"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 13 de maio de 2017

OS DANOS DA DELAÇÃO DE PALOCCI PODEM SER MAIORES DO QUE O PERIGO


A Sergio Moro, ex-ministro disse que banqueiro o procurou para gerir recursos ilegais de R$ 200 milhões. Estaria a serviço de uma alta autoridade do governo

(Mário/Reprodução) 


Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, decidiu fazer acordo de delação premiada. Vamos torcer para que o dano que isso vai provocar ao país seja menor do que o perigo. Vamos ver.

No depoimento prestado a Sergio Moro, Palocci afirmou, por exemplo, ter sido procurado, em 2014, por um conhecido banqueiro. Este dizia falar com delegação de uma autoridade do governo para cuidar de “provisões” da ordem de R$ 200 milhões. Segundo o ex-ministro, o interlocutor queria que ele intermediasse um encontro com representantes da Odebrecht para viabilizar os recursos. Palocci teria então indagado se Dilma sabia do que estava em curso. A resposta teria sido negativa.

O petista já havia se oferecido para passar a Sergio Moro, em sigilo, informações de alta sensibilidade:

“Fico à sua disposição hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situações que eu optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição o dia que o senhor quiser. Se o senhor estiver com a agenda muito ocupada, à pessoa que o senhor determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato…”

O temor dos sensatos é óbvio: que o sistema financeiro também seja tragado pela Lava Jato. Conhecemos como funciona o mercado: quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vale dizer: o menor sinal de uma crise já será “a” crise. E a coisa não se limita aos bancos. Grandes empresários também podem entrar na mira. Vejam o caso da Operação “Bullish”, que investiga eventuais irregularidades na concessão de empréstimos do BNDES. No centro da coisa, está a gigante JBS. E Palocci teria atuando também nesse caso.

Será que o ex-ministro falou a verdade na audiência com Moro? Notem: se falou, então é inocente de todas as acusações que lhe fazem delatores como Marcelo Odebrecht e o casal João Santana-Mônica Moura. Ele contestou o empreiteiro mais de uma vez no depoimento. O que há de estranho nisso?

Se Palocci decidiu falar em sigilo, no ambiente de uma delação premiada, então é possível que vá revelar crimes e criminosos ainda desconhecidos. Mais: será preciso saber qual delator – ou delatores — está mentindo. Ou se mentiu o petista ao falar ao juiz.

Naquele depoimento, Palocci incensou Moro, exaltou a sua severidade, mas também seu espírito de justiça, e disse que esperava ser julgado de acordo com as provas. Bem, não vai precisar de nada disso. Feita a delação premiada, sai da cadeia, pega uns dois ou três aninhos, e fica tudo certo.

Ele acabará, no fim das contas, a exemplo de todo delator, se dando bem.

O crime compensa.


13 de maio de 2017
reinaldo azevedo

LULA, ODEBRECHT E ANDRADE GUTIERREZ TÊM AS MÃOS SUJAS COM O SANGUE DOS VENEZUELANOS




Na delação dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, ficamos sabemos que os 35 milhões de dólares da campanha de Hugo Chávez foram pagos pela Odebrecht e pela Andrade Gutierrez.

As informações são do Antagonista, que também revelou que João Santana repassou dinheiro para Franklin Martins (jornalista pró-PT) durante a campanha chavista.

Aliás, Mônica Moura contou que Nicolas Maduro lhe pagou em espécie, no gabinete da Chancelaria venezuelana, o valor de US$ 11 milhões.

A grana era paga em espécie “para Mônica Monteiro”, pois ela e Franklin eram responsáveis pela parte da internet da campanha de Hugo Chávez.

Quem conseguiu que as empreiteiras financiassem as campanhas de Chávez? Nada mais nada menos que o Sr. Lula.

Em resumo, a corrupção petista chegou a orquestrar o financiamento da ditadura chavista, que já matou 39 pessoas num mês de protestos. Agora fica difícil dizer que “todos são iguais” no momento em que o dinheiro da corrupção orquestrada pelo PT derramou diretamente o sangue de dezenas de venezuelanos.

Não dá para comparar partidos que fazem corrupção (cujos integrantes devem ser punidos, claro, pois ninguém aqui tem bandido de estimação), com partidos que além de fazer a corrupção tradicional, arquitetam a corrupção para projetos de poder totalitários, que compram a liberdade de seu povo para depois matá-los.

As mãos de Lula, da Odebrecht e da Andrade Gutierrez estão sujas com o sangue dos venezuelanos.


13 de maio de 2017
ceticismo político

LULA DA SILVA E ADOLF HITLER - UM AVISO SOBRE O FUTURO DO BRASIL



Entre 1923 e 24, Adolf Hitler ficou preso durante 264 dias nesta cela. Foi acusado de alta traição e defendeu-se aos berros num tribunal presidido por canalhas fazendo da audiência um comício em que foi, inclusive, aplaudido.

Entrou na prisão por ordem de juízes corruptos ou covardes, numa Alemanha destruída, sem futuro, com uma população desesperada pela inflação, pela miséria e pela criminalidade.

Quando saiu, elegeu-se com a maior votação de toda História do país até então e mergulhou a Alemanha numa jornada de destruição e loucura que marca seu povo até hoje.

Tenho a impressão de que a mesma coisa vai acontecer com Lula aqui no Brasil: vai para cadeia condenado por Sérgio Moro e pelo TRF-4, será solto por um STF de bandidos e vai voltar, em 2018, como "salvador da Pátria" eleito por uma sociedade de ignorantes, de marginais ou de indiferentes obrigados a votar em máquinas eletrônicas que podem ser fraudadas - o que sobrou do Brasil vai ser, finalmente, destruído.


13 de maio de 2017
Milton Simon Pires é Médico. Editor do Ataque Aberto.

O MARXISMO E A CULTURA DO OCIDENTE



“A religião é o suspiro da criatura esmagada pela desgraça, a alma de um mundo sem coração, assim como o espírito de uma época sem espírito. É o ópio do povo” (Karl Marx)

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O marxismo não ocupa mais um grande espaço na cultura do Ocidente, nem mesmo na França ou na Itália, onde uma parte importante da intelligentsia se filia abertamente ao stalinismo. Em vão se procuraria um economista digno desse nome que possa se qualificar de marxista no sentido estrito do termo.

Em O Capital, uns percebem o pressentimento das verdades keynesianas, outros, uma analise existencial da propriedade privada ou do regime capitalista. Nenhum deles prefere as categorias de Marx às da ciência burguesa, quando se trata de explicar o mundo atual. Da mesma forma, em vão se procuraria um historiador importante cuja obra reivindique para si o materialismo dialético ou dele decorra.

Nenhum historiador, nenhum economista, é verdade, pensaria exatamente como pensa, caso Marx não tivesse existido. O economista ganhou consciência da exploração ou ainda consciência do custo humano da economia capitalista, e pode-se merecidamente agradecer a Marx por isso.

