprada com o dízimo!
Até que é bom estarmos bem e em paz com todo mundo. A nossa evolução espiritual e moral leva-nos para essa paz e harmonia com todas as pessoas, inclusive com os líderes religiosos. Jesus foi enviado por Deus ao nosso mundo, exatamente, para trazer para nós o Evangelho, que é um manual de regras que nos ensina como podemos acelerar a concretização da nossa harmonia com Deus, com todas as pessoas e com todos os seres vivos do universo, harmonia essa que torna realidade a nossa felicidade.
E a base dessa harmonia, não só no cristianismo, mas em todas as religiões, está nessa convivência pacífica e amorosa não só com os padres e pastores, mas com todos os nossos semelhantes. E essa harmonia com todos se transforma em bem para nós mesmos, pois colhemos o que semeamos. O Mestre dos mestres diz que a cada um será dado de acordo com suas obras.
CÉU E INFERNO
Não existem um céu e um inferno estáticos, geográficos e sempiternos. Uso no plural esse adjetivo “sempiternos” porque é ele que, verdadeiramente, significa “para sempre”. Realmente, eterno (“aionios”, em grego) tem o sentido de tempo indeterminado, indefinido, e não de “para sempre” como entrou em nossa língua portuguesa e outras. E um ensino de Jesus deixa-nos, também, claro, que não existem mesmo essas penas “sempiternas” ou sem fim: “Ninguém deixará de pagar até o último centavo” (Mateus 5: 26). Quando, pois, estivermos quites com os nossos débitos cármicos, não vamos pagar mais nada, o que joga por terra totalmente as penas sempiternas.
Como todos nós sabemos, o cristianismo tomou outros rumos bem diferentes daqueles do tempo dos apóstolos e das primeiras gerações cristãs. Ele passou a ensinar outras “verdades”, que foram impostas pela força. E a função dos líderes religiosos transformou-se numa profissão, às vezes, até muito rendosa. A exceção está com os líderes espíritas, que procuram reviver aquele cristianismo primitivo. E um detalhe: Enquanto os líderes religiosos, como vimos, têm na religião seu ganha-pão, os líderes espíritas são voluntários, não vivendo da sua religião, mas para a sua religião, o que incomoda muito os outros líderes religiosos. E é por isso que o espiritismo é a religião mais atacada, mais difamada e a mais caluniada!
E do espiritismo, o que mais incomoda os padres e pastores é a reencarnação, que é de fato uma grande verdade evangélica ocultada por eles durante séculos, a qual até conta com o aval de vários segmentos científicos. Ademais, sem ela, seria falsa a tão decantada misericórdia infinita de Deus!

01 de junho de 2015
José Reis Chaves
O Tempo

DEBANDADA...

DECISÃO DO STF SOBRE FIDELIDADE DEVE PROVOCAR TROCA-TROCA NO SENADO
STF ABRIU A TEMPORADA DE TROCA DE PARTIDOS ENTRE OS SENADORES



RICARDO FERRAÇO (PMDB-ES), PAULO PAIM (PT-RS),
ANA AMÉLIA (PP-RS), WALTER PINHEIRO (PT-BA) 
E LÚCIA VÂNIA (PSDB-GO) SÃO CITADOS ENTRE 
OS QUE PODERÃO VIR A TROCAR DE PARTIDO. 
(FOTOS: AGÊNCIA SENADO)


Ao decidir que os rigores da fidelidade partidária não se aplicam aos senadores, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu as portas para intenso troca-troca de partidos, no Senado. Pelo menos dez senadores podem deixar suas legendas. A maior baixa deve se verificar no PT: a exemplo de Marta Suplicy (SP), os senadores Walter Pinheiro (BA), Paulo Paim (RS) e Lindbergh Farias (RJ) podem optar pela desfiliação.

Espera-se troca de partidos também das senadoras Lúcia Vânia (GO), hoje no PSDB, e Ana Amélia (PP-RS).

Com atuação destacada no Senado, Ricardo Ferraço (ES) estaria insatisfeito no PMDB e pode também trocar de legenda.

Eleita com 8,3 milhões de votos, Marta Suplicy era ameaçada pelo PT com perda de mandato. Se cassada, assumiria um suplente sem-votos.

O relator do caso no STF, ministro Luís Barroso, destacou o absurdo de um suplente herdar o mandato conquistado pelo titular nas urnas. Leia na coluna Claudio Humberto.



