"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 8 de abril de 2014

LULA FALOU DUAS HORAS E MEIA PARA BLOGS DO ESGOTO E NÃO CONSEGUIU CONVENCER SOBRE A PETROBRAS.

FHC falou cinco minutos e desmascarou a arenga do Lula.
 
 
FHC não foge da imprensa livre.
Lula só dá entrevista para blogueiros patrocinados pelas empresas estatais, inclusive a Petrobras, como hoje, a portas fechadas, no Instituto Lula

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rebateu nesta terça-feira (8) as críticas do ex-presidente Lula à pressão da oposição para instalar a CPI da Petrobras. Hoje Lula reuniu 10 blogueiros financiados pela Petrobras e outras estatais no Instituto Lula, para atacar a inciativa da oposição de investigar a roubalheira da estatal. O tucano afirmou que as suspeitas sobre a estatal são "espantosas" e devem ser investigadas.
 
"Se ele (Lula) conseguir demonstrar que está tudo certo, é bom para o Brasil. É difícil. Ele está se propondo a uma tarefa ambiciosa", disse FHC, ao chegar a um seminário sobre a obra do ex-ministro Sérgio Paulo Rouanet no Rio.

O ex-presidente negou que a oposição queira transformar a CPI em arma eleitoral, como acusou Lula. "A oposição fica surpresa, pelo menos eu, em ver a que ponto chegamos. Se for verdade tudo o que está sendo publicado, é espantoso." "A oposição deve verificar os fatos. E, ao contrário do que o Lula está dizendo, não deve usar como bandeira política. É uma coisa de interesse nacional. Tem que buscar os fatos e corrigi-los."

Segundo FHC, o governo não deve explicar apenas a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. "Não só a questão interna, de um negócio malfeito, mas a política energética. Seguraram o preço da gasolina, arrebentaram com o etanol. A Petrobras perdeu valor. Por alguma razão terá acontecido isso", disse.
 
(Com informações da Folha Poder)
 
08 de abril de 2014
in coroneLeaks

LULA DEFENDE CONTROLE DE CONTEÚDO DA IMPRENSA EM ENTREVISTA A BLOGS SUJOS E OS CONVOCA PARA A GUERRA

 

Quando a coisa aperta, então é o caso de chamar a rede de blogs que se orgulham, com justíssima razão, de ser chamados de “sujos”. É… Faz sentido! Tanto dinheiro público investido nesses patriotas, de forma direta ou triangulada (já explico)  tem de render alguma coisinha, não é?
Ao menos uma entrevista chapa-branca. De resto, é sempre um conforto o Apedeuta falar com esses iluminados porque, por dever de ofício e fiel a quem paga a conta, eles são mais lulistas do que Lula, mais petistas do que Lula, mais governistas do Lula — mais realistas, em suma, do que o próprio rei, como vocês verão.
Há até gente convicta entre eles, embora nunca gratuita, como na mais antiga profissão do mundo. Mas também há os que já foram antipetistas roxos — esse segundo grupo, não se enganem, tentará vender seus serviços aos tucanos ou aos peessebistas caso Dilma não seja reeleita.
Como vocês verão, no caso do deputado André Vargas (PT-PR), fica claro que o chefão petista é mais duro do que as penas alugadas. Dá para entender os motivos: Vargas já foi o poderoso Secretário de Comunicação do PT e era um dos interlocutores dessa verdadeira quadrilha de iluministas. Adiante.
 
Lula dá a orientação. Para ele, trata-se de uma guerra e, para evitar a CPI, é preciso, para usar a sua expressão, “ir pra cima”. Com aquele desassombro de que só ele é capaz, afirmou: “A gente não pode permitir que, por omissão nossa, as mentiras continuem prevalecendo”. De que “mentira” exatamente ele está a falar? O problema é outro: Lula não acredita é que possa existir a verdade: para ele, é tudo uma questão de guerra de versões. O mais forte vence. Ele se esquece de que foi a própria Dilma quem pulou, voluntariamente, no olho do furacão. Aliás, nos bastidores, ele próprio diz isso, numa linguagem que está mais para o ambiente sem censura da estiva do que para a nobreza dos salões.
 
E sobre André Vargas, o que tem a dizer? Isto: “Ele [André Vargas] é vice-presidente de uma instituição importante, que é a Câmara dos Deputados, e acho que quando você está em um cargo desse, você tem que ser exemplo. Espero que ele consiga convencer a sociedade e provar que não tem nada além da viagem de avião, porque, no final, quem paga o pato é o PT”.
 
Embora, mais adiante, ele diga que o caso do avião “já é grave”, note-se que ele considera a questão menor. Como se fosse possível dissociar um presentinho de R$ 100 mil que um doleiro dá uma parlamentar dos favores que o dito-cujo presta ao financiador da prebenda. Mas esse é o mundo de Lula. Ele nunca teve dificuldades de justificar essas concessões. Ou não é verdade que, durante um bom tempo, quem cuidava de sua vida, digamos, financeira era seu compadre e advogado Roberto Teixeira? Assim, que mal há em Vargas ter o seu próprio Teixeira? Lula acha até desculpável.
 
Regulamentação da mídia

Ah, sim: Lula também quer regulação da mídia. E ele quer mesmo é policiar o conteúdo. Destaco falas suas, segundo informa o Valor:

“Tentaram me derrubar em 2005, mas enfrentamos. Tentaram fazer a Dilma brigar comigo. Quando ela ganhou, tentaram se apoderar dela e quiseram fazê-la minha inimiga, dizer que o Lulinha estava fora. Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do país. É necessário. Vejo o mundo todo regulando”. Nota: nenhuma democracia do mundo regula conteúdo, como ele quer. Foi além: “Queremos uma coisa mais digna, mais respeitosa. Quando vejo o tratamento a Dilma, é de falta de respeito e de compromisso com a verdade. Não é possível que [a mídia] não se manque que o telespectador está percebendo”.
 
Ora, se o telespectador está percebendo, o que Lula quer regular? Alguém aí é capaz de dizer onde está o desrespeito? Vejam como a imprensa americana, por exemplo, cobre as ações do presidente dos EUA e como atua a nossa. Somos umas verdadeiras freiras.
 