O historiador não se atreverá mais a fechar os olhos às realidades humildes que dirigem a vida de milhares de pessoas. Não se tem mais a ilusão de compreender uma sociedade ignorando-se a organização do trabalho, as técnicas de produção e as relações entre as classes. Mas daí não resulta que possamos entender as modalidades da arte da filosofia com base em tais ferramentas.

Em sua forma original, o marxismo permanece atual no conflito ideológico do nosso tempo. Condenação da propriedade privada e do imperialismo capitalista, convicção de que a economia de mercado e o reino da burguesia tendem, por conta própria, ao fim, rumo à planificação socialista e ao poder do proletariado, esses fragmentos soltos da doutrina são aceitos, não só pelos stalinistas e seus simpatizantes, mas pela imensa maioria dos que se dizem progressistas. A inteligência, dita de vanguarda – e que jamais leu O Capital – adota quase espontaneamente esses preconceitos.

Ultrapassado no plano científico, e mais atual que nunca nio plano das ideologias, o marxismo, tal como é hoje em dia interpretado, impõe-se a qualquer interpretação da História. As pessoas não vivem catástrofes comparáveis às que sacudiram a Europa no Século XX sem se interrogar sobre o sentido desses acontecimentos trágicos ou grandiosos. O próprio Marx procurou as leis pelas quais funciona, se mantém e se transforma o regime capitalista. Nem as guerras, nem as revoluções do Século XX têm a ver com a teoria que Marx menos demonstrou do que sugeriu. Nada impede que se conservem palavras – capitalismo, imperialismo, socialismo – para designar realidades que se tornaram outras. E as palavras permitem não explicar cientificamente o curso da História, mas dar-lhe um significado previamente fixado. Dessa maneira, as catástrofes se transfiguram em meios de salvação.

Em busca de esperança em uma época desesperada, os filósofos se contentam com um otimismo catastrófico.

Na época da social-democracia alemã e da II Internacional, a teoria da autodestruição do capitalismo era vista como essencial para o dogma. Eduard Bernstein foi condenado como revisionista pelos Congressos/Concílios da Internacional por ter posto em questão um dos argumentos-chave dessa teoria: a concentração do capital. Mas o dogmatismo não ia além da teoria e da estratégia que dela decorria: a revolução final da dialética do capitalismo. Na ação cotidiana, as divergências de opinião no interior de cada Partido, ou entre os Partidos nacionais, permaneciam legítimas: a tática não se incluía na história sagrada. Não é mais o que acontece sob o stalinismo.

Par reconciliar os acontecimentos de 1917 com a doutrina, foi preciso abandonar a idéia de que a História percorre as mesmas etapas em todos os países e decretar que o Partido Bolchevique russo é o representante qualificado do proletariado. A tomada do Poder pelo Partido e a encarnação de um ato prometeico (*) através do qual os oprimidos rompem as suas cadeias.

Toda vez que o Partido conquista um Estado, a Revolução progride, mesmo que os proletários em carne e osso não se reconheçam no seu Partido e na Revolução. Na III Internacional é a identificação do proletariado mundial com o Partido Bolchevique que constitui o objeto primário da fé. O comunista, stalinista ou malenkovista é, antes de tudo, alguém que não faz distinção entre a causa da União Soviética e a causa da Revolução.

A história do Partido é a história sagrada, que conduzirá à redenção da humanidade. Como o Partido poderia participar das fraquezas inerentes às obras profanas? Todo indivíduo, mesmo bolchevique, pode se enganar. O Partido, de certa maneira, não pode e nem deve se enganar, uma vez que diz e cumpre a verdade da História. Ora, a ação do Partido se adapta a circunstâncias imprevisíveis. Militantes, igualmente dedicados, se opõem quanto à decisão a tomar ou quanto à decisão que seria preciso tomar.

Tais controvérsias dentro do Partido são legítimas, à condição de não pôr em causa a delegação do proletariado ao Partido. Mas, quando este último está dividido em trono de um assunto de grande importância, como a coletivização da agricultura, uma das tendências representa o Partido, isto é, o proletariado e a verdade da História, e a outra – a oposição vencida – trai a causa sagrada. Lenin nunca teve dúvidas quanto à sua missão, que, para ele, não se separava da vocação revolucionária da classe operária. A autoridade absoluta que um pequeno número, ou um só homem garante para si sobre “a vanguarda do proletariado”, resolve a contradição entre o valor absoluto que se atribuiu, pouco a pouco, ao Partido e os desvios da ação engajada em uma história sem estrutura.

Um Partido que sempre tem razão precisa, permanentemente, definir a linha justa entre o sectarismo e o oportunismo. Onde se situa essa linha? A igual distância de dois recifes, o do oportunismo e o do sectarismo. Só que esses dois recifes foram originalmente definidos por um decreto da autoridade que, simultaneamente, define a verdade e os erros. E esse decreto é forçosamente arbitrário, definido por um indivíduo que soberanamente decide entre as pessoas e os grupos. A distância entre como o mundo seria, se a doutrina original estivesse certa, e o mundo tal como se apresenta, torna a verdade dependente das decisões equívocas e imprevisíveis de um intérprete qualificado pelo Poder.

O texto acima resumido foi transcrito do livro “O Ópio dos Intelectuais”, escrito por Raymond Aron e publicado em 1955 – antes, portanto, da invasão da Hungria pelos tanques soviéticos - . Raymond Aron (1905-1983) foi um filósofo, professor e ideólogo francês. É autor de “As Etapas do Pensamento Sociológico” e “O Marxismo de Marx”,entre outros livros.

(*) relativo a ou próprio de Prometeu, um dos titãs da mitologia grega, que teria roubado o fogo do Olimpo para dá-lo aos homens. Por esse motivo Zeus o castigou, acorrentando-o a um rochedo do Cáucaso para que um abutre bicasse permanentemente seu fígado.


13 de maio de 2017
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

O LADO MAIS ESCURO DOS ESCÂNDALOS DOS ÚLTIMOS ANOS



De alguns tempos pra cá, o povo brasileiro tem se deparado com inúmeros escândalos. A cada dia, um novo personagem surgiu e na sequência, tomamos ciência de que um outro montante de valores foi desviados.

Falavam inicialmente de milhões, o que já assustava a todos. Agora, a palavra da moda é bilhões. E mais bilhões.

Falavam de desvios de contratos da Petrobrás, depois iniciou-se uma nova operação da Policia Federal investigando corrupção no CARF, em seguida fala-se em TCU, TCE´s e até em TCM´s. Fala-se de escândalos na administração pública de todos os cantos.

Estes e mais outros desvios e demais, eu chamo de “o lado da luz dos escândalos”, porque da LUZ? Porque é claro (de claridade), todos podem ver e analisar. Está estampado em todos os jornais, revistas, jornais televisivos, radio transmitidos, blogs na Internet, Youtube, facebook, twiter, além dos meios de comunicação em massa.

