"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

PESQUISAS FURADAS NA MIRA

COM MÁQUINAS DE VOTAR SEM VOTO IMPRESSO, SÓ RESTAM AS FORÇAS ARMADAS PARA SALVAR O BRASIL DA SANHA COMUNISTA



Quem acompanha o noticiário político viu a pesquisa publicada no último domingo pelo DataFolha, empresa do Grupo esquerdista Folha de S. Paulo, que dispensa apresentações. 

Como não poderia deixar de ser esse instituto afirma que Lula lidera com folga a disputa presidencial de 2018, enquanto mais da metade do eleitorado, segundo essas empresa dos Frias, quer que Lula seja preso por conta dos processos que responde na Justiça.

Repete-se no Brasil o mesmo esquema que ocorreu na recente eleição presidencial dos Estados Unidos. Todos os institutos de pesquisa davam como favas contadas a vitória de Hillary Clinton. 
Apurados os votos o vencedor foi Donald Trump, ainda que tenham ocorrido suspeitas de fraude à farta.Quem acompanhou o noticiário internacional por veículos de mídia independente dos Estados Unidos sabem muito bem o que aconteceu.

Talvez se a eleição nos Estados Unidos tivessem sido feitas por meio de máquinas eletronicas da famigerada Smartmatic, os Clinton e seus asseclas estariam hoje reinando absolutos e o Salão Oval da Casa Branca teria sido transformado numa arena para o Santander exibir suas exposições de arte bundalelê. 

Pois bem. O que é interessante observar é que os institutos de pesquisa ao mascararem índices de pesquisa podem ajudar a corroborar resultados duvidosos, ainda mais em sistemas eletrônicos que não permitem um auditoria em caso de dúvidas e eventuais fraudes. 
É o caso do Brasil, cujas máquinas eletrônicas não viabilizam uma conferência dos votos.

As novas máquinas de votação eletrônica emitem um voto impresso que o eleitor deposita numa urna que ficará à disposição para eventual necessidade de recontagem dos votos e, ao mesmo tempo cotejar o resultado dos votos eletrônicos com os votos em papel contidos nas respectivas urnas.

Em novembro de 2015, o Congresso derrubou o veto de Dilma ao voto impresso que havia sido aprovado nas duas Casas do Legislativo. Ao todo, 368 deputados e 56 senadores votaram a favor da impressão do voto de forma a permitir eventual auditoria. A proposta havia sido apresentada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), segundo matéria do site do Estadão.

Entretanto, o Presidente do TSE, o controvertido Ministro Gilmar Mendes alega a falta de recursos e avisou que apenas um pequeno contingente de urnas eletrônicas que emitem votos impressos e permitem eventual auditoria serão utilizadas no pleito presidencial de 2018.

Arvora-se Gilmar Mendes de um poder que não tem, ou seja, desobedecer o que foi votado e aprovado pelo Congresso Nacional.

O assunto já voltou a ser ventilado na Câmara dos Deputados mas a maioria dos parlamentares cala-se de forma vergonhosa o que sugere cumplicidade com a desobediência de Gilmar Mendes.




Esta é a verdade dos fatos. Sem a possibilidade de todas as urnas serem de última geração a eleição presidencial de 2018 será tisnada pela dúvida do eleitorado e dos candidatos quando à sua lisura, porquanto as velhas e enferrujadas máquinas de votar continuarão a ser utilizadas.

Em síntese: o dinheiro que poderia ser utilizado para promover uma eleição limpa e com condições de auditoria está nas arcas dos vigaristas e ladrões do erário, conforme ficou evidente pela operação Lava Jato. E não sai da cabeça dos eleitores aquelas malas e caixas cheias de dinheiro encontradas no cafofo daquele baiano. Será que é só aquilo que se viu? 

É por essas e outras que os cidadãos decentes, trabalhadores e cumpridores da lei vêem nas Forças Armadas o último e derradeiro bastião de resistência capaz e impedir a transformação do Brasil numa nova Venezuela. 

Aliás, a comunização da Venezuela se deu por meio de sucessivas eleições, sendo que a famigerada Smartmatic foi criada lá durante o governo de Hugo Chávez.

E esta ameaça no Brasil é séria, haja vista para o comportamento dos velhacos da grande mídia. A questão das urnas caducas é intocável. 
Não gera pautas de jeito nenhum, enquanto os jornalistas se dedicam a tecer loas à indecência criminosa materializada na maior afronta já vista na história do Brasil, o vilipêndio de crianças inocentes em ditas mostras de arte.