Como Lula falava para a turma que lhe puxa o saco, distribuiu tarefas aos blogueiros sujos: “Vocês têm que começar uma campanha. Já que conquistaram a neutralidade da internet, ter a neutralidade dos meios de comunicação”. Mas ele quer a coisa feita com profissionalismo: disse não almejar uma “mídia que seja chapa branca” porque “as pessoas nem acreditam quando fala muito bem todo dia nem quando fala muito mal”.
Entendi. Lula quer um órgão estatal que decida quando falar bem e quando falar mal. É mesmo um democrata exemplar.
Ah, sim: ele aproveitou para dizer que a sua candidata em 2014 é Dilma e que é preciso parar com o boato de que ele pode voltar. O que vem agora parece inacreditável, mas é verdade: um dos, vá lá, “entrevistadores” deu até um bronquinha em Lula. Segundo disse, o ex-presidente não deveria ter negado a candidatura: “Deixa eles pensarem”...
Ora, não fosse assim, essas páginas seriam conhecidas como “blogs limpos”, certo?
 
08 de abril de 2014
Reinaldo Azevedo

O GRANDE E REAL RESPONSÁVEL PELO QUE ESTÁ ACONTECENDO SE CHAMA LULA DA SILVA




Há um ponto, porém, que é crucial. Dilma Rousseff é uma miragem, um avatar mal feito, uma realidade virtual que não consegue sequer falar de modo coerente.
 
O grande e real responsável pelo que está acontecendo se chama Lula da Silva, o presidente de fato que governa do seu gabinete das sombras. Por ele corrompeu-se, mentiu-se, fraudou-se, arrebentou-se a Petrobras.
 
Tudo foi feito a seu favor. Ele não sabia? Impossível. Por que suas desculpas esfarrapadas são piores que as do seu seguidor André Vargas e todo mundo acredita?
Por que ninguém o denuncia e o chama para depor no Congresso? Porque ele é intocável? Estão todos envolvidos em suas maracutaias?
 
Temem sua popularidade? De todo modo, se a oposição não tirar a coroa da cabeça do rei o corpanzil petista se fortalecerá ainda mais. 
 Afinal, sem Lula da Silva ou o Barba, como o chamou Romeu Tuma Junior, o PT não existe. Falta algum corajoso entender e mostrar isso.


08 de abril de 2014
Maria Lucia Barbosa é socióloga

O BOSTA


O MEU POVO INTITULA ESSE BOSTA DE REI!!!!!
A morte do operário Fábio Hamilton da Cruz, que caiu enquanto montava a arquibancada da Arena Corinthians e morreu, não deixou Pelé muito comovido. Na opinião do "Rei do Futebol", acidentes como esse na construção dos estádios são "normais"
 
08 de abril de 2014
in blog do beto

A TRADIÇÃO TEUTÔNICA E AS RAÍZES OCULTISTAS DO NAZISMO - PARTE 5


 Artigos - Movimento Revolucionário
Crenças místicas na Vaterland, educação da juventude e antissemitismo.

A reação germânica ao positivismo estava intimamente conectada com a crença numa força vital cósmica existente na Natureza, uma força obscura cujos mistérios não poderiam ser entendidos pela ciência, mas através do oculto, o “enxergar com a própria alma” (H. Blavatsky). Este ponto de vista estava ligado à crença da oposição entre esta força cósmica e tudo o que é artificial e construído pelo homem (...)A maioria dos historiadores ignorou esta linha de pesquisa porque é muito exagerada (e irracional) para ser levada à sério. No entanto, essas ideias deixaram uma profunda impressão numa nação inteira.
George L. Mosse (1)

O pensamento völkisch é fundamentalmente místico, guardando, se tanto, uma forma de racionalismo altamente abstrato que exclui qualquer pensamento analítico. Ontologicamente estava enraizado num conceito de natureza fluindo da “realidade superior” do cosmos para o homem, tornando-se cristalizada no horizonte, na paisagem, no meio ambiente e no estilo de vida do Volk. Esta atitude rejeita o cristianismo – e o judaísmo – em favor de uma cosmovisão panteísta da natureza como fonte das condições especiais e no potencial exclusivamente humano. A própria paisagem alemã supostamente despertava características culturais superiores. Os alemães, embora tivessem chegado ao futuro, deveriam retornar ao passado – um passado desprovido de tudo, menos da voz primeva da Natureza. Só aquelas pessoas que estavam próximas à Natureza poderiam compreender através de suas almas, a força de vida cósmica interior que constitui o eterno.


A supremacia germânica baseava-se no passado distante, quando os Cavaleiros Teutônicos viviam perto da natureza e longe do artificialismo moderno. Imaginação, sentimentalismo e vontade, atributos do “Homem Natural”, eram colocados acima da razão, responsável pelas desordens mentais do homem civilizado. A irracionalidade era vista como a fonte da iluminação. Acreditava-se que os teutônicos (2) possuíam uma “ciência secreta” com a qual podiam intuir o passado e adivinhar seu significado.

O Volk era, portanto, o intermediário e a expressão de uma essência transcendental e constituía a base de tudo o que era bom na Alemanha ou qualquer outro bem que viesse a se desenvolver, porque os alemães eram a realização da verdadeira capacidade superior de liberdade. A vida e o pensamento devem estar profundamente enraizados no Volk, depurado de todas as influências estrangeiras corruptoras – judeus, eslavos, negros, ciganos, etc. – dos quais provinham os efeitos da modernização, da urbanização, industrialização, materialismo, mero cientismo, diferenças de classe e individualismo hedonista.

A Alemanha só poderia ser libertada e capaz de realizar sua maior missão superando seus efeitos perniciosos e retornar, tanto quanto possível, ao Blut und Boden (Sangue e Solo). A cultura völkisch pregava uma espécie de refúgio na natureza, na purificação cultural e na unidade social. O objetivo völkisch tornou-se a criação de uma sociedade “orgânica”, tão harmonicamente inter-relacionada como se supunha ser a natureza pura.
Os verdadeiros produtores da classe média alemã, entre os quais estas ideias penetraram com maior sucesso, e todos os camponeses fortemente enraizados no solo, eram idealizados, com a mesma força que a urbanização e o cosmopolitismo eram abominados (3). A ciência médica era universalmente rejeitada em favor das curas espirituais e comer carne impedia não apenas o progresso espiritual, mas também o entendimento da natureza e da força vital. Os teosofistas ligavam a carne dos animais à sua inteligência subdesenvolvida e comer a sua carne introduziria a sua ignorância nos humanos

Paralelamente surgia a primeira expressão do ambientalismo moderno. No final do século XIX, com a crescente urbanização e vida sedentária, surgia na Alemanha uma ênfase no ar fresco e na vida no campo. Crescia a importância do físico, na preocupação com o corpo, da restauração do contato com a natureza que, além de levar a um estilo de vida puramente hedonista, desenvolvia simultaneamente uma nova expressão política (4). Payne afirma que “Hitler era muito avançado para o seu tempo nas preocupações com a ecologia, reformas ambientais e poluição”.