Porém, e aquilo que chamo de lado escuro? O que ninguém consegue ver em razão da enorme escuridão que protege. Como lidar com isto?

Como nos filmes de ficção, temos o lado escuro da força. O lado mal, como se o da luz não fosse mal.

Com os desvios de tantos recursos (pelo menos o montante que temos conhecimento), quantas pessoas inocentes foram morreram por falta de recursos nos hospitais públicos para atendimento? Quantos passaram de estado estável em suas doenças para estado crítico? Quantas crianças deixaram de receber alimentos na escola? E os que não receberam medicamentos? Além dos milhares de motoristas e passageiros que sofreram acidentes por falta de manutenção nas estradas estaduais, federais e municipais, que não estão entregues aos consórcios privados?

Violência, óbitos por balas perdidas, de policiais. Quais outros crimes foram originários do lado escuro dos escândalos? O crime ambiental de Mariana e suas vítimas e aqueles que até hoje sofrem os efeitos colaterais da contaminação. As nossas fronteiras frágeis, por onde passam de tudo, desde armas, drogas até cigarros. O sistema penitenciário, com enormes rebeliões, mortes, facções criminosas comandando os presídios.

Vejam, são poucos itens que relacionados e que per si falam muito. Após os escândalos das mortes nas rebeliões dos presídios, houve veiculação de novos comentários na mídia? Resposta: Não.

O que muito espanta é que ao invés de buscarem jogar os holofotes na área escura, na busca de iluminar a todos os males que a população brasileira está sofrendo, omitem cada vez mais. Cria-se novos caminhos de desvio do principal. Delações premiadas, que ocupam 90% dos profissionais da imprensa para assistirem 900 horas de vídeos. A cada minuto de cada vídeo, uma nova ramificação da corrupção surge e com isto, aumenta o lado escuro.

Será que o meu entendimento esta errado? Venho me perguntando isto há anos, desde o início das aparições de corrupções escandalosas, como por exemplo o mensalão.

Estes corruptores e corrompidos poderiam ser tipificados como assassinos? Como malfeitores que causaram tanta desgraça a tantas famílias? Resposta: Não podem.

Nosso ordenamento jurídico não acolhe este tipo de crime como sendo um crime. Não há tipificação. Porém, não sendo uma forma legal de tipificarem estes malfeitores, ao menos há uma forma moral de condená-los.

A população brasileira deve, no ano que entra, analisar muito bem quem será seu candidato a cargos políticos. Somente no próximo ano? Respondo: não, a partir de agora, todos sabem exatamente o que “correu” por trás de tanta política, um mar imenso de corrupção. Um mar imenso de dinheiro. Dinheiro este tirado do meu, do seu e da carteira de todos nós. Dinheiro que poderia ter sido aplicado na saúde, na previdência, na educação, na alimentação, nos medicamentos a população, nas melhorias de nossas rodovias, ferrovias, transportes urbanos. Reformar o sistema penitenciário, de forma a manter os presidiários que praticaram crimes hediondos separados daqueles que cometeram crimes de menor peso, não por entender que não são criminosos, mas para ter um caminho de ressocialização daqueles que são permeáveis a isto.

As universidades estaduais e federais estão em crise sem precedentes. Não há investimento em pesquisas, desenvolvimento, e principalmente ao básico.

As escolas de ensino fundamental não possuem condições de abrigar a quantidade de alunos, não há merenda escolar, e quando há, mais um escândalo, ou não tem merendeira, ou o estoque está com a data de validade vencida, ou tem um político ou pessoas envolvidas com políticos se aproveitando e ganhando “por fora”.

Imaginem quando abrirem as contas do BNDES, o banco que deveria estar financiando o empresário brasileiro, para criação de frentes de trabalho, financiou obras faraônicas em países alienígenas ao nosso, com o simples intuito de gerar riqueza para poucos em detrimento de milhões de pessoas.

Ainda há por surgir muito mais escândalos. Quem sabe e escalão que deixarão o povo ainda mais revoltado. Pergunto: ainda mais do que já estão? Respondo: sim, certamente ainda há muito por vir. Estranhamente as delações da Odebrecht não foram, ao menos o que se veiculou, claras em todos os escalões dos poderes de nosso país. Não podemos esquecer que temos 3 poderes, e por enquanto o mais atingido foi somente um poder. Pergunto: ao longo destes anos não houve mais nenhum favorecimento em relação a outros poderes?

Precisam, nossa imprensa, se desvincularem de interesses e virarem os holofotes para ao menos iluminar parte do lado escuros.

Quantas vidas foram tiradas e que poderiam ter uma oportunidade se parte destes recursos desviados fossem aplicados de maneira mais eficaz e objetiva.

Não precisaríamos agora de uma reforma da previdência. Quantos devedores da Previdência foram beneficiados pela não cobrança por parte do poder público? Quanto isto significaria no caixa da previdência à época.

E os fundos de pensão? Aliás, e tudo o que significa concentração de recursos financeiros?

Há muito por vir. Há muito por nos revoltarmos, principalmente porque, certamente manobras serão feitas para evitar que a parte com luz aumente e a população não possa enxergar.

Assusta-me tanta hipocrisia, defesas escancaradas de malfeitores, ladrões do povo, pessoas que com seus atos provocaram tantas perdas a população brasileira. Entendam, não falo aqui de perdas financeiras, mas de perda de vidas, dignidade. Tiraram a dignidade do povo brasileiro.


13 de maio de 2017
Paulo Eduardo Akiyama é formado em economia e em direito 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados, atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.

UM MITO QUE SE APAGA



Depois da exibição de Lula em Curitiba - entre outros desvarios, transferindo responsabilidades à finada esposa - é oportuna a frase de Gilberto Buchmann: "Se Lula é operário, então Sílvio Santos é camelô!". Ora, foi na onda do próprio mito que ele preparou a encenação: Lula segue tentando impingir o mito do operário que chegou à presidência, como se isso pudesse representar superioridade moral ou mesmo justificar seus delitos.

No congresso do PT, 05/05/17, como de hábito, recorreu à técnica de "desqualificar o outro para afirmar-se pessoalmente": atacou a imprensa, desdenhou Jair Bolsonaro e, por fim, depreciou a campanha do prefeito paulistano, João Doria, dizendo: "Um almofadinha, um coxinha ganha as eleições em São Paulo se fazendo passar junto ao povo mais humilde por João Trabalhador. Se encontrarem com ele por aí, perguntem se ele já teve uma carteira profissional assinada."

A resposta veio sob medida! Sem demora, por meio de suas redes sociais, Doria respondeu ao suserano do PT: exibindo a carteira de trabalho, chamou Lula de mentiroso, covarde e desinformado. João Doria trabalha desde menino. Mas Lula não sabia (para variar...).