Todo o mal que se derrama e envolve o povo brasileiro é gerado nas redações da grande mídia, viveiros de todos os tipos de imorais e vagabundos que continuam incensando todos aqueles que desejam ardentemente transformar o Brasil em mais uma República Comunista, como Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e países africanos similares. 

A situação é tão grave e dramática que sobraram apenas as Forças Armadas que ainda não foram imobilizadas e nem se pautam pela mídia fake news.

03 de outubro  de 2017
in aluizio amorim
INVERSÃO DE VALORES MORAIS, UMA AGENDA PENSADA

Em meio às polêmicas sobre exposições envolvendo crianças em cenas de incentivo a práticas ilegais, como a pedofilia, precisamos voltar as atenções para dois pensadores marxistas do século 20: Antonio Gramsci, italiano, e Herbert Marcuse, alemão. 
Ambos teorizaram sobre hegemonia cultural e pregaram a destruição dos valores morais da sociedade como caminho para o triunfo da revolução comunista.

Gramsci nasceu em Ales, a 22 de janeiro de 1891, e morreu em Roma, a 27 de abril de 1937. Filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político, pertenceu ao Partido Socialista Italiano, no qual foi correligionário de Benito Mussolini, tendo rompido com ele na década de 20. Fundou o Partido Comunista Italiano.

Ele sustenta que o poder é garantido fundamentalmente pela "hegemonia" cultural que as classes dominantes exercem sobre as dominadas, através do controle do sistema educacional, das instituições religiosas e dos meios de comunicação. Sugere que os valores que sustentam a sociedade burguesa sejam destruídos e substituídos pelos valores revolucionários, que invertem aqueles, por meio da utilização e hegemonização dos meios de comunicação, das artes, da cultura e da educação. Os instrumentos dessa empreitada seriam os jornalistas, os artistas e professores.

Herbert Marcuse nasceu em Berlim, a 19 de julho de 1898, e faleceu em Starnberg, a 29 de julho de 1979. Sociólogo e filósofo, naturalizado norteamericano, pertencia à famosa Escola de Frankfurt (marxista). Condenava o capitalismo, mas foi morar justamente no maior país capitalista do mundo. No Camboja, nem pensar!

Estudioso de Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, Marcuse se preocupou com a busca da felicidade pelo ser humano, por meio da satisfação dos desejos individuais. Ele queria liberar os freios sociais que impedem o indivíduo de fazer tudo o que tenha vontade, como forma de diminuir a infelicidade das pessoas.

Marcuse, ao teorizar que o proletariado não era mais a força revolucionária descrita por Karl Marx, advogou a tese de que a revolução deveria apostar nos grupos minoritários cuja ascensão não é permitida pela sociedade, aqueles que o bem-estar não conseguiu incorporar.

A agenda atual, dominada pelo politicamente correto, com os meios de comunicação e a intelectualidade tentando impor distúrbios psíquicos como comportamentos naturais, desacreditando a organização familiar e incentivando a devassidão como algo moderno e avançado, não acontece por acaso.


03 de outubro de 2017
Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do DF, jornalista e escritor.

SENADOR MOSTRA QUE NOS GOVERNOS DO PT, O BNDES DEU TUDO O QUE A JBS QUIS

TRAMITAÇÃO DEMORAVA 20 DIAS PARA JBS; PARA OS DEMAIS, 202 DIAS


RONALDO CAIADO TAMBÉM CHAMOU A ATENÇÃO PARA O PRIMEIRO ESCÂNDALO QUE ENVOLVEU A JBS E O BNDES AINDA EM 2005 FOTO: SIDNEY LINS

O ex-presidente do BNDES nos Governos Lula e Dilma, Luciano Coutinho, afirmou que "não se lembra" de nenhum pleito da JBS que tenha sido rejeitado pelo BNDES durante o tempo em que comandou a empresa. De acordo com ele, apenas alguns projetos que teriam sido "aperfeiçoados" pelo banco.

A declaração foi dada durante a CPMI do JBS, durante a sessão nesta terça-feira (03/10), em resposta à pergunta do senador Ronaldo Caiado (Democratas-GO). Coutinho é o presidente mais longevo do banco, ficando no comando de maio de 2007 a maio de 2016. Durante esse período, ele recebeu a visita dos sócios da empresa 23 vezes.