Os movimentos juvenis (5)
“Não precisamos de líderes intelectuais que criem novas ideias porque o supremo líder de todos os desejos da juventude é Adolf Hitler”.

Baldur von Schirach, Líder da Hitlerjugend

Desde o século XIX existiam os movimentos juvenis masculinos, sociedades de estudo da natureza, excursões de fim de semana, o despertar do novo culto da masculinidade e a ênfase na expressão masculina e de virilidade, desenvolvendo os antigos valores helênicos e pagãos, o culto aos guerreiros. Sua sociedade ideal, a Männerbund, era constituída exclusivamente por homens, uma “camaradagem-de-armas”, constituída de homens e rapazes rudes. Nela podem ser encontradas as raízes do moderno movimento gay (6).
Os turnverein (clubes de ginástica) foram criados por Friedrich Ludwig Jahn. Fervoroso patriota, ultranacionalista, racista e antissemita, acreditava que a pedra fundamental da saúde nacional era a educação física como formadora do caráter e identidade nacional.

O principal movimento juvenil surgido no final do século XIX (1890) foi o Wandervogel (Juventude Errante, literalmente: pássaros migratórios), sociedade que promovia caminhadas e camping restritos a rapazes, fundada por Hans Blücher, Karl Fischer e Wilhelm Jansen. Baseava-se nos ideais neo-helênicos, uma subcultura de rapazes e jovens que tentavam escapar da cultura “burguesa” da sociedade alemã, uma Jugendkultur, uma cultura de jovens comandada por jovens, na qual eles seriam verdadeiramente valorizados como indivíduos. Os membros da Wandervogel, que se distinguiam por usar shorts e botas de caminhada, tinham uma noção idealista e romântica do passado, ansiavam por dias mais simples em que o povo vivia da terra.

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Rejeitavam a era moderna das grandes cidades, desaprovavam a visão dessa época, baseada na revolução industrial iniciada por seus pais e avós e seus valores. Desprezavam a ambição e a avareza materialista e a nova mentalidade empresarial. Rejeitavam a educação rígida alemã e a autoridade dos pais, “as camisas engomadas e as calças frisadas da classe média”. Viam apenas hipocrisia na política e no rígido sistema de classes sociais da Alemanha Guilhermina, baseada inteiramente em direitos de nascimento e riqueza.
Cresceram rapidamente entre 1900 e 1914, atraindo a atenção e a admiração invejosa do establishment político e religioso da Alemanha, que criou seus próprios movimentos juvenis: a Organização de Jovens Católicos, os Escoteiros e uma enorme variedade de grupos esportivos e paramilitares.
Entusiasmados e apaixonados pela guerra, sucumbiram às pencas na I Guerra Mundial.
Depois desta devastação novos grupos apareceram: os Jovens Socialistas, os Jovens Democratas e os Jovens Conservadores. A maioria adotou uniformes em estilo militar e estabeleceram uma rígida hierarquia de postos. Nisto diferiam das organizações pré-guerra, com as quais comungavam alguns dos mesmos temas como a criação de uma nova era, uma Alemanha e um mundo melhores.
Hitler habilmente usou e transformou estes movimentos os expandindo e explorando seu romantismo para construir uma das bases do partido nazista, a Hitlerjugend:

“Meu programa para educar a juventude é duro. Fraquezas devem ser exterminadas através de um trabalho duro. Nos meus castelos da Ordem Teutônica será criada uma juventude perante a qual o mundo tremerá. Eu quero uma juventude brutal, cruel, dominadora e que não tema nada. Deverá ser tudo isto. Ela saberá suportar a dor. Não deverá haver nenhuma fraqueza ou gentileza. O olhar fulgurante dos animais de caça deverá ressurgir em seus olhos. É assim que erradicarei milhares de anos de domesticação humana. É assim que eu criarei a Nova Ordem” (...). “Quando um oponente declara ‘não ficarei do seu lado’, eu digo calmamente ‘seus filhos já nos pertencem’. Quem são vocês? Vocês morrerão logo. Seus descendentes, no entanto, já estão do nosso lado. Em pouco tempo eles não conhecerão nada mais do que esta nova comunidade. Enquanto a velha geração ainda hesita, as gerações mais jovens estão definitivamente comprometidas conosco e nos pertencem de corpo e alma. O conhecimento corromperia meus jovens. Prefiro que eles aprendam somente o que brote de seus instintos.


HITLERJUGEND

 
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Os fracos devem ser expulsos. Eu quero jovens que aguentem a dor. Um jovem alemão deve ser tão rápido quanto um cão de caça, tão rijo quanto couro, tão duro quanto aço da Krupp.


Adolf Hitler
 
Diante dessa bandeira de sangue, que representa nosso Führer, juro devotar todas as minhas energias e forças ao salvador da nossa pátria, Adolf Hitler. Estou disposto e pronto a dar a minha vida por ele, com a ajuda de Deus.

Juramento da Hitlerjugend

Instituição obrigatória para jovens da Alemanha nazista, que visava treinar crianças e adolescentes alemães de 6 a 18 anos de ambos os sexos para os interesses nazistas. Os jovens se organizavam em grupos e milícias paramilitares.
 
Inicialmente a liga atraiu poucos membros, competindo com numerosos outros grupos. Em maio de 1922 foi realizada uma reunião na Bürgerbräukeller em Munich, onde foi proclamada oficialmente a fundação da organização, com a presença de 17 jovens. A direção foi confiada a Gustav Lenk, que estabeleceu pequenas unidades em Nuremberg e outras cidades menores. No ano seguinte Lenk publicou a primeira revista da juventude nazista, a Nationale Jungsturm, que, quase falida, foi reduzida a um suplemento do Völkischer Beobachter, jornal oficial do Partido Nazista.
 
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Embora inicialmente pequena, foi crescendo junto com o partido: em 1932 eram 107.956 enquanto do Comitê do Reich das Associações da Juventude Alemã chegavam a 10 milhões de jovens, o maior movimento juvenil do mundo. Com a tomada do poder em 1933, Hitler nomeou Baldur von Schirach (foto abaixo), que desde 1925 já era líder da Juventude Hitlerista, “líder da Juventude do Reich Alemão” (Reichsjugendführer) em junho de 1933, posteriormente em vez de subordinar-se ao Ministério da Educação, Schirach passou à ser responsável diretamente perante Hitler.