Com o ataque rasteiro, Lula, além de ofender o povo paulista, que elegeu Doria já no 1º turno, mostrou que não tem respeito pelas instituições, alvejando o prefeito. Aliás, quando foi que se viu o PT respeitar o resultado de uma eleição? Em regra, petistas não reconhecem a legitimidade de ninguém que não seja "companheiro". É sempre a lógica do "nós contra eles". Quem não apoia o PT é inimigo: atacado em sua reputação e, se possível, destruído.

Mas houve, desde sempre, quem o conhecesse bem. "Bon vivant" foi a expressão irônica usada por Emílio Odebrecht e Golbery do Couto e Silva para designá-lo. O empreiteiro viu, em Lula, o colaboracionista para controlar os seus empregados (e para obter outros favores quando virou presidente); o general soube logo que ele seria útil para barrar a liderança de Leonel Brizola. Ambos perceberam o que Ulysses Guimarães traduziu com maestria: "o mau de Lula é que ele parece gostar de viver de obséquios".

Aos 26 anos, Lula iniciou a carreira de pelego e nela permaneceu por longo tempo, atraiçoando trabalhadores para, nalguns casos, impedir greves e, noutros, acabar logo com elas, fazendo o jogo dos patrões. Depois, iniciou uma trajetória como "personagem de uma narrativa" e chegou à Presidência da República.

O jurista Hélio Bicudo, na qualidade de ex-amigo (que o conheceu na intimidade), bem antes de surgirem as denúncias de enriquecimento na Lava Jato, já havia antecipado que Lula é hoje um dos homens mais ricos do Brasil. Agora executivos das grandes empreiteiras, em especial da Odebrecht, vêm indicando os MILHÕES de propina drenados para a conta dele, confirmando o que disse Bicudo.

À medida que documentos dão a conhecer a sua verdadeira história, o mito desaparece. Se, por um lado, ainda é grande a legião dos iludidos (dos que, contra todas as evidências, acreditam na farsa do operário pobre e virtuoso que chegou à presidência), por outro são cada vez mais numerosos os que já não se deixam enganar e percebem o PT, que Lula personifica, como o maior embuste político da história de nossa pobre república. Para estes, a realidade apagou o mito.

Sugestão de leitura:

O livro "Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado", de Romeu Tuma Junior, Editora Topbooks.



13 de maio de 2017
Renato Sant’Ana é Advogado e Psicólogo.

ACESSOS INTERMITENTES DE IDIOTICE





Mesmo as pessoas mais inteligentes e cultas estão sujeitas a sofrer minutos de idiotice.

O fenômeno pode ser explicado por interferências momentâneas em seu juízo perfeito, motivadas por indisposição física, forte emoção ou causas externas como temperatura ambiente, ruído, vento, etc.

Hoje em dia, ver alguém brilhante considerar a hipótese de um bêbado debochado voltar à primeira magistratura do país é presenciar um insulto ao nosso povo e a nossa dignidade.

É achar que entre mais de duzentos milhões de brasileiros não haverá quem ponha cobro neste festival de horrores.

Falta de honra, respeito a si próprio, à família e à inteligência alheia, vem um anticristo continuar sua obra demolitória dos valores mais caros aos verdadeiros patriotas.

Sem aguerrimento, os garantes máximos da Pátria hesitam em cumprir com seus de deveres constitucionais.

Para os que têm fé, nada nos abala.

Sabemos do grande destino reservado ao Brasil por Deus, profetizado por São João Bosco.

Lembro, finalmente, que também é santo Dom Nuno Alvares Pereira (São Nuno de Santa Maria) o Condestável que lutou por sua gente, e ao tomar o hábito carmelita, fê-lo sobre sua armadura invicta, ”acaso a Pátria ainda me necessite”.


13 de maio de 2017
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Que banqueiro teme a deduragem de Palocci?


Quem será a “importante figura do mercado financeiro” que atuava no financiamento de campanhas eleitorais – agora tremendo de medo de ser denunciada na “colaboração” premiada do temido Antônio Palocci Filho? Até agora alvo de dois processos que correm na 13ª Vara Federal com o juiz Sérgio Moro, o poderoso “consultor” Palocci tem tudo para ser o mais importante delator da Lava Jato. Chamado de “Italiano” na delação da Odebrecht, Palocci foi responsável por administrar repasses aos esquemas do PT no valor de R$ 128 milhões, entre 2008 e 2013.

Por ter sido ministro da Fazenda de Lula, ministro da Casa Civil de Dilma, coordenador de arrecadação para campanhas do PT e membro do Conselho de Administração da Petrobras, Palocci é o arquivo-vivo do maior escândalo de corrupção “nunca antes visto na História desse País” – como diria o cada vez menos poderoso chefão $talinácio. Palocci vai partir para a delação que pode ser a danação definitiva da petralhada. Quem teme a deduragem de Palocci? Todos os principais controladores do “mecanismo” do Crime Institucionalizado.

Por enquanto, o troféu de melhores delatores foi roubado da turma da Odebrecht pelo casal de marketeiros das campanhas eleitorais petistas. João Santana e Mônica Moura estão arrasando com as reputações dos ex-Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff. A baiana Mônica escancarou geral: “Minha garantia era Lula”. O casal confidenciou que se referia a Dilma pelo apelido de “Tia” e Lula tinha o codinome de “Pavarotti” (por causa da barba parecida com a do tenor italiano).

Além de revelar como Lula ajudou na arrecadação de campanha para o falecido presidente venezuelano Hugo Chavez (companheiro do Foro de São Paulo), João Santana se disse “profundamente arrependido de tudo” e resumiu que “todos violam a democracia com a prática generalizada do caixa dois eleitoral”. Santana até citou uma espécie de “cartel” entre os partidos para manter gastos de campanhas semelhantes, para não chamar atenção da fiscalização (que, comprovadamente, é falha).

A mulher de João Santana acabou com aquela questionável imagem da “Dilma Honesta” (vendida pelos acusadores do “golpe” contra a “Presidenta”. A delatora revelou alguns crimes que comprovam como Dilma tentou obstruir a “justiça” na Lava Jato. Mônica Moura citou que Dilma: 1) avisou ao casal quanto eles seriam presos; 2) batizou de “Iolanda” (em homenagem à esposa do general-presidente Costa e Silva) o e-mail secreto com o qual ambas trocavam mensagens operacionais; 3) sugeriu a mudança das contas de propinas da Suíça para Cingapura; 4) foi beneficiada pelo pagamento de R$ 170 mil em gastos pessoais, principalmente de beleza e estética; 5) além de ter agido por orientação da Odebrecht para anular provas da Lava Jato.     

As inconfidências de Mônica Moura aumentaram ainda mais a importância do delator Palocci. Segundo a marketeira, Palocci cuidava da arrecadação, porém a decisão final sobre valores acertados era sempre de Luiz Inácio Lula da Silva. Mônica contou que Palocci até “pechinchava”, mas o acerto final da grana era decidido pelo “chefe, que era Lula”. João Santana também confirmou que todas as decisões sobre pagamentos dependiam da “palavra final do chefe”. Se Palocci confirmar o que confidenciaram os marketeiros, Lula será definitivamente arrasado na Lava Jato.