"Vossa senhoria diz que não se lembra de a JBS ter nenhum projeto rejeitado, mas que provavelmente todos foram 'aperfeiçoados' No entanto, o que assistimos no Brasil são milhares de projetos rejeitados pelo BNDES e que sequer tiveram esse gesto nobre por parte do banco de fazer um trabalho de 'aperfeiçoamento'. Queremos deixar essa evidência do tratamento diferenciado que foi dado. Dados do TCU mostram que o tempo de tramitação dos processos da JBS duraram 20 dias. O tempo médio no BNDES é de 202 dias", ressaltou Caiado.

Coutinho também precisou responder se houve alguma pressão por parte do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, preso sob acusação de facilitar interesses do grupo no governo federal. Caiado lembrou que todas as afirmações feitas na comissão serão comparadas à futura delação premiada de Mantega. O ex-ministro deve apontar como funcionava o tráfico de influência envolvendo a Fazenda e os bancos públicos.

"Por que faço essa pergunta? porque fomos informados hoje pela imprensa que Mantega está negociando uma delação premiada. As declarações têm que estar de acordo com o que Mantega disse. Se não, será chamado novamente e vamos confrontar o que não está de acordo entre os dois senhores, "explicou.

HISTÓRICO
Ronaldo Caiado também chamou a atenção para o primeiro escândalo que envolveu a JBS e o BNDES ainda em 2005, quando gravações que envolviam Júnior Friboi e um empresário revelaram que o grupo mantinha um cartel e fixava preço em todo o país. Na época, Caiado era presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e chegou a acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

"Hoje, 12 anos depois, o Estadão publica que agora o Cade mandou abrir novamente e recomendou ao tribunal que condene o Júnior Friboi pelas gravações e pelo cartel montado.E na gravação ainda há a informação de que haveria um contrato de gaveta com o BNDES", lembrou.

Coutinho evitou responder diretamente o tema e negou que houvesse qualquer tipo de pressão entre o grupo e o ex-ministro Mantega com o banco.


03 de outubro  de 2017
diário do poder

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

STF ACABARÁ COM CARTÓRIO PARTIDÁRIO?



Quarta-feira pode ser um dia decisivo para o futuro político brasiliano. O Supremo Tribunal Federal decidirá se temos direito a uma participação política sem um partido político como intermediário indevido e ilegítimo. A candidatura avulsa, sem a obrigatória filiação partidária, é legítima. Basta considerar o primado do indivíduo sobre os “cartórios” estatais. Isto acontece em países civilizados e democráticos. Precisa também valer no Brasil de duvidosa segurança do Direito.
Apenas países com cultura autoritária, estadodependentes, proíbem o direito de o cidadão se candidatar livremente. Ninguém deveria ser obrigado a se filiar aos cartórios políticos para exercer o dever e o direito de atuar diretamente na Política. O artigo 5º, XX, da Constituição deixa claro que ninguém pode ser obrigado a se associar para exercer seus direitos e garantias fundamentais. Portanto, o STF nem tem muito que interpretar para libertar o cidadão da cartorial ditadura partidária.
A Constituição só considera cláusula pétrea – que não pode ser alterada - o voto secreto, secreto, universal e periódico. O texto constitucional (feito para regular tudo) esqueceu de considerar imutável a obrigatoriedade de filiação partidária para disputar uma eleição. A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, chamou a atenção para isso quando enviou ao Supremo um parecer favorável à constitucionalidade das candidaturas avulsas (sem filiação partidária). O relator da questão, Luis Roberto Barroso, já cansou de declarar que a Carta de 1988 não contempla a “Democracia dos Partidos”...
O supremo debate sobre a liberdade política vai abrir uma outra discussão, também profunda, sobre a adesão do Brasil ao Pacto de São José da Costa Rica. Também conhecido como Tratado Interamericano de Direitos Humanos, em seu artigo 23, deixa claro que não se pode condicionar a uma filiação partidária o livre direito de um cidadão votar e ser eleito. Como o Brasil aderiu ao Pacto em 1992, com anuência do Supremo, agora surge mais uma oportunidade de reafirmar ou não sua legitimidade de cumprimento.
Quem vale mais: o Pacto transnacional ou a nossa Constituição? Defensor do direito a uma candidatura avulsa, livre dos partidos, o jurista Modesto Carvalhosa, em recente artigo ao jornal O Globo (reproduzido neste Alerta Total), chama atenção para um fato objetivo: A prevalência do Pacto de São José sobre a Constituição, naquilo que for mais benéfico ao cidadão, está consolidada na Súmula Vinculante 25 do STF. Já deu para sentir que o assunto dará pano para manga da toga... Também renderá mais um debate sobre a extensão da soberania nacional – que costuma deixar nossos militares eletrizados...
Enfim, é inegável o direito à candidatura livre, sem intermediação obrigatória dos partidos políticos – com a imagem desgastada pela falta de democracia interna e acusados de práticas de corrupção, como se fossem organizações criminosas que usam e abusam da politicagem. A maioria ou unanimidade do Supremo não terá outra opção exceto repetir que vale o que está claramente exposto no artigo primeiro da sexta Constituição do Brasil. Todo poder emana do povo e pode e deve ser exercido diretamente pelo cidadão.
Se não houver embromação de algum pedido de vista do processo, a decisão do STF sai na quarta-feira e promove, na prática, a maior reforma política de todos os tempos. Tomara, também, que na mesma quarta, a maioria suprema reafirme a amplitude da Lei da Ficha Limpa, deixando claro que processado e condenado por corrupção não possa disputar eleição. Militantes e Militares estarão mais ligados que nunca na TV Justiça, aguardando os finalmentes dos acontecimentos no Supremo...
Independentemente da decisão do STF, quem precisa tomar vergonha na cara é o eleitor. Não adianta ser livre para continuar votando erradamente, escolhendo o pior de uma escória para representá-lo politicamente. No Brasil, devemos parar de repetir a falsa máxima de que “a voz do povo é a voz de Deus”... Após cada eleição, fica claro que estamos sacaneando o Criador...
Além disso, é hora de entrar firme em duas campanhas. A primeira pela urna eletrônica com impressão total dos votos para conferência. A segunda é o compromisso ético de reeleger ninguém em 2018.
Já passou da hora de mudar e renovar o Brasil.