 
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Em 1º de dezembro de 1936, já com 4 milhões de membros, Hitler decretou uma lei que extinguia todas as demais organizações de jovens tornado compulsória a integração de todos os jovens alemães:
“Toda a juventude alemã do Reich está organizada nos quadros da Juventude Hitlerista. A juventude alemã, além de ser educada na família e nas escolas, será forjada física, intelectual e moralmente no espírito do nacional-socialismo (...) por intermédio da Juventude Hitlerista”.
 
Em 1938 já eram 7.728.259. Estavam incluídos todos entre 10 e 18 anos. Aos 10 os meninos entravam para a Deutsches Jungvolk, aos 13 para a Hitlerjugend. As meninas aos 10 entravam para a Jungmadelbund e aos 14 para a Bund Deutscher Madel onde eram preparadas para a maternidade.
 
A regeneração da Alemanha deveria ser conseguida pela Männerbund, os grupos masculinos unidos pela camaradagem e treinados nas virtudes de “dureza, agressividade e crueldade”, qualidades descritas por Hitler como masculinas, em contraste com as femininas que se apresentavam “nas massas populares que tudo absorviam”. A dicotomia entre as qualidades masculinas/femininas como sinônimos de força/fraqueza eram consideradas por Otto Weininger como princípios cósmicos (7). Hans Blüher, historiador dos movimentos juvenis, assegurava que os valores masculinos eram os únicos que podiam regenerar a nova Alemanha e só eram encontrados nas associações exclusivamente masculinas. A sociedade nazista não era baseada na representatividade ou no constitucionalismo, mas no princípio da liderança (Führerprinzip), uma qualidade considerada exclusivamente masculina. As mulheres não eram admitidas em posições de responsabilidade.

 
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A origem das ideias antifeministas vinha de antes da I Guerra, para enfrentar a Liga das Mulheres Alemãs (Bundes Deutscher Frauenvereine): a Liga Germânica para a Prevenção da Emancipação das Mulheres (Deutscher Bund zur Bekämpfung Frauenemanzipation), fundada em 1912 tendo como aliada a União Nacional Germânica dos Empregados Comerciais Assalariados (Deutschnationaler Handlungsgehilfenverband), uma organização antissemita baseada na crença de que os movimentos feministas faziam parte de uma conspiração judaica para subverter a família alemã e destruir a raça germânica através da disseminação das doutrinas de pacifismo, democracia e materialismo. As mulheres independentes negligenciariam sua tarefa de produzir e criar filhos. Se as mulheres conseguissem o direito de voto a raça judia teria a Alemanha à sua mercê (8). No Mein Kampf Hitler escreveu:
 
“A mensagem da emancipação das mulheres foi inventada exclusivamente pela intelectualidade judaica e seu conteúdo tem o carimbo do mesmo espírito. A propalada garantia dos direitos da mulheres, exigência marxista, na realidade não garante direitos iguais, mas constitui uma privação de direitos já que conduz as mulheres a áreas nas quais elas são necessariamente inferiores”.
 
Não obstante, o voto feminino foi fundamental para a eleição de Hitler, principalmente nas duas eleições de 1932 e na última em 1933 (9), embora isto exija profundas reflexões que não cabem no presente artigo.
Para verem o triste fim da Hitlerjugend assistam ao vídeo do último aniversário do Führer em 20 de abril de 1945.

https://www.youtube.com/watch?v=XYxjnHvnIPM&feature=player_embedded

(A seguir: Teosofia, ariosofia, racismo e os principais místicos que influenciaram o nazismo.)
Notas:
1 - G. L. Mosse, The Mystical Origins of National Socialism, Journal of the History of Ideas, Vol. 22, No. 1 (Jan. - Mar., 1961), pp. 81-96, University of Pennsylvania Press

 
2 - A familia real da Prússia, posteriormente Imperial Alemã, é originária de Ordem dos Cavaleiros Teutônicos, tendo sido fundada pelo Grão-Mestre Albrecht von Hohenzollern, Duque de Brandenburg, depois de sua conversão ao Luteranismo.
 
3 - Stanley G. Payne, A History of Fascism 1914-1945, University of Wisconsin Press, 1995: London
 
4 - Note-se aqui a origem dos movimentos ambientalistas atuais derivados da noção pagã de Mãe-Terra, (Gaia), no caso a Vaterland, as ideias sobre comida “natural” e do movimento vegan (vegetariano), da proibição do fumo e da oposição ao progresso material capitalista e ao “consumismo” e da proliferação das academia de ginástica, templos de culto hedonista. Partidos de Esquerda, fundações internacionais e a ala esquerdista da Igreja Católica fazem exatamente o mesmo quando defendem a agricultura familiar e se opõem ao agronegócio. É de ressaltar que Hitler era vegetariano, antitabagista, não bebia bebidas alcoólicas e era adepto de grandes caminhadas pela bela paisagem germânica. Não é sem razão que estes movimentos são genericamente chamados de ecofascistas, embora seja melhor econazista, pois os fascistas italianos e franceses (da Action Française) nada tinham a ver com essas idiossincrasias tipicamente germânicas. (Payne loc. cit., 204).
 
5 - Recomendo ler também meus artigos: Os exterminadores do futuro IV - 2ª Parte: A doutrinação ideológica da juventude e a modificação do senso comum,

Os exterminadores do futuro IV - 3ª Parte: La Nuova Scuola Fascista e


Os exterminadores do futuro IV – 4ª Parte: Das organizações infanto-juvenis totalitárias.

 
6 - Scott Lively & Kevin Abrams, The Pink Swatika: homosexuality in the Nazy Party, Founders Publishing Corporation, 1995: Keiser, Oregon e Harry Oosterhuis & Hubert Kennedy, Homosexuality and Male Bonding in Pre-Nazi Germany, Routledge, NY: 2010
 
7- G. L. Mosse, The Crisis of German Ideology. Intellectual Origins of the Third Reich, London:1966
 
8 - Vários autores citados em Richard J. Evans, German Women and the Triumph of Hitler, Journal of Modern History, vol. 48, Nº 1, Univiversity of Chicago Press:1976. Também P. J. G. Pulzer, The Rise of Political Anti-Semitism in Germany and Austria, NY/London: 1964
 
9 - Richard J. Evans, loc. cit. Também Renate Bridenthal, Beyond Kinder, Kücher, Kirche: Weimar Women at Work, Central European History, Junho, 1973
 
Ouça a última edição do programa O Outro Lado da Notícia, de Heitor de Paola, transmitido pela Rádio Vox:

09 de abril de 2014
H
eitor de Paola

"NOÉ" - A BÍBLIA ENCONTRA O AMBIENTALISTA


 Artigos - Cultura 
noéEsse é o jeito que Hollywood vê cristãos e judeus dedicados — como pessoas cheias de um fanatismo que beira a psicose e leva ao ódio e homicídio.
Em sua segunda semana, as receitas do filme “Noé” afundaram em 60%.
 