Até agora, Lula e seus advogados negam que Palocci seja o intermediador de pagamentos que teriam o PT e Lula como beneficiários diretos. Palocci era defendido até ontem por um dos estrategistas da defesa de Lula. No entanto, o advogado criminalista José Roberto Batochio decidiu abandonar a defesa de dois casos de acusação contra Palocci na vara do Moro. Batochio seguirá na defesa de Lula – que divide com o escritório de Roberto Teixeira (um dos melhores amigos do ex-Presidente desde os tempos de sindicalista).

Quem assume a defesa e vai negociar a temida delação de Palocci é o escritório do advogado Adriano Bretas, de Curitiba, cujo sócio é o também advogado Tracy Reinadeti. Ambos são especialistas em “transação penal”. Palocci quer reduzir suas previsíveis condenações a 30 anos de prisão, fornecendo nomes, endereços e operações realizadas com sua participação. Palocci puxa cadeia desde setembro, quando foi pego pela Operação Omertá da Polícia Federal. Palocci divide a cela com Renato Duque – outro delator que ferrou Lula recentemente... Por ironia, a “famosa lei do silêncio no linguajar mafioso italiano” será quebrada se Palocci realmente soltar a língua para a Força Tarefa da Lava Jato...

Uma das condições prioritárias para aceitar a conversa com Palocci é que ele desista do pedido de habeas corpus que o ministro Luiz Edson Fachin decidiu passar para decisão final dos 11 ministros que formam o plenário do Supremo Tribunal Federal. Palocci deve ter se convencido a partir para a delação em função da inevitável danação com as revelações do casal João e Mônica, bem como a recente Operação Bullish contra o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS e até o Banco Original (criado por Henrique Meirelles).

Eis o motivo do cagaço de banqueiros e empresários que trabalharam com o “consultor” Palocci. Aliás, que excelente nome de remédio para prisão de ventre... Palocci tem poder de desarranjar a máfia tupiniquim do Crime Institucionalizado que escraviza os brasileiros. A confirmação da delação de Palocci é uma benção simbólica no Dia 13 de Maio - data da Libertação da Escravatura, pela Princesa Izabel, em 1888.

Lula ameaçando Moro?

O cara deve mesmo se sentir “o chefão” para fazer uma ameaça direta como essa ao juiz Sérgio Moro, no depoimento de 10 de maio, com direito a erro de concordância verbal:

“Espero que esta nação nunca abdique de acreditar na Justiça. Estes mesmos que me atacam hoje, se tiverem sinais de que eu serei absolvido, preparem-se... Porque os ataques ao senhor vai (sic) ser muito mais forte, quem sabe até”... (impossível compreender o final da ameaça) 
Mentira do além


Ponto futuro




Piada cibernética


O índio vai ao cartório e o funcionário pergunta:
- Em que posso ajudá-lo senhor?
- Índio quer mudar de nome.
- Mas senhor, os nomes indígenas são parte de suas raízes culturais. Tem certeza que deseja mudá-lo?
- Sim!  Índio ter certeza.  Índio não vê mais sentido em ter esse nome…
- Bom, sendo assim… Qual é o seu nome atual?
- Grande Nuvem Azul Que Leva Mensagem Para Outro Lado Da Montanha e Do Mundo.
- E como o senhor deseja se chamar?
- Whatsapp!

Em tempo: o indígena é da tribo dos Hiperconectados...

Nova versão de Lula para o PowerPoint do MPF




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

13 de maio de 2017
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. 

A VEZ DA DUPLA

DELAÇÕES ENVOLVEM DILMA E CARDOZO NA LAVA JATO
VAZAR INFORMAÇÃO SIGILOSA OBTIDA EM RAZÃO DO CARGO É CRIME


AMBOS PODEM PEGAR ATÉ DOIS ANOS DE PRISÃO POR VAZAR INFORMAÇÃO SIGILOSA OBTIDA EM DECORRÊNCIA DO CARGO

As delações de João Santana e de sua mulher Mônica Moura, as mais devastadoras contra Lula e Dilma na Lava Jato, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo deve passar de chefe da Polícia Federal a investigado. Mônica contou que Dilma repassava a ela informações de Cardozo sobre a investigação contra o casal. O criminalista Tyago Lopes de Oliveira ressalta que é crime previsto no Art. 325 do código penal vazar informações sigilosas obtidas em decorrência do cargo. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O Art. 325 do código penal estabelece prisão de até 2 anos para o condenados por vazar informações obtidas em decorrência do cargo.

Mônica disse que Dilma ligou para João Santana em 21 de fevereiro para informar que seriam presos, o que aconteceria no dia seguinte.

Cardozo parecia atônito ao falar à Rádio Bandeirantes, ontem, de Londres. Mas confirmou que passava a Dilma o que recebia da PF.


13 de maio de 2017
diario do poder

PROVA CONTUNDENTE

DEPÓSITO DE MÔNICA, PARA RESSARCIR ASSESSORA PRESIDENCIAL, COMPROMETE DILMA
DEPÓSITO DE R$ 6 MIL PROVA USO DE CAIXA 2 EM BENEFÍCIO PRÓPRIO


DEPÓSITO DE R$ 6 MIL PROVA USO DE CAIXA 2 EM BENEFÍCIO PRÓPRIO

Mônica Moura pode ter documentado o envolvimento da ex-presidente Dilma Rousseff no esquema criminoso de utilização de recursos do caixa 2. Ela revelou que durante a campanha de reeleição, em 2014, foi solicitada a ressarcir uma funcionária do Palácio Alvorada, Marly Ponce Branco, que havia pago R$ 6 mil pelos serviços de Celso Kamura, cabelereiro de Dilma. Pagamento foi feito mediante depósito bancário. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

As autoridades terão facilidade de comprovar se a acusação de Moura é verdadeira. Comprovante de depósito bancário é prova contundente.

Pagar despesas pessoais de Dilma com dinheiro oriundo da corrupção é a acusação mais grave que pesa contra a ex-presidente.

Ao ouvir a informação preciosa de Mônica Moura, uma procuradora que a interrogava não se conteve e exclamou: “ótimo!”

Marly Ponce Branco era assessora especial de Dilma desde os tempos em que ela foi ministra da Casa Civil. Cuidava até das roupas de Dilma.


13 de maio de 2017
diário do poder

MÔNICA APRESENTA PROVA

REGISTRO EM CARTÓRIO PROVA EXISTÊNCIA DE E-MAIL REVELADO POR MÔNICA MOURA
PRESA, MÔNICA MANDOU REGISTRAR E-MAIL COM DILMA EM CARTÓRIO


EM ENTREVISTA NESTA SEXTA-FEIRA, CARDOZO DISSE QUE SE FOSSE VERDADEIRA A HISTÓRIA DO E-MAIL, MÔNICA O TERIA FOTOGRAFADO. ELA FEZ MAIS: REGISTROU EM CARTÓRIO.