01 de junho de 2015
diário do poder

"É ASSUSTADOR" - DIZ JUIZ DA LAVA JATO SOBRE SEQUÊNCIA DE PROPINAS


No despacho em que mandou prender preventivamente Renato Duque, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, ressaltou que é “assustador” o fato de que o pagamento de propinas para o ex-diretor de Serviços da Petrobrás continuou ocorrendo ainda no segundo semestre de 2014 – meses depois da deflagração da investigação sobre o esquema de corrupção na estatal petrolífera.


Renato Duque chega à Polícia Federal – Foto: Márcia Foletto/Ag. O Globo.

O magistrado destacou que o rastreamento bancário mostra que Duque “transferiu os saldos milionários de suas contas na Suiça para contas em instituições financeiras em outros países, entre eles o Principado de Monaco”. Todos os ativos nas contas de Duque já foram bloqueados pelo Principado.

Mônaco é uma cidade-Estado, paraíso-fiscal situado no sul da França. Em setembro de 2007, o ex-banqueiro italiano Salvatore Cacciola, protagonista do escândalo do Banco Marka
, foi preso pela Interpol no Principado. Condenado a 13 anos de prisão no Brasil por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta de instituição financeira, o ex-dono do banco Marka estava foragido da Justiça brasileira ficou 7 anos foragido, desde o ano 2000.





As autoridades do Principado de Monaco embargaram, nos últimos dias, valores em contas offshore controladas por Renato de Souza Duque mantidas no Banco Julius Baer: conta em nome da off shore Milzart Overseas Holdings Inc, com saldo de 10.274.194,02 euros; – conta em nome de Pamore Assets Inc, com saldo de 10.294.460,10 euros. O total de 20.568.654,12 euros representa aproximadamente R$ 70 milhões.

“Esses fatos encontram prova documental nos autos, inclusive a afirmação expressa das autoridades de Monaco de que as duas contas são controladas por Renato Duque”, anota o juiz Sérgio Moro. “Oportuno destacar que Renato Duque não declarou, à Receita Federal, qualquer valor mantido no exterior, que jamais admitiu perante o Juízo ou ao Supremo Tribunal Federal que teria contas no exterior, e ainda que o montante bloqueado é absolutamente incompatível com os rendimentos que recebia como ex-diretor da Petrobrás.”

O rastreamento mostra que ainda no segundo semestre de 2014, a conta em nome da offshore Milzart Overseas, no Banco Julius Baer, no Principado de Monaco, que tinha como beneficiário e controlador Renato Duque, recebeu, em diversas operações de crédito, cerca de US$ 2.220.517. Já a conta em nome da offshore Pamore Assets, no Banco Julius Baer, também no Principado de Monaco recebeu, no segundo semestre de 2014, a quantia de 208.643,65 euros.

“Esses valores foram provenientes de contas mantidas em nome das offshores Tammaroni Group e Loren Ventures, no Banco Lombard Odier, na Suiça, que também seriam controladas por Renato Duque, ainda em 2014″, assinala o juiz Moro.

O juiz da Lava Jato citou, na decisão, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que detinha soma superior a US$ 26 milhões em contas na Suíça. “Os indícios são de que Renato Duque, com receio do bloqueio de valores de suas contas na Suiça, como ocorreu com Paulo Roberto Costa, transferiu os fundos para contas no Principado de Monaco, esperando por a salvo seus ativos criminosos.”

O juiz destacou trechos do relato do engenheiro Shinko Nakandakari, apontado como um dos onze operadores de propinas na Diretoria de Serviços, cota do PT na Petrobrás. Em delação premiada, Shinko revelou ter intermediado o pagamento de propinas da empreiteira Galvão Engenharia a Pedro Barusco, ex-gerente e braço direito de Duque. Segundo Shinko, os repasses a Duque eram realizados “em valores milionários”.

“(Shinko) Declarou que entregou pelo menos um milhão de reais em espécie a Renato Duque”, assinala o juiz no novo decreto de prisão contra Duque. “O mais assustador é que Shinko confessou o pagamento de propinas ainda no segundo semeste de 2014, quando a assim denominada Operação Lava Jato já havia ganho notoriedade na imprensa. Indagado, admitiu que, mesmo com a notoriedade da investigação, nem ele ou a empreiteira sentiram-se tolhidos em persistir no pagamento de propinas, o que também parece ser o caso de Renato Duque, já que realizou operações de lavagem em 2014, já durante o curso das investigações.”



*Clique e veja o despacho do Juiz Moro na íntegra: http://zip.net/bfrlW1


01 de junho de 2015
Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso, Andreza Matais e Fausto Macedo
in mario fortes