Comentário de Julio Severo: O artigo a seguir, do meu amigo Don Feder, traz a perspectiva dele, como um escritor judeu conservador, sobre o filme que aparenta tratar de Noé, um dos homens mais importante da Torá. Li vários artigos americanos sobre esse filme, e de longe o texto de Don é o melhor e merece ser divulgado aos quatro cantos do Brasil.

No filme “Noé,” a fábula ambientalista, aprendemos que pessoas más (descendentes de Caim) constroem cidades, comem carne e fazem armas. (Eles provavelmente pertenciam, na época antes do dilúvio, aos grupos contrários ao desarmamento da população.) Eles também fazem mineração a céu aberto, no processo transformando a terra numa desolação árida que parece o Afeganistão sem os conforto modernos.


As pessoas boas são vegetarianos que vivem em tendas, não fazem quase nada e têm uma população pequena, provavelmente porque praticam o planejamento familiar. Uma das muitas perguntas sem resposta do filme “Noé”: Se as pessoas boas (descendentes de Set) não comem carne, onde é que elas conseguem os couros de animais que usam? Presumivelmente, os couros são das criaturas que cometem suicídio depois de verem o “preconceito” das pessoas que acham que os seres humanos são mais importantes do que os animais.

O épico filme anti-bíblico de 130 milhões de dólares de Darren Aronofsky não tem quase nada do que a Bíblia relata acerca do dilúvio. Há uma arca, animais marchando de dois em dois, um dilúvio de proporções bíblicas e um homem chamado Noé. A semelhança termina aí.

O filme “Noé” é anticristão e antijudaico, promove o controle populacional e é um aviso alegórico acerca da calamidade futura que será causada, de acordo com o filme, pelo aquecimento global. No filme, Deus é sempre mencionado como “o Criador.” Hollywood tem dificuldade de mencionar a palavra Deus.

A Bíblia descreve Noé como “um homem justo” que era “perfeito em suas gerações” e “andou com Deus.”
O Noé de Aronofsky é o que os secularistas chamariam de fanático religioso. Cheio de autodepreciação e propenso a ataques violentos, ele se torna convencido de que Deus quer destruir a humanidade completamente. Portanto, o único propósito de Noé e sua família é construir a arca e salvar animais. Ao completar essa tarefa, as últimas pessoas da terra serão extintas. Quem aplaudiu muito esse filme na estreia, nas cadeiras da frente, foi o Movimento em Prol da Extinção Voluntária dos Seres Humanos e a entidade Pessoas em Prol do Tratamento Ético dos Animais.
Na representação de Russell Crowe, Noé é tão obcecado que ele planeja matar seus netos recém-nascidos para impedir o repovoamento do planeta.

Esse é o jeito que Hollywood vê cristãos e judeus dedicados — como pessoas cheias de um fanatismo que beira a psicose e leva ao ódio e homicídio. A velha rotina de Bill Cosby (“Certo, qual é o cúbito?”) era mais próxima do Gênesis — e entretinha muito mais.

A Bíblia é um pouco vaga sobre as razões do dilúvio. A Bíblia explica: “A terra se perverteu diante de Deus e encheu-se de violência. Deus observou a terra e viu a que ponto de perversão havia chegado toda a humanidade, com suas práticas malignas” (Gênesis 6:11-12 KJA).

Pervertida de que jeito? Deus queria destruir o mundo por causa de roubos? Mais tarde em Gênesis, as cidades cananeias de Sodoma e Gomorra são destruídas, desta vez por fogo, por causa da perversão sexual. O termo “sodomita” não se refere a alguém que rouba mercadinhos.

Tente imaginar Hollywood fazendo um filme que ataca sem misericórdia a imoralidade sexual, quando a indústria do entretenimento imita Lady Gaga na questão gay e apresenta a coabitação, o adultério e o aborto como escolhas de estilo de vida.

O filme “Noé” não é sobre pecado no sentido tradicional, mas “pecado ambiental” — conforme recontado no Evangelho de Santo Al Gore. “E Deus olhou os gases de efeito estufa e eis que não estavam bons. E Ele disse: Que as calotas glaciais se derretam e os níveis dos mares se levantem até que tudo o que reste seja Kevin Costner em seu barco à vela buscando terra seca.”

Numa entrevista à revista New Yorker, Aronofsky admitiu: “Há uma instrução enorme no filme, uma mensagem forte acerca do dilúvio que está vindo por causa do aquecimento global.” Em outra parte, ele descreve Noé como “o primeiro ambientalista.” A revista Hollywood Reporter faz referências às “mensagens duras de Dia do Juízo Final Ecológico.”

O culto do aquecimento global tem todas as características de uma religião — profetas (Al Gore, sábios de Hollywood e cientistas numa ganância louca atrás de verbas governamentais de pesquisa), o mal (o motor de combustão interna, fábricas que usam carvão, crescimento populacional), o bem (medidas criadas para reduzir as emissões de CO2) e salvação e redenção (multas draconianas para os poluidores de carbono, rígidos limites na reprodução humana — para apagar as pegadas de carbono — e eventual revogação da revolução industrial). Os dissidentes não são meramente errados, eles são heréticos rotulados de “negadores” da mudança climática. No que depender dos ambientalistas, eles aplicarão a Inquisição na frente do prédio da ONU pela única preocupação dos poluentes liberados pela carne em chamas de suas vítimas.

Mas o culto do aquecimento global diverge da religião tradicional em dois aspectos significativos. O Judaísmo e o Cristianismo colocam o homem no centro, enquanto a religião do aquecimento global coloca o planeta no centro de tudo. No filme “Noé,” as palavras do primeiro capítulo de Gênesis são colocadas na boca do vilão Tubal-Caim, que diz a Noé que os animais foram criados para uso do homem (que devemos dominar sobre o mundo natural) para provar que essa ideia é muito má.
Há outra diferença. Geralmente, a religião judaica e cristã não pode ser provada ou refutada, pelo fato de que é baseada em algo fora da razão chamado fé.