A empresária Monica Moura entregou ao Ministério Público Federal o registro com as imagens do e-mail que usou para trocar mensagens com a ex-presidente Dilma Rousseff, conforme revelou em depoimento sob acordo de delação premiada, na Operação Lava Jato. Ela criou no computador da presidente uma conta de e-mail com nome e dados fictícios, segundo seu relato, com senha compartilhada entre as duas e o ex-assessor de Dilma, Giles Azevedo. As fotografias estão em uma Ata Notarial lavrada em 13 de julho de 2016 no 1º Tabelionato Giovannetti em Curitiba.

A solicitação do registro das imagens foi feita, segundo o documento, por Felipe Pedrotti Cadori. Na Ata Notarial, o funcionário do Tabelionato afirma que ‘às 15 horas e 14 minutos, acessei o sítio “http://www.gmail.com”, e, após o solicitante efetuar login com usuário e senha, acessei referido e-mail, registrando a rotina sugerida na forma a seguir, do que dou fé’.

Do documento constam três imagens. Em uma delas, há um rascunho de e-mail “2606iolanda@gmail.com” com uma mensagem de ‘22 de fev’: “Vamos visitar nosso amigo querido amanha. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?”.

Cardozo duvidava

Em entrevista ao programa "Bastidores do Poder", da rádio Bandeirantes, nesta sexta-feira (12), o ex-ministro da Justiça do governo Dilma José Eduardo Cardozo, que se encontra em Londres, tentou desqualificar a história sobre o e-mail. "Se isso fosse verdade, Mônica o teria fotografado e não apenas copiado para um arquivo do Word.

A delatora fez mais que isso. Já presa, orientou o registro do e-mail Ata Notarial, no cartório, onde ele foi acessado e atestado. Ela também declarou em papel assinado de próprio punho e entregue à Procuradoria-Geral da República que a senha de acesso ao e-mail ‘2606iolanda’ era ‘iolanda47′.

Segundo ela, foi Dilma quem sugeriu o nome "Iolanda" em alusão à mulher do ex-presidente Costa e Silva – um dos generais da ditadura. Ainda segundo a delatora, 47 é o ano de nascimento da petista.

Delação negociada

Monica é casada com o publicitário João Santana. O casal de marqueteiros fez as campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014). Eles foram presos na Operação Lava Jato em fevereiro de 2016 e fecharam acordo de delação premiada para se livrar da cadeia. O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Mônica Moura e João Santana em 1 de agosto de 2016.

Segundo a delatora, ela e a então presidente combinaram que, se houvesse notícia sobre avanço da Lava Jato em relação ao casal, o aviso seria feito através desse e-mail. As mensagens escritas pela presidente ficariam na caixa de rascunhos do e-mail, para não circularem, e Mônica acessaria a conta de onde estivesse.

“Para preservar a existência da conta de e-mail, enquanto a colaboradora se encontrava presa, a senha de acesso foi trocada para “lice1984”, que permanece até hoje”, afirmou.

Em nota, após o STF liberar o sigilo da delação do casal, a assessoria de Dilma Rousseff disse que João Santana e Mônica Moura “prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores”. “Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justiça e sabe que a verdade virá à tona e será restabelecida”, afirma a nota.

13 de maio de 2017
diário do poder

LULA EVASIVO

Aconteceu o que se esperava. Não seria o acusado desatento para incriminar-se. O personagem possui competência para desinformar, para engalobar (como melhor exprime a gíria). O sr. ex-presidente Lula, como gentilmente se dirigia o juiz Moro ao réu, soube bem desincumbir-se de sua obrigação (ou de seu interesse) de transmitir à autoridade judicial que investiga a propriedade do triplex do Guarujá a certeza de que dita propriedade não lhe pertence. Quando pouco, tentou introduzir no espírito do magistrado, dos presentes à audiência e de todo o Brasil televisivo, a improcedência da ação penal. E, de resto, tentou, também, transmitir insegurança à afirmativa do Ministério Público e à conclusão da Polícia Federal, que lhe rendeu a investigação.

Mesmo para quem não acompanha o episódio, a impressão causada pela locução do ex-presidente é a de que, realmente, embora não tenha o acusado franqueado algum relato que o inculpasse, um observador mais atento perceberia sua artimanha. Ele não respondia com períodos mais longos, limitando-se a um simples “não”, ou um também simples “sim”, não permitindo que o inquisidor explorasse ou mais alongasse alguma ilustração que fizesse. O ex-presidente autopoliciou-se, como lhe era preciso. A conclusão que alcança o magistrado, contudo, é a de que, embora o interrogatório não tenha apresentado confissão ou revelado algo ainda não do conhecimento dos investigadores, a preocupação do acusado em ater-se a uma única fórmula para suas respostas, faz com que seus esclarecimentos não encontrem a melhor acolhida no espírito do julgador. A precaução só é exercida por alguém que receia trair-se ou corre algum risco de ser tragado pela inverdade que carrega consigo. Qualquer manual de psicologia forense ou mesmo de comunicação ensina e realça a interpretação extra-autos, isto é, a leitura que o interlocutor colhe pela linguagem, pela expressão, pelo movimento facial, pelo olhar, pelos gestos do interrogado. Se Lula deixou a sala tranquilo quanto a seu depoimento, a forma ensaiada com que ele respondeu às solicitações do interrogante, pontilhada de evasivas, permitiu que no espírito do juiz tenha se alojado algo mais que a dúvida.

Lado outro, é bem verdade que a prova, no caso, compete exclusivamente ao autor (MP), que afirma, e não a Lula, que nega. Por isto, o fato de o imóvel não dispor de um documento particular ou público de compra e venda, é um complicador para o propósito saneador do Ministério Público. A prova testemunhal, que, até agora, tem sido mais circunstancial, admite-se que não seja capaz de confirmar a acusação. Além de depoimentos provindos de personalidades também sob investigação, ou mesmo que apresente interesses convergentes, a discussão de propriedade imobiliária cessa diante de documento formal, solene, sem vícios, o que predomina sobre eventual depoimento que cogite ou discuta a propriedade. E, nesta hipótese, o MP não se mantém em posição confortável, pois, do andar da carruagem poderá sobrevir pedido de danos morais à União, e que serão imensos.

Aguardemos os próximos capítulos.


13 de maio de 2017
José Maria Couto Moreira é advogado.

UMA RUINA MORAL

Quanto mais Lula se desdobra em artifícios retóricos, como quem trata de escapar, em ziguezague, da artilharia dos fatos, mais parecido fica com o que se empenha em afirmar que não é. Assistindo trechos de sua inquirição perante o juiz Sérgio Moro, lembrei-me de uma entrevista dele, em Portugal, à jornalista Cristina Esteves, da RTP, em abril de 2014. Nos últimos momentos da conversa, veio uma pergunta sobre o mensalão. A resposta de Lula tem tudo a ver com seu comportamento dia 10 em Curitiba. Transcrevo: "O tempo vai se encarregar de provar que o mensalão teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica. O que eu acho é que não houve mensalão. Também não vou ficar discutindo decisão da Suprema Corte. Mas esse processo foi um massacre que visava destruir o PT e não conseguiu". Em sequência, questionado sobre o fato de estarem detidas pessoas próximas a ele - como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino - saltou fora. "Não se trata de gente da minha confiança. Tem companheiros do PT presos".