Grande Vigilância



Especialíssimo




Problema profundo



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


03 de outubro de 2017
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

TEMER "CONVÉM"

Os 59% de brasileiros que querem o afastamento de Michel Temer terão de esperar o fim de seu mandato.
Diz o editorial da Folha de S. Paulo:
“A copiosa rejeição a Temer não se traduz em atos populares por sua saída, nem em fortalecimento da oposição parlamentar, tampouco em instabilidade que desarranje a economia.
O atual governo é desaguadouro natural de frustrações diversas e acumuladas dos brasileiros com políticos, práticas corruptas e estelionatos eleitorais —o que não chega a configurar injustiça (…).
À medida que se avança no tempo, porém, um ponto de vista pragmático parece ganhar corpo na sociedade: quanto mais perto das eleições e do fim desta administração, menos producente se afigura nova troca no comando do país.
Nesse sentido, de acordo com o Datafolha, cresceu de 30% para expressivos 37% a parcela dos que acham preferível que Temer conclua seu mandato.
Esse se mostra, diga-se, o cenário mais provável. O peemedebista, tudo indica, mantém apoios suficientes no Legislativo para barrar mais uma denúncia apresentada pelo Ministério Público.


Além disso, nenhuma das principais forças políticas tem real interesse no afastamento do presidente — seu desgaste contínuo convém tanto à oposição petista, carente de bandeiras, quanto a aliados de ocasião desejosos de arrancar favores do Executivo.” ( O Antagonista )

03 de outubro de 2017
in blog do mario fortes

PRESIDENTE DO STF MANTEM FACHIN COMO RELATOR DE RECURSO DE AECIO

Tucano pediu para anular a decisão que o afastou do exercício do mandato
A presidente do Supremo, Carmén Lúcia, e o ministro Edson Fachin, novo relator da Lava-Jato Jorge William / O Globo 


BRASÍLIA - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, manteve nesta terça-feira o ministro Edson Fachin como relator de um pedido pedido do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para anular a decisão que o afastou do exercício do mandato. Fachin foi sorteado relator do caso, mas Aécio solicitou que fosse escolhido outro.

Aécio e o PSDB apresentaram duas ações solicitando a anulação da decisão que o afastou do mandato e determinou seu recolhimento noturno. Como ela foi tomada pela Primeira Turma, os integrantes desse colegiado foram excluídos do sorteio eletrônico do STF. Sobraram apenas os da Segunda Turma, da qual Fachin faz parte.

Fachin foi o primeiro ministro do STF a afastar Aécio do mandato, em maio. O caso, porém, ganhou novo relator, Marco Aurélio Mello, que, em junho, suspendeu a decisão do colega, devolvendo o cargo ao senador. Na semana passada, a Primeira Turma tomou nova decisão, suspendendo outra vez o exercício do mandato.