Embora seus adeptos não admitam, a religião do aquecimento global tem também como base a fé — crer na depravação da sociedade industrial e no mal do progresso. Infelizmente para os que a promovem, a religião do aquecimento global é comprovadamente falsa e cada vez mais refutada pela realidade. A terra não está ficando mais quente. As calotas polares não estão se encolhendo. O aumento dos níveis dos mares é insignificante e não existe nenhum Dia do Juízo Final Ecológico no horizonte.
O planeta Terra tem frequentemente passado por ciclos de aquecimento e resfriamento. Muitos fatores podem afetar o clima, inclusive manchas solares.

A estação de furacões do ano passado no meio-oeste dos EUA foi a mais branda desde o início da década de 1960. Até mesmo o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (a Santa Inquisição dos alarmistas do aquecimento global) confessa que o aumento médio da temperaturas de superfície parou 15 anos atrás. Eles tentam evitar passar vergonha chamando isso de “pausa” — uma pausa bem longa, pelo visto.
Em dezembro passado, os cientistas da mudança climática foram à Antártica em busca de evidência para apoiar sua opinião “incontestável” e ficaram presos em mares de gelo que, de acordo com a teoria deles, não deveriam estar ali. O navio deles ficou totalmente preso no gelo. Vários navios quebra-gelo não conseguiram chegar até eles. (O gelo marítimo no Hemisfério Sul atingiu níveis recordes em setembro de 2013 — pelo segundo ano seguido.) Finalmente, eles foram resgatados de helicóptero do navio — salvos pela desgraçada tecnologia. Só faltou efeito especial.

Em sua segunda semana, as receitas do filme “Noé” afundaram em 60%. Apesar disso, muitas pessoas que assistirem ao filme acreditarão que tem alguma relação com a Bíblia — com extrema liberdade artística, naturalmente.

O analfabetismo bíblico é epidêmico nos Estados Unidos. Uma pesquisa realizada pela entidade de pesquisa Barna revela que 60% dos americanos adultos não conseguem citar cinco dos Dez Mandamentos. O teólogo batista Albert Mohler escreve que a pesquisa de opinião pública do Barna

“indicou que pelo menos 12% dos adultos creem que Joana d’Arc é a esposa de Noé. Outra pesquisa de jovens que se formaram da escola secundária revelou que mais de 50% achavam que Sodoma e Gomorra eram marido e esposa. Um número considerável de entrevistados de uma pesquisa de opinião pública indicou que o Sermão da Montanha foi pregado por Billy Graham. Estamos muito encrencados.”

Tirando proveito dessa ignorância, o filme tem anjos caídos, chamados de Sentinelas, cobertos de pedra como castigo por ajudarem o homem caído dando-lhe tecnologia formada da terra. Parecendo Ents calcificados do “Senhor dos Anéis,” e discernindo a bondade interior de Noé (antes dele ficar maluco), as rochas eternas o ajudam a construir a Arca e o protegem dos filhos de Caim.

Como Matusalém, Anthony Hopkins fornece mudança divertida e mais revisionismo. O hippie mais velho do mundo vive numa caverna, serve chá alucinógeno e prática bruxaria com uma semente mágica.
Escrevendo no site Aish.com, o rabino Benjamin Blech dá o alerta: “Saber que milhões de espectadores, depois de verem o filme, internalizarão o Noé de Russell Crowe, assim como muitas outras partes do enredo do filme que não têm nenhuma base na Bíblia ou qualquer outra fonte respeitável, todos os que respeitam a Torá e a guarda de suas verdades deveriam ficar muito preocupados.”

Depois de passar décadas (séculos se você quiser voltar à Revolução Francesa) tentando destruir o Judaísmo e o Cristianismo, a esquerda está agora os usando para avançar suas causas favoritas. Logo nos cinemas “Sodoma e Gomorra: A Estória Verdadeira” — em que as metrópoles da Mesopotâmia são destruídas por sua “homofobia,” sexismo e desigualdade de renda.

08 de abril de 2014

Don Feder
Do GrassTopUSA: “Noah” – The Bible Meets The Lorax

Tradução: Julio Severo

PRESIDENTE DO IPEA AJUDA A JOGAR O INSTITUTO NO LIXO E CULPA OS OUTROS

  
Artigos - Governo do PT
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Este é o IPEA hoje em dia. Mais uma instituição que perdeu toda sua credibilidade por causa do aparelhamento petista.

Conforme já se sabe, a pesquisa do IPEA afirmando que 65% das pessoas diziam que mulheres com o corpo à mostra mereciam ser atacadas não apenas se baseou em uma fraude intelectual, como também inclui um suposto erro. Eu digo “suposto” pois existe também a tese de mais uma fraude.

Pois bem. Na verdade, apenas 26% das pessoas disseram achar que “mulheres com o corpo à mostra mereciam ser atacadas”. A desculpinha é que a planilha do IPEA teria sido trocada por engano. Então tá.
Vejam os dois pontos grotescos da pesquisa:
  1. Inicialmente a pesquisa confundiu “atacadas” com “estupradas”, conforme já denunciou muito bem Felipe Moura Brasil. Essa foi com certeza uma fraude intelectual.
  2. Depois vimos que as planilhas foram “trocadas”, e o número não era 65%, mas 26%. A turma do IPEA diz que é erro, mas também pode ser um caso de fraude intelectual.
Diante do reconhecimento dessa vergonha, o presidente do IPEA lançou um discurso com mais duas fraudes intelectuais tentando justificar o injustificável.
Leia, conforme texto do Brasil247:

Marcelo Neri, presidente do Ipea, sai em defesa da instituição após erro de polêmica pesquisa que relaciona roupas que mulheres usam com casos de estupro.
Um levantamento que chocou o País ao mostrar que 65,1% dos brasileiros apoiavam que mulheres que usam roupa curta sejam violentadas foi corrigido posteriormente pelo Ipea. Em nota, o instituto esclareceu que o apoio vem, na verdade, de 26% dos brasileiros, enquanto 70% discordam total ou parcialmente e 3,4% se dizem neutros.
Neri justifica dizendo que foram erros de planilha e não de processamento. Segundo ele, a troca não muda as conclusões sobre o assunto. Ele ressalta que havia uma questão especifica sobre estupro (”Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro”) que teve 58,5% de concordância total ou parcial. “Há pessoas tentando jogar essa instituição no lixo”, disse em entrevista ao Globo.
“Estamos no auge da turbulência, mas não acho que houve erro permanente”, acrescenta.