Esse "tchau queridos", proclamado em Lisboa, antecedeu o "tchau querida" do telefonema sobre a mensagem do Bessil; antecedeu o abandono dos parceiros encarcerados posteriormente, a quem e sobre quem nada tem a dizer; e antecedeu a tentativa de transformar a pacata Marisa Letícia em condutora de providências escandalosas que ele não tem como explicar e que com ela sepultou.

Eis o homem que governou o país sem ninguém de sua confiança por perto, cuja proximidade funcionava como um toque de Midas, gerando inesperadas fortunas, mesadas, pensões, negócios, a quem os amigos davam tudo e que nega lhes haver alcançado a menor vantagem. Eis o homem que se agita no partidor, disposto a concorrer à presidência. Sua anunciada campanha para desfazer as intrigas do mensalão e sua convicção sobre a natureza política do referido processo nunca passaram de peças de discurso.

Tudo isso porque a Lula não interessam os fatos. Os desarranjos políticos, econômicos e sociais a que dá causa se agravam e prolongam precisamente porque sua conduta contamina o juízo e o discernimento moral de dezenas de milhões de pessoas. A exemplo dos grandes ícones do populismo, ele trata o povo que o segue como massa da qual usa e abusa para objetivos pessoais, subtraindo do repertório mental dessas multidões valores sem os quais é impossível operar adequadamente uma democracia constitucional. Os recentes atos de violência contra o direito de ir e vir, a queima de pneus e de ônibus, o abandono de preceitos essenciais à vida civilizada e os anátemas lançados contra a Lava Jato são consequências do que acabei de descrever.

A patética inquirição levada a cabo em Curitiba pode ser parodiada com apenas uma frase: "Doutor, vou lhe confessar. Eu não sou eu. Eu sou um amigo meu, que, se conheço, não lembro".


13 de maio de 2017
Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor

FIRMEZA E CALMA

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e ter vergonha de ser honesto". Ao externar este doído desabafo, seguramente referia-se Rui Barbosa a quanto nossa Sociedade é tolerante com os maus – uma tolerância que atinge as raias da conivência.

Seja em um prosaico casamento, em uma solenidade ou comemoração qualquer, lá estão eles, finamente vestidos, freqüentando os mais requintados salões, invariavelmente cumprimentados com simpatia e cerimônia pelas pessoas de bem. Os processos a que respondem, escondidos sob suas gravatas de seda; o mal que fizeram, ofuscado pelo ouro que carregam e temperado pelo cinismo com que tratam suas vítimas – todos nós.

Muitas de nossas autoridades, ocupadas demais para concederem o favor de uma audiência a um pobre miserável, dificilmente recusam seus tempos a um grande corrupto – afinal, como dizia Diderot, “cospe-se num bandido menor, mas não se pode recusar uma espécie de consideração a um grande criminoso”.

As conseqüências deste comportamento omisso, covarde e conivente, apontou-as com sabedoria Martin Luther King Jr.: “nossa geração não terá lamentado tanto os crimes dos perversos quanto o estremecedor silêncio dos bondosos”. E assim porque, como advertiu Edmund Burke, “o único fator necessário para o triunfo do mal é os homens bons nada fazerem”.

Há que se ter tolerância, decerto. Porém, é também de Burke a advertência: “há um limite depois do qual a tolerância deixa de ser uma virtude”. No Brasil, já passamos deste limite. Estamos diante daquele grande vácuo ao qual Zarko Petan se referiu, com fina ironia: “cabeças vazias têm grande facilidade em balançar para cima e para baixo, em sinal de sim”. Nossa Sociedade, ao aceitar em silêncio a impunidade dos maus, nos traz à memória Wolfgang Herbst, a acusar que “adaptar-se é a força dos fracos”.

A estes fracos, dedico a poesia de Dante Alighieri: “os lugares mais quentes do inferno são destinados aos que, em tempos de graves crises, se mantêm neutros”. E a eles, finalmente, Winston Churchill: “quem põe panos quentes alimenta um crocodilo, na esperança de que o animal o deixará para o fim”.


13 de maio de 2017
Pedro Valls Feu Rosa é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

LAVA JATO BOMBARDEIA CORAÇÃO DA JUSTIÇA

Cascais, Portugal - Nada como um arranca rabo entre doutos da justiça para os brasileiros saberem o que há muito já se sabe em Brasília: a Justiça brasileira está podre por dentro e por fora. O bate boca entre o procurador Janot e o ministro Gilmar Mendes deveria ser louvado com aplausos porque escancara os bastidores desses homens de preto até então intocáveis. O desentendimento, a roupa suja, mostra os interesses econômicos que há por trás do arroubo desses dois senhores. Janot insinua que a mulher de Mendes, advogada, recebe dinheiro de Eike Batista por trabalhar no escritório de advocacia de Sérgio Bermudes, que defende o milionário. Chacoalhado, Bermudes chama Janot de inescrupuloso, mentiroso, ignorante, leviano e sicofanta (caluniador). E como não bastasse, aponta o dedo na ferida: a filha de Janot, Letícia Ladeira Monteiro de Barros, defende a OAS, a Braskem e outras empreiteiras em acordos de leniência envolvidas na Lava Jato.

Janot quer impedir Gilmar de se envolver no processo de Eike por motivos óbvios, segundo ele, e pede seu afastamento do STF. Esse também é o pensamento de mais de 500 mil brasileiros em movimento pela rede social. Mas, e quanto a sua filha? Com a lama que jogou no ventilador, Sérgio Bermudes agora espera a reação de Janot. Seja qual for, o procurador sai menor na briga. A partir de agora virou alvo fácil para seus adversários. E não são poucos. Só de políticos, mais de 200. Se juntar empreiteiras e envolvidos na Lava Jato enche um caminhão e ainda sobra. Dentro do Ministério Público a notícia não caiu bem. Procuradores acham que revelações como essas minam o trabalho da Lava Jato e depõem contra os investigadores isentos que trabalham para limpar o país dos corruptos.

A virulência com que Bermudes atacou Janot para defender a mulher do Gilmar é cosia rara no meio jurídico. Normalmente os advogados temem criticar juízes, procuradores, desembargadores e ministros do STF com receio de terem seus processos boicotados quando analisados nessas cortes. Não é o caso de Bermudes que se mostrou muito seguro quando apontou seus mísseis em direção a Janot, destratando-o com insultos e impropérios típicos de briga de rua. Esqueceu-se, por um tempo, que o procurador é que está à frente da maior investigação sobre corrupção da história do país e que em torno dele gravita homens sérios e honrados que não estão envolvidos em maracutaias.