Aécio pede que os efeitos da decisão da Primeira Turma da corte determinando seu afastamento e recolhimento noturno sejam suspensos até que o STF termine outro julgamento, marcado para a semana que vem. A solicitação do PSDB é mais simples: pede pura e simplesmente a suspensão da decisão da Primeira Turma. Dependendo da decisão tomada pela corte nestes novos pedidos, não haverá necessidade de o Senado manter para hoje a votação em que vai analisar se referenda ou não as medidas impostas pelo STF contra o tucano.

No dia 11 de outubro, o plenário do tribunal vai analisar se é preciso que Senado e Câmara referendem medidas cautelares, como as determinadas pelo STF no caso de Aécio, aplicadas contra parlamentares. A Constituição diz que isso deve ocorrer em caso de prisão, mas não faz menção a medidas cautelares. Entre senadores e ministros do STF, há quem defenda que o Congresso precisa dar seu aval. Outros entendem que não.


03 de outubro de 2017
Andre de Souza
in resistencia democratica

HEDIONDO! QUEM OLHARÁ PELO MENINO DO PIAUÍ?

Quem olhará pelo menino do Piauí?
Um menino de 11 anos foi encontrado numa cela, debaixo da cama de um homem que cumpre pena por estupro de vulnerável


Menino de 12 encontrado em presídio no Piauí (Sinpoljuspi/Divulgação)

Em 5 de setembro de 2008, os irmãos João Vitor dos Santos Rodrigues, 13 anos, e Igor Giovani dos Santos Rodrigues, 12, foram assassinados, esquartejados e jogados no lixo pelo pai, João Alexandre Rodrigues, e pela madrasta, Eliane Aparecida Antunes. 
Ou por ter acontecido na mesma época em que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá eram investigados pela morte de Isabella Nardoni ou porque casos ocorridos a quilômetros de distância dos centros financeiros ganham menos destaque, a história escabrosa mereceu apenas uma ligeira escala na imprensa antes de ser arquivada pelo país dos desmemoriados. 
Na edição de outubro de 2008, uma reportagem publicada na revista Brasileirosreconstituiu não apenas o homicídio, mas os anos de suplício que João e Igor sofreram dividindo o teto com aqueles que deviam protegê-los.

Há dias, o Brasil discute o caso da menina que tocou o corpo de um homem nudurante uma performance no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. Com o assunto ainda fervendo, aquecido por análises de educadores, artistas, prefeitos e secretários de cultura sobre o episódio, sem contar os milhares de neo-especialistas no assunto que pululam nas redes sociais, outro caso envolvendo uma criança surgiu. Embora muito mais relevante, continua confinado no canto das páginas de alguns jornais e sites.

Num presídio do Piauí, um menino de 11 anos foi encontrado numa cela, escondido sob o estrado da cama de um homem que cumpre pena por estupro de vulnerável (ato praticado contra menor de 14 anos). 
Resgatado por agentes desconfiados da atitude de alguns presos, o garoto contou que fora deixado ali pelos próprios pais. O casal viria buscá-lo no dia seguinte – depois de uma noite inteira —, quando voltaria para visitar o criminoso, um “conhecido da família”.

Segundo o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. Entre as prioridades, está “a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias”. 
O artigo 5º determina que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

Apesar da clareza da lei, dos 55,6 milhões de menores de 14 anos que vivem no Brasil, 12% são vítimas de alguma forma de violência doméstica. 
Segundo o Disque Denúncia, a cada hora cinco delas sofrem algum tipo de agressão — 80% causadas por parentes próximos. 
Os casos de negligência — quando as crianças são deixadas, por exemplo, sem comida, banho ou remédios — correspondem a 73% das denúncias. Em seguida estão a violência psicológica (50%), física (42%) e sexual (25%). O que será que sente quem é violentado justamente por quem deveria protegê-lo? Quando os pais não cumprem seu papel, a quem cabe substituí-los?

Um exame de corpo de delito constatou que não houve qualquer tipo de violência sexual contra a criança, que voltou para a guarda dos pais. Também João e Igor, protagonistas da história resumida no primeiro parágrafo, voltaram inúmeras vezes. 
Mesmo depois de 5 anos de fugas, denunciando os maus tratos que sofriam a delegados e conselheiros tutelares, os irmãos eram invariavelmente remetidos de volta para a casa dos algozes. 
Os meninos de Ribeirão Pires acabaram assassinados. O menino do Piauí parece não ter sofrido nenhuma violência física. Ainda.

03 de outubro de 2017
Branca Nunes, VEJA