Como pode Marcelo Neri dizer que a troca não muda as “conclusões sobre o assunto”? Para endossar sua tese, ele pratica a seguinte fraude intelectual: fingir que a afirmação “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro” significa um endosso ao estupro. Nada mais falso.
Se alguém escrevesse que “se as crianças não aceitassem balas de estranhos, haveria menos risco delas usarem drogas indevidamente”, então, na lógica desse infeliz, estaria endossando o uso de drogas. Pelo mesmo raciocínio, se alguém dizer que “se as pessoas não clicarem em e-mails de phishing, reduz-se o risco de contaminação de seu computador com spywares e malwares”, estaria endossando a invasão do computador.

Enfim, é claro que apontar um risco causado pelo comportamento não implica em endosso à materialização do risco, e, portanto, a tentativa de usar a expressão “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro” como um endosso ao estupro é uma fraude intelectual das mais patéticas.

Na minha conta, então, já temos três fraudes intelectuais. Epa, esperem… são quatro.
Isso por que ele diz que sua fraude tomando a expressão “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro” como um endosso ao estupro serve para manter a pesquisa errada/fraudulenta como válida. Assim, na ótica de Neri, “a troca não muda as conclusões sobre o assunto”.

Fico imaginando um auditor de TI divulgando um relatório de incidentes dizendo que 65% dos incidentes foram atendidos fora do SLA. Em seguida, após o lançamento de multas em fornecedores, o auditor pede desculpas e diz “que foram só 26%”. Você consegue realizar o que aconteceria com um auditor dizendo que “a troca não muda as conclusões sobre o assunto” diante de um erro tão grotesco? Demissão ou cancelamento de contrato de auditoria na certa.

É fato que Neri toma a fraude intelectual como um método. Ele simplesmente não pára de fazer isso. Se lhe apresentarem essas refutações, esperem novas fraudes surgirem, em um continuum.
É esse tipo de caráter que ajudou a jogar o IPEA no lixo. O problema não são apenas os erros e fraudes do instituto na famosa “pesquisa do estupro”, como também as declarações de seu presidente, cometendo novas fraudes para defender o indefensável.

Diz-se que cada organização é a cara de seu presidente. Assim, fica claro que podemos confiar tanto no IPEA como no seu presidente. Ou seja, qualquer camelô paraguaio é mais confiável, com certeza.
Este é o IPEA hoje em dia. Mais uma instituição que perdeu toda sua credibilidade por causa do aparelhamento petista.

08 de abril de 2014
Luciano Ayan

DIGA-SE "PROGRESSISTA" E FIQUE IMPUNE


 Artigos - Movimento Revolucionário 
Perguntaram a Mario Vargas Llosa, em uma de suas visitas a Buenos Aires, se era progressista.
Soou agressiva a questão, como se se inferisse a priori que não era. Assim se desnudava antes a quem era negro, judeu, cigano, homossexual ou alguma das muitas condições que se discriminavam (e discriminam) no mundo. Agora não ser progre implica um estigma infernal.
O escritor limitou-se a uma resposta educada. Teria sido conveniente que ele perguntasse à entrevistadora o que ela entendia por progressismo. Então lhe teria transferido a incumbência de explicar algo que se converteu em um nó górdio.
 
Com efeito, o progressismo se associa aos partidos políticos chamados de esquerda, em oposição aos conservadores, chamados de direita. Preconizam o progresso (valha a redundância) em todas as ordens.
Porém, resulta que muitos dos partidos e líderes que se proclamam de esquerda levam a cabo políticas cruamente opostas ao progresso: tiranizam suas nações, cerceiam a liberdade de opinião, geram pobreza, submetem a justiça aos miseráveis interesses do grupo dominante, são hipócritas, desprezam a dignidade individual, corrompem a democracia, quebram o reto caminho do direito e outras calamidades do mesmo tipo.
 
Não obstante, pelo fato de se proclamar “de esquerda” ou “progressistas”, ficam protegidos pelo escudo de uma excepcional impunidade. Sem esse escudo, teriam sido objeto de impugnações muito severas. Imaginemos que o atual governo da Venezuela estivesse composto por figuras que não se chamam a si mesmas “progres” e se os considerasse “de direita”. E que, como o atual, tenha surgido de eleições pouco claras.
 
Suponhamos que um governo desprovido do maravilhoso título de “progre” cerceia a discordância, encarcera os opositores, fecha meios de comunicação que lhe aborrecem, reprime manifestações e assassina dezenas de cidadãos na rua. O que aconteceria?
 
Certamente que haveria incontáveis e muito sonoras expressões de condenação. Líderes que nesse momento são fracos ou cúmplices, ativariam as organizações internacionais para deter os abusos desse poder satânico. Enviariam comissões investigadoras, se ouviria os dissidentes, se difundiriam os crimes com mais intensidade, se implementariam sanções políticas e econômicas. Não há dúvida que se faria tudo isso em muito mais. Porém, resulta que o governo da Venezuela se chama “progre”.
 
Nasceu com a arrogante pretensão de criar um homem novo (pretensão messiânica que se repete de tempos em tempos e adquiriu intensidade febril em 1917, com a fundação da União Soviética). Mudou o nome da nação com o agregado de “bolivariana” e se proclamou líder do “socialismo do século XXI” que sanaria as falidas experiências autoritárias do passado.
Desgraçadamente, do mesmo modo que nas experiências anteriores, foi afundando o país nos pântanos de uma ditadura empobrecedora, ignorante e brutal, que mantém só como fachada a convocatória para eleições, às quais se contamina de fraude antes que se realizem.
 
A revolução cubana também foi “progre”. Muito progre. Milhões de pessoas acreditaram nela com esperança juvenil. Modestamente, eu também. Porém, os ideais só flamejaram nos discursos e nas racionalizações. A grande revolução que devastou essa formosa ilha e ensangüentou com aventuras guerrilheiras a América Latina, África e outros continentes, degenerou logo em uma ditadura unipessoal férrea, assassina e estéril.
 
Os irmãos que a conduzem são os tiranos mais velhos do mundo, são os que mais duram no poder, sem ameaças de uma consulta popular. Porém, esse governo inepto, delirante, corrupto e assassino, continua sendo considerado “progre”, quer dizer, de esquerda. A razão é simples: como se proclamou progre e continua dizendo que é progre, oferece certificado de “progre” aos que o apóiam, embora esse apoio cause náuseas.
Há pouco desfilaram ante o senil monstro que soube enganar seu povo e a humanidade, quase todos os presidentes da América Latina. Foi um espetáculo vergonhoso que ofende o conceito de democracia que se pretende cultivar. Foi uma traição e uma mofa a esse conceito.
 