Espera-se que Janot responda à altura os desaforos de Bermudes. Mas, para isso, terá que explicar antes por que a sua filha – não se discute aqui o talento da doutora – aceitou defender os interesses de empresas envolvidas na Lava Jato que tem o seu pai como principal acusador. Parece-me um contrassenso. Depois disso bem explicado, o procurador, pelos insultos que sofreu, não deveria apenas ficar na defensiva. Se quiser ainda levantar a moral, terá que provar que a mulher de Gilmar, a doutora Guiomar Mendes, realmente estaria na caixinha de Eike Batista, solto pelo seu marido. Se convencer, admite-se que pode até permanecer à frente da procuradoria. Caso contrário, infelizmente, ele teria que entregar o cargo para não deixar seus auxiliares a duvidarem da sua honradez.

O certo é que os podres da Justiça começam a aparecer. A trombada entre procuradores, juízes e ministros do STF envolvidos no processo da Lava Jato já mostra frutos benéficos para a população. O primeiro deles é a revelação dos bastidores do STF. Como funciona a engrenagem. Sabe-se em Brasília – e isso não é novidade – que muitos dos ministros do STF não vivem apenas dos salários, por sinal, fartos. Alguns deles instalam escritórios e ali alojam filhos, sobrinhos e até amigos para defender causas, muitas delas dentro dos seus próprios tribunais. Não se sabia, portanto, pelo menos até agora, que procuradores também tinham adotado esse método, uma espécie de caixa dois para reforçar o orçamento da família. Ou quem sabe, uma sobra de campanha, como diria alguns políticos maldosos.

Há quem diga que, por causa dessa idiossincrasia, ser julgado no STF é a mesma coisa que chegar ao céu sem passar pelo purgatório.

13 de maio de 2017
Jorge Oliveira

PALOCCI RETOMA CONVERSA COM OS ADVOGADOS ESPECIALISTAS EM DELAÇÃO PREMIADA


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Charge do Baptistão (Portal UOL)
O ex-ministro Antonio Palocci voltou a conversar com advogados sobre delação premiada. Ele retomou o diálogo com o escritório de Adriano Bretas, que tinha dispensado há alguns dias. Palocci está na mesma cela que Renato Duque, ex-diretor da Petrobras que é cliente de Bretas e já está fazendo delação.
O petista vive um drama com a possibilidade de delatar, dizem interlocutores que o visitam na cadeia. Em alguns momentos, se mostra confiante na possibilidade de passar pouco tempo na prisão e animado com a ascensão de Lula nas pesquisas eleitorais. Em outros, revela desânimo e convicção de que, sem colaborar e atirar no ex-presidente, poderá amargar décadas no cárcere.
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“TEM CONTA FORA?”, PERGUNTOU PALOCCI
Deu na Folha
No seu acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, o marqueteiro João Santana afirmou que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci pediu que ele providenciasse uma conta no exterior para receber recursos atrasados da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva de 2006.
“Tem conta fora?”, teria indagado Palocci, segundo o delator.
Conforme Santana, a resposta foi afirmativa porque ele havia aberto uma conta, em 1999, para depósitos de campanha na Argentina.
“Antonio Palocci disse, então, que ‘para segurança de todos’ os depósitos seriam feitos, nesta conta, pela empresa Odebrecht, pois além do porte e seriedade, a empresa tinha ‘o respaldo do chefe'”, afirma Santana no anexo à delação. “Chefe” era, segundo Santana, uma referência a Lula.
CONTA CORRENTE – A partir daí, segundo a versão do delator Santana, “foi aberta uma espécie de ‘conta corrente’ informal, entre o PT e a Polis”, sua empresa de marketing. “O partido ia rolando dívidas acumuladas, ao longo de diversas campanhas, exclusivamente relacionadas a serviços efetivamente prestados.”
Segundo João Santana, a “administração destas dívidas era feita por Palocci, [por] coordenadores financeiros das campanhas e [por] tesoureiros do PT, com plena ciência dos candidatos e principais lideres do partido (Lula e depois Dilma). Os repasses no exterior foram feitos, exclusivamente, pela empresa Odebrecht”.

13 de maio de 2017
Mônica Bergamo
Folha

MÔNICA MOURA REGISTROU EM CARTÓRIO AS PROVAS DO EMAIL FALSO DE DILMA


E-mail Dilma
O próprio cartório fez o acesso do e-mail falso
A empresária Monica Moura, delatora da operação Lava Jato, entregou ao Ministério Público Federal um registro com as imagens do e-mail que diz ter usado para trocar mensagens com a ex-presidente Dilma Rousseff. As fotografias estão em uma Ata Notarial lavrada em 13 de julho de 2016 no 1º Tabelionato Giovannetti em Curitiba. Monica afirmou em delação premiada que criou “no computador da presidente” uma conta de e-mail com nome e dados fictícios, com senha compartilhada entre as duas e o ex-assessor de Dilma Giles Azevedo.
Monica é casada com o publicitário João Santana. O casal de marqueteiros fez as campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014). Eles foram presos na operação Lava Jato e fecharam acordo de delação premiada para se livrar da cadeia.
Segundo a delatora, ela e a então presidente combinaram que, se houvesse notícia sobre avanço da Lava Jato em relação ao casal, o aviso seria feito através desse e-mail. As mensagens escritas pela presidente ficariam na caixa de rascunhos do e-mail, para não circularem, e Mônica acessaria a conta de onde estivesse.
ACESSO COMPROVADO – A solicitação do registro das imagens foi feita, segundo o documento, por Felipe Pedrotti Cadori. Na Ata Notarial, o funcionário do Tabelionato afirma que às 15 horas e 14 minutos, acessei o sítio “http://www.gmail.com”, e, após o solicitante efetuar login com usuário e senha, acessei referido e-mail, registrando a rotina sugerida na forma a seguir, do que dou fé.
Do documento constam três imagens. Em uma delas, há um rascunho de e-mail “2606iolanda@gmail.com” com uma mensagem de 22 de fev: “Vamos visitar nosso amigo querido amanha. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?”.
Monica Moura declarou em papel assinado de próprio punho e entregue à Procuradoria-Geral da República que a senha de acesso ao e-mail 2606iolanda era iolanda47′.
ANO DE NASCIMENTO – Segundo ela, foi Dilma quem sugeriu o nome Iolanda em alusão à mulher do ex-presidente Costa e Silva – um dos generais da ditadura. Ainda segundo a delatora, 47 é o ano de nascimento da petista.
“Para preservar a existência da conta de e-mail, enquanto a colaboradora se encontrava presa, a senha de acesso foi trocada para “lice1984″, que permanece até hoje”, afirmou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se diz na linguagem policial, as provas cartoriais do e-mail falso podem ser consideradas “batom na cueca”, não tem com o réu se defender desse tipo de documento(C.N.)

13 de maio de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)