A Coréia do Norte é uma ditadura que elegeu o isolamento monacal. É de esquerda porque nasceu com as bênçãos da URSS e da China, e seus líderes se proclamam marxistas-leninistas. Mas seu socialismo optou por uma forma de sucessão que deve convulsionar os ossos de Marx e Lenin, porque impulsionou o reacionário modelo da monarquia absoluta. Algo que nem sequer em estado de delírio aquelas grandes cabeças teriam suspeitado. O Avô fundador foi seguido por seu Filho consolidador e seu Neto com cara de bebê perverso. A Coréia do Norte funciona como um colchão entre a China e a Coréia do Sul e talvez por isso a deixem sobreviver.
O povo tem fome e deve mendigar comida, mas gastam-se enormes cifras em bombas atômicas. Contra esse regime vomitivo não há manifestações universitárias, nem políticas, nem de organismos humanitários, porque evidencia sua condição de “progre” mediante seu ódio ao grande inimigo que o imperialismo ianque encarna.
Desde há décadas, ser inimigo dos Estados Unidos condecora de imediato com a credencial de “progre”. Não faz falta mais. Não importa se prevalece uma selvageria equivalente às etapas mais primitivas da humanidade. Não importa que o Amado Líder, para consolidar sua força baseada no terror, tenha feito cães famintos devorarem seu tio vivo.
 
Chama a atenção a escassa fortuna que teve uma obra maiúscula como “O livro negro do comunismo”. Com uma documentação farta e estilo dominante, passa revista nas experiências da esquerda, “progres”, que se concretizaram desde começos do século XX. Os conflitos entre os reformistas social-democratas e os revolucionários comunistas deram por muito tempo vantagens aos comunistas.
Tanta vantagem que agora, quando o comunismo já está desmascarado como uma corrente cega, que na prática nunca gera mais liberdade nem justa inclusão, ainda continua gozando de tolerância ou silêncio.
Não abundam as condenações a Stalin, aos gulags, a Mao, a Pol Pot e aos ditadores das mal chamadas “democracias populares”. Não são lembrados como etapas tenebrosas das quais se devem tirar ensinamentos para não repeti-las de jeito nenhum.
 
Com grande acerto ideológico, Vazquez Rial qualificou estes “progres” como a “esquerda reacionária”. Grande definição! Os discursos dessa esquerda são falsos e enganosos, embora não usem a palavra comunismo, senão socialismo, progressismo, nac & pop ou outras variantes.
Não conduzem a uma melhor democracia, nem à consolidação dos direitos individuais, nem estimulam o pensamento crítico, não conseguem um desenvolvimento econômico sustentável, faltam com respeito às opiniões diversas, destroem a meritocracia em favor da burocracia e a ineptocracia alimentadas pelo poder de turno. Operam como a farsa de almas ingênuas ou oportunistas, que não são poucas. Para desgraça do mundo, continua funcionando a palavra “progre” como o gesto hipnótico de um desatualizado Mandrake.
 
Como observação final, faço votos para que a palavra progressismo só se aplique aos que de verdade querem o progresso (não o contrário), a modernidade, a justiça, a decência, o respeito, a ética, as instituições de uma vigorosa democracia e os direitos sempre associados às obrigações.
 
08 de abril de 2014
Marcos Aguinis 
Tradução: Graça Salgueiro

EDUCAÇÃO À BRASILEIRA

    Valesca Popozuda é chamada de grande pensadora em prova de escola pública. A avaliação foi aplicada a estudantes da CEM 3 de Taguatinga e causou polêmica na internet


     
     
    Uma prova de filosofia aplicada a alunos do Centro de Ensino Médio 3 de Taguatinga trouxe uma questão polêmica, que chama a funkeira Valesca Popozuda de grande pensadora contemporânea. A diretoria da escola admitiu que o texto foi elaborado por um dos professores. A imagem da questão da prova foi reproduzida em páginas na internet e em redes sociais, onde foi duramente criticada

     
    "Tenho que admitir que, infelizmente, essa questão é de uma prova daqui. Estou boquiaberto", disse José Bonfim, funcionário de apoio à direção do CEM 3 de Taguatinga. A princípio, ele havia dito que "era muito improvável" que essa questão de prova tivesse sido aplicada no colégio, mas, depois de conversar com colegas, confirmou a informação. José Bonfim preferiu não informar o nome do professor de filosofia que elaborou a prova. Segundo a Secretaria de Educação, o professor responsável pela questão é Antônio Kubitschek. O educador dá aulas para turmas de 2ª e 3ª séries do ensino médio durante o período da manhã e não estava no Centro de Ensino Médio na tarde desta segunda-feira.

    Grande parte dos internautas que comentou sobre a publicação considerou a questão inadequada. Em um dos comentários, um aluno que fez a prova disse acreditar que o professor elaborou a questão por brincadeira, mas afirmou não concordar que esse tipo de conteúdo deva fazer parte de uma avaliação escolar. No entanto, um grupo de estudantes que fez a prova saiu em defesa do docente. Muitos comentaram que foi uma forma de descontração e de tornar o clima de aplicação da prova menos tenso e que, além disso, todo o resto da avaliação estava de acordo com o assunto estudado em sala de aula e os alunos teriam sido orientados a estudar o conteúdo do livro didático antes de fazer a avaliação.

    “Quando a classificamos como grande pensadora contemporânea, a rotulamos como alguém que de fato tem pensamentos sistematizados dentro dos princípios filosóficos ou científicos. A Valesca pode ser, sim, uma contestadora, visto que canta funk, e o funk é uma música de contestação, mas daí a classificá-la como grande pensadora contemporânea é equivocado”, avalia a pedagoga e mestre em educação Francisca Paris, diretora de serviços educacionais da Saraiva.

    Informação errada

     A postagem de uma página no Facebook chegou a atribuir equivocadamente a questão a uma prova do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj). A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), no entanto, esclareceu que a questão não está presente nem na prova do Saerj nem na do Saerjinho.

    Vários internautas, inclusive, postaram mensagens dizendo que haviam feito a prova e que não viram essa questão, por isso, levantaram dúvidas sobre a veracidade da informação. A maioria, porém, postou comentários depreciativos e questionamentos sobre o ensino público no país.
    Aqui
     
    08 de abril de 2014
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